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Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Campus Pato Branco


Curso de Engenharia Civil
Gestão Ambiental

PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL

Felipe Senem
Jorge Silva
Leonardo Comparin
Maxwell Varela
Moisés Guarez
Wyllian Basso


Pato Branco, 22 de junho de 2015


1. INTRODUÇÃO 3
2. POLITICA AMBIENTAL 3
3. ASPECTOS AMBIENTAIS 4
4. EXIGÊNCIAS LEGAIS 5
5. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL 6
6. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL 9
7. CONSCIENTIZAÇÃO E TREINAMENTO 10
8. COMUNICAÇÃO 11
9. DOCUMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO 12
10. CONTROLE DE DOCUMENTOS 12
11. CONTROLE OPERACIONAL 13
12. SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA 13
13. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO 14
14. NÃO CONFORMIDADE E AÇOES CORRETIVAS E PREVENTIVAS 15
15. REGISTROS 16
16. AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO 17
17. ANÁLISE CRÍTICA DO SISTEMA DE GESTÃO 18
18. CONCLUSÕES 18
REFERÊNCIAS 20
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1. INTRODUÇÃO

O grande consumo de matérias primas naturais e não renováveis, aliada com a


elevada produção de poluentes e a incorreta disposição de resíduos sólidos coloca a
construção civil como uma das principais fontes agressoras do meio ambiente, mesmo
tento papel de suma importância na economia com função social e grande geradora de
renda, até para pessoas com menor escolaridade.
Surge assim a necessidade imediata da implantação do conceito da
sustentabilidade no ramo da construção civil, para que através deste seja possível
construir diversas edificações que aproveitem melhor os recursos naturais sem ao
mesmo tempo agredir o meio. Como resultado, haverá economia e minimização de
desperdício junto com o emprego de matérias com menor impacto ambiental.
Diante disso, este Plano de Gestão Ambiental será concebido para ser implantado
em uma hipotética empresa de pré-moldados de concreto com atuação na fabricação de
vigas e pilares e também escadas e também montagem das estruturas. Este Plano tem
como objetivo desde o estudo, análise e verificação dos processos e materiais
implantados na empresa visando reduzir desperdícios e otimizar a produção sustentável.
Como a empresa é composta de diversos setores, como administrativo,
planejamento, pessoal, orçamento, marketing e diretoria de obras. O Plano de Gestão
Ambiental irá envolver todos esses, através da designação de um funcionário de cada
setor para compor a comissão de gestão ambiental visando que sejam identificados as
falhas de cada setor e também que as soluções apresentadas atinjam igualmente toda a
empresa.

2. POLITICA AMBIENTAL

O desenvolvimento sustentável de uma empresa passa por basicamente 4 fases,


sendo ela: Desinteresse, Redução de impacto, Impacto zero e Rede de impacto positivo.
A primeira fase parte do principio que a empresa não demostra interesse nenhum em
desenvolver sustentabilidade em seu sistema produtivo. A segunda fase envolve a
conscientização e redução de impactos através de planejamento e atividades que
realmente promovam a diminuição da geração de resíduos. A terceira fase é a evolução
da anterior onde as ações implantadas resultaram em uma geração de resíduos e
poluentes quase zero com o aproveitamento de recursos renováveis em a agressão do
meio ambiente. Por fim a quarta fase envolve um comprometimento maior, visando além 

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de manter o impacto zero na empresa, desenvolver atividades que auxiliem outras
empresas a atingir esse patamar.
A construção civil, por se tratar de uma área com muito consumo de materiais e
muita geração de resíduo é dificilmente enquadrada nas fases mais superiores do
desenvolvimento sustentável. Como a industria de pré-moldado possui um maior controle
de todo o processo de fabricação, foram desenvolvidos objetivos a serem seguidos por
todos os setores da empresa a fim de que a mesma atinja pelo menos o segundo nível
do desenvolvimento sustentável.

A. Minimizar impactos: Utilização fontes renováveis de energia, redução da emissão de


poluentes e a racionalização dos recursos empregados.
B. Busca de novas tecnologias: Buscar novas meios e tecnologias para a implantação
da sustentabilidade da empresa. Utilizar novos materiais que resultem em um menor
impacto ambiental e incentivar pesquisas que resultem em novas tecnologias
sustentáveis.
C. Aprimoramento da política ambiental: Desenvolver constante debates e reuniões com
todos os setores da empresa a fim de aprimorar e desenvolver a política ambiental
para que o plano de gestão seja regularmente atualizado e continue sendo aplicado.
D. Disseminação da responsabilidade ambiental: Disseminar a cultura de
responsabilidade ambiental, desenvolver ações de educação ambiental e
treinamento sobre a prática da política ambiental da empresa. Promover campanhas
internas e externas para a participação de funcionários e da comunidade local nos
programas de educação ambiental.

3. ASPECTOS AMBIENTAIS

O setor da construção civil é o grande responsável pela geração dos resíduos


sólidos no mundo. No Brasil, a quantidade de RCC chega a 70 milhões de toneladas por
ano, sendo que 50% dessa quantidade vem da construção em si. A industria do pré-
moldado, com técnicas construtivas mais tecnológicas do que aquelas empregas
normalmente em obras colabora para a diluição destes números, mas o que não
significa que que não deva adotar medidas para reduzir ainda mais.
O processo de fabricação das peças pré-moldadas necessita ter métodos que
possam apontar avaliar, administrar e o mais importante controlar os resíduos gerados no
processo. Sendo o posicionamento da companhia no mercado como uma empresa ética,
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consciente e ambientalmente responsável, a empresa estabeleceu programas e políticas
ambientais.
Entretanto, mesmo com todas as medidas que são tomadas pela empresa, a
geração de resíduos é inevitável. Desta forma também deve existir um programa de
destinação dos resíduos de acordo com a classificação dos mesmos pela Resolução
307 do CONAMA. Dessa forma a responsabilidade de destinação é transferida para
empresas especializadas e certificadas para este fim.

4. EXIGÊNCIAS LEGAIS

A empresa deve seguir todas as normas e resoluções pertinentes no ramo da


construção civil principalmente o que corresponde ao ramo de pré-fabricação.
Atualmente no Brasil existem várias legislações, certificações e Resoluções, as mesmas
estão citadas abaixo:

- Resolução n nº 307 do CONAMA, a lei federal nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998


(Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e
atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências);
- PBPQ-H (Programa Brasileiro da Produtividade e Qualidade no Habitat);
- ISO 14001;
- Série ISO 9000.

A ISO 9000 aplicada a construção civil entende que a qualidade começa no


projeto do imóvel, passa pela sua construção e processo de venda e estende-se até á
assistência técnica pós-venda. Ela também estabelece que a empresa deve publicar
suas intenções tanto para seus acionistas como para clientes, fornecedores, funcionários
e sociedade.
Além das Leis citadas acima é necessário enfatizar as responsabilidades do
empregador e do empregado que estão citadas abaixo:

Do empregador:
I. estabelecer, implementar e assegurar o cumprimento do PPRA como atividade
permanente da empresa ou instituição.
Dos trabalhadores:
I. colaborar e participar na implantação e execução do PPRA;
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II. seguir as orientações recebidas nos treinamentos oferecidos dentro do PPRA;
III. informar ao seu superior hierárquico direto ocorrências que, a seu julgamento,
possam implicar risco à saúde dos trabalhadores.

O PPRA é um Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, visando à


preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da antecipação,
reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos ambientais
existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a
proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. O Programa de Prevenção de
Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas:

a) antecipação e reconhecimento dos riscos; (109.010-0 / I1)


b) estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; (109.011-9 / I1)
c) avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; (109.012-7 / I1)
d) implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia; (109.013-5 / I1)
e) monitoramento da exposição aos riscos; (109.014-3 / I1)
f) registro e divulgação dos dados. (109.015-1 / I1)

Para que todas essas exigências das leis sejam cumpridas, se faz necessário a
definição de uma organização funcional, delegando funções específicas para os
colaboradores da empresa e também definir um gerente que irá monitorar as atividades.
A empresa tem por objetivo atender todos os itens das normas já citadas e
também das novas legislações que serão implantadas ou atualizadas, buscando a
certificação da série ISO, minimizando assim os impactos causados pelas construções
no meio ambiente. Também buscando um melhor controle na produção, reduzindo os
desperdícios na produção e na montagem das estruturas.

5. PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL

Para o programa de gestão ambiental, optou-se pela implementação nos


seguintes serviços: movimentação de terra, uso da madeira, pintura, execução da
alvenaria, desperdício do aço e revestimentos cerâmicos, projeto e comunicação e no
desperdício do cimento.
É de fundamental importância para um programa de gestão ambiental eficiente
uma quantificação dos desperdícios ocorridos em cada serviço, para que assim sirva de
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parâmetro de comparação que em função das melhorias será reduzido essa perda.
Esses parâmetros podem ser obtidos de várias formas como: Volume de entulho gerado
por m² de construção, comparativo entre o orçado e o utilizado, visualmente, pelo tempo
de demora de execução do serviço entre outros.
Na tabela abaixo está apresentado os serviços com os pontos de desperdícios e
os possíveis métodos de quantificação.
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SERVIÇO CARACTERÍSTICAS QUANTIFICAÇÃO MEDIDAS DE OTIMIZAÇÃO

Volume de material Planejamento


Emissão de poluentes
transportado, Área de solo conteção para evitar erosão
MOVIMENTAÇÃO DE Modificação do relevo
preservado compensação de corte e
TERRA natural Remoção da
Porcentagem da área aterro
vegetação existente
removida projetos adaptados ao terreno

Quando nas formas aplicação


de desmoldantes
Volume de madeira
planejamento de corte
Grande desperdício descartada
projetos de reutilização
USO DA MADEIRA Pouca reutilização Quantidade reutilizada
melhores condições de
Perdas no corte e estoque Quantidade orçada e
estocagem
utilizada
utilização mista junto com
peças metálicas

Planejamento
Rendimento especificado
Produto tóxico seguir orientações do
pelo fabricante
Uso incorreto das fabricante
Rendimento esperado
PINTURA ferramentas Falta treinamento de mão de obra
Visualmente
de comunicação ferramentas adequadas
Pelo valor orçado e
Desperdício de material busca de novas alternativas
consumido
(papel de parede)

Cuidados no transporte e
aplicação
Visualmente uso de argamassa com
M.O Pouco qualificada
Por m² de material aditivos
Falta de Planejamento
Pela unidade de blocos proteção nas superfícies onde
Retrabalho
consumidos Pelo há queda de material
ALVENARIA Acumulo de entulhos na
orçamento ferramentas adequadas
obra
Tempo de realização do comunicação
Desperdício de tempo e
serviço treinamento da mão de obra ,
dinheiro
Peso e volume dos resíduos busca por outras alternativas
(associação com madeira e
metal)

Diferença entre o orçado e o


Perdas nas etapas de utilizado Plano de corte
AÇO E
recebimento, estocagem, Visualmente treinamento de mão de obra
REVESTIMENTO
transporte, corte, Quantidade de compra detalhamentos nos projetos
CERÂMICO
aplicação Volumo ou peso dos cuidados nas etapas
resíduos
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Retrabalho Melhor comunicação entre os
Uso da plataforma BIM
Desperdício de material e envolvidos na construção
PROJETO E Sobreposição dos projetos.
tempo Atraso no planejamento e metas
COMUNICAÇÃO Erros na execução
cronograma emprego de soluções
Resumo dos projetos
Redução da qualidade adequadas

Problemas de estocagem
Alto consumo em traços Redução dos desperdícios
Consumo de cimento por m³
inadequados gestão da obra
Controle de estoque e
CIMENTO Superdimensionamento de ferramentas adequadas
produção
estruturas otimização nos projetos
Orçamento e especificações
Sobra de concreto e treinamento da mão de obra
argamassa

Nota-se que para a implantação de todas as medidas será necessário grande


quantidade de tempo no planejamento e nos cronogramas, portanto um plano de ação
inicial seria estabelecer uma meta com um ou dois serviços e analisar os resultados
obtidos no determinado período de tempo, após isso se pode trabalhar no serviço
seguinte e assim por diante, tendo assim no final a otimização de todos os serviços e
uma significativa redução nos impactos ambientais, custos dos serviços e melhorias na
qualidade da obra.
Para esse plano de gestão inicial elencou-se as atividades apresentadas na
tabela acima, porém é inegável que outros serviços no decorrer da obra podem ser
otimizados com a elaboração de um plano de gestão de resíduos. Também existe a
possibilidade de contratação de uma empresa terceirizada para o auxilio no PGA e
também na implantação dos demais programas de segurança como PCMAT, CIPA,
PCMSO entre outros.

6. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

A estrutura organizacional da empresa será dividida de forma e melhor atender as


necessidades da empresa de maneira eficiente.
Cada setor possui um representante que será responsável pela implantação e
manutenção do Plano de Gestão Ambiental (PGA), aplicando assim em dois serviços
cada responsável. Além disso, o Engenheiro responsável pela a empresa, tanto na parte
de projetos quanto na parte de execução, terá a responsabilidade de dar suporte e
cumprimento das metas.
O organograma organizacional da empresa está apresentado abaixo:
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Através dessa estrutura organizacional é possível o atendimento e seguimento


das medidas de otimização do plano de gestão ambiental, porém é necessária uma
ação e aceitação conjunta de toda a empresa e a cada dia diminuir o desperdício dando
assim maior qualidade e eficiência a obra demonstrando-se preocupada com o meio
ambiente.

7. CONSCIENTIZAÇÃO E TREINAMENTO

A empresa tem obrigação de conscientizar todos os funcionários, em seus mais


diversos setores, sobre a política ambiental adotada pela empresa. Para isso é
necessário que haja treinamento do pessoal, inclusive de diretores, área técnica
(engenharia) e chão de fábrica, cada setor com sua respectiva ênfase.
Também é necessário desenvolver competências, estas, baseadas em formação
educacional apropriada, inclusive ser requisito no recrutamento de pessoal. Tais
competências senão advindas de experiências ou habilidades, devem ser adquiridas
por treinamento. Abaixo vemos a tabela que direciona cada setor da indústria a sua
ênfase adequada de treinamento, que é indicado pela referida norma.
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Tipo de Treinamento Público Propósito

Obter comprometimento e
Conscientização sobre a
Diretores e gerentes alinhamento com a política
importância da gestão ambiental
ambiental da organização

Ensinar sobre como atender aos


Treinamento em requisitos do
Encarregados, e chão de fábrica requisitos, conduzir
sistema de gestão ambiental
procedimentos, entre outros

Melhorar o desempenho em
áreas da organização, por
Aperfeiçoamento de habilidades Setor técnico
exemplo, operações, pesquisa e
desenvolvimento e engenharia

Atingir a conformidade com


Treinamento em atendimento de requisitos legais e aprimorar a
Setor técnico
requisitos legais e outros conformidade com requisitos
legais aplicáveis

8. COMUNICAÇÃO

Segundo a ISO 14004/04, é necessário que todos os colaboradores sejam


encorajados a fazer sugestões, de forma a levar a melhoria do desempenho ambiental.
Dessa forma um sistema de gestão apenas escrito, torna-se eficaz.
A comunicação da empresa deverá ser separada em comunicação interna e
externa, onde a primeira tem o objetivo de encorajar, motivar, alertar e ensinar os
funcionários. Esta comunicação deverá ser tanto da diretoria para o chão, quando do
chão para a diretoria. A comunicação externa tem como objetivo mostrar a comunidade
as políticas ambientais da empresa, divulgando seus atos.

Comunicação Interna

Serão realizadas reuniões com todos os setores, para que seja discutido o atual
cenário da empresa em relação a gestão ambiental, também será oportunidade de haver
propostas de mudanças, sugestões e críticas de forma a melhorar o sistema de gestão.
Mural com folhetos, lembretes, alertas deverão haver em todos os setores, sempre
motivando os colaboradores a cumprirem suas metas.

Comunicação Externa

Será publicada em todos os meios de comunicação os feitos ambientais da


empresa, tais como treinamentos, metas atingidas e selos adquiridos. Será estampado
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nos veículos da empresa os selos de conformidade, e sempre que haver eventos
ecológicos e ambientais na região a empresa entrará como patrocinadora.
Também haverá um serviço de ouvidoria ao cliente e comunidade em que serão
coletados as sugestões e críticas.

9. DOCUMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO

Esta documentação é necessária para que o sistema de gestão ambiental seja


operado eficazmente. Estes documentos devem em sua essência prover as informações
necessárias aos empregados. Deverá ser armazenada sempre que haver necessidade,
de forma a obter um portfólio, e assim que obter um grau considerado, resumir estes
documentos na forma de um manual que apresentará o sistema de gestão ambiental da
empresa. Tais documentos que serão armazenados estão explícitos abaixo:

- Declaração de política, objetivos e metas


- Descrição de programas e responsabilidades
- Informações sobre aspectos ambientais significativos
- Procedimentos
- Fluxogramas organizacionais
- Normas de conduta, tanto internas quanto externas
- Planos de emergência

Separado do manual deverá haver registros em forma de ata de todas as


reuniões, decisões e mudanças do sistema de gestão ambiental.

10. CONTROLE DE DOCUMENTOS

Os documentos relativos à gestão ambiental devem ser controlados por um


sistema informatizado e partilhados por todos os responsáveis na parte correspondente
a cada um deles. Todos os documentos devem ter junto todas as atualizações e versões
e ser datada.
O Manual do Sistema de Gestão Ambiental deve ser atualizado e revisado no
máximo a cada três anos, e deverá ser feito pelo representante da administração. A
Política Ambiental da empresa estabelece os princípios da empresa relativos ao seu
compromisso com o desempenho ambiental.
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Os documentos relativos à gestão ambiental devem ser em locais adequados e
partilhados por todos os responsáveis na parte correspondente a cada um deles, com a
intenção de serem encontrados de modo eficaz. Serão periodicamente analisados,
revisados quando necessário e aprovados, quanto à sua adequação, por pessoal
autorizado.

11. CONTROLE OPERACIONAL

É necessário conhecer as atividades que causam os impactos ambientais para


poder garantir o cumprimento da política e das exigências ambientais.
Alguns aspectos que estão associados ao controle operacional como: Instruções
de trabalho (procedimentos operacionais), Instalação de dispositivos e sistemas de
controle dos poluentes, Manutenção, Comunicar as diretrizes para os fornecedores e
clientes (atuação junto a fornecedores), Os procedimentos devem ser revisados com
melhoria da performance ambiental.
A destinação de resíduos é o principal foco do controle operacional da empresa, o
controle será definido em planilha específica e com fluxograma destas atividades. Cada
membro da comissão será responsável pelo controle operacional das atividades na sua
área de atuação.
Para que seja feito um controle dos padrões da empresa terá o Sistema de
Controle de Padrões, o controle da aquisição de novas normas e atualização das últimas
versões das normas brasileiras deverá ser feito pelo Centro e Informações Técnicas, e
licenças ambientais necessárias para instalação de novos empreendimentos e operação
da Empresa serão controladas pela Gerência de Meio Ambiente.
Para que todos os procedimentos que interessam à Gestão Ambiental sejam
documentados, com vista a serem adequadamente compreendidos, implementados e
mantidos com eficácia, vai instituir-se o Plano de Gestão de Resíduos (PGR),
contemplando a quantificação, separação e movimentação dos resíduos, a identificação
de contentores, a armazenagem provisória e a seleção do destino final.

12. SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA

A ocorrência das situações de emergência normalmente se dão em casos de


acidentes, ou simplesmente na possibilidade de se ter um acidente, estas situações
necessitam de ações corretivas, ou de tomada de decisão imediata.
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A possibilidade deste tipo de situação deve ser eliminada, mediante planejamento
e ações preventivas como, manutenção dos equipamentos e instrução da equipe. A
empresa também deve estar atenta a correção destas situações que eventualmente
venham a ocorrer.
Desta forma deve-se analisar e identificar ações que devem ser tomadas em
situações de emergência, e criar regras operacionais que induzam a equipe a trabalhar
de forma correta, que consequentemente minimiza os riscos a tais situações.
Ainda mais importante que achar ações corretivas, deve-se identificar as causas e
criar ações preventivas, com o objetivo de evitar o acidente.
Estas analises ficam a encargo de uma equipe, esta deverá reunir-se
periodicamente, realizando testes, simulações e observando possíveis erros, e com isso
atualizar as ações preventivas, deixando o sistema mais eficiente.
Em síntese, serão estabelecidos procedimentos para identificar situações
passíveis de causar acidentes e situações de emergência, bem como serão definidas
medidas de atuação a ter nesses casos, visando a segurança das pessoas, funcionários
e utilizadores da estrutura, estabelecendo as regras a cumprir na evacuação, bem como
a capacidade de resposta quanto à prevenção e minimização dos impactos ambientais
que possam estar correlacionados.
Está prevista, para um futuro próximo, a elaboração de um Plano de Emergência
Interno (PEI). Serão realizados simulações para testar os procedimentos e equipamentos
e a resposta das pessoas em caso de emergência, bem como os procedimentos a ter
em termos de emergência ambiental.

13. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO

Para que haja um funcionamento correto do sistema de que irá reduzir os riscos
ambientais deve-se ter um conjunto de ações preventivas e um monitoramento das
atividades deste sistema, de tal forma a garantir uma constância em suas operações.
A empresa então, deve a partir de uma comissão responsável encontrar uma
forma simplificada de medir o desempenho ambiental através de um controle do correto
funcionamento e da utilização correta dos instrumentos para que se possa alcançar os
objetivos estabelecidos.
Portanto para atender os requisitos das normas e da legislação ambiental, deverá
ser acompanhado os requisitos legais ambientais. Onde pode ser utilizado um banco de
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dados com a regulamentação ambiental vigentes do país com atualizações e
acompanhamentos periódicos.
Após definidos as ações a serem feitas na empresa, faz-se imprescindível o
gerenciamento destas ações, para controlar, verificar, medir e analisar cada uma delas, a
fim de garantir um sistema de gestão ambiental eficiente. Assim, podendo aplica-las
para cada processo de fabricação afim de monitorar o desempenho ambiental da
empresa.
A avaliação deste sistema de gestão ambiental poderá ser feita através de visitas
periódicas ao canteiro de obras da empresa, onde serão produzidas as peças a serem
entregues e colocadas nas obras, estas visitas terão como objetivo averiguar a forma de
trabalho da empresa e o processo produtivo das peças. Desta forma podendo identificar
facilmente falhas e pontos que não estarão em conformidade com as normas e
legislações, que poderão ser melhorados e corrigidos, controlando pontos que não estão
de acordo com o sistema proposto.
Também podem ser analisados os equipamentos utilizados no sistema de
produção assim como a qualificação dos funcionários, visando evitar os desperdícios de
material e consequentemente a produção de resíduos. Devendo corrigir os possíveis
problemas caso identificados sendo com treinamento de funcionários ou aquisição de
novas ferramentas.

14. NÃO CONFORMIDADE E AÇOES CORRETIVAS E


PREVENTIVAS

As ações corretivas dependem da detecção de problemas e não conformidades


além de oportunidade de melhorias, desta forma é possível executar ações para evitar
que aconteçam novamente na empresa.
Estas ações devem ser discutidas e avaliadas por um grupo de pessoas
responsáveis pela avaliação do sistema de gestão ambiental da empresa, visando a
melhoria dos pontos que ainda não estão de acordo com o esperado.
Já ações preventivas devem ocorrer através de fontes de informação, como
reclamações de clientes, sugestões, relatórios de gestão e análise dos processos de
fabricação das peças. Estas ações possibilitam a tomar atitudes a fim de eliminar erros e
problemas que podem se tornar cada vez mais graves ao longo do tempo.
Devem ser identificadas as causas das não conformidades e fazer com que estas
ações reduzam seus impactos ambientais, tendo em vista que estas não voltem a se
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repetir, registrar os seus resultados e avaliar se a forma com está sendo executada é
eficaz para continuar dentro do plano de gestão.
Este sistema de gestão ambiental apenas poderá ser garantido se houver o
treinamento correto dos funcionários para que sigam as instruções de trabalho e evitem
o desperdício de material assim como o acumulo e destino incorreto de resíduos
provenientes da fabricação das peças de pré-fabricados. Uma maneira que poderá ser
adotada é a criação do manual técnico de uso e destinação dos resíduos, dando maior
importância aos que não podem ser reutilizados de outras formas, assim podendo
mensurar a quantidade de material desperdiçado e a quantidade final de resíduos
gerados.
A partir deste manual que deverá ser entregue ao responsável técnico da
produção, para que o mesmo possa adequar o canteiro e controlar os impactos
ambientais motivados na produção das peças, poderá gerar assim até uma economia
nos gastos com materiais e uma melhor organização da produção como um todo.

15. REGISTROS

As atividades que a empresa deseja realizar, necessitam de documentos que as


licenciem para a execução dos serviços ou que permitam a utilização do terreno. As
ambientais dentre essas são as mais importantes.
As licenças podem ser de três tipos: Licença Prévia (LP) autoriza o empresário a
desenvolver o projeto do empreendimento. Aprova a localização e a concepção e atesta
a viabilidade ambiental do empreendimento ou atividade; Licença de Instalação (LI) é
requerida ao se ter o projeto aprovado, servindo para a construção do empreendimento
ou atividade, de acordo com esse projeto e a Licença de Operação (LO) que é expedida
após a licença de instalação, depois da verificação de que o empreendimento foi
construído de acordo com o projeto aprovado. Autoriza o empresário a iniciar as
atividades do empreendimento. Estas licenças encontram-se detalhadas na Resolução
Conama nº 237/97. Segundo a Cartilha de Licenciamento Ambiental editada pelo
Tribunal de Contas da União, em 2004, a ausência de licenciamento ambiental pode
ocasionar consequências de ordem pessoal (pena de detenção e/ ou multa) e/ou
sanções administrativas, de acordo com a Lei nº 9.605/98; bem como denúncia do
empreendimento pelo Ministério Público. Desta maneira, é imprescindível que se guarde
os documentos citados, para comprovar a uso do local a fim de evitar as punições
citadas pela Lei referida.
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Outra forma de registro são os documentos resultantes de Auditorias da empresa.
As auditorias têm como objetivo eliminar desperdícios, simplificar tarefas, servir de
ferramenta de apoio à gestão, transmitir informações aos administradores sobre o
desenvolvimento das atividades executadas, verificação geral das contas da empresa.
Diante destes benefícios que traz uma auditoria devem-se arquivar seus resultados para
que no futuro possa saber as decisões acertadas e erradas, poder saber se o que foi
traçado foi executado, cortar gastos.
Diante disso é recomendável arquivar documentos importantes como os que
foram citados acima, com o objetivo de comprovar as ações da empresa e guiar a
empresa nas decisões futuras. Deve-se arquivar tanto em formato físico, quanto em
formato digital. Arquivos de licenças ambientais é recomendável guardar até o fim do
empreendimento e documentos de auditorias por um período de aproximadamente 5
anos.

16. AUDITORIA DO SISTEMA DE GESTÃO

É uma ferramenta que permite reduzir efeitos sobre o ambiente como um tudo,
melhorar a imagem da empresa e aumentar a eficiência do processo produtivo. As
Auditorias surgem como uma ferramenta para a implementação e certificação de
sistemas de gestão em empresas/organizações, em parte ou em seu todo.
A auditoria ao sistema de gestão ambiental (SGA) e segurança/ocupacional (SSO)
consiste num processo de verificação sistemático e documentado, que pretende obter e
avaliar de forma objetiva evidências para determinar se o SGA e o SSO da organização
estão conforme com os critérios de auditoria dos Sistemas de Gestão estabelecidos e
para comunicar os resultados deste processo à Direção. Entre os benefícios da
realização de auditorias de sistemas de Gestão, podemos citar:

- Fornecem informações para a análise crítica pela Administração;


- Fornecem oportunidades para a melhoria contínua;
- Aumentam o desempenho operacional;
- Aumentam a satisfação e confiança das partes interessadas;
- Demonstram compromisso da alta gerência;
- Melhoram a conscientização, motivação e participação dos colaboradores.
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Basicamente, auditorias ambientais devem observar quatro aspectos principais,
na empresa e nas suas instalações: o atendimento a requisitos legais e requisitos de
órgãos ambientais; a conformidade com a política ambiental da empresa; gestão dos
aspectos ambientais da empresa; o plano de ação para correção de deficiências
identificadas nos itens anteriores.
Em todos os tipos de auditoria devem ser considerados os Requisitos Legais
conforme estabelece a ISO 14001:2004 e OHSAS 18001, requer que a organização
estabeleça, implante e mantenha procedimentos para Identificar e ter acesso aos
requisitos legais e requisitos subscritos pela organização; determinar a aplicabilidade
dos requisitos aos seus aspectos; a organização deve também garantir que os requisitos
aplicáveis são considerados quando estabelecer, implantar e mantiver o Sistema de
Gestão (SGA ou SSO). Deve-se fazer distinção entre Conformidade e Legalidade:

- Conformidade: Agir de acordo com os padrões e procedimentos vigentes;


- Legalidade: Total cumprimento dos requisitos legais.

17. ANÁLISE CRÍTICA DO SISTEMA DE GESTÃO

Para melhor aplicação e controle sobre o Sistema de Gestão Ambiental é


necessário fazer a análise do sistema, ou seja, verificar se o sistema está funcionando
adequadamente e eficientemente. Deve ser realizado pela alta diretoria, pois é este setor
que administra o cronograma, recursos financeiros e recursos humanos. Deve ser
realizada a análise com periodicidade e deve sempre ser documentada, a fim de
registrar o andamento do sistema bem como as decisões tomadas.

18. CONCLUSÕES

O Plano de Gestão, por mais abrangente que possa parecer, não envolve todos os
aspectos da empresa. Sabe-se que diversas outras ações podem ser tomadas, o que
torna a participação de todos os funcionários da empresa, e até a comunidade local, de
suma importância para o continuidade do processo de desenvolvimento sustentável de
uma empresa.
Ainda, o gerenciamento correto de todo o processo construtivo deve estar lado a
lado com o plano de gestão, a fim de que todos os materiais e processos que estejam no
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processo atendam as exigências do plano ambiental. A cultura da utilização do conceito
de sustentabilidade, bem como o plano de gestão ambiental vem sendo implantada
cada vez mais no mercado brasileiro, devido a um exigência interna da própria
economia.
O Plano de Gestão Ambiental também direciona o acompanhamento ambiental,
definindo os procedimentos e registrando todas as ações realizadas, avaliando os
benefícios em relação ao seu custo, as dificuldades e resultados obtidos durante todo o
processo. Cabe ressaltar que este plano não é fixo, necessitando o aprimoramento das
ações implantadas em cada serviço, visando racionalizar todos os serviços realizados
para construção de uma edificação.
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REFERÊNCIAS

ARCELLOR MITTAL. Manual do Sistema de Gestão Ambiental. Espírito Santo, 2012.


Disponível em <http://www.cst.com.br/sustentabilidade/gestao_ambiental/iso14001/pdf/
manual_sga.pd> Acesso em 13/06/2015.

CONSONI A. J., BRAUNS B., BITAR O.. Sistema de gestão ambiental simplificado -
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