Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Apostila Curso inverno-PPGFSC PDF
Apostila Curso inverno-PPGFSC PDF
CURSO DE INVERNO:
INTRODUÇÃO AO CÁLCULO
CURSO DE INVERNO:
INTRODUÇÃO AO CÁLCULO
Coordenação:
Felipe dos Passos.
Supervisão:
Prof. Dr. Marcelo Henrique Romano Tragtenberg
Departamento de Fı́sica - UFSC
Powered by LATEX
v 1.2 01/08/2013
Sumário
1 Funções 5
1.1 Conceito, domı́nio, imagem e gráfico . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1.1 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2 Paridade das funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2.1 Função par . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2.2 Função ı́mpar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.2.3 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.3 Monotonicidade de funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.4 Tipos especiais de funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.4.1 Função constante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.4.2 Função polinomial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
1.4.3 Função módulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.4.4 Função Racional . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.4.5 Função Periódica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.4.6 Função limitada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
1.4.7 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.5 Operações com funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.5.1 Operações entre funções e números reais . . . . . . . . . . . . 23
1.5.2 Operações entre funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
1.5.3 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
1.6 Tipos de funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.6.1 Função sobrejetora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
1.6.2 Função injetora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
1.6.3 Função bijetora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
1.7 Função inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
1.7.1 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
1.8 Funções exponenciais e logarı́tmicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
1.8.1 Função Exponencial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
1.8.2 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
1.8.3 Função Logarı́tmica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
1.8.4 Exercı́cios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
3
4 SUMÁRIO
Funções
Definição - Dados dois conjuntos A e B não vazios, chama-se função (ou aplicação)
de A em B, representada por f : A → B; y = f (x), a qualquer relação binária
que associa a cada elemento de A um único elemento de B.
Portanto, para que uma relação de A em B seja uma função, exige-se que
a cada x ∈ A esteja associado um único y ∈ B, podendo, entretanto existir
y ∈ B que não esteja associado a nenhum elemento pertencente ao conjunto
A.
5
6 CAPÍTULO 1. FUNÇÕES
b) A projeção da curva sobre o eixo dos y nos dá o conjunto imagem da função.
c) Toda reta vertical que passa por um ponto do domı́nio da função, intercepta o
gráfico da função em no máximo um ponto.
√
Neste exercı́cio, o domı́nio é dado, ele vale D = {−3, 2, 0, 5} e o con-
tradomı́nio são todos números reais. Como já estudamos, a imagem de um
número é o elemento pertencente ao contradomı́nio que está relacionado à este
número, e para achar este número devemos aplicar sua lei de formação.
Agora que já achamos as imagens de todos pontos do domı́nio, podemos dizer
que o conjunto imagem desta função é Im = {19, 9, 1, 11}.
√
2x + 5
3. Dada a função f (x) = , determine seu domı́nio.
x−2
A função y = f (x) é par, quando ∀ x ∈ D(f ), f (−x) = f (x), ou seja, para todo
elemento do seu domı́nio, f (x) = f (−x). Portanto, numa função par, elementos
simétricos possuem a mesma imagem. Uma consequência desse fato é que os gráficos
cartesianos das funções pares são curvas simétricas em relação ao eixo dos y ou eixo
das ordenadas. O sı́mbolo ∀ lê-se “para todo”.
8 CAPÍTULO 1. FUNÇÕES
Exemplo 4 - y = x4 + 1 é uma função par, pois f (x) = f (−x), para todo x. Por
exemplo, f (2) = 24 + 1 = 17 e f (−2) = (−2)4 + 1 = 17.
Observação II - Se uma função y = f (x) não é par nem ı́mpar, diz-se que ela não
possui paridade.
1.3. MONOTONICIDADE DE FUNÇÕES 9
O gráfico abaixo, representa uma função que não possui paridade, pois a curva não
é simétrica em relação ao eixo dos y e, não é simétrica em relação à origem.
Observação III - O gráfico de uma função constante é uma reta paralela ao eixo
dos x.
n
X
P (x) = a0 + a1 x + a2 x2 + . . . + an xn = ai xi , ∀ n 6= 0.
i=0
b) Se f (x) e g(x) têm grau diferente, então o grau de f (x) + g(x) é igual ao maior
dos dois.
c) Se f (x) e g(x) têm o mesmo grau, então o grau de f (x) + g(x) é menor ou igual
ao grau de f (x).
Uma função é dita do 1º grau, quando é do tipo y = ax+b, onde a 6= 0. São exemplos
de funções do 1º grau f (x) = 3x + 12, onde a = 3 e b = 12, e f (x) = −3x + 1, onde
a = −3 e b = 1.
Agora fazemos o estudo dos coeficientes. Vamos primeiro olhar para o c. Ele
vale –2, então o gráfico da parábola com certeza corta o eixo y no ponto –2.
Vamos marcá-lo
Pelo coeficiente a sabemos que ela tem a concavidade para cima, e pelo b
sabemos que logo após o ponto de corte com y ela tem que descer. Traçando
o esboço, temos o seguinte
14 CAPÍTULO 1. FUNÇÕES
ax2 + bx + c = 0
que
se a > 0, |a| = a
se a < 0, |a| = −a
se a = 0, |a| = 0
Definimos então uma função que, a cada número real x associa o módulo de x,
ou seja, a distância de x à origem. Temos assim
(
x se x > 0
f (x)
−x se x < 0
Essa última consideração nos permite rapidamente entender como será o gráfico
de y = |f (x)| para uma dada função f conhecida. De fato
(
f (x) se f (x) > 0
|f (x)| = .
−f (x) se f (x) < 0
Portanto, seu gráfico está sujeito às seguintes caracterı́sticas
Dada uma função f , podemos pensar na função g(x) = f (|x|). De fato, pela
definição da função valor absoluto de um número real, a função g pode ser en-
tendida como sendo
(
f (x) se x > 0
f (x) =
f (−x) se x < 0
1.4. TIPOS ESPECIAIS DE FUNÇÕES 17
Observemos que para a construção desse novo gráfico só são considerados os valores
de f em que a variável x é não negativa. Isto é, para x assumindo valores positivos
ou zero, a função g coincide com a função f , e para x assumindo valores negativos,
a função g é igual à função f calculada no oposto de x. Assim
p(x)
f (x) =
q(x)
x2 − 4
f (x) =
x2 − 1
9
8
7
6
5
4
3
2
1
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
4 3 2 1 0 1 2 3 4
a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5
a) a < 0 e b > 0
b) a < 0 e b < 0
c) a > 0 e b > 0
d) a > 0 e b < 0
e) a > 0 e b = 0
5 7
7. Calcule a raiz da função y = x− .
3 8
8. (UNIFORM) O gráfico da função f , de R em R, definida por f (x) = x2 + 3x −
10, intercepta o eixo das abscissas nos pontos A e B. A distância AB é igual a:
a) 3 b) 5 c) 7 d) 8 e) 9
a) b2 = 4a
b) −b2 = 4a
c) b = 2a
d) a2 = −4a
e) a2 = 4b
10. (ULBRA) Assinale a equação que representa uma parábola voltada para
baixo, tangente ao eixo das abscissas:
a) y = x2
b) y = x2 − 4x + 4
c) y = −x2 + 4x − 4
d) y = −x2 + 5x − 6
e) y = x − 3
22 CAPÍTULO 1. FUNÇÕES
11. (UEL) A função real f , de variável real, dada por f (x) = −x2 + 12x + 20, tem
um valor:
12. (PUC - MG) O lucro de uma loja, pela venda diária de x peças, é dado por
L(x) = 100(10 − x)(x − 4). O lucro máximo, por dia, é obtido com a venda
de:
a) 7 peças
b) 10 peças
c) 14 peças
d) 50 peças
e) 100 peças
a) 1
b) 3
c) 4
d) 12
e) 14
14. (ACAFE) Seja a função f (x) = −x2 − 2x + 3 de domı́nio [−2, 2]. O conjunto
imagem é:
a) [0, 3]
b) [−5, 4]
c) ] − 3, 4]
d) [−3, 1]
e) [−5, 3]
16. Dada a função |x2 –3| = 13, ache os valores possı́veis para x.
Figura 1.2: Exemplificações de novas funções g(x) obtidas por translações horizontais e
verticais do gráfico de f (x).
(k > 0). Podemos produzir uma nova função g(x) pela multiplicação de f (x)
por k, onde g(x) = k· f (x). O gráfico de g(x) será igual ao gráfico de f (x)
expandido por um fator k na direção vertical (pois cada coordenada de f (x)
fica multiplicada pelo mesmo número k). Podemos também produzir uma
nova função h(x) da seguinte forma: h(x) = f (x.k). Neste caso, o gráfico de
h(x) será igual ao gráfico de f (x) comprimido horizontalmente por um fator
k, pois o valor de h em x será igual ao valor de f em x.k.
Exemplo 9 - Dada a função cosseno (y = cos x). A Figura 1.5 ilustra as trans-
formações de expansão e compressão aplicadas a esta função com k = 2. Por
exemplo, para obter o gráfico de y = 2. cos x, multiplicamos todas as coorde-
nadas y do gráfico de cos x por 2. Isso significa que o gráfico de y = 2. cos x é
igual ao gráfico de y = cos x expandido verticalmente por um fator 2.
c) Reflexões - Seja f (x) uma função. O gráfico de g(x) = −f (x) é o gráfico de f (x)
refletido em torno do eixo x, pois o ponto (x, y) será substituı́do pelo ponto
(x, −y). De forma análoga o gráfico de h(x) = f (−x) será igual ao gráfico
de f (x) refletido em torno do eixo y. Estas regras estão resumidas abaixo e
exemplificadas na Figura 1.6.
funções, f (x) e g(x), podemos combiná-las para formar novas funções através da
soma, subtração, multiplicação, divisão e composição destas funções (f + g, f − g,
f.g, f /g, f ◦ g). Estas novas funções serão definidas a seguir.
√ √
Exemplo 10 - Sejam f (x) = 4−xe x − 2. As funções soma, diferença, produto
e quociente de f com g são:
√ √
(f + g)(x) = 4 − x + x − 2
√ √
(f − g)(x) = 4−x− x−2
√ √
(f.g)(x) = 4 − x· x − 2 = (4 − x)(x − 2)
p
√
4−x 4−x
r
(f /g)(x) = √ = .
x−2 x−2
Temos,
a) f ◦ g b) g ◦ f c) f ◦ f d) g ◦ g
√
a) (f ◦ g)(x) = f (g(x)) = 2· g(x) − 5 = 2 x − 5
a) y = 6f (x) b) y = −f (x)
a) f (x) = 3x + c com c = 0; c = 2 e c = −1
b) f (x) = 3(x − c) com c = 0, c = 2 e c = −1
a) f ◦ g b) g ◦ f c) f ◦ f d) g ◦ g
25. É possı́vel fazer a composição de três ou mais funções. Por exemplo a função
composta f ◦ g ◦ h pode ser encontrada calculando-se primeiro h, então g e
depois f , como a seguir: ( f ◦ g ◦ h)(x) = f (g(h(x))). Sabendo disso, encontre
x
f ◦ g ◦ h dado f (x) = , g(x) = x10 e h(x) = x + 3.
x+1
26. Até agora usamos a composição para construir novas funções mais complicadas
a partir de funções mais simples. Em cálculo, frequentemente é útil decompor
uma função mais complicada em outra mais simples. Sabendo que f = g ◦ h,
decomponha f e encontre a função h, dado
a) f (x) = x2 + 1, g(x) = x + 1
b) f (x) = 3x + 1, g(x) = x + 1
a) f , g e h
b) f e h
c) g e h
d) apenas h
e) nenhuma delas.
x1 6= x2 ⇒ f (x1 ) 6= f (x2 ).
injetora, pois dois números naturais distintos possuem os seus dobros também
distintos. Assim é que concluı́mos que a alternativa correta é a de letra c).
t (h) P (l)
0 10
1 12
2 16
3 22
4 30
5 42
Suponha agora, que outro cientista analisando a mesma colmeia, queira analisar
o tempo necessário para que a produção de mel atinja certos nı́veis em litros. Ou
seja, este outro cientista está pensando em t como uma função de P (olhando a
Tabela 1.1 ao contrário). Essa função, chamada função inversa de f , é denotada
por f −1 , e deve ser lida assim: “inversa de f ”. Logo, o tempo t é uma função do
volume de mel P : t = f −1 (P ).
A função inversa é uma função em que trocamos as variáveis dependentes com as
variáveis independentes da função. No entanto, nem todas as funções admitem in-
versa, ou seja, existem restrições para a existência da função inversa. Para entender
estas restrições, temos que pensar sobre o que é a função inversa e das definições da
função sobrejetora, injetora e bijetora. Se f (x) = y, isto significa que f transforma
x em y, então a sua inversa, f −1 transforma y de volta em x. Ou seja, a relação
entre o domı́nio e a imagem da função f é invertida para a função f −1 .
domı́nio de f −1 = imagem de f
imagem de f −1 = domı́nio de f
Esta relação só pode ser invertida se a função for bijetora, pois neste caso seu
contradomı́nio é igual ao seu conjunto imagem (sobrejetora), permitindo a troca
entre o domı́nio e a imagem; e elementos distintos do seu domı́nio possuem imagens
distintas (injetora), permitindo que f −1 seja definida de forma única.
Graficamente, podemos determinar se uma função é injetora e, portanto, se
poderá admitir inversa, caso também seja sobrejetora, através do teste da reta
34 CAPÍTULO 1. FUNÇÕES
horizontal. Passando uma reta paralela ao eixo dos x, esta deve cortar o gráfico
da função em apenas um ponto para que a função seja injetora, pois, se uma reta
horizontal intercepta o gráfico de f em mais de um ponto, então, isto significa que,
existem números x1 e x2 tais que f (x1 ) = f (x2 ). Ou seja, neste caso f não é uma
função injetora (Figura 1.8).
Figura 1.8: Exemplificação do teste da reta horizontal para uma função f não injetora,
pois a reta intercepta mais de um ponto do gráfico de f . (Imagem retirada da referência:
Stewart, J., Cálculo, vol.1, 6ª edição, Cengage Learning, 2010.)
Figura 1.9: Diagrama de flechas das funções f (bijetora) e g (não bijetora). (Imagem
retirada da referência: Stewart, J., Cálculo, vol.1, 6ª edição, Cengage Learning, 2010.)
Agora que sabemos o que são funções inversas, vamos ver agora como calcular
estas funções. Se tivermos uma função y = f (x) (f é bijetora) e formos capazes de
1.7. FUNÇÃO INVERSA 35
y = x3 + 5;
x3 = y − 5 =⇒ x = (y − 5)1/3 ;
f −1 (x) = (x − 5)1/3 .
(1º passo) y = 3x + 2;
y−2
(2º passo) x = ;
3
x−2
(3º passo) f −1 (x) = .
3
36 CAPÍTULO 1. FUNÇÕES
29. Se f for uma função injetora tal que f (2) = 9, quanto é f −1 (9)?
x 1 2 3 4 5 6
a)
f (x) 1,5 2,0 3,6 5,3 2,8 2,0
x 1 2 3 4 5 6
b)
f (x) 1 2 4 8 16 32
1
c) f (x) = (x + 5)
2
d) g(x) = |x|
√
31. Dado f (x) = 10 − 3x. Encontre a fórmula para a função inversa f −1 (x).
4x − 1
32. Dado f (x) = . Encontre a fórmula para a função inversa f −1 (x).
2x + 3
33. Dado as funções abaixo encontre as fórmulas das funções inversas.
a) 2x + 3
√
b) 4x
r
x
c) +1
2
Potenciação
an = a × a × a . . . × a , (1.1)
| {z }
n
n
1 1
−n
a = = n. (1.2)
a a
√
an/m = m
an (1.3)
1. ax+y = ax ay
ax
2. ax−y =
ay
3. (ax )y = axy
4. (ab)x = ax bx
Função Exponencial
O número e
Dentre todas as bases possı́veis para a função exponencial, existe uma que é
mais conveniente para aplicação em cálculo. Na escolha de uma base a pesa muito
a forma como a função y = ax cruza o eixo y. Portanto devemos analisar a inclinação
da reta tangente neste ponto. A reta tangente a uma curva é aquela intercepta a
curva em um único ponto. Quando escolhemos a base e, a inclinação desta reta é
exatamente 1. O valor correto de e até a quinta casa decimal.
e = 2, 71828 (1.4)
Gráfico
36. Sob condições ideais sabe-se que uma certa população de bactérias dobra a
cada 3 horas. Supondo que inicialmente existam 100 bactérias. Encontre (a)
a população após 15 horas, (b) a população após t horas. (c) A população
após 20 horas.
loge x = ln x (1.6)
Podemos entender por grau ou radiano como sendo a unidade de medida polar
de um arco de circunferência, ou seja, é a unidade do ângulo existente entre dois
eixos que definem um arco de circunferência. A Figura 1.13 mostra a representação
de um arco de circunferência, onde R é o raio da circunferência, L é o arco e θ é o
angulo entre os dois eixos.
Escrevemos a medida do ângulo θ em graus (°) ou radianos (rad). Quando damos
uma volta completa na circunferência, andamos 360°. Assim, 1
4 da circunferência
equivale a 90° ou um ângulo reto.
Equivalente a medida em graus, podemos escrever medidas de ângulos em radi-
anos. A relação entre graus e radianos pode ser dada por
π rad = 180°
Relações trigonométricas
Um triângulo retângulo tem três lados, os quais são identificados como hipotenusa,
cateto adjacente a um dado ângulo θ e cateto oposto ao ângulo. Quando a hipotenusa
é igual a um, como mostrado na Figura (1.14), senθ e cos θ são iguais aos lados
oposto e adjacente respectivamente. Portanto, do teorema de Pitágoras podemos
tirar a identidade trigonométrica fundamental
Na Figura 1.14 podemos ver como a função sen é definida através do cı́rculo
trigonométrico. Por sua vez, definimos a função cossecante como
1
f (x) = cossecx = , D(f ) = {x ∈ R | x 6= nπ},
senx . (1.9)
com n ∈ Z , I(f ) = {R | 1 < |x|}
1
f (x) = sec x = , D(f ) = {x ∈ R | x 6= n π2 },
cos x (1.11)
com n ∈ Z , I(f ) = {R | 1 < |x|} .
1.9. FUNÇÕES TRIGONOMÉTRICAS 43
Figura 1.16: função senx linha cheia e função cossecx linha pontilhada.
A definição geométrica da tangente é dada pela reta que toca o cı́rculo trigonométrico
e é perpendicular ao eixo x. A medida da tangente é tomada por sua projeção sobre
o eixo y para cada ângulo θ. Na Figura 1.18 temos a representação de alguns valores
da tangente para valores de θ dados.
Por sua vez, a função cotangente é definida a partir de
1
f (x) = cotgx = , D(f ) = {x ∈ R | x 6= nπ} ,
tgx (1.13)
com n ∈ Z , I(f ) = R .
A definição geométrica da cotangente é dada pela reta que toca o cı́rculo trigonométrico
e é perpendicular ao eixo y, como mostrado na Figura 1.18.
A Figura 1.19 mostra o gráfico das funções tangente e cotangente para os valores
de x.
h π πi
f (x) = arctgx , D(f ) = R,
I(f ) = − , (1.16)
2 2
A Figura (1.20) mostra as três funções trigonométricas inversas.
42. Se cos θ = 2
5 e0<θ< 2,
π
determine as outras funções para este ângulo.
43. Determine todos os valores de x no intervalo [0, 2π] tal que senx = sen2x.
Figura 1.20: Funções trigonométricas inversas arccos x linha cheia, arcsenx linha
tracejada vermelha e arctgx linha tracejada azul.
3. D = x ∈ R / x > − 25 e x 6= 2
5. e)
6. a)
21
7. x =
40
8. c)
9. a)
10. c)
11. c)
12. a)
13. e)
14. b)
15. −1 e 5
16. ±4
1.10. RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS 47
17. 8
1
g) g(x) = f (x)
6
19. a) expansão vertical do gráfico de f (x) por um fator 6;
b) reflexão em torno do eixo x do gráfico de f (x);
c) expansão vertical do gráfico de f (x) por um fator 6 seguida de uma reflexão
em torno do eixo x;
d) deslocamento vertical em 2 unidades para baixo do gráfico de f (x) seguido
de uma expansão vertical por um fator 6.
20. a) b)
21.
x3 + 2x2 1
f
(x) = , D = x | x 6= ± √
g 3x2 − 1 3
48 CAPÍTULO 1. FUNÇÕES
√
x−1
23. (f.g)(x) = , D = [1, +∞)
x
√
(f /g)(x) = x x − 1, D = [1, +∞)
24.
a) (f ◦ g)(x) = (2 − x)1/4 , D(f ◦ g) = (−∞, 2]
√
b) (g ◦ f )(x) = 2 − x, D(g ◦ f ) = [0, 4]
p
(x + 3)10
25. (f ◦ g ◦ h)(x) =
(x + 3)10 + 1
26. a) x2 b) 3x
√
27. x
28. a) Uma função f é chamada de função bijetora quando ela é injetora (nunca
assume o mesmo valor duas vezes) e sobrejetora (seu conjunto imagem é igual
ao seu contradomı́nio).
b) O gráfico deve satisfazer ao teste da reta horizontal, ou seja, qualquer reta
horizontal deve interceptar o gráfico da função no máximo em um ponto desta.
29. 2
c) 2x2 − 2
34. D = R; I = (−∞, 3)
4 2 0 2 4
1.10. RESPOSTAS DOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS 49
4 2 0 2 4
t
36. a) N = 3200 bactérias b) N (t) = 2 3 · 100 c) N = 10159 bactérias
38. x = 0.899138302
39. 0.773976032
40.
6 2 3 4 5 6 7 8 9 10
t
41. a) N (t) = 2 3
· 100
N
b) t = 3· log2 . Agora temos o tempo em função do número de bactérias.
100
c) Após t ' 26, 9 horas.
√ √
21 21
42. senθ = ; tgθ =
5 2
h π i
43. 0, , π, 2π
3
44.
4
4sen(x)
3 1 +sen(x)
sen(x− π2 )
2 cos(x− π2 )
2sen( x4 )
1
π π
45. , 6π, , π
3 2
π π
46. , , 0, 35...
6 6
Capı́tulo 2
Vemos nesta tabela que quanto mais próximo de 4 tomamos o ponto x, mais o
valor f (x) se aproxima de 5. Diremos que o limite de f (x) quando x tende a 4 é 5.
Na verdade podemos fazer com que f (x) se aproxime de valores próximos de 5
quanto desejarmos, somente aproximando os valores de x o suficiente do valor 4.
Por exemplo, se desejamos aproximar x de tal modo que a diferença em f (x)
seja menor que 0.03, isto é
Para verificar isso, vamos ver como a desigualdade acima se comporta. Substi-
tuindo acima f (x) = 2x − 3, temos
1 As Seções 2.1, 2.2 e 2.3 foram baseadas no livro Kuelkamp, Nilo - Cálculo I, 2ª ed. 2001,
Editora da UFSC. Portanto, qualquer semelhança não é mera coincidência.
51
52 CAPÍTULO 2. LIMITES DE FUNÇÕES E FUNÇÕES CONTÍNUAS
ou seja,
Isso equivale a
|x − 4|< 0.015
Disso, podemos dizer que, para aproximar f (x) mais próximos que 0.03 de 5,
devemos deixar x mais próximo que 0.015 do valor x = 4. Ou seja,
f (x) − 0.03 < 5 < f (x) + 0.03 desde que x − 0.015 < 4 < x + 0.015. (2.1)
e
|x − 4| < δ. (2.4)
ou equivalente,
x ∈ (4 − δ, 4 + δ) ⇒ f (x) ∈ ( 5 − ε, 5 + ε).
5 +ε
5
5−ε
4
f(x) =2x−3
00 1 2
x
3 4−δ 4 4 + δ 5
lim f (x) = L.
x→a
54 CAPÍTULO 2. LIMITES DE FUNÇÕES E FUNÇÕES CONTÍNUAS
f(x)
L +ε
L
L−ε
x a−δ a a +δ
Exemplo 1 - Seja f (x) = 4x2 +5. Usando a definição vamos mostrar que lim f (x) =
x→0
5.
|f (x) − 5| < ε.
|4x2 + 5 − 5| < ε
|4x2 | < ε
4|x2 | < ε
ε
x2 <
4
√
ε
|x| <
2
√
ε
|x − 0| < .
2
2.1. LIMITES DE FUNÇÕES 55
|f (x) − 5| < ε.
√
ε
Portanto, podemos tomar δ = , ou qualquer outro número positivo menor do
√ 2
ε
que para que obtenhamos valores tão próximos de L= 5 quanto desejarmos.
2
1
Por exemplo, se queremos que o limite se aproxime de 5 mais que , tomamos
100
1
ε= , ou qualquer número positivo menor que esse, e calculamos o valor de δ
100
1
r
1
100 10 1
δ= = = ;
2 2 20
1
se queremos que os valores de f (x) se aproximem mais de 5 que ε = ,
10000
1
r
1
10000 1
δ= = 100 = ,
2 2 200
e assim por diante.
A seguir, veremos as propriedades dos limites que nos ajudam a calcular limites
sem precisar recorrer à forma usada no Exemplo 1. Cada propriedade é alicerçada
por um teorema. As demonstrações dos teoremas podem ser encontradas no livro
Kuelkamp, Nilo - Cálculo I.
lim f (x).g(x) = 0.
x→1
Vamos calcular lim f (x)
x→1
lim (x2 − 1) = 12 − 1 = 0
x→1
56 CAPÍTULO 2. LIMITES DE FUNÇÕES E FUNÇÕES CONTÍNUAS
x→1 √ √
= lim (x5 + 3x2 x2 − 500x2 − x3 − 3 x2 + 500) =
3 3
x→1
=0
h i3
lim f (x)· f (x)· f (x) = L· L· L = L3 = lim [f (x)]3 = lim f (x)
x→a x→a x→a
h in
lim [f (x)· f (x)· f (x) . . .f (x)] = lim [f (x)]n = lim f (x) ,
x→a | {z } x→a x→a
n×
para qualquer n.
1. lim f (x)
x→−1
lim (2x + 7) = 5.
x→−1
2. lim g(x)
x→−1
lim (x2 − 3) = −2.
x→−1
3. lim (x2 + 2x + 4)
x→−1
Usando a propriedade 5.a), temos
lim (x2 + 2x + 4) = lim [(2x + 7) + (x2 − 3)]
x→−1 x→−1
= lim f (x) + lim g(x)
x→−1 x→−1 .
=5−2
=3
2.1. LIMITES DE FUNÇÕES 57
4. lim (6 − 2x2 )
x→−1
Podemos usar a propriedade 5.b):
lim (6 − 2x2 ) = lim −2(x2 − 3)
x→−1 x→−1
= −2· lim g(x) .
x→−1
=4
2 3 7 2
5. lim x + x − 2x − 7
x→−1 3 3
Usaremos as propriedades 5.b) e 5.c) no cálculo deste limite
2 3 7 2 1
lim x + x − 2x − 7 = lim (2x3 + 7x2 − 6x − 21)
x→−1 3 3 x→−1 3
1
= lim (2x + 7)(x2 − 3)
x→−1 3
1 .
= lim f (x)· g(x)
x→−1 3
1
= · 5· (−2)
3
10
=−
3
(x3 + x2 − 3x − 3)
6. lim
x→−1 (2x2 + 9x + 7)
(x3 + x2 − 3x − 3) (x2 − 3)(x + 1)
lim = lim
x→−1 (2x2 + 9x + 7) x→−1 (2x + 7)(x + 1)
(x2 − 3)
= lim
x→−1 (2x + 7)
g(x)
= lim
x→−1 f (x)
−2
=
5
2
=−
5
onde usamos a propriedade 5.d).
Propriedade 7 - Se lim f (x) = b e lim g(y) = L, então lim (g◦ f )(x) = L, desde
x→a y→b x→a
que L = g(b). Em outras palavras
√
Exemplo 4 - Seja f (x) = x2 + 1 e g(x) = x, então
lim f (x) = lim (x + 1) = 2
2
x→1 x→1
58 CAPÍTULO 2. LIMITES DE FUNÇÕES E FUNÇÕES CONTÍNUAS
√ √
lim g(x) = lim x= 2
x→2 x→2
√
lim (g◦ f )(x) = 2.
x→1
c) lim bf (x) = bL
x→a
d) lim logb f (x) = logb L, desde que L > 0
x→a
(
√ ∀ n se L > 0
e) lim f (x) = L
pn n
Propriedade 9 - Se f (x) 6 h(x) 6 g(x) para todo x num intervalo aberto I − {a},
e se lim g(x) = lim f (x) = L, então lim h(x) = L.
x→a x→a x→a
Da observação I, temos
4
lim (x3 − 2x)4 = lim (x3 − 2x)
x→−2 x→−2
= [(−2)3 − 2· (−2)]4
= (−8 + 4)4
= (−4)4
= 256.
2.1. LIMITES DE FUNÇÕES 59
p
4. lim x4 + 9x3 + 10x2 − x + 5
3
x→−3
√
= −64 = −4.
3
x· senx
5. lim
x→π/2 x+1
π π π
· sen ·1 π
2
= π 2 = 2 = .
+1 π + 2 π+2
2 2
= ln(53 − 3· 52 − 30)
= ln 20 = ln(5· 22 ) = ln 5 + ln 22 = ln 5 + 2 ln 2.
2
7. lim 2x +3x+5
x→−2
2
= 2(−2) +3(−2)+5
= 23 = 8.
a) ε = 4 b) ε = 2
c) ε = 1 d) ε = 0, 08
2. Calcule os limites.
x2 − 12x + 36
a) lim (3x2 − 7x − 4) b) lim
x→−1 x→6 x−5
p
c) lim 5x2 + 3x + 2 d) lim log(x4 − 3x + 10)
x→−2 x→−3
lim f (x) = L,
x→a+
Diremos que f (x) tem limite L quando x tende para b pela esquerda
lim f (x) = L,
x→b−
As propriedades vistas para limites também valem para o limites laterais e tem
demonstrações análogas.
Então temos
2.2. LIMITES LATERAIS 61
Exemplo 6 - Seja
x + 1, se x < 1
3
f (x) = 3, se x = 1 .
x + 1, se x > 1
Então temos
Então,
lim f (x) = @.
x→3
62 CAPÍTULO 2. LIMITES DE FUNÇÕES E FUNÇÕES CONTÍNUAS
a = −1
2.3 Indeterminações
2x3 − 2
Vamos agora calcular o limite lim
x→1 1 − x
Vemos que neste caso não podemos aplicar a propriedade 5, já que o denomi-
nador possui limite 0. Resolvemos agora esse limite de uma maneira diferente
2x3 − 2 2(x3 − 1)
lim = lim
x→1 1 − x x→1 −(x − 1)
2(x2 + x + 1)(x − 1)
= lim −
x→1 (x − 1)
= lim −2(x2 + x + 1)
x→1
= −2.3
= −6
No cálculo de limites de funções, podemos encontrar outras expressões cujos valores
não são imediatamente determinados. Ao todo, são sete os sı́mbolos de indeter-
minação:
0 ∞
, , 0.∞, ∞ − ∞, 00 , 1∞ e ∞0
0 ∞
Durante o cálculo de limites, sempre que chegarmos a um destes sı́mbolos, pre-
cisamos buscar uma alternativa para obter o valor do limite. Quando fazemos isto,
estamos fazendo o levantamento da indeterminação.
x−3 x−3
lim = lim
x→3 x2 − 9 x→3 (x + 3)(x − 3)
1
= lim
x→3 x + 3
1
=
6
x3 − 4x2 + 3x
2. lim .
x→1 x2 + 3x − 4
√
x−2
3. lim .
x→4 x−4
√
3
x+2
4. lim .
x→−8 x+8
√
Neste problema, faremos a substituição de variável y = 3
x, donde ob-
servamos que x = y . Portanto, quando x → −8 temos y → −2. Assim
3
√
3
x+2 y+2
lim = lim
x→−8 x+8 y→−2 y3 + 8
y+2
= lim
y→−2 (y + 2)(y 2 − 2y + 4)
1
= lim 2
y→−2 y − 2y + 4
1
= .
12
64 CAPÍTULO 2. LIMITES DE FUNÇÕES E FUNÇÕES CONTÍNUAS
√
4
x−1
5. lim √ .
x→1 6 x − 1
lim √ = lim p
x→1 6 x − 1 y→16
y 12 − 1
y −13
= lim 2
y→1 y − 1
(y − 1)(y 2 + y + 1)
= lim
y→1 (y − 1)(y + 1)
(y 2 + y + 1)
= lim
y→1 (y + 1)
3
= .
2
2t3 + 3t2 − 1
6. lim .
t→−1 3t2 + 5t + 2
4. Calcule os limites.
x2 + 5x − 14 x2 − 6x + 9
a) lim b) lim
x→2 x−2 x→3 x−3
(a + h)2 − a2 (a + h)3 − a3
i) lim j) lim
h→0 h h→0 h
t4 − 1 t5 − 1
k) lim l) lim
t→1 t − 1 t→1 t − 1
√ √
16 − x − 4 3
x−3
m) lim n) lim
x→0 x x→27 x − 27
√
x2 − 9x 3
x−1
o) lim √ p) lim √
x→9 x−3 x→1 x−1
√ √
x3 − 1 x−2
4 5
q) lim √ r) lim
x→1 6
x−1 x→32 x − 32
2(x − 3) − 2
p
h
s) lim t) lim √ , (a > 0)
x→5 x−5 h→0 a − a2 + h
√ √ √ √
a+h− a 3
a+h− 3
a
u) lim , (a > 0) v) lim
x→0 h h→0 h
Vemos que para x positivo muito grande (x → +∞), esta função tende a zero
(f (x) → 0), o mesmo sendo verificado para x negativo de módulo muito grande,
(x → −∞). Assim, podemos dizer que
1
lim = 0.
x→±∞ x
Definição - Seja a função f (x) definida no intervalo (a, +∞). Então,
lim f (x) = L
x→+∞
toda vez que o número L satisfizer a condição de que, para qualquer ε > 0,
existe A > 0 tal que |f (x) − L| < ε sempre que x > A.
lim f (x) = L
x→−∞
toda vez que o número L satisfizer a condição de que, para qualquer ε > 0,
existe B < 0 tal que |f (x) − L| < ε sempre que x < B.
1 1
lim =0 e lim = 0.
x→+∞ xn x→−∞ xn
x2 − 1
a) f (x) =
x2 + 1
x2 1
x2 − 1 2
− 2
lim 2 = lim x x
x→+∞ x + 1 x→+∞ x2 1
+ 2
x2 x
1
1− 2
= lim x
x→+∞ 1
1+ 2
x
=1
4x4 − x2
b) f (x) =
3x4 + x3
4x4 x2
4x4 − x2 4
− 4
lim = lim x 4 x
x→+∞ 3x4 + x3 x→+∞ 3x x3
4
+ 4
x x
1
4− 2
= lim x
x→+∞ 1
3+
x
4
=
3
a) f (x) = 1 + ex
Quando tomamos x indo a zero pela direita (x → 0+ ), esta função tende a +∞ (f (x) →
+∞). Já quando x vai a zero pela esquerda (x → 0− ), a função tende a −∞ (f (x) →
−∞). Assim
1 1
lim+ = +∞ e lim− = −∞.
x→0 x x→0 x
lim f (x) = +∞
x→a
se para qualquer A > 0, existe δ > 0 tal que f (x) > A sempre que 0 <
|x − a| < δ.
lim f (x) = −∞
x→a
2.4. LIMITES NO INFINITO E LIMITES INFINITOS 69
se para qualquer B < 0, existe δ > 0 tal que f (x) < B sempre que 0 <
|x − a| < δ.
Além dos limites infinitos definidos acima, podemos considerar ainda os limites
laterais infinitos e os limites infinitos no infinito.
a) lim tan x
x→ π
2
−
senx
lim tan x → lim
x→ π
2
− π
x→ 2 − cos x
→ +∞
b) lim (x2 + x − 1)
x→+∞
1 1
lim (x2 + x − 1) = lim x2 (1 + − )
x→+∞ x→+∞ x x2
→ +∞
c) lim (5x3 + 2x2 − 3x + 8)
x→−∞
2 3 8
lim (5x3 + 2x2 − 3x + 8) = lim x3 (5 + − 2 + 3)
x→−∞ x→−∞ x x x
→ −∞
x+2
d) lim−
x→4 x2 − 2x − 8
x+2 x+2
lim− = lim−
x→4 x2 − 2x − 8 x→4 (x + 2)(x − 4)
1 x−4=u
= lim− ; com − , temos
x→4 (x − 4) 4 − 4 = 0−
1
= lim−
u→0 u
→ −∞
3+x
b) lim−
x→1 x2 + 2x − 3
70 CAPÍTULO 2. LIMITES DE FUNÇÕES E FUNÇÕES CONTÍNUAS
senx
x senx
x
1 0,8414709 0,841470
0,1 0,0998334 0,998334
0,01 0,0099998 0,999983
0,001 0,0009999 0,999999
senx
Vemos acima o que provou-se anteriormente, ou seja, que lim = 1.
x→0 x
sen4x
a) lim
x→0 x
sen4x 4sen4x
lim = lim
x→0 x x→0 4x
4senu
= lim
u→0 u
= 4· 1
=4
x
1
x 1+
x
1 2
10 2,59374
100 2,70481
1000 2,71692
10 000 2,71814
x 3u
3 1
lim 1+ = lim 1+
x→∞ x u→∞ u
u 3
1
= lim 1+
u→∞ u
u 3
1
= lim 1 +
u→∞ u
= e3
u + 1
u
−x ln b = ln
u+1
−1
1 1 1 1
u u
x=− ln = ln = ln 1 +
ln b u+1 ln b u+1 ln b u
Feito isso, temos que para x → 0, u → ∞. Assim
1
bx − 1 1+ −1
lim = lim u
u→∞ 1 1
x→0 x
ln 1 +
ln b u
ln b
= lim
1
u→∞
u ln 1 +
u
ln b
= lim u
1
u→∞
ln 1 +
u
ln b
= u
1
ln lim 1 +
u→∞ u
ln b
=
ln e
= ln b
ln(x + 1) u
lim = lim u−1
x→0+ x u→0 e −1
e −1
u
= lim
u→0 u
−1
eu − 1
= lim
u→0 u
= (ln e)−1
=1
tan x
8. Calcule o limite lim usando o primeiro limite fundamental.
x→0 x
1−x
2
9. Calcule o limite lim 1+ usando o segundo limite fundamental.
x→∞ x
4x − 1
10. Calcule o seguinte limite lim+ usando o terceiro limite fundamental.
x→0 2x
74 CAPÍTULO 2. LIMITES DE FUNÇÕES E FUNÇÕES CONTÍNUAS
(
x+2 se x 6= 2
c) f (x) = tan x d) f (x) =
1 se x = 2
1. f + g
2. f − g
3. c.f
4. f · g
f
5. (desde que g(a) 6= 0)
g
2.6. FUNÇÕES CONTÍNUAS 75
2. a) 6 b) 0 c) 4 d) 2 e) 0 f) 1
3. a) 0; 3; @ b) 5; 5; 5 c) 0; −5; @ d) 1; 1; 1
4.
a) 9 b) 0 c) −7 d) −3 e) −64 f) 20
9 8
g) h) − i) 2a j) 3a2 k) 4 l) 5
2 3
1 1 2 9 1
m) − n) o) 54 p) q) r)
8 9 3 2 80
1 1 1
s) t) −2a u) √ v) 2/3
2 2 a 3a
1
5.
2
6. 1
7. a) +∞
b) −∞
8. 1
9. e−2
10. ln 2