Você está na página 1de 5

PSICÓLOGA: MAYARA AMARO DORNELES CRP: nº

PLANO DE TRABALHO – PROPOSTA APOIO/MEDIADOR

JUSTIFICATIVA
A Psicologia Escolar tem como referência conhecimentos científicos sobre o
desenvolvimento emocional, cognitivo e social, utilizando-os para compreender os
processos e estilos de aprendizagem e direcionar a equipe educativa na busca de um
constante aperfeiçoamento do processo ensino-aprendizagem.
Sua participação na equipe multidisciplinar é fundamental para respaldá-la com
conhecimentos e experiências científicas atualizadas na tomada de decisões de base,
como a distribuição apropriada de conteúdos programáticos (de acordo com as fases o
desenvolvimento humano), seleção de estratégias de manejo de turmas, apoio ao
professor no trabalho com a heterogeneidade presente na sala de aula, desenvolvimento
de técnicas indutivas para alunos com dificuldades de aprendizagem e/ou
comportamentais, programas de desenvolvimento de habilidades sociais e outras
questões relevantes no dia-a-dia da sala de aula, nas quais os fatores psicológicos
tenham papel preponderante.
Para isso, o psicólogo escolar deve desenvolver, apoiar e promover a utilização
de instrumentos adequado para o melhor aproveitamento do aluno a fim de que este se
torne um cidadão que contribua produtivamente para a sociedade.
Cabe também ao psicólogo escolar desenvolver atividades direcionadas com os
alunos, professores e funcionários e atuar em parceria com a coordenação da escola,
familiares e profissionais que acompanham os alunos fora do ambiente escolar,
A partir de uma visão sistêmica, age em duas frentes: a preventiva e a que requer
ajustes ou mudanças. Desta forma, contribui para o desenvolvimento cognitivo, humano
e social de toda a comunidade escolar.

OBJETIVO GERAL
Ter como diretriz o desenvolvimento do viver em cidadania, buscando
instrumentos para apoiar o processo educacional adequado do aluno, respeitando as
diferenças individuais. Trabalhar pautado na promoção da saúde da comunidade escolar
a partir de trabalhos preventivos que visem um processo de transformação pessoal e
social. Para tanto, baseia-se nos conhecimentos referentes aos estágios de
desenvolvimento humano, estilos de aprendizagem, aptidões e interesses individuais e a
conscientização de papeis sociais. E, a partir destes pressupostos, propiciar o
desenvolvimento integral do ser humano através de propostas concretas e eficazes de
intervenção que resultem em impacto social.
OBJETIVOS ESPECIFICOS
 Incentivar os educadores para tomada de posições políticas em relação aos
problemas sociais que afligem a todos;
 Estimular a escola deliberada e conscientemente assumida de uma atuação
profissional sustentada por teorias psicológicas, cuja visão contemple o homem
em suas múltiplas determinações e relações histórico-sociais;
 Assessorar a escola no desenvolvimento de uma concepção de educação, na
compreensão e amplitude de seu papel, em sus limites e possibilidades,
utilizando os conhecimentos da psicologia;
 Mediar os processos de reflexões sobre as ações educativas a partir da atuação
com os diversos profissionais da educação;
 Propor e apoiar a construção de novas alternativas sociais para auxiliar na
administração de possíveis deficiências escolares;
 Compreender e elucidar os processos diferenciados de desenvolvimento de
aprendizagem (aprender a aprender) de cada aluno e de cada professor;
 Compreender e elucidar os processos bio-psico-social dos envolvidos na escola;
 Compreender e clarificar a construção da subjetividade (construção do Eu) em
cada ambiente escolar;
 Assessorar a escola na busca da humanização do sujeito, através do encontro da
cognição com a motricidade, os afetos e as emoções na educação;
 Cultivar o enfoque preventivo: trabalhar as relações interpessoais na escola,
visando a reflexão e conscientização de funções, papeis e responsabilidades dos
envolvidos;
 Buscar ser o mediador do processo reflexivo e não o solucionador de problemas;
 Conscientizar o indivíduo da importância de sua participação e responsabilidade
nos grupos em que está inserido, como a família, a escola, o trabalho e a
sociedade.

ATIVIDADES
 Assessorar a escola na construção do Projeto Político Pedagógico;
 Apoiar a escola em seu trabalho de resgate do valor e da autonomia dos
professores e dos alunos;
 Assessorar o professor na articulação entre a teoria de aprendizagem adotada e a
prática pedagógica;
 Trabalhar com políticas públicas (acessibilidade e inclusão);
 Conscientizar pais e professores sobre a necessidade básicas de crianças e
adolescentes;
 Mobilizar a comunidade educacional em torno de propostas de intervenção com
utilização de recursos da comunidade;
 Realizar atendimentos psicológicos breves de mediação, resolução de conflitos,
compreensão de problemas ou situações;
 Realizar acompanhamento de casos especiais ou excepcionais junto as
autoridades competentes: Conselho Tutelar, psicólogos clínicos, assistentes
sociais e outros;
 Pesquisar, desenvolver, aplicar e divulgar os conhecimentos relacionados com a
Psicologia escolar/educacional.

CRONOGRAMA DE ATUAÇÃO E PROPOSTA DE AÇÃO NA ESCOLA

CRONOGRAMA AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS


 Estabelecer um horário fixo para atendimento
psicológico de livre procura dos alunos;
 Organizar periodicamente intervenções temáticas nas
turmas;
 Organizar, mediante a demanda, treinamentos temáticos
1º E 2º de assuntos da Psicologia para alunos e
SEMESTRES pais/responsáveis;
 Elaboração de projetos em conjunto dom toda equipe
escolar;
 Realização de diagnóstico institucional: identificação de
situações/ conflitos que interferem no processo ensino e
aprendizagem;
 Proposição de medidas que visem a melhoria na
qualidade da aprendizagem dos alunos;
 Apoio a iniciativas de qualidade de vida no trabalho
(professores e funcionários)
 Suporte ao resgate e reforço da autonomia do professor;
 Orientação, intervenção e acompanhamento para
dificuldades individuais e/ou de grupo (alunos e/ou
comportamento);
 Trabalhos direcionados ao apoio de iniciativas de
qualidade de vida no trabalho, relações interpessoais,
motivação prevenção de stress e Burnout;
 Participação e/ou coordenação de reuniões
multidisciplinares para discussão de casos;
 Elaboração, desenvolvimento e acompanhamento de
projetos de apoio à construção da identidade pessoal
(auto-estima, socialização, disciplina, organização, entre
outros) e participação social (conscientização de papeis
sociais e cidadania responsável);
 Identificação e encaminhamento de alunos a
atendimentos especializados ao se detectar necessidades
específicas;
 Coordenação e/ou participação em reuniões para
discussão de casos de alunos em acompanhamento
profissional externo (fonoaudiólogos, psicólogos,
psicopedagogos e outros);
 Elaboração, em conjunto com a equipe pedagógica, de
planos de intervenção para alunos em risco;
 Elaboração, desenvolvimento e acompanhamento de
projetos de prevenção: a gravidez na adolescência, ao
uso de drogas, educação sexual, ao bullying e a
violência escolar;
 Atendimentos a situações de emergências psicológicas
que necessitem de intervenção imediata, para posterior
encaminhamentos;
 Orientações a pais/responsáveis e familiares;
 Palestras e atividades de esclarecimento, educação e
prevenção (rendimento acadêmico, limites,
relacionamentos, momentos especiais na vida da
família, participação os pais/responsáveis nos diversos
momentos da vida de seus filhos e na escola;
 Participação em atividades que auxiliem a escola a
cumprir suas finalidades sociais, em especial, na busca
do fortalecimento do elo família-escola;
 Desenvolvimento de propostas/programas que
promovam o desenvolvimento de habilidades sociais
significativas (convivência com o outro – ser, saber,
conviver e relacionar);
 Esclarecimento para a comunidade quanto ao papel da
escola, suas possibilidades e limites.

REFERÊNCIAS

Andrada, E.G.C. (2003). Família, escola e a dificuldade de aprendizagem: intervindo


sistemicamente. Em: Psicologia Escolar e Educacional, Associação Brasileira de
Psicologia Escolar e Educacional, v.7, n.2, jul-dez,        

Antunes, C. (2002). A memória: como os estudos sobre o funcionamento da mente nos


ajudam a melhorá-la: fascículo 9, Petrópolis, RJ: Vozes.         

Antunes, C. (1998). As inteligências múltiplas e seus estímulos. Campinas, SP: Papirus.

Carter, B., & Mcgoldrick,M. (1995). As mudanças do ciclo de vida familiar. POA:
Artes Médicas.         

Ciasca, S.M. (org.) (2003). Distúrbios de aprendizagem: proposta de avaliação


interdisciplinar. SP: Casa do Psicólogo.         

Curonici, C., & McCulloch, P. (1999). Psicólogos e Professores: uma visão sistêmica


acerca dos problemas escolares. SP: EDUSC.         

Davis, C; Oliveira, Z. (1994). Psicologia na Educação, 2ed.; SP: Cortez.         


Del Prette, Z.A.P. (org.) (2001). Psicologia Escolar e Educacional, saúde e qualidade
de vida. SP: Editora Alínea.         [

Fernández, A. (1990). A Inteligência Aprisionada. 2.ª ed, Porto Alegre: Artes

Minuchin, S. (1982). Famílias, funcionamento e tratamento. POA: Artes médicas

Moraes, M. C. (1997). O Paradigma Educacional Emergente. Campinas, SP: Papirus.

Neves, M.M.B.J; Almeida, A.F.C. (2003). A atuação da psicologia escolar no


atendimento aos alunos com queixas escolares. Em: Almeida, S.F.C. (org) Psicologia
Escolar: ética e competências na formação e atuação profissional. SP: Ed. Alínea.         

Osório, .L.C. (2003). Psicologia Grupal. Porto Alegre: Artmed         

Papp, P. (1992). O processo de mudança. Porto Alegre: Artes Médicas.         

Polity, E. (2001). Dificuldade de Aprendizagem e Família: Construindo Novas


Narrativas. São Paulo; Vetor.        

Rezende, E.S., & Tronca, F.Z.; Tronca, G.A. (2004). A ciência psicopedagógica:
pressupostos fundamentais para o trabalho transdisciplinar. Tubarão: Ed. UNISUL.

Santos, M.A. (1997). Psicologia escolar no Brasil: fazeres e saberes. Dissertação de


mestrado, Programa de Pós-graduação em Educação. UFSC/SC.         

Você também pode gostar