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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

¾ Capacidade de transformação do meio pelo ¾ Capitalismo, Produção e Consumo


homem 9 Lucro
9 Descoberta do fogo 9 Desenvolvimento de tecnologia
9 Revolução Industrial 9 Aumento do consumo de bens
9 Consumo dos Recursos Naturais
9 Geração de resíduos e poluição
9 Degradação do Meio Ambiente
9 Desigualdades sociais

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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO

¾ Desenvolvimento Sustentável 9 Economia Ambiental x Economia Ecológica


“É aquele que satisfaz as necessidades atuais sem 9 Entrelaçamento de gerações
sacrificar a habilidade do futuro de satisfazes as 9 Princípio da precaução
suas”
9 Economia Ambiental x Economia Ecológica
9 Entrelaçamento de gerações
9 Princípio da precaução

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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
Economia Ambiental Economia Ambiental
Considera que os recursos ambientais não Inicialmente os recursos naturais não apareciam na
representam, a longo prazo, um limite absoluto a especificação da função produção, entravam
expansão da economia. apenas o capital e o trabalho.

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Economia Ambiental Economia Ambiental
Com o tempo passaram a ser incluídos, mas na Supõe-se que o progresso técnico, bancado pela
forma multiplicativa Y=f(K,L,R), que significa que a perspectiva de ganhos financeiros, aliado à um
redução no valor de um dos termos é compensada maior esforço de trabalho, possam superar,
pelo aumento em outro. indefinidamente, os limites impostos pela
indisponibilidade dos RN.

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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
Economia Ambiental Economia Ambiental
É atribuída, ao sistema econômico, a capacidade de A disponibilidade dos RN é vista como uma
migrar, suavemente, de uma base de recursos para restrição apenas relativa a expansão do sistema
outra na medida em que o primeiro se esgota. econômico, que é tido como grande o suficiente
para absorver a escassez dos RN. Na literatura esta
concepção ficou conhecida como sustentabilidade
fraca.

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Economia Ambiental Economia Ambiental

Esta corrente acredita na idéia de que os Têm sido feitas críticas tanto às hipóteses
investimentos compensam as gerações futuras assumidas quanto à inconsistência metodológica.
pelas perdas ocasionadas pelo consumo e
produção.

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Economia Ambiental Economia Ambiental

Em relação as hipóteses assumidas a principal Com relação a metodologia, as críticas focam a


crítica é da impossibilidade de se substituir algumas inconsistência da valoração do capital, devido ao
categorias de RN, principalmente os essenciais, por fato desta abordagem propor uma agregação
suas características únicas e por não serem combinando capital produzido e natural, que iria
produzidos pelo homem. requerer um numerário comum.

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Economia Ambiental Economia Ambiental

Para esta corrente a ampliação indefinida dos Esta suposição é falha quando tratamos de bens
limites dos RN se da por mecanismos de mercado. públicos, como água, ar etc.
A escassez elevaria o preço, que geraria redução Para corrigir esta falha é preciso intervir e estas
do consumo, suposição baseada nas teorias micro intervenções são melhor aceitas a partir de um
e macro econômicas neoclássicas, que por sua vez certo nível de bem-estar econômico, quando a
fomentaria o interesse no desenvolvimento de população tornar- se mais sensível e disposta a
inovações tecnológicas que permitissem melhor pagar pela melhoria do meio ambiente.
aproveitá-lo, poupá-lo ou substituí-lo.

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Economia Ambiental Economia Ambiental

Duas soluções se apresentam como forma de A análise econômica convencional em relação aos
corrigir falhas e permitir o livre funcionamento dos bens ambientais com preço de mercado reflete
mecanismos de mercado: a eliminação do caráter apenas a disponibilidade do recurso, independente
público deste bens e a valoração econômica da do seu estoque total, não servindo para identificar
degradação deles. os níveis de extração ótimos do ponto de vista da
sustentabilidade.

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INTRODUÇÃO INTRODUÇÃO
Economia Ambiental Economia Ambiental

No caso dos serviços ambientais, cuja natureza é Portanto quando a corrente econômica neoclássica
de bens públicos, não são levados em conta fala em ponto ótimo de poluição, esta falando de um
princípios ecológicos fundamentais que garantam a equilíbrio econômico e não de equilíbrio ecológico
sustentabilidade. e, em ultima análise, de otimização de recursos
financeiros.

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Economia Ecológica Economia Ecológica
Esta corrente vê o sistema econômico como um A questão principal é como fazer a economia
subsistema de um outro maior que o contém, funcionar levando em conta os limites existentes
impondo restrições absolutas a sua expansão. A dos RN.
literatura refere-se a ela como sustentabilidade
forte.

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Economia Ecológica Economia Ecológica

O desenvolvimento tecnológico é visto como A principal divergência entre as duas correntes é


fundamental para otimização dos RN, e neste em relação a capacidade de superação indefinida
aspecto, compartilha com a economia ambiental o dos limites ambientais.
sentimento de que é essencial uma estrutura A economia ecológica, tem como dogma que a
regulatória afim de gerar incentivos que fomentem sustentabilidade do sistema não é possível sem a
este desenvolvimento. estabilização dos níveis de consumo per capita de
acordo com a capacidade de carga do planeta.

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Economia Ecológica Economia Ecológica

Este dogma da economia ecológica, a mudança A expectativa é de que esse componente possa
comportamental da sociedade, requer um frear o consumo exagerado, principalmente nos
componente forte de cunho altruísta. paises desenvolvidos, e fazer surgir na sociedade
uma “cadeia altruística”, utilizando o
entrelaçamento de gerações para perpetua-la.

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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Economia Ecológica

A expectativa é que as relações de afeto entre pais, A escola econômica clássica desde o século XVIII já
filhos e netos possa influenciar os indivíduos, alertava para um possível comprometimento da
fazendo com que se preocupem com a alocação de expansão do capitalismo em função da escassez de
RN para gerações futuras. recursos naturais e o aumento populacional.
Esta expectativa é baseada na natureza humana.

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O progresso tecnológico e a evolução do O fórum mundial conhecido como “Clube de Roma”,


pensamento econômico, através da análise na década de 70, recupera a credibilidade de
neoclássica, argumentam que os recursos naturais alguns trabalhos do início do século, como o estudo
são abundantes e gratuitos e por isso não devem de Hotelling, de 1931.
ser considerados bens econômicos ou fatores de
produção.

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Classificação dos Recursos Naturais Classificação dos Recursos Naturais

O tempo de recomposição do RN tem sido o


principal critério para sua classificação. ¾ Renováveis
¾ Renováveis Aqueles cujo tempo para sua renovação não é muito
¾ Não-Renováveis elevado, até no máximo de algumas décadas: flora,
fauna, solos, água etc.
São teoricamente ilimitados pois suas quantidades
são renovadas conforme seu ciclo.

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Classificação dos Recursos Naturais Classificação dos Recursos Naturais

O recurso renovável pode, no entanto, ser


¾ Não-Renováveis explorado ou poluído/contaminado de tal forma que
Aqueles cuja renovação pode demorar milhares de sua exploração fique comprometida para sempre.
anos ou eras geológicas: petróleo, minério de ferro,
chumbo, etc.
São limitados pelas quantidades existentes.

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Classificação dos Recursos Naturais Classificação dos Recursos Naturais

Como exemplo temos a “desertificação” de algumas


áreas pelo uso inadequado do solo,
Caso a disponibilidade do recurso seja menor que
desaparecimento de fontes de abastecimento de
sua demanda de consumo, ocorrerá falta do recurso
água por consumo excessivo ou poluição, etc.
para parte do mercado consumidor.

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Classificação dos Recursos Naturais Teoria dos Recursos Exauríveis

Alguns estudiosos também citam uma terceira A relação entre o tempo em que os processos
categoria, a dos recursos naturais livres, que por naturais necessitam para concentração dos
sua natureza seu fluxo não pode ser controlado minérios em jazidas comercializáveis e a
pelo homem. intensidade de sua exploração é que leva a
Inicialmente a água era incluída neste grupo, mas, considera-los exauríveis.
devido as grandes mudanças ocorridas no seu uso
e como é disponibilizada pelo homem, muitos já a
excluem deste grupo.

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Teoria dos Recursos Exauríveis Teoria dos Recursos Exauríveis

Para diferenciar os recursos economicamente


aproveitáveis daqueles que estão apenas dispersos ¾ Recursos Hipotéticos são todos os recursos
conhecidos e não conhecidos mas possíveis de
na natureza, utiliza-se os conceitos de:
existir e capazes de serem utilizados no futuro;
Recursos Hipotéticos, Recursos e Reservas.

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Teoria dos Recursos Exauríveis Teoria dos Recursos Exauríveis

¾ Reservas são as quantidades conhecidas e cuja ¾ Recursos não apresentam o mesmo nível de
exploração é economicamente e tecnologicamente detalhamento, embora sua existência seja conhecida;
viável, implica em algum tipo de medição física do
teor e/ou concentração.

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Estratégia para Gestão de Recursos
Teoria dos Recursos Exauríveis
Exauríveis
Algumas formas de exploração podem levar A teoria econômica procura entender a lógica da
recursos considerados renováveis à exaustão, na variação nos preços de um recursos natural
medida em que sua exploração é de intensidade exaurível, objetivando assegurar sua utilização
superior a sua capacidade de renovação. “ótima” do ponto de vista econômico.
Nestes casos o fim da linha é a extinção de alguma
espécie vegetal ou animal.

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Estratégia para Gestão de Recursos Estratégia para Gestão de Recursos


Exauríveis Exauríveis
Um artigo escrito por Hotelling na década do 30 é a Aquilo que é extraído hoje não estará disponível no
base dos modelos de gestão de recursos futuro.
exauríveis. A decisão de consumir o recurso deve levar em
conta um componente intertemporal. É melhor
consumir agora ou no futuro?

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Estratégia para Gestão de Recursos Estratégia para Gestão de Recursos


Exauríveis Exauríveis
Devido ao esgotamento de um recurso finito, a Duas variáveis são críticas para as análises
dimensão intertemporal implica em um “custo de intertemporais, que são:
uso”, que representa o valor que as gerações ¾ Taxa de Juros (δ)
presentes devem pagar, ou deduzir dos seus lucros, ¾ Valor Presente Líquido (VLP)
para compensar as gerações futuras pelo
esgotamento desse recurso.

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Estratégia para Gestão de Recursos Estratégia para Gestão de Recursos
Exauríveis Exauríveis
Taxa de Juros (δ) é o percentual de um montante
cobrado ao fim de um determinado período.
Conceitualmente significa as condições pelas quais Valor Presente Líquido (VLP) é o montante do
dinheiro ou bens podem ser trocados, no presente, futuro descontado para o presente.
por dinheiro ou bens numa data futura. É o valor atual de um recebimento que ocorrerá no
futuro.

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Estratégia para Gestão de Recursos Estratégia para Gestão de Recursos


Exauríveis Exauríveis
δ = Taxa de Juros; Quanto valem hoje R$ 1.000,ºº que serão recebidos
VP = valor presente; daqui a dois anos, se a taxa anual de juros for de
VF = valor futuro; 10%?
n = período de tempo.
VPL=?, VF=1.000, n=2 e δ=0,1; então:
VF = VP(1+n)δ
, ou, VPL = 1.000/(1+0,1)2 =>
VP = VF/(1+n)δ => VPL= R$ 846,45

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Estratégia para Gestão de Recursos Estratégia para Gestão de Recursos


Exauríveis Exauríveis
De que forma a análise intertemporal auxilia na O custo de oportunidade ou custo social, como
adoção de uma estratégia eficiente de “uso ótimo”? também é conhecido, de um bem “x” é montante de
outros bens que tiveram de ser sacrificados, a fim
Dois aspectos muito relevante devem ser de que os recursos fossem alocados para produzir
considerados : “x”.
¾ Existência de custo de oportunidade;
¾ Evolução dos preços.

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Estratégia para Gestão de Recursos Estratégia para Gestão de Recursos
Exauríveis Exauríveis
A teoria microeconômica requer o preenchimento de
A teoria microeconômica requer o preenchimento de determinadas condições para que se alcance a
determinadas condições para que se alcance a eficiência econômica.
eficiência econômica. Esta condição é a do mercado competitivo
(concorrência perfeita).

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Estratégia para Gestão de Recursos


Exauríveis
A eficiência econômica no mercado concorrencial é
alcançada quando os preços do produto, no
mercado, se igualam ao custo de produção.

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