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Prólogo
A obra de arte sempre foi reproduzível. Que os homens tinham feito sempre pode ser
imitado por homens.
Grego: dois métodos de reprodução
-fundição
-cunhagem
Artes gráficas: reproduzidas pela 1ª fez com xilogravura só muito tempo depois
permitiu à escrita a sua reprodução.
Idade Média: junta-se à xilografia, a gravura em cobre e a água-forte. Inicio do século
XIX junta-se a litografia.
Contributo da litografia.
Fotografia nos anos 20 pela mão de Daguerre. Obrigações artísticas são postas de
parte.
“ olhos apreende mais depressa do que a mão desenha” pág. 76.
Cinema
Reprodução técnica do som
Reprodução da obra de arte
II
A história da obra de arte abarca também o tipo e número de cópias que dela foram
feitas.
O aqui e agora do original constitui a sua autenticidade que a reprodutibilidade
técnica não pode tirar.
Autêntico mantém a sua autoridade total relativamente à sua reprodução manual.
Considerado falsificação.
Fotografia – pode salientar aspectos do original. Permite mudar o ponto de vista.
III
Arte Clássica: formalistas opõem-se ao seu peso. São os primeiros a tirar conclusões
relativamente à percepção na época em que ela vigorava (a arte clássica)
Actualmente\ (no contexto do autor): alterações da percepção do médium –
condutor/equipamento com que se realiza a obra. O médium é a decadência da aura
da obra.
As tais alterações da percepção do médium também mostram as condições sociais
dessa decadência.
Conceito da aura proposto para o estudo de objectos históricos com conceito de aura
para objectos naturais.
IV
Estátua de Vénus
No contexto grego: objecto de culto
A obra de arte reproduzida torna-se cada vez mais a reprodução de uma obra de arte
que assenta na reprodutibilidade. 9
A partir da chapa fotográfica é possível fazer uma quantidade de cópias o que
retira o sentido à questão da obra autêntica.
A função social da arte altera-se do ritual para o político.
Recepção da arte
1. Valor culto
2. Valor de exposição da obra de arte
VI
VII
Reflexões sobre se a fotografia seria arte. A sua invenção alterou o carácter global da
arte.
As mesmas questões repetiram-se quanto ao cinema.
VIII
IX
Com a expansão da imprensa uma parte cada vez maior dos leitores começou por
passar a escrever. A diferença entre o público e o leitor vai perdendo o seu carácter
fundamental. Com a crescente especialização todos os indivíduos tiveram de se tornar
especialistas numa área.
No cinema russo os actores tomam um sentido em que são pessoas que representam
um papel principalmente no seu processo de trabalho.
XI
Teatro conhece o ponto a partir do qual a acção é apreendida como ilusória. Para o
cinema, não existe tal ponto. A natureza ilusória resulta da montagem. “ no estúdio
cinematográfico, o equipamento penetrou de tal forma na sua realidade que o seu
aspecto puro, livre de corpos estranhos de equipamentos, é o resultado de um
processo particular, nomeadamente do registo de um aparelho fotográfico ajustado
expressamente e da sua montagem com outro registo do mesmo tipo”.
O carácter do cinema pode ser confrontado com o que se verifica na pintura. O pintor,
no seu trabalho, observa uma distância natural relativamente à realidade; o
operador de câmara, intervém profundamente na textura da realidade.
A imagem do pintor é total e a do operador de câmara consiste em fragmentos
múltiplos. “para o homem contemporâneo, a representação cinematográfica da
realidade, é a de maior significado porque o aspecto da realidade isento de
equipamento, que a obra de arte lhe dá direito de exigir, é garantido, exactamente
através de uma intervenção mais intensiva com aquele equipamento”.
XII
A reprodutibilidade técnica da obra de arte altera a relação das massas com a arte.
O comportamento progressista é caracterizado pelo facto do prazer do espetáculo e
da vivência nele suscitar uma ligação intima e imediata com a atitude do observador
especializado. A tal ligação é um forte indício social.
Mais o significado social da arte diminui, mais se afastam no público as atitudes
críticas de fruição.
Cinema: coincidem atitudes críticas e de fruição do público.
A reação maciça do público é condicionada à partida pela audiência em massa.
XIII
O que caracteriza o filme é também a forma como com a ajuda do acto, reproduz o
seu meio ambiente.
O cinema enriqueceu o nosso horizonte de percepção com métodos que podem ser
ilustrados pela teoria freudiana. Teve como consequência um aprofundamento da
percepção. Por outro lado, o reverso da medalha reside em que os desempenhos num
filme (do actor) são assinaláveis e observado como os desempenhos apresentados
num quadro ou no palco.
Pintura: é a informação mais exacta sobre as situações que o cinema faculta
Teatro: a maior capacidade de análise do desempenho apresentado no filme.
Afectava o espectador
XV
Da massa surgem novas formas e novos comportamentos para com a obra de arte. “o
número muito mais elevado de participantes provocou uma participação de tipo
diferente”
Duhamel despreza o cinema considerando-o um divertimento para iletrados. Uma
actividade que não exige concentração ou reflexão.
Epílogo
Todos os esforços para introduzir uma estética na política culminaram num ponto: a
guerra. Do ponto de vista técnico, formula-se da seguinte forma: só a guerra
possibilita a mobilização dos actuais meios políticos técnicos mantendo as relações
de propriedade.