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NOTA – TARDE
Com base na leitura do texto a seguir, responda à questão 1 (A), (B) e (C).
A ESCOLA PERFEITA
A Escola de Pais, fundada em Sambaíba, no Maranhão, não deu os resultados com que sonhava-
se. O estabelecimento tinha pouca frequência, e os pais iam beber no botequim próximo.
A direção da escola achou conveniente experimentar novos métodos, e colocou a responsabilidade
do ensino nas mãos dos filhos dos alunos.
A princípio o aproveitamento foi extraordinário, pois os adolescentes que passaram a controlar a
casa exerceram disciplina severa, exigindo dos pais o máximo de aplicação, pontualidade e
aproveitamento. Depois, a disciplina foi abrandando, e havia meninos que convidavam seus pais e os pais
de outros meninos a trocar a aula por futebol, no que eram atendidos. Ao fim do semestre, a Escola de
Pais tornara-se Escola de Pais e Filhos, sem programa definido, despertando imitação em outros pontos
do estado e até no Piauí.
[...] Era uma escola festiva, em que os macacos, as borboletas, os seixos* da estrada não só
faziam parte do material escolar como davam palpites sobre a matéria, por esse ou aquele modo peculiar
a cada um deles.
CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE. Tempos de escola: contos, crônicas e memórias. São Paulo: Boa
Companhia, 2015 Adaptado.
*Pedra miúda e redonda; cascalho
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B) Leia o trecho:
“Era uma escola festiva, em que os macacos, as borboletas, os seixos da estrada não só faziam parte do
material escolar como davam palpites sobre a matéria, por esse ou aquele modo peculiar a cada um
deles.”
Observe que, no trecho acima, há predomínio de uma figura de linguagem. Identifique-a e justifique sua
resposta.
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C) Por que o narrador afirma que escola passou por uma transformação, dando origem à Escola de
Pais e Filhos?
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B) Em “E foi isso mesmo que aconteceu” a palavra em destaque retoma um antecedente. Sendo assim,
aponte o termo retomado pelo vocábulo em destaque.
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Com base na leitura do texto a seguir, responda à questão 3 (A, B).
A) Observe a oração destacada em “Ao escrever, os cronistas buscam emocionar e envolver seus
leitores, convidando- os a refletir”, classifique-a e explique a classificação.
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B) Qual a função sintática da oração destacada em “A crônica é um gênero que ocupa o espaço do
entretenimento, da reflexão mais leve.”? Explique.
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https://www.google.com/search?q=quadrinhos+coloca%C3%A7%C3%A3o+pronominal
A) De acordo com a norma culta, os pronomes oblíquos foram usados adequadamente no último quadrinho?
Justifique.
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B) Explique o sentido de “Mais uma e você está fora, garoto.”, apontando o efeito que provoca no texto.
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Assinale a única opção correta nas questões abaixo e, no final, marque no cartão de resposta. NÃO
RASURE.
A associação entre o pronome e o elemento que ele representa (termo a que se refere o pronome) é
geralmente definida pelo contexto e pode mudar ao longo do texto. A alternativa em que a palavra em
destaque é pronome e em que o referente dele foi corretamente apresentado é:
(A) Na 1ª estrofe, os vocábulos “montanha” e “parede” estão no sentido conotativo, remetendo à ideia de
obstáculo, separação, a serem transpostos.
(B) O vocábulo “sonho” remete à fantasia ou irrealidade, já os verbos tecer e colher remetem ao que é
concreto, real.
(C) Tecer “malhas” e colher “redes” sugerem a ideia de união e solidariedade.
(D) O “eu” lírico faz um questionamento sobre a existência, a moral e a religião.
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QUESTÃO 08 _________________________________________________________(0,5 ponto)
O XÁ DO BLA-BLÁ-BLÁ
Era uma vez, no país de Alefbey, uma triste cidade, a mais triste das cidades, uma cidade tão
arrasadoramente triste que tinha esquecido até seu próprio nome. Ficava à margem de um mar sombrio,
cheio de peixosos – peixes queixosos e pesarosos, tão horríveis de se comer que faziam as pessoas
arrotarem de pura melancolia, mesmo quando o céu estava azul.
Ao norte dessa cidade triste havia poderosas fábricas nas quais a tristeza (assim me disseram) era
literalmente fabricada, e depois embalada e enviada para o mundo inteiro, que parecia sempre querer mais.
Das chaminés das fábricas de tristeza saía aos borbotões uma fumaça negra, que pairava sobre a cidade
como uma má notícia.
RUSHDIE, Salman. Haroun e o Mar de Histórias. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
No trecho “(...) deixava a brisa fresca bater-lhe no rosto e entrar-lhe pelos cabelos com dedos longos, finos e
sem peso como os de uma mãe.”, a expressão com “dedos longos, finos e sem peso como os de uma
mãe.”, sugere: