Você está na página 1de 2

ATIVIDADE AVALIATIVA: OBJETIVO B3 Data: 25/10 /2021

Aluno (a): Nº: Série: 1ªEM Turma: ___


Professor (a): Eliane

Componente Curricular: Redação


( ) Trimestral ( X ) 2ª Chamada ( ) Recuperação ( ) Superação
Objetivo B3: Produzir textos dos gêneros dissertativo argumentativo, seminário (oral), Valor: 3,0
resumo e resenha, demonstrando domínio dos mecanismos textuais e linguísticos a fim de
aprimorar a capacidade de síntese e de argumentação em diferentes contextos.

Conteúdos: Gêneros para produção (escrita e reescrita): resumo Nota:

 escrever com suas próprias palavras, sem copiar enunciados do autor;


Orientações:
 mencionar no corpo do resumo o autor e a fonte do texto.

PROPOSTA DE REDAÇÃO: RESUMO


Criminalização da pobreza
Por: Paulo Amendola em 11/06/10

Não é novidade que trabalhamos cerca de quatro meses por ano para custear a máquina pública,
espremidos por uma carga tributária que beira os 36% do PIB, sem a devida contrapartida por parte do Estado, o
qual não dá conta de fazer valer os direitos fundamentais garantidos na Constituição da República para todos.
Nesse salve-se quem puder, muitos são os que não têm acesso aos serviços mais básicos e, em termos de
formação, acabam por receber uma educação de má qualidade, que resulta num déficit de capacitação profissional,
seguido da redução de chances de empregabilidade. Estes são alguns dos fatores que permitem que cresça uma
massa de excluídos.
A pobreza em si, desde que não afete às classes média e alta, não costuma ter grande repercussão.
Entretanto, a partir do momento em que afeta - afinal, o excluído também deseja ter acesso ao mercado de
consumo (diga-se de passagem, este também é bombardeado com os desenfreados apelos consumistas divulgados
pela mídia) e pode, eventualmente, vir a delinquir para satisfazer desejos e necessidades - a pressão a ser exercida
provavelmente será feita com bastante alarde.
Aliás, vale lembrar que, a partir da década de 80, os chefes do executivo estadual adotaram uma estratégia
de desarticulação das forças repressivas, investindo pouco em segurança pública. Desinformados acerca dos
esquemas internacionais do tráfico de drogas - que tinham (e ainda têm) o Brasil como ponto onde os narcóticos
fazem escala para países da Europa, por exemplo - abriram espaço para que traficantes de entorpecentes se
fortalecessem em ousadia, armamento e espaço territorial.
(...)
Se homiziando onde o Estado não chega, ou seja, em áreas pobres, favelizadas, os traficantes implantaram
seu regime de terror, se impondo de modo violento pela força armada. Como se sabe, as pesquisas sobre o
percentual de pessoas envolvidas com o tráfico de drogas em comunidades de baixa renda indicam números que
variam de 1 a 5%, isto é, a minoria.
O problema é que as classes mais favorecidas associaram o lugar onde pessoas pobres moram à violência
do tráfico e à criminalidade. Excluídos pela pobreza, ainda restaram preconceituosamente vinculados à
marginalidade - na maioria maciça das vezes de forma injusta - fato que os segregam ainda mais.
Assim, difundida esta crença, parte da sociedade entende que o pobre, leia-se "criminoso ou conivente
com o crime", deve ser tratado a ferro e fogo. Sob esta lógica obtusa, à favela, basta enviar as forças repressivas.
A questão é complexa; pede coragem, persistência e vontade política. Sem esgotar os fatores que
contribuem para esta realidade, por um lado, os verdadeiros empresários do tráfico, aqueles que não moram em
áreas pobres e que se blindam através da corrupção, deveriam ser os primeiros a serem combatidos. Por outro,
pouco adianta apenas adotar uma estratégia de repressão em áreas pobres, pois a criminalidade é flutuante e
migratória. Muito mais eficaz é prevenir a violência através de ações sociais que atendam aos excluídos e que
permitam a formação integral dos cidadãos.
É imprescindível que assuntos como este, da criminalização da pobreza, sejam amplamente discutidos pelo
grupo social. Faz-se necessário que se reflita com senso crítico para afastar ideias pré-concebidas e buscar soluções
mais eficientes. Assim, estaremos a caminho de uma política de segurança pública mais equânime e alinhada com o
princípio-matriz do nosso ordenamento jurídico que é a dignidade da pessoa humana.

PROPOSTA

Escreva um resumo do texto acima, com 10 linhas no máximo. Em seu texto, você deve:
• apresentar o ponto de vista do autor e os argumentos que ele utiliza para justificá-lo;
• escrever com suas próprias palavras, sem copiar enunciados do autor;
• mencionar no corpo do resumo o autor e a fonte do texto ;
 estar na fonte calibri 16

VERSÃO DEFINITIVA

Você também pode gostar