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Simplificando a Umbanda

Ricardo Brasil

Apresentação
Temos total consciência de que Umbanda é prática, sendo assim, o que estamos apresentando
aqui são as conversas e práticas de nosso Terreiro de Umbanda Caboclo Jaçanã e pelos
Terreiros e Tendas pela qual temos contato.

Umbanda
A Umbanda é brasileira, é a cara do Brasil, é provinda de várias religiões, como a mistura das
raças no Brasil também houve uma mistura religiosa resultando na Umbanda.
Inicialmente houve dentro do Brasil várias manifestações Espirituais, as religiões que houveram
denominação são: Catimbó (no Norte / Nordeste), Macumba (no Rio de Janeiro), Candomblé
(na Bahia), Espírita codificada por Allan Kardec (provinda inicialmente da França), Catolicismo
(em todo o país, vindo dos colonizadores portugueses) e religiões orientais diversas.
Quando a Umbanda foi criada foi devido à prática da caridade tanto para os encarnados
quanto para os desencarnados, com o intuito de auxiliar e dar oportunidade aos espíritos de
negros cativos, índios e a pessoas comuns que viveram nessa terra sem diplomas, pois a
sabedoria do povo nada tem a ver com a formação tão valorizada pelo povo da terra.
A iluminação espiritual nada tem a ver com o que valorizamos dentro dessa Terra em que
habitamos, os valores são diferentes.

O Ritual
É de suma importância que todos que queiram se iniciar nos rituais de Umbanda tenha algum
conhecimento a respeito dos procedimentos ritualísticos de seu Templo de Umbanda.
Colocaremos os itens discriminados abaixo e contaremos a verdade de como esses
procedimentos ocorrem em nosso Terreiro:

Bater Cabeça
Ao contrário do que muitos pensam, o ritual de bater a cabeça não é para mostrar o poder dos
dirigentes do terreiro. O ritual é em si simples e prático: quando se bate a cabeça para o
orientador do terreiro (o dirigente material ou o dirigente espiritual) é sinal de confiança e
entrega.
Cabe ao dirigente saber se está apto ou não; orientar e direcionar uma vida é coisa muito séria
e requer preparação e entrega do dirigente.
Quando se bate a cabeça para o dirigente material, há nisso um duplo sentido: ao mesmo
tempo em que se está demonstrando que se confia no mesmo, se está saudando o mentor da
casa.
Quando se bate a cabeça para o dirigente espiritual significa que estamos nos submetendo ao
mesmo e se entregando aos seus cuidados incondicionalmente; afinal, só temos uma cabeça
(uma vida) e temos que zelar pela mesma.
Muitas pessoas que são freqüentadoras de uma casa batem a cabeça para os guias por sinal
de respeito, admiração ou por gratidão. Como o nosso bem mais precioso é a nossa vida nós a
oferecemos a um guia de nossa predileção batendo a cabeça ao mesmo em sinal de respeito e
confiança.
Quando encontramos um amigo, beijamos ou abraçamos, como não podemos fazer isso com
os espíritos nós batemos as nossas cabeças.

Defumação
A defumação consiste pura e simplesmente no ato de purificação da Aura.
Ao sermos defumados ficamos relaxados e temos os sentidos despertados.
Ao sermos defumados somos libertos das fadigas do dia-a-dia e livres de possíveis energias
que se acoplam na nossa Aura por diversos motivos, tais como: estresses, autopunição,
ansiedade, preocupação, pressa, excesso de zelo e tantos outros motivos.
Sendo Médiuns que somos automaticamente atraímos para nós diversos Espíritos e muitas
vezes ao depararmos com pessoas com problemas e por termos vontade de ajudá-los
acabamos por partilhar com os mesmos de seus problemas e nossos Guias retiram delas um
pouco da energia negativa e doam um pouco da nossa energia positiva por confiarem em nós
e saberem que saberemos nos reequilibrar.
Ao chegarmos no terreiro e sermos defumados a força mágica das ervas através da fumaça
penetra nosso corpo áurico e nos energiza desfazendo o elo que nos unia a tal pessoa. Com
isso nosso campo áurico fica limpo e nós automaticamente entramos em sintonia com nossos
Mentores e temos a nossa energia restabelecida.
Mesmo estando secas, as ervas tem o poder mágico de transformar as energias negativas,
desfazendo-as e reintegrando-as a natureza em forma de partículas positivas.

Pontos Cantados
Os pontos cantados têm por finalidade harmonizar o ambiente e nos colocar em sintonia
vibratória com as falanges espíritas que nos rodeiam.
Devido ao stress do dia a dia ficamos às vezes fatigados, e conseqüentemente com a mente
cansada, e por isso quando chegamos ao terreiro precisamos de um elo de ligação com o
mundo espiritual.
Quando cantamos os pontos vamos pouco a pouco nos desligando dos problemas e nos
ligamos a vibrações espirituais que nos assistem. Quando estamos livres das baixas ondas e
nos ligamos a altas vibrações dos nossos guias eles passam a nos irradiar melhor a ter uma
maior aproximação. Quando estamos sintonizados com determinada falange, aí, e só aí, é que
o guia que irá vir na incorporação toma o médium e toma o controle.
É por isso que devemos ficar no nosso lugar no terreiro cantando os pontos e mentalizando a
nossa falange e buscando harmonizar com nossos protetores.
Isso é muito importante para quem está iniciando, com o tempo a sintonia médium e protetor
se afinizam, mas os pontos são muito importantes por que ajudam muito mais a incorporação.
Devemos saber esperar e não confundir vibração com incorporação. Tudo ao seu tempo.

Pontos Riscados
Os pontos riscados são firmezas do guia que está responsável pelo médium naquele trabalho.
O ponto riscado é ao mesmo tempo a segurança do médium durante a gira, e caso precise o
guia acrescentará mais símbolos no ponto já firmado.
O ponto riscado no terreiro representa o guia que está incorporado e deve ser tratado com o
mesmo respeito. Só cabe ao guia e ao cambono mecher no ponto riscado, pois no mesmo
serão depositadas todas as cargas negativas ou contrárias que possam estar no ambiente.
Quando um guia risca um ponto, ele traça todo um trabalho e convoca ali uma série de
falanges e colaboradores para o auxiliar no trabalho para o qual veio e antes de ir embora o
guia suspende o ponto (desmancha) ou designa um cambono.
Há vários tipos de ponto tais como: ponto de firmeza, ponto de desenvolvimento, ponto de
trabalho, ponto de descarrego, ponto de irradiação, ponto de demanda, ponto de cura, enfim
uma grande variedade que só os guias é que podem realmente fazê-los com segurança,
incorporados em médiuns preparados para tal.
É perigoso um desenvolvente riscar um ponto sem já estar apto para o trabalho, todos os
guias já são preparados, mas não posso dizer o mesmo dos médiuns.

As Giras
As giras nos terreiros representam os rituais indígenas quando no passado distante os nossos
ancestrais indígenas se reuniam para louvarem os seus deuses e antepassados e realizava os
seus cultos e oferendas à natureza.
A gira inicia-se com a chegada do guia chefe que dá por aberto o trabalho, com os pontos de
chamada vão chegando as falanges e os caboclos vão incorporando nos seus médiuns que
tomam os seus apetrechos ritualísticos tais como cocares, guias, cachimbos e charutos.
Forma-se uma roda onde todos cantam, dançam e riscam os seus pontos, os assistentes
também participam cantando e batendo palmas.
Em seguida (dependendo do terreiro) os assistentes tomam passes e tem-se início as
consultas.
Durante a gira os pontos cantados são importantes para firmar a corrente e tranqüilizar os
consulentes.
A gira segue firme e reina a paz quando se nota no rosto das pessoas a satisfação e alívio ao
ouvir os conselhos e o amparo dado pelos guias que irradiam amor e contentamento em poder
socorrer os seus descendentes que ainda estão encarnados e a caminho da evolução.

O Passe
Quando os Guias incorporados nos aplicam passes, eles estão nos passando equilíbrio
magnético.
Depois de defumados e em sintonia com o Astral Superior, os passes reequilibram nossos
Chacras.
Os Guias ao estalarem os dedos na hora do passe, estão retirando o excesso de energia e
desfazendo-as no ar, ou seja, podemos estar carregados, tanto de energia positiva quanto de
energia negativa, e por isso os Guias nos alinham os Chacras e retiram o excesso de energia
desfazendo no ar ao estalarem os dedos, batendo com o pé no chão ou batendo com as ervas
no chão; ou seja, descarregando os excessos que serão absorvidos pela natureza, no ar pelo
éter, no chão pela terra.
De qualquer forma se soubermos aproveitar, estando mais concentrados e ambientalizados
para que possamos ser auxiliados da melhor maneira, pois assim mais efeito terá sobre nós a
ajuda dos queridos Guias.
Existem diversos tipos de passes à saber: passe de descarrego, passe energético, passe de
conforto espiritual, passe de libertação, passe de reposição harmônica e outros.

* Ver glossário.

O Gongá ou Congá
O gongá é o canto sagrado do terreiro onde se vê imagens imantadas, pedras, crucifixos enfim
uma infinidade de coisas.
A função do gongá é nos reportar através da prece e do pensamento aos locais sagrados da
natureza tais como rios, mares, cachoeiras e afins, como a vida moderna nos priva do contato
direto com as forças naturais, usamos o gongá para nos direcionarmos as mesmas. Através da
concentração e das preces nos ligamos aos elementos da natureza auxiliados pelo ambiente
sacro do gongá e com isso nos sintonizamos com Deus e nossos Guias que são os enviados
celestes que vem ao plano terra para nos auxiliar.
Devido ao nosso primitivismo precisamos ainda de objetos ritualísticos e mágicos para termos
o desprendimento necessário a fim de nos desligarmos da matéria e nos reportarmos aos
planos superiores.
O gongá nos serve como válvula de escape e elo de ligação com os mundos superiores. Os
objetos do gongá nos servem de gatilhos que despertam sentimentos adormecidos no nosso
inconsciente e nos trazem à nossa consciência lembrança vagas.
A corrente de pensamento positivos no gongá faz com que espíritos missionários se
aproximem auxiliando e amparando aos pedintes.

As Firmezas
As firmezas de um terreiro são pontos de captação através destes pontos de captação os
espíritos elementais encarregados de energizar o terreiro conseguem captar e irradiar as
energias necessárias para o bom andamento dos trabalhos e proteção dos médiuns e
assistentes.
As firmezas são feitas com objetos imantados que servem como imãs que drenam energias
avulsas condensando-os e coma força mental dos guias protetores elas são positivas e
distribuídas por todos os ambientes do terreiro havendo com isso o equilíbrio e a harmonização
do ambiente.
Com a distribuição das energias condensadas há o equilíbrio de forças que automaticamente
se anulam caso sejam contrário à orientação do terreiro; ou seja, se a energia do terreiro
estiver positiva e chegar qualquer energia negativa a energia negativa será absorvida e
transformada em positiva. Por isso deve-se estar sempre vigilante e manter a energia positiva
em alta. Quando os guias percebem qualquer alteração nas firmezas do terreiro os drenam de
tal forma que elas se anulam e com isso se harmonizam, ou seja, sugam tudo a sua volta para
se equilibrar e com isso se auto-harmonizam. E o efeito da ação é da reação.

As Oferendas
Dentro de umbanda as oferendas são simples como todo o ritual.
Geralmente as oferendas são agradecimentos, é uma forma de louvar as bênçãos recebidas.
Normalmente dão-se as oferendas em dias de festa ou no encerramento do ano em forma de
agradecimento pelo bom andamento dos trabalhos no decorrer do ano.
Existem vários tipos de oferendas tanto para a saúde, união, emprego, prosperidade e tantas
outras.
Os guias não exigem nada para si, quando chegam a orientar alguém para tal, geralmente é
com o objetivo de agradar a outra entidade em prol de quem os consultam.
Sempre que arriamos uma oferenda é um agradecimento por algo já conquistado.
A exceção é quando se faz algo para exu, mas aí já faz parte de quimbanda que a umbanda
acoplou e muitos não sabem diferenciar.
Os caboclos, preto-velhos, boiadeiros e as crianças, geralmente só tiram das oferendas às
essências, por isso não se fazem sacrifícios de animais, o que facilita em muito a realização dos
mesmos tendo em vista que são ofertas feitas com frutas, mel, flores, velas e produtos
naturais.
Não digo com isso que essas entidades cheguem a ponto de comer alimento sólido quando
incorporados; das oferendas são retiradas somente a essência vital que é transformada em
energia que é transportada para o corpo fluídicos de quem as precisa.

As Cores

As Expressões Utilizadas
O Linguajar Utilizado

As Guias
As guias usadas por nós, e por tabela pelos nossos Protetores Espirituais, são a representação
harmônica de nossas Falanges e Linhas de Trabalho. Elas nos servem para: Proteção Vibratória
e Identificação.
Cada Protetor Espiritual pertence a uma Falange, cada Falange tem um grau espiritual, e como
a nossa compreensão é limitada, comparada ao dos nossos Protetores, nós o representamos
através das guias e também representamos as várias faixas vibratórias através das cores.
Cada cor vibra para determinado objetivo, por exemplo: cura, saúde, proteção, etc.
Por isso não devemos fazer e nem usar guias sem orientação, ou usar apenas por usar,
devemos nos informar primeiro qual a nossa faixa vibratória e a dos nossos Protetores e
Guardiões para com essa informação confeccionarmos nossa guia dentro de nossos padrões
vibratórios que nos põem em harmonia com nossos Protetores Espirituais e Entidades e
possamos vibrar e sentir que estamos unos.
Nossas guias após serem confeccionadas, devem primeiramente ser lavadas e energizadas,
para só então serem usadas. Devemos guardá-las esticadas e termos para com elas muito
respeito e cuidado, pois elas representam nossos Protetores Espirituais.

Obrigações dentro de Umbanda

Desenvolvimento Mediúnico
É importante que os médiuns quando chegam no terreiro que entre e não saia até o final da
gira, posto que muitos espíritos sofredores ficam a rondar todo o terreiro.
Em terreiros tradicionais sempre ficavam uns Caboclos de ronda para tentar encaminhar esses
espíritos.

O médium deve saber o que é vibração, atuação e incorporação:


Incorporação: o espírito sempre faz com o corpo do médium o que deseja, mesmo sem a
vontade do médium.
O médium quando incorporado encontra-se ali (incorporado) apenas uma entidade, não mais
do que isso. Ocorre de a entidade incorporada transmitir recados de uma segunda entidade,
jamais os dois incorporam ao mesmo tempo. Quando duas ou mais entidades exercem
influência sobre uma pessoa, fazem isso apenas na mente não no corpo, acontece a atuação,
não a incorporação.
Atuação: os espíritos atuam na sua mente e incutem os desejos que eles desejam. Ex:
espíritos obsessores, principalmente os espíritos suicidas. Na atuação o médium não consegue
canalizar a energia espiritual advinda.
Vibração: comum no desenvolvimento de médium. O médium sente o (s) espírito (s),
balança, etc. apenas o médium é ele mesmo e tem total consciência. A vibração é boa para
passes magnéticos. Os espíritos transmitem a energia.

Kiumbas
Encaminhamento nas Incorporações em ‘Puxadas’ de Espíritos:
Espíritos Sofredores: encaminha-os com orações e conversas amigáveis.
Espíritos Obsessores: encaminha-os através de conversas amigáveis.
Espíritos da Calunga: não pode ficar muito tempo, pois caso contrário poderá deixar
seqüelas no médium.
Espíritos Malévolos: pergunta-se o que deseja; defenda o ser na qual ele perturba; deixe-o
à vontade, mas trate-o com firmeza e sem grosseria.
Conversa se ele poderá acompanhar para sua maior evolução os espíritos de luz para que o
encaminhem para um local melhor.

Caboclos
Os Caboclos são compostos de espíritos desencarnados de índios puros (Caboclos
Flecheiros), mestiços de branco com índios (Caboclos) e mestiços de negros com índio
(Mamelucos).
Os Caboclos são todos brasileiros, mas muitos espíritos usam essa roupagem de Caboclo
para não serem identificados por terem nomes famosos em nossa história e não causarem
influencia nos consulentes e para não despertar a vaidade nos médiuns e com isso atrapalhar a
missão que é fazer a caridade, por isso o anonimato. Neste caso, quando o médium já tem boa
preparação e muita humildade eles podem se identificar a estes, casos raros.

Cabocla Jurema
Jurema é uma Mestra do Catimbó (religião criada no norte do país da mistura das tradições
indígenas e africanas) que chegou para trabalhar na Umbanda posteriormente na linha de
Caboclos com seus Capangueiros.

Capangueiros da Jurema

Pretos Velhos
A linha de Preto-velho foi criada no astral, devido no passado longínquo eles terem sido
conhecedores de alta magia e a utilizaram apenas para proveito próprio, quando
desencarnaram optaram por vir como negros cativos para recuperar o tempo perdido.
Os Pretos Velhos são todos os escravos africanos ou descendentes destes.
Existem os Pretos Velhos mais evoluídos que em sua maioria cumpriram a missão destinada,
normalmente estes são originados da áfrica.
Os que são de origem brasileira costumam ser os mais presos ao plano terra e por isso mais
revoltados com o que passaram. Devido a isso, temos a diferenciação entre os Pretos Velhos
que vibram como se fossem um Exu, mostrando a sua face verdadeira, a face da revolta, pois
sonhavam em retornar à África e serem reis e príncipes e sofriam muito com os trabalhos
escravos pesadíssimos por aqui.

Crianças
Falar da Linha de Crianças é fácil na visão dos leigos é só isso: crianças desencarnadas que
vem aos terreiros em dias de festa para se divertirem.
Para nós a coisa é bem mais complexa, pois muito espírito por terem um desencarne trágico
(aborto, principalmente) e não terem tido a oportunidade de vivenciarem a alegria e o
aprendizado da infância, recebem dos mentores astrais a oportunidade (depois de terem as
lembranças apagadas) de atuarem por um período de tempo como crianças através de
médiuns, com o intuito de cumprir esta parte de suas missões inacabadas.
Alguns participantes dessa linha vêm dessa forma por já estarem perto do reencarne; outros
vêm assim por se identificarem com a vibração da linha.
Enfim, todos vem com a missão de aprender, ensinar e evoluir através da caridade e da forma
mais pura e simples do sentimento que é a sinceridade e a espontaneidade das crianças.
No meio disso tudo existem algumas crianças espirituais que realmente são crianças na
essência, são alguns elementais que para interagir com os humanos vem como crianças
espirituais para passar seus conhecimentos, fazer suas curas e observar de perto a
humanidade; tudo isso com a supervisão e aquiescência dos amados Pretos-velhos.

Pomba Gira
A única entidade exclusiva da Umbanda, trazida pelos Pretos Velhos, que tiveram a
oportunidade de trabalhar mostrando a sua verdadeira face.
Quando resolvem partem para a Quimbanda e se tornam protetoras.

Quimbanda
A Quimbanda é anterior à Umbanda, pois provém da África, Região de Angola e foi adaptada
para o Brasil.
Todos os angolanos cultuavam seus antepassados e incorporavam-nos para passar as
mensagens para os seus descendentes. Estes eram chamados de feiticeiros angolanos e os
portugueses e espanhóis iam buscar escravos junto aos angolenses.
A Quimbanda não é inferior e sim auxiliar à Umbanda.
O Guia Protetor dos Quimbandeiros no Brasil é Boiadeiro e o chefe da quimbanda é
chamado de Caboclo Pantera Negra.

Exus
Quando se fala em Exu logo vem à mente a palavra ‘encruzilhada’. Não são todos os Exus que
vivem nas encruzilhadas apesar de todos fazerem suas firmezas lá também.
Muito se pergunta o porquê das encruzilhadas. Por ser o entrelaçamento de vias terrestres e
lugar de muito movimento também há o lado vibratório e mágico que atrai diversos grupos de
espíritos.
Devido ao grande número de pessoas que passam nas encruzilhadas as energias que não se
desfazem logo se cruzam e se anulam (ou se acumulam). Daí que alguns Exus vão lá para
poderem pegar essas energias e usá-las em suas magias.
Como não são todas as pessoas que estão de bem com a vida e em sintonia com as Forças
Astrais Superiores, a vibração que deixam ao passar atrai Espíritos mais densos e os mesmos
se aproveitam dessa energia para prejudicar outros ou mesmo a própria pessoa que está
emitindo essa vibração. Aí entra a Lei do Retorno: Semelhante atrai semelhante.
Como a natureza é Divina e por isso perfeita estes espíritos sem muito conhecimento não
ficam o tempo todo nas encruzilhadas, eles só vão lá quando são chamados ou quando se
sentem atraídos por Forças Vibratórias afins.
Geralmente, quem fica em cada encruzilhada é um Exu Guardião encarregado de tomar conta
da mesma e proteger as pessoas que por ali passam. Estes queridos irmãos Exus são
tradicionalmente espíritos de grande conhecimento e força, e que escolheram por missão
ajudar as pessoas e aos espíritos que por ali passarem ou se sentirem atraídos. Estes manos
Exus trabalham incansavelmente transformando essas energias densas: as dissolvendo e
limpando as encruzilhadas e os caminhos. Quando se faz necessário outros Exus Guardiões são
trazidos para auxiliá-los, tendo em vista que muitas vezes mulheres e homens mal orientados
por outras pessoas de má fé, colocam oferendas e sacrifícios nas encruzilhadas em troca de
favores que somente o esforço próprio e o trabalho honesto podem lhe dar.
Quando ocorre de vir uma falange ou mais, os Guardiões tem o apoio de falanges amigas para
ajudá-los a transformar as energias densas e encaminhar os irmãozinhos menos esclarecidos.
Por isso as pessoas de boa índole fazem oferendas nas encruzilhadas e os Guardiões também
os aceitam e transformam essa energia (no caso, energia material) para ajudar a quem dela
precisa. Muitos Guardiões orientam pessoas com problemas a fazerem oferendas para eles nas
encruzilhadas, para com isso atraírem para si os espíritos mais densos que acompanhavam
essas pessoas com o intuito de encaminhá-los.

Exu Tranca Rua


Os Exus da linha de Tranca Rua foram em vida médicos, advogados ou padres, geralmente
homens de muita cultura e poder material, mas devido a usarem desses recursos para
reprimirem a população ou serem pessoas que gostariam de influenciar, estes vêm hoje na
terra como Espíritos de baixa evolução espiritual, por terem sido corrompidos pelo poder.
Existem várias denominações de Tranca Rua.
Os Tranca Rua que praticam a caridade nos terreiros usam o nome pelo qual é conhecido o
Exu Guardião no qual eles atuam em parceria.
A Falange é subdividida em grupos de trabalhos de 7 Exus Guardiões.
Um exemplo de falange de Tranca Rua é onde trabalha o conhecido Exu Tranca Rua das 7
Encruzilhadas, este Exu atua junto a um grupo de 7 Exus Tranca Rua da Encruzilhada
auxiliando-os. Sendo que o Chefe da Falange, o Senhor Tranca Rua da Encruzilhada nomeia
um Exu que auxiliará 7 Guardiões, e o Exu Tranca Rua das 7 Encruzilhadas auxiliará os
Guardiões trazendo Espíritos mais densos dos terreiros e levando os que desejarem partir.
Cada Guardião é responsável apenas por uma encruzilhada enquanto que o auxiliar é
responsável por 7 encruzilhadas, por isso ele se auto-intitula Tranca Rua das 7 Encruzilhadas,
sendo no caso o auxiliar dos 7 Guardiões e ao mesmo tempo fiscal dos mesmos, tendo tanto a
responsabilidade como o auxílio desses Guardiões. Todos trabalham em conjunto para o auxílio
e o bem estar de encarnados e desencarnados.
Isto não quer dizer que outros Guardiões não possam dividir a responsabilidade da
encruzilhada, muitos auxiliam com o nome de Tranca Rua ou outras denominações.

Exu Tranca Ruas das Almas


O senhor Tranca Ruas das Almas é denominado assim por ser o mensageiro que vem ao plano
terreno em socorro das almas aflitas. Este Espírito de Luz e grande conhecedor de Alta
Magia se prontificou e se especializou em fazer resgate e transporte de irmãos menos
esclarecidos que são resgatados pelos Guardiões que tomam conta das encruzilhadas
e dos terreiros.
Devido ao seu alto poder de atração, estes Missionários se auto-intitulam de Tranca Ruas das
Almas, por trabalharem junto as Falanges dos Tranca-Rua e das Almas e porque escolheram
por missão só vir ao plano terrestre socorrer as Almas aflitas que não conseguem se afastar
das vibrações densas; mas conscientes de que tem que seguir em frente e por isso são
ajudados por estes Irmãos a seguirem o chamado Espiritual. Por estes Irmãos também irem
aos Cruzeiros dos Cemitérios auxiliar irmãos em processo evolutivo, muitas pessoas sem
conhecimento de causa pensa que eles são Exus de Cemitério e vivem por lá presos.
Os Exus Tranca Ruas das Almas quando vem ao plano terra usam uma roupagem mais densa,
mas na essência continuam os mesmos, ou seja, Espíritos com grande evolução espiritual,
grandes conhecedores de Magia e sabedores de suas missões espirituais que são auxiliares,
levar os menos esclarecidos e encaminhá-los aos hospitais e escolas Astrais.

Exu 7 Encruzilhadas
Foi quem abriu as portas da Umbanda para o Povo Cigano Espiritual trabalhar. Ele é Exu
das 7 Encruzilhadas por abrir os 7 Caminhos para esse povo passar. Ele é o Guardião da
Umbanda, dono dos caminhos.
Boiadeiros

Marujos
Pode ser protetor apenas na Quimbanda. Na Umbanda sua função principal é ser auxiliar de
Exu.
Os Marujos trouxeram os Malandros para auxiliarem como intermediários nos trabalhos.

Baianos
Nos dias de hoje são chamados de Baianos porque a primeira terra que chegaram e
conheceram Orixá foi no Brasil. Devido a influencia dos Orixás esses quimbandeiros se
mascararam para não assustar seus descendentes, se autodenominaram Exus por ter as
características desse Orixá (que deve ser louvado e cultuado como Ancestral).
Os Baianos são quimbandeiros que trabalham para ajudar dando conselhos aos seus
descendentes. Devido à falta de informação os Baianos não são tratados como Exus, que na
realidade são, pelo o povo achar que Exu é Entidade inferior da Umbanda, sendo que
Baiano é um Exu Protetor Brasileiro da Quimbanda, que chegou ao Brasil e se adaptou aos
costumes locais.

Linhas dos Intermediários:


Malandro

Senhor Zé Pelintra
O Senhor Zé Pelintra é Rei da Magia, Dono da Noite, Mestre do Catimbó, etc. Seu Zé
Pelintra chega na Umbanda, na Quimbanda, nos toques de Caboclos dos Candomblés e no
Catimbó.
O Senhor Zé Pelintra trás o seu próprio reinado.

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