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MATERIAL DO CURSO
INTRODUÇÃO AO MÉTODO DENVER

APOSTILA
O MODELO PRECOCE DE DENVER
O MODELO PRECOCE DE DENVER

O Modelo Precoce de Denver é um dos poucos métodos de intervenção


precoce com eficácia cientificamente comprovada para crianças com
Perturbações do Espectro do Autismo. Considerado pela revista Time uma das
10 maiores descobertas da área médica no ano de 2012, o modelo de Denver
foi desenvolvido após mais de 20 anos de estudos e pesquisas lideradas pela
doutora Sally Rogers e seus colaboradores. Atualmente, este time de cientistas
da área do desenvolvimento infantil se concentra no centro de excelência em
autismo do MIND Institute, localizado em Sacramento na Califórnia.

Devido à sua grande eficácia no tratamento dos sintomas do espectro do


autismo, o método de Denver começa a ser amplamente disseminado
mundialmente. Seus manuais técnicos foram traduzidos para 13 línguas, e
mais de 300 especialistas foram formados para aplicar e disseminar o método
em países como os Estados Unidos, Canadá, Austrália, Inglaterra, França,
Portugal, Itália, Suíça, China e outros. Em março de 2016 o workshop
avançado visando a formações de profissionais será oferecido pela primeira
vez no Brasil, em português.

Segundo os especialistas atuando com este método de intervenção, o grande


diferencial do modelo de Denver está no uso de estratégias de ensino
naturalistas, onde a criança aprende através da brincadeira e do jogo, mas sem
abandonar os princípios da ciência da analise aplicada do comportamento
(ABA). O modelo também se baseia nas pesquisas da área da psicologia do
desenvolvimento, e adota as sequencias de desenvolvimento infantil como
base para a avaliação e definição dos objetivos de intervenção em todas as
áreas do desenvolvimento, incluindo a comunicação receptiva e expressiva, as
competências sociais e de jogo, o desenvolvimento cognitivo, as habilidades
motoras globais e finas, a imitação e os comportamentos adaptativos.

Neste modelo de intervenção o terapeuta e a criança se tornam parceiros de


jogo e a interação social está no centro de cada atividade. Existe uma
alternância continua entre atividades no chão utilizando objetos de jogo
apropriados à idade da criança, brincadeiras sociais sem objetos onde a
interação social é o centro da atividade (ex. como pega-pega, siga o mestre,
cantigas de roda, girar, correr) e atividades na mesa (ex. desenhar e colorir,
massa de modelar, lanche).
Seguindo os mais recentes avanços da ciência, para os autores do modelo
precoce de Denver o autismo é encarado como uma falha no desenvolvimento
social e da comunicação. Desta forma, o programa de tratamento foca na
construção de uma relação afetiva com a criança. Esta é uma estratégia central
do modelo, uma vez que as interações sociais positivas aumentam a motivação
da criança em buscar novos contatos sociais e aumentam sua capacidade de
aprender ao longo das atividades terapêuticas. Desta forma, as atividades são
projetadas para aumentar a relevância das recompensas sociais, e
consequentemente melhorar a atenção e a motivação social da criança.

No modelo precoce de Denver ensinamos a criança a buscar a interação social


e a desenvolver suas competências sociais em um ambiente onde as
interações sociais são dinâmicas, naturais e positivas.

As principais características do modelo precoce de Denver incluem:

 A presença de uma equipe multidisciplinar, que trabalha todas as


esferas do desenvolvimento infantil;
 Foco no desenvolvimento das competências sociais e no envolvimento
interpessoal;
 Desenvolvimento fluente, recíproco e espontâneo de gestos,
movimentos faciais e expressões, e da utilização de brinquedos e outros
objetos;
 Ênfase no desenvolvimento da comunicação verbal e não verbal;
 Foco nos aspectos cognitivos das brincadeiras em rotinas de jogos
interativos;
 Fortalecimento e respeito às escolhas e motivações da criança;
 Incentivo à iniciação, seguindo a crianças em suas motivações;
 Adoção de um ambiente de ensino natural, favorecendo o
desenvolvimento de competências sociais que possam ser generalizadas à
vivencia diária da criança;
 Grande intensidade na apresentação de oportunidades de aprendizado à
criança;
 Reforço por parte do terapeuta das tentativas e do esforço da criança,
seja qual for o seu nível de precisão;
 Parceria com os pais e demais membros da família;
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