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Ciência dos Materiais

Aula 10
Discordâncias e Mecanismos de
Aumento de Resistência
Profa. Camila M. Cholant

2019
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Roteiro da aula

 Discordâncias e Deformação Plástica


 Mecanismos do Aumento da Resistência em Metais
 Recuperação, Recristalização e Crescimento de Grãos
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Deformação Plástica

 Deformação permanente.
 E corresponde ao movimento de um grande número de
átomos em resposta à aplicação de uma tensão.

Em sólidos cristalinos, a deformação plástica envolve na


maioria das vezes o movimento de discordâncias.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Discordâncias e Deformação Plástica


Rearranjos atômicos que acompanham o movimento de uma
discordância aresta à medida que ela se move em resposta à
aplicação de uma tensão de cisalhamento.

Tensão de Tensão de Tensão de


cisalhamento cisalhamento cisalhamento

Plano de
escorregamento
Degrau unitário d
escorregamento
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Discordâncias e Deformação Plástica


 O processo pelo qual a deformação plástica é produzida
mediante o movimento de uma discordância é chamado de
escorregamento.
 O plano cristalográfico ao longo do qual a linha da
discordância se movimenta é o plano de escorregamento.

A deformação plástica macroscópica corresponde


simplesmente a uma deformação permanente que resulta
do movimento de discordâncias, ou escorregamento, em
resposta à aplicação de uma tensão de cisalhamento.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Discordâncias e Deformação Plástica


 O movimento da discordância é análogo ao modo de locomoção
empregado por uma lagarta.

Representação da analogia entre os movimentos de uma lagarta e de uma discordância.

 A corcova da lagarta e seu movimento correspondem ao


semiplano adicional de átomos no modelo da deformação plástica
por discordâncias.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Discordâncias e Deformação Plástica

Para uma discordância aresta a


linha da discordância se move na
direção da tensão de
cisalhamento aplicada; para
uma discordância espiral, o
movimento da linha da
discordância é perpendicular à
direção da tensão.

A formação de um degrau sobre a superfície de um cristal pelo movimento


de (a) uma discordância aresta e (b) de uma discordância espiral.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Discordâncias e Deformação Plástica

 Todos os metais e ligas contêm algumas discordâncias que


foram introduzidas durante:
 O processo de solidificação;
 Deformação plástica;
 E como consequência das tensões térmicas que resultam
de um resfriamento rápido.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Discordâncias e Deformação Plástica


Densidade de discordâncias:
Expresso como o comprimento total de discordâncias por
unidade de volume que intercepta ou o número de
discordâncias que intercepta uma área unitária de uma seção
aleatória.
 Unidades: mm de discordância/mm3 ou discordâncias/mm2.
 Cristais metálicos cuidadosamente solidificados 103 mm-2;
 No caso de metais altamente deformados 109 a 1010 mm-2;
 O tratamento térmico de uma amostra de um metal deformado pode
diminuir a densidade de discordâncias para 105 a 106 mm-2;
 Materiais cerâmicos 102 a 104 mm-2.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Características das Discordâncias

Várias características das discordâncias são importantes em


relação às propriedades mecânicas dos metais:
 Campos de deformação que existem ao redor das
discordâncias, que são importantes na determinação da
mobilidade das discordâncias;
 habilidade das discordâncias em se multiplicar.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Metais submetidos a deformação plástica:


 ~5% da energia de deformação é retida internamente;
 95% da energia é perdida na forma de calor.

A maior parte da energia armazenada consiste em uma energia de


deformação que está associadas a discordâncias.

Discordância aresta existe alguma distorção do retículo


atômico ao redor da linha da discordância devido à presença do
semiplano adicional de átomos.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Discordância aresta:
 Os átomos imediatamente acima
e adjacentes à linha da
discordância são pressionados
uns contra os outros sofrem
compressão deformação compressiva em
tração relação aos átomos posicionados
no cristal perfeito e localizados
distantes das discordâncias.

 Átomos localizados abaixo


suportam uma deformação de
tração que lhes é imposta.
Regiões de compressão (parte
superior) e tração (parte inferior)
localizadas ao redor de uma
discordância aresta.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Campos de deformação ao redor de discordâncias vizinhas podem interagir


de tal forma que sejam impostas forças sobre cada discordância pelas
interações combinadas de todas as discordâncias vizinhas.

Repulsão

Anulação de
discordâncias
Atração

Cristal perfeito

(a) Duas discordâncias aresta de mesmo sinal e localizadas sobre o mesmo plano de
escorregamento exercem uma força repulsiva uma sobre a outra; (b) Discordâncias
localizadas sobre o mesmo plano de escorregamento exercem uma força atrativa.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Durante a deformação plástica número de


discordâncias aumenta drasticamente.

 Fontes importantes de novas discordâncias:


 Discordâncias existentes que se multiplicam;
 Contornos de grãos;
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Sistemas de Escorregamento
Discordâncias não se movem com o mesmo grau de facilidade
sobre todos os planos e direções cristalográficos de átomos.
Existe um plano preferencial, e neste plano existem
direções específicas ao longo das quais ocorre o movimento
das discordâncias.
 Este plano é chamado plano de escorregamento e a
direção do movimento direção de escorregamento.
 A combinação do plano de escorregamento e da direção de
escorregamento Sistema de escorregamento.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

O sistema de escorregamento depende da estrutura cristalina.


 Para uma dada estrutura cristalina:
 Plano de escorregamento possui empacotamento
atômico mais denso que possui maior densidade
planar;
 Direção de escorregamento direção neste plano de
escorregamento que se encontra mais densamente
compactada com átomos que possui maior densidade
linear.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Exemplo: Estrutura cristalina CFC


 Família {111} todos os planos estão densamente
compactados.
 O escorregamento ocorre ao longo da direção <110>
 {111} e <110> sistema de escorregamento.

(a) Um sistema de escorregamento {111} <110> mostrado no interior de uma célula


unitária CFC; b) O plano (111) mostrado em (a) e três direções de escorregamento
<110> no interior daquele plano compreendem possíveis sistemas de escorregamento.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Sistemas de Escorregamento

Tab. Sistemas de escorregamento para metais Cúbicos de Faces Centradas, Cúbicos


de Corpo Centrado e Hexagonal Compacto.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Metais com estruturas cristalinas CFC e CCC Possuem um


número relativamente grande de sistemas de escorregamento
(pelo menos 12).
 Esses metais são bastante dúcteis, pois uma extensa
deformação plástica é normalmente possível ao longo dos
vários sistemas.
 Metais com estrutura HC, com poucos sistemas de
escorregamento ativos, normalmente são bastante frágeis.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Escorregamento em Monocristais
Tensão de Tração/Compressão componentes de
cisalhamento em todas as direções Tensões de
cisalhamento resolvidas.

Normal ao plano de
escorregamento

Direção de
escorregamento

 O sistema de deslizamento que sofrer


o maior 𝜏𝑅, será o primeiro a operar.
 A deformação plástica começa a
ocorrer quando a tração excede a
tensão cisalhante resolvida crítica.
O escorregamento é mais fácil que ocorra em
uma estrutura monocristalina ou policristalina?
Por quê?
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Amostra de um monocristal tensionada sob tração

Direção da força

Plano de escorregamento

Escorregamento macroscópico em
um monocristal.
Escorregamento em um monocristal
de zinco.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Deformação Plástica de Materiais Policristalinos

Escorregamento mais complexo.


 Devido às orientações cristalográficas aleatórias do grande
número de grãos, a direção do escorregamento varia de um
grão para outro.
 Para cada grão, o movimento da discordância ocorre ao longo
do sistema de escorregamento que possui a orientação mais
favorável.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

A deformação plástica de uma amostra policristalina


corresponde à distorção comparável de grãos individuais
devido ao escorregamento.
 Durante a deformação, a integridade mecânica e a coesão são
mantidas ao longo dos contornos dos grãos os contornos dos
grãos geralmente não se separam ou se abrem.
 Como consequência, cada grão individual está restrito, em
determinado grau, à forma que ele pode assumir devido aos
seus grãos vizinhos.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Deformação Plástica de Materiais Policristalinos

Alteração da estrutura do grão de um metal policristalino como resultado de uma


deformação plástica. (a) Antes da deformação os grãos são equiaxiais. (b) A
deformação produziu grãos alongados. Os grãos se tornam alongados ao longo da
direção na qual a amostra foi estendida.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Materiais policristalinos são mais resistentes do que seus


equivalentes monocristalinos maiores tensões são exigidas
para dar início ao escorregamento e ao consequente
escoamento.
 Embora um único grão possa estar orientado favoravelmente
em relação à tensão aplicada para o escorregamento, ele não
pode se deformar até que seus grãos adjacentes também sejam
capazes de sofrer escorregamento isso exige um nível
mais elevado de tensão aplicada.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Deformação por Maclagem


A deformação plástica ocorre pela formação de maclas de
deformação, ou maclagem.
 A maclagem ocorre num plano cristalográfico definido e em
uma direção específica que depende da estrutura do cristal.
Superfície polida

Plano da macla Plano da macla


Ciência dos Materiais Capítulo 7

As deformações por escorregamento e maclagem são


comparadas para um monocristal que é submetido a uma
tensão de cisalhamento.
 Para a maclagem, a deformação devido ao cisalhamento é
homogênea.

Planos de Macla

Planos de
escorregamento Macla

Para um monocristal submetido a uma tensão de cisalhamento 𝜏, (a) deformação por


escoamento; (b) deformação por maclagem
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Mecanismos de Aumento de Resistência


 Importante para a compreensão dos mecanismos de aumento
de resistência é a relação entre o movimento das
discordâncias e o comportamento mecânico dos metais.
 A habilidade de um metal para se deformar plasticamente
depende da habilidade das discordâncias para se moverem.
 Dureza e resistência estão relacionadas com a facilidade
com que a deformação pode ser induzida mediante a redução
da mobilidade das discordâncias resistência mecânica pode
ser melhorada maiores forças mecânicas serão necessárias
para dar início à deformação plástica.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Quanto menos restringido estiver o movimento das


discordâncias maior será a facilidade com a qual um metal
poderá se deformar mais macio e mais fraco ele se tornará.

Restringir ou impedir o movimento de


discordâncias confere maior dureza e mais
resistência a um metal
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Mecanismos de aumento de resistência para metais:

 Redução no tamanho do grão;


 Formação de ligas por solução sólida;
 Encruamento.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

1) Aumento de resistência pela redução no tamanho do


grão

 O tamanho dos grãos influencia as suas propriedades


mecânicas.
 Grãos adjacentes possuem um contorno de grão comum.
 Durante a deformação plástica o movimento de
discordância deve ter lugar através do contorno comum
do grão A para o grão B. Contorno de grão

Planos de
escorregamento
Grão B
Grão A
O movimento de uma discordância à medida que ela encontra um contorno de grão,
ilustrando como o contorno atua como uma barreira à continuação do
escorregamento.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 O contorno de grão atua como uma barreira ao movimento


das discordâncias por duas razões:
 Ao passar de um grão para o outro a discordância deve mudar sua
direção de movimentação (quanto maior a diferença de orientação mais
difícil);

 A desordenação atômica no interior de uma região de contorno de grão


irá resultar em uma descontinuidade de planos de escorregamento de
um grão para dentro do outro.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Material com granulação fina (possui grãos pequenos) –


mais duro e mais resistente do que um material que
possui granulação grosseira.

 Material com pequenos grãos possui maior área total de


contornos de grãos para dificultar o movimento das
discordâncias.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Para muitos materiais, o limite de escoamento σe varia de


acordo com o tamanho do grão:

− /
𝟏 𝟐
𝝈𝒆 = 𝝈𝟎 + 𝒌𝒆𝒅

Equação de Hall-Petch.
σe – tensão de escoamento
d – diâmetro médio do grão
σ0 e Ke - constantes

A influência do tamanho do grão sobre o


limite de escoamento de uma liga de latão
com composição 70 Cu-30 Zn
Ciência dos Materiais Capítulo 7

2) Aumento de resistência por solução sólida


 Formação de ligas com átomos de impurezas que entram em
solução sólida substitucional ou intersticial.
 O aumento da concentração de impurezas resulta em um
consequente aumento no limite de resistência à tração e no
limite de escoamento.

Limite de resistência a

Limite de escoamento (Mpa)

Limite de escoamento (Ksi)


tração (Ksi)
Limite de resistência a
tração (Mpa)

Teor de níquel (%p) Teor de níquel (%p)

Variação do (a) limite de resistência a tração, (b) limite de escoamento (%AL) em


função do teor de níquel para ligas cobre-níquel.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Metais com pureza elevada são mais macios e mais fracos.


Alongamento (% em 2 pol.)

Teor de níquel (%p)

Variação da (c) ductilidade em função do teor de níquel para ligas cobre-níquel.


Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Os átomos de impurezas que entram em solução sólida


impõem deformações da rede cristalina.
 Interações dos campos de deformação da rede cristalina e
discordâncias Movimento das discordâncias é restringido.

(a) Representação das deformações da (a) Representação das deformações


rede por tração impostas sobre átomos compressivas impostas sobre átomos
hospedeiros por um átomo de impureza hospedeiros por um átomo de impureza
substitucional de menor tamanho. (b) substitucional de maior tamanho. (b)
Possíveis localizações de átomos de Possíveis localizações de átomos de
impureza menores em relação a uma impureza maiores em relação a uma
discordância aresta. discordância aresta.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

3) Aumento de resistência por encruamento


 Fenômeno pelo qual um metal dúctil se torna mais duro e
mais resistente quando ele é submetido a uma deformação
plástica.
 Também chamado de endurecimento por trabalho.
 Também chamado de TRABALHO A FRIO.

A0 – área original da seção reta que


𝐀𝟎 −𝐀𝐝
%𝐓𝐅 = 𝐱𝟏𝟎𝟎 experimenta a deformação.
𝐀𝟎
Ad – área após a deformação.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Como o aço, latão e o cobre aumentam seu limite de


escoamento e seu limite de resistência a tração com o
aumento do trabalho a frio.

Limite de resistência a tração (Ksi)


Limite de resistência a tração (MPa)
Limite de escoamento (Mpa)

Limite de escoamento (Ksi)

Percentual de trabalho a frio Percentual de trabalho a frio

Para o aço 1040, latão e cobre, (a) o aumento no limite de escoamento, (b) o
aumento no limite de resistência a tração (%AL) em função do trabalho a frio.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

na dureza e na resistência ductilidade do metal

Ductilidade (AL%)

Percentual de trabalho a frio

Para o aço 1040, latão e cobre, (c) a redução na ductilidade (%AL) em função
do trabalho a frio.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

Recuperação, Recristalização e
Crescimento de Grão
Deformação plástica de uma amostra metálica policristalina:
 Alteração na forma do grão;
 Endurecimento por deformação plástica a frio;
 Aumento na densidade das discordâncias.
 Essas propriedades e estruturas podem reverter novamente
aos seus estados anteriores ao trabalho a frio mediante um
tratamento térmico apropriado (recozimento).
 Recuperação e recristalização;
 Crescimento de grão.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

A. Recuperação
 Uma parte da energia de deformação interna armazenada é
liberada em virtude do movimento das discordâncias, como
resultado de uma melhor difusão atômica a temperatura mais
elevada.
 Redução no número de discordâncias.
 Propriedades físicas (condutividade elétrica e térmica) são
recuperadas aos seus estados que existiam antes do
processo de trabalho a frio.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

B. Recristalização

 Processo de formação de um novo conjunto de grãos


livres de deformação e que são equiaxiais, com baixa
densidade de discordâncias.
 Novos grãos formam como núcleos muito pequenos e
que crescem através de processos que envolvem difusão.
 Recristalização pode ser usada para refinar a estrutura
do grão.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Recristalização

Fotomicrografias mostrando vários estágios da recristalização e do crescimento


de grãos de latão. (a) Estrutura de grãos submetidos ao trabalho a frio
(33%TF). (b) Estágio inicial de recristalização após aquecimento por 3 s a
580°C. Os grãos muito pequenos são aqueles que foram recristalizados.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Recristalização

Fotomicrografias mostrando vários estágios da recristalização e do crescimento


de grãos de latão. (c) Substituição parcial de grãos trabalhados a frio por grãos
recristalizados (4 s a 580°C). (d) Recristalização completa (8 s a 580°C).
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Recristalização
 Durante a recristalização, as propriedades mecânicas que
foram alteradas em função do trabalho a frio são restauradas
aos seus valores existentes antes o metal se torna mais
macio, menos resistente, porém mais dúctil.
 Recristalização depende tanto do tempo quanto da
temperatura o grau de recristalização aumenta em função
do tempo
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Recristalização
 Influência da temperatura
A influência da temperatura de
Limite de resistência a

recozimento sobre o limite de


resistência a tração e a ductilidade
tração (Mpa)

de uma liga de latão. O tamanho de


grão está indicado em função da
temperatura de recozimento. As
estruturas dos grãos durante os
estágios de recuperação,
recristalização e crescimento de
grãos estão mostrados
esquematicamente.
Tamanho do grão

Grãos
submetidos ao
(mm)

trabalho a frio e
a recuperação

Temperatura de recozimento (°C)


Ciência dos Materiais Capítulo 7

Recristalização ocorre mais rapidamente em metais puros


do que em ligas.
 A formação de ligas aumenta a temperatura de recristalização.
 Metais puros a temperatura de recristalização é
normalmente 0,3Tf (Tf – temperatura absoluta de fusão).
 Ligas comerciais pode ser tão elevada quanto 0,7Tf .
Ciência dos Materiais Capítulo 7
Ciência dos Materiais Capítulo 7

C. Crescimento de grão
 Após a recristalização estar completa, os grãos livres de
deformação continuarão a crescer se a amostra do metal for
deixada a uma temperatura elevada crescimento de grão.
 À medida que os grãos aumentam de tamanho, a área total de
contornos diminui, produzindo uma consequente redução na
energia total
O crescimento de grão ocorre pela migração de contornos de
grão.
 Grãos maiores crescem à custa dos menores, que encolhem.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Crescimento de grão

Fotomicrografias mostrando vários estágios da recristalização e do crescimento


de grãos de latão. (e) Crescimento de grão após 15 min a 580°C. (f)
Crescimento de grão após 10 min a 700°C.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 Dependência do tamanho do grão em relação ao tempo e à


temperatura.
Diâmetro do grão (mm)
(Escala logarítmica)

Tempo (min)
Escala logarítmica

O logaritmo do diâmetro de grão em função do logaritmo do


tempo para crescimento de grão no latão a várias
temperaturas.
Ciência dos Materiais Capítulo 7

 As propriedades mecânicas à temperatura ambiente de


um metal com granulação fina são em geral superiores
(maior resistência e tenacidade) do que aquelas dos
metais com grãos grosseiros.

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