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Aulas 11-12
Turbinas a vapor
Bibliografia:
"Thermodynamics: An Engineering Approach", Yunus A Çengel and Michael A Boles, Edit.
McGraw-Hill, Inc. , Second Edition, 1994, Cap. 9.
Moran & Shapiro, Fundamentals of Thermodynamics, John Wiley & Sons, Inc., cap. 8.
“Turbinas de Vapor” , Volumes 1 e 2, A V.Schegliáiev, Editorial MIR, Moscú, URSS, 1978.
“Características Construtivas e Operação de Turbinas a Vapor”, Notas de Aula do curso
oferecido pela Fundação de Pesquisa e Assessoramento à Industria (FUPAI), Itajubá,
Setembro, 2000.
“Máquinas Térmicas”, Notas de aula, FEM/UNICAMP, Profs. Arnaldo da Silva Walter, Waldyr
Luis Ribeiro Gallo. Cap. 8.
A parte fixa da turbina, também denominada carcaça, consta de vários estágios, acoplados
em série. A parte móvel dela é constituída por discos com as palhetas fixadas ao redor
destes discos. Nos vãos entre um disco e outro tem-se os diafragmas intermédios fixos,
onde estão fixadas as palhetas diretrizes fixas.
Como pode observar-se os discos vão aumentando de tamanho, assim como a carcaça,
para acompanhar a expansão do vapor(a densidade cai, junto com a pressão e a
temperatura).
O vapor é introduzido a través de válvulas reguladoras, que podem ser, por exemplo, em
número de quatro, dois encima e dois embaixo do corpo da turbina. (Esta válvula pode ser
apenas uma, mas para melhorar o controle em carga parcial é vantajoso que sejam em
maior número). No extremo oposto está a tubulação de escape do vapor.
Há dois tipos básicos de turbina, as de contrapressão, utilizadas em sistemas de cogeração,
onde a pressão do vapor de saída e superior à atmosférica (2 bares é um valor comum),
normalmente é um vapor saturado seco. E a as de condensação, onde a pressão de saída
do vapor é normalmente inferior à atmosférica, sendo enviado imediatamente ao
condensador, este vapor têm um título alto.
As turbinas têm um sistema de distribuição de óleo lubrificante, com uma bomba própria, um
tanque, um injetor e um sistema de resfriamento. Este óleo não somente diminui o atrito
senão que contribui para o resfriamento da própria turbina.
As turbinas que se utilizam para geração de potência possuem um sistema de regulagem
automática da rotação.
As turbinas a vapor tem uma ampla variedade de tamanhos, no que diz respeito a sua
capacidade de geração e a pressão de trabalho (pressão de entrada do vapor).
Existem muitos fabricantes, inclusive podem-se citar algumas fábricas no Brasil: Alstom
Power, Turbimaq, Texas Turbinas a vapor, etc.
Dentre as firmas internacionais podem-se citar a Siemens, General Electric, Mitsubishi,
Westinghouse Electric Corporation, Alstom Power (que comprou a antiga Asea Brown
Boveri), etc.
A Mitsubishi é uma das firmas que fabrica e instala modelos de maior porte, por exemplo,
produz sistemas que trabalham a pressões supercríticas:
entrada dos gases na turbina: temperatura 600 °C , pressão: 25,1 MPa; potência: 1.050
MW (Tachibana-wan Fossil Fuel Power Station, unidade no. 2, instalada em 2000 )
entrada dos gases na turbina: temperatura 593 °C , ; potência: 700 MW, combustível: carvão
mineral (Tsuruga Thermal Power Station, instalada em 2000 )
entrada dos gases na turbina: temperatura 566 °C , pressão: 31.0 MPa (Chubu Electric
Power Co., Kawagoe Thermal Power Station, duas unidades, instaladas em 1989 e 1990)
A Siemens tem uma ampla variedade de modelos que trabalham com pressões de 300, 170,
80, bares, e temperaturas de vapor de 600, 565, 540 °C, normalmente com reaquecimento
nos mesmos níveis de temperatura, a potência delas é de 200, 100, 50 MW.
∆he - s
he e ηtérmica =
∆hss
∆hss ∆he - s
ηelétrica = η tηmηg
ps
hs
s
hss
ss
Normalmente as turbinas a vapor são axiais, por estágios, de tal modo que o diagrama
termodinâmico antes visto para as turbinas a gás se aplica também neste caso. A definição
do coeficiente de reação também cabe neste caso, com a diferenciação em estágios de
ação (R=0) e reativos (R>0).
O gráfico acima mostra o processo termodinâmico sofrido pelo fluído que atravessa uma
turbina.
O processo está indicado com as letras e (entrada) e s(saída). O salto térmico Ähss
corresponde ao máximo de entalpia disponível, o salto térmico Ähe-s corresponde à entalpia
útil. Evidentemente, devido às irreversibilidades na turbina o segundo valor é menor que o
primeiro. Levando em consideração estes dois valores pode ser definida a eficiência térmica
da turbina.
Para proceder ao cálculo da potência mecânica gerada é necessário incluir o rendimento
mecânico da turbina, que surge devido a perdas por atrito nos mancais da mesma. (Os
mancais utilizados são por deslizamento, e lubrificados, de modo a que não há contato de
superfícies sólidas, assim esta perda é muito pequena, normalmente o rendimento mecânico
está na faixa de 98-99 %).
Para calcular a potência elétrica gerada, devemos também levar em conta as perdas no
gerador, de modo que a eficiência global do sistema turbina + gerador será igual ao produto
das três eficiências antes mencionadas.
Normalmente, a informação que a gente têm de uma turbina e a potência gerada e os
parâmetros do vapor na entrada e na saída dela, daí é possível calcular a eficiência térmica
e também a elétrica, que engloba todos os efeitos antes mencionados.
Gustav De Laval
Suécia - 1883
O primeiro a propor
a utilização do bocal
convergente - divergente
Ao longo do século XIX diferentes inventores propuseram projetos de máquina cuja função
era a de transformar a energia térmica (do vapor) em energia mecânica. Mas os
desenvolvimentos mais importantes foram devidos a Gustav De Laval, em Suécia e a
Charles Parsons, em Inglaterra, os que, em forma independente começaram a desenvolver
turbinas a vapor mais avançadas, praticamente com os mesmos princípios das que são
construídas hoje.
A turbina de De Laval foi construída em 1883, sendo sua característica mais importante a da
utilização de um bocal convergente-divergente, que produz uma alta aceleração no vapor,
saindo do bocal, o vapor bate nas palhetas alocadas no contorno de um disco. A
transformação de energia térmica para energia cinética acontece no bocal, posteriormente, a
transformação para energia mecânica acontece no momento em que o vapor bate nas
palhetas, mudando a direção de escoamento e impulsionando o rotor. Por esta forma de
funcionar, diz-se se que este tipo de turbinas são de ação simples.
Um grande avanço devido a Laval foi o desenvolvimento dos bocais convergentes –
divergentes, que permitiram obter altas velocidades do vapor na saída dos mesmos.
Este tipo de turbinas trabalha com rotação muito alta, da ordem de 640 1/s, esta alta
velocidade trazia alguns problemas de projeto, já que era necessário introduzir reduções.
Estas turbinas trabalhavam com geradores de até 500 kW. Posteriormente foram
substituídas por outro conceito de turbinas, por estágios, como a desenvolvida por Charles
Parsons, na qual a expansão do vapor não se produzia num único conjunto de toberas,
senão em vários estágios sucessivos, formados por um conjunto de palhetas fixas e um
conjunto de palhetas móveis, da mesma forma que as turbinas axiais, a gás.
2
h2
p03
h2• Œ 2’ 03
h03 Palhetas
p3
móveis
V32 2
h3
h3" 3 ∆hreaq
h3' 3”
3’
s1 s2 s3 s
O gráfico acima mostra o processo termodinâmico sofrido pelo fluído que atravessa um estágio de
uma turbina axial.
É necessário lembrar que um estágio é constituído por um conjunto de pás fixas e um conjunto de
pás móveis.
No gráfico acima, o processo 1 – 2 corresponde à passagem pelas pás fixas. O processo 2-3 à
passagem pelas pás móveis.
A linha vermelha conecta os pontos correspondentes aos valores estáticos do processo. A linha
verde (cheia) conecta os valores na estagnação. As linhas pontilhadas correspondem aos processos
isentrópicos ideais.
p01 é a pressão de estagnação e p1 é a pressão estática, na entrada do estágio.
p02 é a pressão de estagnação, enquanto p2 é a pressão estática, na saída das palhetas fixas.
p03 é a pressão de estagnação, enquanto p3 é a pressão estática, na saída das palhetas móveis.
h01 é a entalpia de estagnação e h1 é a entalpia, na entrada do estágio. A diferença entre as duas é
o termo de energia cinética indicado à direita do gráfico.
h02 é a entalpia de estagnação e h2 é a entalpia, na saída das palhetas fixas. A diferença entre as
duas é o termo de energia cinética indicado à direita do gráfico. h2’ é a entalpia correspondente ao
processo isentrópico.
h03 é a entalpia de estagnação e h3 é a entalpia, na saída das palhetas móveis. A diferença entre
as duas é o termo de energia cinética indicado à direita do gráfico. h3’ é a entalpia correspondente
ao processo isentrópico 1-3’. h3” é a entalpia correspondente ao processo isentrópico 2-3” , da saída
das palhetas fixas à saída das palhetas móveis.
Pode observar-se que não há variação da entalpia de estagnação na passagem pelas pás fixas
(h01=h02). No entanto, diminui a entalpia estática e aumenta a energia cinética.
Na passagem pelas pás móveis, onde há efetivamente trabalho entregue, há diminuição da entalpia
de estagnação, assim como da entalpia estática. Pode ver-se que também a energia cinética diminui
nessa passagem, os gases perdem velocidade, além de cair a temperatura e a pressão dos mesmos.
&
estágio = m(h01 − h03 )
W &
h01 − h03
ηestágio = W& estágio = m
& ηestágio (h01 − h03 ' )
h01 − h03'
∑ ∆h real
n=número de estágios da turbina
ηtotal = 1
∆hi sen trópico ,total
n
Observar que normalmente é: ∑ ∆h
1
i sen trópico ,estágio > ∆hi sen trópico ,total
supersônicas
supersônicas
fixas
móveis
No gráfico acima estão reportados os perfis de pressão em torno das palhetas de uma turbina a
vapor. Foram tirados do livro:
“Turbinas de Vapor” , Volumes 1 e 2, A V.Schegliáiev, Editorial MIR, Moscú, URSS, 1978.
Para ler os gráficos devem ser identificados os pontos de medida das pressões indicados nos
esquemas á esquerda. Observar que os pontos 1 a 15 correspondem á região convexa das palhetas,
e os pontos 17 – 30 correspondem à região côncava. O diagrama superior corresponde a uma coroa
de palhetas fixas, o de baixo a uma coroa de palhetas móveis, as duas têm canais ligeiramente
convergentes.
O eixo das pressões vá do valor da pressão na entrada do perfil, p0, até o valor na saída do mesmo,
p1.
Analizando o gráfico correspondente ás palhetas fixas se obser que o fluxo entra pela parte superior
e se bifurca, neste ponto, a velocidade é estritamente igual à zero e a pressão chega a seu máximo
valor. A partir deste ponto a pressão continua alta na parte côncava da superfície, mas cai, inclusive
a valores inferiores à pressão de saída, na parte convexa da superfície. Esta queda de pressão na
parte convexa é acompanhada de uma intensa aceleração do fluído, o que acontece até a região
dos pontos 9 – 11 aproximadamente. Depois desta região 9 –11 a pressão recupera o valor p1, de
saída do canal. Na região além do ponto 11 (borde de fuga) é onde aparecem efeitos de turbulência
no escoamento e pode acontecer descolamento da camada limite.
Do lado da superfície côncava, a distribuição de pressões é diferente, mantém o valor da entrada até
o ponto 27 aproximadamente, onde começa a cair, acompanhando a aceleração do escoamento.
O diagrama na parte inferior, a esquerda, é um diagrama vetorial da distribuição de pressão nas
palhetas móveis (valores de pressão normais à superfície em cada ponto). O diagrama da direita é
feito para calcular o impulso no rotor, nele, os valores da pressão em cada ponto foram multiplicados
pelo coseno do ângulo beta, sendo beta o ângulo formado entre a direção de rotação (horizontal) e a
direção perpendicular à superfície em cada ponto. Se observa que a grande diferença no valor das
pressões a um lado e outro da palheta é o que produz o impulso no rotor.
( h1 - h2 ) - (h4 - h3 )
η=
( h1 - h4 )
A Usina Termelétrica Presidente Médici - UTPM - Candiota II, do tipo térmica a vapor,
está localizada no município de Candiota - RS, distante 400 km de Porto Alegre. A Usina
utiliza o carvão mineral como combustível primário.
A construção da UTPM aconteceu em duas etapas. A Fase A da Usina, com duas unidades
de 63MW cada, foi inaugurada em 1974 quando foi integrada no Sistema Interligado
Brasileiro. No final de 1986 entrou em operação a Fase B com duas unidades de 160 MW
cada, totalizando 446 MW instalados.
Destacam-se, no conjunto da Usina, a torre de resfriamento, uma estrutura em casca de
concreto com 124 metros de diâmetro e 133 metros de altura que tem a finalidade de resfriar
a água utilizada para trocar calor no condensador e a chaminé de exaustão com 150 metros
de altura, em concreto, que possibilita ampla dispersão dos gases resultantes da queima de
carvão, diminuindo a agressão ao meio ambiente.
A história do complexo termelétrico de Candiota se inicia em 1950 com as primeiras
pesquisas sobre o aproveitamento do carvão mineral para geração de energia elétrica.
A primeira usina desse complexo foi Candiota I inaugurada em 1961.
A Usina Termelétrica Presidente Médici - UTPM - Candiota II, do tipo térmica a vapor,
está localizada no município de Candiota - RS, distante 400 km de Porto Alegre. A Usina
utiliza o carvão mineral como combustível primário.
A construção da UTPM aconteceu em duas etapas. A Fase A da Usina, com duas unidades
de 63MW cada, foi inaugurada em 1974 quando foi integrada no Sistema Interligado
Brasileiro. No final de 1986 entrou em operação a Fase B com duas unidades de 160 MW
cada, totalizando 446 MW instalados.
Destacam-se, no conjunto da Usina, a torre de resfriamento, uma estrutura em casca de
concreto com 124 metros de diâmetro e 133 metros de altura que tem a finalidade de resfriar
A eficiência do ciclo Rankine pode ser aumentada das quatro formas indicadas nos gráficos
acima. É bom lembrar que a área do ciclo no diagrama T-S representa a energia mecânica
gerada no ciclo, por tanto, quanto maior a área, maior a energia gerada.
Diminuindo a pressão no condensador, diminui TB (temperatura de troca de calor no
condensador).
O limite de temperaturas de condensadores a vácuo é a temperatura ambiente, já que o
resfriamento é feito com algúm fluido a temperatura ambiente. Temperaturas mais baixas no
condensador exigem uma maior área de troca de calor nele.
Aumentando a pressão na caldeira, e a temperatura de superaquecimento do vapor,
aumenta TA (temperatura de troca de calor na caldeira).
Fazendo reaquecimento do vapor aumenta TA médio na caldeira. Aumenta a potência
gerada e a irreversibilidade do ciclo, ao mesmo tempo.
O reaquecimento do vapor, ou re-superaquecimento, foi introduzido em 1925, numa época
em que a tecnologia de turbinas permitia chegar a uma temperatura máxima do ciclo de
somente 400°C, e pressões abaixo de 30 bar.
Outra vantagem do reaquecimento é que aumenta o título do vapor na saída da turbina,
evitando erosão pelas gotículas.
Existem caldeiras supercríticas em funcionamento, como as indicadas no início desta aula.
Steam NBS
600
550
500 2 3
450
400
T [C]
350 12000 kP a
300
10000 kP a
250
200
150 4
100
1 60 kPa 6 5
50 45 kPa
0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5 7,0 7,5
s [kJ/kg-K]
Neste exemplo é mostrado o cálculo de um ciclo Rankine simples, com todos os efeitos que
aparecem num ciclo real:
perda de pressão na caldeira (de 12000 kPa para 10000 kPa)
perda por geração de entropia na turbina, que tem uma eficiência isentrópica de 85%.
perda de pressão no condensador (de 60 kPa para 45 kPa).
perda por geração de entropia na bomba, que tem uma eficiência isentrópica de 70%.
O vapor é superaquecido em 200°C acima de sua temperatura de saturação na condição de
pressão de saída da caldeira.
O restante dos dados são obtidos através de equações, como mostrado a seguir.
Pontos auxiliares: 11 - 12
ciclo a vapor com perdas
x 11 = 1
pressões
∆ T = 200
p 1 = 12000 kPa
T11 = T('Steam NB S ' , x=x 11 , P=p 11 )
P 2 = p1
Títulos
p 3 = 10000
x8 = 0
p 4 = 60 kPa
Temperaturas
p5 = p4
T2 = T11 + ∆ T
p6 = p4
T3 = T('Steam NB S ' , h=h 3 , P=p 3 )
p7 = p6
T8 = T('Steam NB S ' , x=x 8 , P=p 8 )
p 8 = 45 kPa
T4 = T('Steam NB S ' , x=x 4 , P=p 4 )
p9 = p8
T5 = T6
p 11 = p 1
T4 = T5
eficiências
ηt = 0.85
Resultados:
ηt · (h 3 – h 5 ) = h 3 – h 4
ηb = 0.7
Q c on = h 4 – h 8
wt – wb
ηc ic lo =
Q c al
η elétrica = η tηmηg
h3 3
∆h3−5 = ∆h3− 4 + ∆h4 −5
Reaquecimento
∆h3−−4
fracional:
∆h3−−5
r = ∆h4−−5
p4 ∆h3− 4
h4 ηtérmica =
∆h3− 4 + ∆h4 −5
4
r
h5
5
p3
reaquecimento
T3 3
∆T3−−4 r = ∆h4−−5
∆T3−−5
p4 T + T5
r ≅ 4 (s4 − s3 )
2
T4 4
T5 5
T0
s5 s4 s
5s Se as eficiências de todos os
T5
5 estágios são iguais:
T0
ηtotal = ηest RF
RF 〉 1
s5 s4 ' s s4 s
4 ''
h3 − h5'' h − h5's h − h5 s
ηtotal = ηest I + ηest II 4'' + ηest III 4'
h3 − h5 h3 − h5 h3 − h5
( h3 - h4 ) + ( h5 - h6 ) - (h2 - h1 )
ηciclo =
( h3 - h2 ) + ( h5 - h4 )
O recurso do reaquecimento é útil para aumentar a potência gerada no sistema. Este tipo de
sistemas complicam a construção da caldeira e da turbina, já que o vapor que sai da
primeira parte da turbina deve retornar a caldeira e daí voltar à turbina.
Uma das grandes vantagens deste ciclo, além de produzir mais potência é a de evitar que o
vapor saia da turbina com um título baixo, ou seja, com alto conteúdo de gotículas de água
líquida.
Este tipo de ciclo é utilizado em todas as grandes turbinas mencionadas no começo da aula,
no slide em que é mostrada a turbina Mitsubishi.
m( h6 - h7 ) + ( 1 - y ) m( h7 - h8 ) - ( 1 - y ) m(h2 - h1 ) - ym(h4 - h3 )
ηciclo =
m( h6 - h5 )
Observar que neste ciclo uma parte do vapor é sangrado da turbina (fluxo 7 -3) e utilizado
para aquecer o fluxo principal (2-9). O fluxo 9 se mistura depois com o 4 na câmara de
mistura.
Observar que ao sangrar um pouco de vapor da turbina, a produção de potência diminui
nela, mas por outro lado, se gasta menos combustível na caldeira, já que o aquecimento do
vapor na mesma começa no nível 5 de temperatura e não no nível 2.
Este tipo de ciclo é amplamente utilizado em instalações de vapor de maior porte (Exemplo:
planta de potência do Polo Petroquímico da Baía, Usina da Siderúrgica Tubarão, em Espírito
Santo)
( h5 - h6 ) + ( 1 - y ) ( h6 - h7 ) - ( 1 - y ) (h2 - h1 ) - (h4 - h3 )
ηciclo =
( h5 - h4 )
A diferença entre este ciclo é o anterior é apenas que o vapor de aquecimento, sangrado da turbina
se mistura com o da corrente principal, aquecendo-a .
No mais, os comentários feitos ao ciclo anterior se aplicam também neste.
Este ciclo incorpora as vantagens dos outros dois. A expressão da eficiência dele é deixada como
exercício. (Exercício 1). O caso completo está resolvido no livro: Moran & Shapiro, Fundamentals of
Thermodynamics, John Wiley & Sons, Inc., cap. 8.
Exercício 2
Escrever a expressão da eficiência do sistema de ciclo Rankine
regenerativo com reaquecimento, comparar com o sistema simples,
indicando vantagens/desvantagens.
Exercício 3
Uma planta de potência opera com um ciclo Rankine simples ideal
( turbina e bomba com eficiência 100%).
Escreva um programa de computador para estudar o efeito da pressão
do vapor na eficiência do ciclo. Determine a eficiência global do ciclo e a
potência produzida por kg de vapor para pressões de 1,5,10,15 e 20 MPa.
Considere que o vapor é sempre superaquecido até 500°C.
Discuta seu resultado: trace um gráfico da entalpia do vapor
superaquecido a 500 °C para cada uma destas pressões.
Exercício 4