Livro Pedagogia Afetiva

Você também pode gostar

Você está na página 1de 3

Relatório do Livro Pedagogia Afetiva

( Maria Augusta Sanches Rossini )

Em seu livro Pedagogia Afetiva Maria Augusta nos mostra a realidade em que os
homens preocupados em acompanhar o desenvolvimento e os avanços da tecnologia,
deixaram de ser afetivos, não tem tempo para dar carinho, atenção e amor. Seus
relacionamentos se tornaram superficiais, sem vínculos afetivos ou sem qualquer outro tipo
de emoção. As pessoas passaram a ter medo de relacionamentos afetivos por medo de
perdê-los e não saber lidar com essa perda e assim acabam se tornando angustiados,
frustrados e depressivos.
E é devido a esses tipos de comportamento que a autora Maria Augusta defende a
proposta da pedagogia da afetividade. Pois para ela a afetividade é a base da vida.
Se o ser humano não está bem afetivamente, sua ação como ser social estará
comprometida, sem expressão, sem força, sem vitalidade. Isto vale para qualquer área da
afetividade humana, independente de idade, sexo, cultura.
Para que a afetividade se desenvolva é necessário que se trabalhe com três alicerces
ou pontos básicos: Limites, mitos do cotidiano e ritmos
Vejamos cada um:
 Limites – ao impor limites aos filhos, os pais estão dando provas de que amam seus
filhos e que são responsáveis e se preocupam com o seu futuro, pois ao impor
limites ao filho desde cedo, esse filho terá maiores chances de se tornar um adulto
equilibrado e feliz, capaz de tomar conta do seu próprio destino, caso contrário ele
terá dificuldades para enfrentar as problemáticas do dia- ardia, se tornará um adulto
frustrado, que não respeita regras impostas pela sociedade, tornando assim uma
pessoa insatisfeita e de difícil convivência.
Quando os pais não impõe esses limites ao filho,essa ausência de limites é vista aos
olhos da criança e do adolescente co mo falta de amor. É bom lembrar que o limite tem que
estar associado a ações dos pais, exemplos e atitudes firmes é mais importante com amor,
respeito e sinceridade. É preciso ensiná-los a lidar com a frustração e deparar-se com as
perdas.
Assim eles estarão preparados e amadurecidos para receber os sins e os nãos da
vida.
 Mitos do Cotidiano – no cotidiano das crianças e dos jovens existem vários tipos
de mitos; são eles: pais professores avós, almoço de domingo, namoro, histórias,
brinquedos e brincadeiras, datas comemorativas, Deus.
A forma como esses mitos são trabalhados com as crianças e e os jovens serão os
responsáveis pelo caráter, equilíbrio emocional, segurança, referência, jovens saudáveis e
afetivos, felizes.
 Ritmos - na natureza tudo é cíclico, rítmico. O ser humano faz parte desta
natureza e como tal tem seu próprio ritmo, porém mais complexo que os outros
seres vivos, já que sofre influência dos ritmos chamados externos e do próprio
ritmo interno.
Nos ritmos externos temos: o dia, a noite, as estações do ano, os hábitos rotineiros
etc. E nos ritmos internos encontramos as diferentes fases do desenvolvimento humano em
seus diferentes aspectos e temperamentos.
Todo ser humano tem em si quatro temperamentos básicos.
 Inconstante ou sanguíneo
 melancólico
 fleumático
 colérico
Vejamos as características de cada um:
 Inconstante ou sanguíneo – é alegre e saltitante, tem gostos variados, sua
fisionomia muda de acordo com as suas emoções, até mesmo dormindo é agitado,
se dispersa com muita facilidade.
 Melancólico – é uma pessoa fechada e introvertida tem o temperamento sério, não
se assusta com obstáculos ou sofrimento, após reflexão reage com calma. É pálido,
de poucos sorrisos, andar arrastado e pesado como se estivesse carregando o mundo
nas costas.
Desde muito cedo tem preferência por atividades intelectuais.
O exagero deste temperamento pode levar à melancolia profunda. Portanto, cuidado
com o trabalho pedagógico para evitar que isso aconteça.
 Fleumático – tem atitudes passivas, gestos calmos, não é de falar muito, não
demonstra muito interesse pelo que o cerca, normalmente tem excesso de peso, tem
preferência por ritmos musicais lentos. Aprecia situações estáveis e rotineiras. O
exagero deste temperamento é preocupante, pois pode levar à lentidão de respostas.
 Colérico – é ativo, firme, resoluto, decidido. Tem uma aparência robusta, forte até
meio entrocada ,de pescoço curto. Seu andar é forte e seus gestos são firmes demostrando
uma atitude ativa, com grandes excitabilidade seu olhar é penetrante e brilhante.
Tem forte liderança entre os grupos sendo difícil de submeter-se a outras pessoas.
Assume as responsabilidades de todas as suas ações sejam elas negativas ou positivas. Isto
desperta o respeito e a admiração dos que o cercam. Suas brincadeiras são violentas e até o
carinho é manifestado de forma violenta: amasso, mordidas, apertos fortes. Este
temperamento, quando exagerado, deve ser bastante observado, pois vamos nos deparar
com pessoas agressivas.
No indivíduo em idade adulta os temperamentos devem estar dosados de forma
equilibrada, ou seja, 25% de cada um.
Quando menos for definido o temperamento de um adulto, maior é o equilíbrio que
ele atingiu.
Enfim, neste livro a autora nos mostra que a educação é um processo continuo que
se estende da família à escola e o fator principal para que a educação aconteça de forma
consistente e com qualidade nesses dois ambientes é a afetividade.

Você também pode gostar