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Vulcanismo

Prof. Ana Rita Rainho


Como nasce um vulcão

“Por volta das quatro da tarde estava com a minha


mulher a queimar alguns ramos secos quando reparei que
num dos montes da minha quinta se tinha aberto uma
fenda no chão… fui até lá e era uma espécie de fissura com
uma profundidade de cerca de meio metro. Voltei para
ajudar a minha mulher quando ouvi uma espécie de trovão,
e as árvores tremeram.

Corri para junto de Paula e foi quando vi o chão elevar-se


cerca de 2 a 2,5m de altura, e uma espécie de fumo ou pó
muito fino, como cinzas, saía de uma outra fenda que eu
ainda não tinha visto. Imediatamente, começou a libertar-
se mais fumo com um barulho muito forte, como um
assobio, e cheirava a enxofre.
Dionisio Pulido, 1943
“Fiquei cheio de medo e só pensava em levar dali a
minha junta de bois. Estava tão espantado que não
sabia o que fazer… ou o que pensar… Não conseguia
encontrar nem a minha mulher, nem os meus filhos,
nem os meus animais. Então lembrei-me do Santo
Senhor dos Milagres. Rezei muito alto “Bendito Senhor
dos Milagres, vós que me trouxestes a este mundo,
salvai-me desta aflição”… Olhei então para a fissura
de onde vinha o fumo e o medo desapareceu pela
primeira vez.

Então corri para ver se conseguia salvar a minha


família, os meus companheiros e os meus bois, mas
não consegui encontrar ninguém. Pensei que tivessem
levado os animais para a fonte de água. Fui até lá mas
não havia água na fonte e pensei que a água tinha
desaparecido pela fissura.

Eu estava muito assustado. Montei no meu jumento e galopei para Paricutin, onde
encontrei a minha mulher, filho e amigos à minha espera. Eles também estavam
muito assustados e com receio que eu estivesse morto e nunca mais me voltassem
a ver.”
O Paricutín em erupção.
Fotografia tirada a 25 de Fevereiro de 1943, cinco dias depois de ter entrado em erupção.
A 20 de Fevereiro de 1943 o
Paricutin entrou em erupção e
em 24h formou-se um cone de
50 metros de altura.

Em Março, a actividade
intensificou-se e em Junho
toda a vila de San Juan de
Pangaritutiro estava coberta
por um manto de lava e cinzas.

A erupção terminou em 1952.


A altura final do cone do vulcão
nessa altura era de 424 m.
Da aldeia restam apenas as
torres da igreja.
Aspecto geral do que resta da
aldeia, com o vulcão ao fundo
O topo do cone do Paricutín
Vulcanismo central e fissural
Vulcanismo
Vulcanismo dodo tipo central
tipo central

Erupção do monte Stromboli em 2007.


Ilha vulcânica, no Alaska.
Monte Etna. Vista da cratera durante a erupção-
Os Capelinhos em erupção.
A ponta dos Capelinhos, formada na erupção de há 50 anos.
Erupção do tipo fissural

Erupção fissural em Laki, na Islândia.


Erupção fissural na base do Mauna Loa.
Caldeiras Vulcânicas
Resultantes do abatimento do cone vulcânico
Formação de uma caldeira vulcânica

1 - Erupção do vulcão 2 - Câmara magmática semi-vazia

4 - Preenchimento da caldeira com água


3 - Colapso do cone vulcânico
Crater Lake, Oregon.
Lagoa das Sete Cidades, em S. Miguel.
Caldeira, nas Furnas.
Caldeira Aniakchak (Alaska)
Paisagens Magmáticas
Elementos característicos resultantes da solidificação de lavas
Lavas encordoadas

Escoada de Lava no Havai


Lava encordoada em Santa Luzia – Ilha do Pico (Açores)
Escoada de lava (Kilauea - Havai)
Túneis de Lava

Formação do túnel de lava


que deu origem à gruta das
Torres na Ilha do Pico.
Lavas escoriáceas (aa)

Escoada de lava “aa” no Havai


Escoada de lava “aa” nas proximidades do Etna (Itália)
Escoada “aa” no Havai
Estalactites basálticas

Estalactites basálticas na Gruta das Torres – Ilha do Pico


Estalactites basálticas na Gruta das Torres – Ilha do Pico
Disjunção Prismática
Calçada dos Gigantes – Irlanda do Norte
Disjunção prismática em Santa Maria – Rocha dos Bordões
Disjunção prismática em Porto Santo – “Tubos de Órgão”
Disjunção prismática em Porto Santo – “Tubos de Órgão”
Disjunção prismática na pedreira de Portela de Teira – Rio Maior
Disjunção prismática no Penedo do Lexim – Mafra
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