Você está na página 1de 28

lOMoARcPSD|17765660

9 ano - Exercícios

Direito (Universidade Estácio de Sá)

StuDocu is not sponsored or endorsed by any college or university


Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)
lOMoARcPSD|17765660

Artigo de Opinião

O artigo de opinião é um tipo de texto dissertativo-argumentativo. Nele, o autor tem a finalidade de apresentar
determinado tema e seu ponto de vista, e por isso, recebe esse nome.
Possui as características de um texto jornalístico e tem como principal objetivo informar e persuadir o leitor sobre um
assunto. Note que esse tipo de texto é muito pedido nos vestibulares e concursos públicos.
A Argumentação é o principal recurso retórico utilizado nos artigos de opinião, que surgem sobretudo, nos textos
disseminados pelos meios de comunicação, sejam na televisão, rádio, jornais ou revistas. Por esse motivo, esse tipo de
texto geralmente aborda temas da atualidade.

Principais Características
As principais características dos artigos de opinião são:
 Uso da argumentação e persuasão
 Textos em primeira e terceira pessoa
 Textos assinados pelo autor
 Textos veiculados nos meios de comunicação
 Linguagem simples, objetiva e subjetiva
 Temas da atualidade
 Títulos polêmicos e provocativos
 Verbos no presente e no imperativo

Estrutura: Como escrever um Artigo de Opinião?


Geralmente, os artigos de opinião seguem o padrão da estrutura dos textos dissertativos argumentativos, a saber:
 Introdução (exposição): apresentação do tema que será discorrido durante o artigo.
 Desenvolvimento (interpretação): Momento em que a opinião e a argumentação são os principais recursos
utilizados.
 Conclusão (opinião): finalização do artigo com apresentação de ideias para solucionar os problemas sobre o tema
proposto.

ATIVIDADE DE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - GÊNERO TEXTUAL: ARTIGO DE OPINIÃO

TEXTO I
CIDADANIA X CORRUPÇÃO
Indignar-se é preciso! Exercer cidadania, que só encontra cenário propício em sistema democrático, implica a noção
mínima dos direitos de cidadão e a capacidade de reivindicá-los dos poderes constituídos. Ora, o efetivo acesso ao
Judiciário, último arquejo do cidadão, à educação, direito de todos e dever do Estado, à saúde, à informação, dentre
outros, depende da vontade política posta e do grau de consciência e reivindicação de um povo.
Daí causar indignação o fato de se saber que com a presença da corrupção quantidades incalculáveis de dinheiro deixam
de chegar ao cidadão em formas de bens e serviços de obrigação do Estado, indo, ao reverso, para os bolsos de
inescrupulosos indivíduos ou quadrilhas, que teimam em sangrar o que é do povo. Corrupção não é prerrogativa do
Brasil, o que não é consolo. Tem-se notícia, só para ficar entres os Brics, que em países como a China, de crescimento de
vanguarda, os níveis de corrupção são imensos.
Penso que a educação para a não corrupção deve começar dentro de casa, na família, nos mais singelos gestos, passar de
forma efetiva e vigorosa pela escola, no nível mais elementar até os superiores, e por campanhas constantes dos meios de
comunicação, de tal sorte que seja inculcada, de maneira sólida e permanente, a ideia de que se deve ser ético e via de
consequência sempre se afastar da corrupção, seja na vida privada, seja, principalmente, na vida pública, na qual aquele
que a tal se habilita se compromete a buscar incessantemente tudo que corrobore para a consecução dos interesses do
povo, vale dizer, tudo que facilite o pleno acesso à cidadania.
Estamos cansados de ver corrupção por todos os lados. O cidadão que paga seus impostos e que vive do seu trabalho não
merece ser vilipendiado por inescrupulosos da lei do vale tudo. Educação para a não corrupção e para cidadania, leis mais
duras, Ministério Público e Judiciário mais implacáveis com os corruptos! São caminhos...
Emmanuel Furtado - Desembargador do TRT e professor da UFC
Jornal O Povo – 12/02/2015 - ARTIGO DE OPINIÃO

01. O texto pode ser classificado como artigo de opinião porque


a) narra histórias de corrupção quem envolvem tanto o meio político quanto o cidadão comum.
b) emite opinião sobre a cidadania e a corrupção, mas não deixa claro o ponto de vista.
c) informa o cidadão sobre casos de corrupção que assolam o nosso país.
d) a opinião defendida no texto tem relação com os interesses políticos do autor.
e) comenta criticamente um tema, defendendo um ponto de vista a partir de argumentos.

02. A tese defendida pelo autor pode ser encontrada no seguinte trecho

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)


lOMoARcPSD|17765660

a) “Tem-se notícia, só para ficar entres os Brics, que em países como a China, de crescimento de vanguarda, os níveis de
corrupção são imensos”.
b) “Exercer cidadania, que só encontra cenário propício em sistema democrático, implica a noção mínima dos direitos de
cidadão e a capacidade de reivindicá-los dos poderes constituídos”.
c) “Daí causar indignação o fato de se saber que com a presença da corrupção quantidades incalculáveis de dinheiro
deixam de chegar ao cidadão em formas de bens e serviços de obrigação do Estado...”
d) “Penso que a educação para a não corrupção deve começar dentro de casa, na família, nos mais singelos gestos, passar
de forma efetiva e vigorosa pela escola, no nível mais elementar até os superiores, e por campanhas constantes dos meios
de comunicação...”
e) “O cidadão que paga seus impostos e que vive do seu trabalho não merece ser vilipendiado por inescrupulosos da lei do
vale tudo”.

03. Durante todo o texto, o autor deixa marcada a sua opinião sobre o tema em questão. Retire do texto, pelo menos, 4
frases em que essa opinião ( o ponto de vista)está bem clara.

04. O vocábulo que pode substituir o adjetivo “vilipendiado” sem causar prejuízo ao sentido da frase é:
a) desprezado
b) valorizado
c) enganado
d) rejeitado
e) estimulado

05. A principal solução apontada no texto por Emmanuel Furtado sobre a questão da corrupção é:

a) Fazer campanhas constantes nos meios de comunicação, conscientizando o cidadão dos seus deveres e direitos.
b) Os corruptos devem ser punidos com rigor e devem reparar todo prejuízo causado ao país e aos cidadãos.
c) As penas aplicadas para todos que se envolvem em casos de corrupção devem ser bem mais severas.
d) As atitudes cidadãs devem ser ensinadas em casa, através de pequenos gestos no dia a dia e nas escolas, a fim de
formar o bom caráter das pessoas.
e) A população deve ir à rua para protestar contra a corrupção e exigir dos políticos leis mais duras para esses casos.

06. Faz parte dos argumentos do autor:

I. A corrupção não é um problema apenas do Brasil.


II. O cidadão que paga os seus impostos é ultrajado pelos inescrupulosos.
III. A corrupção ocorre somente no meio político.
IV. O Ministério Público e o Judiciário são implacáveis com os corruptos.

a) Estão corretos os itens I e VI.


b) Estão corretos os itens I e III.
c) Estão corretos os itens II e III.
d) Estão corretos os itens III e IV.
e) Estão corretos os itens I e II.

TEXTO II
O APAGÃO DA LEITURA
Ler e não entender é chaga que afeta até a elite bem formada do país: o que você pode fazer para interpretar melhor os
textos que lê?

O Brasil vive prosperidade mendiga na leitura. A escolaridade média do brasileiro melhorou como nunca na última
década, assim como a inclusão no sistema de ensino. O brasileiro comprou mais de 469 milhões de exemplares de livros
em 2011. O Plano Nacional do Livro e Leitura mapeou 900 atividades listadas pelo Estado para incentivo à leitura.
Entretanto os sintomas do avanço parecem a ponta do iceberg do atraso: se é verdade que nunca se leu tanto no país como
na era da internet, também é fato que nossa qualidade de leitura, historicamente ruim, ganhou agora precisão de pesquisa.
O Indicador do Alfabetismo Funcional 2011-2012, do Instituto Paulo Montenegro, em parceria com a ONG Ação
Educativa, mostra que só 1 em cada 3 brasileiros com ensino médio completo é de fato alfabetizado (35%) e 2 em cada 5
com formação superior (38%) têm nível insuficiente em leitura. É gente que ocupa o refinado nicho das pessoas
qualificadas do país - parcela significativa da população, mas que, simplesmente, não entendem o que leem. (...)

NATALI, Adriana. Revista Língua Portuguesa. Editora Segmento, edição de setembro de 2012.

07. Com base na leitura do texto, depreende-se que a autora, predominantemente,


Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)
lOMoARcPSD|17765660

a) defende um ponto de vista sobre um assunto com argumentos convincentes.


b) explica uma ideia que já foi comprovada por instituição de pesquisa.
c) narra um episódio que exemplifica o problema citado.
d) descreve um problema presente no Brasil, sem defender nenhum ponto de vista.
e) indica comandos que devem ser seguidos para minimizar o problema em questão.

08. Para substituir a palavra “chaga” em “Ler e não entender é chaga que afeta até a elite bem formada do país:...”, pode-
se utilizar, mantendo o mesmo sentido, o termo:

a) ferida
b) problema
c) questão
d) desafio
e) insatisfação

09. Com base na interpretação do período “O Brasil vive prosperidade mendiga na leitura”, pode-se reconhecer que a
autora defende a tese de que

a) O povo brasileiro está praticando uma leitura diversificada e com mais qualidade.
b) Não houve nenhum avanço com relação à leitura dos brasileiros.
c) O brasileiro não adquire, em sua formação acadêmica, as habilidades leitoras necessárias para se tornar um leitor
crítico.
d) O nível de leitura dos brasileiros está prosperando a cada dia devido à presença da internet.
e) O brasileiro está lendo mais, porém ainda apresenta dificuldade em compreender e interpretar o que lê.

10. Para comprovar a ideia de que o brasileiro está lendo mais, a autora fez uso de quais informações?

a) Opinião de especialistas.
c) Referências históricas.
c) Dados estatísticos.
d) Citação de livros ou filmes.
e) Exemplos de casos reais.

11. “Entretanto os sintomas do avanço parecem a ponta do iceberg do atraso:...”. A conjunção “entretanto”, ao introduzir
a oração destacada, estabelece uma ideia de

a) Contrariedade em relação à informação que será mencionada posteriormente.


b) Acréscimo de informação que complementa a ideia da oração anterior.
c) Conclusão de um pensamento que foi mencionado anteriormente.
d) Contrariedade em relação à informação mencionada anteriormente.
e) Comparação entre dois problemas que persistem na educação dos brasileiros.

12. “Entretanto os sintomas do avanço parecem a ponta do iceberg do atraso:...”. A expressão em destaque quer dizer que

a) o problema discutido é simples e de fácil resolução.


b) não houve avanços no nível de leitura dos brasileiros, somente atraso.
c) o problema em questão é bem maior e mais sério do que aparenta ser.
d) o atraso na leitura dos brasileiros é devido à falta de estudo.
e) houve muitos avanços na questão da leitura e os problemas que persistem são irrisórios.

13. “É gente que ocupa o refinado nicho das pessoas qualificadas do país...”. A expressão destacada tem o mesmo sentido
de

a) posição social
b) espaço natural
c) lugar de destaque
d) minoria letrada
e) grupo majoritário

GABARITO: 01. E; 02. B; 03._______ 04. A; 05. D; 06. E; 07. A; 08. B; 09. E; 10. C; 11. D; 12. C; 13. D.

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)


lOMoARcPSD|17765660

Língua Portuguesa – Atividade textual – Leitura , análise e produção escrita - 8º ano

Gênero Artigo de Opinião

Fácil assim?

Articulista: Samy Santos

“A polícia quando quer, faz”. Por trás dessa máxima se esconde o senso comum, falta de pessoal e
estrutura adequada para coibir a criminalidade. A expressão do primeiro período desse texto já está “consagrada”
no meio social, visto que parte considerável da população só vê a polícia como uma Instituição corrupta e
inoperante.

Esse debate volta à tona em razão dos acontecimentos recentes. O delegado de Camaçari, Cleiton Silva, foi
morto numa tentativa de assalto, e em menos de 12 horas todos os bandidos que participaram do crime já haviam
sido presos.

O Estado brasileiro não oferece condições adequadas de trabalho aos policiais, uma vez que não há pessoal
suficiente, treinamento rigoroso, faltam viaturas, apoio logístico, armamento e todo aparato responsável em
oportunizar uma atuação mais competente e eficaz. Assim, é no mínimo incoerente exigir tanto da polícia
brasileira.

Não é objetivo desta discussão, no entanto, mascarar e tampouco esconder falhas da polícia que
independem da falta de condições de trabalho ofertadas pelo Estado, como abuso de autoridade, corrupção,
atividades ilícitas ou violência gratuita, mas o de enfatizar que há sérias razões que impedem e limitam o trabalho
da polícia brasileira.

Nesse ínterim, surge o questionamento: por qual razão a polícia consegue dar resposta rápida a
criminalidade apenas em alguns casos? Como a falta de estrutura é singular na Instituição, sempre se acaba dando
prioridade a alguns casos, tal prioridade é mais notável em crimes cometidos contra policiais, autoridades, pessoas
de representatividade social ou ainda que causam grande comoção popular.

Dessa forma, o foco da discussão deveria ser outro. A questão a ser discutida não é, certamente, a resposta
rápida que a polícia tem dado em alguns casos, porém a implementação de medidas que possibilite que tal
Instituição aja sempre de forma rápida e eficiente.

A violência alcançou níveis insustentáveis no Brasil, e os crimes cometidos não fazem acepção de pessoa,
religião, etnia, gênero ou conta bancária. É preciso, então, que o Estado faça investimentos em áreas sensíveis,
como segurança pública, saúde, educação, entretenimento, cultura, cidadania e emprego. As ações elencadas aqui
não contribuirão apenas para amenizar a criminalidade, mas para elevar os níveis de desenvolvimento do país. É
hora de avançar.

Proposta de Atividade

1) Em um texto de opinião a “Tese” é a ideia defendida pelo autor. Qual alternativa resume a tese do autor Samy
Santos?

a) “A polícia quando quer faz.”; b) “Esse debate volta à tona em razão dos acontecimentos recentes;”

c) “É hora de avançar;” d) “É no mínimo incoerente exigir tanto da polícia brasileira.”

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)


lOMoARcPSD|17765660

2) Qual é o principal argumento do autor para sustentar sua tese?

a) Crimes cometidos contra policiais, autoridades, pessoas de representatividade social, ou ainda que causam grande
comoção popular;

b) Implementação de medidas que possibilite que tal instituição aja de forma rápida e eficiente;

c) É preciso investir na saúde;

d) Após 12 horas todos os bandidos sempre são presos.

3) De acordo com o autor quais os motivos que causam a violência?

a) A falta de segurança pública, saúde, educação, entretenimento, cultura, cidadania e emprego;

b) Pessoa com representatividade social;

c) Não exigir muito da polícia brasileira;

d) Falta de viaturas e armamento

4) O texto “Fácil Assim?” pertence ao gênero artigo de opinião. A finalidade desse gênero é:

a) Retratar fatos do cotidiano;

b) Descrever aspectos da vida de pessoas conhecidas ( nome, idade, profissão, etc)

c) Defender uma opinião, por meio de argumentos que convençam o leitor;

d) Relatar os acontecimentos ocorridos durante o dia.

5) No trecho “Não é objetivo desta discussão, no entanto, mascarar e tampouco esconder falhas da polícia que
independem da falta de condições de trabalho “[...] Que efeito de sentido provoca a conjunção no entanto no texto?

a) Contradição; b) Explicação; c) Conclusão; d) Adição.

6) De acordo com a leitura do texto, podemos afirmar que a posição do autor em relação ao fato apresentado é:

a) A polícia sempre resolve todos os problemas;

b) A polícia, conforme a expressão utilizada “quando quer faz”;

c) Defende a ideia de uma alternativa diferente para solucionar os problemas;

d) Pensa que não há solução para a corrupção na polícia.

Produção textual

1) Escreva um texto de opinião abordando a violência na sua comunidade. Apresente as causas e sugestões para solução
desse problema.

2) Leia o seguinte fragmento da canção “Polícia” (Titãs)

“polícia para quem precisa

polícia para quem precisa de polícia?”

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)


lOMoARcPSD|17765660

Observe que existe uma relação com o texto “Fácil assim?”, principalmente no trecho “ a polícia quando quer faz”. Dessa
forma, produza um texto de opinião acerca do tema:

Como é a ação da polícia em seu bairro?

Interpretação de artigo de opinião | Tema: sustentabilidade


A sustentabilidade pessoal

Você já ouviu falar em uma mulher chamada Gro Harlem Brundtland? Ela foi primeira-ministra da Noruega há uns 20
anos e presidiu a comissão do ONU que criou o conceito de "sustentabilidade". O que ela diz é bastante simples — que
nós devemos "satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a capacidade de garantir as necessidades do
futuro". Simples, mas não fácil. Por isso, atenção, pois, ainda que o Relatório Brundtland refira-se à sustentabilidade
planetária, quem lidera empresas, equipes ou simplesmente a si mesmo não pode ignorá-lo.

Pensar no futuro não é só tarefa dos futurólogos ou preocupação dos ecologistas. É atributo de quem pensa
estrategicamente. Todos temos necessidades e procuramos atendê-las rapidamente, pois provocam desconforto.
Antigamente precisávamos de comida, roupas, abrigo. Hoje acrescentamos outras prioridades — educação, lazer,
relações, tecnologia, comunicação, transporte. Além disso, mudou a frequência das necessidades. Consumimos hoje
coisas que precisaremos de novo amanhã e depois de amanhã. E assim por diante.

Essa lógica nos obriga a pensar sobre a linha do tempo, pois temos de atender às necessidades pessoais de hoje lembrando
das outras no futuro, próximo ou remoto. Vem daí a ideia da sustentabilidade pessoal. Nosso progresso não pode
comprometer nossa fonte de riqueza. Medir se uma prestação cabe no orçamento e enfiar-se em uma dívida para comprar
algo que precisamos no momento pode prejudicar o orçamento por um bom tempo. E, como consequência, sacrificar as
necessidades do amanhã.

O conselho de Gro é para ser levado a sério na vida pessoal também, pois, no fundo, ele quer dizer que você até pode
gastar hoje o que vai ganhar amanhã, desde que não perca de vista que amanhã você vai ter outras coisas para gastar.
Desejos e recursos são passageiros do mesmo barco. Isso vale para o planeta, para uma empresa, para uma família e para
cada um de nós. Além disso, sempre é bom lembrar que liderança começa por autoliderança. E que pensar
estrategicamente é um ótimo começo.

Eugenio Mussak. A sustentabilidade pessoal. Revista Você S/A, mar. 2008.

1. O artigo de Eugenio Mussak é introduzido por uma pergunta.


a) Qual é a pergunta?
b) A sequência do texto mostra que se espera do leitor uma resposta afirmativa ou negativa a essa pergunta? Justifique
sua resposta.
c) Por que essa pergunta é importante para o desenvolvimento do artigo?
d) O autor trata o conceito de sustentabilidade no mesmo contexto em que ele foi proposto por Gro Brundtland?
Justifique sua resposta com elementos do texto.

2. Releia.

"O que ela diz é bastante simples - que nós devemos 'satisfazer as necessidades do presente sem comprometer a
capacidade de garantir as necessidades do futuro'. Simples, mas não fácil."

a) Quais são os motivos enumerados no artigo que justificam a dificuldade de se aplicar essa ideia?
b) O texto se vale de fatos concretos (pesquisas, dados estatísticos, episódios históricos, etc.) para fundamentar esses
motivos? Explique sua resposta levantando hipóteses sobre a escolha feita pelo autor.

3. Gro Harlem Brundtland conceituou a sustentabilidade planetária; o articulista parte dessa definição e
desenvolve outros conceitos.

a) Como ele conceitua a sustentabilidade pessoal?


b) De que modo o articulista afirma ter chegado ao conceito de sustentabilidade pessoal? Indique o trecho que justifica
sua resposta.

4. Releia o último parágrafo do texto.


Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)
lOMoARcPSD|17765660

a) Quais ideias exploradas na introdução ou no desenvolvimento do texto são resgatadas na conclusão? Anote-as abaixo:

Ideias exploradas - introdução e desenvolvimento >>>>


Ideias resgatadas na conclusão >>>>

b) Considere sua resposta ao item a e responda: que função tem o parágrafo que conclui o artigo?

Gabarito:

1.
a) "Você já ouviu falar em uma mulher chamada Gro Harlem Brundtland?"
b) Negativa, pois na sequência o texto apresenta Gro Harlem Brundtland.
c) Porque ela desencadeia uma explicação a respeito da origem e da aplicação da ideia de sustentabilidade.
d) Não, como vemos em "ainda que o Relatório Brundtland refira-se à sustentabilidade planetária, quem lidera
empresas, equipes ou simplesmente a si mesmo não pode ignorá-lo.

2.
a) Em primeiro lugar, tendemos a não pensar no futuro. Em segundo lugar, hoje nossas necessidades são mais numerosas
do que momentos históricos anteriores. Em terceiro lugar, nossas demandas são ininterruptamente renovadas.
b) O texto não cita fatos concretos. Os motivos são todos calcados no senso comum. Mesmo a comparação entre as
necessidades de "hoje" e as de "antigamente" é feita sem a citação de datas ou eventos históricos. O articulista trabalha
com ideias disseminadas na sociedade e aceitas por ela e parece, portanto, não sentir necessidade de comprová-las.

3.
a) Ele sintetiza a ideia de sustentabilidade pessoal do seguinte modo: "Nosso progresso não pode comprometer nossa
fonte de riqueza".
b) Com base no raciocínio lógico: "Essa lógica nos obriga a pensar [...]; Vem daí a ideia de sustentabilidade pessoal".

4.
a) Ideias exploradas na introdução e no desenvolvimento: "ainda que o Relatório de Brundtland refira-se à
sustentabilidade planetária, quem lidera empresas, equipes ou simplesmente a si mesmo não pode ignorá-lo"; "[...]
pensar estrategicamente é um ótimo começo". Ideias resgatadas na conclusão: "Isso vale para o planeta, para uma
empresa, para uma família e para cada um de nós"; "Pensar no futuro [...] é atributo de quem pensa estrategicamente.
b) A conclusão desse artigo funciona como uma síntese das ideias expostas na introdução e no desenvolvimento

Interpretação de artigo de opinião | O problema que ofusca o brilho


Aluna: Thairiny Cristiane Ribeiro
Professora: Flaviana Fagotti Bonifácio
Escola: Colégio Técnico de Limeira – Cotil; Cidade: Limeira – SP

O PROBLEMA QUE OFUSCA O BRILHO

Localizada no interior do Estado de São Paulo, Limeira já foi muito conhecida por ser a capital da laranja e por abrigar a
primeira fazenda que recebeu imigrantes como trabalhadores no final do século XIX. Com o passar dos anos, os setores
que sustentam a economia de Limeira mudaram, e hoje a cidade tornou-se a capital da joia folheada.

Grande parte da população da cidade trabalha e sustenta suas famílias com a fabricação de bijuterias, que inclui solda,
montagem e banho (tratamento químico que dá brilho às peças), com a comodidade de serem montadas em fabriquetas de
fundo de quintal e banhadas em grandes ou pequenas empresas, clandestinas ou legalizadas.

No entanto, uma questão muito discutida aqui é o impacto ambiental causado principalmente por empresas não
regularizadas, geralmente situadas em bairros da periferia da cidade. Por não terem condições básicas de funcionamento e
pela ganância dos proprietários que só visam ao lucro e não tratam seus resíduos químicos, despejam tais substâncias,
provenientes
do processo produtivo dos folheados, diretamente no esgoto de Limeira. Como conseqüência disso, as águas fluviais da
cidade apresentam grande quantidade de metais pesados, como cromo, níquel, cobre e chumbo – um risco para a saúde e
o bem-estar dos cidadãos, que, em contato com esses metais, podem ser acometidos de problemas gastrintestinais,
anemia, danos no sistema nervoso central, disfunção renal, entre outros.

Entretanto, são essas empresas poluidoras que mais empregam a população humilde da cidade, que por ter poucos
recursos de renda e educação aceita trabalhar nessas fábricas, mesmo correndo riscos de contaminação, muitas vezes sem
registro em carteira de trabalho e sem direitos básicos como décimo terceiro salário e licença-maternidade.
Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)
lOMoARcPSD|17765660

Já os proprietários alegam que os custos para o tratamento e regularização da empresa são altos, assim como as exigências
para a legalização são absurdas, inviabilizando a produção.

De acordo com a Associação Limeirense de Joias (Aljoias), o custo para o tratamento de resíduos químicos é viável, até
mesmo para as pequenas empresas, e o rigor é necessário para a legalização, já que esse setor expõe as pessoas a alto
risco, direta ou indiretamente.
Do meu ponto de vista, deve-se investir em projetos educacionais de formação profissional para que esses trabalhadores
possam competir no mercado de trabalho e exigir seus direitos. Também é necessário fiscalizar com eficácia, punir e até
mesmo promover o fechamento dessas empresas que não tratam seus resíduos e, portanto, desobedecem às leis
ambientais. Consequentemente, com a regularização e a profissionalização dos trabalhadores desse setor, a economia, a
saúde dos cidadãos e a infraestrutura de Limeira melhorarão.

Todos querem brilhar: ao comprar uma joia folheada, os consumidores querem brilhar; as empresas, ao crescerem,
gerarem empregos, aumentarem seus lucros, querem brilhar; o município quer aumentar os índices de desenvolvimento, e,
portanto, também quer brilhar. Mas não podemos permitir que as nossas águas percam o brilho, afetando a saúde da
população.

É claro que as medidas citadas não irão solucionar todos os problemas dos limeirenses com relação a essas empresas,
mas, pelo menos, a tentativa para resolvê-los vale; afinal de contas, como dizia Karl Marx, sociólogo alemão, de nada
valem as ideias sem homens que possam pô-las em prática.

QUESTÕES

Parágrafo 1º

1) Que expressões do parágrafo fazem referências ao espaço e ao tempo?


R. Espaço: Limeira, interior de São Paulo; Tempo: final do século XIX, com o passar dos anos, hoje.

2) Por que essas referências são importantes na organização do parágrafo?


R. A função desse parágrafo é informar onde fica a cidade de Limeira e indicar as transformações por que passou a
economia da cidade, ao longo do tempo: de capital da laranja a capital da joia folheada. Daí ser essencial apontar
referências espaciais e temporais .

Parágrafo 2º

3) Este parágrafo tem duas funções. Quais são elas?


R. Destacar a importância das fábricas de joias para Limeira e explicar o processo de fabricação dessas joias.

4) Quais são as expressões indicadoras dessas funções?


R. "grande parte da população"; "que inclui solda, montagem e banho" e "em grandes ou pequenas empresas, clandestinas
ou legalizadas". A primeira destaca a importância das fábricas para a cidade; a segunda nomeia as etapas de produção da
joia folheada; a terceira caracteriza os tipos de empresas que fabricam joias folheadas.

5) Como este parágrafo se articula com o anterior?


R. O segundo parágrafo justifica uma declaração feita no primeiro, "Limeira é a capital da joia folheada". Para isso,
começa destacando que " Grande parte da população da cidade trabalha e sustenta suas famílias com a fabricação de
bijuterias", o que dá a ideia da importância desse negócio para a economia da cidade.

Parágrafo 3º

6) O parágrafo pode ser dividido em duas partes. Qual o objetivo de cada uma delas?
R. A primeira objetiva indicar as causas do impacto ambiental e a segunda objetiva indicar as consequências desse
impacto.

7) Que expressões sinalizam o início de cada parte?


R. Causa: por ela e pela em "por não terem condições ... " e "pela ganância dos proprietários [...] " Consequência: Como
consequência em "Como consequência disso, as águas fluviais da cidade[...]"

8) Como este parágrafo se articula com o anterior? Que expressão marca essa articulação?
R. O segundo parágrafo aponta um fator positivo das fábricas de bijuterias: elas geram muitos empregos . O terceiro
parágrafo traz um fator negativo provocado por algumas dessas fábricas : o impacto ambiental . Por isso, a expressão
utilizada para articular essas partes é no entanto, palavra que liga ideias que se chocam.
Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)
lOMoARcPSD|17765660

Parágrafo 4º

9) A função do parágrafo é apresentar a razão que leva muitas pessoas a aceitarem trabalhar em empresas que não
respeitam direitos básicos. Que expressão sinaliza essa função?
R. Por em "por ter poucos recursos de renda e educação [...]".

10) Como o parágrafo se articula com o anterior? Que expressão marca essa articulação?
R. O terceiro parágrafo aponta um fator negativo das fábricas de bijuterias: elas produzem graves impactos ambientais. O
quarto parágrafo aponta um fator positivo: elas são as que mais empregam a população humilde da cidade . A expressão
utilizada para articular essas partes é entretanto, palavra que liga ideias que se chocam.

Parágrafo 5º

11) Qual é a função deste parágrafo?


R. Anunciar o posicionamento, o ponto de vista dos proprietários de fábricas de bijuterias.

12) Que expressão sinaliza essa função?


R. "Os proprietários alegam".

13) Como este parágrafo se articula com os dois anteriores? Que expressão sinaliza essa articulação?
R. Tanto o terceiro como o quarto parágrafos denunciam problemas gerados pelas fábricas de bijuterias: graves impactos
ambientais e não cumprimento de direito dos trabalhadores. O quinto parágrafo traz alegações dos empresários, razão do
uso da expressão já em "já os proprietários alegam", palavra que liga ideias diferentes.

Parágrafo 6º

14) Qual é a função deste parágrafo?


R. Este parágrafo tem a função de anunciar o posicionamento, o ponto de vista da Associação Limeirense de Joias acerca
da polêmica.

15) Que expressão sinaliza essa função?


R. "De acordo com".

16) Como o parágrafo se articula com o anterior?


R. Articulado com o quinto, o sexto parágrafo demonstra que a questão de que trata o texto é realmente polêmica, pois há
opiniões diversas sobre ela.

Parágrafo 7º

17) Qual é a função do parágrafo?


R. Anunciar o posicionamento, o ponto de vista da autora do texto.

18) Qual é a expressão sinalizadora dessa função?


R. "Do meu ponto de vista".

19) Como este parágrafo se articula com os dois anteriores?


R. O sétimo parágrafo reforça a polêmica gerada pela questão: já são três opiniões - dos empresários, da associação e da
autora do texto.

Parágrafo 8º

20) O oitavado parágrafo tem duas funções. Quais são elas?


R. Enumerar os que querem brilhar (consumidores, empresas e município) e contrastar a perda do brilho das águas com o
desejo de brilhar dos consumidores, empresas e município.

21) Que expressões sinalizam essas funções?


R. Enumeração: os consumidores, as empresas e o município. Contraste: mas em "mas não podemos permitir...".

22) Com que parte do texto o oitavo parágrafo se articula de modo explícito?
R. Com o título, "O problema que ofusca o brilho", pois esse parágrafo apresenta "todos que querem brilhar", os
consumidores, as empresas e o município, e o problema que ofusca esse desejo de brilhar, a poluição das águas. A
articulação se dá pela expressão "Todos querem brilhar" e pela repetição de "querem brilhar".
Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)
lOMoARcPSD|17765660

Parágrafo 9º

23) Qual é a função do último parágrafo?


R. A função desse parágrafo é combater possíveis críticas às propostas de resolução do problema feitas pela autora
(estratégia de proteção da autora).

24) Quais expressões sinalizam essa função?


R. "é claro que" e "mas, pelo menos".

25) Como a autora sustenta a ideia de que é preciso fazer algo, ainda que não se resolvam todos os problemas?
R. Com a citação de Karl Marx.

26) Qual é a função da expressão "como dizia" no parágrafo?


R. A função da expressão é introduzir a citação.

27) Como esse parágrafo se articula com o restante do texto?


R. Ele é o parágrafo de conclusão e retoma a questão polêmica, expressa em "[...] todos os problemas dos limeirenses
com relação a essas empresas", além de promover uma nova reflexão a partir da citação de Karl Marx.

Observação: para cumprir um objetivo no texto, os parágrafos podem ter diferentes formas de organização: tempo-espaço,
explicação, causa-consequência, ponto de vista, contraste e enumeração.

Exercícios – Texto Argumentativo e Estratégias Argumentativas


01. (UFG-GO) Leia o texto de Paul Horowitz, físico da Universidade de Harvard.
Existe vida inteligente fora da terra? “No Universo? Garantido. Na nossa galáxia? Extremamente provável. Por que não
encontramos aliens ainda? Talvez nossos equipamentos não tenham sensibilidade suficiente. Ou não sintonizamos o sinal
de rádio correto”.
SUPERINTERESSANTE. São Paulo: Editora Abril, n. 224, mar. 2006, p. 42.
Tendo em vista os argumentos utilizados por Paul Horowitz, pode-se deduzir que ele:
(A) garante a existência de aliens apoiando-se em comprovações científicas.
(B) prova que nosso encontro com extraterrestre é apenas uma questão de tempo.
(C) revela suas idéias em uma escala que varia em diferentes graus de certeza.
(D) sustenta seu ponto de vista com base em resultados verificados por equipamentos adequados.
E) reconhece a existência de vida alienígena em nossa galáxia.
02. (UFMG-MG)
O mercado é como Deus: invisível, onipotente, onisciente e, agora, como fim do bloco soviético, onipresente. Dele
depende nossa salvação. Damos mais ouvidos aos profetas do mercado – os indicadores financeiros – que à palavra das
Escrituras.
Idolatrias à parte, o mercado é seletivo. Não é uma feira livre, cujos produtos carecem de controle de qualidade e garantia.
É como shopping center, onde só entra quem tem (ou aparenta ter) poder aquisitivo.
BETTO, Frei. Estado de Minas, Belo Horizonte, 8 jun. 2006. Caderno Cultura, p. 10.
(Trecho – Texto adaptado)
Idolatrias à parte, o mercado é seletivo.” (linha 25)
É CORRETO afirmar que a expressão destacada, nessa frase, é usada para:
A) anunciar que a idolatria será abordada depois.
B) criticar a postura dos profetas do mercado.
C) desvincular o mercado da idéia de crença religiosa.
D) mudar o foco argumentativo do texto.
(FGV-SP) Texto para questão 03

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)


lOMoARcPSD|17765660

Os tiranos e os autocratas sempre compreenderam que a capacidade de ler, o conhecimento, os livros e os jornais são
potencialmente perigosos. Podem insuflar idéias independentes e até rebeldes nas cabeças de seus súditos. O governador
real britânico da colônia de Virgínia escreveu em 1671:
Graças a Deus não há escolas, nem imprensa livre; e espero que não [as] tenhamos nestes [próximos] cem anos; pois o
conhecimento introduziu no mundo a desobediência, a heresia e as seitas, e a imprensa divulgou-as e publicou os libelos
contra os melhores governos. Que Deus nos guarde de ambos!
Mas os colonizadores norte-americanos, compreendendo em que consiste a liberdade, não pensavam assim.
Em seus primeiros anos, os Estados Unidos se vangloriavam de ter um dos índices mais elevados – talvez o mais elevado
– de cidadãos alfabetizados no mundo.
Atualmente, os Estados Unidos não são o líder mundial em alfabetização. Muitos dos que são alfabetizados não
conseguem ler, nem compreender material muito simples – muito menos um livro da sexta série, um manual de
instruções, um horário de ônibus, o documento de uma hipoteca ou um programa eleitoral.
As rodas dentadas da pobreza, ignorância, falta de esperança e baixa auto-estima se engrenam para criar um tipo de
máquina do fracasso perpétuo que esmigalha os sonhos de geração a geração. Nós todos pagamos o preço de mantê-la
funcionando. O analfabetismo é a sua cavilha.
Ainda que endureçamos os nossos corações diante da vergonha e da desgraça experimentadas pelas vítimas, o ônus do
analfabetismo é muito alto para todos os demais – o custo de despesas médicas e hospitalização, o custo de crimes e
prisões, o custo de programas de educação especial, o custo da produtividade perdida e de inteligências potencialmente
brilhantes que poderiam ajudar a solucionar os dilemas que nos perseguem.
Frederick Douglass ensinou que a alfabetização é o caminho da escravidão para a liberdade. Há muitos tipos de
escravidão e muitos tipos de liberdade. Mas saber ler ainda é o caminho.
(Carl Sagan, O caminho para a liberdade. Em “O mundo assombrado pelos demônios: a ciência vista como uma vela no
escuro”. Adaptado)
03. É correto afirmar que Carl Sagan faz citação das idéias de um governador real britânico para:
a) corroborar as idéias que defende no desenvolvimento do texto.
b) ilustrar a tese com a qual inicia o texto e à qual se contrapõe na seqüência.
c) comprovar a importância da colonização inglesa para o desenvolvimento americano.
d) desmistificar a idéia de que liberdade de imprensa pode trazer liberdade de idéias, como defende na conclusão.
e) ironizar idéias ultrapassadas, mostrando, no desenvolvimento do texto, o descrédito de que gozaram em todos os
tempos.
(UFV-MG) O fragmento abaixo foi selecionado do texto “Mulheres no cárcere e a terapia do aplauso”, de Bárbara Santos.
Leia-o para responder às questões 04, 05 e 06.
Mulheres no cárcere e a terapia do aplauso
(por Bárbara Santos)
Elas estão no cárcere. O cárcere não está preparado para elas. Idealizado para o macho, o cárcere não leva em
consideração as especificidades da fêmea. Faltam absorventes. Não existem creches. Excluem-se afetividades. Celas
apertadas para mulheres que convivem com a superposição de TPMs, ansiedades, alegrias e depressões.
A distância da família e a falta de recursos fazem com que mulheres fiquem sem ver suas crianças. Crianças privadas do
direito fundamental de estar com suas mães. Crianças que perdem o contato com as mães para não crescerem no cárcere.
Uma presa, em Garanhuns, Pernambuco, luta para recuperar a guarda de sua criança, que foi encaminhada para adoção
por ela não ter familiares próximos. Uma criança com cerca de 2 anos de idade, em Teresina, Piauí, nasceu e vive no
cárcere, não fala e pouco sorri, a mãe tem pavor de perdê-la para a adoção, sua família é de Minas Gerais.
Essas mulheres são vítimas do machismo, da necessidade econômica e do desejo de consumir. São flagradas nas portas
dos presídios com drogas para os companheiros; são seduzidas por traficantes que se especializaram em abordar mulheres
chefes de família com dificuldades econômicas; também são vaidosas e, apesar de pobres, querem consumir o que a
televisão ordena que é bom.
Um tratamento ofensivo as afeta emocionalmente. A tristeza facilmente se transforma em fúria. Muitas escondem de suas
crianças que estão presas. Sentem vergonha da condição de presas. Na maioria dos casos, estão convencidas de que são
culpadas e que merecem o castigo recebido. Choram, gritam e se comovem. O cárcere é despreparado e pequeno demais
para comportar a complexidade das mulheres.
Apesar do aumento do número de mulheres presas no Brasil, especialmente nas rotas do tráfico, o sistema penitenciário
não se prepara nem para as receber, nem para as

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)


lOMoARcPSD|17765660

ressocializar. Faltam presídios Femininos, assim como capacitação específica para servidores penitenciários que
trabalham com mulheres no cárcere.
Falta estrutura que considere a maternidade e que garanta os direitos fundamentais das crianças.
Assim como na sociedade, no cárcere o espaço da mulher ainda é precário. O sistema é masculino na sua concepção e
essência. Em cidades como Caicó, Rio Grande do Norte, não existe penitenciária feminina. As mulheres presas são
alojadas numa área improvisada dentro da unidade masculina. Em Mossoró, no mesmo Estado, mulheres presas, ainda
sem sentença, aguardam julgamento numa área minúscula dentro da cadeia pública masculina. A presença improvisada
das mulheres cria problemas legais e acarreta insegurança para servidores penitenciários quanto à garantia da segurança
geral e da integridade física das mulheres.
(Bárbara Santos é coordenadora nacional do projeto Teatro do Oprimido nas Prisões, desenvolvido pelo Centro de Teatro
do Oprimido, em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional, do Ministério da
Justiça. http://www.ctorio.org.br)
(Disponível em: http:// http://www.carosamigos.terra.com.br. Acesso em: 07 ago. 2006.)

04. Tendo em vista o sentido global do texto, o seu PRINCIPAL objetivo comunicativo é:
a) discutir a precariedade do sistema penitenciário para receber mulheres presas.
b) apontar as especificidades e complexidades da mulher no cárcere.
c) defender o direito das mães presas viverem com suas crianças.
d) apresentar exemplos positivos de presídios para mulheres.
e) identificar os problemas das mulheres no cárcere.
05. Dentre os fatores abaixo, assinale o que NÃO foi mencionado por Bárbara Santos como problema que afeta a mulher
no cárcere:
a) A falta de absorventes.
b) A inexistência de creches.
c) A estrutura precária.
d) O excesso de proteção.
e) A convivência com os filhos
06. “[…] querem consumir o que a televisão ordena que é bom.” (§ 4)
Das alternativas abaixo, assinale aquela que NÃO comprova a assertiva feita pelo autor do texto:
a) A mídia televisiva é considerada hoje uma espécie de quarto poder.
b) A pressão do índice de audiência leva a televisão a impor certos comportamentos à população.
c) O peso da economia exerce influência sobre padrões específicos de conduta social.
d) As publicidades televisivas, por exemplo, instigam as pessoas a consumirem produtos e sonhos.
e) A função da mídia televisiva é apenas informar a sociedade dos acontecimentos em geral.
07. (UERJ)
Crise e Ciência
Crise é fundamental em ciência; sem crise não há progresso, apenas estagnação. Quando investigamos como a ciência
progride na prática, vemos que é aos trancos e barrancos: os cientistas não têm sempre todas as respostas na ponta da
língua. O processo criativo de um cientista pode ser bem dramático, muitas vezes envolvendo a agonia da dúvida e, em
alguns casos, o êxtase da descoberta. Vista sob esse prisma, a ciência não está assim tão distante da arte.
Na maioria das vezes, as crises nas ciências naturais são criadas por experiências realizadas em laboratórios ou por
observações astronômicas que simplesmente não se encaixam nas descrições e teorias da época: novas idéias são
necessárias, idéias essas que, às vezes, podem ser revolucionárias. Em geral, revolução em ciência implica novas e
inesperadas concepções da realidade, chocantes a ponto de intimidar os próprios cientistas.
(GLEISER, Marcelo. Folha de São Paulo, 26/05/2002.)
Crise é fundamental em ciência; (linha 1)
A tese do físico Marcelo Gleiser é enunciada logo no início do primeiro parágrafo. Ele sustenta essa tese, com fatos, no
segundo parágrafo.
Demonstre, elaborando uma frase completa, como esses fatos sustentam a tese defendida pelo autor.
08. Leia o texto abaixo para responder à questão.
Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)
lOMoARcPSD|17765660

ENTREVISTA COM MICHAEL SERMER (Diretor da ONG contra superstições) – Veja, n. 1733
Repórter: Como o senhor justifica a vantagem do pensamento científico sobre o obscurantismo? MS: A ciência é o único
campo do conhecimento humano com característica progressista. Não digo isso tomando o termo progresso como uma
coisa boa, mas sim como um fato. O mesmo não ocorre na arte, por exemplo. Os artistas não melhoram o estilo de seus
antecessores, eles simplesmente o mudam. Na religião, padres, rabinos e pastores não pretendem melhorar as pregações
de seus mestres. Eles as imitam, interpretam e repetem aos discípulos. Astrólogos, médiuns e místicos não corrigem os
erros de seus predecessores, eles os perpetuam. A ciência, não. Tem características de autocorreção que operam como a
seleção natural. Para avançar, a ciência se livra dos erros e teorias obsoletas com enorme facilidade. Como a natureza, é
capaz de preservar os ganhos e erradicar os erros para continuar a existir.
Em termos argumentativos, pode-se dizer que: (A) a argumentação apresentada por MS se apóia em testemunhos de
autoridade; (B) a tese apresentada está explícita em “a ciência se livra dos erros e teorias obsoletas com enorme
facilidade”; (C) o público-alvo a ser convencido é o conjunto de pessoas ligadas, de uma maneira ou outra, ao
obscurantismo; (D) os argumentos apresentados na defesa da tese se fundamentam ora na intimidação, ora na persuasão;
(E) por ser de caráter científico, a subjetividade do argumentador é completamente desprezada na argumentação.
Gabarito
01. C 02. D 03. B 04. A 05. D 06. E 07 – As experiências realizadas em laboratório e as observações astronômicas, ao
exigirem novas descrições e novas teorias, conduzem a ciência a progredir.
08. C

“Que país é este”

– Exercício de interpretação de textos Vamos praticar mais um pouco de interpretação de textos. Com as mudanças na
forma de estudar Língua Portuguesa, é cada vez mais necessário fazer este tipo de exercício, pois nele usamos tudo aquilo
que aprendemos de Língua Portuguesa ao longo dos muitos anos de estudo sistemático. Ao final deste exercício, vocês
verão o gabarito para que possam conferir se estão afiados para os vestibulares e concursos.

QUE PAÍS…

Dissecando os gastos públicos no Brasil, um economista descobriu barbaridades no Orçamento da União deste ano. Por
exemplo: Considerada a despesa geral da Câmara, cada deputado federal custa ao país, diariamente, R$ 3.700. Ou R$ 1,3
milhão por ano. Entre os senadores, a loucura é ainda maior, pois o custo individual diário pula para R$ 71.900. E o anual,
acreditem, para R$ 26 milhões. Comparados a outras ”rubricas”, os números beiram o delírio. É o caso do que a mesma
União despende com a saúde de cada brasileiro – apenas R$ 0,36 por dia. E, com a educação, humilhantes R$ 0,20.

(Ricardo Boechat, JB, 6/11/01)

01. Considerando o sentido geral do texto, o adjetivo que substitui de forma INADEQUADA os pontos das reticências do
título do texto é: A) autoritário B) injusto; C) estranho; D) desigual; E) incoerente.

02. O gerúndio da primeira frase pode ter como forma verbal desenvolvida adequada ao texto: A) embora dissecasse; B)
porque dissecou; C) enquanto dissecava; D) já que dissecou; E) logo que dissecou.

03. O termo ”gastos públicos” se refere exclusivamente a: A) despesas com a educação pública; B) pagamentos
governamentais; C) salários da classe política; D) gastos gerais do Governo; E) investimentos no setor oficial.

04. A explicação mais plausível para o fato de o economista citado no texto não ter sido identificado é: A) não ser essa
uma informação pertinente; B) o jornalista não citar suas fontes de informações sigilosas; C) evitar que o economista
sofra represálias; D) desconhecer o jornalista o nome do informante; E) não ser o economista uma pessoa de destaque
social.

05. O item do texto em que o jornalista NÃO inclui termo que indique sua opinião sobre o conteúdo veiculado pelo texto
é: A) ”…um economista descobriu barbaridades no Orçamento da União…”; B) ”Entre os senadores, a loucura é ainda
maior…” ; C) ”E com a educação, humilhantes R$ 0,20”; D) ”…os números beiram o delírio.”; E) ”…cada deputado
federal custa ao país, diariamente, R$3.700.”.

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)


lOMoARcPSD|17765660

06. O Orçamento da União é um documento que: A) esconde a verdade da maioria da população; B) só é consultado nos
momentos críticos; C) mostra a movimentação financeira do Governo; D) autoriza os gastos governamentais; E) traz
somente informações sobre as casas do Congresso.

07. Os exemplos citados pelo jornalista: A) atendem a seu interesse jornalístico; B) indicam dados pouco precisos e
irresponsáveis; C) acobertam problemas do Governo; D) mostram que os gastos com a classe política são desnecessários;
E) demonstram que o país não dispõe de recursos suficientes para as despesas.

08. ”Considerada a despesa geral da Câmara, cada deputado federal custa ao país, diariamente, R$3.700.”; o cálculo para
se chegar ao custo diário de cada deputado federal foi feito do seguinte modo: A) a despesa geral da Câmara foi dividida
pelo número de deputados federais; B) a despesa com os deputados federais foi dividida igualmente por todos eles; C) os
gastos gerais da Casa foram repartidos por todos os funcionários; D) os gastos da Câmara com os deputados foram
divididos pelo seu número total; E) as despesas gerais da Câmara foram divididas entre os deputados federais.

09. Na oração ”Ou R$ 1,3 milhão por ano.”: A) o termo milhão deveria ser substituído por milhões; B) a conjunção ou
tem valor de retificação do termo anterior; C) o signo $ se refere ao dólar americano; D) o termo milhão concorda com a
quantidade da fração; E) o numeral 1,3 é classificado como multiplicativo.

10. ”Comparados a outras ‘rubricas’, os números beiram o delírio.”; o comentário correto sobre o significado dos
elementos desse segmento do texto é:

A) o termo rubricas, escrito entre aspas, tem valor irônico;

B) o delírio refere-se aos gastos ínfimos com saúde e educação;

C) as outras rubricas referidas no texto são a educação e a saúde;

D) comparados com a educação, os gastos citados são humilhantes;

E) os números referem-se à grande quantidade de deputados e senadores.

Gabarito do exercício de interpretação com texto “Que país é este” 01-A | 02-C | 03-D | 04-A | 05-E | 06-C | 07-A | 08-A |
09-D | 10-C

Exercício de interpretação com texto “País do Futuro” Aprender a fazer interpretação de textos é uma prática que
devemos ter constantemente, pois não é apenas para quem vai prestar um concurso público ou mesmo um vestibular que a
prática da leitura e interpretação de textos é válida. Todos nós passamos por situações diárias nas quais somos chamados a
interpretar e reconhecer os sentidos, muitas vezes, ocultos, que os textos possuem. Por isso mesmo que, além de dar dicas
de interpretação de textos, propomos também exercícios os quais vêm com gabarito. Adicionar legenda PAÍS DO
FUTURO Rio de Janeiro – Lembra-se de quando o Brasil era o país do futuro? Primeiro foi um gigante adormecido (“em
berço esplêndido”), que um dia iria acordar e botar pra quebrar. Depois tornou-se o país do futuro, um futuro de riqueza,
justiça social e bem-aventurança. Eram tempos, aqueles, de postergar tudo o que não podia ser realizado no presente. A
dureza do regime militar deixava poucas brechas para que se ousasse fazer alguma coisa que não fosse aquilo já previsto,
planejado, ordenado pelos generais no poder. Só restava então aguardar o futuro, que nunca chegava (mais uma vez vale
lembrar: foram 21 anos de regime autoritário). O pior é que, mesmo depois de redemocratizado o país, a coisa continuou e
continua meio encalacrada, com muitos sonhos tendo de ser adiados a cada dia, a cada nova dificuldade. Com a
globalização, temos que encarar (e temer) até as crises que ocorrem do outro lado do mundo. Todavia há que se aguardar
o futuro com otimismo, e alguma razão para isso existe. Dados de uma pesquisa elaborada pela Secretaria de
Planejamento do governo de São Paulo revelam que o Brasil chegará ao próximo século, que está logo ali na esquina,
com o maior contingente de jovens de sua história. Conforme os dados da pesquisa, somente na faixa dos 20 aos 24 anos
serão quase 16 milhões de indivíduos no ano 2000. Com esses dados, o usual seria prever o agravamento da situação do
mercado de trabalho, já tão difícil para essa faixa de idade, e de problemas como a criminalidade em geral e o tráfico e o
uso de drogas em particular. Mas por que não inverter a mão e acreditar, ainda que forçando um pouco a barra, que essa
massa de novas cabeças pensantes simboliza a chegada do tal futuro? Quem sabe sairá do acúmulo de energia renovada
dessa geração a solução de problemas que apenas se perpetuaram no fracasso das anteriores? Nada mal começar um
milênio novinho em folha com o viço, a ousadia e o otimismo dos que têm 20 anos. (Luiz Caversan – Folha de São Paulo,
28.11.98)
Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)
lOMoARcPSD|17765660

1) Encontra apoio no texto a afirmação contida na opção: a) A existência de 16 milhões de jovens brasileiros no ano 2000
constituirá um problema insolúvel. b) Com a população jovem brasileira na casa dos 16 milhões, só se pode esperar o
pior. c) Não se pode pensar de forma otimista em relação ao próximo século. d) Pode-se pensar positivamente em relação
ao nosso futuro, apesar de alguns problemas. e) Pode-se pensar de forma positiva sobre nosso futuro a partir da previsão
do agravamento do desemprego.

2) A ideia de futuro vem representada no texto por uma sequência de conceitos. A opção que indica essa sequência é: a)
expectativa – gigantismo – idealização – otimismo b) otimismo – expectativa – idealização – gigantismo c) gigantismo –
otimismo – idealização – expectativa d) expectativa – idealização – otimismo – gigantismo e) gigantismo – idealização –
expectativa – otimismo

3) A linguagem coloquial empregada no texto pode ser exemplificada pela expressão: a) “em berço esplêndido” b) botar
pra quebrar c) bem-aventurança d) dados de uma pesquisa e) somente na faixa

4) Postergar significa: a) polemizar b) preterir c) manifestar d) difundir e) incentivar

5) Em “o maior contingente de jovens de sua história”, o substantivo “jovens”, embora masculino, refere-se tanto aos
rapazes quanto às moças. É comum, porém, que na distinção de gêneros haja referência a conteúdos distintos. Nas
alternativas abaixo, a dupla de substantivos cuja diferença de gêneros NÃO corresponde a uma diferença de significados
é: a) novos cabeças – novas cabeças b) vários personagens – várias personagens c) outro guia – outra guia d) o faixa preta
– a faixa preta e) algum capital – alguma capital

6) Em “…começar um milênio novinho em folha com o viço, a ousadia e o otimismo dos que têm 20 anos”, a parte
sublinhada é substituível, sem mudança do significado, por: a) a juventude, a audácia b) a competência, a imaginação c) a
criatividade, a perseverança d) a criatividade, a coragem e) a imaginação, o destemor

Exercício de interpretação com texto “Xenofobia e Racismo” O exercício de interpretação de textos abaixo exige de você,
aluno e vestibulando, competências que serão cobradas no ENEM. Você deve, não só ser um leitor competente como
também inferir, relacionar e concluir a partir das informações dadas. Pratique para que você veja se tem ou não
dificuldade e se está no caminho certo. XENOFOBIA E RACISMO (fragmento) As recentes revelações das restrições
impostas, há mais de meio século, à imigração de negros, judeus e asiáticos durante os governos de Dutra e Vargas
chocaram os brasileiros amantes da democracia. Foram atos injustos, cometidos contra estes segmentos do povo brasileiro
que tanto contribuíram para o engrandecimento de nossa nação. Já no Brasil atual, a imigração de estrangeiros parece
liberalizada e imune às manchas do passado, enquanto que no continente europeu marcha-se a passos largos na direção de
conflitos raciais onde a marca principal é o ódio dos radicais de direita aos imigrantes. Na Europa, a história se repete
com o mesmo enredo centenário: imigrantes são bem-vindos para reforçar a mão-de-obra local em momentos de
reconstrução nacional ou de forte expansão econômica; após anos de dedicação e engajamento à vida local, começam a
ser alvo da violência e da segregação. (O Globo, 13/7/01)

1) A seleção vocabular do primeiro período do texto permite dizer que: a) o adjetivo recentes traz como inferência que
as revelações referidas no texto ocorreram nos dias imediatamente antes da elaboração do artigo. b) a escolha do
substantivo revelações se refere a um conjunto de informações que, para o bem do país, deveria permanecer oculto. c) o
substantivo restrições indica a presença de limitações oficiais na política migratória do país. d) o adjetivo impostas se
liga obrigatoriamente a um poder discricionário, como o presente nas ditaduras de Dutra e Vargas. e) em razão das
referências históricas imprecisas do texto, o segmento há mais de meio século se refere a uma quantidade de anos superior
a 50 e inferior a 100.

2) Se as restrições de imigração eram impostas a negros, judeus e asiáticos, podemos dizer que havia, nesse momento,
uma discriminação de origem: a) racial e religiosa b) exclusivamente racial c) econômica e racial d) racial e geográfica e)
religiosa, econômica, racial, geográfica e cultural

3) Em relação ao primeiro período do texto, o segundo: a) explicita quais as revelações referidas. b) indica, como
informação nova, que os atos cometidos eram negativos. c) esclarece qual a razão dos atos referidos terem chocado os
brasileiros. d) mostra a consequência dos fatos relatados anteriormente. e) comprova as afirmativas iniciais do jornalista
com dados históricos.

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)


lOMoARcPSD|17765660

4) Ao classificar os atos restritivos à imigração de injustos, o autor do texto mostra: a) somente a opinião dos brasileiros
amantes da democracia b) a sua opinião e a de alguns brasileiros c) a sua opinião e a dos leitores d) somente a sua opinião
e) a sua opinião e a dos brasileiros em geral

5) Ao escrever que os atos injustos foram cometidos “contra esses segmentos do povo brasileiro…”, o autor do texto
mostra que: a) a população brasileira da era Vargas sofria pela discriminação oficial. b) negros, judeus e asiáticos são
vistos como brasileiros pelo autor do texto. c) o povo brasileiro é constituído de raças e credos distintos. d) alguns
segmentos de nosso povo foram autores de atos injustos. e) o Brasil e seu povo já passaram por momentos históricos
difíceis.

6) O segundo parágrafo do texto é introduzido pelo segmento “Já no Brasil atual…”; tal segmento indica: a) uma
oposição de local e tempo b) uma oposição de tempo c) uma consequência do primeiro parágrafo d) uma comparação de
duas épocas e) uma indicação das causas dos fatos relatados

7) Ao escrever que a imigração de estrangeiros parece “imune às manchas do passado”, o autor do texto quer indicar que:
a) os estrangeiros já esqueceram as injustiças de que foram vítimas. b) a imigração ainda traz marcas dos atos injustos do
passado. c) os imigrantes atuais desconhecem os fatos passados. d) nada mais há que possa manchar o nosso passado
histórico. e) o processo migratório atual em nada lembra os erros do passado.

8) De todas as ideias expressas abaixo, aquela que NÃO está contida direta ou indiretamente no texto é: a) Os imigrantes
são bem-vindos no Brasil de hoje. b) A atual situação dos imigrantes na Europa faz prever conflitos futuros. c) Os
estrangeiros acabam sendo perseguidos, em alguns países, apesar de seus bons serviços. d) A expansão econômica da
Europa provocou a saída de emigrantes. e) Os imigrantes são fator de colaboração para o progresso das nações.

Gabarito do exercício de interpretação com texto “Xenofobia e Racismo” 01-C/02-E/03-C/04-B/05-C/06-D/07-E/08-D

PRISÃO DE VENTRE NA ALMA (fragmento)


Todos estamos nos tornando, hoje, mais desconfiados do que no passado.
Com exceção das pessoas que se dispõem a pagar um preço altíssimo por uma unidade monolítica, somos todos bastante
divididos interiormente.
Para o bem ou para o mal, vão rareando as convicções inabaláveis. Uma parte de nós quer acreditar, outra é descrente.
Gostaríamos de ter segurança para acreditar em coisas que ninguém pode assegurar que são inteiramente dignas de
nossa confiança.
As verdades do crente dependem da fé, enquanto a fé existe.
Mas a fé também pode deixar de existir; ela não depende da razão, nem da ciência; depende de Deus, que a deu e pode
tirá-la. O filósofo Pascal já no século XVI afirmava que a nossa razão serve, no máximo, para nos ajudar a fazer apostas
mais convenientes.
As verdades científicas, por sua vez, dependem da história, são periodicamente revistas, reformuladas. As novas
descobertas e as novas invenções não se limitam a complementar os conhecimentos já adquiridos:
exigem que eles sejam rediscutidos e às vezes drasticamente modificados.
E as verdades filosóficas? Quanto maiores forem os pensadores que as enunciam, mais acirrada será a controvérsia
entre eles. As verdades filosóficas se contradizem, umas questionam as outras.
Somos envolvidos, então, por uma onda de ceticismo. É possível que essa onda já tenha tido alguns efeitos favoráveis à
liberdade espiritual dos indivíduos, ao fortalecimento neles do espírito crítico. É possível que ela tenha de algum modo
“limpado o terreno” para um diálogo mais desenvolto entre as criaturas, para valores mais comprometidos com o
pluralismo, contribuindo para a superação de algumas formas rígidas e dogmáticas de pensar.
Dentro de limites razoáveis, o ceticismo atenua certezas, suaviza conclusões peremptórias e abre brechas no fanatismo.
Na medida em que se espraia indefinidamente, contudo, ele traz riscos graves. A própria dinâmica de um ceticismo
ilimitado apresenta uma contradição insuperável.
O poeta Brecht expressou esse impasse num poeminha que tem apenas três versos e que não pode deixar de ser
reproduzido aqui: “Só acredite no que seus olhos vêem e no que seus ouvidos escutam. Não acredite nem no que seus
olhos vêem e seus ouvidos escutam. E saiba que, afinal, não acreditar ainda é acreditar.”
Realmente, quem não acredita, para estar convencido de que não está acreditando, precisa acreditar em seu poder de
não acreditar.
Aquele que não crê, curiosamente, está crendo na sua descrença. (Leandro Konder)

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)


lOMoARcPSD|17765660

1) “…as pessoas que se dispõem a pagar um preço altíssimo por uma unidade monolítica…”; com esse segmento o autor
do texto quer referir-se:
a) àquelas pessoas que, tendo possibilidades, procuram aumentar sua cultura a ponto de superarem as dúvidas.
b) aos indivíduos que se sacrificam interiormente em troca de uma consistência psicológica que os defenda de divisões
internas.
c) às pessoas que se dispõem a viver sozinhas, separadas de todos os demais, a fim de evitar sofrimento inútil.
d) àqueles que imaginam viver em comunhão com Deus de modo fiel e, pela fé, superar os obstáculos.
e) àqueles céticos que defendem seu ateísmo de forma a mostrarem uma unidade de pensamento que, na verdade, não
possuem.
2) “Uma parte de nós quer acreditar, outra é descrente.” O par de vocábulos abaixo que não poderia substituir,
respectivamente, de forma adequada, os elementos sublinhados é:
a) quer ter fé / pecadora ;
b) quer crer / incrédula ,
c) quer confiar / desconfiada.
d) quer dar crédito / cética
e) quer ter certeza / insegura
3) A divisão interna do ser humano, segundo o texto:
a) está mais ligada à perda da fé, que nos é dada ou tirada por Deus, do que à perda da credibilidade na ciência ou na
filosofia.
b) se prende unicamente à contradição das verdades filosóficas, que se apoiam na maior ou menor credibilidade de seus
enunciadores.
c) se origina da perda de nossas convicções, sejam na religião, na ciência ou na filosofia.
d) é própria da natureza humana, que não consegue criar, nem na religião, nem na ciência ou na filosofia, algo confiável.
e) é altamente positiva, já que nos livra do fanatismo e dos radicalismos de qualquer espécie.
4) Segundo o texto, as novas descobertas e as novas invenções:
a) servem para mostrar a força criativa do homem, opondo-se a “verdades definitivas”.
b) mostram o progresso dos conhecimentos científicos, criado a partir da correção dos erros anteriores.
c) discutem e modificam, além de desmascararem, todas as teorias científicas do passado.
d) demonstram a incapacidade da ciência de atingir a verdade, pois estão sempre corrigindo o caminho percorrido.
e) comprovam que a ciência também tem suas verdades permanentemente renovadas, pela complementação ou correção
do já descoberto.
5) O ceticismo, segundo o texto, apresenta como aspecto positivo:
a) o aparecimento de um forte radicalismo crítico
b) a queda do pluralismo, que sempre desuniu os homens
c) o reconhecimento da possibilidade de várias verdades
d) o surgimento de formas mais rígidas e dogmáticas de pensar
e) a possibilidade de ampliar as brechas do fanatismo
6) O poeta Brecht é citado no texto para:
a) trazer sensibilidade ao tratamento do tema.
b) opor-se a uma teoria dominante.
c) comprovar a falência dos sentidos humanos.
d) ilustrar a contradição interna do ceticismo.
e) valorizar a força da fé.
7) O texto de Leandro Konder deve ser considerado como:
a) didático
b) informativo
c) argumentativo
d) expressivo
e) narrativo
Texto do Jorge Amado
Responda as questões de 1 a 10 de acordo com o texto abaixo:
O primeiro dever passado pelo novo professor de português foi uma descrição tendo o mar como tema. A classe inspirou-
se, toda ela, nos encapelados mares de Camões, aqueles nunca dantes navegados; o episódio do Adamastor foi reescrito
pela meninada.
Prisioneiro no internato, eu vivia na saudade das praias do Pontal onde conhecera a liberdade e o sonho. O mar de
Ilhéus foi o tema de minha descrição.
Padre Cabral levara os deveres para corrigir em sua cela. Na aula seguinte, entre risonho e solene, anunciou a
existência de uma vocação autêntica de escritor naquela sala de aula. Pediu que escutassem com atenção o dever que ia
ler. Tinha certeza, afirmou, que o autor daquela página seria no futuro um escritor conhecido. Não regateou elogios. Eu
acabara de completar onze anos.
Passei a ser uma personalidade, segundo os cânones do colégio, ao lado dos futebolistas, dos campeões de matemática e
de religião, dos que obtinham medalhas. Fui admitido numa espécie de Círculo Literário onde brilhavam alunos mais
velhos. Nem assim deixei de me sentir prisioneiro, sensação permanente durante os dois anos em que estudei no colégio
Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)
lOMoARcPSD|17765660

dos jesuítas.
Houve, porém, sensível mudança na limitada vida do aluno interno: o padre Cabral tomou-me sob sua proteção e
colocou em minhas mãos livros de sua estante. Primeiro “As Viagens de Gulliver”, depois clássicos portugueses,
traduções de ficcionistas ingleses e franceses. Data dessa época minha paixão por Charles Dickens. Demoraria ainda a
conhecer Mark Twain, o norte-americano não figurava entre os prediletos do padre Cabral.
Recordo com carinho a figura do jesuíta português erudito e amável. Menos por me haver anunciado escritor, sobretudo
por me haver dado o amor aos livros, por me haver revelado o mundo da criação literária. Ajudou-me a suportar aqueles
dois anos de internato, a fazer mais leve a minha prisão, minha primeira prisão. (Jorge Amado)

1. Padre Cabral, numa determinada passagem do texto, ordena que os alunos:


a) façam uma descrição sobre o mar;
b) descrevam os mares encapelados de Camões;
c) reescrevam o episódio do Gigante Adamastor;
d) façam uma descrição dos mares nunca dantes navegados;
e) retirem de Camões inspiração para descrever o mar.
2. Segundo o texto, para executar o dever imposto por Padre Cabral, a classe toda usou de um certo:
a) conhecimento extraído de “As viagens de Gulliver”;
b) assunto extraído de traduções de ficcionistas ingleses e franceses;
c) amor por Charles Dickens;
d) mar descrito por Mark Twain;
e) saber já feito, já explorado por célebre autor.
3. Apenas o narrador foi diferente, porque:
a) lia Camões;
b) se baseou na própria vivência;
c) conhecia os ficcionistas ingleses e franceses;
d) tinha conhecimento das obras de Mark Twain;
e) sua descrição não foi corrigida na cela de Padre Cabral.
4. O narrador confessa que no internato lhe faltava:
a) a leitura de Os Lusíadas;
b) o episódio do Adamastor;
c) liberdade e sonho;
d) vocação autêntica de escritor;
e) respeitável personalidade.
5. Todos os alunos apresentaram seus trabalhos, mas só foi um elogiado, porque revelava:
a) liberdade;
b) sonho;
c) imparcialidade;
d) originalidade;
e) resignação.
6. Por ter executado um trabalho de qualidade literária superior, o narrador adquiriu um direito que lhe
agradou muito:
a) ler livros da estante de Padre Cabral;
b) rever as praias do Pontal;
c) ler sonetos camonianos;
d) conhecer mares nunca dantes navegados;
e) conhecer a cela de Padre Cabral.
7. Contudo, a felicidade alcançada pelo narrador não era plena. Havia uma pedra em seu caminho:
a) os colegas do internato;
b) a cela do Padre Cabral;
c) a prisão do internato;
d) o mar de Ilhéus;
e) as praias do Pontal.
8. Conclui-se, da leitura do texto, que:
a) o professor valorizou o trabalho dos alunos pelo esforço com que o realizaram;
b) o professor mostrou-se satisfeito porque um aluno escreveu sobre o mar de Ilhéus;
c) o professor ficou satisfeito ao ver que um de seus alunos demonstrava gosto pela leitura dos clássicos portugueses;
d) a competência de saber escrever conferia, no colégio, tanto destaque quanto a competência de ser bom atleta ou bom
em matemática;
e) graças à amizade que passou a ter com Padre Cabral, o narrador do texto passou a ser uma personalidade no colégio
dos jesuítas.
9. O primeiro dever… foi uma descrição… Contudo nesse texto predomina a:
a) narração;
b) dissertação;
Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)
lOMoARcPSD|17765660

c) descrição;
d) linguagem poética;
e) linguagem epistolar.
10. Por isso a maioria dos verbos do texto encontra-se no:
a) presente do indicativo;
b) pretérito imperfeito do indicativo;
c) pretérito perfeito do indicativo;
d) pretérito mais que perfeito do indicativo;
e) futuro do indicativo.
Releia a primeira estrofe e responda as questões de 11 a 13
Cheguei, Chegaste, Vinhas fatigada
E triste, e triste e fatigado eu vinha.
Tinhas a alma de sonhos povoada.
E a alma de sonhos povoada eu tinha.
11. À ordem alterada, que o autor elabora no texto, em busca da eufonia e ritmo, dá-se o nome de:
a) antítese;
b) metáfora;
c) hipérbato;
d) pleonasmo;
e) assíndeto.
12. E a alma de sonhos povoada eu tinha. Na ordem direta fica:
a) E a alma povoada de sonhos eu tinha.
b) E povoada de sonhos a alma eu tinha.
c) E eu tinha povoada de sonhos a alma.
d) E eu tinha a alma povoada de sonhos.
e) E eu tinha a alma de sonhos povoados.
13. Predominam na primeira estrofe as orações:
a) substantivas;
b) adverbiais;
c) coordenadas;
d) adjetivas;
e) subjetivas.
Releia a segunda estrofe para responder as questões de 14 a 17:
E paramos de súbito na estrada
Da vida: longos anos, presa à minha
A tua mão, a vista deslumbrada
Tive da luz que teu olhar continha
14. O objetivo preso (presa) refere-se a:
a) estrada;
b) vida;
c) minha mão;
d) tua mão;
e) vista.
15. Coloque nos espaços em branco os verbos ao lado corretamente flexionados no imperativo afirmativo segunda pessoa
do singular.
……………………………(parar) na estrada da vida; ……………………(manter) a luz de teu olhar.
a) pára – mantém
b) paras – manténs
c) pare – mantenha
d) pares – mantenhas
e) parai – mantende
16. Tive da luz que teu olhar continha. Com luz no plural teríamos que escrever assim:
a) Tive das luzes que teu olhar continha.
b) Tive das luzes que teus olhares continha.
c) Tive das luzes que teu olhar continham.
d) Tive das luzes que teus olhares continham.
e) Tiveram das luzes que teus olhares continham.
17. Tive da luz que teu olhar continha.
A oração destacada, em relação ao substantivo luz, guarda um valor de:
a) substantivo;
b) adjetivo;
c) pronome;

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)


lOMoARcPSD|17765660

d) advérbio;
e) aposto.
Releia as duas últimas estrofes para responder as questões de 18 a 20:
Hoje, segues de novo… Na partida
Nem o pranto os teus olhos umedece,
Nem te comove a dor da despedida.
E eu, solitário, volto a face, e tremo,
vendo o teu vulto que desaparece
Na extrema curva do caminho extremo.
18. Sujeito do verbo umedecer (umedece):
a) a partida;
b) os teus olhos;
c) tu;
d) ela;
e) o pranto.
19. O verbo comover (comove) refere-se no texto (e por isso concorda com ela) à palavra:
a) o pranto;
b) a dor;
c) teus olhos;
d) te;
e) partida.
20. Assinale a alternativa onde aparece um verbo intransitivo.
a) Hoje seques de novo.
b) Nem o pranto os teus olhos umedece.
c) Nem te comove a dor de despedida.
d) E eu, solitário, volto a face.
e) Vendo o teu vulto.
Gabarito dos exercício de interpretação
01.A, 02. E, 03. B, 04. C, 05. D, 06. A, 07. C, 08. D, 09. A, 10. C
11. C, 12. D, 13. C, 14. D, 15. A, 16.A, 17. B, 18. E, 19. B, 20.A
CORPO
Na doença é que descobrimos que não vivemos sozinhos, mas sim encadeados a um ser de um reino diferente, de que nos
separam abismos, que não nos conhece e pelo qual nos é impossível fazer-nos compreender: o nosso corpo.
Qualquer assaltante que encontremos numa estrada, talvez consigamos torná-lo sensível ao seu interesse particular,
senão à nossa desgraça. Mas pedir compaixão a nosso corpo é discorrer diante de um polvo, para quem as nossas
palavras não podem ter mais sentido que o rumor das águas, e com o qual ficaríamos cheios de horror de ser obrigados
a viver. (Proust)

1) Segundo o texto, o nosso corpo:


a) tem plena consciência de viver encadeado a um ser diferente.
b) conhece perfeitamente o outro ser a que está encadeado.
c) é separado de nossa alma por um abismo intransponível.
d) se torna conhecido pouco a pouco.
e) só na doença é que tem sua existência reconhecida.
2) A conjunção mas (linha 1) opõe basicamente duas palavras do texto, que são:
a) descobrimos / vivemos
b) sozinhos / encadeados
c) vivemos / encadeados
d) doença / reino
e) sozinho / ser
3) “…pelo qual nos é impossível fazer-nos compreender.”; esse segmento do texto quer dizer que:
a) não nos é possível fazer com que nosso corpo nos compreenda.
b) é impossível compreender o nosso corpo.
c) é possível fazer com que alma e corpo se entendam.
d) é impossível ao corpo compreender o ser humano.
e) o corpo humano pode compreender mas não pode ser compreendido.
4) “Qualquer assaltante que encontremos…”; nesse segmento, o uso do subjuntivo mostra uma:
a) certeza
b) comparação
c) possibilidade
d) previsão
e) condição

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)


lOMoARcPSD|17765660

5) O item abaixo em que o pronome sublinhado tem seu antecedente corretamente indicado é:
a) “…ao seu interesse particular…”: corpo
b) “…para quem as nossas palavras…”: assaltante
c) “…de que nos separam abismos…”: sozinhos
d) “…e com o qual ficaríamos…”: águas
e) “…talvez consigamos torná-lo…”: assaltante
6) “…senão à nossa desgraça.”; o vocábulo sublinhado equivale, nesse segmento,
a) ou
b) exceto
c) salvo
d) e não
e) se
7)”…é discorrer diante de um polvo.”; esse segmento do texto representa uma tarefa:
a) trabalhosa
b) inútil
c) frutífera
d) temerosa
e) destemida
A CIÊNCIA
I – A ciência permanecerá sempre a satisfação do desejo mais alto da nossa natureza, a curiosidade; ela fornecerá
sempre ao homem o único meio que ele possui para melhorar a própria sorte. (Renan)
II-A ciência, que devia ter por fim o bem da humanidade, infelizmente concorre na obra de destruição e inventa
constantemente novos meios de matar o maior número de homens no tempo mais curto. (Tolstói)
III -Faz-se ciência com fatos, como se faz uma casa com pedras; mas uma acumulação de fatos não é uma ciência, assim
como um montão de pedras não é uma casa. (Poincaré)

1) A(s) opinião(ões) que traduz(em) uma visão negativa da ciência é(são):


a) I
b) II
c) III
d) I-II
e) II-III
2) Segundo o segmento I, a curiosidade é:
a) a satisfação de nosso desejo
b) o caminho de melhorar a própria sorte
c) o único meio de obter satisfação
d) o desejo mais alto da nossa natureza
e) sinônimo da própria ciência
3) O “desejo mais alto”, citado no segmento I, significa o desejo:
a) mais contido
b) mais difícil
c) mais problemático
d) mais intenso
e) mais espiritual
4) O emprego do futuro do presente do indicativo no segmento I significa:
a) certeza dos fatos futuros
b) possibilidade de fatos futuros
c) incerteza dos fatos futuros
d) dúvida sobre os fatos futuros
e) desejo do autor sobre os fatos futuros
5) “…para melhorar a própria sorte.”; o vocábulo sorte, nesse segmento, equivale semanticamente a:
a) futuro
b) felicidade
c) infortúnio
d) horóscopo
e) destino
5) No segmento II, o uso do pretérito imperfeito do indicativo em “…devia ter por fim o bem da humanidade…” significa
que:
a) a finalidade da ciência está equivocada.
b) o ideal da ciência, no passado, era o bem da humanidade.
c) a realidade é diferente da finalidade ideal da ciência.
d) a realidade confirma o ideal científico.
e) sob certas condições a ciência atinge o seu ideal.
Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)
lOMoARcPSD|17765660

6) “…infelizmente concorre na obra de destruição…”; nesse segmento, o verbo concorrer equivale semanticamente a:
a) compete; rivaliza
c) prejudica :
d) colabora
e) combate
7) “…bem da humanidade…”, “…obra de destruição…”, “…novos meios de matar…”; as expressões sublinhadas são
respectivamente correspondentes a:
a) humano, destrutiva, mortíferos
b) humanitário, destruidora, homicidas
c) humanista, destrutiva, assassinos
d) humano, destruidora, violentos
e) humanitário, destruidora, mortais
8) Vocábulos que no segmento II mostram a opinião do autor do texto sobre o conteúdo veiculado é:
a) infelizmente / devia
b) constantemente / infelizmente
c) por fim / devia
d) destruição / ciência
e) constantemente / destruição
9) “…matar o maior número de homens no tempo mais curto”, como aparece no segmento II, demonstra:
a) violência inútil
b) crueldade necessária
c) qualidade suprema
d) eficácia positiva
e) eficiência mórbida
10) “…como se faz uma casa com pedras…”, no segmento III, corresponde a uma:
a) condição
b) causa
c) conseqüência
d) comparação
e) concessão
11) No segmento III, os dois termos que se encontram nos mesmos postos de comparação são:
a) ciência / pedras
b) fatos / casa
c) ciência / casa
d) ciência / fatos
e) casa / pedras
12) O que nos três segmentos do texto 3 mostra um ponto comum da ciência é que ela é vista como:
a) um bem para a humanidade
b) um conhecimento subjetivo
c) uma esperança de progresso
d) uma certeza de sobrevivência
e) uma atividade humana

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)


lOMoARcPSD|17765660

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)


lOMoARcPSD|17765660

FUNÇÕES SINTÁTICAS DO RELATIVO "QUE"


___________________________________________________________
Dica Para Descobri-las + Exercícios e Gabarito

• O pronome relativo [que] se refere a um termo da oração anterior (antecedente) projetando-o na oração seguinte,
subordinada a esse antecedente. Veja:

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)


lOMoARcPSD|17765660

=> Mudei para a casa / que eu mesmo construí.


• Na frase acima, a palavra [que] se relaciona com o antecedente [a casa]. A oração que se subordina a esse antecedente
é: que eu mesmo construí. Para melhor compreendermos qual o papel desempenhado pelo pronome relativo [que], vamos
desdobrar o período composto em duas orações: Mudei para a casa. Eu mesmo construí a casa.
• Não é difícil perceber, agora, que o relativo [que], introduz a segunda oração e, ao mesmo tempo, substitui [casa] na
segunda oração. Observe que [casa], na segunda oração, exerce a função sintática de objeto direto. Como [que] a
substitui, essa será a função sintática do pronome [que]. Portanto, [que] cumpre uma dupla função: substitui, na segunda
oração, o termo antecedente (a casa) e ao mesmo tempo introduz a oração subordinada adjetiva.
• O pronome relativo que pode ter por antecedente o demonstrativo [o, a, os, as]: Olha o (= isto) que esse menino fez na
prova!
=> Falo o (= aquilo) que sinto.
• Lembro-lhe que é fundamental diferenciar o relativo [que] da conjunção integrante [que], que introduz uma oração
subordinada substantiva. Para reconhecer o relativo [que] substitua-o por o/a qual, os/as quais:
=> Comprei a casa que você indicou => [...] a qual você indicou.
=> Você me deu um presente que me agradou => o qual me agradou.
• O pronome relativo, que sempre tem uma função na oração adjetiva, a saber: sujeito, predicativo do sujeito, objeto
direto, objeto indireto, complemento nominal, agente da passiva e adjunto adverbial.

Conscientemente falando, não é tão simples descobrir essas funções sem a ajuda de um "macete". Um muito usado é
este:

1º. Substitua o pronome relativo pelo seu antecedente;


2º. Observe a função sintática do antecedente na nova posição que assumiu no lugar do pronome relativo.
3°. A função do antecedente, em sua nova posição, será a mesma do pronome relativo [que] (substituído).
4°. Em muitos casos, será necessário colocar a nova frase em ordem direta para maior clareza da função do
antecedente.

Exemplos Práticos:
[•] O povo chorou os soldados que morreram em combate.
Substituindo: os soldados morreram em cobate.
Função sintática: os soldados = objeto direto = que.
[•] Aqui está o livro que lerei nas férias.
Substituindo: o livro lerei nas férias. => lerei o livro nas férias.
Função Sintática: o livro = objeto direto = que.
[•] Comprei a casa a que você se referiu.
Substituindo: a casa você se referiu => você se referiu a casa.
Função sintática: a casa = objeto indireto = que.
[•] Este é o remédio de que tenho necessidade.
Substituindo: do remédio tenho necessidade => Tenho necessidade do remédio.
Função sintática: do remédio = complemento nominal = que.
[•] A casa em que moro é bem cuidada.
Substituindo: Na casa moro é bem cuidada. => moro na casa...
Função Sintática: na casa = adjunto adverbial = que.
[•] Ignoras o cínico que ele é.
Substituindo: o cínico ele é. => ele é o cínico.
Função Sintática: o cínico = predicativo do sujeito = que.
[•] Era venenosa a aranha por que você foi picado.
Substituindo: Era venenosa pela aranha você foi picado. => você foi picado pela aranha.
Função Sintática: foi picado pela aranha = agente da passiva = que.
Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)
lOMoARcPSD|17765660

• Os Pronomes Relativos onde, como e cujo exercem sempre as funções sintáticas de: adjunto adverbial de lugar, de
modo e adjunto adnominal, respectivamente:
[•] O salão do clube onde passamos o réveillon estava repleto
Substituindo: passamos o réveillon no salão do clube (adj. adv. de lugar)
[•] A foto cujo negativo lhe enviei ficou ótima.
Substituindo: o negativo da foto (adjunto adnominal) ficou ótima.
[•] A maneira firme como defendeu o rapaz causou admiração.
Substituindo: defendeu de maneira firme (adj. adv. de modo)o rapaz.®Sérgio.

Atividades aplicadas ao 9º ano - Ensino Fundamental - (com respostas)

1- É correto afirmar que ao iniciar os estudos sobre dissertação

a) você aprendeu que o início tem que ter dez linhas.

b) você aprendeu que a história não deve existir no texto.

c) você aprendeu que enunciador expõe reflexões – ideias, conceitos, opiniões (juízos – sobre determinado tema).

d) você aprendeu que o enunciador expõe raramente suas opiniões e não olha para o tema.

2- Qual o texto em que o enunciador defende suas ideias e opiniões?

Resposta: dissertação argumentativa

3- Qual o texto em que o enunciador apresenta ideias e opiniões?

Resposta: dissertação expositiva

4 – Qual o objetivo do enunciador no texto argumentativo?

Resposta: de persuadir o leitor, de garantir a adesão dele.

5 – Qual o objetivo do enunciador no texto expositivo?

Resposta: de convencer o leitor ou de garantir sua adesão.

6 - É certo afirmar que os textos científicos (monografias, dissertações acadêmicas, ensaios...) e os textos didáticos –
como os que você encontrou no caderno (apostila) e em inúmeros livros escolares – também são exemplos:

a) textos de ficção policial.

b) textos expositivos.

7 – Como o tema polêmico é exposto pelo redator no texto expositivo?

Resposta: expõe as várias opiniões sobre ele sem tomar partido.

8 – Qual a definição de argumentos:


Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)
lOMoARcPSD|17765660

Resposta: são exemplos, fato, dados concretos (números) e raciocínios lógicos apresentados para provar uma Idea.

9 – Com base na sua resposta na questão anterior, como deve ser os argumentos quando justificam suas ideias ou
opiniões?

Resposta: consistentes e coerentes.

10 – Defina persuasão:

Resposta:

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

- Persuasão é uma estratégia de comunicação que consiste em utilizar recursos lógico-racionais ou simbólicos para induzir
alguém a aceitar uma ideia, uma atitude, ou realizar uma ação.

- É o emprego de argumentos, legítimos ou não, com o propósito de conseguir que outro(s) indivíduo(s) adote(m) certa(s)
linha(s) de conduta, teoria(s) ou crença(s).

11 – Em quantas partes organiza a dissertação expositiva e quais são elas:

Resposta: Introdução, desenvolvimento e conclusão.

12 – Conduz o leitor “para dentro” do texto – expõe o tema, os motivos para escrever sobre ele e a ideia central do texto,
esta é a definição de parte da estrutura da dissertação expositiva?

Resposta: introdução

13 – Em que linguagem é escrita a dissertação expositiva?

Resposta: clara e direta, sem envolvimento emocional do enunciador.

14 – Pelas razões de sua linguagem, em que pessoa do pronome pessoal do caso reto é sempre utilizado?

Resposta: 3ª pessoa.

15 – Apresenta explicações sobre a ideia central do texto ou argumentos que a comprovem, esta é a definição de qual
parte da estrutura da dissertação expositiva?

Resposta: desenvolvimento.

16 – Quando você deseja persuadir o leitor e levá-lo a assumir como suas as ideias e opiniões qual a dissertação que deve
usar?

Resposta: argumentativa.

Downloaded by Larissa Ayumi Tanaka Koyama (larissa.koyama@aluno.ceharmonia.com.br)

Você também pode gostar