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O discípulo de Fenrir

Primeiro Capitulo

O começo de tudo

Acordo em uma floresta escura, ouço ao fundo ruídos e uivos de lobos que ecoam pela mata,
levanto-me e caminho pela floresta sem rumo, quando ao horizonte eu avisto uma velha
cabana que parecia estar lá a algum tempo e decido adentrar o local, parecia estar
abandonada, haviam marcas de garras e manchas de sangue por onde um velho lampião
quebrado podia iluminar, não havia nenhum resquício de vida naquela cabana, nada além de
vermes rastejando pelo chão, sinto a estranha sensação de estar sendo observado e então me
vem um frio na espinha me arrepiando dos pés à cabeça, quando me viro percebo um imenso
buraco na parede em minha frente onde um imenso lobo me observava, sua pelugem era
escura como a noite e tinha grandes e ameaçadores olhos vermelhos carmesim, ele uiva e
salta em minha direção com suas garras afiadas, com o susto eu acordo.

Percebendo que tudo era apenas um sonho, sento-me na cama e reflito sobre o que acabou de
acontecer, após algum tempo levanto-me e vou me arrumar, mas antes devo me apresentar,
me chamo Zopha Anthu, tenho 16 anos, sou um homem alto e magro, pouco musculoso, cor
de pele branca, olhos pretos e cabelos castanho escuro.

Moro com meu mestre em uma casa em um pequeno vilarejo ao sul de Midgard, meus pais
morreram quando completei 5 anos, era uma noite fria e escura, quando menos esperávamos
nossos inimigos nos atacaram matando todos e destruindo tudo, eu consegui escapar por
pouco, mas meus pais tiveram de lutar afinal ambos eram guerreiros, meu pai era um dos mais
habilidosos e orgulhosos, ele acreditava que assim poderia alcançar o Valhalla, minha mãe era
a guerreira mais habilidosa de todo o nosso exército, ela lutava tão bem que parecia uma
valquíria, mesmo com todo o esforço eles sucumbiram, eram muitos inimigos, eu poderia dizer
que eram mais de 1000 homens, até hoje me lembro do último olhar de minha mãe antes de
me mandar fugir, logo após a morte dos meus pais, eu continuei seguindo sem objetivo para o
sul, caminhei por muito tempo até acabar achando um vilarejo.

Os residentes do vilarejo me avistaram ao longe, estava em um estado deplorável, faminto e


exausto, não me alimentava a semanas, ou meses, já havia perdido a noção do tempo.

Dois homens vieram e me apoiaram em seus ombros até o vilarejo, enquanto me aproximava,
pessoas saiam de suas casas e formavam uma multidão, enquanto passava conseguia ver
rostos de pena e alguns estavam me julgavam, acredito que não gostavam de pessoas de fora,
ainda mais quando chegavam nesse estado. Mas algo chamou minha atenção, um homem se
destacava entre a multidão, ele usava um manto feito com pele de lobo, o manto era negro
como a noite, era um homem branco com cabelos pretos, tinha uma barba grande e robusta e
tinha tatuagens de lobo por todo o corpo.
Assim que me viu, sua expressão mudou, como se algo por muito esperado acabará de
acontecer, ele caminha até mim fazendo com que ambos os homens que carregavam-me
parassem e então seu dedo toca em minha testa e subitamente eu desmaio.

Acordo no dia seguinte e me vejo deitado em uma cama, olhando ao redor percebo que estou
aparentemente em uma casa, decido voltar a deitar e repousar pois estava exausto, é então
que o homem do manto de lobo negro caminha até mim e pergunta:

-Como está se sentindo Zopha?

Eu respondo

-Me sinto bem, quem é você e onde estamos?

Ele responde

-Me chamo Rakan, e sou o líder desta vila, está pequena vila fica ao sul de onde você
costumava viver.

Eu pergunto

-Como sabe meu nome e como sabe de onde vim?

Ele responde rindo

-Meu pobre filhote, eu sei de tudo.

Eu fico assustado, percebendo isso ele diz

-Não precisa ficar com medo, estou aqui para lhe ajudar

Ele me entrega um chifre com um líquido dentro e diz

-Beba, assim que beber até a última gota se sentirá bem novamente.

Eu começo a beber, tinha um gosto horrível, parecia ser algum tipo de remédio, segundos
depois de ingerir todo aquele líquido, eu começo a me sentir melhor e revigorado, mas essa
sensação não dura muito, logo após isso começo a sentir como se todo o meu corpo estivesse
em chamas, com a dor acabo desmaiando mais uma vez e dessa vez me vejo novamente
perdido em uma floresta escura parecida com a de meu sonho passado, mas desta vez, está
cheia de corpos sem vida e desmembrados.

No centro daquela multidão de corpos eu avisto um lobo preto imenso acorrentado pelas
pernas, braços e pescoço, havia uma espada perfurando sua boca, e da saliva que saia de sua
boca formavam-se rios que se alastravam até onde se podia enxergar, ele se vira diretamente
para mim e me chama com sua voz assustadora que ecoa por toda a floresta, me aproximo
com medo e assustado, quando chego perto o bastante ele diz:

-Entao você finalmente chegou

Eu estava paralisado de medo, ele sabendo disso fala

-Está com medo?, Zopha Anthu, um homem com um nome desses com medo?, que
incompetência

Eu continuo tentando me comunicar com o imenso lobo mas não consigo dizer nada, para ser
sincero, apenas de estar na presença dele eu me sentia fraco e impotente.
Repentinamente acordo assustado e Rakan está sentado ao meu lado, ele pergunta.

-E então, você conversou com ele?

Eu ainda em choque e terror pelo que acabou de acontecer respondo:

-Acredito que sim, havia um imenso lobo negro, ele conversou comigo.

O Rakan responde:

-Ele é Fenrir, o lobo gigante, filho de Loki e Angrboda, o provável causador do Ragnarok, ou o
fim dos tempos, lendas dizem que o Ragnarok acontecerá quando Fenrir engolir o sol e então
uma escuridão eterna cairá sobre Midgard.

Eu fico surpreso ao escutar sobre a lenda, mas uma dúvida ainda permanece ecoando pelas
minha cabeça, inseguro pergunto à Rakan:

-Ainda não consigo entender, por que ele escolheu a mim?

Rakan explica:

-Desde a primeira vez que te vi, já havia percebido que você tinha algo diferente, algo especial
por assim dizer, eu vi dentro de você um poder oculto que apenas espera o momento perfeito
para ser libertado, e quando toquei em sua testa, apenas dei-lhe a oportunidade de ver esse
poder. O líquido que te ofereci no chifre era uma bebida que eu mesmo havia encantado para
que você pudesse acessar aquele local, você viajou para o interior de sua mente, Fenrir
escolheu a ti por um motivo, você ainda não sabe, mas futuramente você irá entender.

Segundo Capitulo
A aventura começa

Cinco anos se passaram desde aquele acontecimento, Rakan me ensinou um pouco mais sobre
os deuses, quando eu completei 10 anos, exatamente no dia do meu aniversário, Rakan vem
até mim e diz:

-Você já está pronto, você tem que aprender a lutar, para ser igual a seus pais, morrer
honradamente e ir pra Valhalla.

Após isso eu treino com ele por 6 anos, foi um treino muito rígido, mas foi isso que fez eu ser o
que eu sou hoje, agora estamos nos dias atuais.

Depois que eu acordei daquele sonho maluco eu vesti minha roupa e fui tomar café da manhã,
eu andei pela casa mas notei algo estranho, Rakan não estava fazendo o café da manhã, ele
estava sentado no banco do lado de fora da casa como se estivesse me esperando, eu vou até
ele é pergunto:

-O que você está fazendo?

Ele vira para mim com um cara séria e fala

-Coma o que deixei em cima da mesa e venha falar comigo depois.


Eu vou até a mesa e vejo um pão e um copo com leite de cabra, eu como e logo em seguida
vou até ele.

Chegando nele ele se levanta e diz:

-Zopha, você já está preparado para aprender sobre o que tenho te preparado faz muito
tempo, pegue sua mochila e vamos.

Eu pego minha mochila e nós seguimos estrada, passando pela floresta densa, estávamos em
uma trilha calma e tranquila, eu estava ouvindo o canto dos pássaros e o som do rio passando,
até que o silêncio é cortado com o Rakan dizendo que chegamos.

Eu vejo que é uma casa, aparentemente uma casa comum, pequena e de madeira de pinheiro
escuro, mas quando entramos na casa ela estava cheia de coisas estranhas, rituais, pedras,
resto de corpos de animais, eu fiquei um pouco enojado mas continuei ali, Rakan vira para
mim e pergunta:

-Você sabe o que é magia das sombras?

Eu respondo fazendo um gesto de não com a cabeça, e ele fala:

-Ok, vou explicar, a magia das sombras é a capacidade de manipular a escuridão e as sombras,
se você dominá-la corretamente você será capaz de coisas que você nem imagina.

Eu fico interessado e peço para ele continuar.

-E para você conseguir aprender a magia das sombras você precisa de 4 requisitos.

-O primeiro requisito é ter no mínimo 16 anos.

-O segundo você precisa de 3 presas de serpente.

-O terceiro você precisa ter alguma arma ou algo que queira para concentrar a magia.

-O último, ele é o mais complicado de todos os outros, você precisa de uma essência das
sombras, que se consegue apenas com um ritual específico, sorte que você tem a mim, e eu sei
fazer este ritual, só que tem uma condição, você precisará pegar para mim um olho de Jotun.
Para te ajudar nessa missão eu vou lhe dar uma essa máscara de Fenrir, um arco e este
pequeno machado, use eles com sabedoria, quando estiver em batalha coloque a máscara e
nunca desista.

Após isso eu pego as coisas e vou atrás dos requisitos, vou atrás das 3 presas de serpente.

Eu lembro de um campo florido onde eu treinava minha concentração e minha respiração,


tinha vários animais e paz, eu lembro de três serpentes, uma vermelha, uma preta, e uma azul,
eram grandes e tinha aparência assustadora e sempre que eu ia para aquele campo elas
ficavam me observando enquanto eu treinava.

Na metade do caminho para este campo eu passo por uma floresta viva e clara, dava pra ouvir
o som dos pássaros cantando e das árvores batendo contra o vento, de fundo escuto um som
baixo de água corrente, sigo este som e encontro um riacho, calmo com água cristalina, tinha
peixes nadando e animais bebendo dessa água, eu olho e fico encantado e paro um pouco
para descansar. Me alojo na beira desse rio do lado de umas árvores. Olho para o céu e
percebo que está anoitecendo, decido ficar por lá e montar meu acampamento, pego uns
galhos secos do chão e faço uma fogueira para me esquentar, vou atrás de algo para comer,
procuro no riacho e não tem nada, nem um peixe sequer, ando ao redor e encontro um cervo.

Eu me escondo nas moitas e pego meu arco, preparo uma flecha e miro diretamente no
coração do animal, puxo a flecha com força e disparo, um tiro crítico e certeiro, vejo o servo
morto no chão e vou até lá para tirar seu couro e pegar sua carne, pego meu machado e
começo a esfolar ele, pego as partes mais deliciosas da carne e volto para meu acampamento,
boto a carne na fogueira e vou me deitar um pouco.

Quando acordo olho ao redor e havia apenas escuridão, exceto o riacho que estava sendo
iluminado pela luz do luar, olho para a beira e vejo saindo da escuridão um lobo,ele começa a
beber a água e olha no fundo dos meus olhos, de repente eu acordo.

Assim que acordo realmente percebo que era apenas uma paranóia minha , fico pensando no
que acabou de acontecer, pego a carne e começo a comer, após terminar de comer já era
tarde da noite quando ouço um som nas moitas atrás de mim, me viro com rapidez e olho um
vulto passando da minha esquerda para minha direita, pego meu machado e fico em posição
de batalha, olho ao redor e pergunto

-QUEM ESTÁ AÍ? APAREÇA

Quando termino de dizer isso aparece uma criatura parecendo um zumbi, ela era avermelhada
e tinha espinhos pelo corpo todo, me assusto e recuo dando um pulo para trás, ele grita e vem
para cima de mim, pego meu machado com força e dou apenas um golpe no meio do seu
crânio, a criatura cai morta no chão e respiro fundo.

Rapidamente arrumo minha coisas para ir embora, porque fico preocupado em ter mais dessas
criaturas, pego um pouco de carne para viajem e fico pensando que tipo de criatura era
aquela. Escuto um sussurro feminino chamando, olho ao redor e não vejo nada e ninguém, já
estava indo embora e vejo uma forte luz no meio da floresta escura, sinto que a luz estava me
chamando.

Eu vou em sua direção e quanto mais eu chego perto mais ela fica forte e o sussurro mais alto,
quando chego havia uma mulher ferida, deitada de barriga para baixo, aparentemente
desacordada, chego perto e viro ela de barriga para cima, percebo que ela tinha um corte não
tão profundo no meio do peito, era uma mulher bela, vestia um manto de um tecido leve e
branco, era branca, tinha olhos verdes e um longo cabelo loiro, olho para o rosto dela e
percebo que ela tinha as orelhas pontudas, e percebi que ela era uma elfa.

Pego uns medicamentos na minha mochila e com todo o cuidado tiro o manto dela, por baixo
da roupa percebo que o corte é um pouco maior, tiro a blusa dela e logo sem seguida pego
uma agulha e uma linha e fecho o corte, enrolo uma gaze em seu peito, apertando gentilmente
para não machuca-lá, monto o acampamento novamente para ficar o resto da noite.

Ao amanhecer eu acordo e preparo uma carne e vou até o riacho para pegar água, quando
volto a mulher estava acordada sentada no lençol que botei na grama, ela olha para mim e
pergunta

-Quem e você?

Eu respondo:

-Meu nome é Zopha


Ela pergunta:

-Por que você me ajudou, eu já estava quase morta, não precisava me ajudar, você apenas
gastou seu tempo.

-Eu também não sei porque te ajudei, tinha uma luz me chamando, e quando eu vim até aqui
te vi e sabia que você era um maga, vi pelo seu manto, e a única coisa que pensei na hora foi
ajuda-la

Ela disse

-Entendi, você está certo, eu sou uma elfa da luz, uma maga de Álfheim, filha do rei, meu pai
me obrigou a aprender magia para lutar contra os elfos negros desde os meus 5 anos, e hoje
protejo o reino de Álfheim junto a ele. Provavelmente essa luz te chamou porque vim para
uma missão e falhei

-Tá mas qual o seu nome? E quantos anos você tem?

Ela um sorriso de canto de rosto diz:

-Verdade, esqueci, meu nome é Anna e tenho 15 anos

Ela vermelha e olha para mim e fala

-Para você botar essa gaze você teve que…

Eu respondo com a cabeça fazendo sinal de sim, ela fica envergonhada e bota seu manto
novamente

Assim que comemos ela me fala:

-Eu disse um pouco sobre mim, agora quero saber um pouco de você guerreiro

Eu respiro fundo e conto minha história para ela, ela fica triste por eu ter perdido meus pais e
começa a falar em uma língua estranha, eu não entendendo nada pergunto o que ela está
fazendo, assim que ela termina ela responde:

-Estou orando para seus pais, para que eles estejam em Valhalla.

Eu pergunto que língua é aquela que ela estava falando, ela diz que é uma língua morta que
aprendeu com seu pai.

-Ok estou pronta, para onde vamos agora?

Eu pergunto se ela vai vir comigo

Ela responde:

-Vou, minha missão acabou, eu fracassei, vou acompanhar você nessa aventura, para que pelo
menos você não fracasse igual a mim, e eu me sinto bem com a sua companhia também, me
sinto calma.

Eu olho para ela e falo

-Vamos para o Oeste, lá tem um campo mágico, preciso ir até lá para pegar 3 presas de
serpente.

Ela pergunta
-As 3 serpentes elementais?

-Não sei muito sobre isso, só lembro que no meu treinamento eu ia até lá e sempre via 3
Serpentes, uma preta, uma azul e outra vermelha, elas eram grandes e assustadoras

-Exato, a preta é do elemento da escuridão, a azul é do elemento da água, e a vermelha é a do


fogo

Eu com uma cara de surpresa falo

-UAU, como eu vou conseguir matar e pegar as presas dessas serpentes agora.

Ela fala

-Você não precisa matar elas, só precisa das presas certo?

Eu respondo que sim e ela completa

-Então, eu conheço um encantamento que faz qualquer ser entrar em um sono profundo, mas
para eu fazer ele preciso de tempo, quanto mais tempo, mais elas vão ficar desacordadas

Concordo com a ideia e falo

-Eu ganho tempo para você, mas você terá que ser o mais rápida possível, não tenho tantas
flechas, e meu machado está perdendo o fio

Ela concorda e diz

-Verdade, esqueci

Ela pega um graveto no chão e com um estalar de dedos transforma ele em um cajado mágico,
grande, eu fico surpreso e falo

-Como você fez isso

Ela responde com um sorriso de canto de rosto, eu respiro fundo e digo para seguimos
estrada.

Terceiro Capítulo
O campo das serpentes

Seguimos pela trilha que eu lembro de seguir quando ia para o treino, ela era uma trilha
tranquila, tinha cheiro de natureza, o canto dos pássaros, o som do vento batendo nas folhas
das árvores, o som de passos nas folhas secas

Eu estava na frente, enquanto Anna estava logo atrás de mim, eu olho para frente e vejo o
final da trilha e aviso a Anna, ela fala

-Ai graças a Freya, já estava ficando cansada

Eu dou uma risadinha, quando chegamos no final da trilha nós vimos finalmente o campo
mágico, você estar lá é como se você estivesse nas nuvens, tudo muito calmo e sereno, no
meio do campo tinha uma árvore gigantesca, virando a direita tinha um lago, virando a
esquerda tinha uma parte toda queimada e desmatada.

Eu viro para Anna e pergunto qual nós vamos primeiro, ela responde

-Acho melhor irmos na árvore, já que fica no meio do campo

Eu concordo e vamos em direção a árvore, chegando lá vejo que tem uma entrada, essa
entrada está toda escura, nós entramos e Anna acende uma tocha com seu cajado, e vimos a
primeira serpente, a serpente da escuridão, dormindo ali enrolada, nós ficamos calados Anna
veio até meu ouvido e disse bem baixo

-Vamos começar o feitiço, preparado?

Eu faço sinal de sim com a cabeça e ela começa a fazer o feitiço e falar o idioma morto, eu com
meu machado na mão vou até a serpente e abro a boca dela e com muita dificuldade eu corto
a primeira presa

Nós saímos da árvore e eu disse

-Ok temos uma, falta duas

Anna comemora alegre, depois da comemoração ela pergunta qual é a próxima, eu respondo
para irmos para o lago, chegando lá não vemos nada apenas um lago normal, era um lago
calmo, azulado, tinha cheiro de terra molhada e de flores, depois de um tempo percebemos
que tinha um som, um som de respiração, vindo do fundo do mar, eu viro para Anna e
pergunto

-Já entendeu né?

Ela responde que sim

Eu pergunto

-Você tem algum feitiço para respirar de baixo da água?

Ela diz

-Sim mas preciso de algo que respire de baixo d'água

Eu vou atrás de algum peixe, encontro apenas um, mas está no meio do lago, eu tiro minha
roupa, Anna me olha envergonhada por 5 segundos e depois vira a cabeça, eu pulo no lago e
vou pegar o peixe, assim que pego o peixe eu saio do lago, me seco com um lençol e visto
minha roupa, Anna ainda envergonhada me pergunta

-Conseguiu?

Respondo mostrando o peixe, ela diz

-Ótimo, me de

Ela pega o peixe e faz um círculo com folhas e fala para eu ficar dentro dele, eu entro dentro
do círculo e ela começa o ritual.

Eu começo a sentir meu corpo todo formigar e a queimar me sinto sufocado parecia que eu ia
desmaiar, fico sem ar e depois de dois segundos tudo isso passa e eu fico normal, eu respiro
fundo e falo
-Acabou?

A Anna me olha e fala

-Sim, agora e só ir até lá

Eu tiro minha roupa novamente e a Anna tira a dela entramos na água, assim que entramos
conseguimos respirar normalmente, olhando para o fundo do lago vimos a segunda serpente,
a serpente da água, Anna começa a fazer o ritual, a serpente dorme e eu tiro mais uma das
presas.

-Ok, já foram duas, falta uma

Eu e Anna saímos do lago e nos olhamos, nós dois ficamos envergonhados e prometemos
nunca mais falar sobre isso, nós se secamos com o lençol que eu tinha usado e nos vestimos.

Fomos para a última serpente, a serpente do fogo, chegando lá o lugar estava todo em cinzas,
árvores queimadas, o chão todo cinza, o lugar tinha cheiro de fumaça e no meio tinha uma
cratera, fomos até ela com cuidado, a cada passo pisávamos em ossos queimados, quando
chegamos na cratera lá estava ela, a serpente do fogo.

Anna começa a fazer o feitiço, mas por algum motivo a serpente não pega o efeito do feitiço e
acorda, eu pego meu machado e Anna pega seu cajado, Anna fala para mim

-Zopha, cuidado ela não é apenas uma serpente normal

Eu fico olhando para os olhos da serpente, eu olho no fundo da alma dela, ela com raiva vem
para cima de mim, eu facilmente desvio rolando para o lado, pelo menos foi o que eu pensei,
após ela errar o golpe direto em mim ela usa a calda dela para me atingir, e dessa vez eu não
consigo desviar.

Após ser atingido pela calda da serpente eu sou arremessado para longe, fui rolando naquele
meio de esqueletos queimados, Anna depois que viu eu ser atingido pegou seu cajado com
força e conjurou uma tsunami gigante em direção a serpente, a serpente e puxada pela
correnteza e vai para longe.

Depois que Anna tacou a serpente longe ela veio até mim para me socorrer, ela pergunta

-Meu deus Zopha você ta bem?

Eu quase sem forças falo

-Acho que to, só quebrei alguns ossos, não consigo me mex...

Antes mesmo de eu terminar a serpente chega em uma velocidade gigantesca e atingi Anna
com toda a sua força, eu vendo aquilo acontecer bem na minha frente lembro do que Rakan
me disse.

- “quando estiver em batalha bote a máscara e nunca desista”

Eu pego a máscara na mochila e a boto, assim que boto a máscara eu sinto meu corpo todo
queimar e formigar, minha fúria estava cada vez mais alta, quando de repente eu desmaio.

Eu acordo novamente naquela floresta escura e com corpos desmembrados, eu já sabia do


que se tratava mas eu não gostava nem um pouco daquele lugar, aquele lugar fedia a podridão
e a carniça.
Eu olho para minha frente e para minha surpresa lá estava ele, Fenrir, ele olha diretamente no
meu olho e diz

-A quanto tempo meu jovem guerreiro

Eu falo

-Fenrir, o que você quer de mim agora?

O lobo responde

-Você fez a pergunta errada, acho que quem ta querendo algo aqui é você

Eu pergunto

-Como assim?

Ele explica

-você botou a máscara que Rakan te deu não e mesmo?

Eu concordo

-Então, ele fez alguma coisa nessa máscara para libertar seu poder

Eu pergunto

-Que poder?

Ele fala

-Desde quando você nasceu eu te acompanho, eu vi em você uma coisa que não via nos
outros, você tinha algo especial, então eu decidi fazer você meu descendente, quando você
completou 10 anos eu te dei um poder, que só poderia ser libertado por um encantamento
que só um dos deuses sabia, esse deus era Try, meu fiel companheiro, e pelo jeito Rakan
também sabia desse encantamento, ele o botou na máscara para quando você bota-la em seu
rosto esse poder sair das profundezas da sua mente.

Eu olho para ele e pergunto

-Tá mais que poder você me deu?

Ele diz calmamente

-Você saberá...

Logo após isso eu acordo de pé, em minha frente está a serpente morta, a minha direita está
Anna com um olhar admirador, eu não entendendo nada olho para minhas mãos e vejo duas
adagas queimando em chamas negras, essas adagas tinham pelo menos uns 50 cm de largura,
no cabo tinha uma figura de um lobo, e tinha correntes enroladas no meu pulso, essas
correntes estavam presas nas adagas também, eu vou até a serpente e corto a última presa, eu
começo a ficar tonto e com sensação de desmaio, eu olho para Anna e falo

-Me...Aju...da

Logo em seguida eu caio no chão, fazendo as adagas sumirem em chamas pretas.


Eu acordo no chão e me sento e olho ao redor, estou na grama, em um lugar quieto, olho para
cima e vejo o céu azulado, olho a minha direita, Anna está ao meu lado, assim que olho para
ela Anna fala

-Espera não se mexa, você ainda está muito fraco, eu estou preparando um remédio de ervas
que colhi agora a pouco

Eu continuo sentado, e pergunto

-Anna, que horas são?

Ela me responde dizendo que são três e meia da tarde, eu faço outra pergunta

-Anna, que dia é hoje?

Ela responde dizendo que é dia quinze de maio, ela pergunta preocupada

-Você está bem?

Eu respondo

-Sim, só meus antebraços que estão doendo um pouco

Ela fala

-Deixa eu dar uma olhada

Quando ela olha meus antebraços ela vê queimaduras com marcas de correntes, ela olha para
mim e diz

-Eu já sei o que e isso

Eu olho para meus antebraços e vejo as queimaduras, eu fico assustado pois eu não sabia o
porquê de elas estarem ali, Anna com uma voz seria diz

-Provavelmente isso foi as adagas, quando você pegou elas, elas aparecem de uma chama
negra e as correstes delas enrolaram no seu antebraço

Eu pergunto a ela

-E onde está a máscara?

Ela fala

-A máscara que você estava usando? A ela foi completamente desintegrada

Eu olho para ela com um olhar de surpresa e raiva e falo

-COMO ASSIM, ELA NÃO....

Eu percebo que Anna está com uma expressão de medo em seu rosto e falo

-Desculpa ter gritado com você

Ela diz

-Está tudo bem, eu sei como é, eu já perdi um objeto importante pra mim

Eu curioso pergunto
-Que objeto

Anna se senta e diz

-Quando eu nasci eu ganhei um colar da minha mãe, a minha mãe sempre cuidava de mim
quando meu pai ia as guerras, ela dizia que estava tudo bem e que quando eu precisar da
ajuda dela era só eu beijar meu colar, sempre que eu ficava com medo de noite eu beijava o
colar e o medo passava, mas quando eu tinha quatro anos atacaram nosso reino e meu pai não
estava no reino naquele dia, os elfos negros destruíram tudo e quando vieram para o palácio
eles começaram a matar todos, minha mãe pegou uma espada e um escudo, vestiu sua
armadura veio até mim e disse

-Filha, se eu não voltar vá para o porão e não saia de lá até seu pai chegar ta bom? Mamãe te
ama

E com essa frase minha mãe se despediu de mim, eu estava chorando olhando minha mãe sair
pela porta até que vejo um elfo negro atrás dela, eu saio do meu esconderijo e grito

-MAMÃE

Mais era tarde demais, o elfo negro enfiou uma lança no peito da minha mãe e logo em
seguida veio me matar, eu corri em direção ao porão, desci as escadas e sem querer deixei o
colar cair, o elfo estava atrás de mim, assim que viu o colar caindo ele rapidamente o destruiu,
eu olhei o colar destruído no chão pela última vez e entrei no porão, tranquei a porta e
esperei, fiquei lá chorando, sozinha e com medo até meu pai chegar e me ajudar, ele me
acolheu e um ano depois começou a me treinar.

Anna se levanta e toma um pouco de agua, eu peço um copo de agua para ela e ela me dá, eu
tomo a agua e falo

-Que história triste, meu pêsames pela sua mãe

Ela fala

-Não precisa se preocupar, mas tá, você pegou as três presas e agora vai fazer o que?

Eu respondo

-Vou voltar para casa e rever meu mestre

Ela empolgada fala

-Então vamos logo, quero conhecer onde você cresceu

Eu me levanto arrumo as coisas e partimos em direção a vila que cresci.

Quarto Capitulo
O "senhor" Ferreiro
Indo para a vila, passamos por uma floresta, era uma floresta calma, tinha grama bem
verdinha, você ouvia sons de pássaros e animais andando pelas folhas secas, tinha cheiro de
grama verde e um cheiro suave de flores, nós continuamos andando até ver uma casa de
madeira, fora dessa casa tinha um jardim lindo e florido, regando esse jardim tinha um jovem,
ele estava regando o jardim com a própria mão.

Eu pego meu machado e vou me aproximando dele, percebo que é um jovem médio, cabelos
loiros cobre olhos azulados, branco, vestia uma túnica cobrindo as pernas e na parte de cima
sem nada, ele tinha um pingente com uma pedra vermelha nele, ele passava um ar de calma,
ele olha para mim e diz

-Abaixe esse machado guerreiro não precisa disso

Eu respondo abaixando o machado e pergunto

-Quem é você? Vejo que é um mago poderoso

Eu falo isso olhando no fundo dos olhos dele, ele responde

-Meu nome e Lírio, tenho 16 anos, sou um mago de Asgard, eu sou um ancião em meu reino,
as pessoas de lá sempre me olham com um olhar admirador, eu tenho magia em mim desde
quando nasci, meu pai era um mago supremo, ele sabia de todas as magias, encantamentos e
rituais, eu vim para Midgard para pegar uma pedra mágica muito poderosa, capaz de causar o
Ragnarok, eu vim para cá a 3 anos atrás assim que meu pai morreu, desde os meus 2 anos meu
pai me treina para eu ser um mago supremo igual a ele, ele me treinava com livros infantis e
brinquedos, quando eu fiz 7 anos ele me deu um cajado e começou a treinar feitiços e
artilharia comigo, assim que fiz 13 anos, os Vanir atacaram Asgard e eu fui enviado para cá pela
minha mãe, ela me levou para bifrost e disse

-Lírio meu filho, vá para Midgard, encontre a pedra suprema, a pedra capaz de destruir o
mundo, pegue a pedra e a defenda com sua vida.

Ela ativa a Bifrost e eu venho para cá, nesses 3 anos eu construir essa casa e convivo aqui
desde então.

Anna olha para ele com admiração e pergunta

-Então você é o protetor da pedra

Ele concorda, eu olho para seu pingente e sinto uma queimação em meus olhos, eu esfrego os
olhos com minhas mãos e Anna pergunta se estou bem, eu respondo

-Sim, só olhei muito para a pedra

Ele vem até mim e coloca a mão direita em meus olhos, e fala uma palavra

-Liösta

Meu olhos param de queimar imediatamente, eu abro meus olhos e ele está em minha frente,
eu olho diretamente no olho dele e vejo no fundo da alma dele uma figura de um sol.

Eu fico olhando para ele por 5 segundos, até que Anna diz

-Lírio, se você e um mago supremo, você pode criar um cajado mágico não é?
Ele fala

-Obvio, isso e fácil para mim

Ele diz sussurrando

-Zoroá

Quando ele diz isso aparece em sua mão um cajado grande feito de madeira, ele pega um
tronco de arvore do chão e molda o cajado, enquanto ele faz isso ele fala palavras estranhas,
diferente da língua de Anna.

Quando ele acaba ele entrega o cajado a Anna e diz

-É isso que queria?

Anna fica super empolgada e diz

-Era exatamente o que eu queria

Anna pega o cajado e solta um feitiço, um feitiço fraco, só que naquele cajado o poder do
feitiço ficou cinco vezes mais forte.

Lírio no lado de Anna diz

-Qual será o nome dele?

Anna diz

-Benrö

Ele diz a língua estranha novamente e no cabo do machado foi esculpido o nome do cajado em
runas, Lírio vira para ela e diz

-Pronto agora toda vez que quiser guardar ou pegar seu cajado e só dizer o nome dele

Anna impressionada diz

-Benrö

Automaticamente o cajado some em borboletas magentas, Anna fica emocionada e vai até
Lírio e lhe dá um abraço e diz

-Obrigado Lírio eu adorei, você poderia até entrar para o nosso time

Lírio diz que vai pensar e nos convida para entrar.

Dentro da casa de Lírio tinha muitas coisas sobre sol e plantas, ele oferece uma bebida para
nós e aceitamos, Lírio olha para nós e pergunta

-Eu já me apresentei, e vocês? não vão falar quem são?

Eu e Anna contamos nossa história para ele, ele fala bem baixo

-Que Joerd os tenha

Eu ouço isso e pergunto

-Joerd? Qual sua relação com Joerd?


Ele olha para mim e diz

-Igual a relação de você com Fenrir

Eu fico surpreso e pergunto

-Então você é o descendente de Joerd?

Ele concorda fazendo sinal de sim com a cabeça e diz

-Mais eu também sou o discípulo mais próximo de Skoll

Eu pergunto

-Então você é um Theurge né?

Ele novamente responde com a cabeça, Anna olha para nós dois e fala

-Serio que sou a única que não sou descendente de algum deus?

Lírio olha para ela e fala

-Você está certa, mais você e forte ao ponto de não precisar de um deus.

Anna enche o olho de brilho

Lírio vira para mim e diz

-Descendente de Fenrir, você tem um poder incrível, só precisa liberta-lo e aprender a


controlar este poder.

Lírio se vira para Anna e diz

-Anna, a elfa você é uma maga talentosa, tem um poder incrível, mais sofre do mesmo
problema que Zopha, você tem um poder escondido, o cajado que fiz para você vai te ajudar a
liberar esse poder.

Eu olho para ele e pergunto

-Você quer me ajudar na minha aventura? Comigo e com a Anna?

Ele diz

-Hum…Acerto, vou acompanha-los nessa aventura.

Anna e eu comemoramos, pegamos suprimentos, comida água e medicamentos, saímos da


casa de Lírio e na porta Lírio pergunta onde vamos, eu respondo

-Vamos seguir para o Oeste, lá tem uma vila com um ferreiro que conheço muito bem, preciso
do trabalho dele.

Ele concorda e seguimos estrada.

Agora com três pessoas na equipe seguimos estrada indo para o Oeste, ao anoitecer do dia,
montamos o acampamento em uma floresta próxima, comemos e fomos dormir, no meio da
madrugada acordamos com um som nas moitas, eu levanto e pego meu machado, Anna
levanta e diz o nome do seu cajado, o cajado aparece de borboletas magentas igual hoje mais
cedo, Lírio levanta e faz a mesma coisa que Anna mas além de borboletas, o cajado aparece de
uma chama grande.
A gente estava na posição de batalha ouvindo o som nas moitas, quando de repente um
silêncio toma o lugar, só escuto o som dos grilos e das árvores batendo contra o vento, sinto o
cheiro das árvores e o cheiro forte da dama-da-noite, quando eu estava distraído com o som
da noite eu sou atacado pelas costas como se fosse uma chicotada, eu me viro e não vejo
nada, mais uma vez sou atacado pelas costas, dessa vez mais forte, eu me viro e mais uma vez
não vejo nada, sou atacado outra vez, desta vez eu caio no chão de barriga para baixo, eu me
viro e uma criatura pula em mim, era uma criatura grande, quadrúpede, tinha o tom de pele
preta, tinha uma boca com vários dentes afiados e grandes, tinha os olhos vermelhos vibrante,
ele pula com a cara no meu rosto e a baba dele cai no meu rosto, eu não consigo ataca-lo com
meu machado porque ele está sendo segurado pelas patas da criatura.

Eu sem esperanças, a criatura estava quase comendo a minha cabeça por completo, até que
aparece Anna soltando um feitiço de fogo na criatura fazendo ela cair em meu peito morta, ela
de longe grita

-ZOPHA!!! VOCE ESTÁ BEM?

Eu no chão grito de volta

-ESTOU

Ela grita de volta

-CUIDADOOO!!!

Sem tempo de reação mais uma criatura vem até mim, eu levanto e pego meu machado, dou
um passo grande para trás, de trás da criatura vem mais um exército de outras criaturas da
mesma espécie, eu olho para Anna e ela grita

-EU NAO TO PRONTA, AQUELE FEITICO EU USEI MUITA ENERGIA

Eu olho para o exército e seguro meu machado com força, quando atrás de mim aparece Lírio,
ele com seu cajado na mão grita

-ZOPHA ABAIXA!!!

Eu abaixo e sai do cajado dele um raio solar, eu estava bem embaixo do raio e vendo ele
matando o exército de criaturas em segundos, o raio acaba e eu me levanto e vejo todas as
criaturas mortas queimadas no chão, nós se reencontramos e a Anna pergunta para mim

-Como você tá Zopha?

Eu respondo

-Estou bem, só sujo com a baba dessa criatura

Ela pega uma folha grande no chão e a transforma em um lenço, ela me dá o lenço e eu me
limpo.

Nós dois nos viramos para Lírio e ficamos com um olhar de surpresa, ele pergunta

-O que foi gente?

Nós respondemos juntos

-O QUE FOI?? VOCE ACABOU DE CRIAR UM RAIO SOLAR E PERGUNTA O QUE FOI??
Ele ri alto e diz

-Eu sou discípulo de Skoll o lobo que cuida do sol, criar um raio de sol do meu cajado e fácil
para mim, eu posso aquecer coisas na temperatura do sol.

Eu e Anna olhamos para ele e Anna diz

-QUE TOOOPPP

Eu apenas olho com surpresa.

Eu olho para os dois e digo

-Acho melhor alguém ficar de guarda enquanto os outros dormem, e vamos revezando

Eles concordam e Anna se oferece para ser a primeira, eu e lírio dormimos, e depois de duas
horas Anna revezou com Lírio, eles decidiram me deixar dormindo pois estava ferido.

Ao amanhecer eu e Anna acordamos e vimos Lírio ainda acordado, vou até ele enquanto deixo
Anna arrumando as coisas pra irmos embora, eu chego no lírio e pergunto

-Você está acordado até agora?

Ele se vira até mim e diz

-Sim, não tem muito problema eu ficar sem dormir de noite, no dia seguinte o sol me enche de
energia novamente.

Eu falo

-Entendi, vamos logo, quero chegar a vila hoje.

Anna já tinha arrumado as coisas, eu pego minha coisas e seguimos estrada novamente.

Assim que nos demos conta já estávamos na vila, já era escuro, tarde da noite, senti uma
presença poderosa, viro para Anna e falo

-Anna, tem algo errado

Ela percebe essa presença também, era uma presença forte e poderosa

Anna disse

-Gente, tem algo aqui muito poderoso.

Lírio olha para os e diz

-Não precisa se preocupar, sim é uma energia poderosa, mas ela não está aqui para fazer mal a
gente

Eu pergunto

-De quem pertence essa energia então?

Quando eu acabo de dizer isso, de dentro de uma casa em nossa frente sai um senhor, era um
senhor bem vestido, tinha o tom de pele parda, os cabelos bem grisalhos, ele não e tão grande
mas também não tão pequeno, ele se vira para nós e diz

-Ha, então vocês chegaram, estava esperando ansiosamente.


Nos olhando para ele e percebemos que em seu cinto tinha uma miniatura de um cajado de
madeira pendurado no lado direito dele, e no lado esquerdo tinha um adaga verde meio
curvada, ele olha em nossos olhos e diz

-O querem que eu forje?

Nós olhamos confusos e eu pergunto

-Como sabe que queremos que o senhor forte algo para nós?

Ele ri e diz

-Como eu disse antes, eu estava esperando vocês, especialmente você jovem guerreiro

Eu pergunto

-Eu? Porque eu?

Ele responde com o silêncio e entra em sua casa e, quando já estava dentro ele diz

-Entre, jovens guerreiros

Quando entramos não vimos nada de mais, apenas na casa bem mobiliada e com cheiro de
coisa antiga, eu o chamo e pergunto

-Qual é seu nome senhor?

Ele responde

-Meu nome é August

Eu me apresento

-Prazer, Zopha, essa é Anna e Lírio

Ele diz

-Prazer, vamos entre no círculo por favor

Nós ficamos dentro do círculo, ele tinha umas runas em volta dele, ele pega a miniatura do
cajado em seu cinto e diz uma palavra sussurrando

-Nëtche

Quando ele diz isso o círculo começa a brilhar em um laranja avermelhado, a miniatura do
cajado cresce em um instante e se formando em um cajado lindo feito de ferro, olhamos em
volta e a casa vira uma forja, essa forja no meio de uma caverna grande, olhamos para cima e
vimos várias estalaquitites.

Quando voltamos o olhar para o senhor ele virou um jovem lindo, com as mesmas
características que o senhor só que agora ele está jovem e lindo, um cabelo liso e bem branco
como a neve, ele olha diretamente para mim e diz

-O que deseja?

Eu com um olhar confuso e surpreso falo

-Estou precisando de um pingente em forma de uma lâmina, com uma figura de um lobo no
fim do cabo
Ele diz

-Entendo

Ele bate o cajado no chão e tudo volta ao normal, a casa volta a ser uma casa linda e
mobiliada, e o jovem virá um senhor novamente.

Ele vem até e mim e diz

-Abra a sua mão

Eu abro a mão e ele bota em minha palma o pingente que tinha pedido para ele, exatamente
como estava imaginando.

Eu vejo em seu olho uma figura de uma mulher morta no chão, ela estava com um vestido de
noiva e tinha um corte em seu antebraço.

Eu me afasto assustado, agradeço ele e pergunto

-Podemos dormir aqui essa noite, prometo que ao amanhecer vamos embora

Ele concorda sem exitar, mas diz que só tem dois quartos, um quarto com uma cama de casal e
outro com uma cama de solteiro.

Decidimos que eu e Anna dormiríamos no quarto com a cama de casal, enquanto Lírio
dormiria no outro quarto, fomos até os quartos e arrumamos as nossas coisas lá, Anna vai
tomar banho enquanto eu arrumo as roupas e as mochilas.

Assim que ela sai eu entro logo em seguida, eu entro no banheiro e tiro minha roupa, entro no
chuveiro e o ligo, a água estava fria, eu molho meu cabelo e passo a mão em meu rosto, assim
que abro o olho vejo a figura da Anna totalmente nua em minha frente, no susto eu esfrego
meus olhos e a figura some, eu termino o banho, me seco e saio do banheiro, decido não
contar o que vi no banheiro para a Anna, deitamos e fomos dormir.

No meio da noite eu acordo com o barulho da Anna resmungando na cama, eu senti da cama e
olho para Anna, eu percebo que ela está tendo um pesadelo e logo em seguida eu acordo ela
cutucando sua coxa, ela acorda assustada, eu falo

-Calma Anna está tudo bem

Ela vem e abraça forte, eu o abraço de volta e pergunto

-Você teve um pesadelo né?

Ela diz

-Sim, mais ainda bem que você está aqui pra me ajudar

Eu fico envergonhado e falo

-vamos dormi, amanhã temos que acordar cedo

Ela concorda e nós nos deitamos novamente, um minuto depois eu sinto ela me abraçando por
trás, eu me sinto confortável e minha alma ficar quieta e rapidamente eu adormeço.

Ao amanhecer preparamos as coisas e vamos agradecer ao August, eu vejo que ele está
sentado em sua poltrona, eu o chamo e falo
-August, muito obrigado pelo hospedagem e pelo pingente

Ele se vira e diz

-Porque está se despedindo?

Eu digo a ele

-Porque já estamos indo embora

Ele se levanta pega uma bolsa de couro de boi e vem em minha direção, ele olha para mim e
diz

-Eu vou com vocês

Anna e Lírio ficam confusos com a situação, Anna vem até mim e sussurra em meu ouvido

-Ele realmente vai com a gente

Eu respondo baixo

-Sim, eu vi na alma dele, ele tem um poder incrível, eu vi em seus olhos

Ele olha para nós e diz

-Eu sou um senhor mais ando mais rápido que todos vocês

Eu fico surpreso e falo

-Ok, se vai com a gente vamos logo

Nós saímos da casa e eu falo

-Já foi os três requisitos, falta o último, o olho de jotun

Eu pego em minha mochila o mapa que Rakan me deu, vejo que seguindo ao Norte
chegaremos em um templo antigo, e falo

-Vamos pra o Norte, lá tem um templo que quero dá uma olhada

Eles concordam, eu pego o pingente em minhas mãos e o boto em meu pescoço, logo em
seguida seguimos estrada.

Quinto Capitulo
A pedra do poder
Quando estávamos não muito longe da vila, percebemos que vinha um nevoeiro, não dava
para enxergar nada, eu rapidamente falo pra nós se juntarmos, Anna e Lírio ficaram ao meu
lado, já August só simplesmente continuou andando, e eu o grito

-AUGUST NAO VA SEM NÓS

Ele se vira e diz

-Ham? Vocês estão com medo disso?

Eu pergunto

-Como assim? Medo do que?


Ele pega seu cajado em seu cinto e bate forte no chão, quando ele bate seu cajado forte contra
o chão ele faz uma explosão de ar, fazendo o nevoeiro se dissipar.

Vimos em nossa frente uma estátua enorme de um ogro, ele está a segurando um porrete,
fazendo uma pose de guerreiro, era uma estátua de pedra antiga aparentemente, tinha vinhas
em seus braços, parecia uma estátua normal, embaixo dela havia uma entrada, vamos em
direção a estátua.

Quando estávamos indo até a estatua ela cria vida, transformando a pedra antiga em uma pele
verde asquerosa, ele pega seu porrete e dá um grito ensurdecedor, ele prepara seu golpe e
desfere em August, August ainda em sua forma de idoso ele desvia sem dificuldade do golpe
do ogro, ele pega sua adaga em seu cinto e vai caminhando calmamente até ele, quando ele
chega na perna da criatura ele passa a adaga em seu joelho e o ogro começa a gritar e a se
despedaçar.

Nós olhamos August com uma cara surpresa, ele guarda sua adaga em seu cinto e vem em
nossa direção, eu olho para ele e digo

-Como fez isso, só simplesmente infringiu um ataque e ele já se despedaçou.

Ele explica

-Isso foi uma adaga que eu ganhei de minha deusa, ela me criou desde criança

Eu pergunto

-Deusa? Qual deusa te acompanha?

Ele diz

-Hel me acompanha desde pequeno, ainda lembro de todas as guerras que eu criei

Eu falo

-Hel, A deusa da morte, entendo, por sinal, quantos anos o senhor tem?

Ele responde

-Tinha esquecido de dizer a vocês minha história, tenho dois mil e quinhentos anos, sou um
descendente de Hel, quando eu tinha 10 anos meu pai me expulsou de casa por eu ter cabelo
branco, ele achava que o meu cabelo ela a própria morte, porque todas as pessoas que ele
amava morreram, ele acredita que meu cabelo era uma maldição, ele diz que eu nunca deveria
ter nascido e me humilha, eu chorando saio correndo para a floresta, corro, corro e corro até
chegar em um poço, eu não olhando para minha frente, caio neste poço, eu caio por metros
de profundidade até finalmente cair na água, eu não sabendo nadar fico desesperado e
começo a me debater e procuro algo para me segurar, eu não encontro nada e afundo na
água, minha visão fica turva e sinto que vou morrer, eu perco minha consciência.

Acordo em um palácio grande e todo em tom de cinza, eu ando sem rumo para frente olhando
ao redor, até chego em um pátio, lá tinha uma mulher linda vestida de preto, tinha cabelos
pretos longos até a cintura, eu olho para ela e a direita dela tinha um jovem também, ela olha
para mim e diz

-August, você chegou finalmente, eu e seu irmão estávamos te esperando


Eu confuso pergunto

-Quem é você e como assim meu irmão? Eu não tenho irmão

-A desculpa a grosseria, eu sou Hel, a deusa da morte, eu te observo desde quando você era
bebê, você é meu guerreiro, nasceu para ser meu, e este ao meu lado é seu irmão, eu liguei a
vida de vocês quando nasceram, o nome dele e Rhaast, ele estava deitado quando de repente
aparece aqui, ele me pergunta onde está e eu respondo que ele está em meu palácio, ele
pergunta porque está lá, eu respondo que seu irmão tinha morrido, então ele também foi
levado, eu explico toda a situação para ele, ele se acalma e vem até meu lado te esperar, agora
estamos aqui te explicando a situação

Eu falo

-Entendo, então eu morri naquele poço né?

Ela diz

-Sim mas não, você morreu, mas eu vou lhe dá outra chance para dizer seu valor

Eu falo

-Então ele vai morrer?

Ela diz

-Não, eu dei a ele duas vidas, e vai sacrificar uma das vidas para te salvar, mais tem um porém,
se morrerem mais uma vez, eu vou dar mais chances

Eu falo

-Ta, mais como vamos nos defender, nós sabemos lutar mais não temos armas

Ela diz

-A isso não e problema

Assim que diz isso ela estala os dedos e em suas mãos surge uma adaga verde e uma duas
foices, uma roxa com preta e a outra vermelha com preta, ela diz

-Tome, pegue essa adaga, ela tem o poder da morte, tudo que você corte com ela
simplesmente morre, e também vou dar a vocês um poder de mudar de forma, vocês poderão
trocar a aparência de vocês para um idoso e voltar para jovem sem dificuldade, e para seu
irmão essas foices

Ela entrega as foices para Rhaast e diz

-Agora que estão devidamente equipados, vão e tratem de não morrer mais

Ela estala os dedos e saímos do palácio, eu acordo fora do poço e confuso e molhado caminho
até em casa.

Eu me pergunto onde será que está Rhaast e como ele deve estar agora, resumindo o resto
dos anos, eu matei generais com isso travei guerras, eu achei um ancião que me ensinou a
forjar e me deu meu cajado, eu fui morar naquele vilarejo e encontrei vocês, e agora estou
aqui contando minha história a vocês.
Eu olho para ele e pergunto

-Você já sabe onde está seu irmão?

Ele diz

-Não, eu não sei seu paradeiro até hoje

Eu falo

-Vamos encontrar ele, prometo

Ele agradece e olha para a entrada atrás dele, e diz

-O que estamos esperando para entrar?

Eu falo

-Nada, vamos entrar

Nós entramos e parecia uma masmorra, toda feita de pedra com musgo, sem vida e fria, tinha
cheiro de morte e trazia uma sensação horrível, entramos mais a fundo na masmorra e vimos
mais a frente uma luz, vamos andando até a luz e ao chegar lá vimos um pátio grande e aberto,
nele o cheiro de morte prenominava em todo o lugar.

Olhamos ao redor e vimos que no teto havia uma abertura, que nela entrava a luz do sol,
fazendo assim o lugar ficar iluminado, bem no meio do pátio tinha mais uma estátua, sendo
iluminada por esse raio de sol, só que dessa vez uma estátua que parecia um guerreiro, tinha
por volta de 8 metros de altura, ela estava com uma armadura de tigre, em suas ombreiras
tinha tigres igual ao seu capacete, ele estava apoiado em uma espada gigantesca em meio a
suas pernas, e atrás dele havia uma porta, ela estava sendo bloqueada pela grande espada da
estátua, nós já sabendo o que ia acontecer pegamos nossas armas, e como imaginamos, a
estatua cria vida, fazendo sua armadura brilhar em um dourado como a luz solar, a estatua
mexendo apenas a cabeça se vira para nós e diz

-Mais guerreiros em busca da pedra, o que vão fazer agora? Vir para cima de mim com esses
palitos de madeira que vocês dizem ser mágicos e essas armas que nem fio tem?

Eu olho para ele e falo

-Você e muito orgulhosa para uma estatua

Ele diz

-E você e muito astuto para um guerreiro com apenas uma machadinha sem fio e pequena

Eu fico sem palavras com uma cara envergonhada e abaixo meu machado, eu olho para meu
companheiros e percebo que também abaixaram suas armas, eu me viro novamente para a
estatua e digo

-Não estamos aqui para batalhar contra você, só entramos aqui para ver o que havia dentro

Ele diz

-Muito bem, se é assim eu deixo passarem, mais apenas aqueles que o poder está aprisionado
dentro de si
Eu sabendo que tinha um poder preso olho para meus companheiros e falo

-Alguém mais gostaria de me acompanhar?

Anna recolhe seu cajado e diz

-Eu vou, sinto que tem algo preso dentro de mim

Eu falo

-Ok, August e Lírio, vocês vão?

August olha para mim e diz

-Não preciso libertar meu poder, ele já foi libertado faz tempo

Lírio diz a mesma coisa, eu viro para Anna e falo

-Preparada?

Ela diz que sim, eu pego em sua mão e vamos em direção a porta, o guerreiro levanta sua
espada, fazendo assim a porta se abrir.

Quando entramos vimos uma sala, cheia de tesouros, o cheiro de morte havia sumido por
completo, nós tomamos um susto com a porta fechando forte atrás de nós, nós olhamos ao
redor e só havia tesouro e mais tesouros, uma sala enorme apenas com tesouros, olhei para
cima e percebi que também havia uma buraco, fazendo assim um raio solar iluminar uma pilha
de tesouros, em cima da pilha havia algo brilhando forte, era um brilho que dava pra ver de
quilômetros de distância, nós vamos em direção ao brilho, assim que subimos até o topo da
pilha vimos que todo aquele brilho vinha de uma pedra, totalmente branca, mais branca que a
neve, eu olho para Anna e digo

-Quem vai primeiro?

Ela diz

-Pode ser eu

Ela pega a pedra, assim que ela a pega a pedra fica completamente alaranjada, a pedra se
transforma em uma calcita , eu olho no olho dela e vejo um olhar de medo, assim com a pedra
na mão ela desmaia, eu pego ela rapidamente, ainda com a pedra em mãos eu a boto em meu
colo, eu espero ansioso e com medo ela acordar, eu percebo que ela está chorando, mesmo
desmaiada ela estava chorando, eu o abraço forte e ela acorda me devolvendo o abraço, eu
olho para ela e ela olha para mim, eu sinto um clima estranho e me afasto do rosto dela, ela
envergonhada se levanta e diz

-Acho que agora estou preparada

Ela fecha os olhos e diz sussurrando

-Benrö

Ela dizendo isso parece um cajado em meio a borboletas, que agora invés de magentas elas
eram avermelhadas com um degrade de vermelho para o laranja, como o fogo, o cajado era
grande e em sua ponta havia uma pedra alaranjada, ela brilhava forte, eu olho para Anna e
seus olhos estão pegando fogo, ela é coberta por um manto flamejante que atrás tinha um
símbolo de uma Fenix, eu fico com um olhar surpreso e digo

-Uau, parece que esse é seu verdadeiro poder, em meio as cinzas a Fenix renasce

Ela diz

-Benrö

O cajado some em meio as borboletas novamente e ela volta ao normal, os olhos e os cabelos
não queimam mais, e o manto desaparece em chamas avermelhadas, ela ainda com a pedra
em mãos bota ela novamente na pilha e diz

-Agora e sua vez de libertar seu poder

Antes eu a pergunto

-O que você viu quando desmaiou?

Ela responde

- Assim que desmaiei eu acordei em um campo grande que havia apenas flores e mais nada, eu
sentia o cheiro suave das flores, parecia ser de tarde, não havia muitas nuvens no céu, ele
estava limpo e bem azulzinho, eu olho ao redor e vejo minha mãe, ela estava sentada no meio
das flores, ela estava de costas para mim, ela não estava muito longe dela, eu me levanto e ela
fala

-Filha, estava te esperando, sabia que uma hora você viria, venha, sente a minha frente

Eu vou até ela e sento na frente dela, ela estava com uma expressão séria, eu olho para ela, ela
pega uma flor no chão e a bota em minha orelha, eu pego na mão dela ela fala

-Filha, não sei como e com quem você chegou até aqui, mas você está aqui para um proposito,
despertar o seu poder

Eu pergunto

-Poder, que poder, eu já libertei meu poder treinando com meu pai

Ela diz

-Não, não é esse poder, é o poder que foi aprisionado dentro de você por medo, quando você
nasceu, você tinha uma marca de uma Fenix em suas costas, com medo de ser alguma
maldição eu te levei até um descendente de Mímir, ele olhou para a marca e disse que era um
poder incrível, um poder que se não bem usado poderia causar o Ragnarok, O fim do mundo,
eu com medo pedi para ele aprisionar esse poder no fundo do seu subconsciente, ele fez o
ritual e prendeu seu poder, fazendo assim a marca sumir, eu o agradeço e te levo para casa,
agora depois de todos esses anos eu ainda não sei como você conseguiu vir até aqui, agora
você está no seu subconsciente, eu estou aqui para te ajudar a libertar esse poder.

Eu escuto tudo que ela fala e pergunto

-Ta, mas como eu vou libertar esse poder?

Ela diz

-Segure minha mão, e feche os olhos


Eu faço o que ela pede e sinto um calor imenso vindo do meu peito, ela diz

-Deixe sair, não o prenda

Eu vou relaxando e percebo que o calor vai passando para todo o meu corpo, eu sinto
passando eu minhas pernas, em meus braços, na ponta dos meus dedos, eu sinto as minha
veias queimarem por inteiro, eu com todo aquele calor escuto um sussurrando falando

-Chame seu cajado

Assim que ouço o sussurro eu abro o olho, me levanto e chamo meu cajado

-Benrö!!!

Com isso meu cajado aparece em meio a borboletas avermelhas e todas as flores em minha
volta queimam, eu olho para minha mãe e ela diz chorando

-Parabéns minha filha, você conseguiu, sabia que conseguiria

Eu desabo em lagrimas e vou abraça-la, eu a abraço forte ela no meu ouvido diz

-Va, seu amigo precisa de sua ajuda

Eu acordo e você está me abraçando.

Eu falo para ela

-Agora eu entendo, provavelmente essa pedra ajuda a você ir para seu subconsciente

Ela concorda e diz

-Eae? Vai ou não pegar a pedra

Eu me levanto e pego a pedra branca no topo da pilha, vejo que ela começa a ficar preta como
uma obsidiana, eu olho para Anna e desmaio em seus braços.

Eu acordo mais uma vez naquela floresta escura e sem vida, percebendo que estou ali já me
levanto e olho para minha direita, lá estava Fenrir, preso em Glepnir, eu olho para ele e falo

-Olá, quanto tempo não é lobinho

Ele diz

-Olha quem está aqui, o apaixonado pela elfa mãe das Fenix

Eu digo com raiva

-EU NÃO ESTOU APAIXONADO SEU LOBO ESTUPIDO

Ele fala com um olhar amedrontador

-Olha como fala com um deus, criatura insignificante, sem mim você não é NADA, apenas um
jovem com um machado e um arco de madeira

Eu com uma cara arrependida falo

-Desculpa, eu perdi o controle

Ele diz
-Desta vez eu te perdoou, mas na próxima eu mesmo te mato, eu posso estar amarrado com
essas correntes, mais ainda tenho meus amigos

Assim que ele diz isso aparece atrás deles milhares de lobos, eu olhos para todos e digo

-Ok entendi o recado, mais vamos para o que interessa, como faço pra controlar meu poder?

Ele diz

-As laminas que te dei? Isso e simples, tire a lamina de meu rosto e mostrarei a você

Eu vou até ele e tiro a espada que perfurava sua boca, ele olha para mim e diz

-Obrigado, agora para você pegar suas laminas você precisa apenas cortar ambos os pulsos e
dizer o nome das laminas, assim ambas aparecerão eu suas mãos, fazendo sua força aumentar,
você vai ficar com a força de um deus e sua regeneração vai ficar sobre humana.

Com isso eu pergunto

-Mas qual é o nome das laminas

Ele diz

-Ragnarok

Após ele dizer isso ele uiva alto para lua e eu acordo.

Assim que acordo eu estava no colo da Anna, ela estava olhando para mim com um olhar de
medo, eu me levanto e ela diz

-Eu pensava que você não ia acordar mais, eu fiquei com medo

Eu falo

-Calma, acordei, e agora estou preparado

Eu fecho os olhos pego o pingente em meu pescoço e corto meus pulsos, digo sussurrando

-Ragnarok

Assim que falo o nome das laminas elas aparecem em chamas negras em minha mãos,
enrolando as correntes pegando fogo em meus antebraços fazendo o corte se fechar
rapidamente, elas estavam queimando em chamas negras, percebo que vestia uma capa
totalmente preta, no final da capa, onde encostava no chão, ela queimava em chamas negras
igual as laminas, Anna percebe que atrás da minha capa tinha um símbolo de um lobo, e que
no fundo dos meus olhos estava uma chama negra, queimando sem parar, eu falo sussurrando
mais uma vez

-Ragnarok

As laminas somem em chamas negras, o manto some e meus olhos ficam normais novamente,
pego o pingente e o boto de novo no pescoço, Anna fala

-Agora sim você está com cara de discípulo de Fenrir, “das chamas negras aparecera as laminas
Ragnarok, para trazer destruição e caos a quem estiver a sua frente” meu pai me falava isso

Eu falo
-Seu pai era um senhor sábio, só pelas histórias que me conta eu percebo isso

Ela concorda e fala

-Vamos sair daqui, acho melhor não levarmos nenhum tesouro, pode ter alguma maldição

Eu concordo, deixo a pedra encima da pilha novamente e saímos de lá, quando saímos Lírio e
August estava nos esperando, a gente chega até eles e Lírio pergunta

-Vocês tão bem? O que tinha lá dentro?

Eu respondo

-Sim estamos bem, lá dentro havia apenas tesouros, só que acima de um pilha de tesouros
havia uma pedra, nós pegamos essa pedra e conseguimos a partir dela libertar nosso poder

Ele pergunta onde está e pedra e eu respondo

-Achamos melhor deixa-la onde estava

August olha pra nós e diz

-Então vocês usaram a pedra do podem, interessante, me mostre seu verdadeiro poder agora

Eu pego minha laminas e Anna pega seu cajado, os dois ficam impressionados e August diz

-Como eu esperava, a pedra não liberou totalmente o poder de vocês, ainda tem muita coisa
guardada no subconsciente de vocês

Nós guardamos as armas e a estatua diz

-Esse jovem sabe demais, tinha que ser descendente de Hel, todos os descendentes de Hel que
matei era bem espertos e fortes

Eu vejo uma expressão de raiva em August, eu boto a mão em seu peito e digo

-Não August, não precisamos lutar, ele nos ajudou, não teu motivo para batalhar

Ele se acalma e eu pergunto para a estatua

-Ei, você lembra de todos os nomes dos descendentes de Hel?

Ele responde

-Obvio, lembro de todos, porque a pergunta?

Eu respondo

-Você lembra de alguém chamado Rhaast?

Ele diz

-Sim, é impossível esquecer do Rhaast, ele foi o único que conseguiu me acertar, por isso o
dente do tigre da minha ombreira está quebrado

Eu olho para a ombreira direita dele e percebo que faltava um dente na boca do tigre, eu
pergunto

-Você sabe para onde ele foi?


Ele diz

-Eu lembro de ele ter dito que ia para um reino, um reino bem longe daqui, agora qual reino eu
não sei, ele não deu essa informação

Eu falo

-Obrigado, já ajudou bastante

Eu viro para meus companheiros e digo

-Vamos para o reino de Muspelheim, o reino do fogo, é o reino mais longe daqui

Eles concordam eu falo

-Adeus estatua, por sinal qual o seu nome?

Ele diz

-Kafir

Eu respondo

-Prazer eu te conhecer Kafir meu nome e Zo...

Entes que eu pudesse termina ele me interrompe

-Zopha Anthu, eu sei, essa ao seu lado e Anna Fritz, August Linoz, Lírio Ember, conheço todos
vocês, conheço a história de todos, a vida de todos, os medos de todos, eu sei de tudo

Eu fico surpreso e falo

-Ok, vamos indo, até logo Kafir

Ele se despede e nos saímos da masmorra, assim que saímos estava escurecendo, decidimos
montar o acampamento e dormir por ali mesmo, comemos a comida que pegamos na casa de
August e fomos dormir.

Ao amanhecer sou o primeiro a acorda e percebo que Anna estava agarrada em mim, eu me
agarro e ela e volto a dormir já que ninguém estava acordado, eu acordo mais uma vez, só que
dessa vez sou o último a ser acordado, eles já tinha arrumado tudo para irmos, só eu estava
atrasado, eu me levanto e rápido e começo a arrumar minha coisas, Anna vem até mim e diz

-Desculpa por ter te agarrado de noite, eu estava com medo e frio

Eu me viro para ela depois de ter arrumado tudo e falo

-Não tem problema, eu até dormir melhor com você do meu lado

Eu boto minha mochila e digo

-Vamos? Todo mundo pronto?

Eles falam simultaneamente

-Sim!

Eu falo

-Então vamos em direção para o Leste, para lá que fica Muspelheim


Assim seguimos estrada em direção ao reino de fogo.

Sexto Capitulo
O reino coberto por fogo

Indo em direção a Muspelheim, chegamos na frente de uma floresta com arvores gigantescas
60metros de altura, era uma floresta que não batia o sol, vimos que dentro havia muito névoa,
ela cobria toda a floresta, mas por incrível que pareça a névoa não passava para fora da
floresta, como se tivesse algo o a segurando, Anna vira para nós e diz

-Vamos entrar? Sinto uma energia ruim ali dentro

Eu falo

-Eu sinto essa energia também, mais sim, vamos entrar

Nós entramos na floresta, Anna com medo se segura em mim, vamos cada vez mais
adentrando a floresta, quanto mais pra frente andamos, mais densa fica a névoa.

Eu sinto que cada vez estamos chegando mais perto da energia ruim, olho para trás e não tem
ninguém, olho para Anna agarrada em um e digo

-Anna, não quero assuta-la, mais Lírio e August sumiram

Ela olha para trás rapidamente e percebe que realmente lá dois tinham sumido, ela fica
desesperada e diz com voz de choro

-Eu sabia que isso ia acontecer, agora perdemos nossos amigos

Eu digo acalmando ela

-Fiquei calma, os dois são muitos fortes, eles não morreriam tão facilmente assim, vamos
continuar, talvez escontramos eles

Nos continuamos a andar pela floresta sem rumo, até encontrarmos um homem armadurado,
parecendo um soldado de um exército, vamos nos aproximando dele e quando chegamos
perto o suficiente eu pergunto

-Oi? Está tudo bem?

Ele me responde com o silêncio, eu pergunto mais uma vez

-Oiiii?? Você está bem?

Ele se vira e percebemos que seus olhos estão completamente removidos, só estava com um
buraco oco no lugar, nós nos afastamos rapidamente, ele fica parado nos olhando, ela está
fazendo ruídos estranhos, como se fosse sussuros, Anna se afasta pouco de mim e diz
susurrando

-Benrö
Mais uma vez seu cajado aparace em borboletas avermelhadas, seu olhos e cabelos queimam
e aparece em meio as chamas seu manto avermelhado e ardendo em chamas onde encostava
no chão e atrás estava o símbolo da Fenix

Ela pega forte seu cajado e dele sai apenas um pequeno ponto flamejante, o ponto vai em
direção ao soldado e cai em meio de sua testa, assim que o ponto o encosta ele queima em
chamas, fazendo assim ele cair morto completamente queimado no chão, eu olho para ela e
falo

-O que era aquilo, e por que ele não tinha os olhos?

Ela diz

-Benrö

Seu cajado some nas mesma borboletas avermelhadas e ela volta ao normal e diz

-Tambem não sei o que era aquilo, mais fiquei com medo, nunca vi algo assim antes, vamos
logo, precisamos achar os meninos antes que fiquem assim também

Eu concordo e continuamos a andar, desta vez dou a ideia de irmos em direção a energia ruim,
ela concorda e continuamos andando.

Andando um pouco mais a frente ouvimos sons eletricos vindo da parte mais densa da
floresta, vamos em direção a esse som e quando que chegamos lá vimos August e Lírio
exaustos, como se tivessem em uma batalha a minutos, nós olhamos ao redor e não vimos
nada, em nosaa frente em meio ao nevoeiro, vimos andando em nossa direção, uma criatura
grande, parecia uma coruja, tinha chifres de alce, suas patas era afiadas, tinha pernas e braços
longos, eu percebo que ele também não tinha os olhos, igual ao soldado que Anna e eu vimos,
eu pego meu pingente e preparo ele em meu pulso, eu sinto que a energia estava muito forte
naquele lugar.

A criatura me olha fundo e eu perbeco que ela não queria nossa companhia ali, ela vem pra
cima de mim rapidamente, eu corto meus pulsos e grito

-RAGNAROK!!!!

Minhas lâminas aparecem em minhas mãos e rapidamente eu corto um dos braços dele, ele
fica enfurecido e vem para cima de mim novamente, eu corto o outro braço dele, ele fica sem
os dois braços e cai no chão, ele da um grito e eu o puxo com as lâminas, pego sua cabeça e
com as próprias mãos quebro teu pescoço, a criatura cai morta no chão eu falo

-Ragnarok

Minha lâminas somem e eu vou em direção ao meus companheiros, eu viro para Lírio e August
e pergunto

-Voces estão bem?

Eles respondem que sim, assim que eles respondam percebemos que toda a névoa vai se
dessipando, a floresta ganha vida novamente, os pássaros voltam a cantar e o sol volta a
brilhar, a criatura some junto a névoa, eu olho ao redor e percebo que tinha uma garra da
criatura em meio aos arbustos, eu vou até ela e pego a garra, assim que pego a garra eu sinto
uma forte energia, igual a energia que senti hoje mais cedo, como se fosse o núcleo da névoa
ou o que está contendo a névoa dentro dela, eu guardo a garra em minha mochila sabendo
que seria útil em algum momento, olho para Anna e os outros e falo

-Vamos continuar andando, precisamos chegar em Muspelheim o mais rápido possível

Eles concordam e vamos andando seguindo a trilha da floresta

Quando andamos um pouco mais a frente vimos uma ponte, e do outro lado da ponte era uma
floresta completamente diferente daqui estávamos, nos passamos pela ponte e quando
adentramos na floresta sentimos uma paz incrivel, uma floresta de árvores avermelhadas
como o fogo, tinha um cheiro aperfumado, eu olho ao redor e percebo que um pouco mais a
frente havia, em meio a todas as árvores, uma árvore brilhante, as folhas dela brilhavam como
o sol, eu olho para meus aliados e digo

-Olha aquela árvore, porque brilha tanto?

Anna diz

-Não sei vamos ver

Vamos em direção a árvore brilhante, quando chegamos lá vimos que havia em seu tronco um
homem preso com suas raízes, ele estava completamente preso com a árvore, eu olho
diretamente para ele, é um homem velho de cabelos grisalhos, cor de pele branca, tinha
chifres médios em sua cabeça, seu olho brilhavam como as folhas das árvores, eu com um
olhar desconfiado digo a ele

-Quem é você?

Ele com o olhar para baixo se vira para mim e diz

-A, boa tarde jovens guerreiros, eu sou Manín, um dos descendente de Mímir, oq querem aqui
em meu bosque?

Eu ainda com o olhar fixado nele falo

-Então você e um dos descendentes de Mímir, então você tem a resposta para todas as
perguntas certo?

Ele responde

-Exatamente, você não respondeu minha pergunta, permita-me repetir, o que querem em
meu bosque?

Eu respondo

-Seu bosque?

Ele diz

-Exato, meu bosque, tudo que você vê depois daquela ponte me pertence, todas as árvores,
todos os animais, tudo faz parte de mim

Eu olho ao redor e August diz

-Interessante, se você tem a resposta para todas as pergunta me responde uma coisa

Ele diz
-Diga meu jovem

August olha para ele e fala

-Voce conhece um jovem chamado Rhaast?

Eu percebo que sua expressão muda completamente, ele fica com uma séria e diz

-Rhaast, a quanto tempo não ouço este nome, um jovem rapaz, pena que foi levado tão cedo
pelas sombras.., que Odin o guie

Eu pergunto

-Você conhece ele?

Ele responde

-A minha pobre criança, eu conheço tudo e todos, ele é apenas mais um que veio até mim em
busca de conhecimento, lembro como se fosse ontem, um jovem rapaz, com cabelos longos
pretos como o carvão, olhos vermelhos como o sangue, pele parda como caramelo, vestia um
manto cobrindo suas roupas, havia duas foices presas em suas costas, ele veio me procurar
para ter mais conhecimento e informações, eu respondo oque ele queria e ele segue seu
caminho caminha do lentamente

August fala em um tom de voz baixo

-A irmão, oque você está pensando em fazer

Manín diz olhando para August

-Meu jovem, seu irmão não é uma pessoa ruim, apenas está corrompido pelas sombras e pelo
ódio, quando finalmente reencontrar ele tenha paciência, não lute com seu próprio irmão, a
luta de vocêsso acabaria com um dos dois mortos.

August não diz nada, Anna pergunta a Manín

-Você sabe pra onde ele foi?

Ele olha para Anna e diz

-Obvio que sei, só nao vou falar, ele me proibiu

Lírio pergunta:

-Como assim ele te proibiu você de falar?

Manín diz:

-Ele disse para não dizer a ninguém onde iria, especialmente para seu irmão, ele falou que seu
irmão nn está preparado ainda.

Eu digo:

-Ja ouvimos o bastante vamos indo, já está anoitecendo

Manín olha para mim e da a ideia de ficarmos no bosque dele está noite, eu pergunto a todos
do grupo sobre isso e todos concordam. Nós nos despedimos do Manín agradecendo ele pela
gentileza, nós seguimos por uma trilha a esquerda de Manín, andamos um pouco, ouvindo o
som do vento batendo nas árvores e as folhas secas quebrando com nossos passos, sentindo o
cheiro da grama verde e das flores.

Quando anoiteceu, no final da trilha achamos um espaço aberto, eu monto o acampamento e


pego uns galhos no chão, peço para Lírio usar alguma magia de fogo para acender a fogueira,
assim que ele acende a fogueira eu procuro algo para fazer e não encontro nada, eu falo para
o resto do grupo que havia acabado a comida, todos olham as mochilas e Anna diz

-Achei, tem apenas quatro fatias de abacaxi desidratado

Ela entrega uma fatia para cada um e nós comemos, assim que terminamos vamos dormir, nós
dormimos sem nenhuma interrupção.

Ao amanhecer acordamos arrumamos as coisas e vamos seguir estrada, andando um pouco


mais a frente vimos mais uma vez uma ponte,do outro lado da ponte havia uma floresta
totalmente sem vida, as árvores sem folhas, completamente devastado, a grama morta
amarronzada, lá no horizonte havia uma grande cabana, tinha dois andares e parecia uma
cabana comum

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