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ASTM E112: Determinação do Tamanho Médio de Grãos

Essa norma descreve três métodos para determinar o tamanho de grãos em


materiais metálicos, sendo eles: método por comparação, método planimétrico e o
método dos interceptos.
As amostras devem ser selecionadas para representar condições médias
dentro de um lote do material, ou para avaliar as variações antecipadas através ou
ao longo de um produto ou componente, dependendo da natureza do material
sendo testado e do objetivo do estudo. A amostra deve ser seccionada, embutida
(se necessário), lixada e polida de acordo com os procedimentos recomendados em
E3. A amostra deve ser atacada usando um reagente, como listado em E407, para
delinear a maioria ou todos os limites de grão.
A norma também descreve como devem ser realizados os cálculos em cada
um dos métodos em caso de grãos não equiaxiais.

Método por comparação:


Não envolve a contagem de grãos, é feita apenas uma comparação com uma
série de imagens graduadas .
Para amostras que consistem em grãos equiaxiais, o método de comparação
da amostra com um gráfico padrão é mais conveniente e é suficientemente preciso
para a maioria dos fins comerciais.
As estimativas de tamanho de grão devem ser feitas em três ou mais áreas
representativas de cada seção de amostra.

Método planimétrico (Método de Jeffries):


Nesse método é traçado um círculo de área conhecida na micrografia,
geralmente de 5000 mm2, já que a norma estabelece o fator de correção f para
uma superfície com esta área.
Deve-se selecionar um aumento no microscópio que permita a contagem de
pelo menos 50 grãos dentro dessa área, e não ultrapassando de 100 grãos. A partir
disso, são contados os grãos que estão inteira e parcialmente dentro dessa área e é
determinado o número de grãos por unidade de área, Na, a partir da fórmula.

N a = f ( N inside + (N intercepted/2))

O valor de f é tabelado para um círculo de 5000 mm2 pela norma, que varia
conforme a ampliação utilizada.
A partir desse valor é possível determinar o tamanho ASTM dos grãos, G.
Para maiores graus de precisão na determinação do tamanho médio de grão,
os procedimentos de interceptação ou planimétricos podem ser usados. Em caso de
disputa, o método planimétrico deve ser o procedimento adotado em todos os
casos.
Método dos interceptos:
Os procedimentos de interceptação são recomendados particularmente para
todas as estruturas que desviam da forma uniforme equiaxial.
● Linha:
Nesse método é estimado o tamanho médio de grão contando o número de
grãos interceptados por uma ou mais linhas retas suficientemente longas para
produzir pelo menos 50 interceptos.
Um intercepto é um segmento da linha de teste sobrepondo um grão. Uma
intersecção é um ponto em que uma linha de teste é cortada por um contorno de
grão. Qualquer um pode ser contado, com resultados idênticos em um material de
fase única. Quando a contagem é dos interceptos, os segmentos no final de uma
linha de teste que penetram em um grão são classificados como interceptados pela
metade. Ao contar as interseções, os pontos finais de uma linha de teste não são
interseções e não são contados, exceto quando ele termina de tocar exatamente em
um contorno de grão, quando a interseção de 1⁄2 deve ser pontuada.
● Circular:
Quando a forma do grão não é equiaxial mas é distorcida por deformação ou
outros processos, a obtenção de um valor de interceptação linear médio usando
linhas de teste retas requer a média dos valores feitos em uma variedade de
orientações. Se isso não for feito com cuidado, podem ocorrer desvios. O uso de um
círculo como a linha de teste elimina esse problema, pois o círculo testará todas as
orientações de maneira igual e sem grandes desvios.
Qualquer círculo de circunferência exatamente conhecida pode ser usado.
Circunferências de 100, 200 ou 250 mm são geralmente convenientes. O diâmetro
do círculo de teste nunca deve ser menor que os maiores grãos observados.
ASTM E562: Determinação da Fração Volumétrica de Fases por
Contagem Manual
Este método de teste descreve um procedimento sistemático de contagem
manual de pontos para estimar estatisticamente a fração volumétrica de um
constituinte identificável ou fase de seções através da microestrutura por meio de
uma grade de pontos.
As amostras devem ser preparadas seguindo os procedimentos
especificados na norma E3.
Grade de teste: consistindo de um número especificado de pontos
igualmente espaçados formados pela interseção de linhas muito finas. Podem ser
de 16, 25, 49 ou 100 pontos, a tabela 2 da norma indica qual grade deve ser
utilizada dependendo da fração observada da fase na micrografia.
A tabela 3 indica quantas grades devem ser utilizadas em cada caso para se
obter uma dada precisão nas medidas.
Selecione a ampliação para que ela seja tão alta quanto a necessária para
revelar com clareza a microestrutura sem causar que os pontos de grade adjacentes
caiam sobre o mesmo constituinte.
Conte e registre para cada campo o número de pontos que caem no
constituinte de interesse. Conte quaisquer pontos que caiam na interface do
constituinte como uma metade.
É calculada a porcentagem de pontos da grade que coincidem com dada fase
em cada grade, e após isso é feito uma média. A partir desses valores é possível
calcular o valor do desvio da medida.
Com o valor do desvio é possível calcular o intervalo da medida que possui
95% de confiança, utilizando o valor do multiplicador t indicado na tabela 1, sendo
que, este varia de acordo com o número de grades utilizadas.
A porcentagem volumétrica da fase/constituinte é dada pela porcentagem
média de interceptação +/- o intervalo de 95% de confiança. É possível, também,
determinar a precisão relativa da medida. Para aumentar a precisão da medida é
necessário utilizar mais grades.
ASTM E1181: Caracterização de Tamanhos de Grão Duplex
Estes métodos de teste podem ser aplicados a amostras ou produtos
contendo grãos misturados aleatoriamente de dois ou mais tamanhos
significativamente diferentes.
Estes métodos de teste também podem ser aplicados a amostras ou
produtos contendo grãos de dois ou mais tamanhos significativamente diferentes,
mas distribuídos em padrões topologicamente variados.
As amostras devem ser preparadas de acordo com a norma E3 e atacadas
de acordo com a norma E407.

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