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FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES

O processo de desenvolvimento de coleções tem suas origens


na Antigüidade, através da seleção de obras destinadas a formar
coleções em bibliotecas. A grande retomada da área teve seu
marco a partir da segunda metade do século XX, em decorrência
do ápice da explosão bibliográfica, quando, pela primeira vez, é
questionado o modo de se formarem coleções com base na
acumulação, em detrimento da seleção orientada para a
qualidade, relevância, e acesso à informação. Novas
metodologias, técnicas e procedimentos foram incorporados
para fomentar esse novo enfoque, caracterizando o modelo de
biblioteca baseado no acesso. (WEITZEL, 2002).
ONDE TUDO COMEÇOU. A atividade de desenvolvimento de
coleções possuía uma visão bastante tradicional. Ora se
destacava a seleção positiva, ora a seleção negativa. Em outros
momentos, observava-se o livro percapta, uso absoluto, uso
relativo e obsolescência. Ou seja, com um viés de avaliação do
acervo, bastante quantitativo. Não estamos dizendo que essas
variáveis da Formação e Desenvolvimento de Acervos FDA não
sejam importantes, mas inserir o usuário no contexto do Plano de
Desenvolvimento de Coleções PDC ou considerar a Gestão de
Estoques de Informação GEI são abordagens mais
contemporâneas.

O processo de formação, desenvolvimento e organização de


coleções deve ser encarado e equacionado como uma atividade
de planejamento, onde o reconhecimento da comunidade a ser
servida e suas características culturais e informacionais,
oferecerá a base necessária e coerente para o estabelecimento de
políticas de seleção, para as decisões relativas ao processamento
técnico dos documentos e ao seu adequado armazenamento.
(MACIEL; MENDONÇA, 2000).
Desenvolvimento de Coleções não é uma simples atividade
ou um grupo de atividades: é um processo de planejamento e de
tomada de decisões. HENDRICH EDELMAN sugere que
Desenvolvimento de Coleções, Seleção e Aquisição são termos
que representam uma hierarquia:

1. Desenvolvimento de Coleções - Uma função de


planejamento.
2. Seleção - Inclusão e exclusão de materiais
informacionais.
3. Aquisição - Processo que implementa as decisões
tomadas na Seleção e no Desenvolvimento de Coleções.

DISCIPLINA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES

Formação e desenvolvimento de Acervos;

Planejamento e desenvolvimento de coleções (considerando o


usuário e suas necessidades informacionais)
Gestão de Estoques de Informação.
A teoria genial de Lankes é a de que o foco das bibliotecas
não deve estar no desenvolvimento da coleção, mas no
desenvolvimento da ‘conexão’, pois a informação está em todos
os lugares, inclusive nas pessoas. Estar em contato constante, em
relacionamento direto e numa busca incessante do melhor
conhecimento dessa comunidade é essencial, portanto, a uma
biblioteca excelente (CORREA, 2016).

Seleção positiva: é a variável que identifica o crescimento do


acervo por aquisição.

Seleção negativa: é a variável que identifica o decrescimento do


acervo por descarte.

Conforme dito, a atividade de desenvolvimento de coleções estava


relacionada à seleção positiva versus seleção negativa, relacionado a
estudo de uso e usuários.

A tradição da prática de se fazer um documento “Política de


Desenvolvimento de Coleções” é relativamente nova, data dos
anos 1990 para cá. De um procedimento esporádico, vimos o
desenrolar de um verdadeiro mapa de processos, onde foi
necessária a sistematização da prática de acervamento alinhada
às expectativas e demandas organizacionais. O PDC passa a ser
um documento administrativo, de relações públicas e político:

 Administrativo – com a finalidade de garantir a


continuidade dos critérios além da presença física de seus
elaboradores;
 de Relações Públicas – ao tornar a biblioteca simpática aos
olhos da comunidade, na medida em que comunica que as
decisões não estão sendo tomadas aleatoriamente; e,

 Político – ao proporcionar um instrumento para


resistência ou gerenciamento de conflitos e pressões que
têm a coleção como seu alvo preferencial.
É importante entender que inserimos uma abordagem
empírica e rudimentar de avaliação, quando se investigava
alguns eventos relacionados à coleção e às demandas dos
usuários, por uma abordagem completa e integrada, passando a
considerar etapas criteriosas de um processo sistêmico. Neste
sentido, o acervamento ganhou um viés gerencial. Observa-se nos
anos 2000 a inserção de etapas neste processo. Ou seja, dentro
do escopo gerencial (MACIEL; MENDONÇA, 2006), tem-se o
PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS que, nestas, estão
relacionadas ao acervamento:

✔O documento Plano de Desenvolvimento de Acervos.

✔Etapa ou tarefa de SELEÇÃO;

✔Etapa ou tarefa de AQUISIÇÃO;

✔Etapa ou tarefa de AVALIAÇÃO DE COLEÇÕES;

✔ Etapa ou tarefa de DESBASTAMENTO E DESCARTE DE


COLEÇÕES.

Outras etapas vão sendo acrescentadas ao longo do tempo


até se chegar no modelo sistêmico. Evans (1995 apud
VERGUEIRO, 1997, p. 16) de um modelo sistêmico sobre o tema,
definido como um “PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS
FORTES E FRACOS DE UMA COLEÇÃO de materiais de biblioteca
em termos de necessidades dos usuários e recursos da
comunidade, tentando corrigir fraquezas existentes, quando
constatadas; o que vai requerer ”constante exame e avaliação
dos recursos da biblioteca e constante estudo das necessidades
dos usuários, como de mudanças na comunidade a ser servida”.

Assim, aproximando-se dos conteúdos gerenciais


estratégicos, a GESTÃO DE ESTOQUES DE INFORMAÇÃO GEI ou
PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES PDC deixa
de ser eventual ou esporádico e passa a ser contínuo, cíclico e
indispensável. Vergueiro (1993) foi o precursor dessas novas
modeliza- ções a partir da abordagem do PDC em coerência com
o desenvolvimento de comunidades. Em sua produção
acadêmica podemos identificar alguns modelos de PDC:

1- MODELOHIERARQUIZAÇÃO:

Existe uma hierarquia entre os termos DESENVOLVIMENTO


DE COLEÇÕES, SELEÇÃO E AQUISIÇÃO.

Primeiro nível – a existência de um


plano ou política de desenvolvimento da
coleção que descreva os objetivos a
curto e longo prazo da biblioteca para
suas coleções.
Segundo nível – a seleção como função
direta do desenvolvimento de coleções,
isto é, o processo de tomada de decisões
relacionadas com a implementação dos
objetivos anteriormente estabelecidos.
Terceiro nível – a aquisição, entendida,
agora, como a implementação das
decisões de seleção.
2- MODELO ABORDAGEM ESTRUTURALISTA

A procura de um padrão de relacionamento entre as partes


envolvidas nesta atividade bibliotecária. Com esta abordagem, o
desenvolvimento de coleções é entendido como composto por
vários componentes:

a) uso: grupo de demandas;


b) conhecimento: grupo de disciplinas, assuntos, tópicos e áreas de estudo;
c) biblioteconomia: grupo de relações entre as literaturas dos diversos assuntos.

PLANEJAMENTO+ IMPLEMENTAÇÃO+ AVALIAÇÃO= PROCESSOS DA


POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTODA COLEÇÃO.

Para Baughman (APUD VERGUEIRO, 1992), são exatamente as


relações entre esses três componentes que gerarão o
desenvolvimento de coleções, o qual está no centro mesmo deste
relacionamento, conforme pode ser visualizado pela figura
idealizada por esse autor (figura 1). O desenvolvimento de
coleções irá constituir-se, então, no entrecruzamento de
planejamento, implementação e avaliação de coleções, que
serão assim definidos:
a) planejamento da coleção é um projeto para a acumulação de
documentos afins, da maneira determinada pelas necessidades,
propósitos, objetivos e prioridades da biblioteca;
b) implementação da coleção trata do processo de tornar os
documentos acessíveis para uso;
c) avaliação da coleção envolve seu exame e julgamento em relação aos
objetivos e propósitos estipulados.

3- MODELO ABORDAGEM SISTÊMICA

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES (VERGUEIRO,


1992 APUD EVANS, 1979).
O modelo do processo, elaborado por Evans, é, aliás,
bastante elucidador a este respeito, pois enfatiza o caráter cíclico
do desenvolvimento de coleções, sem que uma etapa chegue a
distinguir-se ou sobrepor-se às demais. Estão todas em pé de
igualdade, girando, teoricamente, em torno de um pequeno
círculo.

Observe que as setinhas de feedback da comunidade constam em


todas as etapas: Estudo da comunidade, políticas de seleção, seleção
em si, avaliação e desbastamento, exceto na etapa de aquisição.
Portanto, entende-se que não existe fluxo da comunidade na etapa
da aquisição. Este é fator primordial para várias questões, sendo elas
tanto relacionadas com o processo de aquisição, quanto da
participação do bibliotecário no processo de aquisição. Atenção e
cuidado ao resolver estas questões.

Esta visão do Desenvolvimento de Coleções como um


processo, abordado de uma perspectiva sistêmica, é muito
importante para transmitir a noção de que as atividades ligadas
à coleção não podem ser encaradas isoladamente. O modelo do
processo, elaborado pelo bibliotecário norte- americano G.
Edward Evans, é, aliás, muito elucidador a este respeito, pois
mostra o caráter cíclico do desenvolvimento de coleções, sem
que uma etapa chegue a distinguir-se das outras. Estão todas em
pé de igualdade, girando em torno de um pequeno círculo onde
se situam os bibliotecários responsáveis pelo desenvolvimento
da coleção. Ao redor dos componentes do processo, servindo
como subsídio a todos eles à exceção única a da etapa de
aquisição -, encontra-se a comunidade a ser servida. Desta
forma, o modelo cobre o processo inteiramente, não se
limitando a tratar o desenvolvimento de coleções como se fosse
apenas as atividades de seleção e aquisição, erro muito comum
em que incorrem bibliotecários desprevenidos. A figura é
bastante esclarecedora por mostrar que este é um processo
ininterrupto, sem começo ou fim, tendo necessariamente que se
tornar uma atividade rotineira das bibliotecas, garantia única
para sua total efetividade. Procura o bibliotecário norte-
americano demonstrar que todas as etapas devem
necessariamente estar presentes em toda e qualquer biblioteca,
como atividades normais e rotineiras como são a catalogação, a
classificação, o empréstimo e a elaboração de relatórios não
procedendo, absolutamente, aquela velha desculpa, tão
utilizada pelos bibliotecários, de que não realizam uma ou outra
etapa ou fase do processo de desenvolvimento de coleçõesm,
usualmente a avaliação ou o estudo de comunidade – por
absoluta falta de tempo (VER- GUEIRO, 1989, p. 16-18).
Desta forma, Vergueiro (1993) afirma que a formação e
desenvolvimento de acervos possui um modelo sistêmico e que
demanda do bibliotecário posturas e não execuções estanques:

a) POSTURA DE AQUISIÇÃO caracterizada pela confiança na


seleção de novos materiais, realizada externamente à
biblioteca, é, praticamente, uma postura em que os
bibliotecários exercem pouquíssimo controle sobre a
coleção, pelo menos no sentido de direcioná-la para um
determinado objetivo. Existe apenas, como indício da
existência do mesmo, no máximo um perfil para aprovação
do material, estabelecido em bases bastante amplas.

b) POSTURA DE SELEÇÃO procura concentrar nos


bibliotecários a responsabilidade pelo desenvolvimento da
coleção, apesar de seleções realizadas externamente à
biblioteca poderem ser aceitas, ou, mesmo, eventualmente
solicitadas. Existe um tipo de ligação entre usuários e
bibliote- cários responsáveis pela seleção. Isto, geralmente,
facilita o estabelecimento de uma política para o
desenvolvimento da coleção, embora se possa afirmar que as
atividades rotineiras de seleção tendem a deixar aos
bibliotecários pouco tempo disponível para participação do
desbastamento sistemático ou outros projetos.

c) POSTURA DE ADMINISTRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE


COLEÇÕES caracteriza-se pela distribuição das tarefas e
responsabilidades envolvidas neste objetivo entre os
bibliotecários com formação acadêmica em áreas de
assunto específicas. Existe, nesta última postura, uma
articulação quase que completa, por um lado, entre a política
e o desbastamento sistemático e, por outro, a análise do
orçamento, alocação e controle de recursos financeiros e
informacionais.

METODOLOGIAS DE PDC.

Na literatura existem os termos instrumentos auxiliares de


desenvolvimento de coleções e instrumentos auxiliares de
seleção. É muito importante não confundir os dois entre si.
 Os IA para os PDC são as metodologias, p. ex.,
metodologia Conspectus, parâmetros do INEP, etc.

 IA para a etapa de seleção podem ser catálogos de


editoras, listas de assinatura de periódicos de outras bibliotecas
cooperantes, etc.
Portanto, aliando o modelo de PDC à metodologia, existe
uma direção qualitativa e quantitativa do desenvolvimento da
coleção.
Instrumentos auxiliares x instrumentos metodológicos. No
Plano de Desenvolvimento de Acervos da Câmara dos Deputados,
em seu Art. 7º, “São instrumentos auxiliares de seleção a serem
utilizados na aplicação da Política de Desenvolvimento de
Coleções:
I – a Tabela dos Níveis de Profundidade;

II – a Matriz de Assuntos;

III – as Planilhas de Pontuação das Coleções (BRASIL,


2014).

A METODOLOGIA CONSPECTUS

foi desenvolvida em 1983 pelo Research Libraries Group


(RLG), hoje incorporado à Online Computer Library Center
(OCLC). A metodologia é recomendada pela International
Federation of Library Associations and Institutions (IFLA) e
propõe uma forma equilibrada de aquisição e avaliação do
material informacional considerando-se os objetivos
institucionais. O processo consiste no estabelecimento de uma
lista de assuntos de interesse específicos da biblioteca e de uma
escala de pontos os níveis de profundidade que combinados
constituem uma matriz de assuntos”.
O termo Conspectus, em inglês, significa um levantamento
geral por assunto, uma sinopse, uma revisão, um resumo, um
levantamento (survey) ou fazer uma revisão geral. São 24
divisões (grandes áreas temáticas), que foram transformadas
em 32 pela OCLC, em 500 subáreas e 7000 descritores. Essa
metodologia está descrita, de forma sucinta, no documento
Guidelines for collection development policy using the
Conspectus model, publicado pela International Federation of
Library Associations and Institutions (IFLA); consta também de
documentos da American Library Association (ALA) e da Online
Computer Library Center (OCLC) (CARIBÉ, 2014).

Em 1979, foi publicado pela ALA o Guidelines for Collection


Development, que consistiu no primeiro esforço de
desenvolver um vocabulário compartilhado para descrever
intensidade força (strength) da coleção utilizando níveis. Esse
trabalho definiu cinco níveis, os quais podem ser aplicados à
coleção existente densidade da coleção (collection density) e à
atividade de coleta da coleção intensidade (collection
intensity) (CARIBÉ, 2014).

Inicialmente, o Conspectus foi desenvolvido como um


instrumento para auxiliar a construção de coleções de maneira
cooperativa. Porém, a metodologia expandiu para servir,
também:

 como instrumento para o planejamento do empréstimo


entre bibliotecas; como um documento público para o uso
pela instituição;

 como instrumento de relacionamento com o público e


para negociação de orçamentos;

 como uma estrutura sobre a qual desenvolve-se a


política de desenvolvimento de coleções;
 como estímulo para buscar financiamentos; como
instrumento de treinamento;

 Como uma fonte para creditar a informação;

 Como um meio para dar segurança ao bibliotecário, e


como base para distribuição e preservação de
responsabilidades (BUSHING, 2001; TALAVERA IBARRA,
2005 apud CARIBÉ, 2014)

ATENÇÃO! No início deste artigo existe menção aos cinco níveis iniciais
do Conspectus o que é um “peguinha” recorrente em concursos
públicos, pois que mais à frente desta literatura existe a explicação
para níveis atuais da metodologia.

1. (SEE-DF/CESPE/2016) Um dos principais modelos para a estruturação de


coleções, o Conspectus orienta que os temas e assuntos das coleções sejam
agrupados em cinco níveis: completeza, pesquisa, estudo, básico e mínimo.
Resposta: ERRADO.

Em 1979, foi publicado pela ALA o Guidelines for Collection Development, que
consistiu no primeiro esforço de desenvolver um vocabulário compartilhado para descrever
intensidade-força (strength) da coleção utilizando níveis. Esse trabalho definiu cinco níveis,
os quais podem ser aplicados à cole- ção existente – densidade da coleção (collection
density) e à atividade de coleta da coleção – inten- sidade (collection intensity). Esses
níveis eram: A – Nível abrangente (Comprehensive Level); B – Nível de pesquisa (Research
Level); C – Nível de estudo (Study Level), D – Nível básico (Basic Level) e E
– Nível mínimo (Minimal Level).

Nesse ambiente, um grupo de bibliotecas que formavam o Research Library Group (RLG),
aperfei- çoou o trabalho da ALA, invertendo a ordem dos níveis e acrescentando mais um
nível – fora do es- copo (out-of-scope).

O Conspectus compreende um conjunto de divisões, categorias e descritores de


assunto organiza- dos hierarquicamente. São 24 divisões (grandes áreas temáticas), que
foram transformadas em 32 pela OCLC (ver Anexo A), que são subdivididas em categorias
(sub-áreas temáticas) em torno de 500 (ver exemplo no Anexo B), que por sua vez também
são subdivididas em descritores, hoje aproxi- madamente 7000.

Atualmente,

Nível 0 (zero) – fora de abrangência (Out of scope);


Nível 1 (um) - nível mínimo de informação (Mi- nimal level);
Nível 2 (dois) nível básico de informação (basic information
level);
Nível 3 (três) - nível de apoio instrucional ou estudo (study or
instructional support level);
Nível 4(quatro) - nível de pes- quisa (research level);
Nível 5 (cinco) – nível abrangente (comprehensive).

Assim, além de inverter, passou a ser do menor para o maior


nível de abrangência, foram atribuídos números (0 a 5) ao invés
de letras (A ao E) e inseridos subníveis.

NÍVEIS DE INDICADORES DE PROFUNDIDADE

Para cada divisão, categoria ou assunto são utilizados


indicadores de profundidade (ver anexo B). O RLG Conspectus
incluiu cinco níveis de indicadores de profundidade para descrição
da coleção, que são considerados os indicadores básicos (zero,
um, dois, três, quatro e cinco). Entretanto, com o objetivo de
possibilitar a utilização por outros tipos e tamanhos de bibliotecas
o WLN Conspectus incluiu subdivisões (1a, 1b, 2a, 2b, 3a, 3b)
perfazendo um total de 10 indicadores de profundidade de cole-
ção (CARIBÉ, 2014). As bibliotecas que desejarem utilizar o
modelo Conspectus num projeto cooperativo ou individualmente
devem determinar, inicialmente, se utilizarão a escala de cinco
níveis ou a esca- la expandida de 10 níveis:

Fora de
Nível 0 (Out)
abrangên
A a
cia
1a cobertura
desigual
Nível 1 Nível mínimo de
(mínimo) informação
1b cobertura
focada

2a Básico p/

Nível básico de introdução


Nível 2 (básico)
informação
2b Básico p/
Níveis
avançado

3a Introd.
Support

Nível 3 Nível de suporte 3b Interm.


(suporte) à instrução
Support

Nível 4 Nível de 3c advanced


(research) pesquisa Support

Nível 5 Nível de
(abrangente) Compreensão
Nível 0 (zero) – Out Nível 1 (um) - Mini- Nível 2 (dois) – Basic Nível 3 (três) - Instrucional
of scope. mal Level Level support

A biblioteca, inten- São coleções muito São as coleções que


São coleções que fornecem
cionalmente, não limitadas de materiais servem para apresen-
informação sobre um assunto
coleta materiais em gerais, podendo inclu- tar, introduzir e definir
de forma sistemática, mas em
nenhum formal ir monografias e obras uma área temática para
um nível mais inferior de in-
sobre um determi- de referência, que dão indicar os tipos de in-
tensidade do que para aten- der
nado assunto geral suporte ao atendi- formação disponíveis
à pesquisa.
ou específico. mento mínimo. em outros lugares.

2a 2b 3a 3b 3c
1a 1b
Nível bá- Nível bási- Nível Nível Nível
Cobertura Cobertura
sico, In- co, avan- introd. interm. advanced
desigual3 focada4
trod. çad. support support support

Nível 4 (quatro) – Research Level Nível 5 (cinco) - Comprehensive

São as coleções num campo de conhecimento especi-


As coleções nesse nível devem conter as principais
ficamente definido, empenhadas em serem exausti-
fontes necessárias para o desenvolvimento de pro-
vas até o razoavelmente possível (i.e., coleções espe-
gramas de doutorado e pesquisa independente.
ciais), em todos os idiomas aplicáveis.

Nível 1a - nível mínimo de informação, cobertura desigual


(uneven coverage) Poucas seleções e uma representação pouco
metódica e não sistemática dos assuntos; os suportes são
limitados e há necessidade de serviços específicos; a coleção é
coerentemente mantida apesar da cobertura ser limitada.
4Nível 1b - nível mínimo de informação, cobertura focada
(focused coverage) Poucas seleções, mas uma representa- ção
sistemática dos assuntos, deve incluir autores básicos, alguns
trabalhos clássicos e básicos e um amplo espectro de pontos de
vista. A coleção deve ser mantida com coerência.

Indicadores de abrangência da coleção em relação ao idioma

Os indicadores de idiomas foram revisados com o objetivo


de poderem ser utilizados em diversos países e culturas, e se
constituem na mais importante mudança introduzida no RLG
Conspectus. A abrangência do idioma está ligada, diretamente,
com os níveis de indicador de coleção (CARIBÉ, 2014).

D = (dual) duplo idioma ou dois idiomas primários


predominantes, com pequeno ou nenhum material em outro
idioma.
Ao organizar os dados jurídicos, as bibliotecas jurídicas assumem o
importante papel aglutina- dor de conhecimentos, com o objetivo de subsidiar
decisões processuais em curso e auxiliar os juristas no cumprimento da justiça.
(DPU/CESPE/2016) A partir dessas informações, julgue os itens seguintes, a
respeito do de- senvolvimento de coleções.
2. A metodologia Conspectus é um instrumento de apoio à elaboração de
políticas de descarte de coleções; as decisões devem estar estruturadas por áreas
temáticas para indicar a intensi- dade ou a profundidade da coleção a ser
descartada.
Resposta: ERRADO.

A metodologia Conspectus é um instrumento de apoio à elaboração de políticas de desenvolvimento de


coleções. Por isso, o documento da IFLA se refere às políticas de acervamento, conforme consta na
bibliografia deste livro.
Observe:
A principal tarefa da biblioteca é selecionar, manter e fornecer acesso a informações rele-
vantes e recursos de informação representativos. Devido à evolução tecnológica, as biblio-
tecas estão passando de estratégias de holdings ("apenas no caso") para acessar ("just in
time") (IFLA, 2001, tradução nossa).

3 - A Política de Desenvolvimento de Coleções é um documento que estabelece


critérios para ga- rantir a qualidade e a credibilidade da coleção no tocante à
tomada de decisões relacionadas à incorporação ou à retirada definitiva de
materiais pertencentes ao acervo.
Correto
Conforme o documento da IFLA, o plano de desenvolvimento de coleções serve
muitas fun- ções além de ser apenas uma ferramenta para seleção de materiais. Além
de descrever as coleções atuais, força a equipe envolvidos para (re) considerar as metas
e objetivos da organização, tanto a longo como a curto prazo, e as prioridades a serem
associadas a diferentes atividades.
4- As operações de seleção e aquisição, a qualquer momento e desde que
estejam na cadeia documental, permitem criar e manter o fundo documental e o
conjunto de documentos neces- sários para responder às demandas de informação
e aos objetivos da instituição mantenedora.
Resposta: ERRADO.

Essa questão está incorreta por causa da expressão “instituição mantenedora” e de tentar induzir o
candidato na assertiva de que o processo de seleção e desenvolvimento de acervos, em uma biblioteca,
está em função de questões financeiras e da instituição mantenedora. O planejamento de acervos está
em função da comunidade usuária.

O planejamento e desenvolvimento de coleções PDC auxilia no orçamento, serve como canal de


comunicação dentro de uma biblioteca e entre a biblioteca e os componentes externos, apoia o
desenvolvimento de coleções cooperativas, impede a censura e auxilia nas atividades de gerenciamento
de coleções, incluindo o manuseio de doações, a de seleção de materiais e cancelamentos em série (IFLA,
2001, tradução nossa).
Porém, é um erro achar que o PDC está em função de questões orçamentárias.

5- As bibliotecas, por meio de suas políticas de desenvolvimento, formação e


manutenção de acervos, deverão contemplar a crescente cooperação e o
compartilhamento ao acesso remo- to de informação.
Resposta: CERTO.

A principal razão para escrever uma política de desenvolvimento de coleção é evitar que a biblioteca seja
impulsionada por eventos ou por entusiasmos individuais e da compra de um conjunto aleatório de
recursos, que pode não suportar a missão da biblioteca (IFLA, 2001, tradução nossa).
Desta forma, é coerente ver as políticas de desenvolvimento, formação e manutenção de acervos
contemplar a crescente cooperação e compartilhamento de recursos.
POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES

Existem diversos aspectos para se tratar neste tópico. Aqui


seremos gradativos, ou seja, na mesma sequência que é dada para
o setor de desenvolvimento de coleções, os mesmos passos a
serem considerados para se chegar à política de coleções:

1 – FILOSOFIA E DISCIPLINA FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO


DE ACERVOS (FDA)

Conforme visto anteriormente a disciplina de FDA, comum


nos cursos de graduação de biblioteconomia, com esta
nomenclatura, foi se reinventando e assimilando novas
abordagens. A partir dos anos 1990 o viés da FDA era voltado para
estudos de uso e usuários, bem como para se avaliar uma
biblioteca ou unidade de informação. Você se lembra das infinitas
laudas de Lancaster (2004) sobre o assunto de desseleção de
periódicos?

Então, isso se dá porque na biblioteconomia norte-americana


houve um processo de transferência dessa prática, de um aspecto
voltado para identificação das fontes, produtos e serviços de
uma unidade de informação, para um viés estratégico e
gerencial, onde se insere novas literaturas e jargões acadêmicos
da área administrativa. Alguns cursos resolvem isso colocando a
disciplina de FDA para o final do curso, sem precisar mudar esse
nome. No final da graduação o aluno em contato com diversas
matérias gerenciais, e aí podem aproveitar esse estudo em prol
dessa transferência de visão da função biblioteconômica FDA.
Você também viu que eu provei com a questão da ABIN/2017,
elaborada pelo CESPE, quando ela cobrou de ti essa visão – A FDA
sai do eixo dos estudos de uso e usuários, apenas, e vai também
para o eixo da gestão e do planejamento
bibliotecário e passa a se denominar Planejamento e Desen-
volvimento de Coleções PDC. A banca quis saber se você estava
ligado nesta mudança de nomenclatura.

Porém, eu não quero que você esqueça que os estudos de


uso e usuários ainda são essenciais para o PDC, sem ele,
inclusive, não se faz planejamento, é o que Almeida (2005) trata
“o diagnóstico e a avaliação são funções essenciais do
planejamento”. Observe a seguir o quanto conhecer a
comunidade usuário ainda é fundamental para o PDC.

PADRÕES DE IMPACTO NA POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE


SELEÇÃO:
Considerando o modelo desenvolvido por Evans, podem ser
constatadas as seguintes especificidades (Evans, 1995 apud
VERGUEIRO, 1997, p. 16):
a) Bibliotecas públicas ênfase na análise da comunidade: possuem uma clientela mais
dinâmica, diversificada, que deve ser acompanhada com bastante atenção devido às
mudanças de gostos e interesses.

b) Bibliotecas escolares ênfase na seleção e desbastamento: existem para dar suporte às


atividades pedagógicas das unidades escolares nas quais se localizem. Mais que isto:
devem estar integradas ao processo educacional.

c) Bibliotecas universitárias ênfase no desbastamento e na avaliação: devem atender


aos objetivos da universidade, a saber, o ensino, a pesquisa e a extensão de serviços à
comunidade.

d) Bibliotecas especializadas ou de empresas ênfase na seleção: existem para atender


às necessidades das organizações a que estão subordinadas e por isso mais do que
qualquer uma das outras anteriormente citadas têm seus objetivos muito mais bem
definidos.

Isso implica que políticas de coleção estão mudando significativamente e


que as bibliotecas precisam disseminar informações sobre suas políticas
de coleção. Uma declaração de política é uma estrutura e conjunto de
parâmetros dentro dos quais a equipe e os usuários colaboram (IFLA,
2001, tradução nossa).

Assim, os usuários são parte integrante do processo de


planejamento e desenvolvimento de coleções. Desta forma, por
meio da integração de recursos humanos, materiais e
financeiros, e em colaboração com a comunidade, o PDC se
transforma numa função bibliotecária de importância
estratégica.
Desta forma, temos:
FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE ACERVOS FDA – sua
função gerencial principal está atrelada a estudos de uso e
usuários, avaliação de bibliotecas e de produtos e serviços de
informação.

PLANEJAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE COLEÇÕES PDC –


assume funções gerenciais de planejamento, técnicas de matriz
SWOT, organização e métodos gerenciais, bem como outras
ferramentas analíticas essenciais para seu desenvolvimento e
implementação:

Estudo de Planeja-
Uso e mento,
Usuários + Organização
Avaliação de e Metodos
Bibliotecas gerenciais
Observe que o PDC possui um documento gerencial
importante que é a POLÍTICA DE DESENVOLVIMENTO DE
COLEÇÕES da Unidade de Informação. Quando uma biblioteca ou
unidade de informação possui um documento desta natureza
quer dizer que ela assume um compromisso com a comunidade
usuária e passará a agir em prol das diretrizes alinhadas neste
instrumento. A política é uma declaração de um conjunto de
parâmetros que serão estratégicos e decisivos para a Unidade de
Informação, conforme o guia de desenvolvimento de coleções
emanado pela IFLA em 2001.

Um conhecido defensor da Política de Desenvolvimento de


Coleções e da disseminação desta noção e esclarecimento da
classe bibliotecária, no Brasil, é Waldomiro Vergueiro. Em
Vergueiro (2010) existe um quadro desta evolução na
biblioteconomia brasileira, pois, outrora, as bibliotecas se desen-
volviam na tentativa e erro. Quero te mostrar algo:

1970 Evans, ALA 1989 Vergueiro 2000 IFLA 2010 Vergueiro

A partir de 1989 W. Vergueiro começa a publicar artigos,


livros e trabalhos acadêmicos de forma a elucidar a comunidade
bibliotecária da importância desta atividade. O autor envolve a
comuni- dade acadêmica e ganha força com outros autores como
Witzel, Miranda, etc. E, por mais de uma década, os pesquisadores
ficam à frente desta causa. É importante lembrar que o primeiro
Guidelines for Collection Development foi publicado em 1979
pela American Library Association ALA. O documento já trazia
importantes menções à planejamento, forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças de uma coleção, entre outros.

No ano 2000 a International Federation of Library


Associations and Institutions IFLA lança o Guidelines for collection
development policy using the Conspectus. Então, atenção, para
não errar mais:

Guidelines da ALA, em 1979


Guidelines da IFLA, em 2000

Em 2010 W. Vergueiro reforça ainda mais conceitos


importantes na sua obra seleção de materiais de informação.
Quando se insere ‘materiais de informação’ no contexto do PDC,
entramos na terceira via, a da gestão de estoques de informação:

GESTÃO DE ESTOQUES DE INFORMAÇÃO – a evolução da


função bibliotecária de acervamento é complementada com a
GEI pensando na ampla disponibilidade de informações
disponíveis na Web e nas novas demandas de
avaliação dessas fontes.

Estudo de Uso e
Usuários +
Avaliação de
Bibliotecas

Planeja-
mento,
Gestão da
informação ganização e
Or
Metodos
gerenciais
É interessante lembrar que a Ciência da Informação passou
por muitas mudanças em seus paradigmas e um deles era,
inclusive, a inserção da noção de ciclo informacional,
necessidades de informação e estrutura comunicador e
comunicado. Assim, a evolução da noção de desenvolvimento de
acervos foi tal que, atualmente, se refere a uma das principais
funções da biblioteconomia, ao lado do serviço de referência e
do desenvolvimento de competências informacionais nos
usuários.

Continuando com nosso roteiro, temos:

MODELOS DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE ACERVOS

Já vimos que os modelos apresentados refletem essa


evolução dos modelos de FDA com técnicas e entendimentos
gerenciais. Foram apresentados os modelos: hierárquico,
estruturalista e sistêmico. O sistêmico de Evans está alinhado
com o primeiro Guidelines da ALA, ambos publicados em 1979.
O modelo sistêmico de Evans é o mais recorrente em concursos
públicos, embora exista alguma menção a outros modelos
apresentados.
A maior contribuição do modelo sistêmico de Evans é
integrar e transparecer que o estudo da comunidade e as etapas
da FDA (seleção, aquisição, avaliação e desbastamento)
possuem uma continuidade cíclica e uma co-dependência com a
visão anterior. Assim, as contribuições no planejamento de
acervos acrescentam, jamais são deixadas de lado.
Novamente, a maior recorrência nos concursos públicos é o
fato da setinha que vai da comunidade aos processos de PDC
inexistir na etapa de aquisição. É tipo uma fixação das bancas isso
daí.

Observe que esses autores apresentados nas tabelas tratam


de modelos empíricos da prática biblioteconômica. E, a partir dos
modelos hierárquico, estruturalista e sistêmico começa a se
inserir um método padronizado para a percepção e
sistematização desses padrões práticos observados por esses
autores. Perceba que o lançamento do Guidelines da IFLA, em
2000, é uma mudança de paradigma importante, pois mostra a
evolução entre a busca de um modelo, seu aperfeiçoamento e a
apresentação de uma metodologia sofisticada, a Conspectus.

ETAPAS DA FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE ACERVOS

Um sistema de serviço ao público, efetuado mediante um


processo de tomada de decisões que leva a uma determinação da
aquisição e retenção dos materiais. A figura do guarda-chuva
retrata a relação entre o processo e a política de desenvolvimento
de coleções em bibliotecas, onde os números correspondem às
etapas que se articulam continuamente.
SÃO ETAPAS:

1. Estudo da comunidade;
2. Política de seleção;
3. Seleção;
4. Aquisição;
5. Desbastamento;
6. Avaliação.

A metáfora do guarda-chuva de Weitzel (2013) possui as mesmas


etapas do processo de Evans.

METODOLOGIAS FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE ACERVOS.

Nós vimos a metodologia Conspectus, e realmente indico que


você se dedique a ela e se aprofunde nela. Então, estamos quites
com ela nessa revisão.

Outra metodologia bastante utilizada no Brasil é os


parâmetros do INEP que foram revisados em 2018.

Existiam indicadores quantitativos ligados ao INEP: relação


de títulos em bibliografias básicas e complementares por
disciplina, quantidade de exemplares por alunos, acesso a bases
de dados, disponibilidade de assentos na biblioteca, etc., tudo
isso para autorização e credenciamento de cursos supe- riores.
Atualmente, os parâmetros do INEP estão mais alinhados com a
evolução do modelo de FDA para a Conspectus e todos esses
indicadores passaram a ter mais peso no aspecto qualitativo
também.

PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE ACERVOS

Assim como a Conspectus e os parâmetros do INEP temos


uma interessante iniciativa de W. Vergueiro que traça as oito
funções do processo de formação de acervos, lembra dos oito
passos do serviço de referência? Então, deve ser nosso número...

8 FUNÇÕES DO PROCESSO DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO


DE ACERVOS:

1) PLANEJAMENTO e elaboração de políticas processo de


identificação e implementação de planos de ação em relação
à coleção, incluindo, como parte integral e central, o estabele-
cimento de uma declaração formal de política para o
desenvolvimento da mesma;
2) ANÁLISE DE COLEÇÕES avaliação dos pontos fortes e fracos da
coleção utilizando-se de me- didas objetivas;
3) SELEÇÃO DE MATERIAIS uma função importantíssima devido à
natureza expansiva da maio- ria das coleções de pesquisa, que
tende a modificar-se com a aplicação cada vez maior de
programas de aquisição on approval,
4) MANUTENÇÃO DA COLEÇÃO também de nominada re-
seleção, abrange os trabalhos de deci- são sobre quais
materiais na coleção devem ser preservados, descartados ou
armazenados para melhor servir às necessidades cios usuários
presentes e futuros.
5) ADMINISTRAÇÃO FISCAL vai incluir toda a atividade de
controle de orçamento e alocação de recursos para aquisição
de materiais;
6) CONTATO COM USUÁRIO à medida que se tornam cada vez mais
complexas as necessidades e exigências dos usuários;
7) COMPARTILHAMENTO de recursos não pode mais ser visto
como atividade extra à qual nem sempre correspondem
benefícios suficientemente compensadores.
8) AVALIAÇÃO DO PROGRAMA os planos, políticas,
procedimentos e pessoal envolvido no desenvolvimento de
coleções precisam ser periodicamente avaliados com a
finalidade de verificar sua adequação à comunidade e aos
objetivos da instituição.

Entretanto, é interessante você saber! A Conspectus e os


parâmetros do INEP agem na metodologia de desenvolvimento
do acervo de maneira plena, ou seja, eles entram em assuntos de
quantidade, profundidade, representatividade de assuntos,
cobertura, etc.

Mas, devemos lembrar que mesmo as oito funções não se


apresentando assim, com foco na representatividade de assuntos,
profundidade e quantidade, o seu idealizador tem sólidos
trabalhos com os critérios de seleção. E é exatamente aqui que
vemos o gancho para implementar uma metodologia com foco no
conteúdo de uma coleção.
SÃO CRITÉRIOS DE SELEÇÃO CONVENCIONADOS POR
VERGUEIRO (1998, 1995 E 2010):

CONTEÚDO
Autoridade
Precisão
Imparcialidade
Atualidade
Cobertura
Tratamento

USUÁRIO
Conveniência
dioma
Relevância
Interesse
Estilo

DOCUMENTO
Físicas (características)
Especiais (aspectos)
Contribuição Potencial
Custo
Das metodologias apresentadas a Conspectus é alinhada
com princípios internacionais de entidades e associações
bibliotecárias.

DOCUMENTO DE FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE ACERVOS.

O desenvolvimento de coleções deve estar sintonizado com


os objetivos de cada tipo de biblioteca. Os usuários também
desempenham relevante papel nessa atividade. Ao se iniciar o
processo de desenvolvimento de coleções, devemos
primeiramente realizar um estudo da comunidade a que se
destina a biblioteca. Concluído o diagnóstico, serão tomadas
algumas decisões que conduzirão o processo de
desenvolvimento de coleções (Maciel, 2000, Apud PASSOS, 2004,
p. 141).

Assim, o documento ‘Política de Desenvolvimento de


Coleções’ segue os ritos a seguir:

 Indicação do responsável pelo processo de seleção, que


pode ser o bibliotecário ou uma comissão constituída pelo
bibliotecário e outros membros nomeados pelo dirigente da
instituição mantenedora;
 Definição das áreas abrangidas no acervo;
 Indicação do material que irá compor o acervo,
independente do seu suporte físico ou eletrônico;
 Estabelecimento de critérios e prioridades que
orientarão todo o processo, desde as decisões nas etapas de
seleção e aquisição, bem como no desbastamento da coleção,
indicando o que de- ve ser transferido para depósitos especiais
ou mesmo ser descartado;
 Estabelecimento de diretrizes para a avaliação das
coleções, com indicação da periodicidade em que deverá
ocorrer;
 Definição da quantidade de exemplares por título,
especialmente para as coleções de uso correntes;
 Estabelecimento de diretrizes para a preservação e
conservação do acervo, considerando-se as condições
ambientais ideais para cada tipo de documento;
 Determinação de prazos para revisão das políticas
(ROBREDO; CUNHA, 2005; Evans, 1995 apud VERGUEIRO,
1997).

O documento ‘Política de Desenvolvimento de Coleções’ é


constituído da seguinte estrutura:
INTRODUÇÃO.
Identificação da biblioteca e instituição mantenedora;
Descrição dos objetivos da biblioteca e caracterização do público-alvo;
Identificação dos responsáveis pela seleção, inclusive a composição da comissão de
seleção, quando existir.
Descrição pormenorizada das atividades de seleção.

INSTRUMENTOS AUXILIARES UTILIZADOS.


Catálogos de editora;
Bibliografia; Resenhas;
Outras fontes de seleção.

CRITÉRIOS GERAIS DE SELEÇÃO.


Assuntos de interesse;
Aspectos qualitativos;
Aspectos físicos.

POLÍTICAS ESPECÍFICAS.
Coleções especiais (recursos eletrônicos, multimeios)
Doações Duplicação de materiais Substituições
Reconsideração de decisões

ANEXOS:
Fluxograma das atividades de seleção Formulário para sugestões
Formulário para decisões Recibo de doações
Formulário para reclamações ou reconsiderações de decisões
INTRODUÇÃO

A principal razão para escrever uma política de


desenvolvimento de coleção é evitar que a biblioteca seja
impulsionada por eventos ou por entusiasmos individuais e da
compra de um conjunto aleatório de recursos, que pode não
suportar a missão da biblioteca. Além disso, os recursos
eletrônicos estão se tornando cada vez mais importante para
bibliotecas de todos os tipos e tamanhos, e estão consumindo
parte dos orçamentos das bibliotecas. Por conseguinte, as
decisões de selecção relativas à informação electrónica recursos
também devem ser feitos dentro de uma política explícita de
desenvolvimento de coleções. Isso pode ser uma política
separada ou integrada (IFLA, 2001).

Os primeiros elementos de uma política de desenvolvimento


de coleção serão uma:
 declaração de missão da biblioteca,
 objetivo desta política
 público a quem ela é endereçada.

Deve também incluir breves:


 declarações sobre a comunidade ou grupo (s) de
usuários;
 descrição dos tipos de programas coleção que a
biblioteca serve;
 o tamanho da coleção (incluindo o número de
periódicos, volumes monográficos, recursos eletrônicos,
idiomas representados);
 uma descrição orçamentaria que a biblioteca custeará
nos diferentes tipos de recursos de informação;
 e qualquer acordos formais e informais de cooperação
que afetam a política ou práticas de coleta (IFLA, 2001).

DECLARAÇÕES GERAIS

Aqui serão listadas as características que determinam a


direção do desenvolvimento da coleção como:
 foco atual somente ou também aquisições
retrospectivas;
 os tipos de recursos (monografias, periódicos, teses,
literatura cinzenta, mapas, etc.);
 línguas; formatos (impresso, não impresso ou
eletrônico);
 fontes especiais de financiamento (um subsídio ou
doação de um doador);
 política relativa presentes e quaisquer políticas
especiais relativas à manutenção (desbaste, descarte,
preservação) coleção;
 e tamanho das coleções.

Outras declarações podem ser sobre como as reclamações


são tratadas; se houver uma equivalente à "Declaração de
Direitos da Biblioteca"; sobre outras políticas relevantes; que
limitações existem que assuntos ou áreas não são
intencionalmente coletados, etc.
DECLARAÇÕES NARRATIVAS

Cada instituição, incluindo sua comunidade e outros


constituintes, é única. Portanto, sua política declarações serão
únicas. As declarações de política devem refletir essa biblioteca
específica e comunidade que serve (IFLA, 2001).
 Declarações devem ser feitas de coleções especiais de
assunto ou formato que representem materiais e para os
quais se aplicam diretrizes especiais e quais formatos são
excluídos.

 O âmbito da cobertura deve ser descrito (línguas


recolhidas ou excluídas; localização geográfica áreas
abrangidas e / ou áreas específicas excluídas; períodos
cronológicos abrangidos pela coleção em termos de
conteúdo intelectual e em termos de datas de publicação
e períodos excluídos).

 Os assuntos devem ser descritos em termos do


esquema de classificação e assunto da biblioteca e seus
descritores.

 Unidade de biblioteca ou seletor responsável pela (s)


coleção (s).

 Outras categorias de informações locais úteis, como


relações interdisciplinares; relações consorciadas; políticas
para obter acesso à informação.

 Outros fatores de importância local.


PERFIS DE ASSUNTO

Esta seção da política é baseada na avaliação da coleta


(também conhecida como coleta e avaliação periódica) e
necessita de atualização periódica para refletir o progresso em
direção a metas ou para mudar as circunstâncias. A apresentação
preferida é um conjunto de relatórios de consenso, que inclua
todas as informações de coleta apropriadas. Conspectus significa
uma visão geral ou um resumo de intensidade de coleta -
organizadas por assunto, esquema de classificação ou
combinação de ambos, e contendo códigos padronizados para os
níveis de coleta e línguas dos materiais recolhidos (IFLA, 2001).
Esse consenso é uma sinopse da coleção de uma biblioteca ou
de uma visão geral ou política de desenvolvimento de coleção
coordenada do consórcio ou da rede. O primeiro Conspectus foi
desenvolvido pelo Research Libraries Group (RLG) e foi
subsequentemente adaptado por outros grupos como o WLN
(Western Library Network). A informação deve ser fornecida para
cada divisão de Conspectus (24), categoria (500) e sujeito (4000)
avaliado pela biblioteca. A avaliação é realizada por uma série de
etapas que incluem planejamento, coleta de dados, atribuição
de indicadores de profundidade de coleção (ou níveis) e códigos
de idioma. Esta informação é usada gerir os recursos da
biblioteca e tomar outras decisões relevantes para o público em
geral (IFLA, 2001).
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE COLEÇÕES

Os dados descrevem de forma sucinta a força e profundidade


de coleções existentes e fornece uma base sobre a qual atribui
níveis de coleta. Algumas técnicas são essenciais e devem ser
usadas consistentemente, enquanto outras são valiosas sob
certas circunstâncias e nem sempre é necessário. Cabe ao
indivíduo conduzir a avaliação para selecionar os métodos, que
serão utilizados para cada segmento da coleção. Esta decisão
baseia-se na disponibilidade de dados, na quantidade de pessoal
e em outro suporte disponível, e a meta para o resultado final
(como será usado na biblioteca / instituição). As técnicas
disponíveis para avaliação de coleções podem ser divididas em
dois grupos:
 aqueles que são centrados na coleção
 aqueles centrados no usuário.
 Técnicas centradas na coleta examinam o conteúdo e
as características dos recursos de informação, a fim de
determinar o tamanho, a idade, escopo e profundidade da
coleção em comparação com um padrão externo.
 Técnicas centradas no cliente descrevem como a
coleção é usada e indicam a eficácia da coleção em relação
ao uso. É provável que a avaliação da coleta seja mais
precisa e produza mais resultados úteis quando
combinações de técnicas centradas no cliente e na
coleção, incluindo resultados quantitativos e qualitativos
são empregados na coleta de dados e processo de
descrição (IFLA, 2001).
MEDIDAS QUANTITATIVAS

Medidas quantitativas revelam tamanho, idade, uso, custos


e outros dados numéricos. Exemplos de medidas quantitativas
incluem inventário, ou medidas de lista de prateleira para
determinar o título real ou contagens de volume, por segmento
ou área de assunto. Idade mediana ou medidas se- melhantes
indicam os materiais. Valor gasto para aquisições em um
segmento ou área de assunto por ano ilustra o compromisso
contínuo de desenvolver essa área. Percentagem de títulos
pertencentes a uma biblioteca quando comparada a uma lista
padrão mostra a amplitude e a profundidade da cole- ção. Usar
as estatísticas (incluindo o uso interno da biblioteca) são ambas
as técnicas centradas na coleção e no cliente (IFLA, 2001).

MEDIDAS QUALITATIVAS

As medidas qualitativas são obtidas por meio de avaliação


subjetiva e envolvem o julgamento profissional de
bibliotecários, avaliação de especialistas, ou a opinião de
clientes. Estes técnicas incluem impressões da condição, caráter
e adequação de uma seção de a coleção. Outra técnica
qualitativa é o julgamento feito pela comparação de um assunto
na coleção para um assunto semelhante em outra biblioteca, ou
para uma bibliografia de assunto (IFLA, 2001).
INDICADORES DE PROFUNDIDADE DA COLEÇÃO

Os indicadores ou níveis de profundidade da coleção são


valores numéricos usados para descrever atividades e objetivos.
Três aspectos do gerenciamento de coleções são considerados:

 nível de coleta,
 compromisso de aquisição
 meta de coleta.

0 = fora do escopo
1 = nível mínimo de informação
2 = nível de informação básica
3 = nível de apoio ao estudo ou instrução
4 = nível de pesquisa
5 = nível abrangente

CÓDIGOS DE IDIOMA (RLG)

E: Material da língua portuguesa predomina; pouco ou


nenhum material de língua estrangeira está na coleção.
F: Material de idioma estrangeiro selecionado incluído além
do material em português.
W: Ampla seleção de material em todos os idiomas
aplicáveis. Nenhuma decisão programática é feita para restringir
materiais de acordo com a linguagem.
Y: O material é principalmente em um idioma estrangeiro. O
foco geral está na coleta de material no vernáculo da área.

CÓDIGOS DE IDIOMA (WLN)


P: A língua principal do país predomina --- pouco ou nenhum
outro material lingüístico S: Material de idioma selecionado
incluído além do idioma principal
W: Ampla seleção de idiomas representados
X: O material está principalmente em um idioma diferente
do idioma principal da biblioteca e do país

Cronogramas de implementação e revisão de políticas

Isto descreve o processo de implementação, o cronograma de


revisão e outra adoção oficial questões e introduz a noção de
controle.
Ao controle
· Verificar a aplicação regular e pertinente da política de
desenvolvimento de coleções em futu- ras aquisições.
· Questionar pedidos e assinaturas permanentes; Assim, aplicar
retrospectivamente padrões atuais das políticas sobre coleções
existentes e documentos para reconsideração e que não
cumprem objetivos.
Revisão
Reexaminar o texto da política numa frequência a determinar, a
fim de detectar insuficiências e integrar novas necessidades ou
modificações recentes, como cortes no orçamento, novos
currículos, etc.
SELEÇÃO E FORMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE ACERVOS.

OS CRITÉRIOS DE SELEÇÃO.

É importante ter certeza do que significa cada critério.

RELATIVOS A CONTEÚDO:

 Autoridade – a qualidade do material a partir da


reputação do autor. Se o autor costuma lançar materiais de
qualidade, os próximos, com certeza, serão no mesmo
padrão de qualidade.

 Precisão – a informação do documento é exata,


rigorosa, correta; por meio de opinião de espe- cialistas.

 Imparcialidade – as informações são apresentadas de


maneira justa, sem favoritismos, não sendo
preconceituosos. Muitas vezes, obras imparciais
apresentam visões alternativas de determina- dos assuntos.
Imparcialidade não é fácil de ser definido. Cada profissional
bibliotecário, no contexto de seu âmbito de especialidade,
deverá julgar os melhores materiais.

 Atualidade – uma informação desatualizada perde


muito o seu valor. Em algumas bibliotecas esse critério é
completamente decisivo. Deve-se ponderar a área do
conhecimento como é a produção acadêmica em cada área
específica. Cada área possui processos metodológicos
especializados. Atenção especial aos conceitos de edição,
reedição, ampliação ou apenas uma nova apresentação.

 Cobertura e/ou Tratamento – diz respeito à forma


como o assunto é abordado. Se o texto entra em detalhes
suficientes ou é apenas superficial. Se todos os aspectos
importantes que são apresentados, foram ligeiramente
tratados ou deixados de fora. É importante a colaboração
de um especialista.

OS CRITÉRIOS DE SELEÇÃO RELACIONADOS A USUÁRIOS:

 Conveniência – procura verificar se o trabalho é


apresentado em um nível, tanto de vocabulário como visual,
que possa ser compreendido pelo usuário. Estão
relacionados à idade dos usuários, desenvolvimento
intelectual, etc. É necessária a interação entre o
bibliotecário e seu público.

 Idioma – poderia ser incluído no critério anterior, refere se


à adequação da expressão de acordo com o público.

 Relevância / Interesse – busca definir se o documento é


relevante à experiência do usuário, sendo de alguma
utilidade para ele. Implica a necessidade mais aprofundada
dos interesses dos usuários.

 Estilo – muitas vezes o estilo não é apropriado ao assunto


ou ao objetivo do texto. Esse critério procura verificar esse
fato, bem como constatar se ele é adequado ao usuário
pretendido.

DESTACANDO OS CRITÉRIOS DE SELEÇÃO RELACIONADOS AOS


DOCUMENTOS:

 Características físicas. Aspectos gráficos, legibilidade,


anexos, encadernação, etc. Estão relacionados a aspectos de
conservação do acervo e também à segurança de utilização.

 Aspectos especiais. Qualidade das bibliografias,


apêndices, notas, índices, etc.

 Contribuição potencial. Sob o ponto de vista do acervo,


qual a contribuição do material à coleção? Lembrando dos
custos de armazenamento e conservação.

 Custo. Deve ser um dos últimos critérios de seleção,


porém quanto aos acervos caros, demandam técnicas de
preservação e segurança contra furtos e vandalismo.

Os critérios de seleção relacionados aos documentos estão


ligados ao plano de necessidades físicas de cada unidade de
informação. Observe a seguir:

A CRIAÇÃO de uma nova biblioteca ou serviço de


informação, além da definição do modelo conceitual e do
planejamento da estrutura organizacional, das ações a serem
desenvolvidas e dos recursos humanos, financeiros e materiais,
exige o planejamento do espaço físico, de modo a garantir
condições favoráveis ao pleno desenvolvimento da proposta
pretendida.

Do mesmo modo, quando se verifica, em um serviço


existente, que o espaço está restringindo ou dificultando o
desempenho das atividades, é preciso proceder à avaliação do
espaço e buscar soluções (ALMEIDA, 2005).

O objetivo do planejamento de espaço é chegar a um edifício


de biblioteca inteligente, entendendo-se como tal aquele que
maximiza a eficiência dos ocupantes a equipe de trabalho e os
usuários e permite gerenciamento eficaz dos recursos com menor
tempo e esforço.

A necessidade de planejamento de espaço, no caso de


serviços existentes, é motivada por cinco fatores básicos que
podem aparecer isolados ou conjugados:
 falta de espaço para crescimento da coleção,
 falta de espaço para usuários ou funcionários,
 mudança de conceito (missão/função/finalidade),
 ampliação da comunidade a ser atendida
 a criação de novos serviços (AL- MEIDA, 2005).
GESTÃO DE ESTOQUES DE INFORMAÇÃO.

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