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Alexandre Castro

TÉCNICAS BÁSICAS DE

ENSINO
PARA INSTRUTORES DE QSMS

2019
Alexandre Castro

TÉCNICAS BÁSICAS
DE ENSINO
PARA INSTRUTORES DE QSMS

1ª edição

Rio de Janeiro
Grupo Portal Marítimo
2019
Direitos Autorais
Todos os direitos são reservados.
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copiada ou transmitida livremente de alguma forma, sem
o consentimento prévio dos seus autores.
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Legislação
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estando em consonância com a seguinte norma:

Lei N° 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998 - Altera, atualiza e


consolida a legislação sobre direitos autorais e dá
providências.

Produção

www.portalmaritimo.com
ÍNDICE

INTRODUÇÃO 04

Capítulo 1
O USO DAS TECNOLOGIAS COMO APOIO AO ENSINO 05

Capítulo 2
ALUNOS OPOSITORES E/OU DESAFIANTES 06

Capítulo 3
TRÊS MÉTODOS DE ENSINO DE SUCESSO 09

Capítulo 4
COMO OS ALUNOS APRENDEM SEGUNDO A 13
NEUROCIÊNCIA

Capítulo 5
AS DEZ ATITUDES POSITIVAS DO INSTRUTOR 15

Capítulo 6
PREPARAÇÃO PARA AS AULAS 17

Capítulo 7
ROTEIRO SIMPLIFICADO PARA ELABORAÇÃO DE PLANO 19
DE AULA

03
TÉCNICAS BÁSICAS DE ENSINO PARA
INSTRUTORES DE QSMS

INTRODUÇÃO
Uma boa técnica de ensino está intrisicamente ligada à metodologia que o
Instrutor vai escolher para realizar a exposição de determinado assunto ou
disciplina. Desta forma, técnicas de ensino nada mais são do que o caminho
que o Instrutor escolhe para alcançar os seus objetivos. Para isso, ele utiliza
algumas ferramentas como recursos didáticos e estratégias, os quais você
conhecerá durante a leitura desse livro digital.

Quando entramos no universo dos cursos e treinamentos de QSMS, viajamos


em um mundo de grande diversidade profissional e de mudanças constantes da
Legislação e Regulamentação  vigentes. Adicionalmente, e até mesmo pelos
importantes e necessários processos de Gestão de Melhorias nas corporações,
sempre passamos por numerosas e diversificadas mudanças internas, que a
todo momento nos levam às salas de aulas ou plataformas EAD para realização
de cursos/treinamentos de atualização e familiarização.

Um Instrutor de QSMS nem sempre é um profissional de QSMS. Essa


diversidade, tanto para os Instrutores, como para os alunos, transformam
ambas as posições em multiplicadores de conhecimentos, promovendo uma
grande troca de saberes. O Instrutor de hoje será o aluno de amanhã e vice-e-
versa. Assim, todo profissional envolvido direta ou indiretamente em
cursos/treinamentos de QSMS, deve ter um nível adequado de conhecimentos
em "Técnicas de Ensino". Todavia, é importante que o Instrutor de QSMS
possua algumas características, aprendidas ou inatas, que façam do mesmo um
elemento de melhoria constante do processo organizacional e educacional.

Vivemos em uma Sociedade em constante transformação e o conhecimento se


mostra cada vez mais valorizado, fazendo do aprendizado contínuo a garantia
de sobrevivência. Diante disso, as empresas se comprometem cada vez mais,
com o desenvolvimento de seus colaboradores.
Diante desse cenário, o Instrutor de QSMS deve sempre estudar e estar apto,
com saberes e práticas atualizadas, para que seja capaz de criar e elaborar
meios eficientes de atuação no processo de aprendizado.

04
CAPÍTULO 1

O USO DAS TECNOLOGIAS COMO APOIO AO ENSINO


Muito mais do que praticidade para os Instrutores e alunos, o uso de tecnologia
pode favorecer em muito o processo de aprendizagem na educação corporativa.
Não fazer o uso desse recurso ou utiliza-lo de forma incorreta é um grande
desperdício de tempo e dinheiro.

É importante planejar estrategicamente como e quando usar a tecnologia em sala


de aula. Cabe sempre ao Instrutor antecipadamente solicitar os recursos
tecnologicos que serão utilizados em sala e nas aulas práticas. O planejamento
será seu grande aliado para evitar surpresas no dia da sua aula.

O uso de celulares, tablets e outros recursos de multimídia devem servir de auxílio


à didática, mas cabe ao Instrutor mediar a sua utilização.

Vale lembrar, que o seu aluno poderá ser um profissional atuante e


que nesse caso pode ter um conhecimento igual ou superior ao seu
em determinados temas do seu curso, em razão disso, buscar formas novas
de transmitir o conhecimento deve ser uma constante para quem atua
como Instrutor de QSMS.

As aulas e atividades práticas realizadas com o apoio das tecnologias


podem despertar a curiosidade e incentivar a pesquisa, estimulando
os alunos a aprenderem e se tornarem multiplicadores dos
conhecimentos na corporação. Além disso, outros benefícios do
uso das tecnologias em ambientes de treinamento é ser um aliado
motivador e facilitador do aprendizado, principalmente para os
alunos que têm dificuldades em aprender.

Apesar dos inúmeros recursos à disposição, a


escrita, a leitura, o debate e a interatividade
entre a turma não deverão deixar de existir.

05
CAPÍTULO 2

ALUNOS OPOSITORES E/OU DESAFIANTES


É muito comum os instrutores de QSMS se depararem em sala de aula com
alunos de postura opositora/desafiadora. Na maioria dessas situações,
esses alunos desperdiçam seu tempo de aula e comprometem os
objetivos do treinamento.  Nesse momento desafiador, tenha atitudes de
respeito e procure compreender as reais necessidades do seu aluno
opositor/desafiador. 

O ambiente de sala de aula de QSMS por si só pode ser


um desafio. A diversidade de profissionais presentes em
sala com as mais diversas experiências profissionais,
fazem do curso uma troca infinita de saber entre
instrutor e aluno. É muito comum que esses alunos
compartilhem situações que conflitem com os objetivos
do curso. Sua experiência lhes coloca como líderes dessas oposições,
outros compartilham porque querem ser reconhecidos por seus
conhecimentos ou simplesmente estão interessados em contribuir.
Como Instrutor caberá a você saber interpretar esses comportamentos
para aplicar as estratégias mais adequadas.
Como avaliar e inibir as ações de um aluno opositor/desafiante
Em primeiro lugar você deve entender que em um
curso/treinamento de QSMS você não tem aluno em sala de aula,
e sim, profissionais trocando experiências. Ao entrar numa sala de
aula, entre sabendo que nesse ambiente você vai trocar saberes
com seu público. Inicie sua aula com um discurso humilde,
como por exemplo:
- Senhores(as), hoje iremos falar sobre (tema da aula). Buscarei com
a minha experiência aliada com a de vocês conduzir um
curso/treinamento de forma a trocar saber com todos. Em razão disso,
peço que aguardem o momento certo para suas colocações, não
interrompam a minha palavra, basta apenas que levantem a mão e
eu dentro da oportunidade darei a você o momento da palavra.

06
Iniciando a sua aula abrindo para seu público o direito a participação, você
assume desde já o controle dos possíveis alunos opositores/desafiantes.
 
Como Instrutor você é o líder independente dos profissionais envolvidos no
curso/treinamento e suas posições hierárquicas na organização. Caberá sempre
a você o papel de administrar e gerenciar conflitos de forma adequada e lidar
com essas situações, conduzindo os participantes aos objetivos do curso.
Todavia, nunca permita debates, eles podem instigar alunos
opositores/desafiantes ou atrair outros à discussão.
 
Ter um aluno opositor/desafiante não é atípico nos cursos e treinamentos do
QSMS. A pluraridade de profissionais em sala de aula conduz naturalmente a
essa situação. Quando citamos o exemplos de cursos de reciclagem de
segurança para trabalho em altura , a presença de alunos no mínimo desafiantes
é carta marcada em sala de aula.
 
Um aluno IRATA fazer uma reciclagem é um desafio certo para você em sala de
aula, principalmente nas aulas práticas. Como Instrutor você deve
primeiramente avaliar caso a caso, administrando e gerenciando esses conflitos,
sem que você perca sua autoridade em sala de aula. Por outro lado, reconhecer
a capacidade técnica de um IRATA com experiência não faz de você um pior
Instrutor; ao contrário, ele será um grande aliado na sua aula prática. Faça uso
disso!
 
Identificar se você está realmente diante de um aluno opositor/desafiante e as
suas motivações são importantes nesse gerenciamento de conflitos:
 
1. Você está realmente diante de um aluno opositor/desafiante?
R. Não! Conceda a palavra ao aluno, entenda as suas colocações e faça a
mediação correspondente.
R. Sim! Conceda a palavra ao aluno, endenda as suas colocações e compreenda
as motivações aceitando o desafio, em seguida faça a mediação correspondente.

07
Controle sua emoções
Mantenha sempre o controle das suas emoções antes de aceitar o desafio, seja
gentil, cortês e entenda a situação. Ignore ataques e mantenha o foco nos
objetivos da aula. Se as motivações forem frustrações profissionais e/ou
conflitos profissionais internos com a organização, de forma sutil e educada
desvie o foco e não alimente seus comentários ou reclamações, por mais que
você até os considere coerentes.
Entretanto, se as suas motivações forem por algo que você ensinou ou
comentou, e que o aluno considere errado ou desatualizado, lembre-se: você
está diante de um público com uma pluralidade profissional que merece
respeito e atenção. Conceda a palavra, porém de uma forma que você não perca
o controle da aula. Em sendo constatado que as indagações do aluno estão
corretas, reconheça diante de todos o que esse aluno ensinou e aprenda com
ele. Nesse momento, fazer um elogio ao aluno é importante, porém sem
excessos. Diga algo como:
- “Obrigado pelos esclarecimentos e parabéns pelas suas colocações!”
Qualquer palavra além disso em seu elogio, poderá conduzir esse aluno a um
nível hierárquico em sala de aula acima do seu, colocando em xeque o seu
gerenciamento em sala de aula. Outro perigo é relacionado ao perfil egocêntrico
de boa parte dos alunos opositores/desafiantes. Desta forma, um elogio em
demasiado irá estimulá-lo a interagir de forma constante em sala de aula, o que
ocasionará interrupções frequentes que consequentemente causarão impactos
negativos em perda de tempo em alcançar os objetivos do curso/treinamento.
A organização antes da aula
Antes de iniciar a sua aula, garanta que tudo esteja adequado. Alunos podem se
tornar desafiantes quando reconhecem desordem ou falta de regras e
procedimentos.

Lembre-se! Seu público é formado por profissionais adultos, na


maioria das vezes com o conhecimento igual ou superior ao seu.
Por isso, mantenha sempre o respeito independentemente da
situação em que for colocado. Nunca faça uso de respostas
atravessadas ou atitudes grosseiras. Isso comumente afasta o
grupo de você e estimula comportamento similar. Dependendo
do desafio, mudar o tema ou aplicar uma atividade pode ser a
sua saída inteligente.

08
CAPÍTULO 3

TRÊS MÉTODOS DE ENSINO DE SUCESSO


No capítulo 1, apresentamos vantagens e benefícios das tecnologias como
ferramentas poderosas de ensino. Neste módulo, vamos mostrar mais três
técnicas eficazes no ensino de QSMS.

MÉTODO 1 - ESTUDOS DE CASO


A metodologia de estudos de casos é uma excelente maneira de trazer uma
abordagem holística e interativa para o ensino e a aprendizagem (FEAGIN,
ORUM e SJOBERG, 1991).
Estudos de caso variam em tamanho e na forma como as informações são
apresentadas. Porém, bons casos fomentam a atividade e a discussão em
grupo.
Um bom caso para o ensino deve ser:
Aberto:  não limitado a apenas uma resposta certa;
Conectado: a conhecimentos previamente adquiridos ou
relevantes, cruciais para os objetivos pedagógicos;
Evocativo: questões que provocam diferentes opiniões perspectivas
e debates;
Relevante: para a cultura, a conjuntura atual e os
objetivos de aprendizagem em pauta; e
Sustentável: independentemente de sua
extensão, deve fornecer informações, complexidades
e desafios suficientes para que seja proveitoso
durante todo o tempo do exercício.
Ter domínio do estudo de caso apresentado
Para o Instrutor de QSMS, preparar-se para a discussão de um caso
significa dominar fatos, questões, cálculos e outros materiais do caso
em questão. Antevenha com perguntas que podem surgir e os tipos
de argumentos que podem ser usados. Tenha em mãos um roteiro de
perguntas orientadoras para usar diante da hesitação dos alunos.

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Se o Estudo de Caso utilizado é uma ferramenta de aprendizagem à aula expositiva,
elabore questões para orientar os alunos na compreensão dos fundamentos
teóricos.
O Instrutor pode criar seus próprios casos. Entretanto, tratando-se de uma aula de
QSMS, é sempre mais eficaz o uso de casos existentes.
As seguintes questões devem ser levadas em conta ao escolher ou criar um caso:
O que você deseja que os alunos aprendam com a discussão do caso?
Que conhecimentos os alunos já possuem que podem ser aplicados no caso?
Quais questões podem ser levantadas na discussão?
Como o caso e a discussão serão introduzidas na aula?
Como os alunos devem se preparar? Precisam ler o caso com antecedência?
Pesquisar? Escrever algo?
Que instruções você precisa fornecer aos alunos sobre o que devem fazer e
cumprir?
Você usará simulações de papéis, facilitadores ou relatores? Se afirmativo
como fará?
Quais são as questões de abertura?
Quanto tempo será necessário para que os alunos discutam o caso?
Que conceitos devem ser aplicados durante a discussão?
Como você avaliará os alunos?
Características que melhoram a qualidade desse
método de ensino
Um bom caso para ensino deve apresentar um problema
desafiador, suficientemente complexo para criar escolhas e fazer
emergir cenários alternativos.
Casos puramente descritivos oferecem o instantâneo de uma
questão interessante ou importante, mas geralmente o seu valor
para a aprendizagem é limitado.
Um caso adequado para o ensino envolve um problema real.
Como fazer uso dessa metodologia de ensino?
Após seguir todas as orientações acima, siga o roteiro abaixo e
inicie com seus alunos o estudo de caso:
a) Apresentando um tema (situação ou um problema), no qual a
meta é encontrar a solução.
b) Organizando a turma em pequenos grupos (3 ou 4 participantes) no
máximo, número maior que 4 afetará o desempenho do grupo.

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c) Determine as regras de apresentação de cada grupo no final do estudo
(simulações de papéis, facilitadores ou relatores).
d) Determine um tempo para que os alunos desenvolvam o estudo. Monitore a
todo momento e esteja preparado para responder a todas as dúvidas e perguntas.
Não se permita em hipótese alguma ser surpreendido com alguma dúvida ou
pergunta ao qual você não tenha a resposta ou solução.
e) Ao final avalie como os alunos assimilaram o conteúdo, e nâo exite em aplicar
reforços, se considerar necessário, ao final do estudo de caso.
MÉTODO 2: AVALIAÇÃO PRÁTICA
Quando os alunos praticam, eles aprendem mais. Portanto, é sua função avaliar se
essas atividades práticas estão de acordo com os parâmetros. Isso deve ser
analisado por meio do preenchimento de listas de verificação (checklist) no
material didático.
1. Definindo o conceito de aula prática
Após ficar por dentro do conteúdo teórico, os alunos estão prontos para
conferir tudo isso, literalmente, na prática. Entretanto, muitos
cursos/trienamentos de QSMS não contemplam aulas práticas, sendo
nessas situações o estudo de caso e os exercícios de progressão, técnicas
eficazes a serem utilizadas. A aula prática busca fixar o conteúdo
aprendido em sala de aula, permitindo que os alunos aprendam a
usar ativamente o conhecimento adquirido e, dessa maneira,
possam estabelecer novas relações com o assunto aprendido e
comprometimento com a segurança e saúde individual e
coletiva no ambiente de trabalho, nos processos de qualidade
e mudanças e no aprendizado individual. Durante as aulas
práticas, instigue os alunos a refletirem sobre o que eles
estão fazendo, provocando-os a encontrar significado no
que for visto na aula prática.
Como e por que determinada coisa, ou situação acontece?
Essas são algumas das principais perguntas que devem se
respondidas. Avalie individualmente cada aluno. As avaliações em
grupo nas aulas práticas costumam deixar a desejar no
aprendizado individual.

Se quiser ser feliz, amarre-se a uma meta,


não as pessoas ou as coisas.
Albert Einstein

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MÉTODO 3: EXERCÍCIOS DE PROGRESSÃO
Os exercícios de progressão são um método muito eficaz em temas nos quais é
necessário fazer abordagens teóricas mais longas em cursos/treinamentos onde a
aula prática não é contemplada. Os exercícios de progressão, devem ser inseridos
na metodologia de ensino com pausas interativas de tempo em tempo.
Quais os tipos de exercícios de progressão?
É importante não fazer uso de exercícios de progressão com questões massantes
e difícies, dessa forma os exercícios consumirão um bom tempo de sua aula,
compromentendo a aplicação completa do seu plano de aula. Exercícios de
progressão devem ter como objetivo a fixação dos ensinamentos aplicados até
aquele momento. Os exercícios de progressão podem incluir:
Preencher lacunas no material didático;
Testes de múltiplas escolhas;
Questionários com consulta ao material didático; e
Perguntas do tipo "verdadeiro ou falso” e/ou “certo ou errado”.

Lembre-se: Segurança no trabalho é um


comportamento individual coletivizado, quando
deixamos um aluno com seu aprendizado
ineficaz, compromentemos todo um ciclo da
segurança no trabalho.

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CAPÍTULO 4

COMO OS ALUNOS APRENDEM SEGUNDO A NEUROCIÊNCIA


A neurociência é a área responsável pelo estudo do cérebro humano. Nos últimos
anos, ela vem se dedicando a entender como funciona o ensino e a aprendizagem.
Vamos entender melhor as últimas descobertas da neurociência que podem ajudar
a entender seus alunos e melhorar drasticamente as suas aulas:
Despertando a emoção
A emoção interfere no processo de ensino aprendizagem e os cientistas
perceberam, através de experimentos, que aprendemos algo mais fácil se isto
despertar alguma forma de emoção em nós. O estudo de caso descrito no capítulo
3 é uma boa ferramenta didática para despertar a emoção do seu aluno e
potencializar o seu aprendizado.
Motivação
No Capítulo 1, falamos sobre o uso das tecnologias e o quanto isso é
motivador e facilita o aprendizado. Segundo os cientistas, a motivação é a
emoção que mais contribui para o aprendizado. Use isso a seu favor!
Alegria e bom humor
Uma aula alegre e bem-humorada fará com que o
aluno se sinta mais confortável e envolvido em sala e
ajudará o Instrutor a conquistar a atenção do grupo
criando um ambiente propício ao ensino e à aprendizagem.
Inserir o humor e a diversão de forma responsável em sala
de aula é um instrumento motivador em cursos/treinamentos
de QSMS. Devemos sempre considerar que muitas vezes os
alunos estão em sala, oriundos de jornadas de trabalhos
exaustivas, com suas mentes cansadas e com seu foco em projetos
da organização ou problemas de ordem pessoal.
Associar o aprendizado
O aluno memoriza melhor quando pode associar o que acabou
de aprender com algo que já sabe.

13
Sempre que for explicar algo novo, faça uma comparação ou mesmo aproveite
algum conhecimento que ele já tenha. Mais uma vez a metodologia de estudo de
caso é uma boa opção.
As interferências no aprendizado
Estresse e preocupações: Os alunos em cursos/treinamentos de QSMS
estão geralmente submetidos a cargas maiores de estresse e
preocupações. Eles têm responsabilidades diferentes e muitas vezes
podem estar em sala de aula com a "cabeça em outro mundo".  Fazer
uso da motivação e do bom humor em sala, como já descrito acima, é
uma boa técnica para “quebrar o gelo” e despertar a atenção do aluno.

Resistência ao novo: Profissionais com “Síndrome de Gabriela”


são um dos problemas encontrados no dia-a-dia do QSMS.
Quando em sala de aula, estes profissionais costumam manter
este padrão de comportamento. A resistência a novos padrões,
procedimentos e técnicas , são umas das mais comumente
encontradas nos cursos/treinamentos de QSMS.

Dentre os brasileiros que trabalham com


neurociências temos Miguel Nicolelis nomeado em
2009 um dos mais influentes brasileiros, foi
também o primeiro cientista brasileiro a receber a
premiação dos Institutos Nacionais de Saúdes
Estadunidenses. Nicolelis foi um dos idealizadores
do projeto exoesqueleto que fez com que um
portador de necessidades especiais pudesse
dar o chute inicial na Copa de 2014 no Brasil.

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CAPÍTULO 5

AS DEZ ATITUDES POSITIVAS DO INSTRUTOR


1. Definir claramente suas metas
Planejar a aula é muito importante, assim como estudar o assunto que será
ministrado. Um bom Instrutor deve ter em mente quais são os principais objetivos
que os alunos devem atingir e proporcionar ferramentas para que consigam chegar
ao alvo. Não respeitar essa regra significa desrespeitar a pluralidade profissional
dos alunos de QSMS e correr o risco de ser um fracasso no seu curso/treinamento.
Não corra esse risco!

2. Não parar de aprender

Seja por amor à profissão ou por exigência, o instrutor de QSMS precisa se


manter atualizado. Seus alunos merecem. Os bons profissionais da área
de QSMS, não se conformam em apenas conhecer aquele mínimo
necessário. Eles querem realmente contribuir e fazer a diferença.
3. Estar preparado para imprevistos
Apesar de planejar a aula, as coisas nem sempre acontecem como
o previsto. Por isso, o instrutor deve ter sempre um “plano B” para
os problemas que surgirem: uma aula pronta e preparada
a mais, uma alternativa para o caso da internet falhar ou não
funcionar, enfim, imprevistos acontecem.
4. Ser exemplo
É importante que os alunos vejam o instrutor como um
bom exemplo. De nada adianta dar uma aula excepcional
sobre uso correto de epi´s, epc´s, APR e etc…, e ser flagrado
por um dos alunos cometendo desvios. Com certeza
encontrarão uma forma de cobrar isso. A partir do momento em
que se assume a tarefa de educar, o instrutor fica em uma vitrine.
Assim, seguir aquilo que se transmite aos alunos é essencial e
responsável.

15
5. Ser honesto
O instrutor deve ser sempre sincero com os alunos. Uma relação honesta gera
confiança e credibilidade. Mesmo sendo educador, você não é obrigado a saber
tudo. Não reconhecer isso e tentar “enrolar” as pessoas é cometer um grande erro.
Hoje é muito fácil para estes alunos saírem da aula, ou mesmo dentro de sala,
pesquisar na internet e confrontar o instrutor. E isso pode ser usado como
benefício: não sei, não lembro, vou pesquisar ou ainda, vamos pesquisar agora…
Essa pode ser a grande chance de não apenas repassar conteúdos, mas fazer com
que saibam onde buscar mais conhecimento.
6. Estar atento às novas tecnologias
Em um mundo onde vivemos cada vez mais conectados e cercados pela tecnologia,
é importante que o instrutor as utilize durante suas aulas (Capítulo 1). Aproveite
toda a vontade e disposição dos alunos em utilizar as mídias, sem lutar contra elas,
para fazer com que o aprendizado seja mais significativo e relevante.
7. Se entregar à profissão com entusiasmo
Em uma sala de curso/treinamento do de QSMS as diferenças cognitivas, culturais,
sociais e econômicas são sempre uma realidade presente. É importante que o
Instrutor consiga transmitir e contagiar os alunos sem se importar com essas
diferenças. Além disso, o bom Instrutor é capaz de motivar os seus alunos e
contagiá-los na vontade de aprender.
8. Levar bom humor para as aulas
Apesar de ser um assunto muito importante,
as aulas de QSMS não devem ser sempre sérias. Quando a aula é divertida e
engraçada, os estudantes enxergam o lado mais humano do instrutor,
aumentando o respeito e a confiança. (Capítulo 4)
9. Capacidade de comunicação
Sua postura, voz, entusiasmo, vícios de
linguagem, seu humor. Saiba como portar-se CAPÍTULO 5

perante seu público. Faça com que sua AS DEZ ATITUDES POSITIVAS DO INSTRUTOR

presença seja marcante e adequada ao seu 1- Definir claramente suas metas


2- Não parar de aprender

público-alvo. Transforme uma informação


vistos
3- Estar preparado para impre
4- Ser exemplo
5-Ser honesto

complexa em uma forma simples e objetiva


logias
6- Estar atento às novas tecno
7- Se entregar à profissão com
entusiasmo
ao ensinar. 8- Levar bom humor para
as aulas
ão
9- Capacidade de comunicaç
10-Responsabilidade
10. Responsabilidade
Seus alunos te esperam. Seja responsável com
horários e objetivos do treinamento.

16
CAPÍTULO 6

PREPARAÇÃO PARA AS AULAS


Plano de Aula
Ao adentrar em uma sala de aula o Instrutor deve sempre ter em mente o que irá
lecionar para aquela turma. Ele deve saber o conteúdo, de que maneira vai abordar
o assunto, quais os recursos didáticos necessários para aquela aula e, acima de
tudo, ter uma aula bem preparada. Todo esse preparo tem um nome específico e
chama-se plano de aula.  Um plano de aula é um instrumento de trabalho do
Instrutor. Nele você especifica o que será realizado dentro da sala, buscando com
isso aprimorar a sua prática pedagógica bem como melhorar o aprendizado dos
alunos.
Domínio do Tema
Lembre-se: seus alunos são profissionais com pluralidade. Não subestime seu
público, pois você está ali para uma troca de conhecimentos. Ter domínio do tema
que se propõe ensinar é imperativo. O Despreparo causa medo e insegurança, o
que certamente será observado pelos seus alunos.
Revise e Pratique
No dia anterior à aula, reveja o seu plano de aula. Leia, releia e revise
os materiais didáticos. Pratique tempo de aula e reveja o cronograma
se for necessário. Faça anotações importantes e organize os seus
materiais e teste os seus equipamentos.
Sala de aula
Chegue no mínimo uma hora antes, garanta uma
sala limpa e confortável, organize mesas e
cadeiras e revise e teste cada item antes de
começar sua aula (materiais didáticos, canetas,
pastas, bloco de anotações, lista de presença,
contratos, provas e afins). Teste o som,
computador, conexões com a internet e
intranet, iluminção, Datashow, DVD e etc.

17
Mantenha aparência profissional
A apresentação pessoal é muitas vezes ignorada como algo que faça parte da
nossa comunicação social. Quando você está falando em público, você está
representando sua organização ou apenas a si mesmo. Você está na linha de
frente das atenções. É a sua imagem a primeira coisa que é vista pelas pessoas,
grupos ou públicos, antes mesmo que você tenha a chance de abrir a boca.
Cuide dessa imagem! Certos pressupostos, tanto conscientes quanto
inconscientes, já aconteceram e por isso é
importantíssimo que se vista adequadamente.
Esteja limpo e asseado. Evite excesso de adornos ou
perfumes. Mostre aos seus alunos sua motivação
através do seu entusiasmo. Use gestos de forma
adequada. Controle sua voz, altere timbre e evite
palavras repetitivas, aqueles vícios de linguagem
como “né”, “então”, e outros tantos.

Logística
Evite surpresas de última hora. Tenha o zelo de
verificar no dia anterior as suas formas de transporte,
distância, localizações, passagens aéreas e reserva de
hotel. Calcule os tempos de deslocamento até o local de
aula. Mantenha ao seu alcance (nunca em bolsas ou
malas), anotações com todas as informações de
contato como telefone da pessoa responsável,
endereço do local de treinamento e outras
informações que julgar importantes.
Carregue a bateria de seu telefone celular,
tablet e/ou notebook. Se possível, tenha baterias
extras. Você não sabe que tipos de imprevisto pode
ocorrer e por isso é bom adiantar-se aos mesmos.

Camuflar um erro seu é anular a busca pelo


conhecimento. Aprenda com eles e faça
novamente de forma correta.

18
CAPÍTULO 7

ROTEIRO SIMPLIFICADO PARA ELABORAÇÃO DE PLANO DE AULA

Um plano de aula tem como principal objetivo fazer a distribuição do conteúdo


programático que será trabalhado durante a aula. É importante ressaltar que o
plano de aula deve ser encarado como uma necessidade e não como exigência ou
obrigação imposta. Apesar de ser uma ferramenta que descreve detalhadamente
os elementos necessários para o desenvolvimento do processo ensino-
aprendizagem, o Instrutor não deve ficar escravo dela, ou seja, ele pode se afastar
do plano de aula sempre que julgar necessário.

ROTEIRO SIMPLIFICADO

TURMA:
DISCIPLINA:
INSTRUTOR:
DATA:
ASSUNTO:
DURAÇÃO:

1. CAPTAR a atenção dos alunos - Como fortalecer os vínculos dos alunos com você
com o tema em pauta. Venda seu peixe!
2. INFORMAR os objetivos da aula para os alunos.
3. RECORDAR os PRÉ-REQUISITOS - Descreva assuntos e conceitos já tratados (ou
não) e que se relacionam ao tema da aula de hoje.
4. IMPLEMENTAR a aula - Esquematize aqui a técnica escolhida, passo a passo. O
tempo previsto de cada etapa, os recursos que serão utilizados (textos, tabelas,
transparências, roteiros de estudo e de discussão, livros, material prático,
multimidia, etc.) e que deverão ser providenciados com antecedência).
5. CONCLUIR a aula - Fixar ideias, conceitos, habilidades, SÍNTESE 
6. AVALIAR a aula - Sua avaliação e a dos alunos (quando possível) para melhoraria
contínua.

19
SOBRE O AUTOR
ALEXANDRE CASTRO
Coordenador de ensino do Grupo Portal
Marítimo e Diretor de Ensino da Sociedade
Brasileira de Marinha Mercante (SOBRAMAM).
Graduado em enfermagem e gestão de
recursos humanos com especialização em
educação corporativa e pedagogia empresarial.
Enfermeiro da Marinha Mercante e Técnico de
Segurança com mais de 30 anos de experiência
acumulados em embarcações, plataformas, no
ensino profissional marítimo (incluíndo
docência na Escola de Formação de Oficiais da
Marinha Mercante - EFOMM) e em
desenvolvimento humano, sendo mentor de
dezenas de profissionais na área de saúde em
especial na enfermagem e marinha mercante.

20
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lhe agradecer?
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DE ENSINO
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educacional no planejamento de cursos e aulas técnicas de ensino

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e pós graduado em Gestão pela Fundação
Getúlio Vargas. Profissional com atuação na
área de Operações e Desenvolvimento de
Negócios em ambiente internacional. Membro
do Project Management Institute.

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