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GEOMETRIA SOLAR

6627 - CONFORTO AMBIENTAL PARA


ENGENHARIA CIVIL
“No Brasil, o conhecimento da geometria solar é
fundamental para engenheiros e arquitetos, pois a maior
parte de nosso território tem verões quentes com grandes
períodos de sol, tendo o sombreamento como uma das
estratégias bioclimáticas mais indicadas.”
“As proteções solares são utilizadas quando a radiação
direta não é desejada dentro do ambiente. O projeto das
proteções exige o conhecimento dos movimentos do Sol e
da Terra, e de seus efeitos sob a visão do observador.”
A radiação solar é um dos mais importantes contribuintes para o
ganho térmico em edifícios. Na escala da edificação, a transferência
de calor por radiação pode ser dividida em cinco partes principais:

radiação solar direta (onda curta),


radiação solar difusa (onda curta),
radiação solar refletida pelo solo e pelo entorno (onda curta),
radiação térmica emitida pelo solo aquecido e pelo céu (onda
longa)
radiação térmica emitida pelo edifício (onda longa).
A radiação solar de onda curta que entra por uma abertura
no edifício incide nos corpos, que se aquecem e emitem
radiação de onda longa. O vidro, sendo praticamente opaco
à radiação de onda longa, não permite que o calor encontre
passagem para o exterior, superaquecendo o ambiente
interno.
Este fenômeno é conhecido como efeito estufa e é o maior
transformador da radiação solar em calor no interior de
uma edificação.
A luz Solar recebida indiretamente, resultante da ação da
difração nas nuvens, nevoeiros, poeiras em suspensão e
outros obstáculos na atmosfera é denominada de radiação
solar difusa.
RADIAÇÃO SOLAR
MOVIMENTOS DA TERRA
ROTAÇÃO
TRANSLAÇÃO AO REDOR DO SOL
AZIMUTE E ALTURA SOLAR
Azimute (A) é o ângulo que a projeção do Sol faz com a
direção norte.

Altura solar (H) é o ângulo que o sol faz com o plano


horizontal.

Ambos os ângulos variam conforme a latitude do local, hora do dia


e dia do ano.
ALTURA SOLAR

AZIMUTE
DIAGRAMAS/CARTAS SOLARES
Definição: Os diagramas ou cartas solares podem ser interpretados
como a projeção das trajetórias solares ao longo da abóbada celeste
durante todo o ano.
DEFINIÇÕES
Zênite: Interseção da vertical superior do lugar com a esfera celeste.
Nadir: Interseção inferior da vertical do lugar com a esfera celeste, e
que é o ponto diametralmente oposto ao zênite.)
ZÊNITE E NADIR
22 Jun – 11h

Altitude: 50°
Azimute: 17°

21 Mar – 9h

Altitude: 49°
Azimute: 67°
Carta Solar
Quando olhamos a carta
solar, vemos três fontes de
informação: um anel
externo com ângulos em
relação ao norte (a); a
malha, para localizar
determinada data e hora; e
um seguimento na parte
inferior para nos fornecer a
inclinação dos raios (h).
APLICAÇÕES PRÁTICAS DOS
DIAGRAMAS SOLARES
SOMBREAMENTO DO ENTORNO
Um diagrama solar pode ser utilizado para a determinação do
sombreamento que um edifício faz no seu entorno.
CIDADE: FLORIANÓPOLIS
Exemplo
Verificar o comprimento e a direção da sombra projetada por um
poste de 8 metros de altura, localizado em Florianópolis, no dia 21 de
junho as 9:00 horas da manhã.
A9h = 47°
H9h = 24°
HORAS DE SOL
É possível calcular o número de horas de sol durante certo dia do
ano para uma certa localidade através do diagrama solar. Para isso,
basta obter o horário do nascer e do pôr do sol para o dia desejado.
PENETRAÇÃO DA LUZ SOLAR EM AMBIENTES
Com um diagrama solar, pode-se também desenhar a penetração
solar em um ambiente para dias e horários especificados. Este
procedimento é útil quando se quer que o sol incida diretamente em
certo ponto do ambiente ou quando se quer evitar que o sol penetre
por uma abertura.
O transferidor de ângulos é utilizado para converter em ângulos a
geometria solar de elementos construtivos como obstruções, aberturas,
proteções solares, edifícios, vegetação entre outros.
É útil para a análise mais rápida e fácil do sombreamento do entorno,
penetração solar e proteções solares.
ÂNGULO α
É o ângulo formado entre o zênite e a direção da incidência do raio solar visto
em corte, variando de 0°, quando coincidente com o plano vertical, até 90°,
quando atinge o plano horizontal.
ÂNGULO β
É o ângulo formado entre a projeção do ângulo vertical e a direção da incidência
do raio solar visto em planta. Seu valor pode variar de 0° a 90° em cada um dos
quatro quadrantes da circunferência. O β auxilia no traçado de arestas verticais
sobre a carta.
ÂNGULO γ
É traçado da mesma forma que o α, porém rotacionado em 90° em relação a este e
pode delimitar os ângulos α e β.
PROTEÇÕES SOLARES – TIPOS
O tipo de brise e suas dimensões são função da eficiência desejada.
Portanto, um brise será considerado eficiente quando impedir a
entrada de raios solares no período desejado.
BRISE HORIZONTAL INFINITO
Os brises horizontais impedem a entrada dos raios solares através da abertura a
partir do ângulo de altitude solar. O traçado do mascaramento proporcionado por
este brise é determinado em função do ângulo α.
Brises Horizontais – MAC Barcelona
Brises verticais – ed. Copan – São Paulo.
Arquiteto Oscar Niemeyer
Brises horizontais – ed. Copan – São Paulo.
Arquiteto Oscar Niemeyer
BRISE VERTICAL INFINITO
Os brises verticais impedem a entrada dos raios solares através da abertura a partir
do ângulo de azimute solar. O traçado do mascaramento proporcionado por este
brise é determinado em função do ângulo β.
Brises verticais
Brises verticais – parque Ibirapuera – São
Paulo. Arquiteto Oscar Niemeyer
BRISE HORIZONTAL FINITO
Este tipo de brise tem a sua eficiência limitada pois a sua projeção lateral é limitada pelos
ângulos γ.
BRISE VERTICAL FINITO
Para o brise vertical o sombreamento produzido pelos ângulos β será limitado pelos
ângulos γ.
BRISES MISTOS
Brises mistos
Brises mistos. Ministério da Educação e Saúde - RJ
Projeto: Le Corbusier e Oscar Niemeyer
Proteções Solares

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