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FACI – FACULDADE DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

GUSTAVO DA SILVA PEIXOTO

A ESCUTA MUSICOTERAPICA: resumo

Cacheiro de Itapemirim-ES
2017
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GUSTAVO DA SILVA PEIXOTO

A ESCUTA MUSICOTERAPICA: resumo

Trabalho apresentado à disciplina


Muicoterapia – Aspectos Teóricos do
Curso de Pós-Graduação em
Musicoterapia da Faculdade de Cachoeiro
de Itapemirim, apresentado como
requisito parcial para obtenção de
certificado de especialista em
Musicoterapia.

Prof. Alexandre Araujo


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Cachoeiro de Itapemirim -ES


2017

GUSTAVO DA SIVA PEIXOTO


Clarice Moura Costa. A ESCUTA MUSICOTERAPICA.

A ESCUTA MUSICOTERAPICA: resumo

O referido texto traz o desafio de “repensar a maneira de encarar a música”, como


parte da cultura musicoterapica. Assim, a autora reflete sobre o significado de
música e som, para chegar a sua ideia de escuta musicoterapica nos seus vários
níveis e atribuições. É enfatizado que na cultura musicoterapica a escuta musical
não deve se referir somente aos sons e o que estes provocam nas pessoas, mas
sim à própria ideia de música. A escuta musical então é identificada com o próprio
conceito de música que se tem.
Mas como musicoterapeuta, o que se entende por música? Apesar
das várias e diferentes definições possíveis de música, pode-se dizer que na
musicoterapia a música é compreendida “como a organização não só de elementos
dos sons – altura, intensidade, duração, timbre, etc. – mas ainda de movimentos que
apresentam ritmo, identidade, andamento etc.”. Por isso, é possível falar que na
cultura musicoterapica nós temos uma maneira específica de ver a música e que a
definimos “como qualquer organização ritmo-sonora produzida pelo ser humano,
independente da estética e das regras” do que geralmente é chamado de música.
Destaca-se também que segundo Molino, a música deve ser definida
pelas condições de produção, pelos seus materiais e pelo efeito produzido pelo
receptor – o chamado fato musical ou triplo modo de existência.
Outro destaque importante a se fazer, são os vários níveis de escuta
e de atribuições de sentido do fazer musicoterápico:
 A do paciente sobre sua própria produção musical e de seu grupo;
 A do musicoterapeuta sobre a produção musical do paciente e do grupo;
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 A do paciente sobre a produção musical e a interferência do musicoterapeuta;


 A do paciente e musicoterapeuta e a verbalização posterior.
Sobre a escuta musicoterapica, destaca-se a realidade de que o seu
setting terapêutico seja espaço de escuta específica, isto é, escuta “que não se
dirige apenas à música enquanto produto acabado”.
O setting musicoterapêutico é um espaço de escuta compartilhado
por musiccoterapeuta e o paciente. Como terapia, essa escuta não deve ser limitada
ao compartilhar da música do paciente, mas sim a interpretação do modo que o
paciente usa ou não o material disponível, se mantém o silêncio, se é criativo ou
esteriotipado e se e espontâneo ou inibido – todo isso desprovido de preconceitos.
Nesse setting a ação do musicoterapeuta acontece por meio de um jogo musical,
onde paciente ou grupo pode produzir ou não sons, o que traz reações nos
presentes. E esse jogo se dá pela improvisação que imita o sistema tonal do tempo
vivido, por ser introjeção do paciente, com músicas pré-existentes trazidas à tona
pelo próprio paciente.
O texto evoca também a relação música e prazer. E espera-se que o
prazer seja usufruído nas sessões de musicoterapia, pois esta é uma característica
comum nesse processo terapêutico.
As sessões de musicoterapia ainda se tornam um espaço para
escutar o outro. E “o papel do musicoterapeuta é levar o paciente a escutar o outro”,
pois qualquer pessoa num grupo de musicoterapia é levado a compartilhar o que
escuta ou o que é produzido pelo outro. Quando o paciente passa a escutar, a
música é partilhada e o grupo avança com as relações e a comunicação, que estão
interligadas.
A música tem possibilidades expressivas ou significativas vinda do
exterior, isto é, “pelo ouvinte, no momento mesmo da escuta”. Por isso, as reações a
uma obra musical conota de maneira restrita para uma população culturalmente
homogênea. Sejam ditas normais ou doentes, numa mesma sociedade as pessoas
conotam a música de forma semelhante.
Já o musicoterapeuta faz a leitura do fato musical submetendo-a ao
paciente, o que sugere que a “comunicabilidade da música é potencializada pela
interação musical [...] grupo/musicoterapeuta”.
Por fim, na parte final da sessão de musicoterapia costuma-se
verbalizar os efeitos que a música provoca e formular o que ela evoca nas pessoas.
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É onde se fala de sentimentos etc., face ao produto ou a escuta musical do paciente.

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