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Resumo
A neoplasia mamaria (câncer de mama) é a doença que mais acomete mulheres e a cada ano
vem aumentando mais e mais, isso devido ao diagnóstico tardio. O tratamento mais utilizado
é a mastectomia, que é retirada total ou parcial da mama, com isso pode ocorrer o
aparecimento do linfedema, que talvez seja a complicação mais comum pós-retirada da
mama. O linfedema pode causar diminuição da amplitude de movimento do membro superior,
redução da sensibilidade, causando transtornos nos pacientes afetando assim, o emocional, o
social e o físico. Este trabalho tem como objetivo principal buscar conhecimento sobre o
tema através de uma revisão de literatura, sua metodologia é de cunho Qualitativo e estudo
Bibliográfico, onde através de autores distintos da área relatam que a drenagem linfática
associado à Cinesioterapia é capaz de prevenir e tratar disfunções da mobilidade do membro
afetado.
Palavras-chave: Drenagem Linfática; Mastectomia; Linfedema Axilar.
1. Introdução
O presente artigo vem abordar estudos que tratam do tema “Drenagem linfática manual
associada à cinesioterapia em pacientes mastectomizados com lifedema axilar”. Seus
objetivos é buscar o conhecimento sobre o tema através de uma revisão de literatura,
verificando os benefícios da Drenagem Linfática Manual (DLM) associado à cinesioterapia e
identificando os efeitos que ocorrem em pacientes mastectomizados com linfedema.
O câncer de mama é uma patologia que mais acomete as mulheres, podendo ser benigno ou
maligno. O desenvolvimento do câncer de mama é decorrente de vários fatores sendo
biológicos e ambientais, é uma doença que apresenta uma evolução prolongada e progressiva,
podendo às vezes ser interrompido em uma de suas fases, ou seja, nada mais é do que a
sobreposição celular, sendo estas células anormais originadas de células normais.
Os principais fatores associados a um risco aumentado de desenvolver o câncer de mama são:
sexo feminino, menarca precoce (antes dos 11 anos), menopausa tardia (após os 55 anos),
nuliparidade, primeira gestação após os 30 anos, ciclo menstruais menores que 21 dias,
história da doença na família, alimentação inadequada, obesidade, radiações ionizantes,
etilismo, padrão socioeconômico elevado e cor branca (MEIRELES, 1998).
O tratamento cirúrgico para o câncer de mama tem como objetivo controlar localmente a
patologia através da remoção de todas as células malignas, proporcionando maior sobrevida,
identificando também o risco de metástase, neste caso se inclui o esvaziamento axilar para
controlar a doença (BLACK & ESTHER, 1996).
É notório afirmar que a mastectomia depende muito do estágio e grau de avanço da doença, a
cirurgia é realizada de acordo com o diagnóstico clínico e o tipo histopatológico deve conter
1-
Pós-graduanda em Fisioterapia Dermato-Funcional.
2-
Professora-orientadora, Especialista em Metodologia do Ensino Superior e Mestre em bioética e direito em
saúde.
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2.2 Mastectomia
Smeltzer & Bare (2000) citam quatro tipos de procedimentos cirúrgicos: mastectomia parcial,
a quadrantectomia, mastectomia radical modificada e mastectomia radical.
“[...] As técnicas aplicada irão depender de cada caso, avaliando-se as características do tumor
e o estagio da doença, as cirurgias podem ser conservadoras ou radicais. As cirurgias
conservadoras são indicadas quando os tumores apresentam ate 3 cm [...]” (BORGES, p. 417,
2010).
As Cirurgias Conservadoras consiste de cirurgia para remoção do tumor primário com
margens de tecido normal, histologicamente negativas e disseccao axilar, sendo a radioterapia
complementar obrigatória na mama submetida à cirurgia, para controle da doença, podendo
ser do tipo Tumorectomia e Quadrantectomia ou segmentectomia
Tumorectomia: é um procedimento cirúrgico conservador que consiste na remoção do tumor
com margens de tecido circunjacente de 1cm, sendo necessário que estas margens estejam
histologicamente negativas, este procedimento é indicado para tumores de ate 1,5 cm de
diâmetro Quadrantectomia: é na remoção de uma quadrante ou segmento da glândula
mamaria onde se localiza um tumor maligno, e as margens circunjacente de tecido normal
entre 2 e 2,5 cm, sendo que em conjunto com o esvaziamento axilar radical e a radioterapia
proporciona melhores resultados em tumores de ate 2 cm, mas dependendo do tamanho da
mama podendo ser usado em tumores de ate 3 cm de diâmetro.
Cirurgias Radicais são: Mastectomia radical clássica ou método de Halsted, Mastectomia
radical modificada Patey, Mastectomia radical modificada Tipo Madden, Mastectomia
subcutânea e Linfadenectomia axilar.
Mastectomia radical Halsted: extirpação da mama, músculo grande, músculo pequeno peitoral
e esvaziamento axilar radical.
Mastectomia radical modificada Patey: É a remoção da glândula mamaria e músculo pequeno
peitoral de suas inserções na apófise coracoide, terceiro, quarto e quinto espaços intercostais,
em monobloco, com esvaziamento axilar radical, linfonodos interpeitorais, aponeurose
anterior e posterior do músculo grande peitoral.
Mastectomia radical modificada tipo Madden: consiste na remoção da glândula mamaria,
juntamente com a aponeurose anterior e posterior do músculo grande peitoral e no
esvaziamento axilar (níveis I, II e III) e linfonodos interpeitorais, sendo preservado o músculo
grande e pequeno peitoral.
Mastectomia subcutânea: constitui na retirada da glândula mamaria, conservando os músculos
peitorais e suas aponeuroses pelo e complexo aureolo papilar (FRANCO, 1997).
Portanto, o tratamento cirúrgico para o câncer de mama tem como objetivo controlar
localmente a patologia através da remoção de todas as células malignas, proporcionando
maior sobrevida, identificando também o risco de metástase, neste caso se inclui o
esvaziamento axilar para controlar a doença.
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Edema e inflamação crônica de uma extremidade causada pela perca do sistema linfático em
remover líquidos e substâncias que por ele normalmente são drenadas.
3. Sistema linfático
O Sistema Linfático é uma via auxiliar de drenagem que funciona em conjunto com o sistema
vascular numa constante mobilização de líquidos e exerce a função de manter o equilíbrio
hídrico e protéico tissular. Segundo Borges (2010), o sistema linfático é uma via unidirecional
de drenagem que tem por finalidade livrar os tecidos de materiais indesejados e excesso
fluido.
O sistema linfático segue uma via de Mao única que previne a formação de edema, porém,
algumas ações podem interferir na sua motilidade como o bombeamento do sistema arterial e
dos músculos, os movimentos respiratórios diafragmáticos, o peristaltismo intestinal, a
massagem d drenagem linfática e os enfaixamento e contensão elástica, a importância do
sistema linfático para o organismo uma vez que desempenha funções como retorno do liquido
intersticial para a corrente sanguínea, destruição de microorganismo e partículas estranhas da
linfa, resposta imunes especificas, como a produção de anticorpos. (GUIRRO & GUIRRO,
2004).
A função imunológica é dividida em dois mecanismos. A primeira imunidade humoral, em
que os anticorpos podem ser acionados por meio de antígenos de várias substâncias estranhas
ao nosso corpo, responsável pela destruição de células tumorais, manutenção das defesas. O
outro mecanismo, chamado de imunidade celular, é responsável carrear as imunoglobulinas
em sua superfície (BORGES, 2010).
Dentre suas funções estão a de reabsorver e encaminhar para a circulação tudo aquilo que o
capilar não consegue recuperar do desequilíbrio entre a filtração e a reabsorção e a produzir
linfócitos, células presentes na linfa que não são originárias nem da corrente sanguínea, nem
do espaço intersticial, mas sim dos gânglios linfáticos, do baço e da medula óssea (MARX e
CAMARGO Apud CEOLIN, 2006).
Guyton; Hall (1996) refere-se ao Sistema Linfático como uma via acessória pela qual o
líquido pode fluir dos espaços intersticiais para o sangue, realizando o transporte de proteínas
e material em grandes partículas para fora dos espaços teciduais; função que o sistema
sanguíneo não pode realizar, em razão de seus vasos não fornecerem passagem para tal
tamanho.
Para Guirro & Guirro (2004), o Sistema Linfático é um sistema vascular constituído por um
conjunto de capilares linfáticos, troncos linfáticos, vasos coletores, e órgãos linfóides. São três
as funções do sistema linfático: ativação da resposta inflamatória com o objetivo de controlar
as infecções e defender contra agentes invasores, o retorno do excesso do liquido intersticial e
das proteínas à corrente sanguínea e a absorção de lipídios.
No membro superior, tanto os vasos linfáticos superficiais como os profundos atingem os
linfonodos axilares. No membro inferior os vasos superfiais e profundos fluem para o
linfonodos inguinais superficiais. Toda a linfa do organismo acaba retornando ao sistema
vascular sanguíneo através de dois grandes troncos, o ducto torácico e o ducto linfático
direito. O ducto torácico recebe proveniente dos membros inferiores, do hemicorpo esquerdo,
do pescoço e da cabeça e do membro superior esquerdo e se origina na cistema do quilo. Já o
ducto linfático direito recolhe a linfa proveniente do membro superior, do hemetórax direito,
do pescoço e da cabeça. Os dois ductos recolhem a linfa e o sistema linfático filtra e lança na
corrente sanguínea, onde recomeçará como plasma sanguíneo.
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4. Metodologia
Este trabalho é de cunho qualitativo, foi realizado através de uma revisão bibliográfica, onde
foram utilizados artigos científicos e livros que abordassem sobre: mastectomia, linfedema,
drenagem linfática e cinesioterapia.
É o primeiro passo de todo o trabalho científico, sobre tudo pela exploração que é feita em
texto e através desta Revisão de literatura e de autores será possível tirar dúvidas sobre o tema
e assim, dar ênfase no assunto.
Segundo Lakatos e Marconi (2001, p. 83) “abrange toda a bibliografia já tornada pública em
relação ao tema de estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros,
pesquisas, monografias, teses, material cartográfico, os meios de comunicação oral e visual”.
5. Resultados e Discussão
A drenagem linfática manual (DLM) é uma técnica de massagem manual, realizado com
pressões suaves, lentas e relaxantes, que segue o trajeto do sistema linfático, manobras visam
drenar o excesso de líquido reunido nos tecidos e dentro dos vasos, removendo o excesso de
proteína e restaurando o equilíbrio entre a carga protéica e capacidade de transporte do
sistema linfático.
A drenagem linfática manual foi criado em 1936 pelo biólogo Dinamarquês Emil Vodder e
sua esposa Estrid vodder, vários adeptos passaram a difundi-la, tornando-a um dos principais
pilares no tratamento do linfedema. (GODOY & GODOY, 2004).
Segundo Barros (2001), a drenagem linfática manual foi descrita, como um método para
tratamento de edemas, em especial o linfedema. Sua principal finalidade é esvaziar os líquidos
exsudados e os resíduos metabólicos por meio de manobras nas vias e nos linfonodos.
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6. Conclusão
Referências: