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ARTES PLÁSTICAS
AS VANGUARDAS HISTÓRICAS
O cinema abstrato
Em 1912, o futurista Bruno Corradini, em um texto intitulado
“Cinema abstrato, música cromática”, descreve suas experiências
cinematográficas. Quatro anos depois, ele e seu irmão, Arnaldo
Ginna, publicam, juntamente com Filippo Tommaso Marinetti,
Emilio Settimelli, Giacomo Balla e Remo Chiti, o primeiro manifes-
to do cinema de artista, o “Manifesto da cinematografia futurista”,
publicado no número 9 do jornal A Itália Futurista. A exemplo dos
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OS MOVIMENTOS PÓS-MODERNISTAS
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Cinema Marginal
O cinema do corpo, entre nós, adquiriu os meios de
cotidianidade que não param de decorrer nos preparativos de uma
cerimônia (cerimônia paródica em Rogério Sganzerla, cerimônia
diabólica em Mojica Marins, cerimônia cômica em Ivan Cardoso)
ou de uma teatralização cotidiana do corpo (estilização burlesca
em Andrea Tonacci, teatralização do espetáculo em Júlio Bressane,
carnavalização em Neville d’Almeida). As atitudes e posturas do
corpo (a demonstração de posturas categoriais da imagem em
Sganzerla, Bressane, Neville e Cardoso, o fato de que seus filmes
são, em boa parte, paródias de gênero: policial, terror e, sobretudo,
chanchada) não param de passar pela teatralização cotidiana do
corpo, com suas esperas, suas fadigas, suas inquietações e apazi-
guamentos.
Entre as diversas tendências do cinema experimental no Bra-
sil, sem dúvida a mais marcante e original é a do Cinema Marginal,
realizado entre 1967 e 1975, 8 movimento sintonizado com o seu
tempo: tropicalismo, contracultura, nouvelle vague, pop art. Trata-
se de um cinema de ruptura tanto na forma (superexposição das
imagens-clichês) como no conteúdo (crítica dos estereótipos
comportamentais). Nele, temas psicossociais, como o desespero,
a violência, a escatologia e a carnavalização, são gerados por uma
espécie de impotência atávica. Trata-se, em última instância, de
um cinema que não se contenta com as representações de verda-
des vividas, mas faz da experimentação da vida uma imagem ca-
paz de superar os limites da nossa impotência, de nossa idiotia (o
monstro caraíba que nós encarnamos sem perceber).
Na verdade, o Cinema Marginal é um dos mais importantes
movimentos do cinema brasileiro, ao lado do Cinema Novo e da
Chanchada, com obras-primas – O bandido da luz vermelha
(Sganzerla, 1968), Matou a família e foi ao cinema (Bressane, 1969),
Meteorango kid, o herói intergalático (Oliveira, 1969), O anjo nasceu
(Bressane, 1969), Bang bang (Tonacci, 1970), Sem essa aranha
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olhos e em sua boca, como para revelar que seus olhos e sua boca
são pura máscara assujeitada pelas convenções; em Preparação II,
a artista se aplica uma série de vacinas contra preconceitos (racis-
mo, colonialismo cultural, mistificação da arte etc.).
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CINEMA DO DISPOSITIVO
A noção de dispositivo pode contribuir para uma renovação da
teoria do cinema, sobretudo no que diz respeito à idéia de um cine-
ma expandido sob todas as suas novas modalidades, ou seja, de
um cinema que alarga as fronteiras do modelo N.R.I. instituído.
O dispositivo coloca em jogo variações, transformações,
posicionamentos, que determinam o horizonte de uma prática em
ocorrência, a prática cinematográfica. Alguns autores como
Raymond Bellour e Anne-Marie Duguet mostraram que o vídeo
desempenhou um importante lugar de passagem — “entre-ima-
gem” — entre o audiovisual e as artes plásticas. Ainda nos anos
1960, o vídeo intensifica esse processo (iniciado pelo cinema expe-
rimental) de deslocamento da imagem-movimento para os terri-
tórios da arte. Alguns fenômenos como a multiplicação das telas, o
circuito fechado e a combinação de meios diversos (dança, teatro,
performance, cinema e vídeo) emergiram com toda força, nos anos
1960 e 1970, nas instalações de cinema e vídeo.
Entre as principais tendências da videoarte, gostaríamos de
destacar uma que tem a ver com o uso que os artistas do vídeo fize-
ram do circuito fechado, ou seja, o chamado dispositivo de vídeo-
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