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REOLOGIA

Dina Cabrita (dina_cabrita@yahoo.com)

Pelotas, 18 de Fevereiro de 2016


Conteúdo Programático
- Introdução ao curso
Apresentação do conteúdo programático; bibliografia comentada e regras de avaliação;
cronograma da disciplina. Conceitos básicos: Princípios físicos de estática, cinemática e
dinâmica.
- Força e Tensão
Definição e unidades. Forças predominantes na crosta terrestre. Tensão compressiva e
extensiva. Tensão normal e cisalhante.
- Deformação
Conceito; componentes - translação, rotação, distorção, mudança de volume; deformação
homogênea e heterogênea, elipsóide de deformação. Relação tensão - deformação.
- Reologia
Comportamento ideal dos materiais diante da tensão: elástico, plástico, viscoso e rúptil.
Fatores que governam o comportamento dos materiais. Definição de deformação dúctil e
rúptil. Reologia da litoesfera.
- Métodos práticos de representação e análise em geologia estrutural: Projeção
Estereográfica
Representações da Terra. Tipos de projeção e respetivas redes. Conceitos básicos sobre
Projeção Estereográfica. Representação de estruturas em projeção estereográfica.
Exercícios práticos: projeção de planos, linhas. Intercepção de linhas, planos e planos
com linhas. Determinação de ângulos entre linhas, planos e planos com linhas.
Conteúdo Programático
- Avaliação
Prova 1
- Deformação dúctil
Descrição dos elementos geométricos das dobras. Classificação geométrica das dobras
em função da: concavidade, idade relativa das camadas, atitude do plano axial e
superfície de charneira, ângulo interflancos, isogonas de mergulho, simetria e ordem.
Simbologia de dobras em mapas estruturais. Mecanismos de dobramento: dobramento
ativo, passivo, flexura, deslizamento flexural, fluxo flexural, flexura ortogonal, kinking e
dobramento em chevron.
- Deformação rúptil
Estruturas rúpteis: fraturas e falhas. Tipos de fratura. Morfologia de fraturas. Importância
prática das fraturas. Elementos geométricos das falhas. Elementos geométricos das
falhas. Classificação de falhas. Falhas normais, inversas e transcorrentes. Rochas de
falha. Feições que sugerem a presença de falhas no campo. Simbologia de falhas em
mapas estruturais. Mecanismos de deformação rúptil: fluxo granular e cataclástico.
- Estruturas planares e lineares
Foliação. Foliações primárias e secundárias. Relação entre foliação e dobras. Lineações.
Lineações primárias e secundárias.
Conteúdo Programático
- Zonas de Cisalhamento
Conceitos básicos. Tipos de zonas de cisalhamento: zona de cisalhamento rúptil, rúptil-
dúctil e dúctil. Rochas de zonas de cisalhamento. Indicadores cinemáticos. Estudo de
caso: Zona de Cisalhamento Curitiba.
Tectônica de placas
Ciclo de Wilson. Deriva continental e expansão do fundo oceânico. Tipos de limites de
placas: divergentes, convergentes e transformantes.
- Aplicações de geologia e mapeamento estrutural a obras de engenharia
Geologia estrutural em barragens, túneis, galerias, cavas a céu aberto e hidrogeologia.
Aplicações na engenharia do petróleo.
Mapas estruturais
Análise e interpretação de mapas estruturais.

- Avaliação
Prova 2
Reologia
- Estuda o comportamento mecânico das rochas, mediante a aplicação de
forças e tensões (stress).

- Interligado com a disciplina de Mecânica das Rochas

- As deformações são comumente analisadas pelo gráfico tensão x


deformação.
Reologia
Em condições ideais os materiais podem reagir de quatro maneiras
diferentes às tensões. Por:

(1) Deformação elástica


(Utilizado em modelagem
experimental)
(2) Deformação plástica

(3) Deformação viscosa

(4) Deformação rúptil


Reologia
Em condições ideais os materiais podem reagir de quatro maneiras
diferentes às tensões. Por:

(1) Deformação elástica


(Utilizado em modelagem
experimental)
(2) Deformação plástica

(3) Deformação viscosa

(4) Deformação rúptil


Deformação elástica (ou temporária)
Comportamento elástico

- Alongamento das ligações atômicas


- Resposta instantânea
- Deformação recuperável (recupera forma original)

Material analogo:
- borracha

No planeta:
- propagação de ondas sísmicas através das rochas
- passagem de ondas sonoras através de qualquer meio
Deformação elástica

Tipos de elasticidade:

(1) Elasticidade linear

(2) Elasticidade perfeita

(3) Elasticidade com histeresse


Deformação elástica

Tipos de elasticidade:

(1) Elasticidade linear

(2) Elasticidade perfeita

(3) Elasticidade com histeresse


Deformação elástica
Comportamento elástico linear

- Relação linear entre tensão x deformação


- Resposta instantânea à deformação
- Deformação não permanente
Comportamento linear é expresso pela lei de Hooke:

E = módulo de Young
Minerais e rochas com comportamento
elástico linear
Deformação elástica

Tipos de elasticidade:

(1) Elasticidade linear

(2) Elasticidade perfeita

(3) Elasticidade com histeresse


Deformação elástica
Comportamento elástico perfeito

- Não existe relação constante entre


tensão e deformação (módulo de Young
não tem valor único).

- Deformação não permanente


Deformação elástica

Tipos de elasticidade:

(1) Elasticidade linear

(2) Elasticidade perfeita

(3) Elasticidade com histeresse


Deformação elástica
Comportamento elástico com histeresse
- Demonstrado experimentalmente

- Não existe relação constante entre


tensão e deformação (módulo de Young
não tem valor único).

-Curva de tensão ≠ curva de alívio de


carga

- Deformação não permanente


Reologia
Em condições ideais os materiais podem reagir de quatro maneiras
diferentes às tensões. Por:

(1) Deformação elástica


(Utilizado em modelagem
experimental)
(2) Deformação plástica

(3) Deformação viscosa

(4) Deformação rúptil


Reologia
Em condições ideais os materiais podem reagir de quatro maneiras
diferentes às tensões. Por:

(1) Deformação elástica


(Utilizado em modelagem
experimental)
(2) Deformação plástica

Fluxo de rochas sólidas


(3) Deformação viscosa

(4) Deformação rúptil


Deformação plástica

Comportamento plástico ideal


- Se inicia quando se atingue o limite de
elasticidade
-A deformação ocorre a uma tensão constante
- Tensão constante independente da deformação
- Deformação permanente
Deformação plástica

Comportamento plástico ideal


- Se inicia quando se atingue o limite de
elasticidade
-A deformação ocorre a uma tensão constante
- Tensão constante independente da deformação
- Deformação permanente
Comportamento
plástico ideal é
raro de acontecer
na natureza!!
Deformação plástica

Definição:
Mudança permanente na forma ou no tamanho de um corpo sem

que ocorra fraturamento, acumulada ao longo so tempo pela

manutenção de uma tensão acima do limite de elasticidade do

material ou maciço rochoso.


Deformação plástica

(A) Quando a tensão é retirada

(B) Quando a tensão não é retirada


Deformação plástica
Endurecimento por deformação

Amolecimento por deformação

Indicam que as propriedades


da rocha se alteraram durante a
deformação
Deformação plástica
Endurecimento por deformação

Amolecimento por deformação

Strain hardening
- Rochas se tornam mais resistentes e com maior dureza.
Ex. metais
- Tensão necessária para deformar a rocha deve ser maior.
Deformação plástica

Ex. Introdução de fluídos

Strain softening
- Rochas se tornam menos resistentes e com menor dureza.
- Esforço necessário para deformar a rocha deve ser menor.
Reologia
Em condições ideais os materiais podem reagir de quatro maneiras
diferentes às tensões. Por:

(1) Deformação elástica

(2) Deformação plástica

(3) Deformação viscosa

(4) Deformação rúptil


Deformação viscosa

- Relação linear entre tensão x deformação


- Resposta retardada à deformação
-Deformação permanente
Deformação viscosa

Exemplo: fluídos

Viscosidade: facilidade com que um liquido flui


Reologia
Em condições ideais os materiais podem reagir de quatro maneiras
diferentes às tensões. Por:

(1) Deformação elástica

(2) Deformação plástica

(3) Deformação viscosa

(4) Deformação rúptil


Deformação rúptil
- Ruptura se segue à deformação elástica ou
plástica.
Fatores que afetam a
reologia das rochas
Fatores que afetam o comportamento dos materias
na crosta:

(a) Pressão confinante

(b) Temperatura

(c) Fluídos

(d)Taxa de deformação

(e) Anisotropia estrutural / trama cristalográfica

(f) Heterogeneidade litológica


Fatores que afetam o comportamento dos materias
na crosta:

(a) Pressão confinante

(b) Temperatura

(c) Fluídos

(d)Taxa de deformação

(e) Anisotropia estrutural / trama cristalográfica

(f) Heterogeneidade litológica


(a) Pressão confinante

Aumento da Pressão Confinante:


- materiais friáveis tornam-se dúcteis.
- Aumenta o limite de elasticidade (ou de resistência máxima)
Fatores que afetam o comportamento dos materias
na crosta:

(a) Pressão confinante

(b) Temperatura

(c) Fluídos

(d)Taxa de deformação

(e) Anisotropia estrutural / trama cristalográfica

(f) Heterogeneidade litológica


(b) Temperatura

Aumento da temperatura:
- Diminuição do limite de resistência, elasticidade e tensão máxima –
enfraquece a rocha e facilita a deformação
Fatores que afetam o comportamento dos materias
na crosta:

(a) Pressão confinante

(b) Temperatura

(c) Fluídos

(d)Taxa de deformação

(e) Anisotropia estrutural / trama cristalográfica

(f) Heterogeneidade litológica


(c) Presenca de fluídos

-Efeito similar ao aumento de temperatura


- Composição do fluído também pode influenciar reologia
Fatores que afetam o comportamento dos materias
na crosta:

(a) Pressão confinante

(b) Temperatura

(c) Fluídos

(d)Taxa de deformação

(e) Anisotropia estrutural / trama cristalográfica

(f) Heterogeneidade litológica


(c) Taxa de deformação
Rápido

Lento

Aumento da taxa de deformação:


-Aumento da tensão/resistência
Fatores que afetam o comportamento dos materias
na crosta:

(a) Pressão confinante

(b) Temperatura

(c) Fluídos

(d)Taxa de deformação

(e) Anisotropia estrutural / trama cristalográfica

(f) Heterogeneidade litológica


(e) Anisotropia estrutural / trama cristalográfica

Rocha estirada em
Rocha estirada paralelo com a
perpendicularmente foliação
à foliação

menor tensão maior tensão


Fatores que afetam o comportamento dos materias
na crosta:

(a) Pressão confinante

(b) Temperatura

(c) Fluídos

(d)Taxa de deformação

(e) Anisotropia estrutural / trama cristalográfica

(f) Heterogeneidade litológica


(c) Heterogeneidade litológica

- devido a diferenças reológicas entre materiais, as rochas podem


apresentar, em um mesmo evento de deformação, estruturas diferenciadas,
principalmente quando ha porções competentes e incompetentes.
Definição de material
dúctil e rúptil
- Termos muito utilizados em Geologia Estrutural, Reologia e Mecânica das
Rochas.

Deformação dúctil VS Deformação rúptil

Deformação permanente Deformação por


ou flui sem fraturamentos fraturamento quando
macroscópicos submetido a tensões
perceptíveis e até ao além do limite de
ponto em que o limite de elasticidade
resistência for cedido.
- Termos muito utilizados em Geologia Estrutural, Reologia e Mecânica das
Rochas.

Deformação dúctil VS Deformação rúptil

Deformação permanente Deformação por


ou flui sem fraturamentos fraturamento quando
macroscópicos submetido a tensões
perceptíveis e até ao além do limite de
ponto em que o limite de elasticidade
resistência for cedido.
Deformação dúctil

As rochas apresentam
comportamento plástico
ou viscoso.
Deformação dúctil

Dependente da escala
de observação
Deformação dúctil

Preserva a continuidade de estruturas e


camadas originalmente contínuas
Deformação dúctil
Pode formar-se por
vários mecanismos
de deformação
- Termos muito utilizados em Geologia Estrutural, Reologia e Mecânica das
Rochas.

Deformação dúctil VS Deformação rúptil

Deformação permanente Deformação por


ou flui sem fraturamentos fraturamento quando
macroscópicos submetido a tensões
perceptíveis e até ao além do limite de
ponto em que o limite de elasticidade
resistência for cedido.
Deformação rúptil

- São geradas fraturas de tensão ou


partição (T) e fraturas de
cisalhamento (conjugado C).

Modelo de fraturas de
Anderson

Outros Riedel
Modelos: Moddy e Hill
Wilcox
Deformação rúptil
Modelo de Riedel Fratura de
cisalhamento
Fratura conjugada de
secundária Riedel (antitética)
Fratura de tensão

Fratura de
cisalhamento
Riedel (sintética

Fratura
secundária
Sistema
Transcorrente
sinistral
Deformação rúptil
Modelo de Riedel
Reologia da litoesfera
Reologia da litoesfera
Reologia da litoesfera
Reologia da litoesfera
Próxima aula...
Deformação dúctil
Descrição dos elementos geométricos das dobras. Classificação geométrica das
dobras em função da: concavidade, idade relativa das camadas, atitude do plano
axial e superfície de charneira, ângulo interflancos, isogonas de mergulho, simetria
e ordem. Simbologia de dobras em mapas estruturais. Mecanismos de
dobramento: dobramento ativo, passivo, flexura, deslizamento flexural, fluxo
flexural, flexura ortogonal, kinking e dobramento em chevron.

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