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CApiTULO 15

5. SVC (STATIC VAR COMPENSATOR)

No~6es Básicas de Funcionamento

o Static Var Compensator (svC) ou CA mpensador E t- .


dispositivo FACTS que utiliza válvula de tiristo s atlco de Reativos (CER) é um
_. _ res, e sua pnncipa! c -._
trole rapldo e contmuo da tensa o no ponto de _ aractenstlca e o con-
Conexao. Esse cont I é .
vés da traca de potencia reativa cstabelecida ent d . ro e reahzado atra-
re a re e elétnca e os el .
assivos (reatares e capacitares) que fo rmam o ca d ementos reatlvos
P mpensa oro

Medidor de
ten~

Controle de I
disparo das
rilvula

CER

Figura 14 - CER conectado ao sistema de transmissao CA

o diagrama de blocas do controle do Compensador Estático [IJ ilustrado na figu-


ra 14 mostra que a tensao da barra na qua! o·compensador está conectado é compara-
da com a tensao de referencia. Através de um controlador integral proporcional, o erro
processado de leitura dessa tensao é amplificado. Entao a saída desse controlador pro-
duz urna corrente de referencia que é utilizada para o disparo do controlador de reati-
vos (disparo das válvulas) que, de acordo Com a tensao e corrente de referéncia, injeta ou
absorve potencia reativa na rede, ajustando, desse modo, a tensao no ponto de conexao.
A figura 15 apresenta o diagrama unifilar de um Compensador Estático de Reativos
formado por urn TCR (reator Controlado a tiristor), um TSC (capacitar chaveado a tiris-
tor) e um filtro de harm6nica, conectados ao sistema de potencia através de um trans-
formador de acoplamento. Outras variantes derivadas das associac;6es desses elementos
também sao possíveis.
_
_ Brasnorte - Finatec - UnO
p&D Meel - Tae 50

=r:
_ ¡;
O
KOPlo.....,to

, .~ .

rvv-", otq>IlI .... nto

Tse
1
TeR

Figura 15 - Configura,ao típica do Compensador EstátiCO de Reativos

Através da associa9ao e conexao desses equipamentos, o Compensador Estático


pode manter a tensao no ponto de acoplamento comum (PCA) constante. ¡sso é possível
devido a sua capacidad e de trocar potencia reativa com o sistema.
O princípio de opera9ao do Compensador Estático pode ser anaJisado com ajuda
de um modelo composto por um reator variável e por um capacitor fixo, conforme ilus-
trado na figura 16.

1 + 1
T v v
T tenslo

............
Rampa de
reatiilntla
" ......_ _ _ _.:J
......--,"~i.,T.'";¡¡.;--- •
Figura 16 - Característica de o pera <;~o do CER.[7]

Nos gráficos que compoem a figura 16, é possível observar que a curva característi-
ca do Compensador Estático (Vxl) é o resultado da sobreposil;ao da c~a de opera~ao do
capacltar fixo e a curva de opera~ao do reator controlado. Adrnlondo inIcialmente que o
capacitor está conectado na barra, observa-se que amedida que o reator controlado é in-
serido no sistema (rampa de reatan.c ia indutiva) ocorre a reduc;a.o da reatancia capacitiv;¡

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é
.~ e esta scja an ulada e sobressaia a reatancia indutiva . Com isso podemos concluir
-
que o cornportamen to da tensao será de terminado pela combinac;ao desses elem e ntos.

CER
TllInlltórlo
sobrecarga
indutNI

<: le : 'L
'Cmax O Ilmax 'ur
~i~ur:~ 17 - Característica de opera~ao do CER.

A curva caracterj·,.::; 1:' Ij) de fu ncionamento do Compensador Estático depende


diretamente das altera (;~-¡)~ '!'~e J;'Qrrem na tensao do sistema e nas suas condi¡;oes ope-
rativas (carga leve/pes<ic!:"l. r ~l¡r · 'l1J géncias) . A figura 17 apresenta urna curva VxI de um
Compensador Estáti co, ¡la qu;:.! GpO:istvel observar a faixa de opera<;:ao do compensador,
a rela<;:ao tensaD versus corrente e a regUio de opera<;:ao transitóri a durante a ocorrencia
de sobrecarga indutiva.
Para estudar o carreto comportamento do Compensador Estático, é necessário re-
alizar primeiro urna análise da rede elétrica.
A característica da rede pode ser determinada através do equivalente de Thevenin
visto pela barra 2 cuja tensao se deseja controlar, conforme ilustrado na figura 18.

XL

V1,/i1

Sistema de Poténda com o CER conectado

-leER Reatanela
Varióvel

Circuito equivalente vista pela barra V,

Figura 18 - Circuito equivalente


DisPOSitiVOS fACT5 \ 719
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CApiTULO 15

ra 20 apresenta a solu~ao gráfica para as c ' .


¡\ ligu. CER aractensticas do sistema e do Com-
EstátiCO - .
ellsador presentadas tres linhas de cargas possív .
r Sáo aIValente do sistema (EIh) • elS, correspondendo a tres valores da
'oe qU
tel1S3 linha de carga 1 representa as condi~oes nominais d ' .
¡\ " do CER no ponto A onde V _ V o sistema e mtercepta a cur-
ractenstica _ T- RE. e l CER = o.
(J ca devido a urna redu<;ao de carga, a tensao E a .
Se, . _ Ih umentar (hnha de carga 2), a ten-
Illenta e desloca-se para a pos\(;ao V1 (sem a presenra do CER) J'
, ti aU - y . acomapresen~a
saO T ponto de opera~ao desloca-se para a posirao B b . .
do CER, o - V y ,a sorvendo corrente mdutiva
tendo a tensaD em ,.
eIllan .
l~ Se, deVldo a um aumentado na carga, a tensao Eth diminuir (linha de carga 3), a
áo VTdiminui e desloca-se para a posiC;ao V, (sem a presen~a do CER). Com apresen-
ten S d - . _
do CER, o ponto e operac;ao move-se para a poslc;ao C, injetando corrente capacitiva
o b ra 1 e manten do a tensao em V,.
na ar C2
A \inha tracejada em CitlZa define a regiao de deslocamento da tensao sem a pre-
a do CER, enquantll :i l!.',-ha tracejada verde define a regiao de deslocamento da ten-
sen~ d r'" .
sáo CoIll a presem;a o _,r:"" ~ l ! "Cola, com a presen~ado CER, sistema compensado, a dife-
¡en,ra entre as tensoes p ar" ·::",_"':""tes condi<;oes de cargas é significativamente reduzida.
Como se pode notar, ~~;c ,nclinac;ao da característica (slape) do CER fosse nula (com-
pensador ideal), a tensaD serie Inc.Ultida no ponto A para ambos os casos considerados.

configurac;áo do Compensador Estático

Os equipamentos principais (elementos reativos passivos) que compoem a con-


figura~ii.o do Compensador Estático sao como já mencio~~dos anteriormente, o reator
controlado por tiristor (TeR), o capacitor chaveado por tmstor (TSC), o transformador
de acoplamento e os filtros de harm6nicas.

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TeR - Reatar Controlado Cror ,ir~ ..>i::"
Figura 21- CER - Compensador EstállcC d~ t,~¿¡tj'/G fCRrf::'C·.. l=dtro

Um Compensador Estático pode ser configurado de varias forrn r,¡s através da as-
sociac;ao desses elementos. As co nfigurac;5es do Compensador Está[ico sao projetadas
para atender a diferentes necessidades da rede elétrica na quaJ será conectado. sendo
utilizando como critério de co nfigurac;ao a potencia reati va a ser trocada co m o sistema,
a topologia da área a ser controlada, a velocidade de resposta do compensador, a flexibi-
lidade operativa, as perdas e o nível de distorc;áo harmónica no ponto de acoplamento.
Custo do equipamento, área de instalac;ao e logística também estao entre as considera-
c;oes relevantes na definic;ao da configurac;ao do Compensador Estático.
Urna configurac;ao típica de um Compensador Estático é mostrad a no diagrama
unifilar simplificado da figu ra 22. Na sequencia serao descritas as características dos
principais equipamentos que comp5em o Compensador Estático.

BAARAMENTO OE~TA TENSJ.o

l
mANSFORMADOR DE
9 52·'
A-+ :,. ...........11.
ACOPLAMENTO t> u.J...¡J .

• " "
" •

1\ 1\

1
WFllTRO.,2
nc_,
Figura 22 - Diagrama unifilar simplificado do Compensador Estático de Realivos

Equi'parnefltos de Alta T~nsa~ - pr~spe(¡;ilo e Hierarqui za~i!lo de Inova~Oes TecnolÓgicas

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- CApITULO 15

formador de Acoplamento
fr an S
obarramento de média tensao é concctado 30 b arramento de alta tensao através
transformador de acoplamento que normalment ' .
de"m . t 100' 14W ' eapresenta urna ImpedancIa de
"o que vana en re ro e 70 . Emboca a pot- · .
dispersa . . eneJa nominal do transformador (po.
féncia de placa) sCJa d:fill~da pelo va lor da máxima potencia (indutiva ou capacitiva) do
cOmpensador, sua ~(~ten ~ 1i.l real é superior devido aos pontos de operaeyao do CER, ciclo
de sobrecarga e sohclta\:oe!\ ha rm ó nicas. A tensao nominal do secundário do transfar.
rnadorde acop lamen t, . ¡ . 'J!i';,.\i:::nrla e m funeyao do meJhor aproveitamento da válvula de
tiristDres. Esta tensa o, p, ... ;:, lO, , laO é padronizada e varia de acordo com a tecnologia
decada fabricante.
O transformador de a;;n plame nto é um transformador de potencia, mas recebe
essadenomínac;ao dcvido a sua fu nc;ao de conectar (acoplar) o Compensador Estático
arede elétrica. O local na sub esta<;ao ande acorre essa conexao é denominado de PCA
(ponto comum de acoplamento). O projeto do transformador de acoplamento deve aten-
der a todos os requisitos estabelecidos nas normas técnicas vigentes, mas destacamos
!res pontos importantes que devem ser considerados no projeto.

• Exposi~¡¡o a forte presen~a de harmónicas geradas pelo chaveamento das vál-


vulas de tiristores.

• Considerac;:ao das perdas em vazio e em carga, poís os critérios para perdas glo-
bais no Compensador Estático sao extremamente severos e a parcela de contri-
bui~¡¡o do transformador é muito relevante. Isso significa que o transformador
deve ser projetado para gerar O mínimo de perdas, o que em alguns projetos
significa utilizar a~o-silício especial na fabrica~¡¡o do seu núcleo.

• Defini~¡¡o no fomecimento entre um banco de transformadores monofásicos


ou um transformador trifásico. Alguns empreendimentos tom optado pelo for-
.
neClmento d e b anco mon ofásl·CO com urna unidade reserva. Isso se justifica
peIo fato d· e que, em urna e ventual falha em urna das unidades monofásicas,
eIa po d erá ser su b Stl·tu Id a rapidamente pela unidade. reserva,
_ enquanto que,
, dar trifásico a repoSI~ao poderá levar meses.
se a falha acorrer no translorma ' . . . . ··d d
. _
(expos l ~ao a pagamento e d PV parcela variável devtdo a mdlspomblll a e
do equipamento) .
- ico de um Compensador Estático com
an
A figura 23 ·1 t - an)·o eletramec . Uni-
.
ai _ I us fa um arr fásicos (3+ 1) e sua respectiva
d nStala~ao de um banco de transformadores mono
ade reserva.

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. . ----_._---

P&D Aneel_ T~esa - Brasnorte _ Flnalec _ UnB

Figura 23 - Arranjo eletromecanico do Compensador Estático


com banco de transformadores monofásicos

Outros detalhes e informa<;6es sobre transformadores de potencia podem ser en-


contrados no capítulo 5 deste livro.

Reator Controlado por Tir istor - TCR

o TeR é constituído por reatares de núcleo de ar dividido em dais enrolamentos


(bobinas) por fase, senda associados em série com urna válvula de tiristores. As fases sao
conectadas em d elta conforme representado na figura 24.

vA- -- ,- - - - - - - -- - - -- - - -- - - -- - - - - -- --
v,- +----- , ----- _ _
v,---+----~------+_----------~---

Figura 24 - Reatar Controlado por Ti ristores

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CApI' ULO \5
OS tir islores tem a capa~icia:de de .
l f ~. f . .~. candUZlr COn
," ,eiO""'''- ua requencla undamental e dep" dente elétrica altenladamcnte a cada
"~ " I .' ~" ",n eln d -
P ar~lr
"',,,jO" .' ( o cruzamento com O zera
.' .' da 1
• cnsao _ o angula de disllaro (a )' ,¡UC é me-
O nn '5!o r pode ser Controlado de du •'para entmrem cm condlH.;ao.
as man elras:
. "Ut: ado - desligado",lsso.Signific ..
a que o tlrl stor t .
m ia do duas e somente auas po . _ a liara COIllO lima chave assll-
. Sl~oes' condl '- d
da onda ñmdamental Ou nao d : I(;:ao tirante todo lIm meio ciclo
. COn lI~ao.

• " Controlado através do angula de dis "" "


nua da potencia reativa ~ . paro (al, permnmdo lima regula¡;ao conU-
ro corresponde ao an ~r;::cl~a por um elemento rcativo. O angula de dispa-
.. gu1 anal da onda de tensao da rede cm que se deseja
que o unstor entre em condu~ao.

Qualqu~r que ~e seja o método de comuta~ao usado, a condu~ao do tiristor só pode


ser interromplda no m stante em que a corrente se anula e/ou inverte a sua polaridade.
Na figura 25 está ilustrada a fonna de onda da corrente (i) no reatar para um de-
terminado angulo de di sparo (a) no s tiristores.
Acorrente através do reator pode ser continuamente alterada por meio do disparo
dos tinstores, com urna exatidao de 0,1 0 desde o zero até seu valor máximo. A condu~ao
máxima do TeR é obtida com o ángulo de disparo ligeiramente superior a 90°. A corren-
Íe, para esta condic;ao, é essencialmente indutiva e senoidal. Porém, conduc;oes parciais
sáo obtidas variando o angula de disparo entre 90° e 180°. Angulas de disparo entre 0° e
9W nao sao viáveis, pois produzem correntes assimétricas.

" 1


TeR

Figura 25 - Forma de onda da tensao (e) e da corrente(i) no reatar

.. - " (B) controláve\ do TeR está na condu~iio


d <'to da susceptancta .
O valor ffiaxIffiO o elel al
l/v Ov ormm, ' lOmo por sua vez é zera, obttdo com
'
máxima (a= 90°). e é equivalente a "1." t dido como uma reatanciaaparente
" d TeR pode ser en en
" oaJuste de a=1800. Oeste mo o o t proporcional a corrente enquanto
~ ma inversamen e
d
variável (Vil = XJ, que varia e or cional acorren le.
po r
que a sua potencia realiva varia de forma pro determine o instante exato do dis-
. . de contro le que _" "
'. necessita de um sistema t com o zera da tensao (smcroms-
. " . d ' lfmo cruzamen o d
, <> P~~~ (~it' lgula al medido a partIr o u , I esponde a um sina\ que po e repre-
'." de contra e r d .
angula de disparo). O sistema " d ou a um sinal que representa o esVlo
,mar dilretalme,nte a suseeptan- eta
' (1I)(J desel" a "
éi" tel)S;,o de referéncia.

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P&O Aneel - l aesa - Brasnorte - Rnate< - Une

" TeR odemos utilizar a equ3¡;llo:


Para determinar a suscepHlncI3 (B) do P

2(¡r-a)+sin(2a)
Brc.,(a)= ¡rXL

E para a determinac;ao da potencia:

A medida que o angulo de disparo (al é incrementado de 90° para 180°, a forma
de onda da corrente torna-se cada vez menos senoidal. Em Guteas palavras, OTeR passa
a gerar harm ónicos. Em sistemas trifásicos, o arcanjo mais utilizado é a canexao de tres
reatores e válvulas monofásicos conectados em delta. Este arranjo é canhecido porTCR
de seis pulsos. Todos os harmónicos gerados que circulam dentro dos enrolamentos co-
nectados em delta, e que sao transferidos para a rede elétrica, padem ser filtrados atra-
vés de fiJtros de harmónicas.

' "O ~--...,---r-----""---~

u
_ o.,
-
"CL 0.1
;;
e o.•

110 1m 1~ 1*
no 1. 170
000

Angulo d. disparo da válvula (a) 180

Figura 26 - Espearo de harmón '


ICas geradas pelo disparo do TeR

Capacitar Chaveado por Tiristor _ TSC

O TSC é formado pela associa~ao de b


t~r d~ n.úcJeo de ar e urna válvula de tiristorean~os de capacitares em série com um cea-
tl VQ hmltar o transitório no chaveamento d Sb' reator de núcleo de ar tem como ob)".-
correntes d ' o anco de cap .
. e magnenz3930 e exercer urna prat _ acItores, amortecer possíveis
elétnco. A figura 27 e~ao COntra re
mostea um TSe conectad d SSonancla com o sis tem a A .

o em elta com o sistema .


J Equlpamentos de Alta Ten~o _ Prospec~ao e H .lerarqujza~ao d i '

e nova ~Oes Tec~A IÓ "
' ...... gKas
,
'"

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CAPiTULO 15

,"

. _:" '.. . .

Figura 27 - Ca pacitar chaveado por tiristores

Aliga~ao trifásica do banco de capacitares, reatares e tiristorcs é normalmente re-


o "chada e~ delta com a rede elétrica, mas em algumas configunu;ocs (depende da tceno-
logia do fabricante) é possível que essc fechamento seja cm cstrcla.
'. Aválvula de tiristores forma um dispositivo que opera com lima "clmvc clctróni·
CiJ.~ capaz de inserir e retirar o banco de capacitares cm um curto Intervalo de lempo, O
'chaveamento do banco de capacitares pode gerar tmnsit6rios de valores elevados, dc-
',. pendendo da frequencia de ressonancia desscs cilpacitores com a cede clétric4I. 11 dcvido
. . '. isso que o controle do ángulo de disparo dos lirislores deve ser renlizado de modo "dc-
,~ , q~ado, para minimizar o transit6rio no momento do chavcamcnto do '('se. Isto ó reito
: detenninando.se o instante exato do fcchamento da válvul a, quundo a ICl1si1o 110 liristor
:- , estiver em seu valor mínimo idealmente nula.
.. . A figura 28 apresenta graficamentc o momento do fcchnmcl\tn do tlristor de ter-
:. minado para que a tensao esteja em seu valo r máximo e cnm iI mcsllla ¡lolarhladc do
capacitar, assegurando que o chavea mento cS lcja Iivrc dc transitórios. Du mesilla for-
o instante determinado para a abertura do tiristor corresponde l\ condh;ilo l1i1 qual
COrrente seja igual a zero. O capacitar, por sua vez, tentará a continuar cnnegndo no

TSC
,.
~¡v,
1v,
, , ¡-: -'. .. . . . .
' .' ',', : " da da tensaD (el e da (orrente (1) no realOr
Figura 28 - Formo? de on

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P&D An('('r - TacSiI- Br.lsnorte - Flnatcc - UnD

, ' (B) utilizado noTSC é conhecido p


O pnncfpio de controle da susceptancJa ar Con.
, '(B) de ser chaveada a cada exato mci .
trole de ciclo integral pois a suscepUlncla po o ciclo
.,' t le do TSC nao gera harmónic d'
da frequencla fundamenlal. Desta forma o con ro os, Ife.
rentcmente do Te R. compensador está conectado apr
Quando a tensao do barramcnlO on d e o escnta
. d , . 'a(\l) osíswmadecontroledoco
lima mudam;a no seu valor de tensao e releren CI, trI ' mpen·
sador insere (chaveia) o TSe para que a tenSao do sis tema retorne ao seu nivel operacional.

Filtros de Harmónicas

O objetivo dos filtros é reduzir a diston;ao das ondas de tensao e corrente produ·
zidas pelo disparo das vá lvu las de tiristores do TCn.
A solUl;ao cJássica adotada nas atuais configurac;6es do Compensador Estático para
a reduc;ao da contaminac;ao harmónica de corrente em sis temas elétricos é o uso de fiI·
tros sintonizados conectados cm paralelo ao barramenlO de m édja tensao. A estrutura
tfpica de um filtro passivo de harmónicos de corren te é mostrada na figura 29.

v•
v,
v,

~
1
Figura 29 - Filtro de Harmón icas

A frequencia de simonía do filtro é determinad J '


a pe a segumte equa~ao,

!., = 21!..JLC
1 - -!.tx:"
c

Os filtros devcm ser sintonizad os nas harma .


es lU d o denominado "Cálculo de Imp d '" meas preponderantes no sistema. Um
oe d e ancla Harm A • "

ompensa or Estático seja eo rretam . omea deve ser realizado para que
ha A' d . ente dlmens' d
rmonl cas o sistema exatamente no lona o para atender as solicitafYóes
POnto
com os req uisitos estabelecidos pelas no de ~eoplamento (PCA) em conformidade ,.
procedi d rmas naclOna ' . .
mentos e rede do ONS e requisito lS e II1ternacionais e requisitoS dos·
s estabelecídos pela EPE '
I Equip¡Jmentos de Alta Ten5ao - Prospec¡;ilO e H"
lerarqlJi2'a~ilo d 1

, '

e nova¡;Oes TecnOIÓgJcas

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r'
. ~~.
~:'::.-:
AS impedancias harmo.nicas da rede b'á's i~a~: t d
d' -
. (peA) devem ser etermmadas considerand
' . 15 as o ponto de camum acopla-
. ..
;/: ··¡t1eI1IO . ' . _. . o as condl(foes de configurac;ao de
, ,A..
~:;;.
· ,. ft"
lais corno.
'. '. .
.. , ,
::' -,_. "0.:'
~,~:'.' . .
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. Patama res de carga -leve, média e pesada>
Anos do horizonte de planejamento: '.
.'

.
,>
". -,: "
'. A partir dos resultados
. obtidos.
. sao determinados
' lugares geom é tncos ' (LG s ) for-
·
f. 1113
doS por setores
. circulares
_ . defimdos a partir de raios e a' n gu Ios m áx'Irnos e m f mmos
'
i.'·
das'impedancias harmomcas (por ordem harmílnica) vistas do PCA.
"1:
..,'-. 2013 Base
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......-<....... ~_._._ .
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0.5

Al!¡. Mln. ~
3,1771 79 0,002648 88,837354 ·85,807235
Figura 30 - Envelope de Harmíl nicas

De posse dessas impedancias harmílnicas. os filtros sao dimensionados,


Os filtros de harmílnicas possuem também urna segunda e nao menos importan-
'.:.; te fun~ao que é o fornecimento de potencia reativa capacitiva para o sistema, e a soma
:' da potencia capacitiva do TSC mais a potencia capacitiva dos filtros sao que definem a
total capacitiva do Compensador Estático.

PO(" .
.' enela de Saída do Compensador Estático

. ' 'vaSd Apotencia de saída do Compensador Estático (Qc,,) é a soma das potencias reati·
,"', e todos os elementos "reativos" passivos que constituem o compensador. Os filtros
- "que sao urna fante de potencia reativa capacitiva nao controlável, estao
cO,neetados abarra de média tensao. Para se obter urna potencia de sa-
compensador, é necessário que o TSC esteja desconectado e que o TCR seja

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P&O Arn:>eI. Tae--.,a - 2rasnone· Frr.ate<· Ur,9

controlado até quesua potencia seja da mesma ordem de grandeza da potencia dos filtros
(QmtrO\). deste modo a potencia reativa ¡ndutiva do TeR (~rcR) anulará a potencia reati.
va capacitiva dos filtros. resultando numa potencia de salda nula (QcER= O). Se o sistema
requer mais potencia reativa capacitiva, o TSC será chaveado e a sua potencia capaciti.
va (QTsd será adicionada a potencia capacitiva dos filtros (Qc,,~) e ambas serao injeta.
das no sistema, influenciando assim na potencia de saída do compensador. Importante
lembrar que o transformador de acoplamento também produz potencia reativa indutiva
(QTA) em fun~ao da corrente que circula para o compensador.

A potencia reativa de saída do Compensador Estático afeta diretamente o valor da


tensao no ponto de conexao PCA. A inje~ao de potencia reativa capacitiva faz com que
o valor da tensao no PCA se eleve. enquanto que a absor~¡¡o de potencia reativa indutiva
faz com que o valor da tensao no PCA seja reduzido.
A pOlencia de cuno·circuito no ponto de conexao é outro fator importante a ser
considerado na relac;ao de variac;ao do valor da tensao no PCA.
A equa~ao ilustra a varia~ao da tensao (a V) de acordo com a rela~ao potencia de
saída do compensador (Q"J e potencia de curto-circuito (SK) no ponto de conexao,

t. V(pu) = Qsvc
SK

• Todo Compensador Estático é projetado para fornecer urna determinada faixa de


potencIa reauva (+Mvar a·Mvar) que deve ser continuamente Contr I d
o a a.

Controle do Compensador Estático

Conceitualmente, o sistema de controle de um C


analisado dividindo o sislema em duas pa l ' ompensador Estático pode ser
res, um controle e alh
trole em ma/ha fechada, m m a aberta e um con.
, , Controleemmalhaaberta_ É responsável pel ' _
Slllvos de manobra (chaves e disj'untores) 'fi _ as condt~oes de comando dos dispo-
, rf ,ven ca~ao de int rtr
mte ace com sislema de d e avamentos, disparo de trip
coman o remOlo (supervisó ') , '
no , registro de falhas e prote~ao,

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~arra1 Barra 2

o!.
~ r Oi$juntOlos do
'1 00,

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I ri r'
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c .•

~
,J :!=
TeR Filtros
-==
TSC
sistema de
Controle
,
sve pronto para partir
e Tri

Figura 31 - Sinais do sistema de controle em malha aberta

o diagrama da figura 31 mostra os sinais controlados e monitorados pelo sistema


de controle me malha aberta, a linha verde representa o estado dos equipamentos de pá-
tio (secionadoras, laminas de terra e disjunto res) e a linha marrom representa os sinais
de comando e desligamento (trip).
Osistema de controle é projetado para controlar e monitorar todas as seccionado-
ras motorizadas e o disjuntor do lado AT, exceto a chave de aterramento que, por questao
óbvias de seguran~a, só deve ser operada manualmente. O estado "aberto-fechado" de
todos os dispositivos é monitorado pelo controle em malha aberta.
Além de comando de manobra dos equipamentos, o controle em malha aberta
tambéméresponsável pelo registrador digital de perturba~oes (RDP), comunica~ao com
oSIstema SUpervisório e sincronismo de eventos (GP5).
:, Controle em malhafechada _ O objetivo desse sistema é ajustar a potencia de saí-
," ,dadocollJ
ti '
'
pensador. A potencia reativa .
é controlada ajustan • gulos de disparo dos
d o os an
, 'dflstores TeR, enquanto que a potencia capacitiva é obtida chaveando o T5e. O si~tema
,e COntrole mede sinais de tensao e corrente darede para, através de um determmado
aIgo '
rItmo, Controlar os disparos das válvulas de tiristores: ,'
," ;

. \',

Scanned by CamScanner
P&DAneel- Taesa _ Brasnorle - Finatec - UnB

resenta, de modo funcional e ge.


figura3 2 re P . .
O esquem
a de controle ilustrado na d do compensador. Os smél1S de tensao
alha fecha a
· t
ncral IS a,
um sistema de controle cm
I
ro .'
smalS par
a disparo das válvulas, em vermelho.
I • •

"o marcados em azu ; e os d mente é necessarIO momtorar os se-


e corren te esta . adequa a '
'stema de controle funcIone (V ) e corrente do lado da alta-tensao
Para que Osl o lamento !'CA ,-
. t pontos' Tensao do ponto de aC p I a potencia de sruda do compensador.
gum es . _., d ara contra ar ' .
{I} essas informa.;oes sao utiliza as P l sistema de controle precisa conhecer
. . ulso de disparo das válvu as, o
Para SIncronizar o P de média-tensáo (VCER ) '
o valor da tensao no barramento
V"",

o
V.c. [3J

14----',- 131 - - - - . - 1 \'::J

Hltros-
TeR TSC

TCR FP [8J TSC FP [3[

Sistema de

Controle

Figura 32 - Sinais do sistema de controle (malha fechada)

Abaixo, descrevemos as principais fun~6es do controle em malha fechada. Essas


fun~6es, seus nomes e forma de operar podem variar de acordo com a tecnologia utili-
zada pelo fabricante do compensador.
Controlador de tensao - Responsável por regular rapidamente a tensao no ponto
de conexao com tempo inferior a 30ms e com precisao inferior a 0.25%.
Controlador de potencia reativa - Responsável por regular suavemente a potencia
de saída reativa, injetando pequen os degraus de potencia. O objetivo é evitar impactos e .
oscila¡;oes na rede quando a potencia reativa fo r injetada.
Controlador de establlidade (adapta~ao do ganho automático) -A adapta~áo
elj ganho l utomático é urna importante característica para a melhoria da estabilidade

oh condi~:ües do sistema muito fracas em combinac;ao com interac;6es transit6rias: Uro


,·ontrola,I:¡, automático de ganho é importante para assegurar que o compensador apre-
",en te resl'I,,·ta . ' . ar
,." constante, garanttndo assim seu carreta funcionamento. Para deternlUl

[~'J'p.;rrle',!OS de Alta T sJ . '


en o - Prospec~~o e HlerarqUl za~ ~o de Inova~Oes TecnoI6.':ic~ ,a

Scanned by CamScanner
::."~j' CApITULO 1S
.. ;"'.., "..
: -,; ;'.!
• • " ~. J
....;uado ·do ·ganho do contro.l~gor PI. um pequeno degrau de POl" .
ad"''"1 . , . ",. enCI3 renhva
no pcnto de operalfao do compensador. causando urna pequen. . _
F "" il1j'!"u: .. '; "' . • < vana~ao na
" ·
os val ores de. tensao
~
e poténcl~ reauva do compensador sao registrad
. . ~. os antes,
,,,"lote' < apÓs a <lphcac;ao desse.de~u de potencia. Buseado nesses registros de tensao
.'.' tencia , estima-se um coefi~i~nte~~~. sensibilidade do compensador, e o ganho ade-
:. "pO " do conlrolador proporclOna1-~ntegral (PI) para correto runcionamento do corn-
, uado ..
. " q dor é calculado. ' ,
..~ controlador do ganho - É necessário se um lempo de resposta constante for re-
o erút o'sobre urna faixa muito ampla de níveis de curto-circuito. Em geral, o valor do
',' ~o fomecido pelo controlador de tensaa pode ser:

• Oganho normal (manual) ajustado para o menor nível de curto-circuito do sis- ,.


tema especificado durante o teste do modelo e comissionamento.
• Um ,.ruar de ganho calculado na base de urna medi~ao do n[vel de cuno-circuito.
• Urn valor reduzido se o controle de instabilidade Cor detectado com o contro-
lador de estabilidade acima mencionado.

POD - Controle do amortecirnento da oscila~o de potencia - Esta característica


de controle é usada para o amortecimento de oscilac;oes. Oscilac;oes de potencia ocor-
rem corno urna intera«;ao entre subsistemas de potencia (frequencia de oscilac;ao entre
0,5Hze 3 Hz) e pode ser causa de problemas de eSlabilidade, que limitam a capacidade
da transrnissao. A implementac;ao dessa func;ao de controle é obrigat6ria em todos os
fomecimentos de Compensadores Estáticos no Brasil, o controle POO pode ser realiza-
do através da supervisao da corrente, tensao ou frequencia da rede elétrica no ponto co-
mum de acoplaraento do Compensador Estático.

Válvulas de Tiristores

Aconfigura~ao básica de urna Válvula de Tiristores consiste da associa~ao em pa-


, ' res antiparalelo de tiristores separados por n[veis adequados de tensao e conectados em
sme. ¡ncluem-se ainda os dispositivos associados aválvula, tais como: dissipadores de
. ' calor, circuitos eletronicos de disparo dos tiristores, reator limitador de corrente (ái/út)
" .ecircuito de araortecimento (Snubbers).
. Snubbers sao pequenos circuitos inseridos nas válvulas, cuja fun~ao é controlar os
.f.itos produzidos pelas reatancias intrínsecas do circuito. Os snubberspodem araortecer
OSCila~es, controlara1axa de varia~ao da tensao e/ou corrente, e grarapear sobretensiíes.
, Cada fabrica~te de válvulas de tiristores possui sua tecnologia própria e caracte-
'¡Sticas associadas io seu desenvolvimento, o que faz com que as solu~¡;es sejara bastan ..
, te dif~renciada~ quanto a geometria, montagem vertical ou horizontal, monofásico ou
""",,de tensao, circuitos de disparo e sistema de resfri~mento dos tiristore,s.
i!<~§:~l~:!~:~t:'~~, apresentado abaixo apenas ilustra, de urna forma genérica; a confi-
\'; úma válvula de tiristores e nao tem a pretensao de servir de guia ou modelo
,;t"~CCjn"" ' ''' ¡¡nde urna válvula.

-'.. _. -.
.. . ,.... .. 1 -,.,. .,
._

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11?7R /"' I'\ n
_ Brasnorte - FinateC - UnB
P&DAneel - r ilesa

(a) Válvula de tiristores (a) Válvula de tiristores


empilhamemo vertical empilhamenro horizontal
Figura 33 - Válvulal de tiristores para TeR (Alstom)

Urna estrutura mecánica "armac;:ao", constitufda de al(o, forma o chassi ande os ti-
ristores sao empilhados "coluna de tiristores", e o isolamento eJétrico entre o chassi e os
tiristores é feito através de ¡soladores de porcelana. O número de tiristores conectados em
série depende da tensaD que a válvula deve suportar e a aplica.;:ao na qual ela será utili·
zada, o nfvel de ¡solamento da válvula é projetado de acordo com a norma IEe60D?l. No
topo da coluna de tiristoTes existe um conjunto de molas de compressao que garantem
um bom cantaro eJérrico entre o tiristor e dissipador de calor. Cada tinstor é prensado
por dai s diss ipadores de alumfnio que tÉim a fun ~ao de trocar calor e manter os nfveis de
temp eratura inferiores ao limite da temperatura de jun~ao « 1350C).

Figura 34 - Tiristores Ln e En

,', A figura 34 ilustra dais tipos de tiristores o EIT _ Electrical/y Triuuered Thyristor,
, 1,!l,W1 do por sinal létr' .. 00'
." , ', e leo e outro tmstor eom teenologia LIT _ Light Triggered Thyris-
. J. \11Spnrado por luz. Cada fabricant d ál' ,.
": r~ ""0 d . . . e a v vula pOSSUl a sua própria tecnologia e uuh·
. r. tlCJstor que lhe é mais favorável técnica e economicamente.

I" '''lOS de Alta TenS:lo p .


- rospec~1!o e HlerarqU¡la~1!o de Inova~Oes TecnológiCas

Scanned by CamScanner
Figura 3S - Tiristores e dissipador d~ calor

Faz parte também de urna válvula de tiristores: uro módulo eletrónico parn mo-
nitorar a tensao inversa de cada nível de tiristores associado em antiparnlelo. o canao
,I'tronieo de disparo e o circuito sll ubbers, A figura 36 apresema a liga<¡ao desses com-
ponentes com a associa~ao dos tinstores.

~.¡".ual de
tiristor
adJace-nte

snuber

Cd
antipara lelo
~"7 RIle

Rd

, . " : e'létrico de urna válvula de ¡irislOres


FIgura 36 - Es,quema ,
Scanned by CamScanner
· .. ........ - V' d)' '\JIU! - ,.IIIdU.'(,. - Ullt)

Válvula de TiristoreS
, ' ' ntes de uma
Figura 37 - PnnClpals compone
fi ra 38 é associado 11 válvula para
Um sistema de res lamento, ca mo ilustrado
fr 'na
d gu ' Atualmente sao
radío - utl'l'1Za-
al eguros e ope y •
manter sua temperatura dentro de vares s dores de calor do tipo arlágua.
. . f h do) com traca .
dos sistemas de resfriamento (cn cUIto ee a

Figura 38 - Sistema de resfriamento das válvulas

6. STATCOM

o STATCOM, sigla de, STATic Synchronous COMpensator, é um dispositivo FACTS


baseado em um conversorVSC (Vo/tage Source Converterl conectado em paralelo com a
rede elétrica. Para que a troca de potencia realiva (gera~ao e absor~aol entre a rede elé-
trica e o STATCOM seja realizada, o conversor VSC gera urna tensao com módulos e an-
gulas variáveis. Estes conversores possuem um banco de capacitares ce que funcionarn
como urna fonte de tensao ce. o banco de capacitares ce também serve como sistema
de armazenarnento de energia. É através da posi~ao relativa da tensao gerada pelo VSC

" I Equipamentos de AltaTensao - Prospec\ao e Hierarquiza\ao de lnova\Oes Temológicas

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[ensaD da re~e que se estabelece a troc d ' ~-t:",~>:; -
"'.<,nl' _ aereti "·'·
,~,",p'" sua ftln~ao de compensa~ao de reativos É ' ~ ro.~,.que faz cam que o STATCOM
";'nt,,¡njer:ad a p elo' STATCOM na rede o d' ImpO~ante destacar qu e, idealmente,
ir . n eestáco d
;! ~ if'n;30 do sist.ema. fazendo com que o flu d ,~~.cta a está em quadratura com
A

)¡ X Q e potencia t " .
AC3pacidade de trocar potencia ativa com a red > '. a. lVa seJa nulo.
, '0 nível da ten saD ce sobre . e é limItada e aconlece apenas para
o capacItar e para" .
.. é composto b ' . supnr as suas próprias perd as.
aSlcamente por .
' '" ,nsl'onn ador de acoplamento b d quatro componentes: conversor VSC,
'~ j • anco e capacitares em
'\. ;"irlec:ontrC,le, como ilustrado na figura 39. corrente continua e um siste-

CAlculo da
Potencia Vl,dl
Reatlvil
Controle de
Sintronismo

, Lógica do
COnt ro le do
. 'A ."~ ~ ~ Controle de
i
. ~ -' .
"':;::;'--"i;;¡~
Disparo do VSC
STATCOM

Figura 39 - STATCOM e seu sistema de controle

Seu princfpio de funcionamento é análogo ao do Compensador Síncrono, com a


.:, exce~o de nao possuir inércia mecanica nem capacidade de sobrecarga. Essa analogia
"> ~dá comparando a excitac;;ao do campo elétrico da máquina síncrona com a tensao 50-
, banco de capacitores Ce. Ou seja, se a tensao sobre os capacitares for incremen-
;: '.ta..da para um valor acima do nominal, o STATCOM está "sobre-excitado" e gera poten-
reativa. De maneira contrária, se a tensao sobre os capacitares for reduzida abaixo
r' . nominal, o STATCOM está "subexcitado" e absorve poténcia reativa da rede elétrica.

STATCOM

.y:..


'.'
,,

- . .' -

.F igura 40 ~ Cu.ryá . c~ractE~rística do 5Tf.'.TCOM .

Dispositivos FACTS I 737 -1


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P& D Aneel- Taesa - Brasnorte - Fina tec - UnB

A característica da tensaa de saída versus corrente (característica V-l) é apresen_


tada na figura 40. Através dessa figura é possfvel observar que o STATCOM, além de ser
capaz de fornecer potencia reativa (indutiva e capacitiva), consegue também controlar
sua earrente de saída sob toda a faixa cantrolável independentemente da tensao da rede.
Oeste modo, o STATCOM pode fornecer a conente capacitiva total para qualquer nível
de tensao, inclusive com uma tensao próxima de zera.

Conversor VSC

o conversorVSC tem a fun¡;ao de mantero capacitar ee carregado num nível de ten-


SaD aprop riado que possibilite a troca de potencia reativa com a rede elétrica no ponto de Ca-
nexao. Isto acorre quando a tensao de saída do conversor está adjantada em relac;:ao atensan
da rede elétnca. Deste modo, o conversorVSC absorve urna pequena quantidade de potencia
ativa necessária para a reposi¡;ao de perdas dos elementos semicondutores e para a manu-
ten¡;ao da tensao do capacitor ce Hum nível desejado. Este mesmo mecanismo de controle é
usado para aumentar ou diminuir a tensao do capacitar, e com isso controlar a amplitude da
tensao de saída do conversor para efetivamente trocar poténcia reativa com a rede elétrica.

Configura~iies do Conversor VSC

Existern várias formas (arranjos) de associar os semicondutores autocomutados


que comp6em o conversorVSC. Cada arranjo gera diferentes "níveis" de tensao devido
aos diferentes degraus gerados. Atualmente, na moderna concepc;ao dos Compensado-
res Estáticos de alta potencia, está senda aplicada a configura~¡¡o do VSC em multiniveis.
A topo logia NPC (Neutral Point Diode Clamped Inverters) de tres niveis é a mais
popular [9), tornando-se cada vez mais a tecnologia padrao aplicada em conversores de
média tensao, pois apresenta urna boa rela~ao entre a qualidade da onda de saída, cus-
tos e complexidade de opera~ao.

0 .0

'.¡ 0 .0

, 0 .0

.s
~
o .•

,
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."
o. . O . :;l

E ·0."
..,¡ '" ~. o

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0 .0""," O .OG o .Qf;,I; O . QQ O .OGC 0 .07
, r empo (.)
Figu ra 4 1 - Converso r VSC (om liga~ao NPC e a curva de tensao fase-fase

Scanned by CamScanner
,
,I
ClIP!' u tO l !i

, , esquema NPC de
tr"s
\.: Il( VCls
, caClI I

O
';n~~~~~¡~~.12,
chaves. semi, ,rva
o <¡U,ltro chaves 1)"
(e tensao
I
fasc~fasc, Ncs~
' .: Nes a tensüo no bar ,tr,l ca( a fasc, c seis diodos

.;:~~:d:~;~~~~~~,
ta
tima especie de d' .
IVlsor de ce
ramento dCI)Cnd
tcnsio cal' d· " r . - '
e a ussocluc;aa dos dais
'
teJ,,;aono ce seja igualmcllt d' 'd' • • MCltlVO ¡azendo com que
~io,d(j;~'
u, rlie fix,ac;ao, Estes d' d e IVI_ Ida . por dai s, Cad a 'Jase con tém quatro
a~ PQ~to médlO do barramen·
10 os estao hgados .
,¡¡O".... paf3 _ , a tensao sobre ua!
(én,;aolOtal do barramento, q quer IGBT nao seJa superior 11 metade da

' 'iém ,las topolo¡~a:sdetr- (


O resultadoobtido da tensao fase-fase é
' mostrado na figura 41. A grande vanta·
,~ , es Oil mals) níveis está '
' ""ml>ostas de uro maior n ' d na capacldade de gerar formas de ondas
~, umero e pulsos,
:"~' coD,ectad,os
A figura D mostra
.em42 1 a configura ,ao
- d e um STATCOM utilizando conversores VSC
.~; e tao

•• ' o o o 0 . 0 o o," O' o' ,


~_ • • o .. . . . .... . _ ... . o • • • • _ . . ..... . 0 • • _ • • 0

. : ~

'--,_ _--"'''-'~ *: " . • _. , •. " " •.• . •.• . • . 0 .• ··· .· · ·· ·· ·0" ' " 1* : ' • . _.• " .• . o ' · , _ •• • • • • •
:
O"" .0" .• -• .• :

Figura 42":' STATCOM utilizando conversores VSC conectados em De!ta

,-
, _, ': .f\ grande',varitagem configurac;ao multiníveis está na capacidade de gerar formas
.d~ ondas compo~tas de um maior número de pulsos, A desvantagem desta configura-
: _1Y30 está na grand~'quantidade de chaves e diodos utilizados e na lógica de controle mais

complexa. . 'oc';
e

. Capacitor
.
éorr~nte
. Continua - ee
. '. O cap;~íi,í; ce tem como fun,ao servir de fonte de tensao cont(nua para atua,ao
, _, '<,.;.0" ,

,conversor es~rvir
como acumulador teroporário de energia. possibilitando o fluxo
e~_q;~ o Compensador EstáticO e a rede elétrica. .
. Cada conyersorVSe utilizado na configura,ao do compensador Estático deve pos-
" :;a~i~~:~' ~~!~~ee. no en tanto para se obter nÍveis elevadosld~ tensao e poténcia os
,. . ser associados em configura~oes séne-para e a,

- ,'" '

, " , -
l ' "'"'0""
Scanned by CamScanner
7. COMPARA';:AO ENTRE AS TECNOLOGIAS CER E STATCOM

C pensador Estático de Reativo s (CER),


O STATCOM, quando comparado ao om. b desempen ho com baixa ten-
h ' erac;ao harm ÓnIca, om
apresenta vantagens como alXa g .. . a para qu alquer nivel de ten.
- . d d ~ nte capacitiva 30 slstem
sao, capaclda e e lornecer corre b astas as curvas características
sao inclusive próximo de zera. Na figura 43, estao so rep
Vol de um STATCOM (azul) e de um CER (laranja).

T.ns'o do SI.t.m.

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1,
,
CER
STA TCOM

Capacitiva Comnte Indutlv.

Figura 43 - Sobreposi¡;ao das curvas caracte rísticas do STATCOM e CER

o STATCOM consegue controlar a sua corrente de saída independentemente da


tensao do sistema e possui capacidade de fornecer corrente capacitiva máxima com urna
tensaD praticamente zero. Nessa mesma situ ac;ao, a sua co rrente de saída do CER dimi·
nuí com a reduc;ao do nivel de tensao do sistema. Na ocorréncia de fen6menos transit6-
ríos, o STATCOM co nsegue aumentar a sua margem de poténcia reativa fornecida arede
um pouco além da sua capacidade em regime estacionário. Este incremento de potén-
cia, para além dos limites de operac;ao, está limitado pelas características dos semicon-
dutores e pelas temperaturas máximas admissfveis nas respectivas junc;5es. Para o CER,
esse incremento nao é possfvel porque a poténcia reativa máxima que ele pode fornecer
é limitada pela tensao do sistema e pela capacidade dos seus bancos de capacitares. Isto
torna o STATCOM bastante eficaz no aumento da estabilidad e transitória, conseguindo
margens de estabilidade para os grupos geradores superiores as obtidas com um Com-
pensador Estático Convencional - CER.
O tempo de res posta de um STATCOM é melhor (mais rápido) que o tempo de
resposta de um CER . Essa diferenc;a deve-se ao modo de controle dos tiristores no CER.
Co mo o ti ristor para de conduzir (bloqueado) apenas quando a corrente é nula (zero
da sejlOide), o tempo de resposta pode chegar até meio ciclo da frequéncia da rede. No
STATCO .
. M, os semlcondutores autocomutáveis e o tempo de respo sta dependem essen-
cmlrnc ntc da frequencia imposta aos semicondutores. Este tempo de resposta inferior
to rn¿¡·o capaz de responder mais eficazmente aos fenómenos transit6rios e a osciJac;oes
de potencia na rede.

[a'J':¡am"n tos de Alt T


.
sa
a en o - ProspeClOao e HierarqU1zalOao de rnova ~aes TeCIlológicas
-, .. .
Scanned by CamScanner '-
'<~:~I';~:~~:: CAPfTULO 15

OS1l\TCOM, tal como o CER, gera harma' ;.?(" '.


¡;" r,lparecem na Ocoúencia de t .. n.lcas ~R ~asode desequilíbnos entre fa-
o< . . ". " ,~ur OS-CircUitos, por exeiílplo), incluindo a terceira har-
'ri\6!¡l~~que pode atmglf amplItudes considerávei E ....
' . dI ' . , ,. . s, m reglme permanente, o CER pode
e larmomcas com urna topol ' d - .
. , ogla a equada, associa9ao em delta de
, . Ja o STATCOM produz sempre conteúdo harmónico devido á utili-
de conversores, apesar de as harmónicas g'eradas' n
.' -' os conversores serem atenua-
apresen9a de filtros é necessária mas seu tamanho' pod ' , 'd d
' . . . forem do tIpo
conversores . '
multinivel. e ser mInImIza o quan o

· .: .. ' ·9 ·STATCOM apresenta niveis de perdas ligeiramente inferiores as perdas CER,


· . preve-se que, com o desenvolvimento dos semicondutores, o STATCOM venha a
reduzir suas perdas,
O arranjo eletromecanico do STATCOM, quando comparado com o CER para a
mesma potencia nominal,leva grande vantagem por necessitar de urna área de instala-
i
.;l3os gnificativamente menor (1/3 da área do CER), O STATCOM é também urna unidad e
: m'lis c:OITlpacta que um CER, possui apenas um conversor, um banco de capacitor CC e
,.t·,:·, nm filtro de harmónicas, comparativamente pouco volumoso ao invés dos TCRs e TSCs
'comparativamente maiores empregues no CER [1]. [21, [5J,
Atualmente, pode-se concluir que o STATCOM já é competitivo para faixas de po-
i. tencia de até 150 MVAr, mesmo em situa90es onde a redu9ao de área (footprint) nao é
" .' importante. Para aplica90es onde esta redu9ao é necessária, como nas proximidades de
. .'.' grandes cidades, por exemplo, esta competitividade do STATCOM torna-se ainda mais
.' .evidenciada,
O crescente mercado de parques eólicos é também outro vetar que deve impul-
· 'sionar a aplica9ao desta tecnologia para possibilitar a adequada integra9ao de turbinas
· eólicas nas redes de transmissao, de acordo com os requisitos dos padroes de qualida-
~~l,<Gle ditad.os pelos Grid Codes, O mesmo pode ser dito com rela9ao aaplica9ao industrial
"lrnetIuU¡'g'ia, siderurgia etc.),
". Outro fato importante a ser analisado diz respeito ao esta~o da arte de Power Ele-
.. " :tronics. O CER é um equipamento consolidado e pa.ra o qual nao é es~erad~ n:nhu~a
,-: ,. ,grande revolu9ao tecnológica que o torne mais efiCiente ou que ImplIque slgmficatrva
.. ' redu9ao de custos. Já para o STATCOM, exatamente o contráno é e~perado, dado que os .!
'novos dispositivos semicondutores como o IGBT, por exemplo, es:ao e~ constante evo-
Visand o 'a pro du9ao
- de eqUipa
. mentos mais compactos e mars efiCientes, com "per-
""S,
' m'enelres
. 'e, consequentemen
. t e, com . menores custos. . ' .,
" ESte cenáno ' faz crer que o ST"'TCOM
no vá se tornar
. cada vez mals competrtlvo e
·. tnuito prOvavelmente
' irá abocanh ar urna la& t'a significatrva do mercado de CER na pró-
1 "
década, . , . - ":J
.:,. '
A 'f¡ ' . , s'
t o para instala9ao de um STATCOM de. 144 ,~
.,: ~v ¡gura 44 mostia'um arranJo pro po ' ' >
.' ar - 33kV; Abu Dhabi. ., :~

:.\'.

" "
" ,

Dispositivos FACTS I 741

Scanned by CamScanner
1,

Figura 44 - STATCOM Alstom de 144 Mvar - 33kV, instalado em Abu Dhabi

Nota: O STATCOM também é co nhecido pelas deno mina ~oes dadas pelos seus fabrican-
tes: ABB d enomina seu STATCOM de SVC_Light, a Siem ens de SVC_ Plus e a A1stom de
SVC_MaxSine.

8 . ESPECIFICA~AO FUNCIONAL DE UM COMPE NSAD OR ESTÁTI CO

Os itens abaixo descritos fornecem informac;5es gerais para a elaborac;ao de urna


especificac;ao técnica funcional para o fornecimento de um Compensador Estático de
Reativos que utiliza a tecnologia convencional do tiristor, mas muitos dos ¡tens descritoS
serao também úteis para especificac;ao de dispositivos FACfS baseado em conversor do
tipo VSC (Vo/lage Source Converler) aplicado na configura~¡¡o do STATCOM.
Os itens propostos abaixo devem ser considerados como urna referencia de uso
geral por nao incluir na sua totalidade todos os detalhes necessários para a especifica-
~ao de um Compensador Estático de Reativos. Isto se justifica pelo fato de cada com-
pensador possuir a sua especificidade de acordo com a instalac;ao, aplicac;ao e.recursos
fi nancciros necessários para o seu projcto típico, sendo assim a aplicac;ilo completa ~os
¡tens abaixo descritos podem nao con ter todas as informac;5es necessárias, assim c¡j;~o '..,.
parte des tes itens pode também nao ser aplifável. O leitar deste capítulo deve a.vali~ a. : ..
cxtcnsao de como cada item descrito se apliéa ao desenvolvirnento da sua especificaC;a~:~: . :.
O objetivo da composic;ao de urna espeCi~cac;ao técnica funcional para efeit¡j-d~~ ;~·',
fo rnccimemo consiste em definir as características técnicas, a funcionalidade e o~e.~ :,);
; 10 ¡····~·
scmpenho de urn Compensador de Reativos. ~o!ém a elaborac;ao dessa especific_~~ < :::/,~~.·
!O c rcvestc de certas particularidades devido apo~~ibilidade de se aplicar tecno.logias,?~<_:\~;.,
',"' ".'; ,.:::~ ~'~;;'li,:~ .
'] I 1: _ . •' _ _ _ ,~ :. .:)i.:(~;M',;
Scanned by CamScanner
CApíTULO 15
a~óes diferentes com o ¡ntuito de al' .
ger . 'fi - mglr a rnesrna ti rd
Ola mesma especl lcac;ao técnica, é possí I !na 1 ade. Isto significa que, para
u , I Ve apresentar _
d sempenho eqUlva ente ou sUperior ao e urna soluc;ao alternativa Com
e Devido á possibilidade de se enco °t rnpensador Estático Convencional.
n rar configur ~ .
esm a funcionalidade e desernpenho é , a~oes dIferentes para atender á
J1l , que a especlficariio té '
l para poder envolvertodos os fabricant " e n t e a tem de Ser funcio-
na ~ es e eventuals fome d d
ce ores as solu~(jes eom
d'spositivos FACTS, visto que cada fab,-c
l I a n t e corn seu proJ'et ",
próprios no desenvolvimento d s o caractenstlco e Interes-
s es, _, o componentes deve possuir a liberdade de propor
qualquer Item ou por~ao do SIstema com caracte l' t' Ih
. - r s leas me oradas.
¡\ especlfica~ao a ser elaborada dev d fi '
· . e e mr, de forma clara e objetiva, o escopo de
forneclln~nto do empree~~lmento. definir as responsabilidades, se possível através de
, '~: urna matr~z ~e r.es,ponsablhdades, de modo a deixar claro os servic;os e materiais incluÍ-
. " dos e os nao mclUIdos no forneCimento, as características principais e demais requisitos
. básicos para o fornecimento de um Compensador Estático,
. Deve-se procurar fomecertodas as Características que. direta ou indiretamente, possam
influir no desenvolvimento do projeto do compensador, Esse conjunto de infonna~(jes deve
'englobar tanto a opera~ao nomna! como também as condil;6es extremas de funeionamento
que o compensador deve enfrentare se manter trabalhando de fonna continua e inintemlpta,
Dados da topo logia do sistema CA, presen,a de unidades geradoras, presen~a de
~:( outrIJS compensadores, presenc;a de transformadores com comutadorde tensao regulá-
vel e para-raios devem ser informados,

• Tensan nomi'-:lal:
o Tensao máxima operativa do sistema,
" • Tensan máxima dinamica. ,_. .
- ' narnm
• Frequencla: ' al (máxima e mínima), osctlac;oes.. devldo
_ a pequenos dlS- d
'-.
.,",' " . , d
turblOs translente eVI O 'd a grandes perturba~6es (reJel,ao de carga ou per a
•- a máxima de varia~ao (Hz/s),
de gera~ao) e tax"
'.:
10 de eonexao através de estimativas de poten-
o Níveis de curtO-CIrCUIto no pon _ fu
.' no da instalac;ao e turo.
eia de curto ,CIrcUIto para o a d oplamento (PCA)
.
• ImpedanCIa "VIstado pon to camum e ac .

""'. - . - " • & ecer o espectro das harmónicas pré-


sível deve ,010 , f
", . A especitica~ao. quan O pos
d , _ ' m fun~ao da frequeneia, essas In or-
, de impedanCIa e I
eXIStentes no sistema e as curvas . ento dos filtros do Compensa( or
to dimenslO nam .
rna~oes
- '
sao necessárias para o corre issao necessáno para o desenvo _
l
Es ' "
. tállco, As informa~iies relatIvas ao SIS
tema de transm
,
, d
t vés dos arqUlvos dos casos e cur-
, . - ser obudas a r a d N' l
Vlrnento deste Ievantaménto deverao DE) definidos pelo Opera or aCIana
. de potenCI
. tp,eircuito (ANAFASl'e fl\1Xo - 'a (ANARE
. Elétrico Brasileiro (ONS), h nnanieas vistas a partir do ponto de eo-
Uma análise criteriosa das impedfinc~as :rual e futura deve ser realizada conside-
1,,,,-",, acoplamento do Compensador Estáuco. m cinco ou !O anos, Deve ser tra~ada a
'.':",taó,lo
' a rede básica atua! no PCA e a rede futura
X e iráe revelar as "á reas de pesquisa" dentro

~~~~:~~~{~i~ ' , , ' em' um frgr ático


harmÓnIca
' a impedancia em cada equ .
RI. ' qude ser encontra da.
enela po

Scanned by CamScanner
P& D ."n~1 ~ T,JcS-' - Br.1snortc ~ FlnJ WC - Un[J

, o icas representado por polfgonos eStá


Um cxemplo de setor de impednncHI harm n
ilustrado na figura 45,

'JX
Ohm

R
O)~____~\-------------~j--Ohm.

~X

Figura 45 _ Polígonos representando os setores de ha rm ónicas -IEEE [8)

o TCR, reator controlado por tiristor, gera correntes harmónicas causadas pelos
disparos dos tiristores, urna parte dessas correntes poderá fluir para o sistema de trans-
missao ocasionando diston;5es na tensao no ponto de acoplamento. Devido a isso e para
garantir que os valores mínimos de distorc;ao de tensao e correntes sejam respeitados, o
Compensador Estático deve ser composto por filtros de harmónicas. Para o correto di-
mensionamento dos filtros, é necessário considerar a presenc;a de harmónicas caracte-
rísticas preexistentes no sistema e também a presenc;a de harmónicas nao característi~
cas que se formam devido as condü;5es de desequilfbrio das tensoes de fase (assimetria);
diferenc;as nas reatancias entre transformadores; diferenc;as nas reatf1ncias entre fases
de um mesmo transformador; diferenc;as nas reatancias entre fases dos reato res de nú-
cleo de ar que comp5em o TeR (é porisso que as tolerAncias sao estabelecidas e norma~
lizadas) e as assirnetrias nos instantes de disparo (trem de pulso) dos tiristores (erros do
sistema de controle). A presem;a de harmónicas nao características faz com que as har~
mónicas de terceira ordem e seus múltiplos se desloquem para o lado de fora das cone-
x5es em delta sendo em alguns casos necessária a instalac;ao de filtros de terceira ordem.

C o nfigura~¡¡ o Mínima do Compensador

.Deverá ser. indicado 'd 0, poré ID d eve-


. o tipo de Compensador Esta'tl'co a ser lorneCI
&

-se deIXar o fabncante bvre para definir o número de ra í '


mas e as caracter sticas nommalS
"
destes componentes e a gera,ao tecnológica a ser im 1 d d did
.. ' P ementa a, esde que aten os
todos os reqUISitos especIficados em particular o . . ~
, reqUlS1l0 re,erente adisponibilidade,

Tensoes Nomina is Con t ínuas e Limites de Pot ' ' R '


enCla eatlva
o Compensador Estático deve ter os seus norn' .
. _ '. malS contfnuos estabelecidos le-
vando em conslderac;ao os cnténos de planejamento q
llanto aos valores das tensoes do.

744 Equipamentos de- Alta Tens~o - Prospec~~o e Hierarqujza~~o de Inova'-Oes T .


.. eCnológrcas

Scanned by CamScanner
.. ' . . . :~':J":P' .
de I'ransrn,issao nQS barrarnentas de .' ",' .-' ,:~. . .
,¡d"m,' l 105 pu cm co'ndi;"- . ' . carg~l e c.onexao que normalmente vanam
",",(J"O,!" pu < , . ,
t • ." "roes normms
. . . .' e co·" --; . simples
IlImgénclas . {perda de um e Ie-
do !),:-:temn. azs como pcrila de Iinh . .,. ,
~~J::;;:~~~~"Ol N d' . a, transronnador ou rcjeic:;ao dc carga e per-
:~, . .1 eS las codn 'fc:;oes~ o Compensador EsiáUco devcrá manter as tenso es na
:" hOJ1","t.canexao I I
:,.' : . . (entro
I a a¡xa espccific
- 3( a cm cqndi~óes normais de operac:;ao e em
, tiilcréilcaas slInp es. . , ':
",o " , " "
. , Asvaria~úcs de lcns;:io devcm ser "O ' :- .
:,' . ~,' ", " . CSPCl.:1 Icadas para n¡'jo exceder a uma determl-
: "'d )orccntagem
;' pa ~ I . . ,
(normalmente 5%)·
.
'1-
' CinTe ;:u;aonSllacondit;aodcrcgimepcrmancn-
. fer- . ';:1111 contIngenCIas s lmplcs c chavc'amentos d e bancos dc ca pacitores e/ou reatares.
-; ", O Compensador Estático devera tam bé In ter especificada ' , de potenCia
urna falxa .'
."' ' ~atjva que dev:rá fornecer continuamente OndulÍvos e capacitivos) no barramento do
; Ponto de conexa~ e cm toda faixa de tensao .
. ' A conven<;,ao usa,da ~ que um sinal POSilivo (+) indica potencia reativa capacitiva.
,eumsinaJ negatlvo (-) mdlca potencia reativa indutiva.
, Aespecif¡ca~ao deve determinar o Estatismo (slope) do compensador, que é a in,
clio~O (tallg .1) da curva tensao'corrente, isto é, a rela~ao da varia~ao de tensao para a
, mudan~a de corrente ao longo da faixa de opera~ao (indutivo e capacitivo) linearmente
',' controlada e expressa como urna percentagem.

Ciclo de So bre carga do Compensad o r

Este ¡tcm da cspecificay30 deve apresentar as condic;6es de sobrecargas que o


Compensador Estático estará exposto e que deverá suportar decorrentes do ciclo de so·
bretensóes.
A tensao máxima de opera~ao de um TCR ou de um TSC é limitada pela tempera-
tura de jun~¡¡o do tiristor que permite bloquear o sistema de controle. A temperatura de
jun,ao é run~ao di reta da corrente, mas isto nao tem significado ao menos que seja neo
ccssário bloquear o tiristor, isto é, expor o tiristor para suportar a tensaD total. Para evitar
que durante fenomenos de sobretensao a temperaturas de opera~ao dos tiristores sejam
elevadas, urna a~ao estabelecida pelo sistema de controle deve ser realizada (por exem·
plo, .través de disparos contfnuos dos tiristores) por alguns ciclos para permitir que os
',: ', unstores possam ter a sua temperatura de opera,ao reduzida, Aten~ao especial deve ser
" ' dada para essa condi<;ao, pois em alguns casos o sistema de controle pode permanecer
, lemporariamcnte inativo. O critério de sobretensoes e o seu modo de controle devem
.' ., ' ser detalhados claramente com o fabricante do compensador.
C~mo esta possibilidade de opera~ao existe, o usuário deve especificar as condi·
, ~iíes de sobrecargas que o Compensador Estático estará exposto e que deverá suportar
decorremes do ciclo de sobretensoes, de modo que o compensador possa funcionar e
" " operar corretaménte em momentos de estresse do sistema. Um "ciclo de sobrecarga"
':' Pode sere~ pecificado de acordo com o exemplo ilustrado mi tabela 1, ande valores de
,,' SObretel1sii~'~ 'períodos de dura ,ao sao definidos,

DispOsitivos FAGS I7
Scanned by CamScanner
, ?3 D Mee I - T, ",,,,,-
"' ~ ~ BraSrl<:rte · Fin.l!e<: · UnB

Tabela 1 - $uportabilidade

SObI etenslo , SUportabllldade 4


• 1.8pu SOms
200ms
l.4 pu
l.3pu ls
1,2pu l Os
1, 1pu Contínua (indutiva)
1.0Spu Continua (capacitiva)

Estrategia de Controle Mediante a Var i a~ao de Tensao

A rede elétrica está sujeita a variac;ao no seu nivel de tensao decorrente de fenó-
menos transitórios e contingencias devido a curtos-circuitos, faUlas no sistema de pro-
tec;ao, rejeic;ao de carga e Qutras faltas que ocorrem no sistema de potencia. Para pro-
teger as válvulas do Compensador Estático e indiretamente a rede elétrica, estratégias
de protec;ao para sub e sobretensao devem ser muito bem definidas com o fabricante
do compensador.

Estrategia de Subtensao

Quando a ten saDde todas as tres fases do sistema foc reduzida, isto é. a tensao es-
tiver abaixo da tensao de referencia, urna estratégia de subtensao no s istema deverá ser
ativada para bloquear os pulsos de disparo para as válvulas do TSC e deste modo con-
trolar a poténcia de saída do compensador para um valor de referencia preestabelecido,
normalmente esse valor é de zero Mvar. Urna zona marta (tensao versus tempo) adequa-
da deverá ser também prevista para garantir urna operayao estável para o compensador.

Estrategia de Sobretensao

Na oco rréncia de sobretensoes, com amplitudes elevadas (:>1.3pu) e que ocorrarn


durante um período de tempo igual ou inferior a um segundo (ver tabela 1), o sistema de
controle deverá gcrar pulsos de disparo continuos para as v::ílvulas do TeR e bloquear os
~ulsos ~e disparo para as válvulas do TSC. Essa estratégia de sobretensao deverá ser desa-
li vada tao logo a tensao retorne para valores superiores a um segundo conforme especifi-
cado na labeJa 1.

-. .- . Scanned by CamScanner
f'
, '" . ...,
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.... l lll' ll t ILU \ :>
.'1,
I'-'i>.
:t, ",: m o5 de De sempe n h o
,,¡Si toS . .. , .
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~:f' ,. irf1e p (: I' :. ..
" c~eg _ '
~:::.:'.. ~<I' • , _.

';'/i-:/~:" Ern regine permanente. o Compensad E ' " .


~).!;:.~~ ' ." . ). I b- d b _ Or stálIco deverá exercer llIn controle tn-
~'.' . ', da ten$·"O {a arra a su es ta~ao pOrta t _ .
':';' (áS ícO . . I . • \ n o a especlficaC;ño deve estabelecer os
:' . " toS de a esempen 10 em regIme penna d
. .. 'ieQ L1 IS 1 _ (nente, e modo a indicar o runcionamento
, trole de tensao do compensador no d
f;: do con " ponto e conexao (barra da subesta~ao), Os
~. ráme[fOS mínunos ~ s~rem considerados sao:
r'" pa ."le'nsao de referencIa e estatismo (1sope) . A tensao - , '
de refer@nclaén tensaa 3JlIstável
/" ' uamente para a qual o Compensador E tá ' - , . •
~ cantJO . ' . s ( lICo nao produzná nem absorvera poten-
e o estatIsmo é a mclmarao da
1,
t da rea t'va 1 , _ ~. y
. '
curva caractenstlca -
tensaa versus corren te. Os
,~
'ustes da tensao da referencIa e estatismo devem ser contfnuos e nao dependentes entre si.

,.. Desempen ho Dinamito

Este item deve estabeleeer a característica de res posta do sistema de controle do


Compensador Estático e precisa estar referido ao nível de curto.circuito no ponto de co-
. nexao. Os requisitos a serem descritos na especifica~ao podem seguir as defini~¡¡es esta-
belecidas no Guia IEEE Std 1031-2011, conforme descrito abaixo.
Tempo de resposta máximo para variac;ao de lensUo: isto representa o lempo neces-
sário para que a tensao terminal varie de 10 a 90% do valor final para o degrall aplicado.
rempo de estabelecimento (serrlillg lim e): isto representa atempa necessário para
quea resposta do sistema de controle oscile dentro de lima determinada faixa que deve
ser inferior a do valor ajustado,
Sobre-excita~¡¡o (ouers/IOO!): valor máximo da oscila~iio de tensllO quando com-
parada ao valor final ajustado.

Tensao
" " " Máximo Ove,.hool
t
/ +/-5 %

90%

J:
r-j "-
I rempo d ••,/.tMl.cliMnlo . .

Controle
doCER
.. :4
O

,,
,
rampo de Resposl•
Input

I
Input rempo
~o c!6 tefltrtrlcb) ',:'>: ::
,
." ' ',: 'Figu;a 46 _ Tempo de resposta do Compensador Estatleo
'

Drsoos:trvO'. !=A.r , I 7 .ti•·


Scanned by CamScanner
P&D Aneel - Taesa - Brasnorte _ Finale<: - UnB

Dese mpenho Ha rm éi nico


considerar que o equipamento
d E rático dCVC rá<
A especificaI;ao do Compensa or s. b cos de capacitares em dcrivac;ao
- . . trcseus un '
a ser projetado deve eviwr a ressonancm en d Deve se também especificar que
d rti conecta o.
filtros e a rede elélrica no ponto Oll e se . , d' t p-ao de harmónicos nao deverá
s nfVClS de 15 o y
d
a contribuic;ao do compcnsa or para o Od ' ProccdimcntoS de Rede da ONS.
. . I 'd
exceder os hmltes estabe CCI os 110 S
ubmódulo Z. os
d luumónicos, deverá ser e fetuado
, ' . to dos filtros e <
Para o dimcnslonamcnlO e proJc ~. c"racterfslicas e nao características
t s harmoOlcas u <
um estudo considerando-se as corren e edc Também devem ser consi-
t deconexaocoma r . (
d
¡njetadas pelo compensa or no pon o , oto de conexao do compcnsador.
. , d rede elétnca no po
de radas as correntes harmomcas a d nexao (peA) nao sofrerá mu-
. ..' onde o ponto eCO
Para subesta~oes Ja eXIstentes, . d Ola campanha de sete dias para
. e seJ' a reahza a u
dan~as em sua topologla, sugere-se qu d létrica
,_ ~. existentes na re e e .
medi~iio e determma~ao das harmomc~s. " ) e o produto IT (fator de corren-
Os valores de T1F (fator de interferencia telefomca
te harmónica) sao definidos pelas fórmulas:

15
2:(V,xF,)'
TIF '-1 , fator de interferencia telefónica.

IT = 2:(F" xl,)' ,fator de corrente harmónica.


25

'-1
Dnde 1 é a corrente harmónica de Iinha injetada no sistema e Fh representa os fa-
tores de pesohpara a corrente harmanica, definidos pelo lEE - publica~ao 60·68, 1960, e
deverao ter seus limites especificados.
Valores limites normalmente especificados sao:

• TIF=25
• IT= 1O.OOOA.

Perdas

o requisito de perdas talvez seja o que mais cause controvérsias e dúvidas entre fa-
bricantes e concessionárias no Brasil, isto é, se deve ao fato dos valores requisita dos nos
editais nao serem normalizados. Atualmente, nos editais públicos para fornecimento de
Compensadores Estáticos, as perdas sao simplesmente fixadas nos pontos de máxima ope·
ra~ao indutiva e capacitiva e no ponto de opera~¡¡o nula, deixando de ser analisadas as per·
das para cada fra~¡¡o do ponto de opera~ao, sendo importante destacar que o Compensador
Estático é projetado para operar durante transitórios que ocorrem no sistema e que mais
de 90% de seu tempo de opera~ao ocorre nas proximidades do ponto de opera9ao nula.

I ~qUlpamento~ de A1rn Tpn~ll- Prn.. nQ('r~n g I--I¡nnrn"i,v"in nn 1........... "' .... T."' .... I ....¡ " .. ..

Scanned by CamScanner
":. ; ' , o,', , ',::.:;::T!JE~··:·
. di valoresfixados para as p~rdas tem impacto direiono cust6 d~'fabrica<;ao dos prin-
,>,,",is componentes do Compensádor Estático. principalmeni~ 'ri~ &iinsformador de aco-
,;;j"mento que pode necessitar de a<;o-silfcioespecial para a.fabri~~~a~ ·do núcleo de ferro
;n< real:o""de núcleo de ar que certamente terao um fatorde,qiialidade muito elevado,
.' De todo modo. independentemente do critério adotado. sejá'¡jor perdas valoradas
'. as normas internacionais lEC. ANSI e guia IEEE 10:n ot.pontos fIxos confor-
estabelecido no cenário brasileiro. a especifIca<;ao técnica dev'; solicitar ao fabrican-
. que fome<;a a tabela e a curva de perdas estimadas (kW). Deve-se especifIcar um va-
~ '.
. a temperatura ambiente ('C) e para a tensao de opera<;ao.(pu) para as quais as
erdas devem ser calculadas. O compensador pode nao operar nessas condi<;5es. mas
.. • ~es valores fornecem urna base comum para a avalia<;ao. '
. Para cada ponto de funcionamento. as perdas devem ser calculadas em todos os com-
. ponentes do compensador em funcionamento. esteja em condu<;ao de corrente ou nao,
Perdas associadas as correntes harmónicas nao devem ser consideradas nos cál-
culosde avalia<;ao de perdas (embora devam ser consideradas no dimensionamento do
sistema de resfriamento das válvulas) .
. A avalia<;ao de perdas estimadas deverao incluir perdas em todos os equipamen-
. tos do Compensador Estático em particular:

• Transformador de acoplamento.
• Válvulas a tiristares.
• Bancos de reato res.
• Bancos de capacitares.
• Filtros.
• Equipamentos auxiliares do compensador (incluindo o sistema de resfriamen- '
to das válvulas).

. O anexo C do guia IEEE 1031-2000 apresenta um memorial de cálculo para estimar


' . . perdas no Compensador Estático.

_ , lItroJ

_ r"',al
_T,.mJCI<7I\Odo<
fIlorn .... nto.&
{~ 'Of M

;;;¡.;:~~. _Cu rva de Perdas de um compensad or Estático de +1OOMvar a -1 OOMvar . .

... DiSpositivos FACTS

Scanned by CamScanner
I 749
, ............ .
,
"
Disponibilidade e Confiabilidade
,,
i

Adisponibilidade anual do sistema completo, do Compensador Estático incl.uindo to-


,\
. mentas de pátio ' selVl~oS auxilIares, válvulas e SPCS deverá ser supenor a 99% .
dos os eqUIpa
I
Adisponibilidade anual para o sistema de supervisao, controle e prote~ao (SPCS) deve- I
rá serde no mínimo 99,93%, conforme submódulo 2.7 dos Procedimentos de Rede do ONS. ,,¡
A disponibilidade anual equivalente para saídas for~adas e parciais é expressa em .1
valores percentuais pela seguinte fórmula:

~ DurafáodesaídaeQUivalente(emhOraS) ] 100'*
D(%) =[1- LJ 8.766 x o

o fabricante deverá informar o número médio garantido e a dura~ao das interrup-


,oes programadas por ano. O cumprimento dos requisitos com rela~ao 11 disponibilida-
de e confiabilidade deverá ser comprovado através de estudos durante a fase do projeto
executivo e depois no local da instala~ao, a partir dos primeiros anos de opera,ao.
Para maiores esclarecimentos, detalhes e defini~oes, deve-se consultar o submó-
dulo 2.7 dos Procedimentos de Rede do ONS.

Opera~¡¡o Degradada

A especifica,ao deverá considerar as possfveis condi,oes de opera~ao degradada


em que o Compensador Estático terá que operar com nominais parciais, devido aperda
temporária de qualquer componente, desde que sejaro atendidos os requisitos de quali,
dade de energia e níveis de distorc;ao harmónica no ponto de conexao do compensador
com a rede. Os critérios de opera,oo em modo degradado deverao ser muito bem defi-
nidos com o fabricante do compensador, pois a operac;ao degradada tem impacto direto
no custo de fabrica,ao do equipamento.
Aten,ao especial deve ser dada aos filtros de harmónicas que devem ser dimen-
sionados para que nao haja necessidade de desligamento por ouerrating em condi,oes
operativas normais e de contingencias simples (n-1) da rede elétrica, mesmo em caso de
opera,ao com indisponibilidade de um filtro.

Sistema de Prote~ a o

O sistema de prote,ao do Compensador Estático deve ser especificado para de-


tectar fal,tas. falhas ou opcrac;6cs anormais que possam causar danos aos equipamentos.
e os equlpamentos com defeito. falha, ou sobrecarregados sejam retirados de operac;ao
ou ten ha m suas sobrecargas controladas. O sistema de prote,ao deve ser duplicado de
modo que o Compensador Estático possa operar completamente, caso uro sistema es-
teja fora de servic;o ou apresente defeito. Cada protec;ao deve ter seu caminho próprio
de atuac;ao, Deve ser possfvel testar e reparar o sistema defeituoso de protec;ao durant~
'.....
Ten~o - prospec:~~ e H¡e~rq~iza~o d
-.
750 I Equipamentos de A1la Joov'a T
" ,

Scanned by CamScanner
. . ;: , .c,' ' ",.,.~!~:,
·":!';~)~r~'~, .
.',' ~',. .'. ...... . . ' ..:·;':.r":~
.j.>,

¡ijr,~tjIW¡IO IÚJrrn. Hl:do,c~Jrnpé'[-I~.iülor. sCrn"afClar a' opC!ra~~'O:-~~ ~istema sadio. Os relés


ti'rc,(C\;i10 dcverfio se"r In'fCgrad(j~ 30 !iistema de c(m(role-d~' CER por rede de comuni-
Hsico .de comun,icar;ao' por Protocolo lEC e posit;ao de en nta to (lógica de
.. ,. ser claramente exposto ao fabricante do compehsador.
.' ~' Alguns dercitos como eorrente ue dcsbalam;o do hanco'de capacitores (TSC ou
podcm. pur exemplo, permitir que o Compensador Estático pcrmaneya em ope-
a fa se de alarme paramctrizada na protec;ao. lsto permite ao grupo de ma-
t:illilelll~iiC lempo para programar uma intcrvc nc;ao. O deslig~mcnto só acorrerá quan -
corren te de desbalanc;o atingir valores que possam causar danos aos ca pacitares.
A.tabela abaixo indica as principais func;6es de protec;ao utilizadas na instalac;ao
.Compensadores Estáticos, cabendo a escalha das func;6es de acordo com as necessi-
específicas de cada projeto e os requisitos próprios da concessionária de energia.

Tabela 2 - Fun<;6es de prore<;ao do Compensador Estático

de
20
Relés de interposil;ao para prote~6es mecanicas de transformador:
26 Alivio de pressao de gás
49 Relé Buchholz
50 Temperatura dos enrolamentos de cobre
51 . Nivel de óleo
63 Temperatura do óleo
71
87
Prote~ao diferencial de transformador ,
Prote~ao contra defeito de aterramento restnto
PrOte~do contra sobrecorrente em lempo
Prote dO contra sobrecorrente de defeito de aterramento
~ contra defeito de aterrJmento de tensao de deslecamento

P t rae de sobretensao
ro e... contra de'eilo
Prote~do l' de aterramento por medi~do de tensao de deslocamento I
subtensao
I
,
., I
"'.', '
~ror'~~ao de ~iferencial de TCR .
l•
Prore~ao de sobrecorrente d~ tempo
Prote~ao de
de
negativa

i'
prote~ao , tI~ TSC .'.
Prote~ao de sobre<;~rrente d~ tempo
il
¡ "i~
de sequéncla negat iva . .
cQrrehte 'oe desb()!an~o da assoc IJ~.:1o dos capaCitares
'. "

sobrecorrente de tempo
de sequencia negativa
de sobrecarga
;':" 'rol:e(,'O contra sobretensao
contra corrente de da

Scanned by CamScanner
, lon .. de protec¡lo
j . VIo de cone)(~1t~ tensla

I -Trans-,o-rmadar de acoplemento
Barra de médla tansAo de 20 kV
RamodoTCR
RamodoTSC
r--f==:j::.::.::.:,-oooo."1" Ramo do flltro 1
Ramo do flltro 2

,,,
,
,, ~
~--_.

Figura 48 - Divisao das áreas de prote~~o


do compensador Estático

Sistema de Controle

Para atender as solicitac;oes da Agencia Nacional de Energia Elétri~a no Brasil, ~


especificac;ao do sistema de controle do Compensador Estático deve considerar, no ml-
nimo, os segu intes requisitos:

• O sistema de controle nao pode comprometer o desempenho da rede elétrica,


tanto em operac;ao normal como sob contingencias, emergencias e operac;ao
degradada, para regimes pennanente e transit6rio.

" O controle do CER deve ser concebido de forma a evitar hunting com controles
de outros CERs eletricamente próximos. As opera~6es do sistema de controle
de elementos manobráveis e / ou comutadores automáticos de transformado-
res (do Compensador Estático ou externos) nao devem dar origem a oscila~oes
inrermitentes (lzuntings) entre estes elementos, nem entre nenhum deles e o
controle do compensador.

• O COntrole do Compensador Estático deve ser concebido de forma a contri-


buir para minimizar as perturba~6es no sistema elétrico, durante urna falta. O
controle deve ser dimensionado, considerando a necessidade de atua~ao do
esquema de religamento monopolar.

• O controle do CER deve ser projetado de tal forma a nao comprometer a esta-
bilidade de tensao da rede elétrica. Para tanto, deve identificar a sensibilidade
da tensao da rede elétrica á varia~ao da susceptiíncia do CER, e adotar medidas
corretivas no sentido de evitar condi~6es de instabilidade.
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fl'¡,,:tisl.hilidade,
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.
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Os cstudos devcnio possib"llltar a v
n o Slsteou\ elétr
deverá idcnt'fi
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. ' leo.
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, l'ara cumprir com esta res-
os os estudos
' I
, 'fi
enteRa . ' _ neccssários . I
1

:;" %~:~;r~.r::Jl;:,,stUSC'ULllPI'en! C')n, os requis'tI Os sohcitados


O desempenho do Comp
~ ~ e.comprova~ao
p ' f
de que as solu~5es de
'
" ar.lO ornCCllnenlo. Devc se r
Ili
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; '::~:~!~~:i~~SC~~::: ntravés de simulensador


,
"' Estátiéo' para a opera¡;ao
a~ues reallzitdas
. e de estabilidade lrans'tó . .
- cm condi(,':ocs
". com programas de transit6rios
', . . I na e lhnfimlca
.Os. ' ~egumtes estudos,
's,ider:ldos: ' . mas' nao nece' ssaname ntI" .' .
e Imita d os <1 estcs deverao se r COI1-

•... Estudo de dimensionamento da C()I)! pcnsa d'or..


• Coardena~ao do iso lamento.
• Desempenhos dinamicas.
• Desempenho de harmónicos.
• P~jelo e protec;aa das válvulas e/ou conversores de tensao ou corrente.
• Sistema de controle, regulac;ao e protcc;ao. inc1uindo a análise eletromagnética
e eletromedinica no dominio do tempo.
• Confiabilidade e disponibilidade,
• Avalia~ao de perda,

E~
particular no Brasil, os seguintes softwares devenio ser utilizados paJa imple-
mentar os modelos:

• . Estudos de fluxo de carga: Anarede.


• Transit6rios eletromecanicos: Anatem.
• Transitórios eletromagnéticos: ATP.

Deverá ainda ser considerada na especificac;:ao a exccuc;ao de ensaios de dese m-


_' .pénho através de simula~iio digital em tempo real (IlTDSl , para verificar a adequa~iio
.do S~tema de controle frente as diversas solicitac;oes ao equipamento, considerando as
, Particularidades do sistema elétrico ande será conectado.
de
. ~ program~ estudos deverá conter pelo menos os seguintes casos:

.,., .: ~ . Energizac;~o de linha e transformador.


:.:, e '· Ap~ca:~ao de curto-circuito e abertura de linhas.
• • 1
~' :. ,'. ,.:Rejeic;ao de ca~ga. '
, .';,

'. " ' , '

;, ,
"'.
, I

OispOSitivos FACTS I 753


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P$.O Ane<'l - r.., esa - BraSflOtlC - Fin,ltec - UnO

10. ENSAIOS
.' devcrao ser divididos em direrentes eta-
r cO
Os ensaio e lestes do CO ITlpensndo
.
Eslall'05 , e recebimenta) ,ao
de rauna pre
C o m IS_
o

pas, iniciando-se CD m os lestes de fábri ca (ensal


sionamenlo e lesles de cnergi7...a~ao e opera<;ao, , .
- d O°d od s cm dQl s grupos.
De Ui11 modo geral, os Icstes saO IVI I o
d erao ser submetidos a inspec;6es e
o

• Tcstes dc fábrica: onde eqUlpamell(Os ev .


d °ficar qu e todos os eqUlpamcntos, ma-
o o

el1saios na fábrica co m o objetivO e ven ento


I r:
estaO cm conlorrnl
o
'd a d e cam os
teriais e sistemas inclufdos no forncclm
requisitos solicitados nas normas téc nicas vigent es.

6 o porte e instala¡;ao de todos os equi-


• Testes de Campo: reahzados ap s o trans
.. , . I fd o forneci mento e co m o objetivo de
pamentos, matcnal s e sistemas mc u os n
ve rificar o runcio namento apropriado do sistema completo.

11 0 REFERENC IAS

11 1 HINGOltANJ, N. G.; GYUGLI , L Understal1dillgFACIS, Piscataway, USA. IEEE Press, 2000.


121 DlXON, JI.; MOIt,{N, 1_; nODRfGu EZ. J.; DOMKE. R. Reactive PowerCompellsat ioll Teclmologies:
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Brasil. Projelo Trnnsmitir, 20 11 , . O' ca. rasl a, ,

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191 RODRIGUES, J. M, E A"álise e Modelafllode Dispo 't ' F. .
te e de DistrilJllifllo de Energja Eléctrica Dissc t ~I IVOS )l\ers AplIcad os lIas Redes de Trampor·
Uniwfsidade do Pon o, 20 1O, . a
f a~ao apresentada Faculdade de Engenharia da

754 I EquipamenlOS de Alta Tensao - Prospe'c~o e Hlerarqulza a


_ '_ ~ o de Inoval" T
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