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GPL/27

GRUPO DE ESTUDO DE PLANEJAMENTO DE SISTEMAS ELÉTRICOS - GPL

PROCEDIMENTO COMPETITIVO PARA CONTRATAÇÃO DAS MARGENS DE TRANSMISSÃO POR


GERADORES NA REDE BÁSICA DO SIN

LAERCIO FLAVIO DE MENESES GUEDES(1);THIAGO GUILHERME FERREIRA PRADO(2);SUMARA


DUARTE TICOM(1);ROSEANE DE SOUZA NUNES(1);ALEXANDRE DANTAS FONSECA DOS
ANJOS(1);MARIA PAULA BELISARIO MAY SALVADOR(1);ANDREIA MAIA MONTEIRO(1);FERNANDO
MACHADO SILVA(1);LUCAS SANTOS E SILVA
OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRICO(1);MINISTERIO DE MINAS E ENERGIA(2)

RESUMO

Diante do cenário de crescente demanda por acesso dos agentes geradores e esgotamento físico da capacidade de
escoamento do sistema de transmissão, no qual o critério de ordem cronológica deixa de ser adequado para a
alocação das margens de transmissão remanescentes, este trabalho apresenta uma proposta baseada na adoção
de mecanismos dinâmicos e competitivos para a concessão de acesso ao serviço público de transmissão de energia
elétrica aos agentes de geração, permitindo assim, através de um processo simples transparente e que melhor
acomode a atual realidade do setor, aprimorar a eficiência alocativa do processo, maximizar o uso da rede e diminuir
o risco de restrições na fase de acesso e operação.

PALAVRAS-CHAVE

Procedimento Competitivo por Margem, PCM, Margem de Escoamento, Acesso ao Sistema de Transmissão.

1.0 – INTRODUÇÃO

A expansão acelerada de ativos de geração renovável, acrescida do aumento expressivo no número de solicitações
de outorgas decorrente da Lei nº 14.120, de 1º de março de 2021, estabeleceram um cenário de grande competição
pela capacidade de transporte do Sistema Interligado Nacional (SIN) e acentuaram as características de escassez
inerente a esse recurso. Diante disso, o critério no qual a ordem cronológica de solicitação de acesso determina
prioridade na contratação do uso, conhecido como “fila de acesso”, existente no arcabouço regulatório do setor para
acesso ao sistema de transmissão deixa de ser adequado, tornando-se fundamental, para acomodar a nova
realidade do sistema, a adoção de um mecanismo competitivo para contratação da margem de escoamento pelos
agentes de geração.

Embora a situação decorrente da Lei nº 14.120, de 1º de março de 2021 tenha potencializado sobremaneira as
solicitações de acesso aos sistemas de transmissão, observa-se que o forte compromisso dos países no mundo para
a transição energética para que suas matrizes eletroenergéticas sejam net zero em emissões de gases de efeito
estufa há, também, uma aceleração do ingresso de fontes renováveis aos seus sistemas de transporte, isto é, o
mundo também vivencia um conflito entre a capacidade de transporte e múltiplos acessos de fontes renováveis de
energia ou, ainda, acessos para transportes de grandes blocos de energia elétrica à exemplo da evolução da
implantação de parques eólicas offshore. Dessa forma, o problema que se busca tratar no presente trabalho aplica-
se não somente à realidade nacional, mas encontra respaldo no cenário contemporâneo internacional.

Este trabalho apresenta uma proposta para a concessão de acesso ao sistema de transmissão baseada na utilização
de leilões e propondo, ao final, a adoção de um novo procedimento no setor, denominado Procedimento Competitivo
por Margem (PCM). Trata-se de uma solução em que, no caso de limitação de escoamento, os geradores
interessados precisarão competir pelo uso da rede, fazendo assim com que as margens remanescentes sejam
alocadas de maneira mais eficiente, a utilização da rede seja maximizada1 e o risco de restrições na fase de acesso
e operação seja reduzido.

Tal proposta é fruto de amplo debate realizado ao longo do ano de 2022, envolvendo, dentre outros, o Ministério de
Minas e Energia (MME), o Operador Nacional do Sistema Elétrico (nos), a Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL), a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), a Câmara Comercializadora de Energia Elétrica (CCEE) e
1Fontes com maior flexibilidade locacional podem ser direcionadas, pela dinâmica do mecanismo, a outros pontos da rede inicialmente não
observados pelos empreendedores.

lguedes@ons.org.br
2

diversas associações do setor, e culminando na publicação da Portaria nº 702/GM/MME, de 1º de novembro de 2022,


e Portaria nº 716/GM/MME, de 21 de dezembro de 2022 que tratam, respectivamente, das diretrizes e sistemática
para implementação do procedimento proposto neste trabalho.

2.0 – CONTEXTUALIZAÇÃO

Nos últimos anos, o interesse de empreendedores na implantação de novos ativos de geração, sobretudo renováveis
com fontes eólicas e solares, principalmente no norte de Minas Gerais e Região Nordeste, cresceu de maneira
acelerada (conforme ilustrado pelo gráfico apresentado na Figura 1), demandando de todo o setor elétrico um grande
esforço para acomodação dessa geração, tanto sob o aspecto do planejamento da geração e transmissão, quanto
da operação e acesso à Rede Básica.

Figura 1 – Unidades Liberadas para Operação Comercial (EOL e UFV)

Fonte: ANEEL – Relatórios e Indicadores - Ralie - Acompanhamento da Expansão da Geração – Resumo Geral de Operação
Comercial (Atualização de 15/05/23)

Dentre outros fatores, o crescimento da geração renovável se deve, principalmente, ao interesse por fontes de
energia limpa, ao barateamento tecnológico e, não menos importante, aos incentivos governamentais seja de ordem
federal seja de ordem estadual, dentre os quais destacam-se os descontos na Tarifa de Uso do Sistema de
Transmissão (TUST) e na Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), conforme alterações dispostas pela Lei
nº 13.360, de 17 de novembro de 2016, e pela Lei nº 13.203, de 8 de dezembro de 2015; na esfera estadual cita-se
a isenção de ICMS no Estado de Minas Gerais para fontes renováveis (solar, eólica, biogás, biomassa e hidráulica).

No âmbito federal, ao estabelecer um prazo para o fim dos supracitados descontos, a Lei nº 14.120/2021, de 1º de
março de 2021, provocou um aumento vertiginoso na busca dos agentes de geração por obtenção de outorga como
Produtores Independentes de Energia, conforme retratado na Erro! Fonte de referência não encontrada. somando,
assim, desafios adicionais ao esforço em curso para a acomodação da nova realidade de expansão da geração.

Figura 2 – Atos de outorga de geração emitidos a partir de 2015 (por tipo de Fonte)

Fonte: ANEEL – Relatórios e Indicadores - Atos de Outorga da Geração (Atualização de 06/06/23)

Como resultado dessa corrida para obtenção de outorgas, obteve-se um cenário em que a oferta de geração supera
a demanda projetada para a contratação centralizada no próximo decênio, conforme previsto no Plano Decenal de
Expansão de Energia (PDE) 2031. Em outras palavras, a expansão prevista do sistema de transmissão para
atendimento das necessidades energéticas do país é um fator limitante de toda essa oferta de geração, pois não
será acompanhada por um aumento da demanda. Ao mesmo tempo, realizar a expansão da capacidade de
transporte apenas observando uma parte da equação, a oferta da geração, terá consequências negativas sob a
perspectiva tarifária, pois em não havendo demanda haverá capacidade ociosa de transporte sem projetos de
geração efetivamente implantados, no curto e médio prazos.
3

Por outro lado, cabe destacar que, no presente momento, o cenário de preços de geração das fontes renováveis
aponta para o crescimento da geração predominantemente na Região Nordeste, o que implica necessariamente que
o escoamento de sua geração estará diretamente ligado à necessidade de expansão da interligação entre os
subsistemas Norte-Nordeste-Sudeste.

Neste cenário, em conjunto com um novo contexto no qual o processo de abertura de mercado encontra-se cada vez
mais avançado e a oferta nacional passa a ser majoritariamente ancorada no Ambiente de Contratação Livre (ACL),
a Informação de Acesso (IA), um dos requisitos para obtenção de outorga, que era um instrumento adequado em
contextos de expansão da geração passados (principalmente enquanto o Ambiente de Contratação Regulado (ACR)
era a principal alavanca da expansão da oferta de energia elétrica nacional), tornou-se rapidamente um documento
obsoleto e sem eficácia. Ao analisar o impacto sistêmico de forma individualizada, por projeto, a IA apresenta uma
viabilidade de escoamento que, na maioria dos casos, acaba se tornando inválida quando atingida a fase de obtenção
do parecer de acesso.

Diante da crescente demanda por autorização dos agentes geradores, do esgotamento físico da capacidade de
escoamento do sistema de transmissão e de um processo de acesso que não considera outros fatores além da
“ordem de chegada”, a alternativa adotada para as negativas de viabilidade de escoamento foi a emissão, pelo
governo federal, do Decreto nº 10.893, de 14 de dezembro de 2021, que estabeleceu a dispensa da exigência de
Informações de Acesso para a emissão de outorgas protocoladas na ANEEL até 02 de Março de 2022. O resultado
foi a inscrição de aproximadamente 4.000 novos pedidos de outorgas de empreendimentos de geração.

Nesta situação em que o sistema de transmissão, via sua margem de escoamento, passa a se caracterizar
claramente como um recurso escasso, a regulamentação atual do acesso precisa ser revista. A priorização de
emissão de parecer e assinatura de CUST com base na ordem cronológica de solicitação de acesso junto ao ONS,
através de um processo que não considera fatores como a viabilidade de implantação, performance contratuais
anteriores, capacidade de implantação do projeto e aspectos técnico-econômicos 2 entre outros, deixou de ser
adequada.

É patente que estamos diante de um problema de matching, com ampla literatura sobre o assunto, segundo Agnetis
[12] tais problemas estão entre os mais importantes e estudados em otimização de redes, com diversas aplicações,
tanto para modelagem de problemas da vida real quanto como ferramenta de solução para problemas complexos de
otimização.

Diante de tal cenário, considerando o referencial técnico e teórico existente sobre o tema, torna-se premente a adoção
de um mecanismo competitivo que permita melhorar a eficiência alocativa e maximizar o uso da rede, através de um
processo simples, transparente e que melhor acomode a atual realidade do sistema, inclusive no que diz respeito às
suas incertezas.

Esse mecanismo passou a ser previsto a partir do Decreto nº 10.893, de 14 de janeiro de 2021, que, em seu Art. 2º,
estabeleceu que “A Aneel poderá promover, direta ou indiretamente, conforme as diretrizes estabelecidas pelo
Ministério de Minas e Energia, procedimento competitivo para a contratação de margem de escoamento para acesso
ao Sistema Interligado Nacional”.

3.0 – ORDEM CRONOLÓGICA (FILAS) x MECANISMO COMPETITIVO

Ainda que seja o método tradicionalmente utilizado no setor elétrico nacional e em diversos países, através do
chamado “First Come First Served” e suas diversas variações, a adoção de um critério de ordem cronológica para a
alocação da margem remanescente do sistema de transmissão em um cenário de rápida expansão da oferta possui
aspectos negativos bastante claros e visíveis no case Brasil, dentre os quais destacam-se os seguintes:

i. Ineficiência Alocativa
Trata-se de um critério em que os empreendimentos de maior viabilidade técnico-econômica (e que, portanto,
atribuem maior valor à margem remanescente em determinada localidade), não necessariamente serão os
empreendimentos que conseguirão se conectar ao sistema (dado que, não necessariamente ocuparão as melhores
posições na fila). Uma consequência imediata deste aspecto, para além das questões de eficiência na alocação da
capacidade de transporte entre geradores que efetivamente entrarão em operação, diz respeito à possibilidade de
alocar margens para agentes que possuem menor comprometimento com sua efetiva utilização e que, ao final,
podem inclusive não implantar seus projetos. Conforme indicado pela Figura 3, trata-se de um problema que
atualmente já é observado no sistema brasileiro.3

2 Faz-se importante destacar que, neste caso, a ideia não consiste em adicionar novos itens de análise que aumentem o grau de
discricionariedade no processo existente (e.g. “fila de acesso”), mas sim desenhar uma solução que considere, de forma endógena, aspectos
como os indicados (por isso o direcionamento para uma opção que utilize mecanismos competitivos).
3 Cabe destacar que a proposta atualmente em análise para o “tratamento excepcional na gestão de outorgas de geração e CUSTs” não apenas

mantém inalterado o problema original, como tende ainda a agravá-lo, ao criar um problema de moral hazard a partir da expectativa (ou
possibilidade) de que se possa recorrer novamente a esse tipo de solução no futuro.
4

Figura 3 – MUST contratado por centrais geradoras que não estão em operação comercial, total (esquerda) e
apenas centrais com CUST em execução (direita), por ano de início de execução dos CUST.

Fonte: ANEEL (2023)

ii. Morosidade
Nos procedimentos baseados em fila todos os pedidos de acesso precisam ser analisados, uma vez que não se
sabe, para cada solicitação, a respectiva disponibilidade de margem. Desta forma, em um cenário de rápida
expansão da oferta de geração (e/ou elevado número de pedidos), prazo mais longos, “congestionamentos” e
aumento considerável do esforço alocado nas análises pertinentes ao rito de acesso serão consequências imediatas
desta opção.4

Adicionalmente, além dos aspectos destacados, deve-se ainda ressaltar o menor nível de transparência inerente a
este tipo de método, bem como sua maior abertura para discricionariedades, capturas5 e judicializações, afastando
seus resultados do que seria ótimo do ponto de vista social. À exemplo disso, observa-se que há pedidos
administrativos e judiciais de agentes geradores na ANEEL para o estabelecimento de “filas alternativas” o que torna
patente a ineficiência do processo atual.

Assim sendo, frente aos problemas apresentados pelos critérios baseados em ordem cronológica, que são também
característicos de outros possíveis métodos alternativos (e.g. processos administrativos, filas com atributos, loterias,
etc.), se mostra bastante justificada a opção por mecanismos competitivos e, mais especificamente, pela adoção de
leilões. Neste caso, trata-se de uma alternativa que possibilita a obtenção de alocações eficientes, a partir de um
procedimento simples, transparente, ágil e menos oneroso, que utiliza informações importantes e que ainda permite,
caso seja a opção, arrecadar receitas que podem ser revertidas em benefício de toda a sociedade.

Em resumo, tem-se uma situação em que leilões bem desenhados irão indicar, de maneira simples, eficaz e
endógena, a quem deve ser destinada a capacidade de transporte remanescente e a que preços, designando-a aos
agentes geradores com melhor capacidade para usá-la e gerar valor para a sociedade a partir de tal uso, algo que
os métodos baseados em ordem cronológica não fazem. Ainda, permitem às fontes geradoras renováveis que
possuem rigidez locacional para a sua implantação que conheçam outros pontos do sistema de transmissão que
possuem margem disponível de tal sorte que é possível avaliar a realização do projeto para pontos com capacidade
que antes não eram observados pelos acessante, induzindo assim, um melhor uso do sistema de transmissão
existente e futuro. Logo, em havendo melhor uso dessa capacidade, eleva-se a quantidade de pagantes para uma
capacidade de transmissão fixa, o que repercute positivamente na perspectiva tarifária dos serviços de transmissão
de energia elétrica.

4.0 – PROPOSTA

Diante da necessidade de adequação do processo de acesso a um cenário de escassez de margens, adotando-se


para tal uma solução baseada em um mecanismo competitivo, foi elaborada uma proposta baseada em leilões que
culminou na construção do “Procedimento Competitivo para a Contratação de Margem de Escoamento para Acesso
ao Sistema Interligado Nacional – SIN”, também denominado “Procedimento Competitivo por Margem (PCM)”.

O desenho do procedimento proposto se fundamentou, principalmente, na busca por maior eficiência alocativa, bem
como, dentro das limitações do contexto e dinâmica vigente no setor, na maximização do uso da rede e melhoria do
rito de acesso atual, desburocratizando o processo e resolvendo o problema da fila de pedidos acumulados.

Com base nesses objetivos, uma premissa inicialmente adotada para a elaboração do procedimento foi considerar a
disponibilização das margens disponíveis em todo o horizonte vigente no Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo
do SIN – PAR/PEL do ONS. Trata-se de uma opção que, ao ampliar as possibilidades de escolha do ponto de
4 Esses prazos mais longos e congestionamentos, também chamados “queue backlogs”, consistem, inclusive, no principal motivo para a busca
de novas soluções para o tema em diversos países. Ver, por exemplo, Thema Consulting Group (2020).
5 Neste caso o termo “captura” se refere às situações nas quais verifica-se distorções do interesse público em favor de interesses privados, com

tais distorções sendo resultantes de pressões realizadas por grupos de interesse.


5

conexão pelos participantes, sob uma ótica temporal, favorece a busca por maior eficiência na alocação dos recursos
disponíveis e a maximização do uso da rede. De maneira similar, a ideia foi também permitir, tanto quanto possível,
a competição dos participantes pelos mais diversos barramentos disponibilizados, aumentando assim as
possibilidades de escolha do ponto de conexão também sob uma ótica de localidade física. Desta maneira, cada ano
do PAR/PEL foi definido como um produto específico no procedimento, com cada produto sendo disponibilizado
sequencialmente (em ordem crescente).

Do ponto de vista da elegibilidade, tendo como princípios norteadores adicionais para o procedimento a neutralidade
tecnológica e a isonomia entre fontes e ambientes de contratação, assim como a clara intenção de não criar qualquer
tipo de distorção adicional na concessão de acesso, em um primeiro momento considerou-se qualquer
empreendimento de geração sem CUST ou CUSD vigente, com ou sem outorga, apto a participar do PCM,
independentemente da fonte ou elegibilidade ao percentual de redução de que trata o art. 26 da Lei nº 9.427, de 26
de dezembro de 19966.

A Figura 4 – Fluxograma proposto para o PCM


Figura 4 apresenta um resumo do fluxo, até a assinatura do CUST, definido na proposta para o PCM, em que o DPA
corresponde ao Diagnóstico Preliminar de Acesso, documento que consolida as análises técnicas do Mapa de
Margem e viabiliza a emissão de outorga preliminar para assinatura dos CUST/CCT.

Figura 4 – Fluxograma proposto para o PCM

4.1 - CADASTRAMENTO

Na etapa de Cadastramento, os participantes deverão realizar um aporte de garantia para a participação no


procedimento competitivo, de valor suficiente para evitar a entrada de agentes com menor compromisso em relação
à implantação de seus empreendimentos, e, para fins de cálculo das margens a serem disponibilizadas, os
competidores elegíveis ao PCM poderão indicar até 3 (três) barramentos de interesse. Em posse de tais indicações,
o ONS irá calcular e divulgar as margens de escoamento remanescentes disponíveis nos barramentos indicados,
estando habilitados para o procedimento competitivo os barramentos indicados que possuírem margem de
escoamento remanescente.

Independentemente das 3 (três) opções indicadas na etapa de cadastramento, os empreendimentos poderão


competir por qualquer barramento habilitado no PCM. Desta forma, após a divulgação dos barramentos habilitados,
e antes do início da oferta de cada produto, haverá uma etapa prévia em que cada participante deverá escolher seu
barramento preferencial para tal produto, podendo o participante concorrer, no produto em questão, apenas neste
barramento escolhido7.

A opção pela indicação de 3 (três) barramentos por cada participante, bem como a possibilidade de competição em
qualquer barramento habilitado e a escolha do barramento preferencial apenas na etapa prévia antes de cada
produto, foram adotadas visando ao desenho de um mecanismo que proporcionasse maior eficiência na alocação
dos recursos de transmissão e a maximização do uso da rede, mas mantendo um nível de complexidade adequado
para um procedimento completamente novo e que será realizado pela primeira vez8.

4.2 – Mapa de Margem

6 Neste caso trata-se de uma definição estabelecida para a solução em seu caráter mais geral. No caso específico das diretrizes para o PCM
inicialmente previsto para o ano de 2023, além das condições indicadas, para serem considerados elegíveis ao procedimento os
empreendimentos também deveriam possuir outorga ou ter solicitado outorga à Aneel até 2 de março de 2022.
7 Inicialmente a ideia era que todos os empreendimentos pudessem competir por qualquer barramento habilitado para o PCM. No entanto,

nesta solução os barramentos habilitados seriam disponibilizados sequencialmente, um a um, implicando em uma duração significativamente
maior para o procedimento, o que fez com que, neste momento, tal opção fosse descartada.
8 Para um leilão que será conduzido pela primeira vez, faz-se importante, tanto quanto possível, a opção por um desenho simples e de fácil

entendimento, caso contrário, o mecanismo poderá ser mal-entendido, levar a escolhas ruins e, consequentemente, fornecer resultados
ineficientes.
6

Os estudos para definição das margens a serem ofertadas deverão garantir o atendimento aos critérios N e N-1,
consubstanciados nos Procedimentos de Rede, sem a utilização de Sistemas Especiais de Proteção – SEP. Ou seja,
nessas condições a margem ofertada não terá restrições ao escoamento.

O cálculo das margens de transmissão será realizado por barramento, sendo que, apenas em condições específicas,
onde se verifique a necessidade de ampliação das análises, deverão ser avaliadas também as limitações pertinentes
das margens por área e subárea.

Serão realizados estudos de fluxo de carga e curto-circuito. A análise verificará se existe margem de transmissão
para N e N-1 e se há superação da capacidade dos equipamentos por barramento cadastrado, considerando apenas
a potência cadastrada. Se não houver margem no sistema para acomodar toda essa capacidade, a potência será
reduzida até um valor que não provoque restrições de escoamento e/ou superação de equipamentos por curto-
circuito. No caso de existir cadastramento em mais de um barramento da subestação, estes deverão formar uma
subárea e a análise levará em consideração a influência do despacho das diferentes gerações simultaneamente.

A elaboração dos casos base para simulações elétricas, deverão considerar as instalações homologadas pelo Comitê
de Monitoramento do Setor Elétrico – CMSE a ser realizada no mês final do Cadastramento; as novas instalações
de transmissão arrematadas nos Leilões de Transmissão até o mês final do Cadastramento, desde que a previsão
de data de operação comercial não ultrapasse o horizonte vigente do PAR/PEL; as instalações de transmissão já
contratadas ou autorizadas considerando as datas de entrada em operação comercial previstas nas respectivas
outorgas de transmissão; e as margens ocupadas por empreendimentos de geração que tenham CUST assinado.

4.3 – Leilões de Barramentos

Após a etapa prévia, caso existam barramentos cuja demanda por margem seja inferior à oferta, ou seja, inferior à
margem de escoamento remanescente disponível, deverá ser adotado um mecanismo de pass-through. Nesta
situação, o barramento em questão não será colocado em leilão e todos os participantes que o escolheram como
barramento preferencial terão seu DPA emitido9.

Para os demais barramentos serão realizados, simultaneamente, um leilão para cada barramento habilitado que
tenha sido escolhido como barramento preferencial por algum participante no produto em questão. Cada
empreendimento poderá concorrer unicamente no barramento que tenha escolhido como preferencial para o produto
corrente.

Os leilões para cada barramento serão baseados em um formato aberto ascendente, no qual os participantes deverão
indicar, dentro de um intervalo de tempo pré-estabelecido, sua permanência no leilão aos preços correntes (em
R$/kW). A opção por tal formato se fundamenta principalmente no fato do PCM ser uma solução nova para todos os
agentes envolvidos (e sem histórico de pagamento pelo acesso), potencializando assim eventuais efeitos da falta de
informações sobre os valores atribuídos ao bem leiloado. Desta maneira, optou-se por um formato que permitisse
reduzir a complexidade informacional do lance e promovesse o chamado efeito disclosure, revelando informações
dos participantes ao longo do leilão e possibilitando o ajuste das estratégias durante o certame. Neste caso, trata-se
de aspectos importantes para os resultados do procedimento no cenário previsto de implantação, uma vez que
favorecem a obtenção de resultados eficientes e, dentre outros, reduzem o risco da chamada “maldição do vencedor”
(winner’s curse)10.

4.4 – Pagamentos

Inicialmente considerou-se para os leilões do procedimento lances baseados em pagamento de prêmio à vista, uma
vez que essa opção sinaliza, de forma clara e inequívoca, o comprometimento do empreendedor com o
desenvolvimento do projeto e revela, por meio de um procedimento competitivo e transparente, o valor atribuído
pelos agentes à reserva de margem.

Sobre esta opção, cabe destacar que, frente ao elevado grau de competitividade do mercado de comercialização de
energia elétrica e à baixa representatividade da oferta dos geradores que efetivamente se conectarão em relação ao
mercado existente, não haveria razão para maiores preocupações quanto ao repasse desse prêmio para o preço da
energia (neste caso é importante fazer a correta distinção entre custo fixo e custo marginal, sendo que, ao final, os
geradores vencedores, independentemente dos valores gastos no leilão, irão cobrar os preços que maximizam seu
lucro)11. Mais ainda, uma opção sistemática por leilões, considerando os ganhos de eficiência obtidos a partir de

9 Importante notar que esse mecanismo de pass-through proporciona importante flexibilidade ao procedimento, tornando a solução adequada
inclusive para cenários em que se verifique menor concorrência pela margem (e, consequentemente, diminuindo a relevância da discussão
sobre a característica conjuntural ou estrutural do atual cenário).
10 Para maiores detalhes sobre a especificação e desenho do leilão, assim como definição de sua sistemática e respectivos parâmetros, ver Silva,

L. S. (2023).
11 Ainda que não exista impacto nos preços da energia, o impacto no retorno dos geradores é real. No entanto, esse impacto no retorno dos

geradores consiste, essencialmente, em uma transferência de parte dos rendimentos dos agentes geradores para o governo que, direcionando
7

seus resultados, pode trazer efeitos que proporcionem, no médio e longo prazo, reduções nos preços finais de
energia.

Todavia, frente às diversas contribuições sobre este aspecto apresentadas durante a primeira consulta pública aberta
pelo MME, que além das ressalvas quanto a eventuais impactos nos preços de energia, questionaram também a
exequibilidade da realização dessa cobrança frente ao marco de livre acesso (indicando riscos de judicialização e
até mesmo inviabilização do procedimento), e considerando ainda que a arrecadação não estava entre os objetivos
principais inicialmente definidos para o PCM, optou-se por modificar a escolha inicial, alterando os lances para
Antecipação de Encargo (Pagamento à vista com abatimento no encargo do vencedor).

Por fim, em relação à destinação dos recursos arrecadados no procedimento, incluindo aqueles decorrentes de
penalidades, rescisões e não assinatura dos contratos, foi estabelecido que estes deverão ser destinados, em sua
totalidade, para fins de modicidade tarifária do serviço público de transmissão ou distribuição de energia elétrica.

4.5 – Medidas de Enforcement

Aproveitando-se da oportunidade de redesenho da dinâmica de acesso, assim como da versatilidade da proposta


em elaboração, e tendo em vista o diagnóstico dos problemas apresentados pelo rito atual, a especificação das
diretrizes para o PCM também contemplou medidas visando reforçar o nível de enforcement do processo12.

Neste sentido, além da garantia atualmente prevista para celebração do Contrato de Uso do Sistema de Transmissão
ou Distribuição, incluiu-se também a exigência de aportes de garantia para a participação no procedimento
competitivo, buscando assim selecionar a participação de empreendimentos realmente comprometidos.

Foi determinado também que, em caso de rescisões ou não assinatura dos contratos, os valores pagos no
procedimento competitivo não serão devolvidos e os empreendimentos vinculados ao mesmo grupo controlador
deverão ficar impossibilitados de concorrer novamente pela margem vinculada ao contrato anterior durante um prazo
pré-estabelecido, que deverá ser fixado pela ANEEL.

Além destas medidas, considerou-se ainda a impossibilidade de antecipação ou postergação dos contratos,
alterações no ponto de conexão e/ou em características técnicas que estejam relacionadas com a capacidade de
transporte associada e a rescisão do CUST ou CUSD no caso de descumprimento de qualquer condição prevista
nos contratos, inclusive no que se refere ao seu início de execução e ao pagamento dos respectivos encargos.

4.6 – Melhorias na Dinâmica de Acesso

No que diz respeito à melhoria da dinâmica de acesso, a simples adoção do PCM já endereça uma parcela
significativa do objetivo de melhoria da dinâmica de acesso, uma vez que, neste caso, apenas os vencedores
precisam ter suas solicitações de acesso analisadas (ao passo que, no procedimento de fila atualmente utilizado,
todos os pedidos devem ser analisados). Desta forma, trata-se de uma medida que, por si só, permite simplificar
bastante o processo e, dependendo da forma como for implementado, resolver o problema atual da fila de pedidos
acumulados.

Buscando ainda auxiliar na solução para os pedidos de outorga acumulados na ANEEL, foi definido que os
empreendimentos vencedores no PCM terão seus pedidos avaliados prioritariamente pela Agência.
Empreendimentos que possuam pedido de outorga protocolado na ANEEL, e que não tenham obtido acesso através
do PCM, terão o pedido mantido no processo de emissão de outorga caso manifestem seu interesse formalmente.

Adicionalmente, com o procedimento sendo adotado em caráter perene, cabe destacar também que a atual etapa
de Informação de Acesso deixa de existir e todo o processo de acesso atual pode ser substancialmente otimizado.
É importante observar que a realização de um único PCM poderá constituir elemento de elevado risco jurídico, pois
haverá três cenários: (i) agentes cujas regras de acesso, direitos, obrigações e penalidades ocorrem com o
arcabouço legal vigente; (ii) a partir da realização do PCM, tem-se os agentes que passam a obedecer as diretrizes
exclusivas deste rito; e, (iii) caso não ocorram outros PCM e observando as perspectivas de modernização das regras
de acesso em andamento na ANEEL cria-se um terceiro conjunto de agentes geradores com regras distintas. Diante
de tais justificativas é relevante a sua adoção de forma perene visando uma melhor do ambiente jurídico-regulatório.

5.0 – CONCLUSÕES

corretamente os valores arrecadados (por exemplo, para fins de modicidade tarifária), estará simplesmente recuperando parte do valor de
recursos que pertencem à sociedade (e em benefício desta).
12 Mesmo com a adoção de leilões, esse aspecto continua tendo grande importância para os resultados do processo, sendo relevante inclusive

para a eficácia do mecanismo proposto no cenário de expansão da geração vislumbrado para a implementação do procedimento (basta notar
que, caso os custos de inadimplência sejam pequenos, os participantes na verdade irão competir por opções do prêmio, não pelo prêmio em
si).
8

Este trabalho apresenta uma proposta inovadora para a concessão de acesso aos sistemas de transmissão pelos
agentes de geração13 na qual, em caso de limitação de escoamento, os interessados deverão competir pelo uso da
rede através de um leilão específico e periódico, denominado “Procedimento Competitivo por Margem (PCM)”.

Trata-se de uma solução que, por meio de um processo simples, transparente e que melhor acomoda a nova
realidade do setor, disciplina o processo de acesso atual no ONS baseado na “fila de acesso” e permite melhorar a
eficiência na alocação das margens remanescentes, maximizar a utilização da rede e diminuir o risco de restrições
na fase de acesso e operação com consequências positivas sob a ótica de remuneração dos ativos de transmissão.

A adoção deste procedimento como solução estrutural para a disponibilização de acesso ao sistema de transmissão
do SIN possibilita ainda, além de aprimoramentos no desenho proposto a partir dos resultados e aprendizados
obtidos em suas primeiras realizações, uma oportunidade para a reformulação do rito existente em sua totalidade,
buscando-se assim ganhos que não puderam ser capturados neste primeiro momento e permitindo que adequações
no arcabouço regulatório e legal sejam realizadas de acordo com a melhor solução identificada para o problema.

6.0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica. Relatórios e Indicadores relacionados ao segmento de Geração
de Energia Elétrica. Disponível em: https://www.gov.br/aneel/pt-br/centrais-de-conteudos/relatorios-e-
indicadores/geracao.
[2] ANEEL – Agência Nacional de Energia Elétrica (2023) Nota Técnica nº 28/2023–SRT-SCG/ANEEL. Disponível
em: https://antigo.aneel.gov.br/web/guest/consultas-publicas (Consulta Pública nº 015/2023).
[3] EPE – Empresa de Pesquisa Energética. Painel de Dados de Micro e Minigeração Distribuída. Disponível em:
http://shinyepe.brazilsouth.cloudapp.azure.com:3838/pdgd/.
[4] EPE – Empresa de Pesquisa Energética. (2022) Plano Decenal de Expansão de Energia 2031. Brasília:
MME/EPE. Disponível em: https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/plano decenal-
de-expansao-de-energia-2031.
[5] SILVA, L. S. (2023) Dois estudos em Teoria dos Leilões: Licitações e Desenho de um Mecanismo Competitivo
para acesso ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Dissertação (Mestrado em Economia), Faculdade de
Administração, Contabilidade e Economia, UnB.
[6] MME – Ministério de Minas e Energia (2022a) Portaria nº 702/GM/MME, de 1º de novembro de 2022. Disponível
em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-702/gm/mme-de-1-de-novembro-de-2022-441013610.
[7] MME – Ministério de Minas e Energia (2022b) Portaria nº 716/GM/MME, de 21 de dezembro de 2022. Disponível
em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/portaria-n-716/gm/mme-de-21-de-dezembro-de-2022-452753308.
[8] MME – Ministério de Minas e Energia (2022c) Nota Técnica nº 5/2022/SPE (SEI nº 0703077). Disponível em
http://antigo.mme.gov.br/web/guest/servicos/consultas-publicas (Consulta Pública nº 148 de 22/12/2022).
[9] MME – Ministério de Minas e Energia. (2022d) Minuta de Portaria de Sistemática (Minuta Interna SPE – SEI nº
0703242). Disponível em http://antigo.mme.gov.br/web/guest/servicos/consultas-publicas (Consulta Pública nº
148 de 22/12/2022).
[10] ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico. (2022) Sumário Executivo – PAR/PEL 2022 – Plano da
Operação Elétrica de Médio Prazo do SIN (2023- 250 2027). Disponível em:
https://www.ons.org.br/AcervoDigitalDocumentosEPublicacoes/ONS_Revista%20PARPEL%202022_VF.pdf.
[11] THEMA CONSULTING GROUP (2020) International Principles for the Prioritization of Grid Connections. Report
number 2020-07, ISBN 978-82-8368-067-6.
[12] AGNETIS, A. Introduction to matching problems. Dipartimento di Ingegneria dell’Informazione e Scienze
Matematiche - Universit`a di Siena. Disponível em https://www3.diism.unisi.it/~agnetis/matchingENGnew.pdf.

– DADOS BIOGRÁFICOS

(1) LAERCIO FLAVIO DE MENESES GUEDES


Graduado em Engenharia Eletrotécnica pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em
1979, com especialização em Sistemas Elétricos de Potência – CESE/1984. Atuou por 20 anos
como como engenheiro na CHESF, trabalha atualmente no ONS – Operador Nacional do
Sistema Elétrico, onde atua como gerente do Planejamento Elétrico do Norte e Nordeste, com
experiências, dentre outras, no Planejamento Elétrico da Transmissão do Planejamento de
longo prazo, no Planejamento Elétrico Curto e de Médio Prazo do SIN, nas Análises Técnicas
para Pareceres de Acesso à Rede Básica, e no Cálculo das Margens de Transmissão, para
subsidiar os leilões de energia.

13Conforme diagnóstico apresentado em Thema Consulting Group (2020), “(…) countries effectively use first-come-first-serve prioritization for
connections (...) thinking about auctions has never progressed beyond the initial concept stage”.
9

(2) THIAGO GUILHERME FERREIRA PRADO


Thiago Prado é Bacharel em Engenharia Elétrica e de Segurança de Trabalho na UnB; com Especialização em
Fontes Alternativas de Energia pela UFLA; MBA em Gerenciamento de Projetos pela FGV; e, Especialização em
Políticas Públicas e Gestão Governamental nos Setores Energético e Mineral na PUC-Rio. Possui Mestrado em
Energia e Eletrotécnica pelo Programa Interunidades em Energia da USP; Doutor em Engenharia Elétrica com ênfase
em Sistemas de Potência e Automação também pela UnB.Desde maio/2023 é Diretor do Departamento de
Planejamento e Outorgas de Transmissão e Distribuição de Energia Elétrica e Interligações Internacionais do
Ministério de Minas e Energia.

(3) SUMARA DUARTE TICOM


Funcionária de carreira do ONS com 28 anos de experiência no setor elétrico. No final de 2017 assumiu a Gerência
Executiva de Planejamento Elétrico do ONS, onde atua desde então como responsável pelo planejamento da
operação elétrica do Sistema Interligado Nacional - SIN no horizonte compreendido entre a operação do mês seguinte
e uma janela temporal de 5 anos. Graduou-se em Engenharia Elétrica com ênfase em Sistema de Potência pela
UERJ. Possui cursos de especialização e pós-graduação em Sistemas de Potência pela UNIFEI, de engenharia
econômica e administração industrial pela UFRJ e MBA em Desenvolvimento Gerencial, pela PUC-Rio.

(4) ROSEANE DE SOUZA NUNES


Roseane de Souza Nunes, natural de Recife-PE, é engenheira eletricista formada pela Universidade Federal de
Pernambuco - UFPE (1999). Pós-graduada em Sistemas de Potência pela UFPE (2004), em Gestão de Projetos pelo
IBMEC (2013) e em Aspectos Institucionais do Setor Elétrico pela Pontifíca Universidade Católica do Rio de Janeiro
- PUC (2014). Trabalha no Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS desde 2000, é Especialista em Estudos
Elétricos na Diretoria de Planejamento.

(5) ALEXANDRE DANTAS FONSECA DOS ANJOS


Possui Graduação e Mestrado em Engenharia Eletrotécnica pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Atuou por 14 anos como Professor do Centro Universitário Maurício de Nassau – UNINASSAU - Recife. Estagiou na
CHESF, trabalhou na Areva Koblitz e atualmente é Engenheiro de Estudos Elétricos do ONS – Operador Nacional
do Sistema Elétrico, vinculado à Diretoria de Planejamento Elétrico, possuindo experiência, dentre outras, na
elaboração dos estudos do Planejamento Elétrico de Médio Prazo do SIN – PAR/PEL, nas Análises Técnicas para
Pareceres de Acesso à Rede Básica, e no Cálculo das Margens de Transmissão dos Subsistemas Norte e Nordeste
do Brasil.

(6) MARIA PAULA BELISARIO MAY SALVADOR


Maria Paula Belisario May Salvador ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico, desde maio/2008.Especialista de
Integração e Acesso - SAA Gerência de Integração e Acesso PRINCIPAIS ATIVIDADESRevisões de normas e
regulações no que tange ao acesso e integração das instalações.
Desenvolver e propor melhorias técnicas dos processos de acesso, assim como apoiar a coordenação técnica dos
processos de acesso aos sistemas de transmissão, a Gerência na elaboração dos documentos de acesso de agentes
de geração e de distribuição, consumidores livres, e agentes de importação/exportação de energia elétrica,
garantindo a conformidade com os procedimentos de rede - PR.

(7) ANDREIA MAIA MONTEIRO


Engenheira Eletricista formada pela Universidade Federal Fluminense em 2000 e mestra em Sistemas de Potência
pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2005. Trabalhou no Operador Nacional do Sistema Elétrico de 2000
à 2017 na área de estudos elétricos e equipamentos de AT. De 2017 à 2022 trabalhou no Operador do Reino Unido
- National Grid ESO atuando em estudos de planejamento e em leilões de serviços ancilares. Atualmente é
engenheira Especialista de Assuntos Regulatórios no Operador Nacional do Sistema Elétrico - ONS.

(8) LUCAS SANTOS E SILVA


Lucas Santos e Silva possui mestrado em Economia pela Universidade de Brasília (2023), MBA em Gestão de
Projetos pela Fundação Dom Cabral (2010) e graduação em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Minas
Gerais (2007). Foi assessor na Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas
(de agosto de 2022 a janeiro de 2023) e, anteriormente, atuou por 10 anos na indústria mineral (de 2008 a 2018),
com passagens por Vale, Anglo American e SNC-Lavalin.

(9) FERNANDO MACHADO SILVA


Fernando Machado Silva nasceu em Niterói/RJ em 1980. Em 2003, graduou-se em Engenharia Elétrica pela PUC-
RJ e possui 19 anos de experiência profissional atuando no setor elétrico. Em 2004, ingressou como engenheiro no
ONS tendo atuado na Gerência de Acesso ao Sistema de Transmissão e na Gerência de Ampliações e Reforços do
ONS. Desde 2018, atua como Gerente de Planejamento Elétrico de Médio Prazo das regiões Sudeste e Centro-
Oeste do Brasil responsável pela publicação dos estudos que integram o Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo
com as obras de transmissão dessas regiões previstas para os próximos cinco anos.

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