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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
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d) É claro que universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos
especialistas...
e) Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não
dispõe de recursos...
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: “A
crase não existe para humilhar ninguém”. Entenda-se: há normas gramaticais
cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso escrito, valendo como
ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de
alguém.
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: “A arte não existe para
humilhar ninguém”, entendendo-se com isso que os artistas existem para
estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligência do mundo, e não
para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos
no terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam,
não aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a
pena discutir: estamos mesmo em condições de escolher livremente as
músicas de que gostamos?
Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um carro
passa com o som altíssimo de graves repetidos praticamente sem variação,
num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar: houve aí uma
escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu som motorizado pela
cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece
muitos outros ritmos, as canções de outros países, os compositores de outras
épocas, as tendências da música brasileira, os incontáveis estilos musicais já
inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que está
vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e
enganoso do “vende porque é bom, é bom porque vende”?
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De acordo com o conceito ora apresentado, para que o titular da ação penal
possa, enfim, ajuizá-la, é necessário que haja justa causa. A justa causa,
identificada por parte da doutrina como uma condição da ação autônoma,
consiste na obrigatoriedade de que existam prova acerca da materialidade
delitiva e, ao menos, indícios de autoria, de modo a existir fundada suspeita
acerca da prática de um fato de natureza penal. Dessa forma, é
imprescindível que haja provas acerca da possível existência de um fato
criminoso e indicações razoáveis do sujeito que tenha sido o autor desse
fato.
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Errado
Falsificações na internet
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éticas, morais, estéticas e legais. Mas fiquemos apenas com a grave questão
da identidade própria que foi rejeitada em nome de outra, inteiramente
postiça. Enganarse a si mesmo, quando não se trata de uma psicopatia grave,
é uma forma dolorosa de trair a consciência de si. Os grandes atores,
apoiando-se no talento que lhes é próprio, enobrecem esse desejo tão
humano de desdobramento da personalidade e o legitimam artisticamente
no palco ou nas telas; os escritores criam personagens com luz própria, que
se tornam por vezes mais famosos que seus criadores (caso de Cervantes e
seu Dom Quixote, por exemplo); mas os falsários da internet, ao não
assinarem seu texto medíocre, querem que o tomemos como um grande
momento de Shakespeare. Provavelmente jamais leram Shakespeare ou
qualquer outro gênio citado: conhecem apenas a fama do nome, e a usam
como moeda corrente no mercado virtual da fama.
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b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II, apenas.
e) III, apenas.
Todas as cousas têm sua filosofia. Se os dous anciãos que o bond elétrico
atirou para a eternidade esta semana, houvessem já feito por si mesmos o
que lhes fez o bond, não teriam entestado com o progresso que os eliminou.
É duro dizer; duro e ingênuo, um pouco à La Palisse; mas é verdade. Quando
um grande poeta deste século perdeu a filha, confessou, em versos
doloridos, que a criação era uma roda que não podia andar sem esmagar
alguém. Por que negaremos a mesma fatalidade aos nossos pobres veículos?
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Cozinhar é uma das mais antigas atividades humanas, surgida por volta de
sete mil anos atrás, quando o homem adquiriu meios seguros de obter e
dominar o fogo.
(http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/maio/dia-do-cozinheiro.php.
24.11.2014. Adaptado)
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Cozinhar é uma das mais antigas atividades humanas, surgida por volta de
sete mil anos atrás, quando o homem adquiriu meios seguros de obter e
dominar o fogo.
(http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/maio/dia-do-cozinheiro.php.
24.11.2014. Adaptado)
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A cor rosa é sua “marca registrada”, como define, e o percurso, seu favorito.
“Amo meus passageiros. São sempre as mesmas pessoas, nos mesmos
pontos”, diz ela, que troca cumprimentos com os mais chegados.
Quando não está no trabalho, Marta acelera na sua moto 125 cilindradas,
uma potência módica que ela pretende em breve dobrar. “Descarrego toda a
minha adrenalina nela.”
Ao cruzar a avenida Paulista, ela comenta: “Aqui a gente vê de tudo. Sou toda
rosa, mas adoro esse pessoal que anda de preto. Acho interessantes essas
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várias tribos. Não quero ser a melhor. Só quero fazer a diferença”, completa.
“São sempre as mesmas pessoas, nos mesmos pontos”, diz ela, que troca
cumprimentos com os mais chegados. (3o parágrafo)
d) modo, pois ressaltam a seriedade com que Marta executa seu trabalho.
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GABARITO
1) B 2) B 3) D 4) Certo 5) D 6) B 7) D8) C 9) A 10) D
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Escola de bem-te-vis
Muita gente já não acredita que existam pássaros, a não ser em gravuras ou
empalhados nos museus − o que é perfeitamente natural, dado o novo
aspecto da terra, que, em lugar de árvores, produz com mais abundância
blocos de cimento armado. Mas ainda há pássaros, sim. Existem tantos, ao
redor da minha casa, que até agora não tive (nem creio que venha a ter)
tempo de saber seus nomes, conhecer suas cores, entender sua linguagem.
Porque evidentemente os pássaros falam. Há muitos, muitos anos, no meu
primeiro livro de inglês, se lia: “Dizem que o sultão Mamude entendia a
linguagem dos pássaros ...”
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b) prático e principais
c) publicação e pontos
d) direitos e lojistas
e) deveres e destaca
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O sino d e ouro
É apenas um sino, mas é de ouro. De tarde seu som vai voando em ondas
mansas sobre as matas e os cerrados, e as veredas de buritis, e a melancolia
do chapadão, e chega ao distante e deserto carrascal, e avança em ondas
mansas sobre os campos imensos, o som do sino de ouro. E a cada um
daqueles homens pobres ele dá cada dia sua ração de alegria. Eles sabem
que de todos os ruídos e sons que fogem do mundo em procura de Deus −
gemidos, gritos, blasfêmias, batuques, sinos, orações, e o murmúrio
temeroso e agônico das grandes cidades que esperam a explosão atômica e
no seu próprio ventre negro parecem conter o germe de todas as explosões
− eles sabem que Deus, com especial delícia e alegria, ouve o som alegre do
sino de ouro perdido no fundo do sertão. E então é como se cada homem, o
mais pobre, o mais doente e humilde, o mais mesquinho e triste, tivesse
dentro da alma um pequeno sino de ouro. [...]
Mas quem me contou foi um homem velho que esteve lá; contou dizendo:
“eles têm um sino de ouro e acham que vivem disso, não se importam com
mais nada, nem querem mais trabalhar; fazem apenas o essencial para
comer e continuar a viver, pois acham maravilhoso ter um sino de ouro”.
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d) o lugarejo é pobre
as casas são pobres
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Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua
apareceu em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu
furado, perguntando: “Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu
pneu”. A naturalidade do pedido mostra como a integração com a
comunidade funciona.
Considere o trecho – “Tem gente que não acredita em um ensino que não
impõe autoridade. Nós acreditamos…” – (segundo parágrafo), para
responder à questão.
d) Teve gente que não acreditou em um ensino que não impõe autoridade.
Nós acreditamos.
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(Adaptado de: ROSENFELD, Anatol. Doze estudos. São Paulo, Imprensa oficial
do Estado, 1959, p. 25-27)
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está
empregado em:
a) ... que Rodrigues Lapa atribuiu à saudade. (3º parágrafo)
c) ... sem que, contudo, lhe seja inerente toda a escala cromática de valores...
(2º parágrafo)
Filosofia de borracharia
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Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu,
embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a
Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não
menos sgonfiati. O que pode a fome, em especial na juventude: à beira de
um himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças filosóficas
na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro
dos companheiros de viagem, me pus a teorizar.
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(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre,
Arquipélago, 2011, p. 85-86)
b) coçara − proferira
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: “A
crase não existe para humilhar ninguém”. Entenda-se: há normas gramaticais
cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso escrito, valendo como
ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de
alguém.
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: “A arte não existe para
humilhar ninguém”, entendendo-se com isso que os artistas existem para
estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligência do mundo, e não
para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos
no terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam,
não aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a
pena discutir: estamos mesmo em condições de escolher livremente as
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Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um carro
passa com o som altíssimo de graves repetidos praticamente sem variação,
num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar: houve aí uma
escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu som motorizado pela
cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece
muitos outros ritmos, as canções de outros países, os compositores de outras
épocas, as tendências da música brasileira, os incontáveis estilos musicais já
inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que está
vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e
enganoso do “vende porque é bom, é bom porque vende”?
c) têm alardeado.
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d) eram alardeados.
e) fora alardeado.
Falsificações na internet
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Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para
aquela cultura, concluindo que o grupo indígena dos miracangueras não era
originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se de um
mistério relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado
nas próximas décadas. Em pleno século 21, a cultura miracanguera continua
oficialmente “inexistente” para as autoridades culturais do Brasil e do mundo.
b) foram vasculhadas
c) vasculhavam-se
d) eram vasculhadas
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e) foram vasculhando
GABARITO
11) A 12) E 13) D 14) A15) C 16) C 17) E 18) A 19) C 20) B
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d) Logo após o termo “a prata”, em “verificou que o ouro não fazia a água
subir tanto quanto a prata”, subentende-se a elipse do verbo subir.
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Julgue o item que se segue, acerca das ideias, das estruturas linguísticas e da
tipologia do texto.
Errado
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Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para
aquela cultura, concluindo que o grupo indígena dos miracangueras não era
originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se de um
mistério relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado
nas próximas décadas. Em pleno século 21, a cultura miracanguera continua
oficialmente “inexistente” para as autoridades culturais do Brasil e do mundo.
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A primeira coisa a observar sobre o mundo na década de 1780 é que ele era
ao mesmo tempo menor e muito maior que o nosso. Era menor
geograficamente, porque até mesmo os homens mais instruídos e bem
informados da época − digamos, um homem como o cientista e viajante
Alexander von Humboldt (1769-1859) − conheciam somente pedaços do
mundo habitado. (Os mundos "conhecidos" de comunidades menos
evoluídas e expansionistas do que a Europa Ocidental eram obviamente
ainda menores, reduzindo-se a minúsculos segmentos da terra onde os
analfabetos camponeses sicilianos ou o agricultor das montanhas de Burma
viviam suas vidas, e para além dos quais tudo era e sempre seria
eternamente desconhecido.) A maior parte da superfície dos oceanos, mas
não toda, de forma alguma, já tinha sido explorada e mapeada graças à
notável competência dos navegadores do século XVIII como James Cook,
embora os conhecimentos humanos sobre o fundo do mar tenham
permanecido insignificantes até a metade do século XX. Os principais
contornos dos continentes e da maioria das ilhas eram conhecidos, embora
pelos padrões modernos não muito corretamente. O tamanho e a altura das
cadeias das montanhas da Europa eram conhecidos com alguma precisão, as
localizadas em partes da América Latina o eram muito grosseiramente, as da
Ásia, quase totalmente desconhecidas, e as da África (com exceção dos
montes Atlas), totalmente desconhecidas para fins práticos. Com exceção
dos da China e da Índia, o curso dos grandes rios do mundo era um mistério
para todos a não ser para alguns poucos caçadores, comerciantes ou
andarilhos, que tinham ou podem ter tido conhecimento dos que corriam
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por suas regiões. Fora de algumas áreas − em vários continentes elas não
passavam de alguns quilômetros terra a dentro, a partir da costa − o mapa
do mundo consistia de espaços brancos cruzados pelas trilhas demarcadas
por negociantes ou exploradores. Não fosse pelas informações descuidadas
de segunda ou terceira mão colhidas por viajantes ou funcionários em
postos remotos, estes espaços brancos teriam sido bem mais vastos do que
de fato o eram.
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quanto que a forma verbal era designa fato passado concebido como
durativo.
e) A forma verbal seria foi empregada para expressar uma realidade possível,
mas considerada pelo autor como pouco provável.
A primeira coisa a observar sobre o mundo na década de 1780 é que ele era
ao mesmo tempo menor e muito maior que o nosso. Era menor
geograficamente, porque até mesmo os homens mais instruídos e bem
informados da época − digamos, um homem como o cientista e viajante
Alexander von Humboldt (1769-1859) − conheciam somente pedaços do
mundo habitado. (Os mundos "conhecidos" de comunidades menos
evoluídas e expansionistas do que a Europa Ocidental eram obviamente
ainda menores, reduzindo-se a minúsculos segmentos da terra onde os
analfabetos camponeses sicilianos ou o agricultor das montanhas de Burma
viviam suas vidas, e para além dos quais tudo era e sempre seria
eternamente desconhecido.) A maior parte da superfície dos oceanos, mas
não toda, de forma alguma, já tinha sido explorada e mapeada graças à
notável competência dos navegadores do século XVIII como James Cook,
embora os conhecimentos humanos sobre o fundo do mar tenham
permanecido insignificantes até a metade do século XX. Os principais
contornos dos continentes e da maioria das ilhas eram conhecidos, embora
pelos padrões modernos não muito corretamente. O tamanho e a altura das
cadeias das montanhas da Europa eram conhecidos com alguma precisão, as
localizadas em partes da América Latina o eram muito grosseiramente, as da
Ásia, quase totalmente desconhecidas, e as da África (com exceção dos
montes Atlas), totalmente desconhecidas para fins práticos. Com exceção
dos da China e da Índia, o curso dos grandes rios do mundo era um mistério
para todos a não ser para alguns poucos caçadores, comerciantes ou
andarilhos, que tinham ou podem ter tido conhecimento dos que corriam
por suas regiões. Fora de algumas áreas − em vários continentes elas não
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A maior parte da superfície dos oceanos, mas não toda, de forma alguma, já
tinha sido explorada e mapeada graças à notável competência dos
navegadores do século XVIII como James Cook, embora os conhecimentos
humanos sobre o fundo do mar tenham permanecido insignificantes até a
metade do século XX.
Na frase acima,
a) a conjunção mas, mais do que introduzir uma contraposição, indica uma
eliminação da ideia expressa anteriormente.
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Um dia convidei um grupinho dos mais chegados pra ir à minha casa ouvir
música. “Música clássica”, adverti. Preparei um programinha meio didático,
dentro da sequência histórica, com peças mais ou menos breves que iam do
canto gregoriano a Villa-Lobos. Comentava as diferenças de estilo, de
sentimento, de complexidade. A sessão toda durou quase duas horas,
incluindo minhas tagarelices. Gostaram muito.
Dois ou três dias depois, um deles (pobre, como os outros) apareceu na aula
com um embrulho na mão. “Professor, comprei hoje isso pra mim. O senhor
acha que essa música é boa?” Era um LP de Tchaikovsky, talvez com sinfonias
ou aberturas, não me lembro. Disse que sim, e ele saiu todo sorridente.
Imaginei a cena do dia: ele entrando numa casa de disco do centro da cidade
e pedindo um “disco de música clássica”. Venderam-lhe uma gravação barata,
nacional.
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c) Como ele pediu um disco de música clássica não tendo sido muito caro,
vender-lhe-iam uma gravação nacional das mais baratas.
e) Apesar de não ser provável que a pergunta chegara ao seu antigo aluno, o
professor decidia formulá-la para expressar uma curiosidade ainda viva.
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GABARITO
21) C22) Certo 23) A 24) D 25) A 26) D 27) B 28) A29) B 30) A
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O sino d e ouro
É apenas um sino, mas é de ouro. De tarde seu som vai voando em ondas
mansas sobre as matas e os cerrados, e as veredas de buritis, e a melancolia
do chapadão, e chega ao distante e deserto carrascal, e avança em ondas
mansas sobre os campos imensos, o som do sino de ouro. E a cada um
daqueles homens pobres ele dá cada dia sua ração de alegria. Eles sabem
que de todos os ruídos e sons que fogem do mundo em procura de Deus −
gemidos, gritos, blasfêmias, batuques, sinos, orações, e o murmúrio
temeroso e agônico das grandes cidades que esperam a explosão atômica e
no seu próprio ventre negro parecem conter o germe de todas as explosões
− eles sabem que Deus, com especial delícia e alegria, ouve o som alegre do
sino de ouro perdido no fundo do sertão. E então é como se cada homem, o
mais pobre, o mais doente e humilde, o mais mesquinho e triste, tivesse
dentro da alma um pequeno sino de ouro. [...]
Mas quem me contou foi um homem velho que esteve lá; contou dizendo:
“eles têm um sino de ouro e acham que vivem disso, não se importam com
mais nada, nem querem mais trabalhar; fazem apenas o essencial para
comer e continuar a viver, pois acham maravilhoso ter um sino de ouro”.
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E a cada um daqueles homens pobres ele dá cada dia sua ração de alegria.
b) Pois cada um de nós quando criança tem dentro da alma seu sino de
ouro ...
d) ... que Deus [...] ouve o som alegre do sino de ouro perdido no fundo do
sertão.
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João Ubaldo Ribeiro. A vida natural. In: Arte e ciência de roubar galinha. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
Errado
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Obs.: SDN: Sociedade das Nações, também conhecida como Liga das Nações,
foi criada no final da I Guerra Mundial, empenhada em manter a paz
internacional. Fracassado seu objetivo, extinguiu-se, passando, em 1946, as
responsabilidades à recém-criada Organização das Nações Unidas, a ONU.
(RÉMOND, René. A descolonização. In: O século XX: de 1914 aos nossos dias.
Trad. Octavio Mendes Cajado. São Paulo: Cultrix, p.165-166)
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d) A substituição de por tanto tempo por "há muito" não altera qualquer
traço de sentido presente na formulação original.
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Obs.: SDN: Sociedade das Nações, também conhecida como Liga das Nações,
foi criada no final da I Guerra Mundial, empenhada em manter a paz
internacional. Fracassado seu objetivo, extinguiu-se, passando, em 1946, as
responsabilidades à recém-criada Organização das Nações Unidas, a ONU.
(RÉMOND, René. A descolonização. In: O século XX: de 1914 aos nossos dias.
Trad. Octavio Mendes Cajado. São Paulo: Cultrix, p.165-166)
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Obs.: SDN: Sociedade das Nações, também conhecida como Liga das Nações,
foi criada no final da I Guerra Mundial, empenhada em manter a paz
internacional. Fracassado seu objetivo, extinguiu-se, passando, em 1946, as
responsabilidades à recém-criada Organização das Nações Unidas, a ONU.
(RÉMOND, René. A descolonização. In: O século XX: de 1914 aos nossos dias.
Trad. Octavio Mendes Cajado. São Paulo: Cultrix, p.165-166)
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Uma das coisas óbvias que descobri é que muito troço na vida resulta, em
boa parte, do acaso.
Sei que há pessoas que pensam o contrário, pois acreditam que tudo o que
acontece já estava determinado. Acho isso difícil, quando mais não seja
porque, sem falar no resto, só de gente no planeta há atualmente muitos
bilhões. Já imaginou o que seria prever e determinar tudo o que deve
ocorrer com essa quantidade de gente a cada minuto?
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Bem, não vou discutir esse tema porque não é ele que me traz a essa
conversa com você. Acho fascinante − ainda que um tanto assustador − o
fato de que o que pode nos acontecer seja imprevisível. Faz da vida uma
aventura, e o jeito é torcer por um "happy end".
Mas o melhor mesmo é não se preocupar com isso e deixar o barco correr
solto. Isso não significa não tentar fazer com que tudo dê certo, ou seja, que
busquemos o melhor, a felicidade, a alegria.
É como no futebol: a função do técnico é treinar o time para que faça mais
gols do que leve. Assim na vida como no jogo.
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Um dia convidei um grupinho dos mais chegados pra ir à minha casa ouvir
música. “Música clássica”, adverti. Preparei um programinha meio didático,
dentro da sequência histórica, com peças mais ou menos breves que iam do
canto gregoriano a Villa-Lobos. Comentava as diferenças de estilo, de
sentimento, de complexidade. A sessão toda durou quase duas horas,
incluindo minhas tagarelices. Gostaram muito.
Dois ou três dias depois, um deles (pobre, como os outros) apareceu na aula
com um embrulho na mão. “Professor, comprei hoje isso pra mim. O senhor
acha que essa música é boa?” Era um LP de Tchaikovsky, talvez com sinfonias
ou aberturas, não me lembro. Disse que sim, e ele saiu todo sorridente.
Imaginei a cena do dia: ele entrando numa casa de disco do centro da cidade
e pedindo um “disco de música clássica”. Venderam-lhe uma gravação barata,
nacional.
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que eram poucas, mais ou menos estas: “Professor, muito obrigado por me
fazer gostar de música clássica”. Desmoronei um pouco, pensando em como
este país poderia ser diferente. Não lhe disse, na hora, que a gente pode
gostar naturalmente de qualquer música: é preciso que não obstruam nosso
acesso a todos os gêneros musicais. E embora seja quase impossível que
estas palavras cheguem ao meu antigo aluno, pergunto-lhe agora, com mais
de quatro décadas de atraso: “Então, seu Carlos, gostou do Tchaikovsky?”
b) de que − na qual
A lanterninha
Apaguei todas as luzes, e não foi por economia; foi porque me deram uma
lanterna de bolso, e tive a ideia de fazer a experiência de luz errante.
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A lanterna passava pelas coisas com uma fantasia criativa e destrutiva que
subvertia o real. Mas que é o real, senão o acaso da iluminação? Apurei que
as coisas não existem por si, mas pela claridade que as modela e projeta em
nossa percepção visual. E que a luz é Deus.
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Ficção universitária
É claro que universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos
especialistas, produzir mais inovação e atrair os alunos mais qualificados,
tornando-se assim instituições que se destacam também no ensino. O
Ranking Universitário mostra essa correlação de forma cristalina: das 20
universidades mais bem avaliadas em termos de ensino, 15 lideram no
quesito pesquisa (e as demais estão relativamente bem posicionadas). Das
20 que saem à frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa.
Daí não decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, seja
capaz de ensinar. O gasto médio anual por aluno numa das três
universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as despesas que
contribuem direta e indiretamente para a boa pesquisa, incluindo inativos e
aportes de Fapesp, CNPq e Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um
aluno do ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em
renúncias fiscais.
Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não
dispõe de recursos para colocar os quase sete milhões de universitários em
instituições com o padrão de investimento das estaduais paulistas.
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GABARITO
31) D 32) C 33) Certo 34) B 35) D36) B 37) B 38) D 39) E 40) D
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Para Harris, os jovens vêm programados para ser socializados não pelos pais,
como pregam nossas instituições e nossa cultura, mas pelos pares, isto é,
pelas outras crianças com as quais convivem. Um dos muitos argumentos
que ela usa para apoiar sua teoria é o fato de que filhos de imigrantes não
terminam falando com a pronúncia dos genitores, mas sim com a dos jovens
que os cercam.
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Formam-se grupos de alunos nas escolas. O que determina esses grupos não
é uma orientação formal; o que constitui esses grupos, o que traça os
contornos desses grupos, são as afinidades individuais.
De acordo com o conceito ora apresentado, para que o titular da ação penal
possa, enfim, ajuizá-la, é necessário que haja justa causa. A justa causa,
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Cozinhar é uma das mais antigas atividades humanas, surgida por volta de
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sete mil anos atrás, quando o homem adquiriu meios seguros de obter e
dominar o fogo.
(http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/maio/dia-do-cozinheiro.php.
24.11.2014. Adaptado)
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Dia desses, precisei pingar um remédio no nariz e deitei na cama para fazer
isso. O remédio desceu pelas minhas narinas, mas eu não conseguia mais me
levantar.
Meu pé foi capturado pela delícia de um raio de sol que costuma atravessar o
meu quarto àquela hora do dia.
Se não fosse o meu nariz congestionado, não estaria ali. Eu me assustei. Não
conseguia me lembrar de uma única vez que tivesse deitado na minha cama
assim, no meio do dia, sem exata serventia. Uma coisa tão simples, tão boa e
por que tão rara? Por quê? Por que não faço isso mais vezes?
Mas aquele dia fiz uma coisa tão banal! Deitei na minha cama de dia e entrei
numa bolha subversiva de calma e
prazer. Dei uma rasteira no cotidiano.
Faça o mesmo, caro leitor. Deite-se, ainda que seja por dez minutos. Sem
função. Deite-se para ouvir-se.
Sempre tive uma curiosa inveja desses trabalhadores de praças e jardins que
vejo, depois do almoço, deitados nos tristes gramados urbanos.
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árvore de baixo para cima. Quando estou num táxi e vejo um deles, eu me
lembro de recostar a cabeça no banco para, no mínimo, ver uma inédita
cidade passando pelo céu.
Pura delícia. Experimente. E se alguém ficar surpreso com sua atitude, diga
que resolveu dar uma rasteira no cotidiano.
d) Relaxar vendo uma inédita cidade passar pelo céu. → Relaxar vendo-
lhe passar pelo céu.
e) Diga que resolveu dar uma rasteira no cotidiano. → Diga que resolveu
dar-lhe uma rasteira.
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Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão para saber que a prática foi
uma das maiores vergonhas da humanidade. Mas é preciso corrigir o tempo
do verbo. Foi? Melhor escrever a frase no presente. A escravidão ainda é uma
das maiores vergonhas da humanidade. E o fato de o Ocidente não ocupar
mais o topo da lista como responsável pelo crime não deve ser motivo para
esquecermos ou escondermos a infâmia.
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GABARITO
41) C 42) Errado43) E 44) E 45) A 46) D 47) D 48) E 49) C 50) A
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A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos
princípios que guiam o funcionamento da natureza. Uma lista curta desses
princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é
propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla
todas as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita
os excessos internamente; e aproveita o poder dos limites.
Considere:
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Um dia convidei um grupinho dos mais chegados pra ir à minha casa ouvir
música. “Música clássica”, adverti. Preparei um programinha meio didático,
dentro da sequência histórica, com peças mais ou menos breves que iam do
canto gregoriano a Villa-Lobos. Comentava as diferenças de estilo, de
sentimento, de complexidade. A sessão toda durou quase duas horas,
incluindo minhas tagarelices. Gostaram muito.
Dois ou três dias depois, um deles (pobre, como os outros) apareceu na aula
com um embrulho na mão. “Professor, comprei hoje isso pra mim. O senhor
acha que essa música é boa?” Era um LP de Tchaikovsky, talvez com sinfonias
ou aberturas, não me lembro. Disse que sim, e ele saiu todo sorridente.
Imaginei a cena do dia: ele entrando numa casa de disco do centro da cidade
e pedindo um “disco de música clássica”. Venderam-lhe uma gravação barata,
nacional.
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e) Foi gratificante notar que, ao final da sessão, o gosto pelos clássicos ......
(começar) a se incutir em todos eles.
b) em … por … a … de
c) por … a … em … com
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d) a … de … de … por
Para Harris, os jovens vêm programados para ser socializados não pelos pais,
como pregam nossas instituições e nossa cultura, mas pelos pares, isto é,
pelas outras crianças com as quais convivem. Um dos muitos argumentos
que ela usa para apoiar sua teoria é o fato de que filhos de imigrantes não
terminam falando com a pronúncia dos genitores, mas sim com a dos jovens
que os cercam.
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c) A influência ...... exercem os jovens entre si, no interior dos grupos, acaba
sendo fundamental para a formação de todos.
d) Muito leitor do texto ficará curioso para saber como era a formação ...... se
propagava nas comunidades ancestrais.
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Errado
Conselhos a o candidato
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(JÚNIOR, Hilário Franco. A dança dos deuses: futebol, cultura, sociedade. São
Paulo: Companhia das letras, 2007, p. 303-304, com adaptações)
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“Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro”, diz Renato Lobo, que
realizou o estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há
similaridade entre os dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de
receber corante), alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.
Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo
do poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no
primeiro. Mas essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um
maquinário próprio para fibras mais curtas.
Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a
coleta, limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas
também nas lojas. “Estamos em contato com ONGs que produzem essas
roupas para animais de estimação para apresentar o tecido feito de pelo.”
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O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do
Norte F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu,
ou a um Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?
Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí,
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chutar uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para
fazer.
Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.
O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do
Norte F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu,
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Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí,
chutar uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para
fazer.
Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.
GABARITO
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
51) D 52) C 53) A 54) B 55) Certo 56) B57) B 58) A 59) B 60) C
100
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Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão para saber que a prática foi
uma das maiores vergonhas da humanidade. Mas é preciso corrigir o tempo
do verbo. Foi? Melhor escrever a frase no presente. A escravidão ainda é uma
das maiores vergonhas da humanidade. E o fato de o Ocidente não ocupar
mais o topo da lista como responsável pelo crime não deve ser motivo para
esquecermos ou escondermos a infâmia.
101
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) A árvore é símbolo recorrente com que fazemos uso para falar de meio
ambiente.
d) Natureza e arte não são elementos estanques, esta faz a que melhor
compreendamos aquela.
103
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Errado
Segundo a Constituição Federal, todo poder emana do povo e por ele será
exercido, quer de maneira direta, quer por intermédio de representantes
eleitos. Essa afirmação, dentro do espírito do texto constitucional, deve ser
interpretada como verdadeiro dogma estabelecido pelo constituinte
originário, mormente quando nos debruçamos sobre o cenário político dos
anos anteriores à eleição dos membros que comporiam a Assembleia
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Errado
105
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Errado
Uma casa tem muita vez as suas relíquias, lembranças de um dia ou de outro,
da tristeza que passou, da felicidade que se perdeu. Supõe que o dono pense
em as arejar e expor para teu e meu desenfado. Nem todas serão
interessantes, não raras serão aborrecidas, mas, se o dono tiver cuidado,
pode extrair uma dúzia delas que mereçam sair cá fora.
107
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Errado
e) A autora recusa-se à crer que todos os fatos rotineiros que nos frustram
sejam simples reflexos da sorte.
108
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) a todos os presentes
b) Não foi apenas com o intuito de libertar ...... escravos que se promulgou a
lei Áurea. (aos)
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GABARITO
61) C 62) C 63) Certo64) Certo 65) Errado 66) A 67) Certo 68) A 69) A
70) D
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A primeira coisa a observar sobre o mundo na década de 1780 é que ele era
ao mesmo tempo menor e muito maior que o nosso. Era menor
geograficamente, porque até mesmo os homens mais instruídos e bem
informados da época − digamos, um homem como o cientista e viajante
Alexander von Humboldt (1769-1859) − conheciam somente pedaços do
mundo habitado. (Os mundos "conhecidos" de comunidades menos
evoluídas e expansionistas do que a Europa Ocidental eram obviamente
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
frase:
a) Se não fosse, naquela época, as ações de certos viajantes, muito do que se
sabe hoje permaneceria incógnito.
c) Fossem quais fosse as intenções dos informantes, o fato é que aquilo que
notificaram recebeu registro, ainda que as notícias fossem descuidadas.
Filosofia de borracharia
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu,
embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a
Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não
menos sgonfiati. O que pode a fome, em especial na juventude: à beira de
um himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças filosóficas
na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro
dos companheiros de viagem, me pus a teorizar.
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre,
Arquipélago, 2011, p. 85-86)
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Filosofia de borracharia
Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu,
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre,
Arquipélago, 2011, p. 85-86)
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: “A
crase não existe para humilhar ninguém”. Entenda-se: há normas gramaticais
cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso escrito, valendo como
ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de
alguém.
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: “A arte não existe para
humilhar ninguém”, entendendo-se com isso que os artistas existem para
estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligência do mundo, e não
para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos
no terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam,
não aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a
pena discutir: estamos mesmo em condições de escolher livremente as
músicas de que gostamos?
Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um carro
passa com o som altíssimo de graves repetidos praticamente sem variação,
num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar: houve aí uma
escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu som motorizado pela
cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece
muitos outros ritmos, as canções de outros países, os compositores de outras
épocas, as tendências da música brasileira, os incontáveis estilos musicais já
inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que está
vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e
enganoso do “vende porque é bom, é bom porque vende”?
119
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
c) Caso não hajam opções reais, o público acabará tendo acesso não a obras
de arte, mas a mercadorias em oferta.
120
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Luiz Felipe Pondé afirma não _____________ mais vovôs e vovós como
antigamente, já que ____________ cada vez mais___________ em copiar
seus netos.
É importante destacar que o art. 154-A do Código Penal (Lei n.º 12.737/2012)
trouxe para o ordenamento jurídico o crime novo de “invasão de dispositivo
informático”, que consiste na conduta de invadir dispositivo informático
alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação
indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou
destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular
do dispositivo, ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita.
Quanto à culpabilidade, a conduta criminosa do delito cibernético
caracteriza-se somente pelo dolo, não havendo a previsão legal da conduta
121
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Errado
122
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Errado
123
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
124
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
125
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
d) Todos os dias, o som do sino de ouro que se espalha pelos ares enche de
alegria o coração dos habitantes e lhes traz uma doce sensação de paz e
harmonia.
GABARITO
71) D 72) E 73) A 74) C 75) D 76) E 77) Errado78) Certo 79) B 80) D
126
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Certo
Errado
De acordo com o conceito ora apresentado, para que o titular da ação penal
possa, enfim, ajuizá-la, é necessário que haja justa causa. A justa causa,
identificada por parte da doutrina como uma condição da ação autônoma,
consiste na obrigatoriedade de que existam prova acerca da materialidade
delitiva e, ao menos, indícios de autoria, de modo a existir fundada suspeita
acerca da prática de um fato de natureza penal. Dessa forma, é
imprescindível que haja provas acerca da possível existência de um fato
criminoso e indicações razoáveis do sujeito que tenha sido o autor desse
fato.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Errado
Falsificações na internet
129
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) Seria preciso que se (aplicar) a esses falsários alguma sanção, para que
não houvesse tantos abusos.
De acordo com pesquisa realizada nos Estados Unidos, colegas tagarelas são
o principal motivo de distração durante a jornada de trabalho.
Pelo levantamento feito com 848 profissionais, 45% deles consideram que as
conversas frequentes são, em grande parte, responsáveis pela perturbação
no ambiente corporativo.
“Profissionais tagarelas em geral não fazem ideia de quão irritantes são para
131
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
132
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
João Ubaldo Ribeiro. A vida natural. In: Arte e ciência de roubar galinha. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, a forma verbal “comia” (l.6)
poderia ser flexionada no plural.
Certo
Errado
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[...] ser independente significa bem mais do que ser livre para viver como se
quer: significa, basicamente, viver com valores que façam a vida ser digna de
ser vivida. Não basta um estado de espírito. Não basta, como diz o samba,
“vestir a camisa amarela e sair por aí”. Tampouco basta sentir-se autônomo,
fazendo parte do bando. É preciso algo mais. Ora, um dos valores que vêm
sendo retomados pelos filósofos e que cabem como uma luva nessa questão
é o da resistência. Na raiz da palavra resistere se encontra um sentido: “ficar
de pé”. E ficar de pé implica manter vivas, intactas dentro de si, as forças da
lucidez. Essa é uma exigência que se impõe tanto em tempos de guerra
quanto em tempos de paz. Sobretudo nesses últimos, quando costumamos
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
achar que está tudo bem, que está tudo “numa boa”; quando recebemos
informações de todos os lados, sem tentar, nem ao menos, analisá-las, e
terminamos por engolir qualquer coisa.
(PRIORE, Mary Del. Histórias e conversas de mulher. São Paulo: Planeta, 2013,
p. 281)
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(JÚNIOR, Hilário Franco. A dança dos deuses: futebol, cultura, sociedade. São
Paulo: Companhia das letras, 2007, p. 303-304, com adaptações)
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d) No dia em que foi dispensado, vagou horas a fio em profundo pesar, até
que viu passar um buldogue numa moto com o dono todo paramentado;
perante a isso, não pode deixar de sorrir e lembrar que a vida é sempre
surpreendente.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
c) Envio dois arquivos atachados referentes aos itens que mencionei acima.
GABARITO
81) Certo 82) Errado 83) E 84) A85) Certo 86) E 87) C 88) D 89) E 90) B
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
“Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro”, diz Renato Lobo, que
realizou o estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há
similaridade entre os dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de
receber corante), alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.
Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo
do poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no
primeiro. Mas essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um
maquinário próprio para fibras mais curtas.
Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a
coleta, limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas
também nas lojas. “Estamos em contato com ONGs que produzem essas
roupas para animais de estimação para apresentar o tecido feito de pelo.”
141
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Lobo diz que há negociações com três dessas cooperativas para possível
parceria.
c) se realiza.
d) têm ocorrido.
e) acontece.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
“Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro”, diz Renato Lobo, que
realizou o estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há
similaridade entre os dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de
receber corante), alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.
Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo
do poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no
primeiro. Mas essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um
maquinário próprio para fibras mais curtas.
Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a
coleta, limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas
também nas lojas. “Estamos em contato com ONGs que produzem essas
roupas para animais de estimação para apresentar o tecido feito de pelo.”
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Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua
apareceu em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu
furado, perguntando: “Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu
pneu”. A naturalidade do pedido mostra como a integração com a
comunidade funciona.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Não é preciso assistir a 12 Anos de Escravidão para saber que a prática foi
uma das maiores vergonhas da humanidade. Mas é preciso corrigir o tempo
do verbo. Foi? Melhor escrever a frase no presente. A escravidão ainda é uma
das maiores vergonhas da humanidade. E o fato de o Ocidente não ocupar
mais o topo da lista como responsável pelo crime não deve ser motivo para
esquecermos ou escondermos a infâmia.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para
aquela cultura, concluindo que o grupo indígena dos miracangueras não era
originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se de um
mistério relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado
nas próximas décadas. Em pleno século 21, a cultura miracanguera continua
oficialmente “inexistente” para as autoridades culturais do Brasil e do mundo.
149
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para
aquela cultura, concluindo que o grupo indígena dos miracangueras não era
originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se de um
mistério relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado
nas próximas décadas. Em pleno século 21, a cultura miracanguera continua
oficialmente “inexistente” para as autoridades culturais do Brasil e do mundo.
151
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos
princípios que guiam o funcionamento da natureza. Uma lista curta desses
princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é
propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla
todas as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita
os excessos internamente; e aproveita o poder dos limites.
b) A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos
princípios... (último parágrafo).
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Um dia convidei um grupinho dos mais chegados pra ir à minha casa ouvir
música. “Música clássica”, adverti. Preparei um programinha meio didático,
dentro da sequência histórica, com peças mais ou menos breves que iam do
canto gregoriano a Villa-Lobos. Comentava as diferenças de estilo, de
sentimento, de complexidade. A sessão toda durou quase duas horas,
incluindo minhas tagarelices. Gostaram muito.
Dois ou três dias depois, um deles (pobre, como os outros) apareceu na aula
com um embrulho na mão. “Professor, comprei hoje isso pra mim. O senhor
acha que essa música é boa?” Era um LP de Tchaikovsky, talvez com sinfonias
ou aberturas, não me lembro. Disse que sim, e ele saiu todo sorridente.
Imaginei a cena do dia: ele entrando numa casa de disco do centro da cidade
e pedindo um “disco de música clássica”. Venderam-lhe uma gravação barata,
nacional.
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estas palavras cheguem ao meu antigo aluno, pergunto-lhe agora, com mais
de quatro décadas de atraso: “Então, seu Carlos, gostou do Tchaikovsky?”
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.
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Para Harris, os jovens vêm programados para ser socializados não pelos pais,
como pregam nossas instituições e nossa cultura, mas pelos pares, isto é,
pelas outras crianças com as quais convivem. Um dos muitos argumentos
que ela usa para apoiar sua teoria é o fato de que filhos de imigrantes não
terminam falando com a pronúncia dos genitores, mas sim com a dos jovens
que os cercam.
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b) Muita gente imagina ainda hoje, que o convívio familiar dado sempre
como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda um papel
decisivo, quando na verdade essa função, para o bem ou para o mal, é
exercida no interior dos grupos de colegas e amigos.
c) Muita gente imagina, ainda hoje que o convívio familiar, dado sempre
como fator principal na formação de um jovem tenha ainda, um papel
decisivo, quando na verdade essa função, para o bem ou para o mal é
exercida no interior dos grupos de colegas e amigos.
d) Muita gente imagina ainda hoje que, o convívio familiar, dado sempre
como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda, um papel
decisivo quando na verdade, essa função para o bem ou para o mal, é
exercida no interior dos grupos de colegas e amigos.
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
e) Muita gente imagina ainda hoje, que o convívio familiar dado sempre,
como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda um papel
decisivo quando na verdade, essa função, para o bem ou para o mal é
exercida, no interior dos grupos de colegas e amigos.
GABARITO
91) D92) E 93) C 94) B 95) C 96) E 97) B 98) E99) D 100) A
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América.
Julgue o item que se segue, acerca das ideias, das estruturas linguísticas e da
tipologia do texto.
Errado
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Errado
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Errado
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Errado
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Errado
O sino d e ouro
É apenas um sino, mas é de ouro. De tarde seu som vai voando em ondas
mansas sobre as matas e os cerrados, e as veredas de buritis, e a melancolia
do chapadão, e chega ao distante e deserto carrascal, e avança em ondas
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Mas quem me contou foi um homem velho que esteve lá; contou dizendo:
“eles têm um sino de ouro e acham que vivem disso, não se importam com
mais nada, nem querem mais trabalhar; fazem apenas o essencial para
comer e continuar a viver, pois acham maravilhoso ter um sino de ouro”.
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antecede.
III. ... que a coisa m ais bonita do mundo deve ser ouvir um sino de ouro.
IV. Pois cada um de nós quando criança tem dentro da alma seu sino de
ouro...
O segmento quando criança pode ser isolado por vírgulas, sem prejuízo
para a correção da frase.
b) I, II e III.
d) II e III.
e) I e IV.
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Errado
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Falsificações na internet
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Cozinhar é uma das mais antigas atividades humanas, surgida por volta de
sete mil anos atrás, quando o homem adquiriu meios seguros de obter e
dominar o fogo.
(http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/maio/dia-do-cozinheiro.php.
24.11.2014. Adaptado)
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GABARITO
101) E 102) Errado 103) Certo 104) Errado 105) Certo106) Certo 107) A
108) Errado 109) C 110) A
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BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Uma casa tem muita vez as suas relíquias, lembranças de um dia ou de outro,
da tristeza que passou, da felicidade que se perdeu. Supõe que o dono pense
em as arejar e expor para teu e meu desenfado. Nem todas serão
interessantes, não raras serão aborrecidas, mas, se o dono tiver cuidado,
pode extrair uma dúzia delas que mereçam sair cá fora.
Errado
175
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Uma casa tem muita vez as suas relíquias, lembranças de um dia ou de outro,
da tristeza que passou, da felicidade que se perdeu. Supõe que o dono pense
em as arejar e expor para teu e meu desenfado. Nem todas serão
interessantes, não raras serão aborrecidas, mas, se o dono tiver cuidado,
pode extrair uma dúzia delas que mereçam sair cá fora.
Errado
176
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
177
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) ... tendemos a dar mais atenção a fatos rotineiros que nos frustram...
(3o parágrafo) ... tendemos a dar mais atenção, a fatos rotineiros, que nos
frustram...
c) ... ter sorte pode significar, pelo menos em parte, saber fazer boas
escolhas e perceber as ocasiões mais vantajosas para si mesmo.
(7o parágrafo) ... ter sorte pode significar, pelo menos em parte, saber fazer
boas escolhas e perceber, as ocasiões, mais vantajosas para si mesmo.
d) ... por que uma fatia de pão com manteiga cai geralmente com o lado da
manteiga para baixo. (2o parágrafo) ... por que uma fatia de pão com
manteiga cai, geralmente, com o lado da manteiga para baixo.
e) ... o número solicitado estava gravado de forma evidente sobre uma das
páginas, algo que muitos “azarados” não perceberam... (6o parágrafo) ... o
número solicitado, estava gravado de forma evidente sobre uma das
páginas, algo que muitos, “azarados”, não perceberam...
178
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
179
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
disse o empresário, ressaltando que conhecer bem o CDC é vital não só para
os lojistas, mas também para seus fornecedores.
180
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
“Um leigo não conseguiria diferenciar um do outro”, diz Renato Lobo, que
realizou o estudo com pelo de poodle em seu mestrado. Segundo ele, há
similaridade entre os dois em relação à maciez, tingibilidade (capacidade de
receber corante), alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.
Do ponto de vista técnico, Lobo explica que a única diferença entre o pelo
do poodle e a lã do carneiro é o comprimento da fibra — mais curta no
primeiro. Mas essa diferença não altera o processo de fiação, porque há um
maquinário próprio para fibras mais curtas.
Hoje, o pelo é descartado no lixo pelos pet shops. A ideia é que, após a
coleta, limpeza e fiação, ele vire roupinhas para animais que serão vendidas
também nas lojas. “Estamos em contato com ONGs que produzem essas
roupas para animais de estimação para apresentar o tecido feito de pelo.”
181
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) sentido figurado.
c) discurso indireto.
d) coloquialismo.
e) imprecisão de sentido.
182
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do
Norte F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu,
ou a um Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?
Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí,
chutar uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para
fazer.
Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.
183
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
184
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
185
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) III.
c) II.
d) II e III.
e) I.
186
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
187
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Julgue o item que se segue, acerca das ideias, das estruturas linguísticas e da
tipologia do texto.
Errado
GABARITO
111) Errado 112) Certo113) D 114) C 115) D 116) A 117) E 118) C
119) B120) Errado
188
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Segundo a Constituição Federal, todo poder emana do povo e por ele será
exercido, quer de maneira direta, quer por intermédio de representantes
eleitos. Essa afirmação, dentro do espírito do texto constitucional, deve ser
interpretada como verdadeiro dogma estabelecido pelo constituinte
originário, mormente quando nos debruçamos sobre o cenário político dos
anos anteriores à eleição dos membros que comporiam a Assembleia
Constituinte que resultou na Carta de 1988.
189
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Errado
Segundo a Constituição Federal, todo poder emana do povo e por ele será
exercido, quer de maneira direta, quer por intermédio de representantes
eleitos. Essa afirmação, dentro do espírito do texto constitucional, deve ser
interpretada como verdadeiro dogma estabelecido pelo constituinte
originário, mormente quando nos debruçamos sobre o cenário político dos
anos anteriores à eleição dos membros que comporiam a Assembleia
Constituinte que resultou na Carta de 1988.
190
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Errado
Segundo a Constituição Federal, todo poder emana do povo e por ele será
exercido, quer de maneira direta, quer por intermédio de representantes
eleitos. Essa afirmação, dentro do espírito do texto constitucional, deve ser
interpretada como verdadeiro dogma estabelecido pelo constituinte
originário, mormente quando nos debruçamos sobre o cenário político dos
191
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
192
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Errado
193
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Errado
194
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
195
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
No trecho – Meu marido, se quiser pescar, pesque, mas que limpe os peixes.
– a palavra destacada estabelece, respectivamente, sentido de
a) conclusão.
196
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) finalidade.
c) explicação.
d) condição.
e) comparação.
197
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
198
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) finalidade.
c) concessão.
d) conformidade.
e) conclusão.
199
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Conselhos a o candidato
200
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
meu voto e posso arranjar-lhe mais um”. Nenhum acadêmico tem força para
arranjar o voto de um colega. Mas vou parar, que não pretendi nesta crônica
escrever um manual do perfeito candidato.
Mas vou parar, que não pretendi nesta crônica escrever um manual do
perfeito candidato.
201
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Obs.: SDN: Sociedade das Nações, também conhecida como Liga das Nações,
foi criada no final da I Guerra Mundial, empenhada em manter a paz
202
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(RÉMOND, René. A descolonização. In: O século XX: de 1914 aos nossos dias.
Trad. Octavio Mendes Cajado. São Paulo: Cultrix, p.165-166)
GABARITO
121) Errado 122) Certo 123) Errado 124) Certo 125) D 126) D127) D 128) B
129) A 130) B
203
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
204
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Obs.: SDN: Sociedade das Nações, também conhecida como Liga das Nações,
foi criada no final da I Guerra Mundial, empenhada em manter a paz
internacional. Fracassado seu objetivo, extinguiu-se, passando, em 1946, as
responsabilidades à recém-criada Organização das Nações Unidas, a ONU.
(RÉMOND, René. A descolonização. In: O século XX: de 1914 aos nossos dias.
Trad. Octavio Mendes Cajado. São Paulo: Cultrix, p.165-166)
205
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
206
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) I, II e III.
c) I e IV.
d) II e III.
e) II e IV.
207
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) Conhecer bem o CDC é vital em especial para os lojistas assim como para
seus fornecedores.
c) Conhecer bem o CDC é vital nem tanto para os lojistas como para seus
fornecedores.
208
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
d) Conhecer bem o CDC é vital inclusive para os lojistas sem falar em seus
fornecedores.
e) Conhecer bem o CDC é vital não tanto para os lojistas bem como para
seus fornecedores.
209
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A humanidade agora não pode mais rejeitar a internet, mas também não
pode se render a ela. Ao contrário, temos que lutar por ela. Assim como os
primórdios das armas atômicas inauguraram a Guerra Fria, a lógica da
internet é a chave para entender a iminente guerra em prol do centro
intelectual da nossa civilização.
210
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
... e é por isso que eles foram abordados para fazer parte do PRISM...
(primeiro parágrafo)
211
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra
ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um
sentimento de urgência: eram eles ou eu.
Até que um belo dia você acorda e descobre que o vinho do amor virou água
da bica num copo da Itambé — “Desmantelo só quer começo”.
Entro em casa de queixo erguido, peito estufado e meu ânimo dura quatro
segundos: só até ver minha mulher com as mãos enfiadas entre as almofadas
do sofá, perguntando se por acaso eu não vi, em algum lugar, o controle da
televisão.
Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra
ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um
212
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: “A
crase não existe para humilhar ninguém”. Entenda-se: há normas gramaticais
cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso escrito, valendo como
ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de
alguém.
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: “A arte não existe para
humilhar ninguém”, entendendo-se com isso que os artistas existem para
estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligência do mundo, e não
para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos
no terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam,
não aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a
pena discutir: estamos mesmo em condições de escolher livremente as
músicas de que gostamos?
Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um carro
passa com o som altíssimo de graves repetidos praticamente sem variação,
num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar: houve aí uma
213
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
214
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
e) clássicos que lhe digam algo (4º parágrafo) = eruditos que lhe transmitam
alguma coisa.
Julgue o item que se segue, acerca das ideias, das estruturas linguísticas e da
tipologia do texto.
Errado
215
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
É importante destacar que o art. 154-A do Código Penal (Lei n.º 12.737/2012)
trouxe para o ordenamento jurídico o crime novo de “invasão de dispositivo
informático”, que consiste na conduta de invadir dispositivo informático
alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação
indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou
destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular
do dispositivo, ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita.
Quanto à culpabilidade, a conduta criminosa do delito cibernético
caracteriza-se somente pelo dolo, não havendo a previsão legal da conduta
na forma culposa. Idem, ibidem.
Errado
216
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Segundo a Constituição Federal, todo poder emana do povo e por ele será
exercido, quer de maneira direta, quer por intermédio de representantes
eleitos. Essa afirmação, dentro do espírito do texto constitucional, deve ser
interpretada como verdadeiro dogma estabelecido pelo constituinte
originário, mormente quando nos debruçamos sobre o cenário político dos
anos anteriores à eleição dos membros que comporiam a Assembleia
Constituinte que resultou na Carta de 1988.
217
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Errado
GABARITO
131) C 132) A 133) A134) A 135) B 136) A 137) E 138) Certo 139) Certo
140) Certo
218
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Segundo a Constituição Federal, todo poder emana do povo e por ele será
exercido, quer de maneira direta, quer por intermédio de representantes
eleitos. Essa afirmação, dentro do espírito do texto constitucional, deve ser
interpretada como verdadeiro dogma estabelecido pelo constituinte
originário, mormente quando nos debruçamos sobre o cenário político dos
anos anteriores à eleição dos membros que comporiam a Assembleia
Constituinte que resultou na Carta de 1988.
219
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Errado
220
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Errado
221
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Considere:
222
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
advérbio
3 especializando os sentidos:
3.1 modo:
3.1.1 da maneira que
conjunção
223
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Cozinhar é uma das mais antigas atividades humanas, surgida por volta de
sete mil anos atrás, quando o homem adquiriu meios seguros de obter e
dominar o fogo.
(http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/maio/dia-do-cozinheiro.php.
24.11.2014. Adaptado)
224
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
a) opinião.
b) incentivo.
c) aceitação.
d) modelo.
e) desculpa.
Cozinhar é uma das mais antigas atividades humanas, surgida por volta de
sete mil anos atrás, quando o homem adquiriu meios seguros de obter e
dominar o fogo.
(http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/maio/dia-do-cozinheiro.php.
24.11.2014. Adaptado)
225
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) firmou-se.
c) equipou-se.
d) instalou-se.
e) alterou-se.
Cozinhar é uma das mais antigas atividades humanas, surgida por volta de
sete mil anos atrás, quando o homem adquiriu meios seguros de obter e
dominar o fogo.
226
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/maio/dia-do-cozinheiro.php.
24.11.2014. Adaptado)
b) calmamente.
c) cuidadosamente.
d) cautelosamente.
e) impetuosamente.
Dia desses, precisei pingar um remédio no nariz e deitei na cama para fazer
isso. O remédio desceu pelas minhas narinas, mas eu não conseguia mais me
levantar.
Meu pé foi capturado pela delícia de um raio de sol que costuma atravessar o
meu quarto àquela hora do dia.
Se não fosse o meu nariz congestionado, não estaria ali. Eu me assustei. Não
conseguia me lembrar de uma única vez que tivesse deitado na minha cama
227
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
assim, no meio do dia, sem exata serventia. Uma coisa tão simples, tão boa e
por que tão rara? Por quê? Por que não faço isso mais vezes?
Mas aquele dia fiz uma coisa tão banal! Deitei na minha cama de dia e entrei
numa bolha subversiva de calma e
prazer. Dei uma rasteira no cotidiano.
Faça o mesmo, caro leitor. Deite-se, ainda que seja por dez minutos. Sem
função. Deite-se para ouvir-se.
Sempre tive uma curiosa inveja desses trabalhadores de praças e jardins que
vejo, depois do almoço, deitados nos tristes gramados urbanos.
Pura delícia. Experimente. E se alguém ficar surpreso com sua atitude, diga
que resolveu dar uma rasteira no cotidiano.
O trecho do texto em que a narradora cita a condição que foi necessária para
que ela pudesse vivenciar uma situação inesperada encontra-se na
alternativa:
a) Eu fiquei ali parada, deitada sobre a colcha, esquentando os pés.
228
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
c) Uma coisa tão simples, tão boa e por que tão rara?
De acordo com pesquisa realizada nos Estados Unidos, colegas tagarelas são
o principal motivo de distração durante a jornada de trabalho.
Pelo levantamento feito com 848 profissionais, 45% deles consideram que as
conversas frequentes são, em grande parte, responsáveis pela perturbação
no ambiente corporativo.
“Profissionais tagarelas em geral não fazem ideia de quão irritantes são para
seus colegas. Eles simplesmente perdem a capacidade de reconhecer os
sinais, por isso devem prestar atenção às dicas não verbais que surgem no
ambiente e estabelecer limites de respeito ao tempo dos colegas.” Os sinais a
que Greenaway se refere incluem, por exemplo, olhadelas no relógio e o
tamborilar impaciente dos dedos sobre a mesa.
229
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
pesquisa.
b) finalidade.
c) simultaneidade.
d) causa.
e) oposição.
230
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
231
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) [quando duas meias soltas são retiradas da gaveta] [geralmente elas não
são do mesmo par]
Incoerência americana
Alguns dos 136 detidos (número que resta após o envio de seis deles para o
Uruguai) estão presos há mais de uma década sem acusação formal. São,
232
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) o cargo de presidente dos EUA pode não ser o mais poderoso do mundo.
GABARITO
141) Certo 142) Errado 143) C 144) B 145) B 146) E 147) B148) B 149) C 150) B
233
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Incoerência americana
Alguns dos 136 detidos (número que resta após o envio de seis deles para o
Uruguai) estão presos há mais de uma década sem acusação formal. São,
entretanto, considerados “perigosos demais”.
b) humor.
c) gíria.
d) correção.
e) ironia.
234
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) tempo.
c) dúvida.
d) causa.
e) intensidade.
235
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A humanidade agora não pode mais rejeitar a internet, mas também não
pode se render a ela. Ao contrário, temos que lutar por ela. Assim como os
primórdios das armas atômicas inauguraram a Guerra Fria, a lógica da
internet é a chave para entender a iminente guerra em prol do centro
intelectual da nossa civilização.
236
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Leia a charge.
Ao dizer que o papo “não tem pé nem cabeça”, a personagem sugere que a
conversa do amigo está sendo
a) articulada.
b) engraçada.
c) concisa.
d) incoerente.
e) inteligente.
237
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
“Tem gente que não acredita em um ensino que não impõe autoridade. Nós
acreditamos”, afirma Cristina.
Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua
apareceu em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu
furado, perguntando: “Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu
pneu”. A naturalidade do pedido mostra como a integração com a
comunidade funciona.
b) cuidadoso.
c) improvisado.
d) negligente.
e) superficial.
238
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do
Norte F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu,
ou a um Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?
Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí,
chutar uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para
fazer.
Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.
239
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Ficção universitária
É claro que universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos
especialistas, produzir mais inovação e atrair os alunos mais qualificados,
tornando-se assim instituições que se destacam também no ensino. O
Ranking Universitário mostra essa correlação de forma cristalina: das 20
universidades mais bem avaliadas em termos de ensino, 15 lideram no
quesito pesquisa (e as demais estão relativamente bem posicionadas). Das
20 que saem à frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa.
Daí não decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, seja
capaz de ensinar. O gasto médio anual por aluno numa das três
universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as despesas que
contribuem direta e indiretamente para a boa pesquisa, incluindo inativos e
aportes de Fapesp, CNPq e Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um
aluno do ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em
renúncias fiscais.
Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não
dispõe de recursos para colocar os quase sete milhões de universitários em
instituições com o padrão de investimento das estaduais paulistas.
240
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A morte do narrador
241
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Claro, minha leitora me entendeu mal. Mas o fato de ela ter me entendido
mal, o que acontece com frequência quando se discute o tema da velhice, é
comum, principalmente porque o próprio termo “velhice” já pede sinônimos
politicamente corretos, como “terceira idade”, “melhor idade”, “maturidade”,
entre outros.
Voltando à velhice. Minha leitora entendeu que eu dizia que idosos devem se
afundar na doença, na solidão e no abandono, e não procurar ser felizes.
Mas, quando eu dizia que eles estão fugindo da condição de avós, usava isso
como metáfora da mentira (politicamente correta) quanto ao medo que
temos de afundar na doença, antes de tudo psicológica, devido ao
abandono e à solidão, típicos do mundo contemporâneo. Minha crítica era à
nossa cultura, e não às vítimas dela. Ela cultua a juventude como padrão de
vida e está intimamente associada ao medo do envelhecimento, da dor e da
morte. Sua opção é pela “negação”, traço de um dos sintomas neuróticos
descritos por Freud.
242
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
d) O motivo da sua pergunta era eu ter dito, em uma de minhas colunas, que
hoje em dia não existiam mais vovôs e vovós… (primeiro parágrafo).
243
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
São Paulo está a 760 metros de altitude, a altura de Teresópolis. Por causa do
frio, as pessoas se cobrem de casacos e suéteres. Nos correios e nos cinemas,
244
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
as filas são mais distintas. Até o trânsito é mais civilizado. Nos cruzamentos,
as pessoas paravam e eu passava sempre primeiro, como bom bárbaro. Nos
engarrafamentos, a manada de automóveis, resignada, espera sem buzinar,
algo impensável no Rio. Em São Paulo, os motoristas de táxi são donos dos
carros; no Rio, são empregados da frota. Adivinhe onde o troco volta
integralmente e você tem menos chance de se aborrecer.
(http://www.istoe.com.br)
245
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
denotando paciência.
GABARITO
151) E 152) B 153) B 154) D155) B 156) C 157) C 158) C 159) B 160) B
246
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
247
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Porém, nos anos de 1960, outro americano lançou nova interpretação para
aquela cultura, concluindo que o grupo indígena dos miracangueras não era
originário da região, como já dizia Barbosa Rodrigues. Trata-se de um
mistério relativo a uma civilização perdida que talvez não seja solucionado
nas próximas décadas. Em pleno século 21, a cultura miracanguera continua
oficialmente “inexistente” para as autoridades culturais do Brasil e do mundo.
b) ... cobertos por uma fina camada de barro branco, que os arqueólogos
denominam de “engobe”...
248
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
e) ... mas a ilha já tinha sido tragada pelas águas do rio Amazonas.
Filosofia de borracharia
Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu,
embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a
Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não
menos sgonfiati. O que pode a fome, em especial na juventude: à beira de
um himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças filosóficas
249
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre,
Arquipélago, 2011, p. 85-86)
250
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Errado
251
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
É importante destacar que o art. 154-A do Código Penal (Lei n.º 12.737/2012)
trouxe para o ordenamento jurídico o crime novo de “invasão de dispositivo
informático”, que consiste na conduta de invadir dispositivo informático
alheio, conectado ou não à rede de computadores, mediante violação
indevida de mecanismo de segurança e com o fim de obter, adulterar ou
destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do titular
do dispositivo, ou instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita.
Quanto à culpabilidade, a conduta criminosa do delito cibernético
caracteriza-se somente pelo dolo, não havendo a previsão legal da conduta
na forma culposa. Idem, ibidem.
Errado
252
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
do ônibus que sai da Lapa. Uma cortina de borboleta deixava a cabine ainda
mais personalizada.
A cor rosa é sua “marca registrada”, como define, e o percurso, seu favorito.
“Amo meus passageiros. São sempre as mesmas pessoas, nos mesmos
pontos”, diz ela, que troca cumprimentos com os mais chegados.
Quando não está no trabalho, Marta acelera na sua moto 125 cilindradas,
uma potência módica que ela pretende em breve dobrar. “Descarrego toda a
minha adrenalina nela.”
Ao cruzar a avenida Paulista, ela comenta: “Aqui a gente vê de tudo. Sou toda
rosa, mas adoro esse pessoal que anda de preto. Acho interessantes essas
várias tribos. Não quero ser a melhor. Só quero fazer a diferença”, completa.
c) Dirigem com uma “perfeição maior” e pilotam por gosto, não por
obrigação. (dever)
d) Acelera na sua moto 125 cilindradas, uma potência módica que ela
pretende em breve dobrar. (moderada)
253
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
254
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Essa atitude contribui para reforçar nossos preconceitos e nos fazer ignorar
as leis da probabilidade. (3o parágrafo)
a) objetar
b) corroborar
c) concernir
255
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
d) refutar
e) inquirir
O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do
Norte F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu,
ou a um Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?
Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí,
chutar uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para
fazer.
Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
contrário, ou quase o contrário: é máquina de amansar doido, distrair doido,
acalmar, fazer doido dormir.
256
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) abrandar.
c) enfraquecer.
d) combater.
e) enfurecer.
257
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A maioria dos problemas atuais podem se resolver por meio dos diversos
princípios que guiam o funcionamento da natureza. Uma lista curta desses
princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus, constata que a natureza é
propelida pela luz solar; utiliza somente a energia de que necessita; recicla
todas as coisas; aposta na diversidade; demanda conhecimento local; limita
os excessos internamente; e aproveita o poder dos limites.
258
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Uma das coisas óbvias que descobri é que muito troço na vida resulta, em
boa parte, do acaso.
Sei que há pessoas que pensam o contrário, pois acreditam que tudo o que
acontece já estava determinado. Acho isso difícil, quando mais não seja
porque, sem falar no resto, só de gente no planeta há atualmente muitos
bilhões. Já imaginou o que seria prever e determinar tudo o que deve
ocorrer com essa quantidade de gente a cada minuto?
Bem, não vou discutir esse tema porque não é ele que me traz a essa
conversa com você. Acho fascinante − ainda que um tanto assustador − o
fato de que o que pode nos acontecer seja imprevisível. Faz da vida uma
aventura, e o jeito é torcer por um "happy end".
Mas o melhor mesmo é não se preocupar com isso e deixar o barco correr
solto. Isso não significa não tentar fazer com que tudo dê certo, ou seja, que
busquemos o melhor, a felicidade, a alegria.
É como no futebol: a função do técnico é treinar o time para que faça mais
gols do que leve. Assim na vida como no jogo.
259
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Fraseologia
*substantivo feminino
3. Rubrica: gramática, lexicologia, linguística. frase ou expressão cristalizada,
cujo sentido geralmente não é literal; frase feita, expressão idiomática.
260
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) afirmação.
c) dúvida.
d) intensidade.
e) modo.
GABARITO
161) E162) D 163) Errado 164) Errado 165) B 166) B 167) E 168) E169) C 170) D
261
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Falsificações na internet
262
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
se tornam por vezes mais famosos que seus criadores (caso de Cervantes e
seu Dom Quixote, por exemplo); mas os falsários da internet, ao não
assinarem seu texto medíocre, querem que o tomemos como um grande
momento de Shakespeare. Provavelmente jamais leram Shakespeare ou
qualquer outro gênio citado: conhecem apenas a fama do nome, e a usam
como moeda corrente no mercado virtual da fama.
263
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Dia desses, precisei pingar um remédio no nariz e deitei na cama para fazer
isso. O remédio desceu pelas minhas narinas, mas eu não conseguia mais me
levantar.
Meu pé foi capturado pela delícia de um raio de sol que costuma atravessar o
meu quarto àquela hora do dia.
Se não fosse o meu nariz congestionado, não estaria ali. Eu me assustei. Não
conseguia me lembrar de uma única vez que tivesse deitado na minha cama
assim, no meio do dia, sem exata serventia. Uma coisa tão simples, tão boa e
por que tão rara? Por quê? Por que não faço isso mais vezes?
Mas aquele dia fiz uma coisa tão banal! Deitei na minha cama de dia e entrei
numa bolha subversiva de calma e
prazer. Dei uma rasteira no cotidiano.
Faça o mesmo, caro leitor. Deite-se, ainda que seja por dez minutos. Sem
função. Deite-se para ouvir-se.
Sempre tive uma curiosa inveja desses trabalhadores de praças e jardins que
vejo, depois do almoço, deitados nos tristes gramados urbanos.
264
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Pura delícia. Experimente. E se alguém ficar surpreso com sua atitude, diga
que resolveu dar uma rasteira no cotidiano.
c) Mas aquele dia fiz uma coisa tão banal! – foi empregado em sentido
próprio, significando especial.
265
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
João Ubaldo Ribeiro. A vida natural. In: Arte e ciência de roubar galinha. Rio
de Janeiro: Nova Fronteira, 1998.
Errado
Escola de bem-te-vis
Muita gente já não acredita que existam pássaros, a não ser em gravuras ou
empalhados nos museus − o que é perfeitamente natural, dado o novo
aspecto da terra, que, em lugar de árvores, produz com mais abundância
blocos de cimento armado. Mas ainda há pássaros, sim. Existem tantos, ao
redor da minha casa, que até agora não tive (nem creio que venha a ter)
266
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
tempo de saber seus nomes, conhecer suas cores, entender sua linguagem.
Porque evidentemente os pássaros falam. Há muitos, muitos anos, no meu
primeiro livro de inglês, se lia: “Dizem que o sultão Mamude entendia a
linguagem dos pássaros ...”
b) ... tempo de saber seus nomes ... (1º parágrafo) ... entender sua
linguagem. (1º parágrafo)
267
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
d) ... que os pássaros estão conversando. (2º parágrafo) ... e falam como
doutores. (3º parágrafo)
e) ... que fala português de nascença ... (3º parágrafo) Dizem que o sultão
Mamude ... (1º parágrafo)
Imagino que jogar controles remotos no lixo fira gravemente alguma regra
ecológica, mas a visão daqueles defuntos eletrônicos me trouxe um
sentimento de urgência: eram eles ou eu.
268
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
paixão.
Até que um belo dia você acorda e descobre que o vinho do amor virou água
da bica num copo da Itambé — “Desmantelo só quer começo”.
Entro em casa de queixo erguido, peito estufado e meu ânimo dura quatro
segundos: só até ver minha mulher com as mãos enfiadas entre as almofadas
do sofá, perguntando se por acaso eu não vi, em algum lugar, o controle da
televisão.
269
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Num dos dias em que a Folha visitou a escola, um morador da mesma rua
apareceu em frente à entrada, com um carrinho de sucata com o pneu
furado, perguntando: “Cadê a dona Êda? Preciso de ajuda para arrumar meu
pneu”. A naturalidade do pedido mostra como a integração com a
comunidade funciona.
270
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
d) Era tanta neblina na estrada que ele não podia enxergar nada direito.
O futebol também pode ser prejudicado. Quem vai ver um jogo do Estrela do
Norte F.C., se pode ficar tomando cervejinha e assistindo a um bom Fla-Flu,
ou a um Inter x Cruzeiro, ou qualquer coisa assim?
Também acho que a televisão paralisa a criança numa cadeira mais do que o
desejável. O menino fica ali parado, vendo e ouvindo, em vez de sair por aí,
chutar uma bola, brincar de bandido, inventar uma besteira qualquer para
fazer.
Só não acredito que televisão seja máquina de fazer doido. Até acho que é o
271
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) tempo futuro.
c) comparação.
d) tempo passado.
e) conclusão
272
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A lanterninha
Apaguei todas as luzes, e não foi por economia; foi porque me deram uma
lanterna de bolso, e tive a ideia de fazer a experiência de luz errante.
273
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A lanterna passava pelas coisas com uma fantasia criativa e destrutiva que
subvertia o real. Mas que é o real, senão o acaso da iluminação? Apurei que
as coisas não existem por si, mas pela claridade que as modela e projeta em
nossa percepção visual. E que a luz é Deus.
c) Me deram uma lanterna de bolso em cuja luz passei a projetar nos cantos
da casa que, à essa altura, não me eram mais familiares, porquanto
transfigurados.
274
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
d) Deram-me uma lanterna de bolso, cuja luz passei a projetar nos cantos da
casa, que, até então familiares, estavam agora transfigurados.
e) A lanterna de bolso que me deram tinha uma luz que me pus a projetar
sobre os cantos da casa, cuja familiaridade era agora como que se estivessem
transfigurados.
Filosofia de borracharia
Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu,
embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a
Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não
menos sgonfiati. O que pode a fome, em especial na juventude: à beira de
um himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças filosóficas
na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro
275
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre,
Arquipélago, 2011, p. 85-86)
GABARITO
171) E 172) A 173) Errado 174) C 175) A176) A 177) A 178) B 179) D 180) B
276
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
277
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Filosofia de borracharia
Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu,
embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a
Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não
menos sgonfiati. O que pode a fome, em especial na juventude: à beira de
um himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças filosóficas
na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro
dos companheiros de viagem, me pus a teorizar.
278
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre,
Arquipélago, 2011, p. 85-86)
d) − Os pneus com o uso estavam vazios, vai ser fácil resolver seu problema.
e) − Com o uso os pneus estão esvaziando, problema este que seria fácil
resolver.
279
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Uma das coisas óbvias que descobri é que muito troço na vida resulta, em
boa parte, do acaso.
Sei que há pessoas que pensam o contrário, pois acreditam que tudo o que
acontece já estava determinado. Acho isso difícil, quando mais não seja
porque, sem falar no resto, só de gente no planeta há atualmente muitos
bilhões. Já imaginou o que seria prever e determinar tudo o que deve
ocorrer com essa quantidade de gente a cada minuto?
Bem, não vou discutir esse tema porque não é ele que me traz a essa
conversa com você. Acho fascinante − ainda que um tanto assustador − o
fato de que o que pode nos acontecer seja imprevisível. Faz da vida uma
aventura, e o jeito é torcer por um "happy end".
Mas o melhor mesmo é não se preocupar com isso e deixar o barco correr
solto. Isso não significa não tentar fazer com que tudo dê certo, ou seja, que
busquemos o melhor, a felicidade, a alegria.
É como no futebol: a função do técnico é treinar o time para que faça mais
gols do que leve. Assim na vida como no jogo.
280
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
c) Lançando a ideia de que o óbvio deve ser cultivado, pelo seu caráter
misterioso, FG acha difícil, pela indagação feita, que as coisas se deem por
forças superiores, principalmente por acreditar que a vida tem muito de um
jogo: ganha o que está mais bem treinado para vencer os obstáculos da
existência.
A primeira coisa a observar sobre o mundo na década de 1780 é que ele era
ao mesmo tempo menor e muito maior que o nosso. Era menor
geograficamente, porque até mesmo os homens mais instruídos e bem
informados da época − digamos, um homem como o cientista e viajante
Alexander von Humboldt (1769-1859) − conheciam somente pedaços do
mundo habitado. (Os mundos "conhecidos" de comunidades menos
evoluídas e expansionistas do que a Europa Ocidental eram obviamente
ainda menores, reduzindo-se a minúsculos segmentos da terra onde os
analfabetos camponeses sicilianos ou o agricultor das montanhas de Burma
281
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
viviam suas vidas, e para além dos quais tudo era e sempre seria
eternamente desconhecido.) A maior parte da superfície dos oceanos, mas
não toda, de forma alguma, já tinha sido explorada e mapeada graças à
notável competência dos navegadores do século XVIII como James Cook,
embora os conhecimentos humanos sobre o fundo do mar tenham
permanecido insignificantes até a metade do século XX. Os principais
contornos dos continentes e da maioria das ilhas eram conhecidos, embora
pelos padrões modernos não muito corretamente. O tamanho e a altura das
cadeias das montanhas da Europa eram conhecidos com alguma precisão, as
localizadas em partes da América Latina o eram muito grosseiramente, as da
Ásia, quase totalmente desconhecidas, e as da África (com exceção dos
montes Atlas), totalmente desconhecidas para fins práticos. Com exceção
dos da China e da Índia, o curso dos grandes rios do mundo era um mistério
para todos a não ser para alguns poucos caçadores, comerciantes ou
andarilhos, que tinham ou podem ter tido conhecimento dos que corriam
por suas regiões. Fora de algumas áreas − em vários continentes elas não
passavam de alguns quilômetros terra a dentro, a partir da costa − o mapa
do mundo consistia de espaços brancos cruzados pelas trilhas demarcadas
por negociantes ou exploradores. Não fosse pelas informações descuidadas
de segunda ou terceira mão colhidas por viajantes ou funcionários em
postos remotos, estes espaços brancos teriam sido bem mais vastos do que
de fato o eram.
282
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
prática.
e) Dado o recorte feito no texto original, o leitor não tem acesso, no trecho
transcrito, a argumentação que embase a ideia de que a contradição
manifesta na primeira frase seja aparente.
A primeira coisa a observar sobre o mundo na década de 1780 é que ele era
ao mesmo tempo menor e muito maior que o nosso. Era menor
geograficamente, porque até mesmo os homens mais instruídos e bem
informados da época − digamos, um homem como o cientista e viajante
Alexander von Humboldt (1769-1859) − conheciam somente pedaços do
mundo habitado. (Os mundos "conhecidos" de comunidades menos
evoluídas e expansionistas do que a Europa Ocidental eram obviamente
ainda menores, reduzindo-se a minúsculos segmentos da terra onde os
analfabetos camponeses sicilianos ou o agricultor das montanhas de Burma
viviam suas vidas, e para além dos quais tudo era e sempre seria
eternamente desconhecido.) A maior parte da superfície dos oceanos, mas
não toda, de forma alguma, já tinha sido explorada e mapeada graças à
notável competência dos navegadores do século XVIII como James Cook,
embora os conhecimentos humanos sobre o fundo do mar tenham
permanecido insignificantes até a metade do século XX. Os principais
contornos dos continentes e da maioria das ilhas eram conhecidos, embora
pelos padrões modernos não muito corretamente. O tamanho e a altura das
283
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
d) O mapa do mundo, no século XVIII, era esboçado por linhas que definiam
os caminhos a serem trilhados por negociantes e exploradores, esboço que
se diferenciava do delineamento preciso de poucas áreas litorâneas dos
284
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
continentes.
A primeira coisa a observar sobre o mundo na década de 1780 é que ele era
ao mesmo tempo menor e muito maior que o nosso. Era menor
geograficamente, porque até mesmo os homens mais instruídos e bem
informados da época − digamos, um homem como o cientista e viajante
Alexander von Humboldt (1769-1859) − conheciam somente pedaços do
mundo habitado. (Os mundos "conhecidos" de comunidades menos
evoluídas e expansionistas do que a Europa Ocidental eram obviamente
ainda menores, reduzindo-se a minúsculos segmentos da terra onde os
analfabetos camponeses sicilianos ou o agricultor das montanhas de Burma
viviam suas vidas, e para além dos quais tudo era e sempre seria
eternamente desconhecido.) A maior parte da superfície dos oceanos, mas
não toda, de forma alguma, já tinha sido explorada e mapeada graças à
notável competência dos navegadores do século XVIII como James Cook,
embora os conhecimentos humanos sobre o fundo do mar tenham
permanecido insignificantes até a metade do século XX. Os principais
contornos dos continentes e da maioria das ilhas eram conhecidos, embora
pelos padrões modernos não muito corretamente. O tamanho e a altura das
cadeias das montanhas da Europa eram conhecidos com alguma precisão, as
localizadas em partes da América Latina o eram muito grosseiramente, as da
Ásia, quase totalmente desconhecidas, e as da África (com exceção dos
montes Atlas), totalmente desconhecidas para fins práticos. Com exceção
dos da China e da Índia, o curso dos grandes rios do mundo era um mistério
para todos a não ser para alguns poucos caçadores, comerciantes ou
285
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
andarilhos, que tinham ou podem ter tido conhecimento dos que corriam
por suas regiões. Fora de algumas áreas − em vários continentes elas não
passavam de alguns quilômetros terra a dentro, a partir da costa − o mapa
do mundo consistia de espaços brancos cruzados pelas trilhas demarcadas
por negociantes ou exploradores. Não fosse pelas informações descuidadas
de segunda ou terceira mão colhidas por viajantes ou funcionários em
postos remotos, estes espaços brancos teriam sido bem mais vastos do que
de fato o eram.
286
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Filosofia de borracharia
Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu,
embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a
Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não
menos sgonfiati. O que pode a fome, em especial na juventude: à beira de
um himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças filosóficas
na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro
dos companheiros de viagem, me pus a teorizar.
287
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
inflado e inflamado num papo delirante. Fosse hoje, talvez tivesse dito,
infelizmente com conhecimento de causa, que a partir de determinado
ponto carecemos todos de alguma espécie de fortificante, de um novo
alento para o corpo, quem sabe para a alma.
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre,
Arquipélago, 2011, p. 85-86)
Filosofia de borracharia
288
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Dali saímos − éramos dois jovens casais num distante verão europeu,
embarcados numa aventura que, de camping em camping, nos levaria a
Istambul – para dar carga nova a nossos estômagos, àquela altura não
menos sgonfiati. O que pode a fome, em especial na juventude: à beira de
um himalaia de sofrível espaguete fumegante, julguei ver fumaças filosóficas
na sentença do tosco borracheiro. E, entre garfadas, sob o olhar zombeteiro
dos companheiros de viagem, me pus a teorizar.
(Adaptado de: WERNECK, Humberto – Esse inferno vai acabar. Porto Alegre,
Arquipélago, 2011, p. 85-86)
289
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
I. A frase dita pelo borracheiro nada indiciou aos jovens turistas, que
não sabiam em que país estavam − o que só veio a se esclarecer
durante a refeição tipicamente italiana.
II. A familiaridade que um dos jovens revelou ter com o idioma italiano
permitiu-lhe deduzir da frase do borracheiro uma súmula filosófica.
b) I e II, apenas.
c) II e III, apenas.
d) I e III, apenas.
e) III, apenas.
290
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Um dia convidei um grupinho dos mais chegados pra ir à minha casa ouvir
música. “Música clássica”, adverti. Preparei um programinha meio didático,
dentro da sequência histórica, com peças mais ou menos breves que iam do
canto gregoriano a Villa-Lobos. Comentava as diferenças de estilo, de
sentimento, de complexidade. A sessão toda durou quase duas horas,
incluindo minhas tagarelices. Gostaram muito.
Dois ou três dias depois, um deles (pobre, como os outros) apareceu na aula
com um embrulho na mão. “Professor, comprei hoje isso pra mim. O senhor
acha que essa música é boa?” Era um LP de Tchaikovsky, talvez com sinfonias
ou aberturas, não me lembro. Disse que sim, e ele saiu todo sorridente.
Imaginei a cena do dia: ele entrando numa casa de disco do centro da cidade
e pedindo um “disco de música clássica”. Venderam-lhe uma gravação barata,
nacional.
291
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
d) (...) é preciso que não obstruam nosso acesso a todos os gêneros musicais.
Um dia convidei um grupinho dos mais chegados pra ir à minha casa ouvir
música. “Música clássica”, adverti. Preparei um programinha meio didático,
dentro da sequência histórica, com peças mais ou menos breves que iam do
canto gregoriano a Villa-Lobos. Comentava as diferenças de estilo, de
sentimento, de complexidade. A sessão toda durou quase duas horas,
incluindo minhas tagarelices. Gostaram muito.
Dois ou três dias depois, um deles (pobre, como os outros) apareceu na aula
com um embrulho na mão. “Professor, comprei hoje isso pra mim. O senhor
acha que essa música é boa?” Era um LP de Tchaikovsky, talvez com sinfonias
ou aberturas, não me lembro. Disse que sim, e ele saiu todo sorridente.
Imaginei a cena do dia: ele entrando numa casa de disco do centro da cidade
e pedindo um “disco de música clássica”. Venderam-lhe uma gravação barata,
nacional.
292
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
b) I e III.
c) I e II.
d) I.
293
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
e) II.
Um dia convidei um grupinho dos mais chegados pra ir à minha casa ouvir
música. “Música clássica”, adverti. Preparei um programinha meio didático,
dentro da sequência histórica, com peças mais ou menos breves que iam do
canto gregoriano a Villa-Lobos. Comentava as diferenças de estilo, de
sentimento, de complexidade. A sessão toda durou quase duas horas,
incluindo minhas tagarelices. Gostaram muito.
Dois ou três dias depois, um deles (pobre, como os outros) apareceu na aula
com um embrulho na mão. “Professor, comprei hoje isso pra mim. O senhor
acha que essa música é boa?” Era um LP de Tchaikovsky, talvez com sinfonias
ou aberturas, não me lembro. Disse que sim, e ele saiu todo sorridente.
Imaginei a cena do dia: ele entrando numa casa de disco do centro da cidade
e pedindo um “disco de música clássica”. Venderam-lhe uma gravação barata,
nacional.
294
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
GABARITO
181) B 182) D183) E 184) C 185) B 186) C 187) E 188) D 189) A190) A
295
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
A lanterninha
Apaguei todas as luzes, e não foi por economia; foi porque me deram uma
lanterna de bolso, e tive a ideia de fazer a experiência de luz errante.
A lanterna passava pelas coisas com uma fantasia criativa e destrutiva que
subvertia o real. Mas que é o real, senão o acaso da iluminação? Apurei que
as coisas não existem por si, mas pela claridade que as modela e projeta em
nossa percepção visual. E que a luz é Deus.
296
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Ficção universitária
É claro que universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos
especialistas, produzir mais inovação e atrair os alunos mais qualificados,
tornando-se assim instituições que se destacam também no ensino. O
Ranking Universitário mostra essa correlação de forma cristalina: das 20
universidades mais bem avaliadas em termos de ensino, 15 lideram no
quesito pesquisa (e as demais estão relativamente bem posicionadas). Das
20 que saem à frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa.
Daí não decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, seja
capaz de ensinar. O gasto médio anual por aluno numa das três
universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as despesas que
contribuem direta e indiretamente para a boa pesquisa, incluindo inativos e
aportes de Fapesp, CNPq e Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um
aluno do ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em
renúncias fiscais.
297
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não
dispõe de recursos para colocar os quase sete milhões de universitários em
instituições com o padrão de investimento das estaduais paulistas.
298
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Ficção universitária
É claro que universidades que fazem pesquisa tendem a reunir a nata dos
especialistas, produzir mais inovação e atrair os alunos mais qualificados,
tornando-se assim instituições que se destacam também no ensino. O
Ranking Universitário mostra essa correlação de forma cristalina: das 20
universidades mais bem avaliadas em termos de ensino, 15 lideram no
quesito pesquisa (e as demais estão relativamente bem posicionadas). Das
20 que saem à frente em inovação, 15 encabeçam também a pesquisa.
Daí não decorre que só quem pesquisa, atividade estupidamente cara, seja
capaz de ensinar. O gasto médio anual por aluno numa das três
universidades estaduais paulistas, aí embutidas todas as despesas que
contribuem direta e indiretamente para a boa pesquisa, incluindo inativos e
aportes de Fapesp, CNPq e Capes, é de R$ 46 mil (dados de 2008). Ora, um
aluno do ProUni custa ao governo algo em torno de R$ 1.000 por ano em
renúncias fiscais.
Não é preciso ser um gênio da aritmética para perceber que o país não
dispõe de recursos para colocar os quase sete milhões de universitários em
instituições com o padrão de investimento das estaduais paulistas.
299
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
300
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: “A
crase não existe para humilhar ninguém”. Entenda-se: há normas gramaticais
cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso escrito, valendo como
ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de
alguém.
301
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: “A arte não existe para
humilhar ninguém”, entendendo-se com isso que os artistas existem para
estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligência do mundo, e não
para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos
no terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam,
não aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a
pena discutir: estamos mesmo em condições de escolher livremente as
músicas de que gostamos?
Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um carro
passa com o som altíssimo de graves repetidos praticamente sem variação,
num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar: houve aí uma
escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu som motorizado pela
cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece
muitos outros ritmos, as canções de outros países, os compositores de outras
épocas, as tendências da música brasileira, os incontáveis estilos musicais já
inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que está
vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e
enganoso do “vende porque é bom, é bom porque vende”?
302
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: “A
crase não existe para humilhar ninguém”. Entenda-se: há normas gramaticais
cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso escrito, valendo como
ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de
alguém.
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: “A arte não existe para
humilhar ninguém”, entendendo-se com isso que os artistas existem para
estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligência do mundo, e não
para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos
no terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam,
não aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a
pena discutir: estamos mesmo em condições de escolher livremente as
músicas de que gostamos?
303
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um carro
passa com o som altíssimo de graves repetidos praticamente sem variação,
num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar: houve aí uma
escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu som motorizado pela
cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece
muitos outros ritmos, as canções de outros países, os compositores de outras
épocas, as tendências da música brasileira, os incontáveis estilos musicais já
inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que está
vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e
enganoso do “vende porque é bom, é bom porque vende”?
304
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
III. O que importa para a definição do nosso gosto é que se abram para
nós todas as opções possíveis, para que a partir delas escolhamos a que
de fato mais nos apraz.
b) II.
c) I e III.
d) I.
e) II e III.
O poeta Ferreira Gullar disse há tempos uma frase que gosta de repetir: “A
crase não existe para humilhar ninguém”. Entenda-se: há normas gramaticais
cuja razão de ser é emprestar clareza ao discurso escrito, valendo como
ferramentas úteis e não como instrumentos de tortura ou depreciação de
alguém.
Acho que o sentido dessa frase pode ampliar-se: “A arte não existe para
humilhar ninguém”, entendendo-se com isso que os artistas existem para
estimular e desenvolver nossa sensibilidade e inteligência do mundo, e não
para produzir obras que separem e hierarquizem as pessoas. Para ficarmos
no terreno da música: penso que todos devem escolher ouvir o que gostam,
não aquilo que alguém determina. Mas há aqui um ponto crucial, que vale a
pena discutir: estamos mesmo em condições de escolher livremente as
músicas de que gostamos?
305
BR CONCURSO APOSTILA DIGITAL
Para haver escolha real, é preciso haver opções reais. Cada vez que um carro
passa com o som altíssimo de graves repetidos praticamente sem variação,
num ritmo mecânico e hipnótico, é o caso de se perguntar: houve aí uma
escolha? Quem alardeia os infernais decibéis de seu som motorizado pela
cidade teve a chance de ouvir muitos outros gêneros musicais? Conhece
muitos outros ritmos, as canções de outros países, os compositores de outras
épocas, as tendências da música brasileira, os incontáveis estilos musicais já
inventados e frequentados? Ou se limita a comprar no mercado o que está
vendendo na prateleira dos sucessos, alimentando o círculo vicioso e
enganoso do “vende porque é bom, é bom porque vende”?
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d) cria uma impossibilidade de opções reais, razão pela qual cada um de nós
aprimora seu gosto pessoal.
e) representa uma riqueza cultural para quem foi contemplado com uma
inata e especial sensibilidade.
Para Harris, os jovens vêm programados para ser socializados não pelos pais,
como pregam nossas instituições e nossa cultura, mas pelos pares, isto é,
pelas outras crianças com as quais convivem. Um dos muitos argumentos
que ela usa para apoiar sua teoria é o fato de que filhos de imigrantes não
terminam falando com a pronúncia dos genitores, mas sim com a dos jovens
que os cercam.
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e) a escola particular, mesmo sendo cara, acaba por desenvolver nos alunos
uma subcultura crítica em relação ao ensino.
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sobre o comportamento dos filhos, ainda que não chegue a ser nula, é
menor do que a imaginada e se dá por vias diferentes das esperadas. Quem
primeiro levantou essa hipótese foi a psicóloga Judith Harris no final dos
anos 90.
Para Harris, os jovens vêm programados para ser socializados não pelos pais,
como pregam nossas instituições e nossa cultura, mas pelos pares, isto é,
pelas outras crianças com as quais convivem. Um dos muitos argumentos
que ela usa para apoiar sua teoria é o fato de que filhos de imigrantes não
terminam falando com a pronúncia dos genitores, mas sim com a dos jovens
que os cercam.
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Para Harris, os jovens vêm programados para ser socializados não pelos pais,
como pregam nossas instituições e nossa cultura, mas pelos pares, isto é,
pelas outras crianças com as quais convivem. Um dos muitos argumentos
que ela usa para apoiar sua teoria é o fato de que filhos de imigrantes não
terminam falando com a pronúncia dos genitores, mas sim com a dos jovens
que os cercam.
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II. O fato de um mau aluno se deixar atrair pela amizade de outro mau
aluno prova que as deficiências da vida familiar antecedem e
determinam o mau aproveitamento escolar.
b) III.
c) II e III.
d) I e II.
e) I e III.
GABARITO
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191) A 192) D 193) E 194) E 195) B 196) A197) C 198) C 199) E 200) B
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