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Cidade: Urausu - barril de vinho maquiado Usuko-nesan (mascote), plantações de uva. 1,9k
Aparência: Ruivo
Personalidade: Honesto, você dará sua vida para cumprir o que prometeu.
CAMINHOS DA MAGIA
Animalismo: Básico Necromancia: Básico
Convocação: Básico Demonologia: Básico
Cósmico: Básico
Elemental: Básico
Encantamento: Básico
Herbalismo: Básico
CABANA
Ateliê: Destruído
Jardim: Destruído
Laboratório: Destruído
Porão: Destruído
Quintal: Destruído Cemitério: Destruído
Sótão: Destruído
MÁ FAMA: 0
O DESTINO DE KAERU KENTARO
Ah! O papai de chama Gintaro, ele tentou me matar diversas vezes durante os nossos
treinamentos mágicos, inclusive quase decepou minha perna fora, o que causou danos
permanentes e hoje faz com que eu precise de uma Bengala, pois fiquei manco. Isso foi por
volta dos meus 12 anos de idade e quase não ligo mais para essa “cicatriz”.
- Então é hoje... – o garoto de cabelos vermelhos respirava fundo e se preparava para a
reunião de família.
A família Kaeru era especializada em magia temporal e espacial, eram conhecidos
como os gênios de Hokkaido e os maiores bruxos do clã estavam reunidos em uma grande
convenção aqui em casa, eu sou o mais jovem bruxo “adulto” da família.
- Atenção todos – Gintaro, meu “querido” pai, falava em alto e bom tom – Eu e o
conselho dos Kaeru decidimos hoje que Kentaro vai para a cabana da cidade de Urausu.
Excelente! Hokkaido, como já expliquei para vocês, é a “roça” do Japão. Pois bem, a
maior “metrópole” daqui é a capital, Sapporo, onde vivem as maiores famílias de bruxos,
inclusive a minha, aqui vivem cerca de 2 milhões de pessoas, mas nem se compara a Tóquio,
com os seus 14 milhões de habitantes. Já a “cidade” para onde vão me mandar, possui uma
“colossal” população de 1,9 mil pessoas, isso mesmo, tem menos pessoas lá do que alunos na
minha escola.
- Um brinde à jornada de meu filho para merecer o sobrenome que carrega! – falava
meu pai em um tom irônico enquanto segurava a risada.
Eu só aceitei de cabeça baixa, abracei minha mãe e minha irmã mais velha – o meu
irmão caçula estava na aula de poções com nossa tia. Então segui para pegar o trem, que me
levaria até a estação mais próxima da floresta de onde ficava a cabana de Urausu. Cabanas,
como são chamados os portais que separam o mundo material do espiritual, são literalmente
isso, cabanas. São barraquinhos de madeira no meio do nada, que concentram grande
quantidade de energia espiritual e por conta disso atraem muitas criaturas mágicas e tornam o
aprimoramento da magia pessoal de bruxo, mais fácil.
- Serão 6 horas de trem, é melhor eu tirar um, bom cochilo, porque essa viagem vai ser
cansativa, nem acredito que estou indo para o fim do mundo, e depois vou ter que me arrastar
para o meio do mato e me esconder ainda mais – eu pensava, já exausto da viagem que sequer
tinha começado.
Sempre que eu durmo, eu tenho um pesadelo com o dia em que meu pai me “aleijou”,
nesse dia ele trapaceou e usou uma magia que ele mesmo havia me proibido de usar, a partir
daí eu fiz uma promessa para mim mesmo: “Serei sempre honesto e darei minha vida se for
preciso, para cumprir o que prometo”. Uma brusca parada me desperta de minha soneca
profunda, era o trem chegando na estação de Urausu. Assim que abro meus olhos, vejo um
grande banner com o desenho de um Barril de Vinho todo maquiado e segurando uma garrafa,
a maquiagem servia para esconder as rachaduras na madeira, pois como era um barril
“fêmea”, ninguém podia saber a sua idade.
- Essa é a Usuko-chan, só tinha ouvido falar, mas jamais pensei em ver essa mascote
logo de cara – Sim, a cidade é tão grande que tem uma mascote da única coisa que eles são
reconhecidos por fazer, plantar uvas para vinicultura.
Após descer da estação, andei por cerca de 30 minutos e cheguei até a floresta de
Saruyama, ela não tem um nome específico chamado pelos Ningen – é como nós bruxos
chamamos quem não é bruxo, significa “humano” e é extremamente pejorativo, afinal somos
humanos também, mas né. Essa floresta possui esse nome entre os bruxos por dois motivos. O
primeiro é porque ela possui muitas criaturas mágicas se comparadas às outras florestas do
Japão, e no horóscopo chinês o Macaco representa a magia de Animalismo, o que justifica o
“Saru” no nome – que significa macaco em japonês. A outra parte do nome, “Yama”, significa
montanha em japonês, e é o segundo motivo da floresta possuir esse nome, porque ela fica no
topo de uma montanha que pode ser vista de qualquer lugar da cidade.
- Então aqui é a tal cabana, posso sentir a essência da magia fluindo por ela, é incrível!
– finalmente cheguei à minha nova residência e, apesar de ser toda acabada pelo tempo, é só
minha e aqui eu posso ser eu mesmo sem ser julgado por ninguém de casa ou da escola.
Assim que eu piso no carpete da entrada da Cabana, a placa em frente a porta começa
a se deformar e escrever uma frase, esculpida na madeira: “Bem-vindo(a) à Cabana do Macaco
Dracônico”.
- Como diabos essa casa sabe que eu sei mexer com magia dos Dragões? E quem
diabos é o macaco nessa história? Eu??? – Falei indignado para a porta, absolutamente crente
de que ela estava me ouvindo, afinal, ela sabe escrever, dar nome pra casa dos outros, e não
pode ouvir? Duvido muito.
A placa de boas-vindas existe por apenas um motivo, eu vim a essa Cabana em busca
de aprimorar os meus poderes, e para isso, precisarei ajudar as pessoas da região. Esta cabana
já pertenceu à Bruxos do passado, portanto, já existe uma lenda local sobre a Floresta ou a
Cabana ter algo de sobrenatural, o que faz as pessoas desesperadas procurarem medidas
desesperadas, como magia.
- Vamos abrir essa porta e ver como está por dentr... COF COF COF! – A poeira entra
por minhas vias aéreas e quase me mata sufocado – Deve ter sido o primeiro teste de
merecimento, ou só precisa de uma faxina mesmo.
Ao entrar na sala eu percebo que a Cabana é grande (maior por dentro do que por
fora), a sala dá acesso direto a outros 6 cômodos, um quarto, um banheiro, uma cozinha, um
ateliê, um laboratório e um salão com um altar. Além disso, cada um desses cômodos está
bem mobiliado, apesar de velhas e arruinadas, as mobílias podem ser usadas no seu dia a dia
sem complicações, claramente. Além dos cômodos que são acessíveis pelas portas, existem
outras áreas da casa acessadas por escadas, elas são: o Porão e o Sótão. Na frente da casa
existe uma vasto e belo Jardim e atrás da casa fica o Quintal, que basicamente é a parte mais
densa da floresta, logo após a floresta em meu quintal fica o antigo cemitério da cidade, que
está abandonado.
- Vou explorar o local, afinal não quero ter nenhuma surpresa no meio de um ritual... -
Após acomodar minhas coisas gentilmente no sujo e destruído quarto, eu decidi verificar o
restante da Cabana.
Saí pela porta e dei de cara com o jardim. A entrada da cabana é o local onde se
encontra o melhor local para meditação com velas, incensos, ervas e uma fonte d’água, é o
local menos detonado de toda a Cabana e até parece que alguém cuidou desse jardim
enquanto ninguém morava nela, suspeito. Além disso, é o local perfeito para entrar em
harmonia com os quatro elementos e aprimorar a minha magia elemental.
- Perfeito, agora vamos vasculhar direito os outros cômodos da casa – entrei pela porta
da sala e fui direto para o laboratório.
Ao adentrar a sala, vi duas prateleiras de livros repletas de escrituras antigas, alguns
ingredientes, sofá e poltrona. A porta ao lado é a do laboratório, usado por bruxos para
realizar suas poções. O laboratório possui um grande balcão cheio de ferramentas usadas
pelos Ningen para estudar química, como vidrarias, estufa, alguns produtos químicos e outras
bugigangas que eu não faço ideia do que são. Aqui pelo jeito poderei aprimorar a minha magia
herbalística.
- Agora vamos para a sala ao lado, se não me falha a memória lá está algum tipo de
escritório... – vou divagando pela Cabana enquanto ando, o lugar realmente é maior por
dentro do que por fora, já estou ficando cansado de toda essa caminhada, e ainda não havia
nem começado direito.
O cômodo vizinho do laboratório é o ateliê. Um antigo escritório foi transformado em
um ateliê, onde posso desenhar, fazer esculturas de madeira, argila e pedra, ou bonecos de
palha, aqui é o local ideal para encantar meus itens, e aprimorar o meu caminho da magia de
encantamento.
- Bem, o jeito é descer essas escadas estranhas... provavelmente é um depósito ou
porão, espero que seja... – abria uma porta suspeita e começava a descer as escadas no
escuro, a medida em que eu ia avançando, as luzes iam se acendendo sozinhas, o que prova
que a Cabana foi com a minha cara, pelo menos ela.
No final do ateliê existe uma porta, que ao ser aberta dá acesso à uma escada antiga
de madeira, ali fica o porão. O antigo porão estava trancado há dezenas de anos, está
empoeirado, mas os círculos mágicos nele desenhados provavelmente ainda servem para
invocar demônios poderosos que vão me ligar aos planos diabólicos e até mesmo a outros
Bruxos que tenham realizado pactos demoníacos, se eu assim desejar.
- Gostei muito desse porão, eu pensei que ele era mais macabro do que isso e ele está
até bem equipado, como a especialidade da minha família é justamente magias espaço-
temporais, aprimorar as minhas magias de invocação e convocação é o ideal – Pensando nisso
acabei me lembrando que a magia de convocação é realizada em um altar, e eu vi um salão
com um altar logo acima deste porão, ao lado do ateliê.
Magias de invocação e convocação são parecidas, as duas usam círculos mágicos e
conectam mundos e seres vivos, materiais e não-materiais. Só que a invocação é para seres
malignos e a convocação para seres não-malignos. Ao subir as escadas e ir até o altar, eu
percebi que no teto do salão havia um pequeno alçapão que dava acesso à parte superior da
casa, descobri como entrar no sótão! Lá encontrei livros sobre adivinhação, Tarôs, chás e bolas
de cristais. Obviamente foi construído por um Bruxo que estudava o caminho cósmico, pois,
existe uma plataforma perfeita para o meu telescópio, que possibilita olhar as estrelas em
todas as direções. Eu falei que tenho um telescópio?
- Esse lugar é perfeito para aprimorar o meu conhecimento Cósmico – falei enquanto
apreciava a vista da janela do sótão e vi novamente como o jardim na frente da Cabana era
bonito – Nossa, acabei esquecendo de verificar o quintal lá atrás!
Desci as escadas do alçapão e sai do salão do altar, fui direto para a cozinha caipira, lá
tinha um fogão a lenha e alguns utensílios básicos, a porta nos fundos dela dava acesso ao
quintal. Bom, os fundos da cabana nada mais são do que a própria floresta de Saruyama, que
considerei como “o Quintal”. Percebo muitos animais indo e vindo o dia todo, inclusive
criaturas mágicas. Sinto também muita magia brotando do solo, fazendo seres mágicos
perambularem mais perto da Cabana do que do restante da floresta, com isso a minha magia
do caminho de Animalismo pode melhorar.
- Puta merda! Se tudo aqui funciona com magia, então o banheiro só deve ter água
fria... – corro até o último cômodo que ainda não verifiquei, e como eu imaginava, tem apenas
uma privada, um chuveiro antigo e uma grande banheira. Tudo isso interligado numa bomba
manual daquelas que puxa água de poço ou de rio – Eu claramente terei que pegar lenha todo
o dia e esquentar a água lá na cozinha antes de encher a banheira para pelo menos relaxar, já
que a minha magia elemental de fogo não é forte o suficiente para aquecer a água.
Exatamente nesse momento eu me recordo de uma coisa muito importante, corro
para o meu quarto, abro minha mala e começo a jogar as coisas pro alto procurando
avidamente pelo pergaminho onde estava selado o meu familiar. Familiares são animais ou
criaturas mágicas que realizam um pacto com o bruxo, dividindo com eles sua magia,
capacidades naturais e seu tempo, isso significa que o meu tempo na terra e o tempo do meu
familiar são o mesmo, enquanto um não morrer, o outro também não morre, porém, se um
dos dois morrer, o outro morre junto.
- Venha Himari! Vamos ver agora se aquele seu poder vai ser útil para mim! – gritava
de felicidade com o pergaminho nas mãos, correndo e saltitando em direção ao banheiro.
Assim que eu abro o pergaminho, algumas escrituras em língua dracônica começam a
brilhar, logo em seguida eu desfiro as palavras mágicas.
- Desperte de seu longo sono, nossa viagem acabou, apareça e viva em seu novo lar,
minha serva, filha, mãe e irmã, agora e para todo o sempre estaremos juntos, eu te liberto
deste selo para que se materialize no mundo mortal, Himari, a Dragoa! – Nesse momento, uma
pequena explosão de fumaça acontece e dela, surge em cima do meu ombro, um pequeno
Dragão vermelho com o tamanho e peso de um gato de pequeno porte e asas do tamanho das
de uma coruja, com olhos da cor de esmeralda, a pureza e a inocência de um filhotinho, afinal
para a raça dela a Himari realmente era um filhote.
Himari balançava a sua longa cauda e esticava as suas escamas enquanto bocejava um
pouco de fumaça, ela estava cansada da viagem selada dentro daquele pergaminho. Eu
comecei a bombear a água até que a banheira ficasse cheia e então pedi para que a Himari
cuspisse uma bola de fogo no meio da banheira, para aquecer a água. Como ela era apenas um
filhote de Dragão, a pequena podia soltar o seu sopro de fogo apenas uma vez por dia e
mesmo assim ele não era mais eficiente do que uma mini-dinamite. A explosão jogou água
para tudo que é lado, mas, além de aquecer muito a pouca água que sobrou, ela também
aqueceu o fundo da banheira de pedra sem destruí-la, no final eu só precisei bombear um
pouco mais de água e “vualá”! Um banho quente depois de um dia árduo de viagem para o fim
do mundo destino à uma cabana mágica.
- Agora eu vou me preparar para dormir e amanhã começo o meu aprimoramento
mágico, vamos descansar por hoje Himari – eu levanto da banheira e cubro da minha cintura
até os joelhos com a toalha de banho, andando até o quarto para pôr meu pijama e pernoitar.
- Hima! Ri! – Falava a dragoa toda contente, por finalmente poder fazer barulho com o
seu humano sem levar bronca do velho Gintaro.
PRIMEIRO TRABALHO
SEGUNDO TRABALHO
É dia 19/10/22, solstício de inverno ocorre no dia 22 de dezembro, faltam 64 dias para a
convenção das bruxas do norte de Hokkaido. A convenção acontecerá nas Ruínas ancestrais
(cemitério).
Estações do ano
Haru Primavera: Março
Verão Natsu: Julho
Outono Aki: Outubro
Inverno: Dezembro