Você está na página 1de 7

_____________________________________________________________________________________________________________________________________

Ficha de trabalho n.º 1 2.º Ano


Curso: Engenharia Geológica e de Minas
Disciplina: Órgãos de Máquinas de Transmissões

1. O que é a lei de Hooke?


A Lei de Hooke é uma lei de física que está relacionada à elasticidade de corpos e também
serve para calcular a deformação causada pela força que é exercida sobre um corpo, sendo
que tal força é igual ao deslocamento da massa partindo do seu ponto de equilíbrio
multiplicada pela constante da mola ou de tal corpo que virá a sofrer tal deformação.

2. Escreve a expressão da lei deformadora e explica cada uma das grandezas associadas.
F = K . Δl
Note-se que segundo o Sistema Internacional:
F está em Newtons
K está em Newton/metro
Δl está em metros

3. Completa a frase seguinte:


Na Lei de Hooke existe grande variedade de forças interagindo, e tal caracterização é um
trabalho de carácter experimental. Entre essas forças que se interagem as forças “mais
notáveis” são as forças elásticas, ou seja, forças que são exercidas por sistemas elásticos
quando sofrem deformação.

4. Indica os vários tipos de deformações. Caracteriza cada um deles.


Compressão, distensão(tracção), flexão e torção

deformação de um corpo contínuo (ou de uma estrutura) é qualquer mudança da


configuração geométrica do corpo que leve a uma variação da sua forma ou das
suas dimensões após a aplicação de uma ação externa (solicitação), a exemplo de
uma tensão ou variação térmica que altere a forma de um corpo.[1] As deformações por tensão
podem ser classificadas basicamente em três tipos:
 deformação transitória ou elástica
 deformação permanente ou plástica
 ruptura.

Tracção (tensão)
solicitação que tende a alongar o corpo e ocorre no sentido inverso ao apoio ou inércia
resultante do sistema de forças (semelhante aos cabos de aço de um guindaste);
Compressão
solicitação que tende a encurtar o corpo e ocorre no mesmo sentido da reação de apoio ou
inércia resultante do sistema de forças (semelhante às colunas de uma construção);
Cisalhamento ou corte
solicitação que tende a cortar o corpo e ocorre com o deslocamento paralelo em sentido
oposto de duas seções contíguas (semelhante ao corte de uma tesoura ou guilhotina);
Flexão
solicitação que tende a girar um corpo e ocorre quando a tensão tende a uma rotação
angular no eixo geométrico do corpo e tangencial ao apoio ou inércia (semelhante a um
trampolim de piscina);
Torção
solicitação que tende a torcer o corpo; ocorre quando a tensão tende a uma rotação angular
sobre o eixo geométrico do corpo e axial ao apoio ou inércia (semelhante ao eixo cardã dos
caminhões).

5. Caracteriza a deformação plástica e a deformação elástica.

Na deformação elástica, o corpo retorna ao seu estado original após cessar o efeito
da tensão. Isso acontece quando o corpo é submetido a uma força que não supere a
sua tensão de elasticidade (Lei de Hooke)

Na deformação plástica, o corpo não retorna ao seu estado original, permanece deformado
permanentemente. Isso acontece quando o corpo é submetido à tensão de plasticidade, que
é maior daquela que produz a deformação elástica. Portanto, há a ocorrência ou transição
da fase elástica para a fase plástica do corpo que está submetido.
6. Explica o significado da expessão. Para explicar deves representar um esquema.
F = – Fel
vector Força Elástica (Fel), possui sentido oposto ao vector deformação (vector força
aplicada), isto é, possui sentido oposto à deformação, sendo a força elástica considerada
uma força restauradora.
Uma das forças é restituidora enquanto a outra é deformadora. Ambas apresentam o
mesmo valor absoluto e o mesmo valor de regidez.

7. “O comportamento elástico dos materiais segue o regime elástico na lei de Hooke apenas
até um determinado valor de força.”
Justifica a afirmação.
Nota: Podes representar um gráfico para ajudar na explicação.
• A lei de Hooke pode ser utilizada desde que o limite elástico do material não seja excedido.
O comportamento elástico dos materiais segue o regime elástico na lei de Hooke apenas até
um determinado valor de força, após este valor, a relação de proporcionalidade deixa de ser
definida (embora o corpo volte ao seu comprimento inicial após remoção da respectiva
força).
• Se essa força continuar a aumentar, o corpo perde a sua elasticidade e a deformação passa a
ser permanente (inelástico), chegando à ruptura do material.
• A Lei de Hooke também é percebida após a realização do ensaio de tração e deste é obtido o
gráfico de Tensão x Extensão.
O comportamento linear mostrado no início está nos afirmando que a Tensão é proporcional
à Extensão
8. Determine a força de tração numa barra de aço (E=21x10 5 kgf/cm2 )cilíndrica com 3 cm de
diâmetro, sendo o alongamento relativo igual a 0,7 x 10-3 (sem unidades de medida, por ser
relativa).
A Lei de Hooke pode ser também representada da seguinte forma: σ = Ε.ε
σ = Ε.ε = 21x105 kgf/cm2 x 0,7 x 10-3 = 1470 kgf/cm2

9. Qual o significado da expressão:


K α A/L

• Diz mais a experiência que o factor de proporcionalidade capaz de transformar em igualdade


a relação K α A/L

10. vector Força Elástica (Fel), possui sentido oposto ao vector deformação (vector força
aplicada), isto é, possui sentido oposto à deformação, sendo a força elástica considerada
uma força restauradora. O que é uma mola e classifica os vários tipos de molas?

Uma mola é um objeto elástico flexível usado para armazenar a energia mecânica . As molas
são feitas geralmente de aço endurecido.

Trata-se de um elemento único ou uma associação de elementos (sistema) capaz de assumir


notáveis deformações elásticas sob a ação de forças ou momentos, e, portanto, em
condições de armazenar uma grande quantidade de energia potencial elástica. Os elementos
característicos das molas são a flecha, a rigidez e a flexibilidade.

Molas de feixe, flexão, torção, em anéis, tracção e belleville.

11. Caracteriza uma mola.

• Flecha é a deformação sofrida pela mola sob a ação de uma determinada força, medida na
direção da própria força. Tal conceito pode estender-se também a um elemento elástico
sujeito a um binário, neste caso a força é substituída por um momento aplicado e a
deformação retilínea pelo deslocamento angular.

• Rigidez Propriedade de um material, de sofrer tensões sem se deformar permanentemente.


Sob tensão crescente, o material irá se deformar de forma elástica até o ponto em que se
deforma permanentemente seja de forma rúptil, seja de forma dúctil o que depende das
propriedades reológicas do material e também das condições termodinâmicas e do tempo
em que a tensão é aplicada.

Flexibilidade é a capacidade de um determinado material se tornar flexível, que se pode dobrar,


curvar.

• Para um dado sistema elástico simples sujeito a uma determinada carga crescente, que
provoca no sistema deformações elásticas que podem ser acumuladas, por exemplo
simplesmente axiais ou flexionais com característica retilínea, o respectivo coeficiente de
rigidez axial ou flexional do sistema é igual <numericamente> ao valor assumido pela força
elástica de reação imposta pelo sistema (aplicada no mesmo ponto de aplicação da carga),
relativamente a uma excursão retilínea unitária em tal ponto de aplicação.

Para um sistema elástico sujeito a uma torção, o coeficiente de rigidez torcional é medido pelo
valor do momento elástico de reação fornecido pelo sistema quando o próprio é sujeito a um
momento torcional e que provoque uma excursão angular unitária. Estes coeficientes
exprimem-se, portanto, em kgm.m/rad e kgm.m. Ainda, mesmo que o diagrama característico
seja uma linha qualquer, é sempre possível subdividi-lo em um conveniente número de trechos
de trabalho, entre os quais o coeficiente K possa mostrar-se aproximadamente constante; ou,
inversamente, criar um sistema elástico tendo um parâmetro K variável com uma lei prefixada e
com oportuno critério, em dependência das exigências funcionais às quais deve corresponder o
sistema; isto é obtido combinando-se oportunamente entre si mais elementos elásticos (em
série, em paralelo etc.) para constituir o sistema com as características desejadas.

• A flexibilidade da mola indica o valor da deformação sob a carga unitária. Flexibilidade da


mola é o valor recíproco da rigidez, onde y é a deformação linear e F a intensidade da força
que a originou e

• Sobre as características da mola influem, além da sua forma e dimensões, as propriedades


elásticas do material do qual é constituída, ou seja, o módulo de elasticidade e as
características de resistência e, em particular as máximas solicitações admissíveis no campo
da elasticidade. Observando as leis de dependência F = K.y e M = K.α vê-se claramente que
para se ter uma grande deformação elástica sob uma determinada carga, a mola deve
possuir uma pequena rigidez. As molas de borracha, por exemplo, trabalham tanto na tração
como na compressão porque apresentam pequena

rigidez para estas duas solicitações. Como os elementos capazes das mais elevadas deformações
elásticas são aqueles solicitados à flexão e à torção, as molas usadas nas construções mecânicas,
são geralmente molas de flexão e molas de torção. Também são interessantes as molas à anéis
cujo emprego vai cada vez mais se estendendo. Nas molas de flexão a solicitação predominante
é a de flexão. As molas de flexão simples ou elementares são lâminas de aço, com seção
retangular e eixo retilíneo, presas por uma extremidade e carregadas pela outra com uma carga
P vertical. A sua seção retangular pode ser:

• 1) de espessura e largura constantes; 2) de espessura constante e largura variável


linearmente; 3) de largura constante e a espessura variável segundo uma equação de
segundo grau.

• Para estas molas valem as seguintes expressões:

• Kf = P/y para o coeficiente de rigidez;U = (1/2).K f.y2 para a energia potencial


armazenada,

sendo P a carga vertical aplicada, y a flecha originada.

12. O que é uma mola de flexão?

As molas de flexão simples denominadas molas de folha são molas de lâminas apoiadas nas
duas extremidades e carregadas no meio do vão livre por uma carga concentrada. Têm
espessura constante e largura constante ou variável linearmente com um valor máximo em
correspondência à carga de um valor mínimo nas extremidades. A mola de flexão simples com
haste curvilínea é particularmente utilizada nas juntas de frição onde há necessidade de ter-se
molas com flecha elástica relativamente grande, de acordo com o espaço disponível e as forças
atuantes. Podem ser curvadas em arco de círculo, de largura e espessura constantes, carregadas
na extremidade por duas forças iguais e contrárias com a linha de ação coincidente com a corda
do arco; ou também o anel circular fechado, com lâmina de espessura e largura constantes
carregadas por cargas radiais e concentradas; ou enfim em forma de S (chamado acoplamento a
frição Dolmen Le Blanc, um clássico) a seção retangular constante carregada na extremidade por
duas cargas iguais opostas, tendo ambas a mesma reta de aplicação.

Molas de flexão em espiral são formadas por uma fita de material elástico. A seção retangular
constante é posta em espiral plana com uma extremidade fixa e outra presa a um órgão
giratório em torno do próprio eixo. Aplicando-se ao órgão giratório, um momento torçor, a mola
se enrola em volta deste tensionando-se. Este tipo de mola é aplicado nos equipamentos móveis
de quase todos os aparelhos elétricos e mecânicos de medida, para obter um momento de
reação proporcional àquele a ser medido.
13. Determina a regidez de uma mola de flexão quando sujeita a uma carga de 10kgf quando
sofre uma elongação de 0,2cm.

Kf =P/y = 10kgf/0,2cm = 50kgf/cm

14. Qual o valor da regidez de uma mola de torção quando é aplicada uma força de 20kgf
provocando a rotação do corpo de 90graus. A força é aplica a 0,8cm do fulcro.

Mt = Fxd = 20kfg * 0,8cm = 16 kgfcm


Kt = Mt/ = 16 / (π/2) = 16/1,57 = 10,19 (S.I.)

Você também pode gostar