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Objetivo
O autor agradece qualquer contribuição ou crítica que possa melhorar a qualidade desta apostila e
facilitar o entendimento do equipamento que a mesma descreve.
Introdução 06
Princípio do TDM 07
WDM – Definição 07
Princípio do WDM 07
Características 07
CWDM – Definição 09
Banda Óptica 10
DWDM – Definição 10
Princípio do DWDM 11
Link DWDM 11
Enlace DWDM Ponto-a-ponto 12
Fibras Ópticas 12
Banda Óptica 14
Emissores de luz 14
Detectores de luz 15
Multiplexadores e Demultiplexadores 15
Técnicas de multiplexação e demultiplexação 16
Amplificadores Ópticos 18
Recomendações ITU-T 19
CWDM X DWDM 20
Outras Tecnologias WDM 21
WWDM 21
UDWDM 22
WDMA 23
VAMOS APREDER MAIS UM POUCO – Sistema DWDM 27
Evolução do DWDM 32
Características do sistema DWDM 33
Alcance do sistema DWDM sem regeneração elétrica 33
Sistema de Gerenciamento 35
Filosofias de proteção 35
Fibras ópticas em sistemas DWDM 36
Atenuação 38
Largura de banda 40
Tendências Futuras 41
Configuração ponto a ponto 42
Configuração em anel 42
Conclusões 45
A fibra óptica foi inventada em 1952, por um físico indiano chamado Narinder Singh
Kanpany. Desde então, a fibra óptica passou por uma série de evoluções e hoje em dia é
utilizada em diversas áreas: na medicina, em equipamentos e, principalmente, em
telecomunicações.
Uma outra maneira de aumentar a taxa de transferência seria aumentar a taxa de bits
usando o TDM (Time Division Multiplexing). O TDM é um método de combinação de
várias informações independentes em uma única informação, para que a capacidade do
meio seja aumentada. Essa combinação é feita pela junção dos sinais de acordo com
uma seqüência definida. Ao chegar no receptor, cada informação independente é
separada, baseando-se na seqüência e no tempo. Com isso, mais bits (dados) podem ser
transmitidos por segundo. No entanto, utilizando TDM, podemos ter degradação do
sinal devido à dispersão e a efeitos não lineares.
Uma terceira escolha para aumentar a banda seria o WDM (Wavelength Division
Multiplexing) que é uma tecnologia de multiplexação por divisão de comprimentos de
onda. Isso iria aumentar a capacidade da fibra já implantada, além de se tornar possível
à integração entre a atual e a próxima geração de tecnologias.
WDM
Definição
Objetivando tornar mais eficiente o uso de fibras ópticas, por volta de 1990, foi
desenvolvida a tecnologia WDM (Wavelength Division Multiplexing). Esta tecnologia
consiste em juntar numa mesma fibra vários sinais de luz, de cores (comprimentos de
onda) diferentes, cada um gerado por um laser separado. No receptor, os sinais de cores
diferentes são novamente separados.
Princípio do WDM
Características
Flexibilidade de capacidade: migrações de 622 Mbps para 2,5 Gbps e, a seguir para
10 Gbps poderão ser realizadas sem a necessidade de se trocar os amplificadores e
multiplexadores WDM. Desta maneira, é possível se preservar os investimentos
realizados;
Foi visto que o WDM pode ser introduzido em sistemas já existentes de forma a
ampliar a capacidade de transmissão destes sistemas. Para garantir uma perfeita
integração entre um sistema antigo e o WDM, é necessário tomar as seguintes
providências:
• Ter uma noção geral do tráfego que é transmitido pela rota, definindo seu
formato e taxas de transferência, considerando que a existência de tráfego
analógico também deve ser examinada;
• Ter uma visão da infra-estrutura existente, ou seja, o tipo de cabo óptico
utilizado, comprimentos dos enlaces e pontos de regeneração;
• Definir a capacidade final de transferência do sistema;
• Ter uma noção das interfaces ópticas disponíveis nos terminais;
• Definir se é necessário o uso de equipamentos adicionais, como, por
exemplo, transpondes, módulos de compensação. Definir a quantidade
necessária de regeneradores;
• Migração do tráfego para novos sistemas após a instalação dos mesmos. A
instalação causa uma interrupção do tráfego, por um tempo indeterminado.
CWDM
Definição
Banda Óptica
DWDM
Definição
O espaçamento entre os canais pode ser de 200 GHz (1.6 nm), 100 GHz (0,8 nm), 50
GHz (0,4 nm), podendo chegar a 25 GHz (0,2 nm). Os sistemas DWDM utilizam
comprimentos de onda entre aproximadamente 1500 nm e 1600 nm e apresentam alta
capacidade de transmissão por canal, 10 Gbps, podendo alcançar 1Tbps na transmissão
de dados sobre uma fibra óptica.
O DWDM é a chave tecnológica para integração das redes de dados, voz e imagem
de altíssima capacidade. Além de ampliar exponencialmente a capacidade disponível na
fibra, o DWDM possui a vantagem de não necessitar de equipamentos finais para ser
implementado. E ainda, esta técnica de multiplexação obedece ao padrão de fibra G.652
(monomodo) que é utilizado na maioria dos backbones de fibra óptica.
Link DWDM
Componentes
Fibras Ópticas
Uma fibra óptica é um fio fino feito de materiais como sílica, silicone, vidro, nylon
ou plástico. Esses materiais são dielétricos (isolantes elétricos), além de serem
cristalinos e homogêneos, o que os tornam suficientemente transparentes para guiar um
feixe de luz (visível ou infra-vermelho) através de um determinado trajeto. Assim, a luz
aplicada a uma das extremidades percorre a fibra até sair pela outra extremidade,
podendo este percurso atingir centenas de quilômetros sem a necessidade de que o sinal
seja regenerado. A estrutura básica das fibras ópticas consiste em um conjunto de
cilindros concêntricos, cada um com uma determinada espessura e determinado índice
de refração, de forma que possibilitem o fenômeno da reflexão interna total.
Num sistema DWDM, geralmente utiliza-se fibras monomodo (SMF - Single Mode
Fiber). A construção desse tipo de fibra é realizada de tal forma que apenas o modo
fundamental de distribuição eletromagnética é guiado. Assim, evitam-se os diversos
caminhos de propagação da luz no interior do núcleo e, conseqüentemente, a dispersão
do impulso luminoso é reduzida. Para isso, o diâmetro do núcleo da fibra deve ser
poucas vezes maior que o comprimento de onda da luz utilizada para a transmissão.
Normalmente, encontramos as seguintes dimensões: 2 a 10 micrômetros para o núcleo e
80 a 125 micrômetros para a casca. Os materiais mais utilizados para a fabricação desta
fibra são sílica e sílica dopada.
Na transmissão por fibras óticas, buscamos baixas atenuações de sinal. Por isso,
utilizam-se regiões específicas do espectro óptico, que recebem o nome de janelas
óticas.
Banda Óptica
Emissores de luz
O custo dos lasers em relação aos LEDs é maior, mas é amplamente empregado em
enlaces DWDM, já que atendem a maior parte das exigências dessa tecnologia, que
exige ainda o controle da mudança da freqüência no tempo. No entanto, os lasers não
satisfazem esse requisito, que pode ser afetado pelo meio utilizado para a modulação do
sinal.
Detectores de luz
Multiplexadores e Demultiplexadores
Amplificadores Ópticos
EDFA
Recomendações ITU-T
ITU-T G.652 - sofreu útima revisão em março de 2003. Essa recomendação trata-
se das características de cabos e fibras monomodos, descrevendo os atributos
geométricos e mecânicos, bem como as características de transmissão da fibra SMF
com dispersão zero e comprimento de onda em torno de 1310 nm. Esta fibra foi
otimizada para operar na região de 1310 nm, mas também pode ser utilizada na região
de 1550 nm. Essa é a mais recente revisão da recomendação criada em 1984.
ITU-T G.653 - em dezembro de 2003 foi aprovada a quinta e mais recente versão
dessa recomendação, criada em 1988. Essa recomendação descreve as características de
fibras monomodo com dispersão zero e comprimento de onda na região de 1550 nm.
ITU-T G.655 - em março de 2003 foi aprovada a mais recente revisão dessa
recomendação criada em 1996. A ITU-T G.655 descreve as características de uma fibra
monomodo que possui um valor absoluto do coeficiente de dispersão cromática melhor
que o de outras fibras SMF, na faixa de 1530 nm a 1565 nm. Para essa fibra, há a
redução do crescimento de efeitos não-lineares, particulares de sistemas DWDM.
ITU-T G.694.2 - a primeira versão foi aprovada em junho de 2002, tendo uma
versão mais atual aprovada em dezembro de 2003. Essa recomendação fornece uma
tabela de comprimentos de onda para aplicações CWDM. Essa tabela suporta um
espaçamento de 20 nm entre os canais.
CWDM X DWDM
O CWDM e o DWDM, por serem tecnologias WDM, ambos apresentam o mesmo
princípio de funcionamento de combinar vários comprimentos de onda em uma única
fibra, de forma a aumentar sua capacidade. No entanto, existem algumas diferenças
básicas que serão apresentadas a seguir.
WWDM
UDWDM
WDMA
Cada canal é dividido em grupos de slots de tempo. Será considerado que o número
de slots do canal de controle é m e o número de slots do canal de dados é n+1, onde os n
primeiros slots são reservados para dados e o último é destinado ao uso por uma
estação, para que ela possa informar seu status, especialmente sobre quais slots dos dois
canais não estão sendo utilizados. Nesses dois canais, repete-se indefinidamente a
seqüência de slots, e o slot 0 é marcado de forma especial para que possam ser
detectados por retardatários. Todos os canais são sincronizados através de um único
relógio global.
Acesso múltiplo por divisão de comprimento de onda (WDMA - Wavelength Division Multiple Access)
Cada estação deve possuir dois transmissores e dois receptores. Um dos receptores
deve possuir comprimento de onda fixo, para que possa ouvir seu próprio canal de
controle. O outro receptor deve possuir comprimento de onda ajustável, para que seja
possível a seleção de um transmissor de dados para escuta. O mesmo ocorre com os
transmissores: um deles é ajustável para transmissão nos canais de controle de outras
estações e o outro possui comprimento de onda fixo para transmissão de quadros de
dados. Assim, é possível que cada estação detecte se existem solicitações recebidas em
seu próprio canal de controle e, em seguida seu comprimento de onda é ajustado ao
comprimento de onda do transmissor, para que possa receber os dados. Esse ajuste do
comprimento de onda é realizado por um interferômetro de Fabry-Perot ou Mach-
Zehnder. Esses interferômetros filtram todos os comprimentos de onda, com exceção da
banda de comprimento de onda desejada.
1 - tráfego do tipo CBR (Constant Bit Rate), ou seja, tráfego onde as conexões possuem
taxas constantes de tranmissão de dados, como, por exemplo, vídeo não compactado;
2 - tráfego VBR (Variable Bit Rate), onde as conexões apresentam taxas variáveis de
transmissão de dados, como, por exemplo, transferência de arquivos;
3 - tráfego de datagramas, como, por exemplo, pacotes UDP (User Datagram Protocol).
Nos dois primeiros casos (tráfego VBR e CBR), para a estação A se comunicar com
a estação B, deve-se primeiramente solicitar conexão. Isso é realizado pela inserção de
Supondo que foi estabelecida uma conexão entre as estações A e B para um tráfego
do tipo VBR, temos que a estação A precisa configurar seu canal de comunicação.
Após todo esse procedimento, cada estação terá um caminho livre de conflitos para
que possa enviar mensagens de controle à outra estação. Deste modo, para realizar uma
transferência de arquivos, A envia para B uma mensagem de controle informando a
existência de quadros de dados no slot 3 da saída de dados de A. Quando B recebe essa
mensagem de controle, seu receptor é ajustado ao canal de saída de A para que se possa
ler o quadro de dados. Dependendo do protocolo usado na camada mais alta, a estação
B pode usar esse mesmo mecanismo para o envio de uma confirmação, caso deseje. Se
as estações A e C possuírem conexões com B e ambas solicitarem que B observe o
mesmo slot 3, a estação B irá escolher uma dessas solicitações aleatoriamente, e a outra
transmissão será perdida.
Princípios Básicos
Para aplicações de longa distância, o sistema WDM se torna mais barato, pois o
mesmo regenerador óptico é utilizado para um grupo de canais, reduzindo o número de
regeneradores e fibras utilizados;
Para aplicações entre 120 e 300 Km, a melhor solução varia de caso a caso e
também dos custos de implementação.
Ter uma visão geral do tráfego que é transmitido pela rota, definindo se ele é PDH,
SDH ou ATM e suas respectivas taxas de bit. Deve-se avaliar também a existência de
tráfego analógico.
Ter uma visão da infra-estrutura existente, com a definição com cabo óptico
(atenuação e dispersão), comprimentos dos enlaces e pontos de regeneração;
O DWDM é a chave tecnológica para integração das redes de dados, voz e imagem
de altíssima capacidade.
DWDM combina múltiplos sinais ópticos de forma que eles possam ser ampliados
como um grupo e possam ser transportados sobre uma única fibra, aumentando sua
capacidade. Cada sinal transmitido pode estar em uma taxa diferente (OC-3/12/24, etc)
e em um formato diferente (SONET, SDH, ATM, dados, etc) por exemplo, uma rede
DWDM com uma mistura de sinais de SONET que operam a 2,5 Gbps (OC-48) e 10
Gbps (OC-192), em cima de uma infra-estrutura de DWDM, podem alcançar
capacidades de mais de 40 Gbps. Um sistema com DWDM pode alcançar isso
facilmente enquanto mantém o mesmo grau desempenho, confiabilidade, e robustez do
sistema, ou até mesmo ultrapassando isso utilizando o mesmo sistema de transporte.
Futuros terminais de DWDM levarão até 80 comprimentos de onda de OC-48, um total
de 200 Gbps, ou até 40 comprimentos de onda de OC-192, um total de 400 Gbps, a qual
capacidade é suficiente para transmitir 90.000 volumes de uma enciclopédia em um
segundo.
Nesta faixa, seria possível transmitir todos os canais de Televisão de todo o mundo
de uma vez ou aproximadamente meio milhão de filmes ao mesmo tempo.
Considere a seguinte analogia, imagine a fibra como sendo uma estrada de várias
pistas. Sistemas de TDM tradicionais utilizariam uma única pista desta estrada e
aumentado a capacidade desta pista. Em networking óptico, utilizando DWDM é
análogo a tendo acesso às novas pistas na estrada (aumentando o número de
comprimentos de onda na base de fibra embutida) ganhar acesso para uma quantia
incrível de capacidade de escoamento na fibra.
Evolução do DWDM
Alguns analistas da indústria têm chamado DWDM de um ajuste perfeito para redes
que satisfazem demandas para mais largura de banda. Um sistema DWDM deve ser
modular. Apesar do fato que um sistema de OC-48 que conecta com 8 ou 16 canais por
fibra poderia parecer agora como suficientes, tais medidas são necessárias para o
sistema ser eficiente desse momento até daqui a dois anos.
Mas DWDM é justamente o primeiro passo a ser feito na cheia estrada óptica para
networking e a realização da camada óptica. O conceito de uma rede toda óptica implica
que o provedor de serviço terá acesso óptico para trafegar nos vários nós da rede, tanto
como na camada SONET para tráfego SONET. Soma de comprimento de onda óptico
(OWAD) add aumenta a capacidade, onde comprimentos de onda são somados ou
diminuídos em uma fibra, sem requerer um término SONET. Mas a última flexibilidade
da administração de largura de banda virá com um cross-connect da capacidade na
camada óptica. Combinado com OWAD e DWDM, o cross-connect óptico (OXC)
oferecerá para os provedores de serviço a habilidade para criar uma flexibilidade, de alta
capacidade, e eficiente rede óptica com administração de bandwidth óptica cheia. Estas
tecnologias são a realidade de hoje. DWDM está sendo utilizado na rede interurbana
desde 1995, OWAD está disponível em produtos desde 1998, e o primeiro OXC estava
em demonstrações em convenções da indústria em 1997.
Ajuste automático dos amplificadores ópticos quando são somados canais ou são
removidos, alcança ótimo desempenho do sistema. Isto é importante porque se há
poucos canais no sistema com alta potência, degradação em desempenho por modulação
de fase pode acontecer. Por outro lado, pouca potência resulta um ganho não suficiente
do amplificador.
Filosofias de proteção
Devido ao alto tráfego transportado em sistemas WDM, uma grande atenção deve ser
dada à proteção deste tráfego. Duas filosofias são adotadas, de acordo com o tipo de
tráfego transportado: tráfegos SDH e não-SDH.
Em anel, os mux de SDH usam duas saídas ópticas para fazer o quadro STM-N
circular numa única direção (da direita para a esquerda ou vice-versa). A cada mux de
SDH o quadro é alterado, por meio de inserções e extrações de tributários (ADM – Add
and Drop Multiplexer). Em caso de falha na comunicação entre um mux e outro, o
quadro STM-N imediatamente começa a circular na direção oposta, sem que o operador
ou o software de gerência precise intervir.
Para o tráfego não - SDH, ou melhor dizendo, para as tecnologias nos quais não
estão definidos esquemas de proteção nas camadas de enlace e física, a melhor
implementação é agir diretamente na camada óptica. Neste caso, os sinais de saída dos
terminais ópticos são multiplexados e então enviados simultaneamente através dos
canais de operação e proteção. Assim, em caso de falha de uma das rotas, o operador
pode comutar o tráfego para a outra rota.
Para comunicações ópticas o valor calculado de comprimento de onda está entre 800
ηm e 1600ηm, aproximadamente no meio da faixa conhecida como infravermelho
próximo. Em vista destas equações a energia de um fóton, pode ser expressa em termos
do comprimento de onda.
Para fibras multímodo se todo o seu núcleo é iluminado, então todos os modos
guiados são excitados, inclusive alguns modos de baixa ordem. A intensidade de cada
modo varia ao longo da fibra pelo efeito da atenuação e do fenômeno de transferência
de energia entre os modos. A distribuição de energia no final da fibra depende
fundamentalmente das condições de injeção de luz no início.
Desta análise deduz-se que existe uma quantidade finita de modos possíveis e úteis
na transmissão por fibra óptica.
Ainda nas características de transmissão em fibras ópticas existem alguns fatores que
influenciam fortemente no desempenho das fibras com o meio de transmissão, como o
DWDM.
Deve-se levar em conta estes fatores no projeto de comunicações ópticas, pois eles
certamente influenciarão no desempenho do modelo adotado. Dentro destes fatores
citaremos alguns, como:
Ainda dentro de atenuação, as perdas por absorção pelo material que se relaciona
com a composição e processo de fabricação da fibra, podem dividir em duas:
Nas perdas por espalhamento ainda podemos considerar alguns mecanismos que
contribuem para as perdas de transmissão nas fibras:
Raman – são efeitos originados por elevados campos elétricos da luz transmitida no
núcleo. Neste caso porém, a transferência de potência ocorre principalmente na direção
de propagação.
- Dispersão material;
Four-Wave Mixing (FWM) – Aqui merece uma atenção especial pois este fator
limita o uso de certos tipos de fibras. FWM - Presente em sistemas monocanais, em
sistemas multimodos (entre o modo principal e os modos laterais e principalmente, em
sistemas WDM (entre canais). Causado pela interação de multifótons, devido a não
linearidade do índice de refração, duas ou mais portadoras se combinam, gerando novas
raias laterais. Causa interferência nos canais vizinhos em sistemas WDM, bem como
degradação da potência óptica. Limita o número de freqüências que podem ser usadas
pelo sistema.
Por isso deve se tomar cuidado no projeto de enlaces ópticos que utilizarão sistemas
de transmissão DWDM, pois com a utilização de fibras DS (Dispersion Shifted) agrava
o efeito, uma vez que com dispersão nula, os sinais interferentes se propagam na mesma
velocidade/fase que os sinais principais. Enquanto que com a dispersão a potência dos
sinais interferentes tende a reduzir.
A escolha do tipo de fibra óptica, para operação em sistemas WDM, deve ser levado
em conta estes fatores comentados anteriormente, pois são fundamentais para um bom
desempenho do sistema. Características estas comentadas como: atenuação, dispersão e
efeitos não lineares devem ser analisados antes da instalação das fibras do sistema.
Cada tipo de fibra apresenta algum comportamento para operação em WDM que irá
resultar em restrições para este tipo de operação. Estas restrições terão impacto direto na
performance do sistema, limitando sua capacidade de transmissão ou diminuindo o
alcance dos enlaces.
Com o crescimento explosivo de demanda de serviços como voz, dados, vídeo, etc.
há hoje e haverá uma mudança profunda nas implicações de arquiteturas de redes de
transportes. Novas arquiteturas de rede tem sido consideradas, para que não se corra o
risco de criar gargalos e perder demanda do consumidor num mercado altamente
competitivo. Reconhecem-se as mudanças no mercado, e enquanto ainda existem alguns
debates técnicos sobre qual tecnologia de comutação a ser utilizada, há um consenso
claro que é a transição para uma arquitetura centrada em dados. O tráfego de dados
passará o de voz e não será mais um serviço de valor agregado, ao contrário, no modelo
emergente de redes voltadas para dados, tráfego de voz comutado por circuito torna-se
um serviço transportado por uma infra-estrutura de células/pacotes.
O conceito de rede de transporte que era dominante da rede SDH. Com o recente
desenvolvimento de soluções OMSP e Add Drop ópticos, possibilitaram a criação de
redes ópticas autônomas com proteção dos meios de transporte, capacitando as redes
ópticas para transportar o protocolo IP ou ATM diretamente sobre elas, não
necessitando das proteções que os sistemas SDH oferecem como vantagem.
2002 – Switching.
Esta configuração poderá ser utilizada para aumentar a capacidade das fibras em
determinados trechos, quando houver limitação da quantidade.
Este tipo de configuração deverá ser utilizado imediatamente pela maior parte das
operadoras de telecomunicações de longa distância.
Configuração em anel
Possui capacidade própria para realizar a proteção das vias de transporte, com a
utilização de OADM (Optical Add Drop Multiplexer), possibilitando inclusive o tráfego
de IP diretamente sobre o sistema.
Como já dito, o futuro do tráfego será dominado por dados que diretamente sobre o
DWDM eliminará uma série de equipamentos na rede de alta capacidade.
Multiplexadores SONET não serão mais necessários, pois não será mais necessária a
multiplexação no tempo.
Claro que tudo isso levará algum tempo para ocorrer, pois a grande maioria dos
equipamentos de dados hoje, são backbones de interfaces a baixa velocidade, e o que se
leva em consideração é a demanda de serviços com os custos de implantação.
O WDM, por sua vez, é usado para ampliar ainda mais a capacidade de transmissão
da fibra. Essa tecnologia tem como princípio, combinar vários comprimentos de onda
diferentes em uma única fibra. O WDM possui uma série de variações como o CWDM,
o DWDM e o WWDM. Futuramente teremos também o U-DWDM, que irá multiplexar
centenas de comprimentos de onda em apenas uma fibra, alcançando taxas de
transmissão na ordem de Tb/s.
Com o aumento da procura por aplicações que exigem altas taxas de transmissão de
dados, acompanhado da crescente evolução das próprias fibras e das tecnologias
aplicadas nas redes ópticas, espera-se que, brevemente, os cabos metálicos sejam
substituídos por cabos de fibra óptica.