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1 COMPRESSIBILIDADE E ADENSAMENTO
1.1 Introdução
Δx
E1 εx = (001)
l0
Carregamento
Descarregamento
ΔX
Figura 1 - Comportamento de deformação de um corpo elástico não-linear.
σ
E2 E= (002)
ε
dε vs .
E 3 σ=η = η ε vs (003)
dt
εv
t (s)
σ (kPa)
t (s)
t (s)
σ (kPa)
t (s)
σ (kPa) ηB
.ε (s-1)
Por serem os solos compostos por um sistema trifásico (grãos, líquido e gás)
com milhares de partículas formando sua estrutura, seu comportamento em termos
de compressibilidade é acentuadamente complexo. Neste caso, é fácil deduzir que,
pela complexidade da estrutura dos solos com partículas deslocando-se uma em
relação às outras quando solicitadas por uma tensão, sua compressibilidade não
seja nem perfeitamente elástico e menos ainda, linear.
Δh σ z
E4 εz = = (004)
h E
Δr σ
E5 εx = εy = = −υ z (005)
r E
onde:
εx, εy, εz são as deformações específicas nas direções x, y e z,
respectivamente;
E é o módulo de Young ou de Elasticidade; e,
ν é o coeficiente de Poisson definido por:
Δr
r εz
E6 ν=− =− (006)
Δh εx
h
εx =
1
E
[ (
Δσ x − ν Δσ y + Δσ z )]
E7 εy =
1
E
[
Δσ y − ν (Δσ x + Δσ z ) ] (007)
εz =
1
E
[ (
Δσ z − ν Δσ y + Δσ x )]
E8 εv =
ΔV
V
= εx + ε y + εz =
1 − 2υ
E
(
σx + σy + σz ) (008)
• Composição do solo;
• Índice de vazios do solo;
• Histórico de tensões do solo; e
• Forma de aplicação da carga.
• Tempo de aplicação da carga.
• Grau de saturação
E9 Δ H = Si + S c + S s (007)
em que:
Si é o recalque imediato ou distorção;
Sc é o recalque de adensamento (dependente do tempo que se dá pela saída da
água do solo), e;
Ss é o recalque por compressão secundária (também dependente do tempo e que
se dá à tensão efetiva constante).
O recalque imediato ou distorção (embora não seja verdadeiramente elástico) é
usualmente estimado pela teoria da elasticidade. As equações para esta
componente do recalque são, em princípio, similares às deformações de um pilar
sob uma carga axial P, com já apresentado acima, E 4.
1.4 Adensamento
No início do século, grandes problemas eram evitados uma vez que os níveis
de solicitações das obras e a disponibilidade de espaço não eram fatores limitantes.
Com o desenvolvimento urbano e industrial, tornou-se necessário, nas últimas
décadas, a construção de vias de comunicação (ferrovias e rodovias), de distribuição
de energia (eletricidade e gás natural), de reservatórios e sistemas de distribuição de
água, de telefonia e de instalações industriais, edificar sobre fundações argilosas de
alta compressibilidade e de baixa capacidade de suporte. Nestas condições, o uso
de técnicas de construção por etapas ou por pré-carregamento tornou-se freqüente e
para tanto, a previsão das velocidades de adensamento de fundação tornou-se,
contrariamente ao inicio do século, um elemento determinante de projeto, seja para
a avaliação da estabilidade durante as diversas fases de construção, seja a
determinação do calendário de construção e da viabilidade da obra. Neste sentido, é
necessário que teorias mais abrangentes e métodos de ensaios mais sofisticados
sejam desenvolvidos para possibilitarem uma análise mais confiável e uma previsão
mais realista dos recalques por adensamento. O estudo mais aprofundado da teoria
clássica do adensamento unidirecional de Terzaghi torna-se fundamental para
qualquer avanço no entendimento deste fenômeno.
ΔV 1 - 2υ ,
E 10 = ε1 + ε 2 + ε 3 = ( σ 1 + σ 2, + σ 3, ) (010)
V E
ou
ΔV 3(1 - 2υ )
E 11 = Δσ oct
,
(011)
V E
Onde:
Δσoct é a tensão octaédrica efetiva e definida por:
Δσ oct
,
=
(σ ,
1 + σ 2, + σ 3, )
E 12 (012)
3
E 13 Δu = Δσ oct (013)
De forma paralela, pode-se dizer que o mesmo acontece com uma amostra de
solo confinada em um anel ou no campo. Quando um acréscimo de tensão é
aplicado sobre uma camada de argila saturada, inicialmente todo acréscimo de
pressão é transferido para a água, gerando-se um excesso de poro pressão. Com a
diferença de pressão, na superfície da amostra, entre a água intersticial e a pressão
atmosférica, a água da superfície flui rapidamente o que produz um gradiente
hidráulico entre a superfície da amostra e seu centro. Desta forma, a água é expulsa
dos poros do solo e parte da tensão externa aplicada é transferida para a estrutura
do solo, gerando um acréscimo da tensão efetiva e conseqüentemente uma redução
do volume da amostra ou da camada de argila.
necessário para que ocorra a total transferência da pressão da água dos poros para
a estrutura do solo.
F F
F F
σ
tensão total ( )
σ'
t=0 t→ ∞
Tempo
∂V w ∂Vv
E 15 = (015)
∂t ∂t
qz + dqz
Δh
∂h
h h+ dx
qy ∂x
qx qy + dqy dz qx + dqx
dy
dx x
z
y qz
Por outro lado, sendo o escoamento regido pela lei de Darcy, hipótese (6),
tem-se que:
Δh
E 16 v=K (016)
Δl
Onde:
Δh representa a perda de carga hidráulica total;
K é o coeficiente de permeabilidade do solo, e;
Δl é o percurso no qual se deu a perda de carga total Δh.
Tem-se então:
∂h ⎫
v x = −k x ⎪
∂x ⎪
∂h ⎪
E 17 v y = −k y ⎬ Velocidades nas faces de entrada (017)
∂y ⎪
∂h ⎪
v z = −k z ⎪
∂z ⎭
E com a notação:
E 18 q z = v z A z = k zi z A z (018)
∂h
E 19 i z = − (019)
∂z
E 20 A z = dxdy (020)
u
E 21 h = +z (021)
γw
Onde:
u é a pressão intersticial no elemento de solo considerado;
γw é o peso específico da água;
z é a cota do elemento de solo considerado;
dx, dy e dz são os lados do elemento de solo considerado.
Tem-se:
⎛ ∂h ⎞ ⎫
q x = k x ⎜ − ⎟dydz ⎪
⎝ ∂x ⎠ ⎪
⎛ ∂h ⎞ ⎪⎪
E 22 q y = k y ⎜⎜ − ⎟⎟dxdz ⎬ Vazões de entrada (022)
⎝ ∂y ⎠ ⎪
⎛ ∂h ⎞ ⎪
qz = k z ⎜ − ⎟dxdy ⎪
⎝ ∂z ⎠ ⎪⎭
O que produz:
⎛ ∂k x ⎞⎛ ∂h ∂ 2h ⎞⎟ ⎫
q x + dq x = ⎜ k x + dx ⎟⎜⎜ − − 2 dx ⎟dydz⎪
⎝ ∂x ⎠ ⎝ ∂x ∂x ⎠ ⎪
⎪
⎛ ∂k y ⎞ ⎛ ∂h ∂ 2 h ⎞ ⎪
E 23 q y + dq y = ⎜⎜ k y + dy ⎟⎟⎜⎜ − − 2 dy ⎟⎟dxdz ⎬ Vazões de saída (023)
⎝ ∂y ⎠ ⎝ ∂y ∂y ⎠ ⎪
⎪
⎛ ∂k z ⎞⎛⎜ ∂h ∂ 2h ⎞⎟
q z + dq z = ⎜ k z + dz ⎟⎜ − − 2 dz ⎟dxdy ⎪
⎝ ∂ z ⎠⎝ ∂ z ∂z ⎠ ⎪
⎭
∂Vw
E 24 q z − (q z + dq z ) = (024)
∂t
Onde:
∂Vw
é a variação, com o tempo, do volume de água no elemento de solo
∂t
considerado (equação E 15).
Com base na hipótese de solo homogêneo, hipótese (4), tem-se:
∂k z
E 25 =0 (025)
∂z
Logo:
∂ 2h ∂V w
E 26 q z − (q z + dq z ) = k z dxdydz = (026)
∂z 2
∂t
∂ 2h 1 ∂ 2u
E 27 = (027)
∂z 2 γ w ∂z 2
∂ 2h 1 ∂ 2u ∂V w
E 28 k z 2 dxdydz = k z dxdydz = (028)
∂z γ w ∂z 2
∂t
∂V ∂Vv
E 29 = (029)
∂t ∂t
∂ V v ∂V w ∂V
E 30 = = (030)
∂t ∂t ∂t
Sabendo-se que:
E 31 Vv = eV s (031)
E que:
V
E 32 Vs = (032)
1+ e
Tem-se:
∂V ∂Vv ∂e
E 33 = = Vs (033)
∂t ∂t ∂t
∂V V ∂e
E 34 = (034)
∂t 1 + e ∂t
E 35 σ = σ, + u (035)
∂σ v
E 36 =0 (036)
∂t
∂σ , ∂u
E 37 =− (037)
∂t ∂t
Por outro lado, a hipótese (7), relação linear entre a tensão efetiva vertical e o
índice de vazios do solo, conduz a:
E 38 e = e 0 − a v Δσ´ v (038)
∂e
E 39 av = − (039)
∂σ ,
∂e ∂e ∂σ ,
E 40 = (040)
∂t ∂σ , ∂t
∂e ⎛ ∂u ⎞ ∂u
E 41 = (− a v )⎜ − ⎟ = av (041)
∂t ⎝ ∂t ⎠ ∂t
1 ∂ 2u dxdydz ∂e
E 42 K z 2
dxdydz = (042)
γ w ∂z 1 + e ∂t
k z ∂ 2u 1 ∂e
E 43 = (043)
γ w ∂z 2
1 + e ∂t
k z ∂ 2u 1 ∂u
E 44 = av (044)
γ w ∂z 2
1+ e ∂t
2
E 45
kz
(1 + e ) ∂ u2 = ∂u (045)
γ w av ∂z ∂t
K( 1 + e )
E 46 c v = (046)
γ wav
av
E 47 m v = (047)
1+ eo
Tem-se:
k
E 48 cv = (048)
mv γ w
∂ 2u ∂u
E 49 cv = (049)
∂z 2
∂t
E 50 u = F (z )G (t ) (050)
Desta forma,
∂u ∂G(t )
E 51 = F(z ) = F(z )G' (t ) (051)
∂t ∂t
∂ 2u ∂ 2F(z )
E 52 = G(t ) = F' ' (z )G(t ) (052)
∂z 2 ∂z 2
ou
Sendo A1 e A2 constantes.
E 58 (
G(t ) = A 3 exp − B 2 c v t ) (058)
Sendo A3 constante.
(
E 59 u = (A 4 cos [Bz ] + A 5 sen[Bz ]) exp − B 2 c v t ) (059)
1) Para t=0, u = uo = Δσ
2) Para t ≠ 0,
) u = 0 para z = 0.
) u = 0 para z = H
⎡∞ ⎛ (2m + 1)π z ⎞ ⎛ ⎞⎤
1 ⎟ exp⎜ − ( 2m + 1) π c v t ⎟⎥
2 2
4
E 60 u(z,t) = Δσ ⎢ ∑ sen⎜⎜ (060)
π ⎢⎣m=0 2m + 1 ⎝ 2 Hd ⎟⎠ ⎜
⎝ 4 H2d ⎟⎠⎥⎦
cvt
Se o fator for definido como um fator tempo, adimensional, e
H2d
representado por Tv, a equação E 60 pode ser rescrita como se segue:
⎡∞ ⎛ (2m + 1)π z ⎞ ⎤
1 ⎟ exp⎛⎜ − ( 2m + 1) π Tv ⎞⎟⎥
2 2
4
E 61 u(z,t) = Δσ ⎢ ∑ sen⎜⎜ (061)
π ⎢⎣m=0 2m + 1 ⎝ 2 Hd ⎟⎠ ⎝ 4 ⎠⎥⎦
u o − u(z , t )
E 62 U z = (062)
uo
H H
1 1
∫ uo dz − ∫ u(z , t )dz
_ H0 H0
E 63 U = H
(063)
1
H ∫0
uo dz
⎡ ∞ 2 ⎤
( )
_
E 64 U = 1 − ⎢ ∑
2
2
exp − M T v ⎥ (064)
⎣m = 0M ⎦
onde:
(2m + 1)π
E 65 M = (065)
2
uo = Δσ uo = Δσ uo = Δσ
z
Δσ´
u t=0 u(z,t) Δσ´t = ∞
H = 2 Hd
E 66 Δu = Δσ (066)
10
20
30
40
Uav (%)
50
60
70
80
90
100
0,0 0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3,5
Tv
K( 1 + e )
cv =
E 67 Δe (067)
γw
Δσ'
A solução de Terzaghi não caiu e nem cairá facilmente em desuso, pois ele
fornece, em um grande número de casos, uma solução relativamente simples e que
se aproxima bastante dos casos reais. Uma vez que esta hipótese é a que mais
limita a aplicação da formulação de Terzaghi para o adensamento, no final dos anos
60 e anos 70, várias modalidades de ensaios de compressão foram desenvolvidas e
ao mesmo tempo, a equação que descreve o adensamento foi reformulada segundo
as novas técnicas de ensaio e recursos computacionais disponíveis. Como exemplo
disso pode-se citar os ensaios a carregamento contínuo, como é o caso de ensaio
CRS e do ensaio CG, entre outros. Também nessa mesma época, a teoria das
deformações finitas aplicada aos solos foi desenvolvida, o que permitiu descrever,
de uma maneira mais realística, a compressibilidade do solo.
seja fácil de ser reproduzida no edômetro ela é raramente encontrada nas fundações
de obras, geralmente, tem-se um escoamento bidimensional, portanto mais rápido.
Mais detalhes sobre essas considerações pode ser encontrado em Leroueil et al.
(1978). Deve-se destacar, ainda, que uma maneira de se considerar o fluxo bi ou
tridimensional é analisar o problema com ferramentas que fazem uso de métodos
numéricos.
Por outro lado, certos trabalhos têm sugerido que abaixo de um valor limite de
gradiente de pressão a lei de Darcy não seria aplicável (Hasbo, 1960), o que poderia
ter uma importância capital na fase final do adensamento. Entretanto, este fator não
é ainda claramente definido, merecendo um estudo mais detalhado.
1.10.1.1.1 Equipamento
1.10.1.1.2 Procedimento
1,00
A
eo B
Recompressão
0,75
Índice de vazios
0,25
1 10 100 1000 10000
Tensão vertical (kPa)
Δe
E 68 Cr = − (066)
Δ log σ'
Δe
E 69 Cc = − (067)
Δ log σ'
submetido, σ’vo , for a máxima tensão por ele já suportada, σ’vm, ou seja σ’vo = σ’vm,
trechos BC e CE na Figura 20, o solo é denominado normalmente adensado e para
a situação em que o estado de tensão atual é menor que a máxima tensão já
suportada pelo solo, (σ’vo < σ’vm) trechos AB e DC da Figura 20, o solo é dito pré-
adensado.
1,00
A B
eo
0,75
Índice de vazios
D
C
0,50 F
E
0,25
1 10 100 1000 10000
Tensão vertical (kPa)
Estes estudos mostraram, com clareza que a posição da curva tensão efetiva
versus índice de vazios depende da velocidade de aplicação de carga, no caso do
ensaio incremental, depende da duração do estágio de carregamento. Assim, quanto
1,6
3 a nos
Se dime nta çã o
30 a nos
300 a nos
σ ' vo eo
3000 a nos
1,5
Índice de vazios
σ ' vm
1,4
e1
1,2
10 100 1000
Tensão vertical (kPa)
Por outro lado, se este depósito permanecer estável por milhares de anos sob
esta tensão σ’vo, ele continuará a se deformar e apresentará um índice de vazios e1
menor que eo. Se uma amostra desse depósito for extraída e recomprimida no
laboratório, o valor da tensão de pré-adensamento nessa situação será maior que a
tensão vertical de campo, como ilustrado na Figura 21. Neste caso σ’vm é
-5
σ 'vm
0
10
ε (% )
15
20
σ 'vm
(kPa)
ao fim do primário 260
25
ao fim de um dia 181
ao fim de uma semana 130
30
10 100
σ 'v (kPa)
1000 10000
0,90
H
0,80 B
A T
índice de vazios
0,70
0,60
0,50
0,40
10 100 σ'vm 1000 10000
0,90
A
eo
C
0,80
B
Índice de vazios
0,70
0,60
0,50
0,40
10 100 1000 10000
σ'vm
Tensão vertical (kPa)
Δσ 1,
E 70 E ed = (068)
Δε 1
_
O valor do grau médio de adensamento, U (equação E 64), pode ser
expresso com excelente aproximação pelas seguintes equações empíricas:
2
⎛ _ ⎞
π⎜ U ⎟
E 71 Tv = ⎜ ⎟ para U < 60 % (069)
4 ⎜ 100 ⎟
⎝ ⎠
⎛ _⎞
E 72 Tv = 1,781 − 0,933 log ⎜ 100 − U ⎟ para U > 60 % (070)
⎜ ⎟
⎝ ⎠
Compressibilidade e adensamento dos solos 44 / 69
CIV 333 – Mecânica dos Solos II – Notas de aula
Figura 25 pela reta doq. O valor correspondente da raiz de Tv para U = 90% segundo
a equação (3) é Tv = 0,798 . Por outro lado, pela equação (4) Tv = 0,848 para
U = 90, sendo desta forma Tv = 0,921 . A razão desses dois valores de Tv é
Hd2
E 73 cv = 0,848 (071)
t 90
l0
d0
Extensômetro (mm)
A
d90
p q r
pr = 1,15 pq
t90
√ t (√ min)
tempo t1, ponto P, como mostrado na Figura 26. O final do adensamento primário é
determinado através da interseção da fase linear da curva de recalque com o
prolongamento da fase de compressão secundária, ponto T na Figura 26. Com a
média dos valores de 0 % e 100 % de adensamento calcula-se a deformação para
50% do adensamento e determinar-se à partir da curva de adensamento o tempo t50,
que representa o tempo necessário para transcorrer 50 % do adensamento,
conforme indicado na Figura 26. Com os valores de t50, T50 = 0,197 e Hd
correspondente a 50 % de deformação calcula-se, então, cv pela equação E 74.
H d2
E 74 cv = 0,197 (072)
t 50
d0 R S
x
Q
Extensômetro (mm)
d50 V
d100 T
t1 t2 = 4t1 t50
Tempo - log (min)
proximidade da reta OC, Figura 25, com a curva de compressão de laboratório o que
dificulta a definição do ponto de interseção.
1.11.1 Tempo
Não há, entretanto, como negar que Cα decresça com o tempo. Se isso não
ocorrer não é difícil mostrar que existirá um tempo tal que, a partir daquele instante,
o índice de vazios torna-se menor que zero, o que é absurdo.
máximo numa faixa entre 5 σ’vm e 30 σ’vm para daí em diante decrescer com σ’vm.
FIGURA III.9
carga aplicada. Nos outros três ensaios, retiram-se também no tempo trc, diferentes
parcelas da carga atuante. Para um período de tempo após a retirada parcial da
carga, observa-se pouca ou nenhuma compressão secundária, ocorrendo
eventualmente, um inchamento (que não está representado na Figura III.10).
Decorrido certo período de tempo, a compressão secundária reaparece, agora,
porém com uma velocidade menor que a que ocorre com a amostra que não sofreu
alívio de carga. O intervalo de tempo após o alívio da carga, durante o qual não há
compressão secundária, é maior quanto maior for o valor da parcela de carga
retirada, ou seja, quanto maior a razão de sobreadensamento. Além disso, quando a
compressão secundária reaparece, o coeficiente de compressão secundária Cα é
tanto menor quanto maior tiver sido o alívio de carga.
FIGURA III.10
1.11.5 Amolgamento
1.11.9 Temperatura
MESRI (30) analisando resultados obtidos por HABIBAGAHI (10) ressalta que
tem se dado mais importância à temperatura do que ela realmente merece. Para
reforçar esta afirmativa apresenta dados obtidos a partir de uma amostra de argila
moldada em laboratório em que o coeficiente de compressão secundária se mostra
independente da temperatura. MESRI (30) descreve ainda que durante a
compressão secundária num dos corpos de prova a temperatura foi elevada de 25ºC
e então mantida por diversos dias. Houve uma compressão imediata, mas, após
poucos dias, o coeficiente de compressão secundária é 50º C atingiu o mesmo valor
que possuía a 25º C. A única influência que a temperatura teve sobre a argila
ensaiada foi a de acelerar o adensamento primário devido aparentemente à
diminuição da viscosidade da água.
1.11.10 Vibração
1.12 Bibliografia