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2 QUARTA-FEIRA, 18 - ABRIL - 2018 D. O.

PODER EXECUTIVO

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO, TÍTULO I


EM SÃO LUÍS, 17 DE ABRIL DE 2018, 197º DA INDEPENDÊN- DOS DEVERES, DOS DIREITOS E DAS RECOMPENSAS
CIA E 130º DA REPÚBLICA.
CAPÍTULO I
FLÁVIO DINO DOS DEVERES
Governador do Estado do Maranhão
Art. 3º Constituem deveres dos presos:
RODRIGO PIRES FERREIRA LAGO
Secretário-Chefe da Casa Civil I - respeito às autoridades constituídas, funcionários e outros
presos;
LEI Nº 10.837, DE 17 DE ABRIL DE 2018.
II - informar-se sobre as normas a serem observadas na Unida-
Considera de utilidade pública o Insti- de Prisional, respeitando-as;
tuto Educacional de Apoio as Famílias
Carentes - IEAFC, com sede no Mu- III - acatar as determinações emanadas de qualquer funcioná-
nicípio de Lago da Pedra, no Estado do rio, quando no desempenho de suas funções;
Maranhão.
IV - manter comportamento adequado em todo o período em
O GOVERNADOR DO ESTADO DO MARANHÃO,
que estiver sob a custódia do Estado e cumprir fielmente a sentença;
Faço saber a todos os seus habitantes que a Assembleia
V - submeter-se à sanção disciplinar imposta;
Legislativa do Estado decretou e eu sanciono a seguinte Lei:
VI - abster-se de participar de movimento individual ou coleti-
Art. 1º Fica considerado de utilidade pública o Instituto Edu-
cacional de Apoio as Famílias Carentes - IEAFC, com sede e foro no vo de tentativa ou consumação de fuga ou abandono, bem como não
Município de Lago da Pedra, no Estado do Maranhão. constranger os outros presos a tal ato;

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. VII - abster-se de liderar, participar ou favorecer movimentos
de greve e subversão da ordem e da disciplina ou constranger os outros
Mando, portanto, a todas as autoridades a quem o conhecimen- presos ou seus familiares a compactuar com tais atos;
to e a execução da presente Lei pertencerem que a cumpram e a façam
cumprir tão inteiramente como nela se contém. O Excelentíssimo Senhor VIII - zelar pelos bens patrimoniais e materiais que lhes forem
Secretário-Chefe da Casa Civil a faça publicar, imprimir e correr. destinados, direta ou indiretamente, ficando proibidas quaisquer modi-
ficações, adaptações ou improvisações, de modo a produzir risco para
PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO, si ou para qualquer pessoa, ou a interferir na vigilância da Unidade
EM SÃO LUÍS, 17 DE ABRIL DE 2018, 197º DA INDEPENDÊN- Prisional;
CIA E 130º DA REPÚBLICA.
IX - ressarcir o Estado e terceiros pelos danos materiais a que
FLÁVIO DINO derem causa, de forma culposa ou dolosa;
Governador do Estado do Maranhão
X - indenizar à vítima ou os seus sucessores, quando determi-
RODRIGO PIRES FERREIRA LAGO nado pela autoridade judiciária;
Secretário-Chefe da Casa Civil
XI - indenizar o Estado, quando possível, das despesas reali-
DECRETO Nº 34.006, DE 17 DE ABRIL DE 2018. zadas com a sua manutenção, mediante desconto proporcional da re-
muneração de trabalho;
Dispõe sobre o Regulamento Discipli-
nar Prisional - REDIPRI aplicável às XII - zelar pela higiene pessoal e ambiental;
Unidades Prisionais da Secretaria de
Estado de Administração Penitenciá- XIII - submeter-se às normas contidas neste Decreto, no que
ria - SEAP. se refere às visitas;

O GOVERNADOR DO ESTADO DO MARANHÃO, no XIV - submeter-se às normas contidas neste Decreto, que dis-
uso das atribuições que lhe conferem os incisos III e V do art. 64 da ciplinam a concessão das saídas externas previstas em lei;
Constituição Estadual e a Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984,
XV - submeter-se à revista pessoal, de sua cela e de seus per-
DECRETA
tences, a critério da administração;
Art. 1º Este Regulamento destina-se a fixar nas Unidades
XVI - devolver à área competente, quando de sua exclusão, os
Prisionais da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária -
objetos pessoais fornecidos pela Unidade Prisional;
SEAP, deveres e direitos dos presos, bem como as normas básicas de
conduta e disciplina.
XVII - abster-se de desviar, para uso próprio ou de terceiros,
Art. 2º Cumpre ao preso, seja provisório ou condenado a pena materiais das diversas áreas da Unidade Prisional;
privativa de liberdade, em qualquer regime de cumprimento de pena,
incluindo o submetido a monitoração eletrônica, além das obrigações XVIII - abster-se de negociar objetos de sua propriedade, de
inerentes ao seu estado, submeter-se as normas de execução da pena. terceiros ou do patrimônio do Estado;
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XIX - abster-se da confecção e posse indevidas de instrumen- XL - cumprir rigorosamente o horário de retorno quando das
tos capazes de ofender a integridade física de outrem, bem como daque- saídas temporárias, previstas no regime semiaberto;
les que possam contribuir para ameaçar ou obstruir a segurança das
pessoas e da Unidade Prisional; XLI - trabalhar no decorrer de sua pena, desde que em situação
jurídica definida, facultando-se essa atividade aos presos provisórios;
XX - abster-se de uso e concurso, para fabricação de bebida
alcoólica ou de substância que possa determinar reações adversas às XLII - não portar ou utilizar aparelho de telefonia móvel celu-
normas de conduta ou causar dependência física ou psíquica; lar ou outro aparelho de comunicação com o meio exterior, seus com-
ponentes ou acessórios;
XXI - abster-se de apostar em jogos de azar de qualquer natureza;
XLIII - repudiar os atos que possam produzir risco ou dano à
XXII - abster-se de transitar ou permanecer em locais não integridade física e moral de qualquer pessoa no âmbito da Unidade
autorizados pela área competente de controle da segurança e disciplina; Prisional, praticados por presos ou funcionários, informando à autori-
dade competente no ato de sua ocorrência;
XXIII - abster-se de dificultar ou impedir a vigilância;
XLIV - não faltar com a verdade para obter benefícios ou tirar
XXIV - abster-se de quaisquer práticas que possam causar vantagem de atos administrativos que possam resultar na transferên-
transtornos aos demais presos bem como prejudicar o controle da cia, internação ou qualquer ato que desvie o cumprimento normal de
segurança e disciplina; sua pena ou de outrem;

XXV - acatar a ordem de contagem da população carcerária, XLV - cumprir rigorosamente rotinas, datas e horários estipu-
respondendo ao sinal convencionado pela autoridade competente para lados pela administração para quaisquer atividades na Unidade Prisional
o controle da segurança e disciplina; bem como respeitar o horário de silêncio, a partir das 21 (vinte e uma)
horas;
XXVI - abster-se de utilizar quaisquer objetos, para fins de
decoração ou proteção de vigias, portas, janelas e paredes, que possam XLVI - respeitar as normas estabelecidas no que concerne à
prejudicar o controle da vigilância; liberação de pecúlio;

XXVII - abster-se de utilizar sua cela como cozinha, vedando- XLVII - vestir-se adequadamente trajando o uniforme padrão
se, ainda, o uso de resistência elétrica; adotado pela Unidade Prisional, observando, durante o horário de tra-
balho, o uso do uniforme próprio destinado ao exercício dessa ativida-
XXVIII - submeter-se à requisição das autoridades judiciais, de, quando houver;
policiais e administrativas;
XLVIII - comunicar a administração sempre que tiver ciência
XXIX - submeter-se à requisição dos profissionais de qual- ou testemunhar o cometimento de desvio de conduta que envolva ou-
quer área técnica para exames ou entrevistas; tros presos, servidores ou visitantes;

XXX - submeter-se às condições para o regular funcionamento XLIX - submeter-se a identificação de perfil genético, median-
das atividades escolares; te extração de DNA - ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e
indolor.
XXXI - submeter-se às atividades laborativas, de qualquer
natureza, quando escalado pelas autoridades competentes; CAPÍTULO II
DOS DIREITOS
XXXII - submeter-se às condições estabelecidas para a prática
religiosa coletiva ou individual; Art. 4º Constituem direitos básicos e comuns dos presos
provisórios, condenados e internados:
XXXIII - submeter-se às condições estabelecidas para a posse
e uso de aparelhos de radiodifusão e de TV; I - ser tratado com humanidade e com respeito à dignidade
inerente ao ser humano;
XXXIV - submeter-se às condições estabelecidas para as ses-
sões cinematográficas, teatrais, artísticas e socioculturais; II - ser tratado com igualdade, exceto quanto às exigências de
individualização da pena;
XXXV - submeter-se às condições de uso da biblioteca da
unidade e de livros de sua propriedade; III - ter preservada sua individualidade, observando-se o cha-
mamento pelo próprio nome e o uso de número de matrícula somente
XXXVI - submeter-se às condições estabelecidas para práti- para qualificação em documentos penitenciários, incluindo-se nesse
cas desportivas e de lazer; direito o respeito à população carcerária LGBT, conforme instrução
normativa da SEAP;
XXXVII - submeter-se às condições impostas para as medidas
cautelares; IV - receber assistência material que garanta as necessidades
básicas no que concerne:
XXXVIII - submeter-se às condições impostas por ocasião de
transferências; a) à alimentação balanceada e suficiente, observando-se o car-
dápio padrão e o consumo per capita por refeição, bem como as dietas,
XXXIX - submeter-se aos controles de segurança impostos quando necessárias, mediante prescrição médica;
pelos servidores responsáveis pela realização da escolta externa e por
outras autoridades, também incumbidas de efetuá-las; b) ao vestuário digno e padronizado;
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c) as condições de habitabilidade adequadas, conforme padrões XVIII - a audiência com as diretorias, respeitadas as normas
estabelecidos pela Lei de Execução Penal e pela Organização Mundial das respectivas áreas de atuação;
de Saúde;
XIX - ter sua conduta carcerária individualizada, evitando des-
d) às instalações e aos serviços de saúde, educação, trabalho, sa forma receber indevidamente a aplicação de sanções coletivas;
esporte e lazer, proporcionando a distribuição do tempo para o traba-
lho, o descanso e a recreação, desde que compatíveis com a execução da XX - a entrevista pessoal e reservada com seu advogado ou
pena; Defensor Público, nos dias e horários determinados;

V - receber visitas, em dias e horários determinados, do cônju- XXI - a reabilitação das faltas disciplinares;
ge, do (a) companheiro (a), de parentes e amigos, além das previstas em
legislação específica, na forma que estabelecer regulamento interno da XXII - a proteção contra qualquer forma de sensacionalismo;
SEAP, podendo ser suspenso ou restringido tal direito por ato motiva-
do do Diretor-Geral da Unidade; XXIII - solicitar medida preventiva de segurança pessoal;

VI - sair da cela para banho de sol diário, por período de até XXIV - solicitar remoção para outra Unidade Prisional, no
duas horas; mesmo regime, desde que atendidos os requisitos estabelecidos pela
administração;
VII - requerer autorização para exercer quaisquer atos civis que
preservem sua família e seu patrimônio, conforme normas vigentes; XXV - tomar ciência, mediante contrarrecibo, expedido pela
área competente, da guarda dos pertences de que não possa ser portador;
VIII - receber assistência à saúde, psicológica, jurídica, social,
religiosa, educacional e terapia ocupacional, nos termos da legislação XXVI - acomodação em alojamento coletivo ou individual,
vigente; dentro das exigências legais, podendo manter em seu poder trocas de
roupa de uso pessoal, de cama, banho e material de higiene, salvo
IX - participar do processo educativo de formação para o tra- situações excepcionais e particularidades presentes em cada Unidade
balho produtivo; Prisional, a ser disciplinado por ato normativo próprio;

X - executar trabalho remunerado, de acordo com sua apti- XXVII - solicitar, por meio da área de segurança, a mudança de
dão, ou aquele que exercia antes da prisão, desde que cabível na Uni- cela, que pode ser autorizada após avaliação dos motivos e das possi-
dade Prisional, seja por questão de segurança ou pelos limites da bilidades da Unidade Prisional;
administração;
XXVIII - ser informado sobre as normas que devem ser obser-
XI - a constituição de pecúlio; vadas na Unidade Prisional;

XII - a laborterapia, conforme suas aptidões e condições psí- XXIX - acesso às áreas assistenciais da Unidade Prisional,
quicas e físicas; respeitados os horários estipulados pela administração local, salvo nos
casos que requerem urgência;
XIII - à remição pelo trabalho produtivo, estudo ou leitura,
conforme dispuser a norma local ou o juízo competente; XXX - apresentar solicitação ou queixas ao Diretor-Geral da
Unidade ou ao funcionário autorizado a representá-lo, por meio escri-
XIV - receber tratamento médico-hospitalar e odontológico, to, com direito à pronta resposta, exceto quando se tratar de matéria
com os recursos humanos e materiais da própria Unidade Prisional ou evidentemente fútil ou destituída de fundamentos;
do Sistema Único de Saúde - SUS;
XXXI - apresentar solicitação ou queixa por escrito, à autori-
XV - contratar, por meio de familiares ou dependentes, profis- dade administrativa, judiciária ou a qualquer outra autoridade apropri-
sionais médicos e odontológicos de confiança pessoal, a fim de acom- ada, por meio dos canais competentes;
panhar ou ministrar o tratamento, observadas as normas institucionais
vigentes, ressalvado o atendimento externo à disponibilidade de escolta XXXII - ser transportado em condições ou situações que não
lhe imponham sofrimentos físicos e que não sejam degradantes e desu-
e observada a segurança;
manas, de acordo com o preconizado na Lei Federal nº 8.653, de 10 de
maio de 1993, sendo observadas as necessidades básicas;
XVI - acesso aos meios de comunicação social e à informação,
obedecidas às normas vigentes, por meio de:
XXXIII - ser informado e esclarecido sobre os motivos que
ensejaram a aplicação das sanções disciplinares a ele impostas; das
a) correspondência escrita, em sua própria língua, quando se transferências, ou quaisquer assuntos pertinentes a sua situação, sendo
tratar de estrangeiro; cientificados, também, os familiares por meio dos assistentes sociais;

b) leitura de jornais e revistas socioeducativas que não com- XXXIV - ser informado sobre as decisões judiciais que instruem
prometam a moral e os bons costumes, salvo aos presos custodiados expedientes de benefícios, desde que não tenha advogado particular;
em Unidades de Segurança Máxima ou similar;
XXXV - ser submetido a exame de saúde admissional e preventi-
c) acesso à biblioteca da Unidade Prisional e à posse de livros vo, no período máximo de quarenta e oito horas contadas da data do seu
particulares, instrutivos ou recreativos; ingresso, a qualquer título, na Unidade Prisional, a fim de verificar as
condições acerca da sua integridade psicofísica bem como examinar a exis-
XVII - atividades intelectuais, artísticas e desportivas, desde tência, ocasional, de sinais que denunciem a prática de espancamento,
que compatíveis com a execução da pena; maus tratos ou debilidade física causada por doença ou outra enfermidade;
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XXXVI - obter atestado de pena a cumprir, emitido anualmen- Art. 6º Aos presos recolhidos em regime de trânsito ou ainda
te pela autoridade judiciária competente; no período de triagem, deve ser assegurado o direito à visita assistida,
de uma pessoa constante em seu rol de visitas, a critério do Diretor-
XXXVII - em caso de falecimento, doenças, acidentes graves, Geral da Unidade Prisional, em dia útil, por até duas horas.
transferência do preso para outro estabelecimento, impossibilidade de
receber visitas por cumprimento de sanção de isolamento ou por restri- Parágrafo único. No caso de ocorrer a necessidade de pronta
ção de direitos, o Diretor-Geral comunicará imediatamente ao cônjuge remoção do preso para outra Unidade Prisional, definitiva ou proviso-
ou, se for o caso, a parente próximo ou a pessoa previamente indicada; riamente, a data da visita, de que trata o caput deste artigo pode ser
cancelada, com aviso oportuno à família, a fim de evitar viagem ou
deslocamento inúteis.
XXXVIII - ser informado imediatamente, do falecimento ou de
doença grave do cônjuge, companheiro (a), ascendente, descendente ou
Art. 7º Aos presos com deficiência física, permanente ou tem-
irmão, podendo ser permitida a visita a estes, sob custódia, desde que
porária, são asseguradas, também, além daquelas previstas em lei, con-
devidamente autorizado. dições adequadas para o cumprimento digno da pena, de modo a pro-
porcionar uma vida decente, tão normal e plena quanto possível.
Art. 5º São assegurados, também, além dos direitos constantes
no artigo 4º deste Decreto, outros que se aplicam à gravidez, ao parto, § 1º Devem ser oferecidas condições de habitabilidade adequa-
ao cuidado com os filhos e à atenção básica às necessidades da mulher das às necessidades desses presos, de modo que o convívio deles
presa, entre os quais: independa da ajuda de funcionários e de outros presos.

I - assistência pré-natal; § 2º É obrigatório capacitá-los a tornarem-se tão confiantes


quanto possível, incentivando-os ao trabalho conforme suas capacida-
II - parto em unidades hospitalares do serviço de saúde pública; des, à recreação e às demais atividades que venham a produzir o mesmo
efeito.
III - guarda do recém-nascido, durante o período de lactância,
pelo período de até seis meses, em local adequado, mesmo quando § 3º As necessidades especiais devem ser consideradas em
houver restrições de amamentação; todos os estágios de planejamento social, assistencial, material e admi-
nistrativo.
IV - tratamento preventivo, curativo e de acompanhamento de
Doenças Sexualmente Transmissíveis e outras; Art. 8º Aos presos de cidadania estrangeira, considerando-se
as dificuldades inerentes à sua condição, devem ser observadas, além
das explicitadas neste Decreto, as seguintes garantias fundamentais:
V - ações para detecção e controle de doenças predominantes
no grupo feminino, principalmente o câncer do colo do útero e da
I - aprendizado da língua portuguesa e dos costumes deste
mama;
país, por meio do convívio com os brasileiros e das aulas lecionadas na
Unidade Prisional;
VI - ações de planejamento familiar e acesso aos métodos anti-
concepcionais existentes; II - identificação, dentre os servidores, a fim de solucionar
problemas de imperiosa comunicação, daqueles que possam prestar
VII - atenção psicológica e social especializadas, destinadas ao auxílio na interpretação e na tradução do idioma;
atendimento das necessidades da mulher presa;
III - facilitação do acesso à Defensoria Pública e aos respecti-
VIII - às gestantes, puerperais e aos recém-nascidos são asse- vos consulados, com vistas, dentre outros, aos benefícios previstos no
gurados também: curso da execução penal;

a) atendimento pré-natal e pós-parto especializado para os Parágrafo único. A Unidade Prisional deve adotar procedimen-
casos de transmissão verticalizada de doenças, principalmente HIV, tos que facilitem o contato do preso de nacionalidade estrangeira com
tétano neonatal e sífilis congênita; os respectivos consulados e outras circunstâncias favoráveis à sua
condição, inclusive permitindo o convívio dos estrangeiros entre si.
b) alimentação e dieta nutricional específica, visando o desen-
volvimento saudável da gravidez, das condições do parto, da lactação, CAPÍTULO III
do puerpério e do recém-nascido; DAS RECOMPENSAS

c) realização do "teste do pezinho" para identificar eventual Art. 9º As recompensas têm em vista o bom comportamento
existência de fenilcetonúria, do teste para detectar eventual reconhecido em favor do preso, de sua colaboração com a disciplina e
hipotireoidismo e outros testes preventivos necessários; de sua dedicação ao trabalho.

d) acesso à imunização. Parágrafo único. As recompensas têm a finalidade de motivar


o bom comportamento, desenvolver o senso de responsabilidade e
Parágrafo único. A atenção básica especializada, destinada ao promover o interesse e a cooperação do preso.
atendimento das necessidades da mulher presa, consiste, também, na
assistência material, social, educacional e de trabalho, sendo-lhe asse- Art. 10. São recompensas:
guradas as oportunidades e as facilidades necessárias para seu retorno
ao convívio social; os cuidados com sua saúde física e mental e a preser- I - elogio;
vação moral, intelectual e social, em todos os estágios do cumprimento
de sua pena. II - concessão de regalias.
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Art. 11. É considerada, para efeito de elogio, a prática de ato de TÍTULO II


excepcional relevância humanitária ou de interesse do bem comum, DA DISCIPLINA E DAS FALTAS DISCIPLINARES
registrado em portaria do Diretor-Geral da Unidade Prisional.
CAPÍTULO I
Art. 12. O Conselho Disciplinar, por proposta escrita do DA DISCIPLINA
Diretor-Geral ou funcionário da Unidade, avaliará a concessão do elo-
gio ao preso que se destacar, bem como o comportamento deste. Art. 18. A disciplina visa preservar a ordem, a segurança, o
respeito, os bons costumes, os princípios morais, a obediência às normas
§ 1º A publicidade do elogio deverá levar em conta a integridade e às determinações estabelecidas pelas autoridades e seus agentes no
física do preso. desempenho do trabalho, ficando a ela submetidos todos aqueles que
estiverem sob a custódia e subordinação da Administração Penitenciária.
§ 2º A cerimônia de diplomação do elogio deverá contar com todos
os membros do Conselho Disciplinar e do Diretor-Geral da Unidade. Art. 19. A ordem e a disciplina são mantidas pelos funcionári-
os da Unidade Prisional na forma e com os meios adequados, ficando
Art. 13. Poderá o Diretor-Geral da Unidade Prisional, levando proibido delegar poderes para que presos, individual ou coletivamente,
em consideração a conduta e disciplina do preso, bem como os elogios exerçam lideranças com grau de poder sobre os outros presos.
diplomados, realizar as seguintes concessões de regalias:
Art. 20. São vedadas manifestações coletivas que tenham o
I - visita extraordinária; objetivo de reivindicação ou reclamação, desde que comprometam a
ordem, a segurança e a disciplina da Unidade.
II - acomodação em alojamento coletivo ou individual meritó-
rio, dentro das exigências legais; Art. 21. O preso que se julgar vítima de alguma injustiça pode
apresentar reclamação, devidamente motivada, sempre por meio escri-
III - assistir ou participar de práticas e atividades educativas e to, tanto ao Diretor de Segurança, quanto ao Diretor-Geral da Unidade
recreativas promovidas ou autorizadas pela Unidade Prisional, sejam Prisional, que deve apurá-la por meio do competente procedimento
de natureza artística, cultural, esportiva ou de entretenimento; administrativo.

IV - receber bens de consumo, de qualidade, quantidade e em- Art. 22. Ao preso é garantido o direito da ampla defesa e do
balagem permitidas pela Administração, trazidos por visitantes cons- contraditório.
tantes no rol de visitas;
Art. 23. Pune-se a tentativa com a sanção correspondente à
V - utilização de aparelhos de ventilador, rádio e televisão, de falta consumada.
propriedade do preso, na própria cela, desde que exista estrutura origi-
nal e espaço; Art. 24. O preso que concorrer para o cometimento de falta
disciplinar incide nas mesmas sanções cominadas ao infrator.
VI - participar de atividades coletivas, além da escola e do
trabalho. Art. 25. As normas deste Decreto são igualmente aplicadas
nas situações que couberem, quando a falta disciplinar ocorrer fora da
Parágrafo único. O disposto nos incisos I, III, IV e V será Unidade Prisional.
objeto de regulamentação pela SEAP.
CAPÍTULO II
Art. 14. As recompensas serão gradativas e relacionadas ao DAS FALTAS DISCIPLINARES
índice de aproveitamento das atividades escolares e laborativas com o
devido cumprimento das metas estipuladas, ao grau de adaptação soci- Art. 26. As faltas disciplinares, segundo sua natureza, consis-
al e ao comportamento do preso. tem em condutas omissivas ou comissivas que violem as disposições
constantes deste Decreto, classificando-se em:
Art. 15. As recompensas não se aplicam ao preso incluído no
Regime Disciplinar Diferenciado ou àquele que estiver cumprindo qual- I - leve;
quer sanção disciplinar.
II - média;
Art. 16. O preso, no regime semiaberto, pode ter outras rega-
III - grave.
lias, conforme regulamentação própria a ser editada pela SEAP.
Seção I
Art. 17. As recompensas poderão ser suspensas ou cassadas: Das Faltas Disciplinares de Natureza Leve
I - por cometimento de falta disciplinar de qualquer natureza ou; Art. 27. Consideram-se faltas disciplinares de natureza leve:
II - por ato motivado da direção da Unidade Prisional. I - transitar indevidamente pela Unidade Prisional;

§ 1º Durante o curso do procedimento disciplinar o preso II - comunicar-se com visitantes sem a devida autorização;
poderá ter suspenso seu direito à fruição de regalia, a qual será cassada
na hipótese de trânsito em julgado de condenação por cometimento de III - comunicar-se com presos em regime de isolamento celular
falta disciplinar de qualquer natureza. ou entregar a esses quaisquer objetos sem autorização;

§ 2º A suspensão e a restrição de regalias devem ter estrita IV - manusear equipamento de trabalho sem autorização ou
observância na reabilitação do comportamento faltoso do preso, sendo sem conhecimento do responsável, mesmo a pretexto de reparos ou
retomada ulteriormente. limpeza;
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V - adentrar em cela alheia sem autorização; VIII - provocar perturbações com ruídos, vozerios ou vaias;

VI - improvisar varais e cortinas na cela, no alojamento ou no IX - perturbar a jornada de trabalho ou a realização de tarefas;
pátio interno, comprometendo a vigilância, salvo em situações excepci-
onais autorizadas pelo Diretor-Geral da Unidade Prisional; X - perturbar o repouso noturno ou a recreação;

VII - utilizar-se de bens públicos, de forma diversa para a qual XI - praticar atos de comércio, de qualquer natureza, com ou-
os recebeu; tros presos ou funcionários;

VIII - ter a posse de papéis, documentos, objetos ou valores XII - comportar-se de forma inamistosa durante prática
não cedidos e não autorizados pela Unidade Prisional; desportiva;

IX - estar indevidamente trajado; XIII - inobservar os princípios de higiene pessoal, da cela ou


alojamento das demais dependências da Unidade Prisional, ou lançar
X - usar material de serviço para finalidade diversa da qual foi água servida, lixo ou outros objetos;
prevista;
XIV - destruir, inutilizar ou descaracterizar o fardamento ou
XI - remeter correspondência sem o registro regular da área qualquer outro objeto de uso pessoal, fornecido pela Unidade Prisional;
competente;
XV - portar ou possuir, em qualquer lugar da Unidade Prisional,
XII - utilizar objeto pertencente a outro preso sem o devido dinheiro, cheque, nota promissória ou qualquer título de crédito;
consentimento;
XVI - receber, confeccionar, ocultar, guardar, ceder, portar, ter
XIII - recusar-se a assistência ou ao dever escolar sem razão ou concorrer para que haja, em qualquer local da Unidade Prisional,
justificada; objetos que possam ser utilizados em fugas;

XIV - desobedecer às prescrições médicas recusando o trata- XVII - receber, confeccionar, portar, ter ou consumir bebida
mento necessário ou utilizando medicamentos não prescritos ou não alcoólica ou concorrer para sua fabricação;
autorizados;
XVIII - praticar fato previsto como crime culposo ou contra-
XV - cometer desatenção propositada durante estudo ou aula venção, sem prejuízo da sanção penal;
de serviço;
XIX - mostrar displicência no cumprimento do sinal convenci-
XVI - abordar autoridade ou pessoa estranha na Unidade onal de recolhimento ou formação;
Prisional, especialmente visitante, sem a devida autorização;
XX - faltar ao trabalho sem causa justificada;
XVII - deixar de se levantar diante do Diretor-Geral ou de
qualquer autoridade conhecida, exceto se estiver impedido deste movi- XXI - descumprir horário estipulado, sem justa causa, para o
mento por motivo de saúde ou de trabalho; retorno da saída temporária, do trabalho externo, das condições do
regime aberto, bem como de qualquer outra saída autorizada pelo poder
XVIII - atrasar no horário de despertar ou recolher, ou desobe- competente, desde que se apresente espontaneamente;
decer a qualquer horário regulamentar sem motivo justo;
XXII - manter ou possuir anotações com números de telefones,
XIX - descumprir ou inobservar os deveres consignados neste de contas bancárias, de rifas, dentre outras consideradas impróprias;
Decreto, salvo se constituir falta mais grave.
XXIII - ser destinatário, receber, portar, guardar, ocultar, ce-
Seção II der, utilizar ou intermediar o uso de peça ou acessório relacionado à
Das Faltas Disciplinares de Natureza Média telefonia móvel ou de rádio comunicação ou dados, desde que não
constitua falta grave;
Art. 28. Consideram-se faltas disciplinares de natureza média:
XXIV - faltar com a verdade;
I - atuar de maneira inconveniente, faltando com os deveres de
urbanidade frente às autoridades, aos funcionários e aos presos;
XXV - recusar a assistir aula ou tarefa escolar sem razão
justificada;
II - portar qualquer material cuja posse não seja permitida de
acordo com portaria da SEAP, vigente à época do fato;
XXVI - utilizar meios escusos para o envio de correspondência;
III - desviar ou ocultar objetos cuja guarda lhe tenha sido confiado;
XXVII - omitir ou distorcer informações referentes à instrução
IV - simular doença para eximir-se de dever legal ou regulamentar; de procedimento disciplinar em que funcione como testemunha;

V - induzir ou instigar alguém a praticar qualquer falta disciplinar; XXVIII - faltar, se ausentar ou se encontrar em local diverso do
local de trabalho definido pela autoridade competente;
VI - divulgar notícia que possa perturbar a ordem ou a disciplina;
XXIX - entregar, receber ou arremessar objeto, ou qualquer
VII - dificultar a vigilância em qualquer dependência da Unida- tipo de instrumento, de uma cela, ala, pátio ou pavilhão para outro, ou
de Prisional; para o interior ou exterior da Unidade Prisional;
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XXX - lavar, secar ou estender roupas em local não permitido; II - a prática de falta em local público quando em escolta ou no
benefício de saída temporária;
XXXI - utilizar material, ferramenta, utensílio ou outro objeto
proibido, a Unidade Prisional, de uso proibido ou sem a devida autori- III - ter praticado infração com abuso de confiança;
zação;
IV - prática de ato faltoso com premeditação ou em conluio
XXXII - trocar de cela sem autorização; com o funcionário ou outro preso;

XXXIII - arregimentar preso, com intuito de práticas ilícitas, V - prática de falta disciplinar durante o cumprimento de san-
salvo se não constituir falta mais grave. ção disciplinar de qualquer natureza.

Seção III Parágrafo único. Cada agravante importa no aumento de 02


Das Faltas Disciplinares de Natureza Grave (dias) de sanção, podendo ser aplicada cumulativamente, respeitando o
teto máximo legal.
Art. 29. Consideram-se faltas disciplinares de natureza grave:
Seção V
I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem Das Medidas Cautelares
ou a disciplina;
Art. 32. Deve ser aplicada a medida preventiva de segurança
II - fugir; pessoal, quando, provocada pelo próprio interessado ou quando pe-
sem informações, devidamente fundamentadas, de que estaria ameaçada
III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a sua integridade física, observando-se, nesse caso, as normas específi-
integridade física de outrem; cas da SEAP e das Unidades Prisionais, quanto aos procedimentos a
serem adotados e seus prazos.
IV - ter em sua posse, utilizar ou fornecer aparelho telefônico,
de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou § 1º Nos casos em que a medida preventiva de segurança
com o ambiente externo; pessoal for solicitada pelo próprio interessado, o pedido deve ser for-
mulado por escrito ou colhida sua declaração, devendo em ambos,
V - provocar acidente de trabalho; constar as razões que levaram à solicitação.

VI - deixar de prestar obediência ao servidor e respeito a qual- § 2º Nos casos de adoção da medida preventiva de segurança
quer pessoa com quem deva relacionar-se; pessoal, sem prejuízo dos prazos estipulados, deve o preso manifes-
tar-se, por escrito, pela continuidade ou não, a cada 30 (trinta) dias.
VII - deixar de executar o trabalho, as tarefas e as ordens rece-
bidas; § 3º As celas destinadas à medida preventiva de segurança
pessoal devem ser totalmente separadas das alas destinadas ao restante
VIII - praticar fato previsto como crime doloso. da população prisional, não sendo admitido agrupar os presos vulnerá-
veis em alas ou celas de destinação diversa desse fim.
Seção IV
Das Atenuantes e das Agravantes § 4º As medidas coercitivas serão aplicadas exclusivamente
para o restabelecimento da normalidade e cessarão, de imediato, por
Art. 30. São circunstâncias atenuantes na aplicação das pena- determinação do Diretor-Geral ou do Diretor de Segurança, após atin-
lidades: gida a sua finalidade.

I - bom comportamento do preso e ausência de falta anterior; § 5º Os meios de coerção, como algemas e instrumentos análo-
gos, somente poderão ser utilizados nos seguintes casos:
II - pouca importância do preso na participação do fato;
I - como medida de precaução contra fuga, durante o deslocamento
III - confissão espontânea; do preso, podendo ser retiradas, salvo se absolutamente necessária;

IV - colaboração pela elucidação da falta ignorada ou imputada II - por motivo de saúde, segundo recomendação médica;
a outrem;
III - em circunstâncias excepcionais, quando indispensável
V - ressarcimento dos danos materiais. utilizá-los em razão de perigo iminente para a vida do preso, de servi-
dor ou de terceiros.
§ 1º Cada atenuante implica redução de 02 (dois) dias da san-
ção a ser imposta, podendo ser aplicada cumulativamente. Art. 33. Nos demais casos a administração deve adotar as
providências necessárias para garantir a ordem e a disciplina na Unida-
§ 2º A delação de partícipes ou coautores importará na redução de Prisional.
da sanção a metade e em análise pelo Presidente do Conselho Discipli-
nar da diminuição do período de reabilitação de 1/3 a 2/3. Seção VI
Do Regime Disciplinar Diferenciado
Art. 31. São circunstâncias agravantes na aplicação das pena-
lidades: Art. 34. A prática de fato previsto como crime doloso constitui
falta grave e quando ocasione subversão da ordem ou da disciplina interna
I - reincidência em falta disciplinar, nos termos do art. 63 do sujeita o preso provisório ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao
Código Penal; regime disciplinar diferenciado com as seguintes características:
D. O. PODER EXECUTIVO QUARTA- FEIRA, 18 - ABRIL - 2018 9
I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo III - esteja litigando judicial ou administrativamente com o
de repetição da sanção por nova falta grave da mesma espécie, até o interessado e/ou respectivo cônjuge ou companheiro (a).
limite de um sexto da pena aplicada;
Art. 41. A autoridade ou o servidor que incorrer em impedimen-
II - recolhimento em cela individual; to deve comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar.

III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, Parágrafo único. A omissão do servidor quanto ao dever de
com duração de duas horas; comunicar o seu impedimento resulta na instalação de apuração preli-
minar.
IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 (duas) horas
diárias para banho de sol. Art. 42. Pode ser arguida a suspeição da autoridade ou do
servidor que tenha amizade íntima ou inimizade notória com o preso,
§ 1º O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar ou com seu respectivo cônjuge, companheiro (a), parentes e afins até o
presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apre- terceiro grau.
sentem alto risco para a ordem e para a segurança da Unidade Prisional
ou da sociedade. Art. 43. O indeferimento da alegação de suspeição pode ser
objeto de recurso, sem efeito suspensivo, endereçado à autoridade com-
§ 2º Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferencia- petente.
do o preso provisório ou o condenado sobre o qual recaiam fundadas
suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em orga- Seção I
nizações criminosas, quadrilhas ou bando. Do Procedimento Disciplinar do Preso Sob Monitoração
Eletrônica
Art. 35. O pedido de aplicação do regime disciplinar diferenciado
será dirigido ao juiz competente, conforme dispõe a Lei de Execução Penal. Art. 44. A violação dos deveres previstos no artigo 146-C e
parágrafo único da Lei Federal nº 7.210 de 1984, a Lei de Execução
Art. 36. Devem ser observados, quando da introdução do Penal, bem como os deveres contidos em ato normativo próprio da
regime disciplinar diferenciado, no mínimo, os seguintes aspectos: SEAP ou em portarias conjuntas, ensejará a abertura de procedimento
disciplinar contra o faltoso que estiver sob monitoração eletrônica
I - sistema de rodízio mensal entre os agentes penitenciários executória.
que entrem em contato direto com os presos provisórios e condenados;
Art. 45. Ao monitorado faltoso, que praticar falta grave nos
II - critérios restritivos de acesso dos presos provisórios e termos da Lei de Execução Penal e deste Decreto, poderá ser determi-
condenados aos meios de comunicação e de informação; nado isolamento preventivo, por ato motivado, por período não supe-
rior a 10 (dez) dias.
III - normas que disciplinem o cadastro e agendamento prévio
das entrevistas dos presos provisórios ou condenados com seus advo- Art. 46. A Regionalização da Monitoração Eletrônica da Su-
gados, regularmente constituídos nos autos da ação penal ou processo pervisão de Monitoração Eletrônica - SME, que determina as Unida-
de execução criminal, conforme o caso. des de suporte entre as Unidades Prisionais do Estado, designará a
competência para a apuração do procedimento, salvo nos casos em que
Art. 37. No caso de motim, apurada a autoria, o Diretor-Geral o interno já tenha retornado ao cárcere, que nesse caso será o da Unida-
da Unidade Prisional, se julgar necessário e com anuência da autoridade de Prisional que detêm sua custodia.
administrativa competente, providenciará a transferência do preso, co-
municando-a ao juiz responsável no prazo de até 24 (vinte quatro) horas. §1º A SME será a competente para instaurar, instruir e julgar os
procedimentos na região metropolitana da Capital.
Art. 38. A SEAP disporá acerca do Regime Disciplinar Dife-
renciado em normativo específico, observada a legislação aplicável. §2º O procedimento será sumaríssimo e as provas deverão ser
pré-constituídas pelas partes e apresentadas em audiência una designa-
TÍTULO III da para ouvir e julgar o faltoso.
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR, DA SANÇÃO DISCIPLI-
NAR, DA CLASSIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO E DA §3º A SME deverá subsidiar o procedimento disciplinar com o
REABILITAÇÃO relatório analítico de violação com a descrição detalhada dos fatos.
CAPÍTULO I
§4º Aplica-se ao monitorado, no que couber, as normas gerais
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR
deste Decreto.
Art. 39. Para fins deste Decreto, entende-se como procedi-
Seção II
mento disciplinar o conjunto de atos coordenados para apurar determi-
nado fato definido como infração disciplinar e sua respectiva autoria. Da Formação do Conselho Disciplinar

Art. 40. Fica impedido de atuar em procedimento disciplinar o Art. 47. A nomeação dos membros do Conselho Disciplinar se
servidor ou a autoridade que: dará mediante portaria expedida pelo Diretor-Geral da Unidade Prisional,
para atuação por um período de 1 (um) ano.
I - tenha interesse direto ou indireto na matéria;
Art. 48. O Conselho Disciplinar é composto por:
II - tenha participado ou venha a participar como perito, teste-
munha ou representante, ou se tais situações ocorrerem quanto ao I - Presidente: representado pelo Diretor-Geral da Unidade
cônjuge, companheiro (a) ou parente e afins até o terceiro grau; Prisional que poderá delegar a função a um dos diretores setoriais;
10 QUARTA-FEIRA, 18 - ABRIL - 2018 D. O. PODER EXECUTIVO

II - Secretário: representado por servidor da Unidade Prisional § 3º Na remessa de procedimento que envolva mais de um
nomeado pelo Diretor-Geral; interno, verificar para qual unidade prisional cada um foi transferido e
encaminhar a remessa para que cada uma delas dê a devida continuida-
III - Defesa: representada pela Defensoria Pública, ou por ad- de, separadamente, ao procedimento em relação ao seu interno.
vogado constituído, ou pelo Especialista Penitenciário Jurídico lotado
na unidade, neste último caso, observada a portaria vigente;
§ 4º Excepcionalmente, com as devidas justificativas e em
IV - Membros deliberantes titulares: serão 3 (três) servidores e razão da demanda, a Unidade Prisional poderá constituir mais de um
sempre que possível deverão ser representados por: Conselho Disciplinar, inclusive com membros de Unidades próximas,
por prazo não superior a 60 (sessenta) dias.
a) 01 (um) representante da Segurança;
Art. 53. São atribuições dos membros do Conselho Disciplinar:
b) 01 (um) Especialista Penitenciário;
I - Presidente: gerenciar o procedimento, decidir sobre inciden-
c) 01 (um) representante da Diretoria Administrativa e Atendi- tes, inquirir o preso visando esclarecer e dirimir dúvidas acerca dos
mentos;
fatos e circunstâncias da ocorrência, solicitar diligências e informações
V - 03 (três) membros deliberantes suplentes. aos setores da Unidade Prisional, podendo delegar ao Secretário, e
realizar a dosimetria da sanção;
§ 1º Cada membro deliberante titular terá um suplente escolhi-
do de sua mesma área de atuação. II - Secretário: instruir o procedimento, realizando as oitivas e
diligências sob supervisão do Presidente, podendo tomar todas as me-
§ 2º O Conselho Disciplinar somente poderá funcionar com a didas necessárias para a rápida apuração do fato;
totalidade de seus membros.
III - Defesa: garantir o direito do preso ao contraditório e a
§ 3º Compete ao Especialista Penitenciário Jurídico auxiliar ampla defesa;
tecnicamente o Conselho Disciplinar e participar das reuniões, sem
direito a deliberar, salvo quando houver advogado constituído ou de-
fensor público. IV - Membros deliberantes titulares: analisar, deliberar e deci-
dir sobre o cometimento ou não da falta disciplinar pelo interno;
§ 4º O Conselho Disciplinar reunir-se-á, ordinariamente, uma vez
por semana, mantendo a constância do dia da semana a ser fixado pelo V - Suplentes: substituir os membros titulares do Conselho
Diretor-Geral da Unidade e, extraordinariamente, quando convocado. Disciplinar.

§ 5º Será impedido de participar do Conselho o servidor que: Parágrafo único. De acordo com a demanda de trabalho do
Conselho Disciplinar, o Diretor-Geral poderá designar auxiliares para
I - lavrou o comunicado; viabilizar a celeridade do procedimento.
II - for arrolado como testemunha do fato;
Seção IV
III - possua relação de parentesco, amizade ou desafeto com o Da Instauração
preso ou funcionário envolvido na ocorrência.
Art. 54. Havendo indícios da falta disciplinar, será lavrado
Seção III Comunicado de Ocorrência, conforme Anexo I, relatando os fatos para
Da Competência do Conselho Disciplinar que seja instaurado procedimento disciplinar visando sua apuração,
devendo:
Art. 49. O Conselho Disciplinar funcionará como órgão
sindicante, judicante e de assessoramento do Diretor-Geral. I - providenciar, caso o servidor presenciar ou tiver ciência do
cometimento de qualquer infração disciplinar, a formalização do comu-
Art. 50. Compete ao Conselho Disciplinar analisar, deliberar e
decidir acerca das faltas disciplinares sejam elas graves, médias ou leves nicado com a descrição detalhada dos fatos, individualização dos en-
e o Diretor-Geral aplicar as respectivas sanções. volvidos e rol de testemunhas;

Art. 51. Em nenhuma hipótese, o procedimento disciplinar pode- II - lavrar apenas um Comunicado de Ocorrência na hipótese
rá ficar sem conclusão após a sua instauração, salvo nos procedimentos de dois ou mais presos figurarem no mesmo evento, contendo a identi-
que envolvam mais de um preso e se torne, por algum motivo justificado, ficação de todos os possíveis envolvidos;
impossível a sua instrução, devendo, neste caso, ser arquivado.
III - encaminhar ao Diretor da Unidade Prisional para que se-
Art. 52. O procedimento disciplinar deverá ser apurado na jam adotadas as medidas cautelares que se fizerem necessárias e as
Unidade Prisional onde foi instaurado.
demais providências cabíveis;
§ 1º Sendo impossível a apuração de falta disciplinar pela
urgência de transferência, a Unidade para onde o infrator for transferi- IV - registrar o comunicado no livro de ocorrências do plantão.
do dará continuidade à apuração.
§ 1º Nos casos de a falta disciplinar do preso estiver suposta-
§ 2º Na hipótese prevista no § 1º, a unidade de origem remeterá, mente relacionada com infração funcional, deve, também, o Diretor-
preferencialmente por e-mail, para a unidade de transferência a ocor- Geral encaminhar comunicado a Corregedoria do Sistema Penitenciário
rência do fato, a portaria de instauração do procedimento, o termo de para as providencias cabíveis.
declaração das testemunhas, as provas, se houver, bem como qualquer
outro documento pertinente e necessário à apuração, em até 05 (cinco) § 2º Quando a falta disciplinar também constituir ilícito penal,
dias, contados da data da transferência. a autoridade policial deve ser imediatamente comunicada.
D. O. PODER EXECUTIVO QUARTA- FEIRA, 18 - ABRIL - 2018 11
Art. 55. O Diretor-Geral da Unidade Prisional pode determi- V - termo de declaração dos envolvidos (autor, vítima e teste-
nar, por ato motivado, e como medida cautelar, o isolamento preventi- munha);
vo, por período não superior a 10 (dez) dias, quando pesem contra o
preso: VI - cópia do oficio de comunicação ao juiz competente da
abertura do procedimento disciplinar.
I - informações devidamente fundamentadas, de que cometeu
ou estaria prestes a cometer infração disciplinar de natureza grave; § 1º A cópia de ofício dando ciência à Defensoria Pública ou
advogado constituído deverá ser juntada ao processo após a Notifica-
II - no interesse da disciplina ou; ção do preso acerca da data da oitiva, instruindo-os sobre a instauração
do procedimento disciplinar e respectivos prazos.
III - no interesse da averiguação do fato.
§ 2º Na impossibilidade de notificação do preso em razão de
Parágrafo único. Determinado o isolamento preventivo, é de- fuga ou abandono, o Secretário do Conselho deverá solicitar ao Diretor
ver do Diretor-Geral da Unidade Prisional comunicar à Vara de Execu- da Unidade Prisional o sobrestamento do procedimento até a recaptura,
ção Penal ou à autoridade judicial competente sobre a motivação da informando a autoridade judicial competente para eventual decisão
adoção da medida tratada no caput deste artigo, bem como determinar
cautelar.
a instauração do correspondente procedimento disciplinar.
§ 3º O Especialista Penitenciário Jurídico deverá auxiliar na
Art. 56. Decidindo pelo cabimento do isolamento preventivo
defesa, em sede de procedimento disciplinar de interno, quando na
do preso faltoso, nos termos do que dispõe o artigo anterior, o Diretor-
ausência da Defensoria Pública ou procurador.
Geral da Unidade Prisional deverá observar as seguintes condicionantes:

I - o isolamento preventivo deve ser computado no período de § 4º É facultada a apresentação de defesa prévia no prazo de 02
cumprimento da eventual sanção disciplinar; (dois) dias úteis, sendo facultado arrolar testemunhas ou requerer dili-
gências.
II - findo o prazo de isolamento preventivo e não havendo
decisão final sobre a aplicação da respectiva sanção, deve o preso Art. 59. Admite-se, no processo disciplinar, todos os meios de
retornar ao convívio comum até a decisão final, proferida por autorida- prova admitidos em direito.
de competente;
§ 1º A Administração Pública e a defesa poderão arrolar até três
III - o prazo do isolamento preventivo começa a contar da data testemunhas cada.
de inclusão em cela de isolamento disciplinar ou outro local destinado
para esse fim. § 2º O Conselho Disciplinar, através do seu Secretário, poderá
requerer auxílio técnico de qualquer pessoa quando necessário.
Art. 57. O Diretor-Geral, ao receber o comunicado de ocorrên-
cia, terá 05 (cinco) dias, contados da data do fato, para analisar e decidir: § 3º O Conselho Disciplinar, através do seu Secretário, poderá
solicitar, para fins de instrução, arquivos, registros, dados e informa-
I - pela instauração do procedimento disciplinar, atendendo o ções existentes em todos os setores do Sistema Penitenciário do Estado
que se segue: do Maranhão.

a) fixar isolamento preventivo, conforme o caso; § 4º O Conselho Disciplinar deve considerar o ônus probatório
da administração e da defesa, podendo limitar ou excluir as provas que
b) comunicar a Autoridade Policial, em caso de ilícito penal; considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias, bem como apreciá-
las e dar especial valor às regras técnicas e de praxe administrativa.
c) comunicar ao juiz competente, nos casos de falta grave,
tanto da instauração do procedimento quanto de eventual isolamento Art. 60. A oitiva com tomada de declaração das testemunhas e
preventivo imposto; da vítima, quando houver, e a inquirição do acusado ocorrerão em local
e data indicados pelo Conselho Disciplinar, por meio de seu Secretário,
d) remeter o comunicado de ocorrência com seu despacho de podendo as oitivas e a sessão de julgamento ser realizadas em audiência
abertura, para o Secretário do Conselho Disciplinar dar prosseguimento; una, a depender da disponibilidade do Conselho Disciplinar da Unida-
de Prisional, ouvida a defesa.
II - pelo arquivamento.
§ 1º O Secretário do Conselho Disciplinar deve informar ao
Art. 58. O processo disciplinar deverá ser instruído pelo Se-
acusado do seu direito de permanecer calado e de não responder às
cretário do Conselho Disciplinar, com os seguintes documentos:
perguntas que lhe forem formuladas.
I - comunicado de Ocorrência com despacho do Diretor-Geral;
§ 2º O silêncio não importa em confissão nem deve ser inter-
II - boletim de Ocorrência Policial, em caso de ilícito penal; pretado em prejuízo da defesa.

III - cópia da guia de encaminhamento para exame de corpo de § 3º Finda a instrução será elaborado, pelo Secretário, um
delito, quando for o caso; relatório com a síntese do apurado e seu respectivo parecer.

IV - cópia da notificação do preso acerca da data da oitiva, nos § 4º Quando o procedimento envolver mais de um interno e,
moldes do Anexo II, onde constará a informação da facultatividade de após ser concluída a instrução, não houver a possibilidade de
apresentação de defesa prévia no prazo de 02 (dois) dias úteis, a contar individualização da autoria, deverá o Conselho deliberar pelo arquiva-
da ciência do responsável indicado para defesa; mento comunicando à defesa de sua decisão.
12 QUARTA-FEIRA, 18 - ABRIL - 2018 D. O. PODER EXECUTIVO

Seção V § 2º Decidindo pela condenação, deverá constar na decisão:


Da Sessão de Julgamento
I - determinação do registro no PGPJ, por meio da respectiva
Art. 61. Na sessão de julgamento o preso deverá estar presente. Certidão de Condenação constante do Anexo IV deste Decreto, a qual
fixará o período de reabilitação;
§ 1º Se o preso não estiver na Unidade Prisional por motivo de
atendimento médico, comparecimento ao fórum ou qualquer outra ra- II - registro no Sistema de Gestão Informatizado;
zão que justifique sua ausência, seu julgamento será adiado e deverá ser
agendada nova sessão. III - comunicação, via oficio, a autoridade judicial competente
e encaminhamento do procedimento completo nos casos de falta grave;
§ 2º Na impossibilidade de realização da sessão de julgamento
do preso em razão de fuga, o Secretário do Conselho Disciplinar deverá IV - comunicação à autoridade policial competente quando, ao
solicitar ao Diretor-Geral da Unidade Prisional o sobrestamento do final do procedimento, restar caracterizada a conduta faltosa como
procedimento até a recaptura, informando a autoridade judicial compe- ilícito criminal;
tente para eventual decisão cautelar.
V - requisição de internação em regime disciplinar diferenciado,
§ 3º Sendo recapturado, deve ser feita a remessa do procedi- se for o caso.
mento sobrestado para a Unidade onde o preso estiver custodiado para
a sua devida conclusão. Art. 67. Sobre possível responsabilidade civil de danos causa-
dos ao patrimônio do Estado, remeter-se-á cópia do procedimento
§ 4º O Conselho exercerá suas atividades com independência e para a autoridade competente.
imparcialidade, assegurando o sigilo necessário à elucidação do fato e
ao exigido pelo interesse público, devendo as sessões ter caráter reser- Parágrafo único. Os danos causados pelo preso devem ser
vado. ressarcidos sem prejuízo das sanções disciplinares previstas.

Art. 62. Será lido o relatório do Secretário do Conselho Disci- Art. 68. A ciência do preso e de seu defensor acerca do teor da
plinar. decisão será dada na própria audiência.

Art. 63. O Presidente do Conselho Disciplinar informará ao Art. 69. O Conselho Disciplinar absolverá o preso desde que
preso e aos membros do Conselho: reconheça:

I - a classificação da conduta, caracterizando as ações pratica- I - não existir prova do cometimento da infração;
das em falta leve, média ou grave;
II - estar provado que o preso não participou do fato, haver
II - a vida pregressa do preso na Unidade Prisional; e dúvida da sua participação ou o fato não está previsto como falta
disciplinar;
III - a oportunidade de o preso realizar suas considerações
finais. III - ocorrer prescrição da infração de acordo com o artigo 75 do
presente Decreto.
Art. 64. A defesa poderá ser oral ou reduzida a termo, sendo a
última obrigatória em casos de falta grave. Parágrafo único. Deve também o Conselho Disciplinar enten-
der pela absolvição do preso que tenha praticado a falta:
Art. 65. O preso será retirado da sala para que ocorra a delibe-
ração de cada um dos membros do Conselho Disciplinar, limitando-se I - por legítima defesa própria ou de terceiros;
a deliberar pela condenação ou absolvição do preso, motivadamente.
II - em cumprimento de ordem não manifestamente ilegal;
§ 1º Durante cada deliberação do Conselho Disciplinar, a defe-
sa e os demais membros não poderão interferir ou expressar opinião de III - em situação de inexigibilidade de conduta diversa ou coa-
modo a não tumultuar o julgamento. ção irresistível;

§ 2º Cada uma das deliberações será reduzida a termo na ata da IV - em razão do estado de necessidade.
sessão.
Art. 70. O preso poderá solicitar a Reconsideração do ato
punitivo, com efeito devolutivo, no prazo de 03 (três) dias úteis, con-
§ 3º Em caso de arguição de desclassificação, cada membro
tados a partir da data da ciência da decisão, em qualquer das hipóteses
deverá expressar-se a favor ou contra a desclassificação da falta.
a seguir:
Art. 66. Compete ao Diretor-Geral ratificar o relatório final, I - quando houver novas provas que alterem a apuração procedida;
determinando à área competente que cumpra o disposto nos autos, ou
discordar e despachar sobre as diligências e decisões que se fizerem II - quando a decisão for manifestamente contrária às provas
necessárias, devendo constar da decisão a indicação da absolvição ou da ou em desacordo com a disposição legal;
condenação do preso.
III - quando houver decisão fundada em provas falsas;
§ 1º Decidindo pela absolvição, deverá ser expedida a respec-
tiva Certidão de Absolvição, na forma do Anexo III, a ser juntada no IV - quando o julgamento for realizado por Conselho Discipli-
Prontuário Geral Padronizado Jurídico - PGPJ, devendo tal decisão ser nar com formação contrária ao determinado pelos artigos 47 e 48 deste
comunicada, mediante oficio, à autoridade judicial competente. Decreto.
D. O. PODER EXECUTIVO QUARTA- FEIRA, 18 - ABRIL - 2018 13
§ 1º O pedido de reconsideração será recebido apenas com § 4º Não corre a prescrição enquanto o preso que praticou a
efeito devolutivo. falta disciplinar estiver foragido.

§ 2º O pedido de reconsideração não pode ser reiterado. § 5º Suspende-se o cômputo do prazo previsto neste artigo
sempre que restar impossibilitado o andamento do procedimento por
§ 3º O pedido de reconsideração de que trata este artigo será motivo de atendimento médico, comparecimento ao fórum ou qualquer
dirigido ao Presidente do Conselho da Unidade Prisional, que terá o outra razão que justifique sua ausência.
prazo de 03 (três) dias úteis para decidir, comunicando imediatamente
sua decisão fundamentada ao preso recorrente ou seu defensor consti- § 6º Nos casos de fuga ou reiteradas ausências, reinicia-se o
tuído, que assinará cópia a ser juntada aos autos de apuração. cômputo do prazo a partir da data do reingresso do preso no sistema
prisional.
Art. 71. Do indeferimento total ou parcial do Pedido de
Reconsideração, caberá Recurso, com efeito apenas devolutivo, à Su- Art. 76. No caso de recaptura do preso, a Unidade Prisional
pervisão de Procedimento Disciplinar, a qual terá o prazo de 10 (dez) que o receber deve comunicar, imediatamente, à Supervisão de Procedi-
dias úteis para analisar e decidir sobre o pleito, devendo comunicar o mento Disciplinar, bem como à Unidade na qual se encontrava recolhi-
teor da decisão ao preso recorrente ou ao seu defensor constituído. do por ocasião da fuga ou abandono, a fim de se concluir o procedimen-
to disciplinar sobrestado.
§1º O Recurso de que trata o caput deste artigo deverá ser
interposto no prazo de até 3 (três) dias úteis contados da data do Seção VII
indeferimento do Pedido de Reconsideração. Do Incidente de Instrução

§2º As hipóteses de cabimento de Recurso são as mesmas Art. 77. Considera-se incidente de instrução o descumprimento
elencadas no art. 70 deste Decreto que versam sobre o Pedido de ou a inobservância de dispositivo constante deste Decreto, bem como
Reconsideração. qualquer ato que contrarie norma legal no decorrer do procedimento
disciplinar.
Art. 72. Somente após tornar-se definitiva, será a punição
efetivada e registrada no prontuário do preso. § 1º São incidentes de instrução os atos não motivados, as
decisões e as propostas destituídas de fundamento, bem como todo ato
Art. 73. Na hipótese do concurso de infrações disciplinares, que possa prejudicar o andamento do procedimento.
aplica-se a pena da mais grave, somando para a outra infração no caso
de falta grave 5 (cinco) dias, falta média 3 (três) dias e para falta leve 2 § 2º Quando o procedimento apresentar incidente de instrução
(dois) dias, observando-se sempre o limite máximo de 30 dias de isola- caberá ao Diretor-Geral da Unidade Prisional a avaliação e a aplicação
mento. das medidas necessárias para cessar ou reparar o prejuízo.

Seção VI § 3º Devem ser adotadas medidas administrativas e/ou judici-


Da Extinção da Punibilidade ais, quando o disposto neste artigo for praticado de forma dolosa.

Art. 74. Extingue-se a punibilidade da infração disciplinar: CAPÍTULO II


DA SANÇÃO DISCIPLINAR
I - pela morte do preso;
Art. 78. São sanções disciplinares leves:
II - pela retroatividade de lei ou regulamento que não mais
considera o fato como falta disciplinar; I - advertência verbal;

III - pela prescrição; II - repreensão.

IV - por alvará de soltura, salvo se por outro motivo deva Parágrafo único. A partir da terceira condenação em falta leve,
permanecer preso. o Diretor-Geral poderá determinar sanção de isolamento celular de 1
(um) a 10 (dez) dias, podendo ser cumulado com a suspensão ou
Art. 75. A prescrição da pretensão punitiva e executória ocor- restrição de direitos por igual período.
rerá em:
Art. 79. Consideram-se sanções disciplinares médias:
I - 360 (trezentos e sessenta) dias, para faltas graves;
I - suspensão ou restrição de direitos;
II - 180 (cento e oitenta) dias, para faltas médias;
II - isolamento na própria cela ou local adequado por um perí-
III - 90 (noventa) dias, para faltas leves. odo mínimo de 10 (dez) dias até 20 (vinte) dias, podendo ser cumulado
com a suspensão ou restrição de direitos por igual período.
§ 1º A prescrição da pretensão punitiva começa a correr a partir
da data do conhecimento, pela Administração, da prática da infração Art. 80. Consideram-se sanções disciplinares graves:
disciplinar.
I - o isolamento na própria cela, ou em local adequado, por
§ 2º A instauração do procedimento disciplinar interrompe a período mínimo de 21 (vinte e um) dias até 30 (trinta) dias, podendo ser
prescrição. cumulado com a suspensão ou restrição de direitos por igual período.

§ 3º A prescrição da pretensão executória da sanção começa a II - inclusão no regime disciplinar diferenciado após decisão
correr a partir da data da decisão do Conselho Disciplinar; judicial, conforme disciplinado neste Regulamento.
14 QUARTA-FEIRA, 18 - ABRIL - 2018 D. O. PODER EXECUTIVO

Art. 81. A suspensão ou restrição de direitos e o isolamento na IV - mau: quando registra a prática de faltas disciplinares de
própria cela ou em local adequado não podem exceder a 30 (trinta) dias. natureza grave, sem reabilitação de comportamento.

Parágrafo único. O prazo tratado no caput deste artigo não Parágrafo único. A infração disciplinar de natureza grave im-
atinge as internações em regime disciplinar diferenciado. plica na proposta de regressão do regime.

§ 1º Durante o cumprimento de sanção disciplinar de isola- Art. 88. Para avaliação, deve ser considerado, quando for o
mento celular anterior, é vedado aplicar cumulativamente novo tempo caso, o comportamento do preso desde a permanência em Unidade
que supere o teto de 30 (trinta) dias. Prisional anterior, ainda que subordinada a Secretaria de Estado da
Segurança Pública - SSP.
§ 2º Em caso de duas ou mais condenações, deverá ser respei-
tado o interstício de 10 (dez) dias, entre sanções, devendo o preso Art. 89. O Diretor-Geral da Unidade não pode atestar o com-
retornar ao convívio comum a cada 30 (trinta) dias de isolamento. portamento do preso enquanto tramitar procedimento para apuração
de falta disciplinar.
Art. 82. O preso, antes e depois da aplicação da sanção disci-
Parágrafo único. Caso o procedimento disciplinar não seja
plinar de isolamento, deve ser submetido a exame de saúde que ateste
concluído no prazo regulamentar, que inclui, se houver, a prorrogação,
suas condições físicas e, havendo necessidade, a exame médico.
o pedido de reconsideração e recurso, deve ser emitido o atestado de
comportamento do preso.
Parágrafo único. O relatório de saúde e/ou médico, deve ser
anexado ao prontuário de saúde do preso.
Art. 90. Deve ser rebaixado o conceito de comportamento do
preso que sofrer sanção disciplinar, em quaisquer regimes de cumpri-
Art. 83. Aos presos recolhidos em cela de isolamento celular, mento de pena.
quando não houver impedimentos de segurança e/ou de estrutura, é
assegurado o disposto no inciso V do artigo 4º deste Decreto. Art. 91. O preso tem, no âmbito administrativo, os seguintes
prazos para reabilitação do comportamento, contados a partir do co-
Art. 84. Aos presos em cumprimento de sanção disciplinar, metimento da infração disciplinar.
recolhidos em cela de isolamento, é permitida a posse de material bási-
co de higiene pessoal, um segundo uniforme padrão ou vestuário pes- I - um a três meses para as faltas de natureza leve;
soal para troca e livros instrutivos e/ou recreativos do acervo da bibli-
oteca ou da sala de leitura da Unidade. II - quatro a seis meses para as faltas de natureza média;

Art. 85. O isolamento, a suspensão e a restrição de direitos III - nove a doze meses para as faltas de natureza grave.
não poderão exceder a trinta dias, ressalvada a hipótese do regime
disciplinar diferenciado. Art. 92. O cometimento de falta disciplinar de qualquer natu-
reza, durante o período de reabilitação, acarreta a imediata suspensão
§ 1º Durante o cumprimento de sanção disciplinar de isola- do tempo até então cumprido.
mento celular anterior, é vedado aplicar cumulativamente novo tempo
que supere o teto de 30 (trinta) dias. Parágrafo único. Exige-se novo tempo para a reabilitação, que
deve ser somado ao tempo restante da falta anterior.
§ 2º Em caso de duas ou mais condenações, deverá ser respei-
tado o interstício de 10 (dez) dias, entre sanções, devendo o preso Art. 93. Para fins de instrução de pedido de progressão de
retornar ao convívio comum a cada 30 (trinta) dias de isolamento. regime, concessão de livramento condicional, indulto ou comutação de
penas, o Diretor-Geral da Unidade Prisional deve encaminhar à autori-
Art. 86. É isento de sanção disciplinar o preso que praticar a dade judicial competente, mediante requerimento, o Atestado de Com-
falta em consequência de alteração comprovada de sua saúde mental. portamento do Preso, conforme Anexo V deste Decreto.

CAPÍTULO III § 1º O Atestado de Comportamento do Preso será composto


DA CLASSIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO E DA da devida qualificação deste, bem como da avaliação de seu comporta-
REABILITAÇÃO mento e do respectivo prazo de validade assim considerado:

I - de trinta dias na hipótese de bom ou ótimo;


Art. 87. Para fins administrativos e judiciais, o comportamen-
to do preso condenado em qualquer regime de cumprimento de pena
II - de um a três meses para as faltas de natureza leve;
nas Unidades Prisionais de responsabilidade da SEAP é classificado
como:
III - de quatro a seis meses para as faltas de natureza média;
I - ótimo: quando decorrente da ausência de cometimento de IV - de nove a doze meses para as faltas de natureza grave.
falta disciplinar, desde o ingresso do preso no Sistema Penitenciário do
Estado do Maranhão, há, no mínimo um ano, somados a uma conces- § 2º Aberto procedimento disciplinar para apuração de falta,
são de elogio, ao menos; esta deverá ser devidamente informada nos autos de execução compe-
tente, para fins de ser desconsiderado o bom ou ótimo comportamento
II - bom: quando decorrente da ausência de cometimento de anteriormente informado.
falta disciplinar ou do registro de faltas disciplinares já reabilitadas,
desde o ingresso do preso no Sistema Penitenciário do Estado do Art. 94. Os advogados, com poderes conferidos por procura-
Maranhão até o momento do requerimento do benefício em Juízo; ção, que necessitarem de Atestado de Comportamento do Preso para
instruir petição para requerimento de benefício ao seu cliente, devem
III - reprovável: quando registra a prática de faltas disciplina- encaminhar pedido ao Diretor-Geral da Unidade, mencionando o fim a
res de natureza média ou leve, sem reabilitação de comportamento; que se destina.
D. O. PODER EXECUTIVO QUARTA- FEIRA, 18 - ABRIL - 2018 15
§ 1º Quando do recebimento do pedido, a Unidade Prisional Art. 96. No caso de isolamento preventivo do faltoso, a crité-
deve providenciar o Atestado de Comportamento do Preso, no prazo rio do Diretor-Geral da Unidade Prisional, o procedimento administra-
máximo de 05 (cinco) dias, e entregá-la, mediante comprovante, fican- tivo deve ser concluído, preferencialmente, no prazo de 10 (dez) dias.
do vedada sua retirada por terceiros.
Art. 97. O não comparecimento do defensor ou procurador do
§ 2º Via de igual teor do Atestado de Comportamento do Preso preso, qualquer que seja o procedimento, não acarreta a suspensão dos
deve ficar devidamente arquivada no prontuário do preso. trabalhos ou prorrogação dos prazos, devendo nessa situação ser no-
meado profissional da SEAP.
§ 3º Caso os profissionais a que se refere o caput deste artigo
venham a fazer uso diverso dessas informações ou se, eventualmente, Art. 98. O preso, a vítima ou a testemunha que sejam portado-
venham a alterar os dados delas constantes, devem responder pelo res de deficiência ou que sejam acometidos por limitação ou necessida-
ilícito nas esferas competentes. de especial, ainda que temporárias, poderão requerer atendimento es-
pecial para a realização de atos e procedimentos, ficando o pedido, em
§ 4º O familiar do(a) preso(a), devidamente cadastrado como todo caso, sujeito à análise de sua legalidade, viabilidade e razoabilidade.
seu visitante, poderá solicitar a Direção da Unidade Prisional o Atesta-
do de Comportamento do Preso, a Unidade Prisional providenciará o Art. 99. A SEAP disponibilizará no formato digital os anexos
atestado no prazo máximo de 05 (cinco) dias, uma cópia recibada pelo constantes deste Decreto.
familiar deverá ser juntada ao prontuário do preso.
Art. 100. Fica revogado o Decreto 31.356, de 20 de novembro
de 2015.
TÍTULO IV
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 101. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 95. O procedimento disciplinar deve ser concluído em até PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO,
30 (trinta) dias contados a partir da data da edição da portaria EM SÃO LUÍS, 17 DE ABRIL DE 2018, 197º DA INDEPENDÊN-
CIA E 130º DA REPÚBLICA.
instauradora.
FLÁVIO DINO
Parágrafo único. O procedimento disciplinar cuja conclusão Governador do Estado do Maranhão
não puder se ocorrer no período previsto no caput deste artigo, poderá
ser prorrogado uma única vez mediante pedido do Secretário do Conse- RODRIGO PIRES FERREIRA LAGO
lho Disciplinar e decisão do Diretor-Geral da Unidade Prisional. Secretário-Chefe da Casa Civil

ANEXO I
COMUNICADO DE OCORRÊNCIA

REGISTRO DE OCORRÊNCIA Nº. ____ /201_ DATA: / /201__. Às ____h___min.

UNIDADE PRISIONAL: LOCAL (bloco, vivência, cela etc.):

PLANTÃO:

TESTEMUNHA (S): Máximo 03 MATRÍCULA PROVA (S) EM ANEXO (enumerar):


1.
2.
3.

PRESOS ENVOLVIDOS:
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________

DESCRIÇÃO DO EVENTO:
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________________

DESPACHO DO DIRETOR/PRESIDENTE DO CONSELHO São Luís, Maranhão, ___/____/ 201_.


16 QUARTA-FEIRA , 18 - ABRIL - 2018 D.O. PODER EXECUTIVO

Encaminhe-se ao setor competente para instauração de Procedimento disciplinar.

Determino também isolamento preventivo de ____ dias. ______________________________


COMUNICANTE
NÃO determino o isolamento preventivo.
Mat. ___________
São Luís/Ma, ____/_____/2018.

____________________________________
Diretor-Geral / Presidente do Conselho Disciplinar

ANEXO II
NOTIFICAÇÃO

NOTIFICADO
NOME DO PRESO ALCUNHA

LOCALIZAÇÃO (BLOCO / VIVÊNCIA / CELA)

M OTIVO

Aos tantos dias do mês tal, fica o preso <<NOM E COM PLETO DO PRESO>> CIENTE do teor da Portaria nº XX X/XXXXX-DA
UNID ADE PRISIONAL X XX , datada de XX /XX /X XXX que lhe atribui, em tese, o cometimento da falta disciplinar de natureza
__________.

AU DIÊN CIA

Foi designado o dia XX XX/XX XX (xxxx-feira), às 00h00, na Sala de Audiência do C onselho Disciplinar desta U nidade P risional.

1) As testemunhas de defesa podem ser arroladas até o m áxim o de três, devendo estas, caso indicadas, comparecer à audiência
independente de intimação.

2) É facultativa a apresentação de defesa prévia no prazo de 02 (dois) dias úteis, a ser contado da ciência do responsável pela defesa
indicado.

3) Ao preso é garantido o direito da ampla defesa e do contraditório.

DEFESA

In d ic o o A d v o g a d o _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ O A B /M A n º. _ _ _ _ _ _ _ _ , p o d e n d o se r co n ta ta d o a tra v é s d o
te le fo n e (_ _ _ ) _ _ _ _ _ _ _-_ _ _ _ _ _ _ .

R e q u e iro a as sistên c ia d a D efen s o ria P ú b lic a d o E s ta d o d o M a ra n h ã o .

C I Ê N C IA D O P R E S O C ID A D E , E S T A D O - _ _ _ _ /_ _ _ _ /_ _ _ _ _ _ _ _ _ .

_ ___ ____ __ __ __ ____ __ __ __ ____ _ __ ____ _ _ ___ ____ __ __ __ ____ __ __ __ ____ _ __ ____ __ __ __ ____ ____ _
N O M E C O M PLETO D O PR ESO S E C R E T Á R I O D O C O N S E L H O D IS C IP L IN A R
C IE N T E

ANEXO III
CERTIDÃO DE ABSOLVIÇÃO

O Diretor-geral da <<NOME DA UNIDADE PRISIONAL>>, no uso de suas atribuições legais, especialmente as conferidas pelo
Decreto Estadual nº xx.xxx, de xx de xxxxxxx de xxxx, certifica e dá fé de que o reeducando <<NOME DO PRESO COMPLETO>>, filho de
<<Nome da Mãe>> e <<Nome do Pai>>, nascido em XX/XX/XXXX, teve aberto, em seu desfavor, o Processo Disciplinar nº. XX/XXXX com
o intuito de apurar suposto cometimento de falta disciplinar, tendo sido este finalizado em XX/XX/XXXX, com decisão que entendeu por:

ABSOLVER, pelos motivos que constam da decisão de fl. ___, do referido processo disciplinar.
D.O. PODER EXECUTIVO QUARTA-FEIRA, 18 - ABRIL - 2018 17
ARQUIVAR, em virtude dos motivos constantes da decisão de fl. ___ do respetivo processo disciplinar.

Cidade/Estado, xx de xxxxxxx de xxxx.

NOME E ASSINATURA DO DIRETOR-GERAL


NOME DA UNIDADE PRISIONAL
Matrícula

ANEXO IV
CERTIDÃO DE CONDENAÇÃO

O Diretor-geral da <<NOME DA UNIDADE PRISIONAL>>, no uso de suas atribuições legais, especialmente as conferidas pelo
Decreto Estadual nº xx.xxx, de xx de xxxxxxx de xxxx, certifica e dá fé que o reeducando <<NOME DO PRESO COMPLETO>>, filho de <<Nome
da Mãe>> e <<Nome do Pai>>, nascido em XX/XX/XXXX, teve aberto, em seu desfavor, o Processo Disciplinar nº. XX/XXXX com o intuito
de apurar suposto cometimento de falta disciplinar, tendo sido este finalizado e concluído conforme se segue:
1. C u m priu isolam ento preventivo?
N ão. Sim , de X X (por extenso) dias.

2. F alta consu m ada: <<indicar dispositivo do D ecreto>>.


3. N atureza da falta:
Leve M édia G rave

4. R eprim enda im posta:


R epreensão
A dvertência verbal
Suspensão ou restrição de direitos
Sanção de isolam ento celular, de X X (zero) dias.

5. P eríodo de reabilitação d o com porta m ento:

Início: ___/___ /______ T érm ino: ___/___/______.

Cidade/Estado, xx de xxxxxxx de xxxx.

NOME E ASSINATURA DO DIRETOR-GERAL


NOME DA UNIDADE PRISIONAL
Matrícula

ANEXO V
ATESTADO DE COMPORTAMENTO DO PRESO

O Diretor-geral da <<NOME DA UNIDADE PRISIONAL>>, no uso de suas atribuições legais, especialmente as conferidas pelo
Decreto Estadual nº xx.xxx, de xx de xxxxxxx de xxxx, certifica e dá fé que o reeducando <<NOME DO PRESO COMPLETO>>, filho de <<Nome
da Mãe>> e <<Nome do Pai>>, nascido em XX/XX/XXXX, oriundo da <<INDICAR UNIDADE PRISIONAL DE ORIGEM>>, incluído
nesta << INDICAR UNIDADE PRISIONAL>>, em XX/XX/XXXX, possui <<CLASSIFICAR>> COMPORTAMENTO CARCERÁRIO,
nos termos do artigo 88 do Decreto Estadual nº xx.xxx, de xx de xxxxxxx de xxxx.

VALIDADE: xx dias/meses, de acordo com o art. 93, §1º do Decreto Estadual nº xx.xxx, de xx de xxxxxxx de 2018).

Cidade/Estado, xx de xxxxxxx de xxxx.

NOME E ASSINATURA DO DIRETOR-GERAL


NOME DA UNIDADE PRISIONAL
Matrícula

ANEXO VI
CERTIDÃO DE CONDENAÇÃO - REINCIDENTE

O Diretor-geral da <<NOME DA UNIDADE PRISIONAL>>, no uso de suas atribuições legais, especialmente as conferidas pelo
Decreto Estadual nº xx.xxx, de xx de xxxxxxx de xxxx, certifica e dá fé que o reeducando <<NOME DO PRESO COMPLETO>>, filho de <<Nome
da Mãe>> e <<Nome do Pai>>, nascido em XX/XX/XXXX, teve aberto, em seu desfavor, o Processo Disciplinar nº. XX/XXXX com o intuito
de apurar suposto cometimento de falta disciplinar, tendo sido este finalizado e concluído conforme se segue:
18 QUARTA-FEIRA , 18 - ABRIL - 2018 D.O. PODER EXECUTIVO

1. Cumpriu isolamento preventivo?


Não. Sim, de XX (XX) dias.

2. Falta consumada: Art. XX, ...

3. Natureza da falta:
Leve Média Grave

4. Sanções impostas:
Repreensão
Advertência verbal
Suspensão ou restrição de direitos
Sanção de isolamento celular, de XX dias. (Total)

5. Período de reabilitação do comportamento:

Início: XX/XX/XXXX Término: XX/XX/XXXX.

OBS: Por se tratar de preso reincidente em falta disciplinar, fora somado o período remanescente da reabilitação anterior referente
ao Processo nº XX/XXXX, no total de X meses e XX dias. (SE HOUVER)

Período de REABILITAÇÃO do comportamento a ser considerado, após a soma:


XX/XX/20XX.

Cidade/Estado, xx de xxxxxxx de xxxx.

NOME E ASSINATURA DO DIRETOR-GERAL


NOME DA UNIDADE PRISIONAL
Matrícula

DECRETO Nº 34.007, DE 17 DE ABRIL DE 2018

Dispõe sobre transferência de Funções Gratificadas e dá outras


providências.

O GOVERNADOR DO ESTADO DO MARANHÃO, no uso das atribuições que lhe conferem os incisos III e V do art. 64 da
Constituição Estadual e tendo em vista o disposto no Decreto nº 32.555, de 19 de dezembro de 2016,

DECRETA

Art. 1º Ficam transferidas as Funções Gratificadas de Gestão Escolar para a estrutura de Unidades de Ensino do Sistema Público
Estadual, na forma disposta no Anexo Único deste Decreto.

Art. 2º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO, EM SÃO LUÍS, 17 DE ABRIL DE 2018, 197º DA INDEPENDÊNCIA
E 130º DA REPÚBLICA.

FLÁVIO DINO
Governador do Estado do Maranhão

RODRIGO PIRES FERREIRA LAGO


Secretário-Chefe da Casa Civil

ANEXO ÚNICO
Função
Unidade de Ensino de
Gratificada a ser Simbologia URE / Município Unidade de Ensino de destino URE / Município
origem
transferida
Centro de Ensino Antônio Presidente Dutra / Capinzal Centro de Educação Integral de Ensino
Gestor Auxiliar FGAE-02 Balsas / Carolina
Joaquim Araújo do Norte Médio Sertão Maranhense

Centro de Ensino Luso Rocha Centro de Educação Integral de Ensino Barra do Corda /
Gestor Auxiliar FGAE-02 Balsas / Riachão
- Anexo II - Pov. Bacuri Médio Dom Marcelino de Milão Barra do Corda

Centro de Ensino de
Centro de Educação Integral de Ensino Barra do Corda /
Gestor Auxiliar FGAE-02 Educação Especial Pe. João São Luís / São Luís
Médio Amaral Raposo Grajaú
Mohana

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