Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Abstract: The painted picture of the monument in honor of the region explorer of Maringá-
Pr, and located in an ancient square of the city popularly known as ‘Peladão Square’, due
to the statue of a naked man as an explorer, is part of the scope of this communication.
The statue shows exaggerating dimension, distortions in relation to reality, what, in fact,
is an outstanding aspect of ‘Surrealism’ – a word created in Paris in 1917, by Guillaume
Apollinaire, to describe two examples of artistic creation. André Breton, the main mentor
of Surrealism, made use of the word ‘Surrealism’ to name the Surrealist Movement. This
paper is a bibliographical and analytical study illustrated by two images constructed by
collages and by two artistic languages – photographic and painting what turn them hybrid:
Lúcia Santaella classifies images among three paradigms: pre-photographic, photographic
and pós-photographic.
Key words: Painted Picture; Memory of Maringá; Surrealism
1. Introdução
A invenção da fotografia no século XIX é um dos maiores e mais extraordinários
feitos humanos e proporcionou a seus semelhantes profundas mudanças no âmbito da
comunicação entre si e também com o mundo, mudando hábitos que eram quase
dogmáticos.
O uso da imagem é muito antigo, o homem se expressa por meio dela desde a arte
rupestre das cavernas no período pré-histórico. Atualmente, a produção de imagens é
1
Especialista em Fotografia: Práxis e Discurso Fotográfico e Especialista em História da Arte Moderna e Pós-
moderna pela Universidade Estadual de Londrina 643
569
Anais
II Encontro Nacional de Estudos da Imagem 12, 13 e 14 de maio de 2009 • Londrina-PR
644
570
Anais
II Encontro Nacional de Estudos da Imagem 12, 13 e 14 de maio de 2009 • Londrina-PR
2. Fotografia e surrealismo
2.1. Fotografia
Kossoy (2001), orienta que a imagem fotográfica pode e deve ser utilizada como
fonte histórica. Deve-se, entretanto, ter em mente que o assunto registrado mostra apenas
um fragmento da realidade, um e só um enfoque da realidade passada: um aspecto
determinado.
É fato que a fotografia está inserida na história cultural, como afirma o autor, de
maneira definitiva, se fazendo presente como meio de comunicação e expressão em todas
as atividades humanas. Segundo o autor
645
571
Anais
II Encontro Nacional de Estudos da Imagem 12, 13 e 14 de maio de 2009 • Londrina-PR
2.2. Surrealismo
Compreende-se por Surrealismo o movimento nas artes plásticas e na literatura que
se originou na França e floresceu ao longo das décadas de 20 e 30 do século XX. O que o
caracterizou foi a importância que o mesmo conferia ao bizarro, ao incongruente e ao
irracional. Seu principal teórico foi André Breton que, segundo Chilvers (2001), afirmou
que o propósito do movimento era resolver a contradição que existe entre sonho e
realidade, por meio de uma realidade absoluta, uma supra-realidade.
As bases do Surrealismo, conforme salienta Braune (2000), surgiram apoiadas
na
572
Anais
II Encontro Nacional de Estudos da Imagem 12, 13 e 14 de maio de 2009 • Londrina-PR
Sobre o uso da fotografia pelos artistas desse movimento, Braune (2000) faz uma
interessante reflexão quando diz que essa foi seu grande veículo visual “o caminho trilhado
pelos surrealistas para se abstraírem da realidade foi através do automatismo puro, daí o
movimento ter surgido muito mais com um caráter literário do que plástico, e a linguagem
fotográfica ter sido o seu grande veículo visual” (BRAUNE, 2000, p. 30)
O mesmo autor discorre sobre mais experimentações desses artistas no surrealismo.
Afirmando que faz parte de importante manifestação de expressão, a colagem:
647
573
Anais
II Encontro Nacional de Estudos da Imagem 12, 13 e 14 de maio de 2009 • Londrina-PR
3. O Monumento ao Desbravador
A memória das cidades está nos livros, nas habitações, nos prédios, nas fotografias,
nas histórias contadas de um para outro, nos artistas, nos poetas, nos cantores.
O Monumento ao Desbravador é considerado como um dos pontos turísticos de
Maringá. Foi inaugurado em 1972, é uma escultura em bronze, de autoria do artista
plástico Henrique Aragão, que retrata, através de sua nudez e os braços erguidos para o
céu, a simplicidade e a fé do pioneiro, do desbravador que chegou a Maringá trazendo
somente a força do trabalho representada pelas mãos espalmadas.
Ao seu lado há três machados estilizados, com as cores da bandeira do município
que simbolizam o abrir caminhos da cidade da mata virgem.
648
574
Anais
II Encontro Nacional de Estudos da Imagem 12, 13 e 14 de maio de 2009 • Londrina-PR
649
575
Anais
II Encontro Nacional de Estudos da Imagem 12, 13 e 14 de maio de 2009 • Londrina-PR
650
576
Anais
II Encontro Nacional de Estudos da Imagem 12, 13 e 14 de maio de 2009 • Londrina-PR
5. Considerações finais
Estudos da imagem no campo científico ora analisado não são recentes, mas
considera-se que o assunto é muito vasto diante das possibilidades de expansão que ele
oferece.
A linguagem fotográfica é o suporte principal do Movimento Surrealista, assim como
a intervenção que ela sofreu para ser apresentada como resultado final. Dentro de
linguagens e poéticas fotográficas, cada imagem construída exclusivamente para
determinado estudo, torna-se objeto único. É uma nova imagem nesse infindável mundo das
imagens.
O movimento Surrealista, com sua construção de imagem híbrida, leva à reflexão dos
diferentes modos de se ver a realidade, o sonho e os ideais humanos. Ao romper com os
tradicionais dogmas da sociedade, o Surrealismo apresenta novas formas de representar o
real e sua simbologia.
651
577
Anais
II Encontro Nacional de Estudos da Imagem 12, 13 e 14 de maio de 2009 • Londrina-PR
6. Referências
BRAUNE, Fernando. O surrealismo e a estética fotográfica. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2000.
CHILVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte. Tradução Marcelo Brandão Cipolla. Revisão
técnica Jorge Lúcio Campos – 2ª edição – São Paulo: Martins Fontes, 2001.
KOSSOY, Boris. Fotografia & História. São Paulo: Ateliê Editorial, 2ª. ed., 2003.
SANTAELLA, Lucia. Os três paradigmas da imagem. In: SAMAIN, E. (Org.) O Fotográfico. São
Paulo: Editora Hiucitec/ Editora Senac, 2ªedição, 2005.
SPROCCATI, Sandro. Guia de História da Arte. Tradução de Maria Jorge Vilar de Figueiredo,
4ª edição 1999, Lisboa:Editora Presença.
652
578