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Roda viva

Tem dias que a gente se sente


Como quem partiu ou morreu
A gente estancou de repente
Ou foi o mundo então que cresceu
A gente quer ter voz ativa
No nosso destino mandar
Mas eis que chega a roda viva
E carrega o destino pra lá
Roda mundo, roda-gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
BUARQUE, Chico. 1967. Disponível em: <www.tvcultura.com.br>.
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03 Considerado o sentido geral dos versos, podemos entender que


a “roda viva”:
(A) é o que nos encaminha para os êxitos na vida.
(B) é algo superior à força decisória das pessoas.
(C) é o que se opõe ao contexto repressor da época.
(D) é o símbolo de uma rotina marcada pela liberdade.
(E) é o mecanismo gerador dos movimentos sociais.
04

Sobre o uso recorrente da forma pronominal “a gente”, é válido


afrmar que o autor:
(A) equivocou-se no seu emprego, inadequado ao contexto.
(B) valeu-se de emprego típico da norma culta da língua.
(C) utilizou-se de forma que exemplifca a oralidade do discurso.
(D) procurou exprimir-se com um tom formal exigido pelo gênero.
(E) deveria ter usado, segundo a língua padrão, a forma “agente”.

O primeiro verso da composição de Chico Buarque de Holanda,


se escrito inteiramente de acordo com o registro formal da língua,
teria a seguinte construção:
(A) Há dias que a gente se sente.
(B) Tem dias em que nós nos sentimos.
(C) Existem dias em que a gente se sente.
(D) Há dias em que nós nos sentimos.
(E) Existe dias que nós nos sentimos.

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