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A Lei de Hooke é uma lei de física que está relacionada à elasticidade de

corpos e também serve para calcular a deformação causada pela força que é
exercida sobre um corpo, sendo que tal força é igual ao deslocamento da
massa partindo do seu ponto de equilíbrio multiplicada pela constante da
mola ou de tal corpo que virá a sofrer tal deformação.

F = K . Δl

Note-se que segundo o Sistema Internacional:

F está em Newtons

K está em Newton/metro

Δl está em metros

Na Lei de Hooke existe grande variedade de forças interagindo, e tal


caracterização é um trabalho de carácter experimental. Entre essas forças
que se interagem as forças “mais notáveis” são as forças elásticas, ou seja,
forças que são exercidas por sistemas elásticos quando sofrem deformação.
Devido a tal motivo, é interessante ter uma ideia do comportamento
mecânico presente nos sistemas elásticos. Os corpos perfeitamente rígidos
são desconhecidos, visto que em todos as experiências realizadas até hoje
sofrem deformação quando submetidos à acção de forças, entendendo-se
por deformação de um corpo (alteração na forma e/ou dimensões do
corpo). Essas deformações podem ser de diversos tipos:

Compressão

Distenção

Flexão

Torção, dentre outros.


E elas podem ser elásticas ou plásticas:

Deformação plástica: persiste mesmo após a retirada das forças que a


originaram.

Deformação elástica: desaparece com a retirada das forças que a


originaram.

Estando uma mola, barra ou corpo em seu estado relaxado, e sendo uma
das extremidades mantida fixa, aplicamos uma força (F) à sua extremidade
livre, observando tal deformação. Após observado o facto, o físico Hooke
estabeleceu uma Lei, cujo carrega seu nome até hoje, a qual relaciona a
Força Elástica (Fel), reacção causada pela força aplicada, e a deformação da
mola (Δl).

A intensidade da Força elástica (F el) é directamente proporcional à


deformação (Δl).

Temos que: Fel = k.Δl, onde k é uma constante positiva denominada


Constante Elástica da mola, sendo sua unidade N/m no S.I.. A constante
elástica da mola traduz a rigidez da mesma, ou seja, é uma medida que
representa a sua dureza. Quanto maior for a constante Elástica da mola,
maior será a sua dureza.

É importante ressaltar que o sinal negativo observado na expressão


vectorial da Lei de Hooke, significa que o vector Força Elástica (F el),
possui sentido oposto ao vector deformação (vector força aplicada), isto é,
possui sentido oposto à deformação, sendo a força elástica considerada uma
força restauradora.

Sendo F a Força aplicada, tem-se:

F = – Fel

Fel = – k.Δl

F = k.Δl
A lei de Hooke pode ser utilizada desde que o limite elástico do material
não seja excedido. O comportamento elástico dos materiais segue o regime
elástico na lei de Hooke apenas até um determinado valor de força, após
este valor, a relação de proporcionalidade deixa de ser definida (embora o
corpo volte ao seu comprimento inicial após remoção da respectiva força).
Se essa força continuar a aumentar, o corpo perde a sua elasticidade e a
deformação passa a ser permanente (inelástico), chegando à ruptura do
material.

O instrumento que usa a lei de Hooke para medir forças é o dinamómetro.

A Lei de Hooke Aplicada a Materiais

A Lei de Hooke também é percebida após a realização do ensaio de tração


e deste é obtido o gráfico de Tensão x Extensão. O comportamento linear
mostrado no início do gráfico está nos afirmando que a Tensão é
proporcional à Extensão. Logo, existe uma constante de
proporcionabilidade entre essas duas grandezas. Sendo,

σ=ε.E

σ = Tensão em Pascal

ε = Deformação específica, (adimensional)

E = Módulo de elasticidade ou Módulo de Young

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