Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Essa diversificação fonética dá-se também por conta dos idiomas de pesquisadores
que “invadiram” a África, em busca de conhecimento sobre o Vodou. No Brasil, por
exemplo, usamos o fonema Vodum.
Dos filhos de Jeje que ficaram perdidos, sem conhecimento sobre Voduns, uns
mudaram de nação e outros resolveram investigar, buscar, pesquisar suas origens e
levantar a bandeira da nação. Hoje, graças a essas pessoas, a nação Jeje voltou a
crescer e a seguir a cultura que foi deixada pelos escravos. Hoje, encontramos kwes
e pessoas que realmente sabem o Culto dos Voduns, esses aprenderam na
“própria carne” a passar seus conhecimentos e não deixar que nossa nação venha a
sofrer novos abalos ou quedas. Com a proliferação de estudos e pesquisas sobre os
Voduns, alguns dos mais velhos que ainda estão vivos resolveram colaborar e nos
passar alguns conhecimentos.
Assim como na África, também fazemos Orixás dentro dos templos de Vodum, mas
isso não os transforma em Voduns, eles são considerados deuses estrangeiros,
aceitos em nossos templos. Esses Orixás são tão respeitados e venerados quanto
os Voduns. Não existe discriminação nenhuma em relação aos dois deuses
(Voduns/Orixás). Em templos de Orixás, também encontramos Voduns feitos, a
única diferença é que no Jeje, não mudamos os nomes dos Orixás. Para nós Oyá,
Yansã são conhecida exatamente como Oyá, Yansã. Já os Voduns em templos de
Orixás mudam de nome, por exemplo, Vodum Dan/Bessen recebe o nome de
Oxumarê, Sakpata recebe o nome de Omulu, etc. Essa diferença também é
registrada na Nigéria, então, não é “coisa de brasileiro”.
Os Voduns são agrupados por famílias: Savaluno, Dambirá, Davice, Hevioso; que
se subdividem em linhagens.
A cultura dos Voduns é belíssima; penso que todos nós, filhos da nação Jeje,
devemos procurar aprender cada dia mais. Afirmo que, os maiores fundamentos de
Voduns estão embutidos nessa cultura. Comprovem!...