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CURSO DE INSTALAÇÃO E

ATIVAÇÃO DE CLIENTES
FTTH( FIBRA ÓPTICA)

Instrutor: Paulo Ronaldo


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Conteúdo Do Curso:

Você está recebendo em suas mãos, o


CURSO DE INSTALAÇÃO E ATIVAÇÃO
DE CLIENTES FTTH (FIBRA ÓPTICA).

O CURSO É DIVIDIDO EM 3 MÓDULOS:

Módulo 01 – Fibra Óptica e Redes De Acesso

Módulo 02 – Equipamentos e Ferramentas

Módulo 03 – Ativação De Clientes FTTH

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CURSO DE INSTALAÇÃO E ATIVAÇÃO
DE CLIENTES FTTH (FIBRA ÓPTICA).

Módulo 01 – Fibra Óptica e Redes De Acesso:

1 – O que é fibra óptica e como é formada;


2 – Vantagens e Desvantagens;
3 – Capacidade de trafego e atenuação;
4 – Tipos de cabos ópticos
5 – Tipos de redes de acesso à internet

Módulo 02 - Equipamentos e Ferramentas:

1 – Equipamentos utilizados em uma ativação FTTH;


2 – Ferramentas usadas em uma ativação FTTH;

Módulo 03 - Ativação De Clientes FTTH:

1. Redes FTTH
2. Segurança
3. Lançamento de Drop
4. Caixa de atendimento – CTO
5. Montagem de Conector de Campo
6. Organização, Configuração e Testes.
7. Boas Práticas

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MÓDULO 01 - FIBRA ÓPTICA
APRENDA TUDO SOBRE FIBRA ÓPTICA. PARA SE TORNAR UM PROFISSIONAL EM
FIBRA ÓPTICA, O TÉCNICO TERÁ QUE CONHECER O QUE É FIBRA ÓPTICA E SUAS
TECNOLOGIAS.

CONTEÚDO DO MÓDULO 01:


1 – O QUE É FIBRA ÓPTICA E COMO É FORMADA;
2 – VANTAGENS E DESVANTAGENS;
3 – CAPACIDADE DE TRAFEGO E ATENUAÇÃO;
4 – TIPOS DE CABOS ÓPTICOS
5 – TIPOS DE REDES DE ACESSO A INTERNET

INTRODUÇÃO:

Ter um bom técnico realizando uma ativação de clientes FTTH, não é nada
fácil. São muitos os que acham que sabem realizar. Mas a verdade é que não sabem nem
mesmo o que é uma fibra óptica.
Muitos técnicos que dizem ter experiência na área de Telecom, diz que já
trabalhou anos com escadas, passando cabos e colocando ferragens. Ativar um cliente,
não é só passar o cabo drop.
Há muito mais pra fazer, que só um lançamento. Alguns até dobram, torcem,
colocam o drop de qualquer jeito, achando que ele é um cabo FE de telefonia fixa. Ativar
clientes FTTH, precisa de experiência, muito treinamento, paciência e disciplina.
A grande demanda de velocidade vem crescendo a cada ano. Hoje só se fala
em filmes HD, FullHD ou 4K. Os jogos online estão cada vez mais exigindo banda de
internet. Videoconferências e vídeo-monitoramentos em tempo real, precisam de uma
velocidade impossível de obter nas tecnologias Via Radio e Cabeada.
Isso vem preocupando os pequenos provedores regionais, levando-os a
tomarem providências não muito generosas, em adequar seu sistema de transmissão de
dados entre clientes e provedores, às demandas atuais. Sendo a melhor opção, o uso de
fibra óptica, que tem limite de velocidade ilimitada e capaz de transmitir dados em
Multicast (é a transmissão de informação para múltiplos destinatários simultaneamente,
usando a estratégia mais eficiente, onde as mensagens só passam por um link uma única
vez e somente são duplicadas quando o link para os destinatários se divide em duas
direções).

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OBJETIVO:

O objetivo deste curso, é fazer com que o técnico em fibra óptica, fique por
dentro da tecnologia com a qual vem crescendo bastante. Neste curso, o aluno saberá o
que é a fibra óptica e suas particularidades.
Este curso também servirá como complemento para quem já trabalha com
redes ópticas FTTH e que queira obter mais informações. No final do curso, o aluno
estará preparado para exercer a função de Técnico Instalador de Redes de Fibra
Ópticas FTTH de forma profissional.
Este curso foi elaborado por profissional com anos de experiência em fibra
óptica. Temos certeza que no final do curso, o aluno terá mais confiança e poderá
impressionar qualquer Provedor que o contratar.

O QUE É FIBRA ÓPTICA?

Fibra óptica é um filamento flexível e


transparente fabricado a partir de vidro ou plástico
extrudido (significa "que é obtido por extrusão", isto
é, “que foi forçado a passar por uma fieira ou por
um orifício para ficar com formato alongado”).
E que é utilizado como condutor de
elevado rendimento de luz, imagens ou impulsos
codificados. Têm diâmetro de alguns micrómetros,
ligeiramente superior ao de um fio de cabelo humano.

VANTAGENS E DESVANTAGENS DA FIBRA ÓPTICA:

Vantagens
• A transmissão através da fibra óptica é muito mais rápida. Vídeos e jogos em alta
definição, só podem ser executados na tecnologia óptica.
• A fibra não sofre interferências. A fibra trabalha com luz. Assim, ela é imune às
interferências eletromagnéticas.

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• Não há perdas. Daria para conectar um cliente ao provedor em uma distância de 100
km, com uma fibra monomodo, sem perdas de conexão. O reparo da fibra é seguro. Por
ser passiva, não contém eletricidade. O risco de choque e de incêndio cai para zero.

Desvantagens
O custo inicial da rede óptica é duas vezes mais caro do que a cabeada. Área
de abrangência menor. Devido ao custo do cabo óptico e ferragens, a fibra se torna
inviável em pequenos lugares. Mão de obra mais cara. Por serem materiais mais
delicados, o manuseio precisa de técnicos especializados e ferramentas de alta precisão.

CAPACIDADE DE TRANSMISSÃO DA FIBRA ÓPTICA:

O esforço conjunto de pesquisadores


da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, nos
Países Baixos, e da Universidade da Flórida
Central, nos Estados Unidos, resultou em um
recorde: o grupo conseguiu transferir dados à
velocidade de 255 Tb/s (terabits por segundo) em
uma conexão de fibra óptica.

COMO É FORMADA A FIBRA ÓPTICA:

• Uma fibra óptica é composta basicamente de material dielétrico, segundo uma longa
estrutura cilíndrica, transparente e flexível, de dimensões microscópicas comparáveis às
de um fio de cabelo.
• A estrutura cilíndrica básica da
fibra óptica é formada por uma
região central, chamada de núcleo
(por onde a luz trafega), envolta
por uma camada, também de
material dielétrico, chamada
casca.

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O QUE É ATENUAÇÃO?

A luz trafegada no núcleo da fibra,


refletida dezenas, centenas ou milhares de
vezes, antes de chegar ao seu destino.
Mesmo o núcleo sendo de vidro puro, ainda
sofre a perda de luz ao se chocar com as
paredes do núcleo.
Veja que quanto mais curvada à
fibra se encontra, mais dificuldade a luz terá
para sair no outro lado. A atenuação pode
ocorrer também na fusão óptica malfeita ou
com impurezas na hora da fusão.

FIBRA MULTIMODO FIBRA MONOMODO:

Multimodo:
As fibras multimodo têm um
diâmetro maior no núcleo, a luz é trafega em
zigzag. As perdas são maiores e atinge
distâncias de até 20 km. Por ter um núcleo
maior, elas são usadas para transmitir e receber dados ao mesmo tempo. Ou seja, pode
ser transmitido dois sinais ópticos no mesmo núcleo.

Monomodo:
As fibras monomodo possuem um diâmetro muito menor no núcleo, além de
uma casca mais espessa. Isso faz com que ele tenha uma menor perda de luz, já que a
luz trafega em linha reta, mesmo em curvas. Ela é usada em grandes distâncias como
100KM. Por possuir um núcleo menor, elas só conseguem transmitir ou receber dados.
Ou seja, só consegue ser transmitido um sinal óptico por fibra.
OBS: Técnica DWDM.

O DWDM (Dense Wavelength Division Multiplexing - multiplexação densa por


comprimento de onda) é uma tecnologia WDM. Segundo a ITU (International
Telecommunications Union), os sistemas DWDM podem combinar até 64 canais em uma
única fibra. No entanto, podemos encontrar, na prática, sistemas DWDM que podem

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multiplexar até 128 comprimentos de onda. Além disso, foram realizados alguns testes
que provaram ser possível a multiplexação de até 206 canais.

O espaçamento entre os canais pode ser de 200 GHz (1.6 nm), 100 GHz (0,8
nm), 50 GHz (0,4 nm), podendo chegar a 25 GHz (0,2 nm). Os sistemas DWDM utilizam
comprimentos de onda entre aproximadamente 1500 nm e 1600 nm e apresentam alta
capacidade de transmissão por canal, 10 Gbps, podendo alcançar 1Tbps na transmissão
de dados sobre uma fibra óptica.

CABOS ÓPTICOS TIPOS DE CABOS ÓPTICOS:

Existem diversos tipos de cabos ópticos. Vamos analisar os principais:

Cabo óptico AS – Autossustentados:


São os cabos que compõe o Backbone. Geralmente são de 6 a 144 fibras,
protegido por uma cobertura dielétrico e com um filamento em aramida localizado na parte
interna do cabo, que o protege contra trações durante o lançamento e sustenta todo seu
peso nos vãos dos postes.

Cabo AS Convencional
O Cabo AS é ideal para
instalação aérea autossustentada para vãos
entre postes de até 200m, sem uso de
cordoalha, para rede de transporte em
entroncamentos ou acesso em redes de
assinantes.

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A construção do tipo “loose” e os materiais de alta qualidade empregados na
formação do cabo garantem proteção dielétrica, contra umidade, raios UV e proteção
retardante a chama (RC), resultando em segurança e confiabilidade para a instalação.

Cabo AS Compacto

O Cabo AS
Compacto, utilizando a mesma
estrutura de construção do Cabo
Óptico AS convencional, proporciona
uma redução de até 40% do seu
peso para uma mesma quantidade de
fibras, reduzindo os esforços nos
postes e resultando em ganhos com a utilização de ferragens menos robustas.
Indicado para aplicação aérea autossustentada em redes de backbone urbano,
backhaul e rede de acesso ao assinante, permite a instalação em vãos entre postes de
até 200m, sem o uso de cordoalha.

Cabo ASU – Único Tubo:

O Cabo Óptico ASU é totalmente


dielétrico, indicado para instalações de
backbone urbano, backhaul e rede de
acesso ao assinante. Possui um único
tubo com capacidade de até 12
fibras ópticas, e é indicado para aplicação
aérea autossustentado para vãos entre
postes de até 120m, sem o uso de cordoalha. Apresenta uma estrutura compacta e
leve, permitindo a utilização de alças e laços pré-formados menores e de menor
custo.
Alta proteção contra umidade, com a unidade básica protegida por gel e fios
hidroexpansíveis no núcleo do cabo, e revestimento com proteção UV, podendo ser
fornecido também com proteção retardante a chama (RC).

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Drop Flat 1FO:
Temos o drop flat, que é um
cabo de uma 1,2,4 fibras ou mais,
protegidas por uma camada dielétrica e
um a três arames de tração. Dois fios para
proteger o drop e fio maior para tração e
fixação nas ferragens.

Cordão Óptico
O cordão óptico é usado apenas em ambientes internos. Ele é mais frágil e não
possui resistência contra trações. Tem revestimento de plástico e feixes de nylon, para
evitar o esticamento. Geralmente só servem para interligar equipamentos no provedor e
na casa do assinante. Ex: (DIO, OLT, PTO).

IDENTIFICAÇÃO DAS FIBRAS EM UM CABO ÓPTICA


As fibras dentro de cabo óptico são identificadas através de cores. Sendo o
padrão mais utilizado o americano e brasileiro. As fibras são agrupadas em tubos looses,
que por sua vez são agrupados no cabo óptico. No padrão americano, os tubos looses
são identificados por cores diferentes, ao contrário do padrão brasileiro, que tem 1 tubo
verde, 1 amarelo e 4 ou mais tubos brancos.

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CÓDIGO DE CORES EM FIBRAS ÓPTICAS:

RECONHECENTO O TUBO PILOTO:

– Tubo verde, também conhecido como “piloto”, será sempre o tubo 1.

– Tubo amarelo, também conhecido como “direcional”, será sempre o tubo 2 e também
determinará se seguiremos a contar os demais tubos no sentido horário ou anti-horário.

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REDES DE ACESSO À INTERNET

TIPOS DE REDES DE INTERNET

Para cada necessidade há uma aplicação específica. Hoje em dia ainda temos
muitos pequenos provedores utilizando a tecnologia via rádio. Para se ter uma ideia,
todos começam pela via rádio, devido o baixo custo para se montar um provedor com
atendimento de 100 a 200 clientes.
Com o crescimento da demanda de banda, vem à necessidade de migrar para
outra tecnologia mais rápida. A tecnologia cabeada é a mais acessível e oferece planos
de até 50mega, sem comprometer a banda da caixa de atendimento, já que a caixa é
limitada por um switch de 100mega. Quando o assunto é bandas de 50, 100, 200mega,
TV por assinatura, vídeo-monitoramento e telefonia, não tem outra solução. O uso da fibra
óptica é obrigatório. Veja a seguir detalhes de cada tecnologia existentes.
TECNOLOGIA DE REDE VIA RÁDIO:

Essa tecnologia ainda existe em pequenos provedores. Ela está sujeita há


várias interferências eletromagnéticas por todos os lados. As distâncias entre cliente e
provedor prejudica a qualidade da internet.
Além da chuva, as arvores, casas e edifícios, atrapalham no envio e
recebimento do sinal (visada). A velocidade da banda é de apenas 2 a 15mega em
equipamentos tradicionais.

TECNOLOGIA DE REDE DE CABO ESTRUTURADO:

Essa é a tecnologia mais utilizada atualmente pelos pequenos provedores.


Nela a interferência eletromagnética e as distâncias prejudicam a qualidade da internet. O
próprio cabo usado para interligar o provedor com o cliente gera interferências no sinal,
por utilizar eletricidade como meio de transmissão.
Além do risco de choque, ela também causa incêndios nos postes. A
velocidade da banda em um cabo UTP pode chegar a 5 a 50mega, já que os switchs nas
caixas têm limitação de 100mega e 10 portas apenas.

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TECNOLOGIA FIBRA ÓPTICA FTTX E FTTH:

Tipos de redes de Internet FTTx e FTTH existem várias siglas de redes FTTx,
vejamos algumas:
FTTx1 – Fibra até a caixa de distribuição
FTTx2 – Fibra até a caixa de atendimento PACPON - Fibra até a caixa de atendimento
FTTH - Fibra até a casa do cliente, 100% fibra óptica.
Outros tipos de tecnologias foram aplicados a fim de aumentar a qualidade e o
tamanho da banda. O uso de fibra óptica para compor o backbone tem sido vantajoso.
Com o backbone todo em fibra dava para dá mais qualidade no serviço e aumento
ilimitado de banda.

TOPOLOGIA FTTX1:

A fibra compõe o
backbone. Na caixa primária
existe um conversor óptico
(ONU) e um switch que vai
distribui link para outras 8
caixas de atendimento
espalhadas ao redor. Nesse
sistema, a fibra chega até um
certo ponto, longe do cliente
final, na caixa de atendimento
chega um cabo UTP vindo da primária. Da caixa de atendimento ao cliente, também é
composto por cabo UTP, gerando mais perdas de qualidade.

TOPOLOGIA FTTX2:

A fibra compõe todo


backbone e distribuição das caixas.
Na caixa CEO existe um splitter que
distribui Sinal óptico para 8 ou 16
caixas de atendimento.

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Cada caixa de atendimento, contendo uma ONU+switch de 8 portas. Da caixa
de atendimento, até o cliente final é usado cabo UTP, quando mais se usa cabo UTP,
mais se perde qualidade. Dependendo da qualidade do cabo UTP, mais perda de
qualidade do serviço terá.

TOPOLOGIA PACPON:

A fibra compõe todo


backbone e distribuição das
caixas. Na caixa CEO existe um
splitter que distribui Sinal óptico
para 8 ou 16 caixas de
atendimento. Parecido com a
FTTP2. Sendo que na caixa de
atendimento terá um switch
óptico com 8 portas Gigabit. Da
caixa de atendimento, até o cliente final é usado cabo UTP, quando mais se usa cabo
UTP, mais se perde qualidade. Dependendo da qualidade do cabo UTP, mais perda de
qualidade do serviço terá.

TOPOLOGIA FTTH:

Já na FTTH a fibra
compõe o backbone, a distribuição
das CTOs e chega até dentro da
casa do cliente, conectando-se
com o conversor óptico (ONU).
Neste tipo de rede, a
perda de qualidade e velocidade
são zero! A velocidade é ilimitada!
Somente a rede FTTH pode levar
Internet + TV + Telefone + vídeo
monitoramento juntos na mesma fibra. Essa tecnologia é a mais avançada que existe.
Não existe um meio mais rápido de transmissão de dados neste planeta.

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VISÃO GERAL DE UMA REDE FTTH:

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VISÃO DE UM PROJETO FTTH

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PROJETO FTTH FEITO NO GEOSITE:

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MÓDULO 02 –EQUIPAMENTOS E FERRAMENTAS

Saiba quais equipamentos e ferramentas serão utilizados em uma ativação de


fibra óptica FTTH. Conheça-os detalhadamente e para que servem cada um deles.

Conteúdo:

1 – Equipamentos utilizados em uma ativação FTTH;


2 – Ferramentas usadas em uma ativação FTTH;

Equipamentos:

1) Conetores De Campo:
2) Os conectores usados em campo
são do modelo SC-APC, cor verde,
usados na CTO e conectores SC-
UPC, cor azul, usados nas ONUs
(conversores ópticos)

ENTENDA COMO FUNCIONA O


CONETORES DE CAMPO:

O funcionamento deste
equipamento é mecânico, você precisa
unir a sua fibra com a fibra que existe
no interior do conector. Para um
funcionamento perfeito, a fibra deve
estar limpa e clivada corretamente.
Uma força é necessária para
a união das duas fibras. Para isso,
deixamos um pequeno arco na sua fibra, forçando contra a do conector, antes de puxar a
trava do conector.

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ONU – OPTICAL NETWORK UNIT:

A função das ONUs é converter o sinal


ótico em eletricidade, podendo assim, conectar
qualquer roteador pela porta LAN1 ou LAN2. A
porta das ONUs são Gigabit, ou seja, podem
transmitir até 1 Giga de dados por segundo. As
ONU trabalham em modo bridge ou Router.
Existem vários tipos de ONUs. Alguma já vem com
roteamento integrado, no caso das ONUs híbridas.

ROTEADORES:

Os roteadores servem para armazenar os dados do usuário, fazendo a


conectividade do cliente ao servidor PPPoE ou outra forma de autenticação do provedor,
liberando assim, a conexão com a internet. Mas sua função principal é criar redes virtuais
ou rotas para outros dispositivos conectados,
conseguindo liberar o acesso à internet entre
vários dispositivos ao mesmo tempo, sem conflitos
entre eles.
Existem vários tipos de roteadores.
Roteadores de 150Mbps de uma Antena são
usados para planos menores. Já para planos
maiores, roteadores mais modernos e com
tecnologia WIFI Dual Band 2.4GHz, 5GHz e portas
WAN/LAN Gigabit, são de uso obrigatório.

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DROP FLAT 1FO:

O Drop Flat é um cabo óptico, composto de 1 ou 2 fibras,


protegidas por dois arames de aço finos, sustentados por um
arame de tração mais rígido, que pode ser descartado do drop.
Existem diversas cores de drop. A mais usada é a cor preta por
suportar raios UV.
O drop é mais frágil que os cabos ópticos AS –
Autossustentados. Seu manuseio requer mais cuidado e preparo
das equipes de ativação. Todo cuidado é pouco no seu manuseio,
já que ele é o mais caro em toda sua rede FTTH, por ser usado em
maior quantidade.

ESTICADOR CUNHA:

A utilização incorreta desta


ferramenta pode comprometer o resultado final
da instalação. Os esticadores utilizados na rede
FTTH, já vem com a identificação da empresa.
Ele também vem com instruções de instalação
impressa pelo fabricante.
Estas instruções devem ser
obrigatoriamente seguidas. Caso não siga estas instruções, a chance de quebra do
mesmo é enorme, chegando até quebrar no ato da instalação!
Os esticadores de drop podem ser opcionais, caso queira economizar. Basta
cortar o arame de tração do Drop e esticar (prender) na própria BAP ou fita de aço.

FERRAMENTAS USADAS NA ATIVAÇÃO


FTTH:
Além do carro e escadas, os técnicos devem
utilizar EPI e EPC, ferramentas de instalação de
ferragens (quando houver poste sem ferragens),
ferramentas de fixação de Drop, ferramentas de
montagens de conectores de campo, notebook e outras.
Veja detalhes de cada uma delas, nas páginas a seguir:

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ESTICADOR DE FITA DE AÇO – FUSIMEC:

Esta ferramenta é utilizada


para esticar a fita de aço, apertando
os anéis guias contra o poste. Procure
esticar bem a fita, para que os anéis
fiquem firmes. O manuseio da fia de
aço, deve ser com luvas de couro.
Existem Fusimec manuais (foto) e
semiautomáticas com catracas.
ALICATE DECAPADOR DE DROP:

A utilização incorreta desta


ferramenta pode comprometer o resultado
final da instalação. Esta ferramenta é
utilizada para cortar os dois elementos de
proteção do drop, deixando apenas a fibra
encapada. Caso esta ferramenta esteja
ruim durante o corte, ela pode atingir a
fibra e acabar trincando, comprometendo-a
fisicamente. Se isso acontecer, refaça o
procedimento e peça outra ferramenta.

ALICATE DECAPADOR DE FIBRA:

A utilização incorreta desta


ferramenta pode comprometer o
resultado final da instalação. Esta
ferramenta é usada para retirar o
revestimento da fibra, deixando apenas
a fibra nua, sem a sua capa verde.
Muito cuidado ao usar esta ferramenta.
Ela não pode aranhar a parte
nua da fibra. Se tiver desregulado, ela
pode danificar a fibra nua e deixá-la

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trincada, podendo romper dentro do conector ou no tubete (em uma fusão), durante a
instalação ou com o tempo.

CLIVADOR (CORTADOR DE FIBRA DE PRECISÃO)

A utilização incorreta desta ferramenta pode


comprometer o resultado final da instalação. Esta
ferramenta corta a fibra nua com muita precisão.
Sempre faça testes e limpeza nos clivadores. Para
testar seu corte, use em uma fibra e coloque na
máquina fusão, para ver o resultado no microscópio da
mesma.

O CORTE PERFEITO DE UM CLIVADOR:

O corte perfeito permite que a luz


entre e saia sem perdas. Um corte errado,
com sujeiras pode impedir ou atrapalhar a
entrada ou saída da luz, parcialmente ou
totalmente, gerando perdas enormes ou
totais. Mantenha o clivador sempre limpo e
guardado na sua caixa.

KIT DE LIMPEZA DE FIBRA:

Estas ferramentas são utilizadas


na higienização das fibras antes de serem
clivadas. Nunca limpe a fibra após o
clivamento. O álcool teve ser o mais puro
possível (isopropílico).
Espere uns 5 segundos para
secagem e clive-a. A limpeza da fibra é
obrigatória. Caso contrário, a sujeira poderá
interferir na saída da luz e em caso de fusão, a sujeira será fundida junto com as fibras.

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GABARITO DE CLIVAGEM:

Esta ferramenta facilita a vida dos técnicos, na hora de


saber a medida correta da decapagem e também a medida correta
do clivamento. A não utilização desta ferramenta pode resultar em
um mal clivamento e consequentemente muitas perdas. Neste
caso, será necessário remover o gabarito original de clivador, para
que ele encaixe correto.

EMISSOR DE LUZ (DETECTOR DE FALHAS):

Esta ferramenta envia uma luz na ponta


de um dos conectores e tem sua saída na outra
extremidade, caso a fibra não tenha um
rompimento. Excelente para detectar rompimento
em uma rota ou em um determinado trecho da rota.

POWER METER:

Esta ferramenta mede a perda de uma


fonte de luz. Uma ferramenta muito útil no dia a dia
de um técnico.
Sempre tampar após a utilização, para
que não entre sujeira dentro do mecanismo óptico
interno.

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MÓDULO 03 - ATIVAÇÃO DE CLIENTES FTTH:

APRENDA COMO INSTALAR UM CLIENTE DE FIBRA ÓPTICA, COMO UM


PROFISSIONAL DE VERDADE!

INTRODUÇÃO:

Ter um bom técnico realizando uma ativação de clientes FTTH, não é nada
fácil. São muitos os que acham que sabem realizar. Mas a verdade é que não sabem nem
mesmo o que é uma fibra óptica. Muitos técnicos que dizem ter experiência em várias
empresas, dizem que já trabalhou anos com escadas e colocando ferragens.
Ativar um cliente, não é só passar um drop. Há muito mais pra fazer, que só um
lançamento. Alguns até dobram, torcem, colocam o drop de qualquer jeito, achando que
ele é um cabo FE de telefonia fixa. Ativar clientes FTTH, precisa de experiência, muito
treinamento, paciência e disciplina.

OBJETIVO:

Neste Módulo, o aluno vai aprender toda parte prática de ativação do cliente,
conector de campo, cintagem de poste, amarração de escada, EPI E EPC. A o final deste
Módulo, o aluno estará preparado para exercer a função de Técnico Instalador de Redes
de Fibra Ópticas FTTH de forma profissional.

CONTEÚDO DO MÓDULO:

1) REDE FTTH
2) SEGURANÇA
3) LANÇAMENTO DE DROP
4) CAIXA DE ATENDIMENTO – CTO
5) MONTAGEM DE CONECTORES DE CAMPO
6) ORGANIZAÇÃO E TESTES
7) BOAS PRÁTICAS

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FTTH 100% FIBRA ÓPTICA:

A tecnologia que vamos abordar é a GPON e tipo de rede é a FTTH – Fiber To


The Home ou Fibra Até a Casa do Cliente.
Neste caso, o sinal ótico sai do provedor de internet e segue direta à residência
do cliente, sem interrupções ou mudança de tecnologia. A rede FTTH não usa eletricidade
em nenhum momento. Tudo é feito de forma passiva, sem qualquer ativo na rede.

SEGURANÇA – EPI E EPC:

SEGURANÇA EM PRIMEIRO LUGAR.

Todo cuidado é pouco, na hora de ativar


um cliente. Mesmo a rede FTTH não utilizar
eletricidade, o risco de choque elétrico é muito
grande. A poluição na rede das concessionárias de
energia podem oferecer muitos riscos ao técnico.
Como o instalador precisa subir em postes, a
segurança deve estar em primeiríssimo lugar. Veja
todos os cuidados na hora que tiver executando um
trabalho no poste:

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Antes de iniciar os trabalhos, estacione
de maneira que não atrapalhe o trânsito, sinalize
sua obra com os cones, para evitar que pedestres
passem por baixo e evitar acidentes com quedas
de ferramentas.
Antes de subir, posicione a escada de
maneira apropriada e firme e amarre ao poste.
Coloque o cinto de segurança e prenda
as ferramentas que irá utilizar ou leve na bolsa de
lona.
Nunca deixe de utilizar luvas. Olhe nos
arredores do poste, em busca de algum perigo, prenda seu cinto e verifique se está bem
firme.
Quando tiver executando o trabalho e precisar de uma ferramenta que não
levou. Não peça para seu parceiro jogar, nem para lhe entregar em mãos.
Evite subir mais de uma pessoa na mesma escada. Não jogue ferramentas
para seu parceiro, evitando que ele se machuque ou a ferramenta cair em algum pedestre
passando na calçada. Utilize uma corda e peça para amarrar a ferramenta e puxe-a.

APRESENTAÇÃO PESSOAL:

O técnico e o auxiliar devem está vestidos com o uniforme fornecido pela


empresa, limpo e em bom estado, utilizando bota engraxada e com crachá de
identificação na altura do peito, em local visível a fim de facilitar a identificação.
Ao chegar à residência do cliente, o técnico se apresenta de forma cordial
mostrando seu crachá ao cliente e frisando seu nome, a fim de salientar a identificação.
O Técnico deve se apresentar com a barba feita, cabelo penteado e camisa
dentro da calça.
Obs: Se for necessário lavar as mãos, verificar com o cliente se é possível utilizar o
tanque de lavar roupas ou uma torneira externa para fazer a higiene das mãos.

NÃO É PERMITIDO:

 Realizar visitas com acessórios como: óculos de sol, brincos, piercings, bonés, gorros e
calças de moletom.
 Fazer uso de cigarros em nenhum momento da execução do serviço.

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 Aceitar qualquer tipo de presente ou gorjeta oferecido pelo cliente.
 Utilizar o banheiro da residência do cliente para fazer necessidades fisiológicas (caso
instalação seja em condomínio, solicitar ao porteiro para utilizar o banheiro da área
comum do prédio).
Antes de iniciar o serviço, solicitar ao cliente um documento com foto para
garantir que a pessoa que acompanhará a instalação é maior de idade, caso contrário, a
instalação NÃO deverá ser iniciada (Art. 19 da Resolução 426 - Anatel).
Antes de entrar na residência do cliente, o técnico deve fazer uso do Pro-pé.
O técnico verifica com o cliente os locais que ele deseja que o ponto seja instalado (se a
distância entre o ponto e a CTO estiver a mais de 150 metros o técnico deverá entrar em
contato com o seu monitor ou com o coordenador técnico para solicita autorização).
É imprescindível que o local escolhido pelo cliente possua um notebook
dependendo do serviço que o cliente esteja solicitando. Se o cliente estiver sem notebook/
roteador, o técnico pode deixar instalado o serviço de internet, porém deverá testar com
seu equipamento de teste.

PONTO DE ACESSO:

Realizar inspeção visual para determinar a melhor rota do cabo, da CTO até
o ponto. Mostrar ao cliente o que você acha que deve ser feito, estar aberto a sugestões
de rotas alternativas ou ideias do cliente.
Se houver a necessidade de fazer um furo, mostrar ao cliente o porquê da
necessidade deste. Antes de fazer qualquer furo, certificar-se de que o assinante esteja
em pleno acordo.
Obs: A partir desde momento, a instalação poderá ser iniciada pela parte externa ou
pela parte interna. Se for feito primeiro a parte externa, o técnico deverá verificar se
as tubulações estão com a passagem livre antes de começar o cabeamento externo.

LANÇAMENTO DE DROP E FERRAGENS:

FORMAS DE LANÇAMENTOS:

O lançamento do drop é feito de duas maneiras: Do cliente para CTO ou da


CTO para o cliente. Algumas empresas têm uma equipe só para lançar o Drop e outra
para finalizar a ativação.

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Começando da CTO até o cliente: use esse procedimento, quando o trecho
da CTO até o cliente, possua travessias de ruas ou avenidas. Neste caso, o drop será
lançado primeiro, só depois que será feito a conectorização. Neste método, um dos
técnicos sempre trabalhará mais e assim o tempo de serviço será maior.
Começando do cliente até a CTO: esse método é mais utilizado quando não
há risco de carros passarem por cima do drop. Neste caso, um dos técnicos lança o drop
até a CTO, enquanto que o outro vai passando o drop pelo telhado ou forro na residência.
Neste método, os dois técnicos dividirão as etapas e assim o tempo de ativação será
muito menor.

FIXAÇÃO DO DROP:

Para fixar o drop nas ferragens, a empresa poderá optar por usar esticadores
ou não. Se usar, o técnico deverá usar o esticador tipo cunha. Se não usar esticador, o
técnico deverá separa o drop do arame, cortar o arame e enrolar firmemente na ferragem
(não recomendado).

POSTE DA CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA:

PREPARAÇÃO DO POSTE:

Para começar as
atividades externas, O TÉCNICO têm
que sinalizar o local com cones e utilizar
equipamentos de proteção. Cintar o
poste sempre acima da rede do
Provedor, acima do cabo de telefone e
abaixo da rede elétrica.
Preparar o poste com
Suporte Dielétrico / Roldana para que
seja possível fixar o cabo Drop.

USO DO SUPORTE DIELÉTRICO:


 Em todo o caso de travessia é obrigatório à
utilização do suporte para cabo drop;

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 Utilizar fecho metálico para aperto da mesma;
 Utilizar cinta de Aço para fixação do suporte no poste;
Utilizar esticador tipo cunha

Para instalação do Suporte no poste é necessário utilizar ferramenta


específica para aperto e corte da fita de aço (Cintadeira ou Fusimec) e martelo para
fechamento do Fecho de Aço.
Sempre utilize o Balde de Lona (Bornau) a fim de evitar que ferramentas ou
equipamentos caiam no chão ou sobre alguma pessoa.

MATERIAIS UTILIZADOS:
Para instalação do Suporte para cabo drop no poste, são necessários os
seguintes materiais:

IMPORTANTE: Para manuseio da Fita de Aço, utilizar Luva de Proteção.

Dicas: Não utilizar isolador da companhia de energia elétrica/Telefônica ou de outros

provedores para fixação do cabo do Provedor.

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POSTE DA RESIDÊNCIA DO CLIENTE:

PREPARAÇÃO DO POSTE:

No poste da residência do cliente não é permitido utilizar suporte da


companhia Telefônica. É obrigatório equipar o poste com suporte Span Clamp fornecido
pelo Provedor.

TRAJETO ENTRE O POSTE DA


COMPANHIA ELÉTRICA ATÉ O POSTE DO CLIENTE:

 O cabo Drop não pode ficar obstruído por árvores, muros etc.

 Evitar que o espaço aéreo da casa vizinha seja invadido pelo cabo de entrada.

 O cabo de entrada deve seguir o mesmo trajeto do cabo da companhia elétrica.

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 Caso tenha árvores obstruindo o trajeto do drop, use vara de manobra para elevar

o drop acima das árvores.

TRAJETO DO CABO DROP.

FIXAÇÃO DO CABO NO SUPORTE.

AMARRAÇÃO E PASSAGEM:
A curvatura do cabo não
poderá passar do ângulo de 90 graus com
12 cm, como especificação geral do cabo.
Se houver a possibilidade de
atender o cliente por tubulação telefônica, o
cabo Drop preto deverá ir direto até o Ponto
de Terminação Óptica - PTO. Não é
permitido realizar emenda no cabo DROP.

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PONTO DE ÂNCORA NA RESIDÊNCIA DO
CLIENTE:
Fixar o parafuso argola (pitão) na
residência do cliente sempre priorizando a parede de
alvenaria. Somente em casos de que tecnicamente
não seja possível a instalação, o pitão poderá ser
fixado com um ângulo de 90 graus.
O cabo sempre deverá estar fixado no pitão, não é permitido fixar o cabo
direto na ripa ou no caibro.

TRAJETO ENTRE O POSTE DO CLIENTE E O


BEIRAL DA RESIDÊNCIA:

O cabo não pode ficar obstruído por


árvores, muros, etc. Ficar atento com a altura do
cabo caso o trajeto do mesmo passe por entrada de
garagens.

CABEAMENTO INTERNO:

Preparar o conector SC/APC no cabo Drop conforme o procedimento de


preparação do Conector.

TRAJETO DO CABO INTERNO:

Todo cabeamento interno visível deverá ser feito com Cabo Drop low friction
sem mensageiro e fixado com fixa cabo preto.

TUBULAÇÃO:
Dar sempre preferência para tubulações telefônicas ou de antena externa
para chegar até o ponto. Se a tubulação estiver "obstruída" e não houver alternativa para
passar o cabo, comunique o cliente a solucionar o problema com um profissional
especializado e após isto ligar para o Provedor e reagendar a instalação.

Instrutor: Paulo Ronaldo


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A utilização de tubulações que se destinam a passagem de energia elétrica
deve ser feita apenas por técnicos que tenha qualificação em NR10 - Certificação
Segurança em Instalação em Serviços em Eletricidade.
O cabeamento da antena não poderá ser removido, devemos deixar o sinal
da Tv aberta ligada na Tv no cliente.

CABEAMENTO APARENTE:

Caso não exista tubulação para ser utilizada na passagem do cabo, será
necessário fazer um furo para descer com o cabo do forro ou laje até o ponto.

FURO NA LAJE:

O procedimento de furar a laje só deve acontecer se não houver alternativa,


e com a prévia autorização do cliente. Os furos deverão sempre ser feitos no canto da
parede, a uma distância de mais ou menos 5 cm do canto.

FURO NA PAREDE:

Os furos deverão sempre ser feitos a pelo menos 2 cm acima do rodapé,


para que a bucha de acabamento possa ser colocada, furando sempre de dentro para
fora, tendo cuidado com algo que possa estar do outro lado.
Na dúvida de passagem de tubulações elétricas e hidráulicas, solicite a
planta do local onde irá furar, ou a orientação de alguém que conheça a passagem das
tubulações.

 É proibido furar portas ou janelas, paredes


entre banheiros, cozinhas e áreas de
serviços e moveis;
 A função "martelete" da furadeira deverá
ser utilizada apenas em paredes rígidas e
vigas de concreto;
 Não aplicar torque excessivo sobre a
furadeira quando o furo estiver em seu
término;
 Verificar se não há algum objeto do outro lado da parede, como quadros, calhas,
caixa d'água, etc.;
 Verifique os desníveis entre os cômodos.

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 Após realizar qualquer furo, efetuar a limpeza do local.

ACABAMENTO:

 Utilizar sempre bucha de acabamento nos dois lados da parede quando realizar
furos de passagem dos cabos;
 O furo deve ser executado no sentido do ambiente interno para externo, devido à
precisão da localização do furo.
 Se o furo for externo, executar de dentro para fora com uma inclinação de 15º (para
baixo) e vedar com silicone.
 Para cabo Drop preto utilizar Bucha de acabamento preto.
FIXAÇÃO DOS CABOS INTERNOS:

TRAJETO LINEAR

Os cabos internos visíveis deverão ser presos com fixa cabo, utilizando
espaçamento aproximado de 50 cm entre eles;
Deixar sempre para a conexão da ONU, uma folga de cordão de
aproximadamente 1,5 m entre o PTO e a ONU.

RODAPÉ E CANTOS

O fixa cabo deve ser fixado na parede a


6 cm do canto, respeitando a curvatura mínima do
cabo; Evitar fixar o fixa cabo em batentes e rodapés
para não danificá-los.

PONTO DE TERMINAÇÃO ÓPTICA – PTO

A instalação do ponto de terminação óptica - PTO tem como o objetivo


principal diminuir o risco de rompimento interno no cabo drop, você poderá fazer a
instalação fixando na parede próxima ao local onde irá ficar a ONU, com a utilização do
cordão óptico esse percurso do PTO até a ONU corre menos risco de rompimento, devido
o cordão ser mais flexível no que o cabo drop.

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PONTO DE TERMINAÇÃO ÓPTICA - PTO

CAIXA DE ATENDIMENTO:

Antes de iniciar a conectorização, veja se o sinal óptico da CTO está nas


conformidades técnicas do provedor. Geralmente uma CTO com splitter de 1x8, terá um
sinal de -17dB a -18dB e CTO com splitter 1x16, terá um sinal de -20dB a -21dB em
condições normais.

TUDO COMEÇA PELA CTO:

É altamente recomendado
comunicar ao setor de infra, quando
encontrar uma CTO com splitter de 1x8 e
1x16, com sinal maior que -22dB e -24dB.
Neste caso, uma equipe de infraestrutura de
rede óptica, deve reparar a atenuação
daquela CTO. Só depois voltar e terminar a
ativação ou ative o cliente e abra um suporte
técnico de infraestrutura.
ORGANIZANDO A CTO:

As CTOs têm entradas e saídas


numeradas. Sendo que existe a entrada 01

Instrutor: Paulo Ronaldo


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(quando entra na CTO) e porta 01 (quando conecta no splitter). Obedeça a ordem e
mantenha a CTO bem organizada. Na parte interna, as portas do splitter, também segue o
mesmo padrão.
O drop sempre deve entrar sem o arame de tração. Não é necessário deixar
sobras de drop. Pois um conector bem montado, não precisará mais mexer nele. Ou se
preferir deixar uma sobra para reparos futuros, deixe ao lado da CTO, bem protegido de
batidas de escadas.

MONTAGEM DE CONECTORES DE CAMPO:

Esta é uma das partes mais importantes em uma ativação. Pois uma
montagem malfeita, pode ocasionar uma abertura de chamado, logo nos primeiros dias
após a ativação. E consequentemente o
aborrecimento do cliente.
MONTAGEM DE CONECTORES:

Sempre leve todas as ferramentas


obrigatórias para cima do poste. Nunca faça nenhum
procedimento sem a ferramenta apropriada. Tenha
paciência e esqueça o tempo, pois fazer uma
conectorização será necessário ter mãos de
cirurgião. A seguir será ensinado todos os passos de
como montar um conector de campo. Não ache que

Instrutor: Paulo Ronaldo


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isto é frescura, pois a fibra óptica é muito frágil e precisamos ter muito cuidado na limpeza
e manuseio da mesma.
Vamos da os nomes a estrutura de um conector, para facilitar nossa montagem.

PROCEDIMENTO DE MONTAGEM:

 Introduza o drop sem arame de tração na entrada 01 da CTO.


 Desmonte o conector e introduza o drop na “rosca de pressão” e decape a quantidade
necessária com o “Decapador de Drop”.
 Desmonte o conector e introduza o drop na “rosca de pressão” e decape a quantidade
necessária com o “Decapador de Drop”.
 Limpe bem a fibra “nua” com álcool isopropílico e clive - a com um clivador testado em
ótimas condições.
 Cuidadosamente, introduza a fibra clivada dentro da “carcaça”. Vá introduzindo até sentir
que se encoste à fibra interna do conector e que formou um arco na fibra, e empurre a
“trava” para frente. Baixe a tampa da carcaça. Segure bem a carcaça e rosqueie à rosca
de pressão, deixando bem firme o drop.
 Coloque o corpo do conector de volta, retira a tapinha e conecte na porta 01 do splitter.
 Feche a CTO com cuidado para evitar esmagar algum drop e trave a CTO para evitar
roubos ou vandalismos no interior da mesma.

ORGANIZAÇÃO E TESTES:

São várias as formas de organizar os equipamentos em uma residência.


Alguns clientes permitem o uso de preguinhos e prensa fios. Já outros, preferem não furar
a parede. É altamente recomendado informar sobre os furinhos na parede para fixação
dos equipamentos, antes de realizar o procedimento, sem a permissão do cliente.

ORGANIZAÇÃO:

O problema é que a ONU não pode ficar solta/móvel, para não correr o risco de
prejudicar o conector introduzido na mesma. De qualquer forma, usar o prensa fios
sempre que for permitido. Ao terminar de organizar os equipamentos, realize o teste do
conector, mexendo um pouco com ele e veja se o LED (LOS) da ONU fica vermelha.
Mexa várias vezes na tomada ou benjamins (T ) e veja se desliga os equipamentos em
caso de mal contato.

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As ONU se configuram automaticamente, quando se conecta com a OLT. As
configurações do roteador são semiautomáticas (provisionados). Logo que conectado na
ONU, uma conexão provisória e feita e você terá acesso a um site hospedado no seu
servidor. Neste site, o técnico irá colocar o “usuário e CPF” do cliente e o servidor irá
configurar o roteador automaticamente.

CONFIGURAÇÃO E TESTES:

Caso queira configurar manualmente, basta iniciar o processo de configuração


sem entrar no site de provisionamento.
Alguns provedores utilizam o provisionamento. O cliente não escolhe nome e
nem senha do WIFI. Outros configuram manual. O cliente escolhe nome e senha do WIFI.
Ao finalizar a configuração do roteador e ONU, realize o teste e mostre para o
cliente quanto de velocidade tem que chegar a seus dispositivos. Em planos de mais de
50 mega, o cliente deve possuir dispositivos compatíveis com a velocidade. Sempre peça
para o cliente realizar os testes de velocidade nos sites onde seu provedor é cadastrado.

BOAS PRÁTICAS

A seguir, mostraremos algumas dicas que profissionais fazem e que 90% dos
instaladores não fazem.

AÇÕES DE PROFISSIONAIS:

1) Antes de sair da empresa, verifique se está com todo o material necessário para

realizar as ativações e endereços confirmados.

2) Sempre utilize os EPIs e EPCs, evitando acidentes durante a ativação.

3) Tenha muita paciência na hora da montagem de conectores e travessias em ruas e

avenidas movimentadas. Só atravesse em segurança.

4) Evite sobras excessivas de drop. Deixe apenas 10m no cliente e 1m na CTO. O seu

chefe agradece a sua colaboração.

5) Procure manter a estética da residência, organizando os equipamentos de forma

correta, sem deixar fios ou equipamentos pendurados.

Instrutor: Paulo Ronaldo


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6) Jamais dê alguma bronca no seu parceiro ou fale de assuntos indevidos na frente do

cliente. Se alguma coisa sair errada, nunca coloque a culpa no colega ou na empresa

na frente do cliente. Tente resolver de maneira profissional. Mostre que sua empresa é

séria e que você é um profissional naquilo que está fazendo.

7) Explique para o cliente o que foi feito na ativação, a velocidade que você mediu a data

de vencimento da sua fatura, como funciona a divisão da internet, caso tenha vários

dispositivos conectados.

8) Após dar baixa na sua OS – Ordem de Serviço, explique sobre os canais de

atendimento e funcionamento do suporte técnico.

CONCLUSÃO
O bom gerenciamento da área técnica COM TREINAMENTO
ESPECIALIZADO E PRÁTICO tem como objetivo principal a redução de custos para o
aumento da margem de lucro e a percepção de satisfação com o serviço de acesso a
internet.
Uma equipe técnica BEM TREINADA entendendo quais são os
procedimentos a seguir, tende a gerar maiores resultados no dia a dia técnico, esse
CURSO PRÁTICO é só o primeiro passo na busca constante de conhecimento, é
necessário que sejam feito atualizações e treinamentos para constante evolução técnica.
Agora que você (aluno) já tem um norte a seguir para implementar sua
carreira na área técnica, que você realmente gere resultados, mas lembre-se: sem metas
claras e definidas não terá parâmetros para ter um melhor desempenho na sua VIDA
COM UM PROFISSIONA DE TELECOM.

" AS PORTAS ESTÃO ABERTAS PARA QUEM


BUSCA NOVAS OPORTUNIDADES "

Instrutor: Paulo Ronaldo


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