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Professorx: Marcela Tavares

Disciplina: FILOSOFIA I
PROGRAMA DE
ENSINO

OBJETIVO GERAL
Formar cidadãos conscientes e críticos que sejam capazes de
refletir autonomamente e desenvolver uma prática cidadã e
uma conduta ética e solidária..

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Introduzir as primeiras noções filosófica;
- Apresentar os primeiros pensadores e o nascimento da
Filosofia;
- Apontar as principais concepções de realidade e de mundo.
O Mito

Chamamos mito a um tipo de narrativa que tenta dar sentido


ao mundo relatando “como algo começou”.

Criação:
· do Mundo
· dos Seres humanos
· a origem da morte
· etc…

Além disso , os acontecimentos que o mito narra são


(ou ocorrem), tais como são, por interferência de
“seres sobrenaturais”.
Pensamento mítico

Uma vez que o mito é uma tentativa de


compreender a realidade, então é fácil,
perceber que ele é um modo de pensar a
realidade e explicá-la.

Por isso, podemos dizer que o mito, mais do


que uma simples narrativa, é um modo de
pensar:

O pensamento mítico
Estrutura dos mitos

O homem, ao se sentir impotente


e separado das forças naturais,
tenta religar-se, ordenando a
multiplicidade dos fenômenos (o
sol, o trovão, o mar, etc) e atribuir
a esses fenômenos origens
divinas.

A esses deuses, que encarnamo


os fenômenos são concedidas
características humanas, ou seja,
o mito é antropomórfico.
Estrutura dos mitos

Antropomórficos Antropozoomórficos
Estrutura dos mitos
Esse vínculo entre o homem e a divindade, entre o sagrado e o
profano, faz do mito um pensamento mágico-religioso.

Religar é ligar novamente, isto é o que faz a religião (lat.


religare), re-liga o homem ao mundo e os homens entre si.

Mágico – porque torna o


Mundo “animado” (lat.
animar = dar alma)

Religioso – porque o
homem se liga à realidade
através de seres
sobrenaturais.
Ritos

Ritos são conjuntos de atos e atitudes que servem


justamente para religar. Através dos ritos os homens se
beneficiam das forças que promoveram as origens.
Ao repetir práticas rituais,
o homem se sente
partícipe da eternidade,
libertando-se de sua
transitoriedade.
Na realidade existe uma
repetição dos ciclos da
vida, e estes, por se
repetirem, são perenes.
O mito é uma “história
perene”, porque se
repetem.
KUARUP

O Kuarup é um ritual de homenagem aos mortos ilustres,


celebrado pelos povos indígenas da região do Xingu, no
Brasil. O rito é centrado na figura de Mawutzinin, o demiurgo
e primeiro homem do mundo da sua mitologia. Kuarup
também é o nome de uma madeira.
Narrativa Bíblica da criação
Mito grego da origem dos homens
Mito indígena brasileiro da origem do homem
Mito afro-brasileiro de criação do mundo
Filosofia e Mito

Vemos, portanto, que o mito narra a origem das coisas por meio
de lutas, alianças, relações sexuais entre forças sobrenaturais
que governam o mundo e o destino dos homens.

Cosmogonia
e
Teogonias

A Filosofia, na Grécia, nasce como uma:

Cosmologia

Uma explicação racional sobre a origem do mundo e sobre as


causas das transformações e repetições das coisas.
Filosofia e Mito

Precisamos compreender as diferenças entre o


pensamento mítico e o pensamento filosófico:

Mitologia Filosofia
De acordo com o especialista
A Filosofia, ao contrário, se
romeno em história das religiões
preocupa em explicar como e
Mircea Eliade (1907-1986), “o
por que, no passado, no
mito conta uma história sagrada;
presente e no futuro (isto é, na
ele relata um acontecimento
totalidade do tempo) as coisas
ocorrido no tempo primordial
são como são.
[...]. o mito narra como, graças às
façanhas dos entes
Sobrenaturais, uma realidade
passou a existir [...].” (Mito e
realidade, p. 11)
Filosofia e Mito

Mitologia Filosofia
O mito narra a origem através de A Filosofia, ao contrário,
genealogias e rivalidades ou explica a produção natural das
alianças entre forças divinas coisas por elementos e causas
sobrenaturais e personalizadas. naturais e impessoais.

O mito fala de Urano, Ponto e A filosofia fala em céu, mar e


Gaia. terra.
O mito narra a origem dos seres A filosofia explica o surgimentos
celestes, terrestres e marinhos dos seres por composição,
pelo casamento de Gaia com combinação e separação dos
Urano e Ponto. quatro elementos – úmido,
seco, quente e frio ou água,
terra, fogo e ar.
Filosofia e Mito

Mitologia Filosofia
O mito não se importava com A Filosofia, ao contrário, não
contradições, com o fabuloso e admite contradições,
o incompreensível, não só fabulações e coisas
porque esses eram traços incompreensíveis, mas exige
próprios da narrativa mítica, que a explicação seja
como também porque a coerente, lógica e racional;
confiança e a crença no mito além disso, a autoridade da
vinham da autoridade religiosa do explicação não vem da pessoa
narrador. (sacerdote, xamã, pais do filósofo, mas da razão, que
de santo, etc...) é a mesma em todos os seres
humanos.
Por quê é?
Vimos que o homem precisa encontrar segurança e que o
mito, de algum modo, é capaz de tranquilizá-lo, buscando
satisfazer às necessidades profundas de ordem psicológica,
moral, social e políticas de compreensão e controle da
realidade.
Coesão social

Identidade
cultural

Modelo de
comportamen-
to: coragem,
integridade
Problematização
A verdade do mito não exige comprovação nem pede
verificação.

A verdade do mito se afirma enquanto verdade intuída e


garantida pela coletividade. O pensamento mítico é
essencialmente comunitário, o coletivo prepondera sobre o
individual.

Por um lado, essa consciência coletiva acolhe seus membros,


no sentido de situá-los no seio da sociedade e torna todos os
seus participantes membros pertencentes ao grupo.

Mas, por outro lado, não há individuação e a consciência


coletiva é dogmática.

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