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Maria João Pais // Maria da Luz Oliveira // Maria Manuela Góis // Belmiro Gil Cabrito
ANO
PREPARAÇÃO
•
TESTES
Resumos dos conteúdos
• Fichas de avaliação formativa
• Soluções
ITÁLIA E BÉLGICA
ALEMANHA
OUTROS
ALEMANHA
FRANCA
ESPANHA OUTROS
OUTROS
6OJEBEFȫq"$POUBCJMJEBEF/BDJPOBM
Resumo 11
Ficha Formativa 9 19
Teste de Avaliação 9 22
6OJEBEFȣȣq"JOUFSWFO¾PEP&TUBEPOBFDPOPNJB
Resumo 41
Ficha Formativa 11 48
Teste de Avaliação 11 50
6OJEBEFȣȤq"FDPOPNJBQPSUVHVFTBOPDPOUFYUPEB6OJ¾P&VSPQFJB
Resumo 53
Ficha Formativa 12 66
Teste de Avaliação 12 69
4PMVÂÐFT 72
8 RESUMO
Os agentes económicos e o circuito económico
A ATIVIDADE ECONÓMICA
No teu dia a dia, ou quando olhas para a história dos povos, é fácil perceber que os indiví-
duos agem com o objetivo de garantir a sobrevivência dos seus membros. Homens e mulhe-
res atuam, realizando GVOÂÐFTFDPOÎNJDBT. Produzir bens e serviços, repartir os resultados
da produção por entre os membros da sociedade, consumir e poupar para futuras utilizações
são as principais funções económicas.
Os bens e serviços que têm de ser, obrigatoriamente, produzidos são aqueles que satisfa-
zem as necessidades básicas dos indivíduos, como a alimentação, a saúde ou mesmo a edu-
cação. Sem estes bens, será difícil ou mesmo impossível garantir a sua sobrevivência.
Todavia, à medida que essas necessidades são satisfeitas e que as economias continuam a
dispor de recursos, muitos outros bens e serviços são produzidos, não por serem indispen-
sáveis à sobrevivência, mas porque concorrem para uma vida mais confortável. A QSPEV¾P
assume, portanto, uma função de primeira importância numa economia.
Naturalmente, a produção por si só não satisfaz as necessidades dos indivíduos. É necessá-
rio que os bens e serviços produzidos cheguem às populações, isto é, que se encontrem dispo-
níveis para a sua utilização e DPOTVNP. Para que isto aconteça, os bens são distribuídos pelos
mercados. Nisto assenta uma outra atividade económica fundamental, que é a EJTUSJCVJ¾P.
Porque a produção é uma atividade de natureza coletiva, para a qual todos nós contribuí-
mos com o nosso esforço, nas economias, muito particularmente nas economias monetárias,
é forçoso repartir os resultados monetários da produção ou rendimentos criados pela ati-
vidade produtiva por todos os indivíduos que concorreram para aquela produção, para que
possam, assim, adquirir os bens e os serviços de que carecem. Estamos no campo de outra
função determinante nas economias, que é a SFQBSUJ¾PEPSFOEJNFOUP.
Mas, em qualquer sociedade, ter rendimento não garante a nossa sobrevivência. Outra fun-
ção económica surge — é a VUJMJ[B¾PEFTTFSFOEJNFOUP. Assim, uma parte do rendimento que
cada um de nós possui destinar-se-á ao DPOTVNP e a outra parte será reservada, poupada, para
uma utilização futura. É estaQPVQBOÂB que permite oJOWFTUJNFOUP, que é a base da continui-
dade da produção. Sem a poupança de recursos monetários não se consegue financiar o inves-
timento, que garante, no futuro, toda a disposição de mais bens e serviços para a comunidade.
%JTUSJCVJ¾PEPWBMPSDSJBEP
0QFSBÂÐFT
distribuição/recebimento de salários e rendimentos do capital; pagamento/ EFSFQBSUJ¾P
recebimento de impostos; distribuição/recebimento de subsídios
"MUFSB¾PEPWBMPSEFUJEP 0QFSBÂÐFT
depósitos bancários; empréstimos; aplicações financeiras; investimento GJOBODFJSBT
3
Podemos, então, definir BUJWJEBEFFDPOÎNJDBcomo o DPOKVOUPEBTGVOÂÐFTRVFQFSNJUFN
BPTQPWPTBTVBTPCSFWJWÅODJB QSPEV¾P
EJTUSJCVJ¾P
SFQBSUJ¾P
DPOTVNP
QPVQBOÂBF
JOWFTUJNFOUP
FRVFTFUSBEV[OVNDPNQMFYPTJTUFNBEFJOUFSBÂÐFTFFRVJMÈCSJPTFOUSFFMBT.
/&$&44*%"%&4
Rendimento
Poupança para
investimentos
Por outro lado, é fácil reconhecer que o Estado também intervém na economia através da
redistribuição do rendimento e da prestação de serviços coletivos, como, por exemplo, a edu-
cação, a saúde, a defesa e a segurança. Concluímos, assim, que o &TUBEPou"ENJOJTUSBÂÐFT
1ÕCMJDBT têm por função SFEJTUSJCVJSPSFOEJNFOUPQBSBQSFTUBSTFSWJÂPTDPMFUJWPT.
Famílias Consumir
Empresas Não Financeiras / Sociedades Não Financeiras Produzir bens e prestar serviços não financeiros
Instituições Financeiras / Sociedades Financeiras Prestar serviços financeiros
Estado / Administrações Públicas Prestar serviços coletivos e redistribuir o rendimento
Resto do Mundo Trocar bens, serviços e capitais
O CIRCUITO ECONÓMICO
Se considerarmos a interação entre os principais agentes económicos e suas funções res-
petivas e os representarmos através de um esquema, obteremos uma visão simplificada do
funcionamento da atividade económica. A representação ou descrição das operações eco-
nómicas, que têm lugar num determinado período, numa economia, realizadas pelos agentes
económicos que interagem entre si, designa-se por DJSDVJUPFDPOÎNJDP.
Vencimentos + Subsídios
Famílias Impostos + Contribuições para a Segurança Social Estado
De
sp es
içõ ial
Indemnizações + Juros + Ordenados + Empréstimos
Or es u
de In as d b c
tri a So +
Depósitos + Seguros + Juros + Amortizações
na ve e n o
do st co Co nç m o
s+ im n a u
en su s + ur s
on duç
ã
Re to mo s to Seg c o
nd + po a de pr
as Im ara as s à
+L p s
e io
uc
ro e sp síd
s D ub
S
Empresas
Não Financeiras
s
s+ e
u ro zaçõ Va
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J ni + rd
o s + em õ es s Va
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en + In aç ro rd ex
i m r tiz egu as po
st os o S im rta
ve m Am s + po çõ
In ésti + ro rta es
pr i t os Luc çõ
Em s es
pó s +
De Juro
Fatores de produção
6/*%"%&4 6/*%"%&4
%&$0/46.0 %&130%6¢0
____ Fluxo real
___ Fluxo monetário
Soma dos valores dos bens
PN = Produto nacional e serviços produzidos = PN [1]
RN = Rendimento nacional
DN = Despesa nacional Soma das despesas de consumo = DN
Através do esquema acima podemos, então, constatar que existem fluxos reais e monetá-
rios (veremos que, na prática, apenas se consideram os fluxos monetários porque permitem
uma análise comparativa de fluxos expressos em moeda); que os agentes económicos têm
recursos e empregos — são os respetivos empregos e recursos do(s) outro(s) agente(s) — e
que deverá existir equilíbrio entre recursos e empregos de cada agente e entre os agentes,
para um bom funcionamento da atividade económica.
Assim sendo, podemos concluir aquela que é a JHVBMEBEFGVOEBNFOUBMEBFDPOPNJB:
1SPEVUPOBDJPOBMʴ3FOEJNFOUPOBDJPOBMʴ%FTQFTBOBDJPOBM
[1]
Sendo o PN o conjunto dos bens e serviços produzidos, trata-se de um fluxo real. Ao monetarizar o produto, o fluxo de bens e
serviços será monetário.
6
FICHA FORMATIVA 8
3. O consumo é uma das mais importantes funções económicas incluídas nas operações
sobre bens e serviços. Explica porquê.
12. Supõe que a economia de um país é constituída apenas por dois agentes económicos —
Famílias e Empresas —, que estabelecem entre si os seguintes fluxos.
Famílias Empresas
13. Se, numa economia fechada, o valor do produto for de 200 u.m. e os salários de 150 u.m.,
indica:
12.3 o valor dos rendimentos do capital;
12.4 o valor da despesa.
GRUPO I
As questões que se seguem são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma
está correta. Assinala-a com X.
2. Numa dada economia, o fluxo monetário referente ao pagamento, por uma câmara munici-
pal, de um empréstimo bancário contraído constitui
(A) um recurso das Administrações Públicas e um emprego das Instituições Financeiras.
(B) um emprego das Administrações Públicas e um recurso das Empresas Não Financeiras.
(C) um emprego das Empresas Não Financeiras e um recurso das Administrações Públicas.
(D) um recurso das Instituições Financeiras e um emprego das Administrações Públicas.
Exame Nacional de 2013 – 2.a fase (adaptado)
Vencimentos + Subsídios
" B
Impostos
+
de
ns
co
Or
De mo
be
ns
de
s
sp d
sto
os de
u
n
es e b
ad
po
ídi mo
as e n
os
Im
Su onsu
+ Re
c
bs
nd
de
as
as
+L
es
uc
sp
ro
De
s
Então, com base na figura, podemos afirmar que estão representados, respetivamente, com as
letras A, B e C, os agentes económicos
(A) Estado, Famílias e Empresas Não Financeiras.
(B) Famílias, Estado e Instituições Financeiras.
(C) Famílias, Estado e Empresas Não Financeiras.
(D) Estado, Famílias e Instituições Financeiras
Exame Nacional de 2010 – 2.a fase (adaptado)
GRUPO II
1. Completa o quadro seguinte.
Consumir
Instituições Financeiras
Administrações Públicas
Resto do Mundo
9
2. Completa o seguinte esquema, tendo em conta os principais fluxos reais e fluxos monetários
que se estabelecem entre os agentes económicos Famílias e Empresas.
'".¨-*"4 &.13&4"4
Fluxos reais
Fluxos monetários
Valor monetário
Agentes económicos
dos fluxos (u.m.)
10
9 RESUMO
A Contabilidade Nacional
NOÇÃO E OBJETIVOS DA CONTABILIDADE NACIONAL
A $POUBCJMJEBEF/BDJPOBM nasce da necessidade de o Estado ter de fazer despesas. Desde
sempre, os Estados, para sustentar o esforço de guerra, para fazer obras de utilidade pública
ou grandes monumentos, por exemplo, recorreram às contribuições dos cidadãos. Mais recen-
temente, com a intervenção instituída do Estado na economia, regulando e promovendo
o desenvolvimento económico, houve que proceder de forma mais regular e justa, garantindo
os princípios da eficiência, equidade e estabilidade, que devem nortear a ação pública.
Cabe, assim, ao Estado avaliar a situação económica do seu país para poder, com mais
rigor e eficiência, orientar os seus destinos. Conhecer o funcionamento da atividade econó-
mica torna-se, portanto, um imperativo de ordem estratégica.
Nesse sentido, a Sociedade das Nações, no início do século XX, e, posteriormente, a
Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Europeia de Cooperação Económica
(OECE) desenvolveram sistemas de Contabilidade Nacional próprios.
Em 1993, a ONU definiu as diretrizes mundiais para a Contabilidade Nacional, dando ori-
gem ao Sistema de Contas Nacionais das Nações Unidas — SCN 93.
Por outro lado, o alargamento da União Europeia mostrou a necessidade de harmoniza-
ção dos sistemas de Contabilidade Nacional dos seus Países-Membros, criando o 4JTUFNB
&VSPQFV EF $POUBT &DPOÎNJDBT *OUFHSBEBT — 4&$ 95, hoje, Sistema Europeu de Contas
Nacionais e Regionais, que implicou, por sua vez, ajustamentos no sistema de Contabilidade
Nacional português, originando o 4JTUFNBEF$POUBT/BDJPOBJT1PSUVHVFTBT
CBTFȫȧ.
O SEC 95 tem estatuto de obrigatoriedade para os Estados-Membros da União Europeia
(Regulamento 2223/96, de 25 de junho) e está harmonizado com a versão de Contas Nacio-
nais da ONU de 1993.
Atualmente, o sistema de contas em vigor em Portugal é o 4JTUFNBEF$POUBT/BDJPOBJT
1PSUVHVFTBT
CBTF2006 —4$/1 2006 —, resultante do SEC, na sua última versão. A partir
de 2014, a base será 2011.
A $POUBCJMJEBEF/BDJPOBM é, então, umaUÄDOJDBEFRVBOUJGJDB¾PEBBUJWJEBEFFDPOÎNJDB
QBSBTFQPEFS
BQBSUJSEPTTFVTWBMPSFT
HFSJSDPNNBJTFGJDJÅODJBBFDPOPNJBEFVNQBÈT
11
Território económico
Este conceito inclui:
o território geográfico, administrado por um Estado, em cujo interior os bens, serviços,
capitais e trabalhadores circulam livremente;
as zonas francas, entrepostos e fábricas sob controlo aduaneiro;
o espaço aéreo nacional, as águas territoriais, a plataforma continental situada em
águas internacionais em relação à qual o país dispõe de direitos exclusivos;
os enclaves territoriais situados no Resto do Mundo e utilizados, em virtude de trata-
dos internacionais ou de acordo entre Estados, por Administrações Públicas do país
(embaixadas, bases militares, etc.);
os jazigos geológicos situados em águas internacionais, mas cuja exploração pertença a
unidades económicas residentes.
Residente
Outro conceito indispensável à Contabilidade Nacional é o de SFTJEFOUF, que, também,
neste caso, não se deve confundir com o conceito geográfico, isto é, trata-se de todo o agente
económico que tem um centro de interesse económico numa economia (pode ser um agen-
te de nacionalidade estrangeira), ou seja, é aquele que realiza operações económicas num
determinado território económico, ou a partir dele, há mais de um ano.
12
UNIDADE 9 / A CONTABILIDADE NACIONAL
Os principais setores institucionais que representam a ação dos principais agentes econó-
micos são os seguintes.
Caracterização simplificada dos setores institucionais
n3FDFJUBTQSPWFOJFOUFT
"ENJOJTUSBÂÐFT n1SPEV[JSTFSWJ˨PTO˗PNFSDBOUJT
de impostos e outras
1ÕCMJDBT n3FEJTUSJCVJSPSFOEJNFOUP contribuições
*4'-4' n1SFTUBSTFSWJ˨PTO˗PNFSDBOUJT n$POUSJCVJ˨̯FTWPMVOU˔SJBT
residentes
n&TUFTFUPSBHSVQBBTVOJEBEFTO˗PSFTJEFOUFTRVFFGFUVBN
Não
3FTUPEP.VOEP
operações com unidades institucionais residentes.
Ramos de atividade
É outro conceito-base para a Contabilidade Nacional. A atividade económica encontra-se
a cargo de agentes, desempenhando, alguns deles, funções de produção. Neste caso, esta-
mos a considerar unidades produtivas, na sua perspetiva técnica. Cada unidade produz o seu
tipo de bem ou serviço, pelo que se torna importante agrupá-las em função de tipos de bens
com semelhanças em relação ao processo de produção. As unidades produtivas com seme-
lhanças relativamente ao bem que produzem designam-se porVOJEBEFTEFQSPEV¾PIPNP-
HÄOFBe o conjunto de unidades de produção homogénea designa-se por SBNPEFBUJWJEBEF.
É importante conhecer os ramos de atividade de uma economia, assim como o seu con-
tributo para o produto do país. Esse conhecimento permite-nos avaliar o nível de desenvolvi-
mento económico desse país. Se o contributo dos ramos correspondentes ao setor primário
for o mais elevado para a economia de um país, então esse país tem uma economia agrícola,
sendo pouco desenvolvido. Pelo contrário, se o contributo do setor terciário for o mais
importante, esse país é desenvolvido.
Portugal — estrutura setorial do produto em 2012
2,3%
23,4%
Serviços
7BMPSBDSFTDFOUBEP 7"
7BMPSEBQSPEV¾PSFBMJ[BEBQFMPQSPEVUPS–7BMPSEPT JOQVUT
VUJMJ[BEPTFQSPEV[JEPTQPSPVUSPTBHFOUFT DPOTVNPTJOUFSNÄEJPT
1SPEVUP = ⌺7"EFUPEBTBTVOJEBEFTQSPEVUJWBT
Vejamos um exemplo simples. A empresa A tem uma exploração silvícola e fornece madeira
à empresa B, no valor de 100 u.m. A empresa B fabrica móveis com a madeira que adquire à
empresa A, no valor de 600 u.m.
VA da empresa A = 100 u.m.
O empresário não necessitou de adquirir bens a outros produtores para produzir a madeira.
VA da empresa B = 600 – 100 = 500 u.m.
O empresário necessitou de 100 u.m. de inputs — madeira para fabricar os móveis.
Portanto, só acrescentou 500 u.m.
Valor do produto (móveis) = VA (empresa A) + VA (empresa B)
= 100 + 500
= 600 u.m.
Se contabilizássemos o valor do produto final (madeira e móveis), cometeríamos o FSSP
EBNÕMUJQMBDPOUBHFN. De facto, 100 + 600 = 700 u.m. excede o valor do produto móveis,
que já incorpora o valor da madeira.
Se quisermos calcular o QSPEVUP JOUFSOP CSVUP, então teremos de adicionar ao ⌺ VA o
valor dos impostos líquidos de subsídios sobre os produtos:
PIBʴ⌺7"ʰ*NQPTUPTMÈRVJEPTEFTVCTÈEJPTTPCSFPTQSPEVUPT
Partindo da igualdade:
1SPEVUPʴ3FOEJNFOUPʴ%FTQFTB
Preços correntes
Produto Interno Bruto
(em milhões de euros)
Ótica da produção
+ Valor acrescentado bruto a preços de base 144 412,9
+ Impostos líquidos de subsídios sobre os produtos 20 813,7
Discrepância –52,9
= PIB QN
Ótica da despesa
+ Despesas de consumo final (Famílias e ISFLSF) 108 411,6
+ Despesas de consumo final das AP 30 181,8
+ Formação bruta de capital 27 583,9
+ Exportações de bens e serviços 63 882,1
– Importações de bens e serviços 64 885,7
= 1*#QN
Ótica do rendimento
+ Remunerações 79 556,9
+ Excedente bruto de exploração / Rendimento misto 66 017,3
Impostos líquidos de subsídios sobre a produção
+ 19 599,5
e importação
= 1*#QN
Fonte: INE, Contas Nacionais, 2013
15
Diferentes noções de produto
1SPEVUPOBDJPOBM1SPEVUPJOUFSOP4BMEPEPTSFOEJNFOUPTDPNP3FTUPEP.VOEP
1SPEVUPMÈRVJEP1SPEVUPCSVUPr$POTVNPEFDBQJUBMGJYP
1SPEVUPBQSFÂPTDPSSFOUFT
1SPEVUPBQSFÂPTDPOTUBOUFT = u 100
%FGMBUPS
16
UNIDADE 9 / A CONTABILIDADE NACIONAL
Outras igualdades
Rendimento
(retribuição pela utilização dos fatores
Produção Despesa
(origem dos bens) (destino dos bens)
produtivos na produção)
As externalidades
As externalidades são outras situações que, ao não serem contabilizadas em termos eco-
nómicos, não revelam o verdadeiro valor do produto. As externalidades são efeitos decor-
rentes de atos económicos que têm consequências positivas ou negativas sobre a vida das
populações. No primeiro caso designam-se por FYUFSOBMJEBEFTQPTJUJWBT (como os efeitos de
médio ou longo prazo de um investimento na educação) e, no segundo caso, por FYUFSOBMJEB-
EFTOFHBUJWBT (como os efeitos nefastos na saúde pública de uma indústria poluente).
A 2 000 300
B 30 000 6 000
C 8 500 1 200
14. A partir dos seguintes valores (em milhões de euros), calcula o PILíquido e o PNBruto.
Calcula a procura interna, externa, externa líquida e global, com base nos valores acima.
19. A economia não registada pode atingir valores elevados, alterando o valor real da eco-
nomia de um país.
19.1 Apresenta uma noção de economia ilegal.
19.2 Distingue, recorrendo a exemplos, economia subterrânea de economia informal.
21
TESTE DE AVALIAÇÃO 9
GRUPO I
As questões que se seguem são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma
está correta. Assinala-a com X.
40$*&%"%&4/0
'".¨-*"4 Despesas em bens '*/"/$&*3"4
40$*&%"%&4 "%.*/*453"¢°&4
'*/"/$&*3"4 Empréstimos (120 u.m.) 1µ#-*$"4
Com base na figura acima, podemos afirmar que, nesse ano, o valor
(A) da poupança líquida das Famílias foi de 100 unidades monetárias.
(B) da despesa interna do país foi de 400 unidades monetárias.
(C) do rendimento disponível das Famílias foi de 520 unidades monetárias.
(D) do défice orçamental do Estado foi de 50 unidades monetárias.
Exame Nacional de 2013 – 1.a fase (adaptado)
3. Supõe que uma economia formada apenas por dois produtores, A e B, apresentou, em 2012,
a situação evidenciada no quadro seguinte.
Produção VAB
Produtor
(em milhares de u.m.) (em milhares de u.m.)
A 300 100
B 100 50
Com base no quadro, podemos afirmar que, em 2012, o valor dos consumos intermédios dessa
economia foi de
(A) 4oo milhares de unidades monetárias.
(B) 150 milhares de unidades monetárias.
(C) 250 milhares de unidades monetárias.
(D) 550 milhares de unidades monetárias.
Exame Nacional de 2013 – 2.a fase (adaptado)
4. Se dois engenheiros portugueses forem trabalhar para o governo angolano por um período
de seis meses, os ordenados auferidos por esses engenheiros são contabilizados
(A) no PNB angolano e no PIB português.
(B) no PIB angolano e no PIB português.
(C) no PIB angolano e no PNB português.
(D) no PNB angolano e no PNB português.
Exame Nacional de 2012 – 1.a fase
5. Das contas nacionais do país X retiraram-se, relativamente a certo ano, os seguintes valores.
O produto do país C apresenta o mesmo valor em 2010, calculado quer a preços correntes,
quer a preços constantes, mas apresenta valores diferentes em 2011. Verifica-se ainda que os
valores do produto, calculado quer a preços correntes, quer a preços constantes, se alteram de
2010 para 2011.
Explicita três das razões que justificam a situação apresentada.
Exame Nacional de 2013 – 1.a fase (adaptado)
2. O quadro seguinte apresenta alguns dos agregados das Contas Nacionais do país C, em 2011,
na ótica da despesa.
(milhões de euros)
Componentes Valores
Determina, com base no quadro, o valor do PIB do país C, em 2012, sabendo que, nesse ano, o
valor do PIB desse país registou uma taxa de variação negativa de 10% face a 2011.
Apresenta a(s) fórmula(s) usada(s) e todos os cálculos que efetuares.
Exame Nacional de 2013 – 2.a fase (adaptado)
24
UNIDADE 9 / A CONTABILIDADE NACIONAL
GRUPO III
1. Lê o seguinte texto.
¼;cĤģģĩ"W[Yedec_Wfehjk]k[iWh[]_ijekkcWWY[b[hWeZWWj_l_ZWZ[[Yedc_YW[ch[bWe
WeWdeWdj[h_eh$7jWnWZ[Yh[iY_c[djeZeF?8—[cXehWfhn_cWZWeXi[hlWZWdWÛh[WZe;khe
—Yedj_dkek"de[djWdje"Wi[h_dik\_Y_[dj[fWhWWii[]khWheh[_dY_eZWYedl[h]
dY_Wh[WbYece
Yed`kdjeZ[iiW|h[W$:[\WYje"Fehjk]Wbj[h|lebjWZeWh[]_ijWhkcZeiYh[iY_c[djeicW_iXW_nei
[djh[eifWi[iZWÛh[WZe;khe[eifWi[iZWKd_e;khef[_W$
FehekjhebWZe"WfiWigk[ZWieXi[hlWZWideibj_ceiWdei"e_dl[ij_c[djelebjekWWfh[i[djWh
kcWjWnWZ[lWh_Wefei_j_lW[cĤģģĩ"cWiW_dZWWii_c_d\[h_eh}l[h_\_YWZWdWÛh[WZe;khe$½
O quadro e o gráfico que se seguem referem-se à evolução do PIB (e sua comparação com a
Área do Euro) e às principais componentes da despesa, em Portugal.
6
Componentes 2007 5
4
PIB 1,9
Em percentagem
3
Consumo privado 1,5
2
Consumo público –0,1 1
Investimento 3,8 0
-2
Exportações 7,7
2000
2002
2005
2006
2003
1996
1998
1999
2004
2007
1997
2001
Importações 6,1
Diferencial (em p.p.) Portugal Área do Euro
Explica, com base no texto, no quadro e no gráfico, a evolução do PIB português na ótica da
despesa, em 2007, tendo em atenção os seguintes aspetos:
o comportamento das componentes da procura global;
o sentido da convergência real da economia portuguesa com a Área do Euro.
Exame Nacional de 2010 – 1.a fase (adaptado)
25
JHKSDAFGAKJHSDGKJASGHFKJDSHGJSDAHGJKDSHGJKHJDSGH
QEJLRUHGFKSUGFKLJSDAGFKJDSQHGFKJSDQFJKDHSKJFAHDSFJKDFKJ
10 RESUMO
Relações económicas com o Resto do Mundo
A NECESSIDADE E A DIVERSIDADE
DE RELAÇÕES ECONÓMICAS INTERNACIONAIS
Sempre existiram razões para os povos trocarem, entre si, bens. De facto, um país pode
O¾PQSPEV[JSVNCFN, o que o leva a procurá-lo junto de países que o consigam produzir.
Pode, também, suceder que um país consiga produzir um bem, mas O¾P P QSPEV[JS FN
RVBOUJEBEFTTVGJDJFOUFTQBSBTBUJTGB[FSBTOFDFTTJEBEFTEBTVBQPQVMB¾P. Pode acon-
tecer, ainda, que um país consiga produzir vários bens, mas a um custo superior ao de outro
país. Nessa situação, deverá procurar esses bens junto de PVUSPTQBÈTFTRVFPQSPEV[BN
DPN NBJT FGJDJÅODJB, reservando para si a produção dos bens em que, apesar de tudo, a
sua ineficiência é menor. Assim se justificam as compras de bananas, café ou cacau aos paí-
ses tropicais ou a importação de tecnologia aos países mais industrializados. Destas trocas
que assentam nas vantagens que cada país tem relativamente a terceiros — WBOUBHFOTDPN-
QBSBUJWBT — resulta a EJWJT¾PJOUFSOBDJPOBMEPUSBCBMIP (divisão da produção pelos países
segundo as suas vantagens comparativas), que é a principal justificação do comércio entre
os povos.
Referimo-nos a CFOT, mas tudo será semelhante se considerarmos TFSWJÂPT ou DBQJUBJT.
Qualquer agente económico poderá recorrer a serviços prestados por agentes de outros paí-
ses, se os considerar vantajosos ou se deles necessitar. O turismo no nosso país é um serviço
procurado por muitos estrangeiros e a necessidade de capitais para investimento pode,
igualmente, justificar a sua procura nos bancos de outros países.
Encontrámos, assim, a principal razão que leva as economias a trocar entre si bens, servi-
ços e capitais — BJNQPTTJCJMJEBEF
JOTVGJDJÅODJBPVJOFGJDJÅODJBOBQSPEV¾PEFTTFTCFOT
FTFSWJÂPTFTDBTTF[EFDBQJUBJTPVDPOEJÂÐFTNFOPTGBWPS¼WFJTEFBDFTTPBFTTFTBUJWPT
GJOBODFJSPT.
Tendo em conta a HMPCBMJ[B¾P que caracteriza a economia atual, isto é, a dimensão glo-
bal que marca as trocas entre os povos, é difícil imaginar um país a viver exclusivamente da
sua produção, não só pela insuficiência ou incapacidade da mesma em satisfazer as necessi-
dades da população, como pelas dificuldades de desenvolvimento que a ausência de trocas
acarretaria. De facto, o comércio mundial é um dos fatores que pode dinamizar uma econo-
mia, não só pelos aumentos de produção, produtividade e rendimento que a FTQFDJBMJ[B¾P
na produção desses bens permite, mas, também, pelos estímulos que a competitividade
mundial introduz — fator fundamental para o crescimento económico. Assim sendo, aHMPCB-
MJ[B¾P é outra das razões que justifica as relações económicas entre os países.
Divisão internacional do trabalho, especialização e globalização são as principais justifica-
ções que sustentam o comércio internacional. Pode-se, então, concluir que existem múltiplas
razões para as trocas entre os povos ou DPNÄSDJPJOUFSOBDJPOBM.[1]
[1]
Quando nos referimos ao comércio entre dois países, em particular, deveremos falar em DPNÄSDJPFYUFSOP; já quando nos
referimos ao comércio entre os povos, em geral, deveremos falar de DPNÄSDJPJOUFSOBDJPOBM.
27
O REGISTO DAS RELAÇÕES ECONÓMICAS COM O RESTO DO MUNDO:
A BALANÇA DE PAGAMENTOS
A Balança de Pagamentos
As trocas de bens, serviços e capitais entre um país e o Resto do Mundo exigem o seu registo.
Estas informações encontram-se registadas num documento — a #BMBOÂB EF 1BHBNFOUPT
— elaborado anualmente pelo Banco de Portugal, com base em informações fornecidas pelo
Instituto Nacional de Estatística (INE) e outras fontes. A Balança de Pagamentos é, portanto,
um documento estatístico que, anualmente, resume as relações económicas de um país com
o Resto do Mundo. A Balança de Pagamentos tem a estrutura abaixo indicada.[2]
Balança de Bens
Balança de Serviços
Balança Corrente
Balança de Rendimentos
Balança de Transferências
Balança de Capital Correntes
#"-"/¢"
%&1"(".&/504
Balança Financeira
Erros e omissões
exportações importações
Portugal Mundo Portugal Mundo
crédito débito
Taxas de câmbio
Considerando que as trocas económicas se efetuam com muitos países que possuem as
suas moedas próprias, torna-se necessário saber o valor da moeda de um país em relação
à dos outros. A essa relação chamamos UBYBEFD½NCJP e pode definir-se como o valor de
uma moeda em relação a outra. Em termos práticos, a taxa de câmbio indica a quantidade
de moeda nacional que precisamos de dar para comprar uma unidade de moeda estrangeira
(taxa de câmbio direta) ou a quantidade de moeda estrangeira que é necessária para com-
prar uma unidade de moeda nacional (taxa de câmbio indireta).
[2]
De acordo com a normalização imposta pelo Manual da Balança de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional (5.ª versão),
pelo Banco Central Europeu e o Eurostat e pelos compromissos assumidos por Portugal no âmbito dos requisitos estatísticos
do Sistema Europeu de Bancos Centrais (SEBC).
28
UNIDADE 10 / RELAÇÕES ECONÓMICAS COM O RESTO DO MUNDO
As taxas de câmbio podem ser GJYBT ou GMFYÈWFJT. Elas serão fixas se o governo mantiver a
paridade da sua moeda em relação às outras. No caso de os governos decidirem que o valor
da sua moeda seja fixado pelo mercado, teremos taxas de câmbios flexíveis.
No caso português, dado que faz parte da União Económica e Monetária (UEM), correspon-
dente ao conjunto dos 18 países que adotaram o euro como moeda comum, as taxas de câm-
bio são fixadas pelo Banco Central Europeu (BCE) e só podem ser alteradas para o conjunto
dos países. Portugal não pode, por isso, alterar unilateralmente o valor das taxas de câmbio.
Divisas
De referir, ainda, que as trocas não são sempre pagas com as moedas próprias de cada
país — EJWJTBT. As moedas das economias mais fortes são referências no mercado mundial
e são, por isso, utilizadas como meio de pagamento privilegiado. É o caso do euro, do dólar
ou do iene, por exemplo. A estas moedas que constituem meios de pagamento de aceitação
generalizada nas trocas internacionais chamamos EJWJTBTGPSUFT.
Taxa de cobertura
A UBYBEFDPCFSUVSB é um indicador de comércio externo que SFQSFTFOUB, FNQFSDFO-
UBHFN, P WBMPS EBT JNQPSUBÂÐFT RVF QPEFNPT DPOTJEFSBS DPNP QBHP DPN P WBMPS EBT
FYQPSUBÂÐFTFGFUVBEBTQBSBPVUSPTQBÈTFT. Calcula-se da seguinte forma:
5BYBEFDPCFSUVSB = 7BMPSEBTFYQPSUBÂÐFT
u 100
7BMPSEBTJNQPSUBÂÐFT
(milhões de euros)
Os saldos podem ser, como se depreende, nulos, positivos (ou superavitários) e negativos
(ou deficitários).
Exportações Importações
Importações Exportações
Deficit Superavit
29
A Balança Corrente
Na #BMBOÂB$PSSFOUF registam-se todas as transações, exceto as que se referem a ativos
financeiros. As suas principais componentes são as seguintes:
Privadas:
Movimentos sem contrapartida que afetam o rendimento disponível
(exemplos: remessas de i/emigrantes).
Balança de Transferências
Correntes Públicas:
Movimentos de capitais relativos a transferências correntes,
em que um dos intervenientes é o Estado português
(exemplos: recebimentos correntes da União Europeia).
A Balança de Capital
As duas principais componentes da #BMBOÂBEF$BQJUBM são as seguintes:
A Balança Financeira
A #BMBOÂB'JOBODFJSB cobre o registo das seguintes operações:
30
UNIDADE 10 / RELAÇÕES ECONÓMICAS COM O RESTO DO MUNDO
O protecionismo
Os JOTUSVNFOUPTEPQSPUFDJPOJTNP mais utilizados são as CBSSFJSBTBMGBOEFH¼SJBT, que,
através de CBSSFJSBTUBSJG¼SJBT (impostos sobre as importações) ou O¾PUBSJG¼SJBT (através da
contingentação, por exemplo), tornam os bens mais caros ou escassos, levando os consumido-
res a preferir os produtos nacionais mais baratos ou disponíveis em quantidades suficientes.
Existem outras formas de protecionismo, como os TVCTÈEJPT»TFYQPSUBÂÐFT, que alte-
ram os preços de troca, tornando-os mais baixos, constituindo, assim, uma forma de con-
corrência desleal. O EVNQJOH é outro instrumento utilizado para tornar os preços de troca
mais baixos. Neste caso, o país exportador vende os bens a um preço inferior ao praticado no
mercado interno ou mesmo inferior ao seu custo de podução, de modo a aniquilar a concor-
rência. É uma prática condenada internacionalmente.
A EFTWBMPSJ[B¾P EB NPFEB também pode ser considerada uma prática adotada para
tornar o preço dos bens exportados mais baratos. Ao desvalorizar a moeda, os bens tornam-
-se mais competitivos.
29%
UE
71%
Outros
O restante das trocas com os países extracomunitários sofreu uma natural quebra após
1986, registando-se, contudo, uma tendência para um aumento dessas trocas. É de referir o
caso particular de Angola, em termos de exportações, em 2013.
O tipo de bens exportados tem sofrido alterações, registando-se uma inversão entre bens
menos exigentes tecnologicamente e bens de nível tecnológico superior.
Quanto aos serviços, o turismo mantém a sua posição positiva na Balança Corrente, sendo
o principal serviço que Portugal vende ao Resto do Mundo.
Relativamente ao investimento direto estrangeiro, Portugal tem beneficiado de algumas
iniciativas com repercussões importantes para o desenvolvimento da sua economia, nomea-
damente na indústria transformadora, registando-se igualmente investimento de Portugal no
estrangeiro em atividades imobiliárias, alugueres, serviços prestados a empresas e ativida-
des financeiras.
[3]
Na altura, Comunidade Económica Europeia (CEE).
32
FICHA FORMATIVA 10
1. ¼E@Wfel[dZ[Wei;K7c|gk_dWi\eje]h|\_YWi1[ij[il[dZ[cYecfkjWZeh[iWeiWkijhWb_W-
dei1eiWkijhWb_WdeiYecfb[jWceYhYkbel[dZ[dZeWei`Wfed[i[i$7ii_c"f[bW[if[Y_Wb_pWe"
YWZWdWeWYWXWfehYedikc_hcW_iZegk[Wgk_begk[fheZkpfWhWi_fhfh_W$½
F$IWck[bied[M$DehZ^Wki"Economia"Ĥģģĕ
2. ¼7ijheYWiYec[hY_W_i[djh[eifWi[ifeZ[cYedij_jk_hkc\WjehZ[Yh[iY_c[dje[Yedc_Ye$
I[eYedj[njefWhW[iiWijheYWi\ehec[hYWZe]beXWb"cW_eh[ii[heWifej[dY_Wb_ZWZ[ifWhW
[ii[Yh[iY_c[dje$½
4. Sabendo que o valor das exportações portuguesas de bens, em 2012, foi de 45 526 mi-
lhões de euros e que o valor das importações foi de 54 109 milhões de euros,
4.1 Calcula a respetiva taxa de cobertura.
4.2 Explicita o significado do valor obtido.
4.3 A uma taxa de cobertura inferior a 100% corresponde um saldo da Balança de Bens
positivo ou negativo? Justifica a tua resposta.
/PUB Para a resolução desta ficha consulta também as páginas 88 a 147 do manual.
33
6. Observa o seguinte quadro.
(milhões de euros)
Balança de Bens
Débito Crédito
e Serviços
14. Distingue, quanto aos seus aspetos fundamentais, as duas políticas do comércio inter-
nacional.
16. ¼Ei fWi[i Z[l[he [if[Y_Wb_pWh#i[ dW fheZke Z[ c[hYWZeh_Wi [c gk[ ie cW_i fheZk#
j_lei$ ;ijW [if[Y_Wb_pWe X[d[\_Y_Wh| jeZei ei fWi[i" c[ice gkWdZe kc Z[b[i WXiebk#
jWc[dj[cW_i[\_Y_[dj[dWfheZkeZ[jeZeieiX[di$7ii_ci[dZe"eYechY_eX[d[\_Y_Wh|
jeZeiei_dj[hl[d_[dj[i$½
F$IWck[bied[M$ DehZ^Wki"Economia"ĤģģĕWZWfjWZe
16.1 O texto defende uma das teorias do comércio entre os povos. Identifica-a.
16.2 Explica o conteúdo do texto.
35
TESTE DE AVALIAÇÃO 10
GRUPO I
As questões que se seguem são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma
está correta. Assinala-a com X.
1. No quadro seguinte são apresentados valores relativos à Balança Corrente de um dado país,
em 2012.
(milhões de euros)
Os dados apresentados no quadro acima permite-nos afirmar que, nesse país, em 2012, o saldo
da Balança de
(A) Bens foi –250 milhões de euros.
(B) Bens e Serviços foi –100 milhões de euros.
(C) Rendimentos foi 700 milhões de euros.
(D) Transferências Correntes foi 200 milhões de euros.
Exame Nacional de 2013 – 1.a fase (adaptado)
2. Uma empresa franchisada, residente em Portugal, paga anualmente a uma empresa fran-
chisadora, residente na Finlândia, 10 000 euros relativos a royalties (direiros de utilização).
Este valor é registado na Balança de
(A) Rendimentos portuguesa.
(B) Serviços portuguesa.
(C) Investimento portuguesa.
(D) Capital portuguesa.
Exame Nacional de 2013 – 1.a fase
3. Num dado ano, uma instituição bancária residente em Portugal concedeu um empréstimo
a uma empresa francesa não residente em Portugal. Esta operação será registada a débito
(A) na Balança Financeira portuguesa.
(B) na Balança de Capital portuguesa.
(C) na Balança de Rendimentos portuguesa.
(D) na Balança Corrente portuguesa.
Exame Nacional de 2013 – 2.a fase
/PUB Para a resolução deste teste consulta também as páginas 88 a 147 do manual.
36
UNIDADE 10 / RELAÇÕES ECONÓMICAS COM O RESTO DO MUNDO
Rubricas Saldos
5. Considera que um determinado país é uma economia aberta e que, num dado ano, o Estado
desse país decidiu atribuir subsídios para apoiar a agricultura.
Neste caso, o Estado está a implementar uma medida protecionista. Esta afirmação é
(A) falsa, pois, através dessa medida, o Estado está a definir limites quantitativos às importa-
ções de bens agrícolas.
(B) verdadeira, pois esta medida desincentiva as importações de bens agrícolas, tornando-as
relativamente mais caras.
(C) falsa, pois esta medida desincentiva as importações de bens agrícolas, promovendo a pro-
dução nacional.
(D) verdadeira pois, através desta medida, o Estado está a definir diretamente o preço das im-
portações de bens agrícolas.
Exame Nacional de 2013 – 2.a fase (adaptado)
GRUPO II
1. Lê o texto que se segue.
¼EYed\b_je[djh[efWi7[efWi8deZ_ph[if[_jeWX[diZ[YedikcecWdk\WjkhWZeiekWX[di
Z[ WbjW j[Ydebe]_W" cWi Wei \hWd]ei Yed][bWZei Ze fWi 7" gk[ _dkdZWhWc e c[hYWZe Ze fWi 8$
7fh_c[_hW_dlWieZ[\hWd]eiYed][bWZeieYehh[k[cc[WZeiZeiWdeie_j[djWZeiYkbefWiiWZe$
7i_cfehjW[iZ[\hWd]eiYed][bWZei\ehWcck_jeX[ch[Y[X_ZWif[beiYedikc_Zeh[iZefWi8$
F
WhW\hkijWe[Yedi_Z[h|l[bWdi_[ZWZ[ZWi[cfh[iWiZefWi7"WiWkjeh_ZWZ[iZefWi8fhe_X_-
hWcdelWi_cfehjW[iZ[Wl[iWfWhj_hZ[cWheZ[ĕīīģ"fedZe\_cWeh[]_c[Z[YechY_eb_lh[
Z[Wl[i[djh[eiZe_ifWi[i$½
D$=h[]ehoCWda_m"Introdução à Economia"ĕīīīWZWfjWZe
Explicita, com base no texto, dois dos possíveis efeitos na economia do país B da política comer-
cial implementada a partir de março de 1990. Começa por identificar essa política comercial.
Exame Nacional de 2013 – 1.a fase (adaptado)
37
GRUPO III
1. Atenta nos seguintes documentos.
%PDVNFOUPȣ
¼DeYedj[njeZefheY[iieYh[iY[dj[Z[]beXWb_pWeckdZ_Wb"W_dj[di_\_YWeZW_dj[hdWY_e-
dWb_pWeZW[Yedec_Wfehjk]k[iWjhWZkp_k#i["WfWhj_hZWi[]kdZWc[jWZ[ZWZYWZWZ[īģ
ZeiYkbeNN[Ze_dY_eZWZYWZWZ[Ĥģģģ"dkcWWbj[hWegkWb_jWj_lWZefei_Y_edWc[djeZ[
Fehjk]Wbdei\bkneiZ[_dl[ij_c[djeZ_h[je[ijhWd][_he?:;$
:[jhWZ_Y_edWbh[Y[jehZ[_dl[ij_c[dje[ijhWd][_he"Fehjk]Wb"[djh[ĕīīĪ[Ĥģģĕ"jehdek#i[_d-
l[ij_Zehbgk_Zede[nj[h_eh$;iiW_cfehj~dY_WYh[iY[dj["dW[Yedec_Wfehjk]k[iW"Ze_dl[ij_-
c[djeZ_h[jeZ[Fehjk]Wbde[nj[h_ehl_il[bf[bei[kf[ie[cf[hY[djW][cZeF?8$½
%PDVNFOUPȤ
Investimento direto estrangeiro
%PDVNFOUPȥ
Investimento direto de Portugal no exterior,
por setor de atividade da empresa investidora, no período 1996–2002
2 ¼Dkc Yedj[nje Z[ Yedj[de ZW Z[if[iW fXb_YW [ Z[ ceZ[hWe Ze Yedikce \_dWb" YWX[h| }
fheYkhW[nj[hdWbgk_ZW[nfehjW[ibgk_ZWiZ[_cfehjW[iecW_ehYedjh_XkjefWhWeYh[i-
Y_c[djeZeF?8fehjk]k
i$
I[h|" Wii_c" Z[ [if[hWh gk[ Wi [nfehjW[i i[`Wc fej[dY_WZWi f[bWi Wbj[hW[i [ijhkjkhW_i
l[h_\_YWZWidW[Yedec_Wfehjk]k[iWdeibj_ceiWdei$;ijWiWbj[hW[i"gk[W`kZWcW[nfb_YWh
e[b[lWZeh_jceZ[Yh[iY_c[djeZWi[nfehjW[il[h_\_YWZedeijh
iWdeigk[fh[Y[Z[cWYh_i["
fWh[Y[cjWcXc[ijWhfh[i[dj[idW[nfb_YWeZW_dj[di_ZWZ[dWWjkWbh[jecWZWi[nfehjW-
[ifehjk]k[iWiZ[X[di[i[hl_ei$½
7ii[cXb[_WZWH[fXb_YW"¼H[bWjh_eZeEhWc[djeZe;ijWZefWhWĤģĕĕ½"
inmmm$fWhbWc[dje$fjWZWfjWZeYedikbjWZe[cekjkXheZ[Ĥģĕĕ
Anual Anual
Rubricas Rubricas
2000 2010 2000 2010
Bens e serviços 100,0 100,0 Total 100,0 100,0
Intra-UE-27 81,6 75,0
Bens 73,5 67,7
UE-15 80,3 71,9
Serviços 26,5 32,3 Extra-UE-27 18,4 25,0
Fonte: Ministério da Economia, Boletim Mensal de Economia Fonte: Ministério da Economia, Síntese Estatística
Portuguesa, n.o 10 de 2011, e Ficha de Competitividade, de Comércio Internacional, n.o 12 de 2008 e n.o 10 de 2011,
dezembro de 2011, in www.gee.min-economia.pt (adaptado) in www.gee.min-economia.pt (adaptado)
(consultado em dezembro de 2011) (consultado em outubro de 2011)
Gráfico 1 Quadro 3
Peso das exportações portuguesas PIB e principais componentes da despesa
de bens por grau de intensidade (taxa de variação real, em %)
tecnológica (em % do total)
% Rubricas 2009 2010
70
62,6 Consumo privado –1,1 2,2
60 55,8
55 8
50 44,2
44 2 Consumo público 3,7 1,8
40 37,44
37
30 Média e Alta
Investimento –13,9 –5,6
Baixa
20 Exportações –11,6 8,8
10
Importações –10,6 5,2
0
2000 2010
PIB –2,5 1,3
Fonte: Ministério da Economia, Comércio Internacional, Fonte: Banco de Portugal, Relatório Anual 2010,
18 de novembro de 2011, in www.gee.min-economia.pt in www.bportugal.pt (adaptado)
(adaptado) (consultado em novembro de 2011) (consultado em outubro de 2011)
Explicita, com base nos documentos apresentados, o comportamento das exportações portu-
guesas de bens e serviços, entre 2000 e 2010, considerando:
as alterações verificadas nas exportações portuguesas no período referido:
o desempenho das exportações no conjunto das componentes do PIB na ótica da despesa,
em 2009 e em 2010.
Exame Nacional de 2012 – 1.a fase (adaptado)
39
fdsouhiosfdhgfdjkshgjkdfshgujdfhkjgshfdsjkghdkjhfjsdfgjkk
11 RESUMO
A intervenção do Estado na economia
FUNÇÕES E ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
O &TUBEP pode definir-se como sendo uma sociedade politicamente organizada, fixa em
determinado território, que lhe é privativo, e tendo como características próprias a soberania
e a independência.
O exercício do poder pelo Estado implica a definição de uma ordem jurídica que esta-
beleça um conjunto de competências para o Estado. Essas competências dos Estados deram
origem às GVOÂÐFTKVSÈEJDBT e O¾PKVSÈEJDBT.
'6/¢°&4+63¨%*$"4
'6/¢°&4/0+63¨%*$"4
41
O 1SFTJEFOUFEB3FQÕCMJDB é eleito de cinco em cinco anos, por sufrágio universal direto
e secreto. Detém várias competências definidas na Constituição da República Portuguesa.
A "TTFNCMFJBEB3FQÕCMJDB é a assembleia representativa de todos os cidadãos portu-
gueses. As suas competências estão definidas na Constituição da República Portuguesa.
O (PWFSOP é o órgão de condução da política geral do país e é o órgão superior da Admin-
istração Pública. O Primeiro-ministro é nomeado pelo Presidente da República, ouvidos
os partidos representados na Assembleia da República e tendo em conta os resultados
eleitorais. As competências do Governo estão definidas na Constituição da República
Portuguesa.
Os 5SJCVOBJT administram a justiça em nome do povo. Incumbe aos Tribunais, em inde-
pendência, assegurar a defesa dos direitos dos cidadãos, reprimir a violação da legali-
dade democrática e resolver os conflitos de interesses públicos e privados.
4&503
1µ#-*$0
Nacionalizações
A OBDJPOBMJ[B¾P de uma empresa consiste na transferência da propriedade de uma
empresa privada para o Estado.
Os GBUPSFT RVF KVTUJGJDBN BT OBDJPOBMJ[BÂÐFT são, por exemplo, a importância da
empresa, a situação de desagregação, que põe em risco o emprego, a má administração e o
boicote aos objetivos de desenvolvimento do país.
[1]
De acordo com a Direção-Geral do Tesouro e Finanças, já não se utiliza a classificação anterior, que considerava o SEE como
integrando as empresas públicas, mistas e intervencionadas.
42
UNIDADE 11 / A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA
Privatizações
Depois de 1989, BQÎTB**3FWJT¾P$POTUJUVDJPOBM, o Estado iniciou a QSJWBUJ[B¾PEFBMHV-
NBTFNQSFTBTQÕCMJDBT, alienando parte do seu capital social ou mesmo a sua totalidade.
As QSJWBUJ[BÂÐFT NBJT TJHOJGJDBUJWBT registaram-se na banca, seguros, transportes
rodoviários interurbanos, telecomunicações, petróleo, siderurgia, pasta de papel, cimentos,
alimentação, cervejas, tabaco, energia e correios, entre outras.
As SFDFJUBTPCUJEBT com as privatizações ajudam a reduzir a dívida pública. Atualmente,
por força das privatizações, o peso do SEE (a percentagem do SEE no PIB) tem vindo a
diminuir.
Estado intervencionista
Os Estados foram, assim, forçados a intervir na economia para minimizar os efeitos da
crise e prevenir outras crises.
O economista inglês John Maynard ,FZOFT, na sua obra Teoria Geral do Emprego, do Juro
e da Moeda, defendeu a intervenção dos poderes públicos (Estado) em determinadas áreas
da economia, como, por exemplo, o emprego, o rendimento e o investimento, para reduzir os
efeitos da crise ou para prevenir crises.
43
Funções económicas e sociais do Estado
Cabe ao Estado intervir na economia, minimizando as falhas do mercado para promover o
desenvolvimento e a justiça social. Para esse fim, o Estado desempenha determinadas GVO-
ÂÐFTFDPOÎNJDBTFTPDJBJT para garantir:
a FGJDJÅODJB;
a FRVJEBEF;
a FTUBCJMJEBEF.
A FGJDJÅODJB pressupõe que na produção se utilizem o mínimo de recursos aos mais baixos
custos. Como as economias atuais são caracterizadas pela existência da concorrência imper-
feita, em que os mecanismos da autorregulação da concorrência perfeita não são respeita-
dos, muitas vezes as grandes empresas (em situação de monopólio, oligopólio e concorrência
monopolística) não são eficientes. Além disso, o seu conceito de eficiência pode não coinci-
dir com o do interesse social, pois a finalidade do capital privado é a maximização do lucro.
Compete ao Estado, no exercício das suas funções, repor a eficiência, corrigindo o mercado.
A FRVJEBEF consiste na promoção de uma repartição do rendimento mais equilibrada,
sem acentuadas desigualdades sociais. Compete ao Estado, no exercício das suas funções,
repor a justiça social corrigindo o mercado.
A atividade económica não evolui de forma linear: a fases de crescimento positivo suce-
dem-se fases de desaceleração da economia (o PIB cresce a taxas cada vez mais reduzidas,
podendo estagnar, ou seja, não crescer) ou até de crescimento negativo, ou seja, de redução
do PIB. O DJDMPFDPOÎNJDP compreende, assim, fases de expansão (crescimento do PIB, do
investimento, do consumo e do emprego) e de recessão (quebra da produção acompanha-
das da descida do investimento e do consumo e do aumento do desemprego). Compete ao
Estado, no exercício das suas funções, repor a FTUBCJMJEBEF, antecipando-se a esta sucessão
de fases de expansão e de recessão da atividade económica a fim de reduzir as flutuações do
ciclo económico e garantir a estabilidade económica.
1MBOFBNFOUPFDPOÎNJDP
*/4536.&/504
%&*/5&37&/¢0
0SÂBNFOUPEP&TUBEP
&$0/®.*$"
&40$*"-%0&45"%0
1PMÈUJDBTFDPOÎNJDBTFTPDJBJT
Planeamento económico
O QMBOFBNFOUP FDPOÎNJDP é um dos instrumentos que o Estado utiliza para articular
as diferentes iniciativas, quer públicas, quer privadas, a fim de potenciar as capacidades da
economia e, deste modo, maximizar a satisfação das necessidades com um menor gasto de
recursos. O planeamento económico pode ser JOEJDBUJWP para o setor privado (que não se
encontra sob a alçada do Estado) e JNQFSBUJWP para o setor público (que é obrigado a cum-
prir os objetivos definidos pelo plano).
Orçamento do Estado
O 0SÂBNFOUP EP &TUBEP é o documento onde se encontram previstas as receitas e as
despesas do Estado para determinado período de tempo, geralmente um ano, sendo um
instrumento económico e social do Governo. As despesas e as receitas públicas produzem
efeitos na atividade económica do país e na redistribuição dos rendimentos.
Em Portugal, é da competência da Assembleia da República aprovar o Orçamento do Esta-
do, de acordo com o que estabelece a Constituição da República Portuguesa. Das inúmeras
funções do Orçamento do Estado destacamos as seguintes:
adaptação das receitas às despesas — serão arrecadadas apenas as receitas estrita-
mente necessárias à efetivação das despesas previstas;
limitação das despesas — não podem ser realizadas despesas não previstas;
exposição do plano financeiro do Estado — serão identificadas as despesas que se irão
realizar e indicadas as respetivas fontes de receita.
%FTQFTBTQÕCMJDBT
As EFTQFTBTQÕCMJDBT são constituídas pelos gastos do Estado no exercício das suas fun-
ções. Podem ser classificadas em EFTQFTBTDPSSFOUFT e EFTQFTBTEFDBQJUBM:
3FDFJUBTQÕCMJDBT
As SFDFJUBTQÕCMJDBT são cobradas pelo Estado para financiar as suas despesas e são cons-
tituídas pelas SFDFJUBT QBUSJNPOJBJT PV WPMVOU¼SJBT, pelas SFDFJUBT DPBUJWBT PV PCSJ
HBUÎSJBT e pelas SFDFJUBTDSFEJUÈDJBT:
SFDFJUBT QBUSJNPOJBJT — correspondem ao valor das vendas de património do Esta-
do (exemplos: venda de madeira de matas nacionais, venda ou aluguer de edifícios ou
terrenos do Estado e receitas do SEE, como dividendos de ações, lucros de empresas
públicas, etc.);
SFDFJUBTDPBUJWBT — correspondem às prestações pecuniárias exigidas aos particulares
e são fixadas por via legislativa (exemplos: as contribuições para a Segurança Social, as
taxas e os impostos). As UBYBT correspondem a um pagamento de um serviço efetuado
pelo Estado, como, por exemplo, as propinas ou a utilização do serviço de saúde. Os
JNQPTUPT não têm por suporte a prestação de qualquer serviço.
SFDFJUBTDSFEJUÈDJBT — correspondem aos empréstimos que o Estado contrai, originando
a dívida pública.
*NQPTUPT
Os JNQPTUPT constituem a principal fonte de receitas do Estado e dividem-se em JNQPT-
UPTEJSFUPT e JNQPTUPTJOEJSFUPT:
JNQPTUPT EJSFUPT — incidem sobre os rendimentos ou sobre o património dos contri-
buintes, com base em matéria coletável perfeitamente determinada. Exemplos: Imposto
sobre o Rendimento de Pessoas Singulares (IRS), Imposto sobre o Rendimento de Pessoas
Coletivas (IRC) e Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI);
JNQPTUPTJOEJSFUPT — incidem sobre o consumo ou despesa, sendo a matéria coletá-
vel indiretamente determinada (exemplos: Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA),
imposto de consumo sobre tabaco, imposto sobre álcool e bebidas alcoólicas).
&GFJUPTEBTSFDFJUBTQÕCMJDBT
Os JNQPTUPT QSPHSFTTJWPT TPCSF P SFOEJNFOUP (sobre os rendimentos mais elevados
é aplicada uma taxa maior) são um importante instrumento para diminuir as desigualdades
sociais e promover a equidade. No entanto, os JNQPTUPTDPNDBS¼UFSSFHSFTTJWP, como é o
caso do IVA, têm um efeito penalizador para as famílias com menor rendimento, pois o mes-
mo valor de IVA tem um peso maior no rendimento dessas famílias; por outro lado, as famí-
lias com maior rendimento pagam proporcionalmente menos (regressões).
46
UNIDADE 11 / A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA
4BMEPPSÂBNFOUBM
O TBMEPPSÂBNFOUBM consiste na diferença entre as receitas e as despesas públicas, num
determinado ano. Relativamente ao saldo orçamental, podemos identificar três definições: a
de saldo orçamental corrente, a de saldo orçamental global e a de saldo orçamental primário.
%ÈWJEBQÕCMJDB
A EÈWJEB QÕCMJDB é contraída pelo Estado devido à existência de défices orçamentais.
Pode ser interna ou externa consoante os financiadores sejam residentes ou não residentes.
Quer o saldo orçamental em percentagem do PIB, quer a dívida pública em percentagem do
PIB, são indicadores utilizados pela Comissão Europeia a fim de promover a convergência
monetária das economias da Área do Euro.
Fonte: Eurostat
Portugal Grécia
84,2
PIB de Portugal, entre 2007 e 2012. 123,6 Malta 156,9
72,1 Chipre
4.6 Compara o valor da dívida pública em % do PIB de Portu-
85,8
gal com o dos outros países representados no gráfico, em
Dívida 2007
2012. Acima da média
Dívida 2012
Abaixo da média
Média na Zona Euro em 2012: 90,6%
2,7
2,6
Em percentagem
2,5
Fonte: Comissão Europeia
2,4
2,3
2,2
2,1
2000
2005
1995
2010
2011
GRUPO I
As questões que se seguem são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma
está correta. Assinala-a com X.
1. Um dos objetivos do Estado, no exercício das suas funções económicas e sociais, consiste em
(A) assegurar preços baixos para todos os bens.
(B) fixar o valor dos lucros a atingir pelas empresas.
(C) promover a eficiência na utilização dos recursos.
(D) implementar políticas estruturais de curto prazo.
Exame Nacional de 2013 – 2.a fase
/PUB Para a resolução deste teste consulta também as páginas 156 a 227 do manual.
50
UNIDADE 11 / A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA
GRUPO II
1. Observa o gráfico ao lado.
1.1 Justifica o facto de o IVA ser um imposto in- Taxa média de IVA
direto. na União Europeia a 27, em %
1.2 Interpreta a evolução da taxa média de IVA 21,3
21
na União Europeia a 27, entre 2000 e 2013.
Em percentagem
1.3 Apresenta conclusões sobre a taxa média 19
de IVA na União Europeia a 27, em 2013,
sabendo que nesse ano a taxa média de IVA 17
de Portugal atingia 23%.
1.4 Refere os efeitos de uma elevada taxa média 15
2000 2005 2009 2013
de IVA para as famílias residentes em Portu-
Fonte: Comissão Europeia
gal, tendo em conta o facto de este imposto
ser regressivo.
GRUPO III
1. Observa o gráfico seguinte e lê o texto da página 52.
30
Grécia
25
20
Em percentagem
15 Portugal
Agosto 2013
10 10,01
Irlanda
Itália
6,60
4,50
5 4,42
Espanha França 3,92
2,36
Alemanha 1,73
0
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Fonte: BCE
51
¼7f[iWhZ[kcWdelWZ[iY_ZWZWijWnWiZ_h[jehWiZe8WdYe9[djhWb;khef[k89;"WijWnWiZ[
[cfhij_ceiXWdY|h_ei}i[cfh[iWideZ_c_dkhWcdWZW[cFehjk]Wb[dW=hY_W"YecejWc-
Xc[c;ifWd^Wek[c?j|b_W$Ei[jehXWdY|h_e[dYedjhW#i[Yec[\[_jeWc[WWZedeifWi[ije-
YWZeif[bWYh_i[$<WY[W[ij[Y[d|h_e"efheY[iieZ[kd_eXWdY|h_W"gk[l_iWjhWdi\[h_hWikf[hl_-
ieZeiXWdYei"Wh[iebkeZWiYh_i[iXWdY|h_Wi[Wi[]khWdWZeiZ[fi_jeifWhWWi_dij~dY_Wi
[khef[_Wi"[ij|WWlWdWh"cWiYecZ_\_YkbZWZ[i$FehekjhebWZe"WWeZe89;[dYedjhW#i[Yec-
fb_YWZWf[bW\WbjWZ[YeehZ[dWeZWifebj_YWiced[j|h_Wide~cX_jeZWPedW;khe$½
I$C$">ehi#ih_["d$±īĪ"Ħ$±jh_c[ijh[Z[ĤģĕĥWZWfjWZe
52
12 RESUMO
A economia portuguesa
no contexto da União Europeia
NOÇÃO E FORMAS DE INTEGRAÇÃO ECONÓMICA
As relações económicas entre os países têm, nos anos mais recentes, sido acompanhadas
de processos mais ou menos profundos de integração económica: BTFDPOPNJBTOBDJPOBJT
W¾PTFJOUFHSBOEPFNFTQBÂPTNBJTBMBSHBEPTFNSFTVMUBEPEBQSPHSFTTJWBFMJNJOB¾P
EBTCBSSFJSBTBMGBOEFH¼SJBT e da consequente livre circulação de produtos, capitais, servi-
ços e pessoas.
O processo de integração seguido pelos países pode comportar objetivos essencialmente
económicos ou comerciais (caso do Mercosul) ou pode alargar-se a níveis de carácter social e
político, como é o caso da União Europeia (UE): a livre circulação de bens, capitais, pessoas e
serviços pode estender-se à adoção de políticas comuns na área económica, na área social e na
área de segurança. "EJGFSFOÂBOPTPCKFUJWPTQSFUFOEJEPTQPSDBEBPSHBOJ[B¾PUSBEV[GPS-
NBTEJTUJOUBTEFJOUFHSB¾P:
53
O PROCESSO DE INTEGRAÇÃO NA EUROPA
A Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA)
Com o fim da II Guerra Mundial (1939-1945), na tentativa de alcançar uma paz duradoura
e uma rápida reconstrução económica na Europa, foi criada, em 1951, pela França, Alema-
nha, Itália, Bélgica, Holanda e Luxemburgo, a $PNVOJEBEF &VSPQFJB EP $BSW¾P F EP "ÂP
$&$"
. Esta organização, juntando Estados anteriormente inimigos, teve como finalidade a
constituição de um NFSDBEP DPNVN EP DBSW¾P F BÂP, duas importantes matérias-primas
para a reconstrução económica.
(um mercado com a sua própria moeda). Mas, para aderir à moeda única, os países teriam de
cumprir determinados critérios — DSJUÄSJPTEFDPOWFSHÅODJBOPNJOBM ou EF.BBTUSJDIU:
Novos alargamentos da UE
Em resultado da unificação da Alemanha (em 1989) e da desintegração da antiga União
Soviética, constituíram-se no centro e leste europeu novos Estados que foram preparando as
suas estruturas políticas e económicas de forma a integrarem-se na UE.
" BEFT¾P » 6& JNQMJDB
EB QBSUF EPT QBÈTFT DBOEJEBUPT
B BDFJUB¾P EF WBMPSFT
EFNPDSBDJB
&TUBEP EF EJSFJUP F SFTQFJUP QFMPT EJSFJUPT IVNBOPT
F B BEP¾P EF
OPSNBTFQS¼UJDBTEB6&
55
Em maio de 2004 aderiram à UE dez novos países: )VOHSJB, 3FQÕCMJDB $IFDB, &TMPW¼-
RVJB, 1PMÎOJB, -FUÎOJB, &TUÎOJB, -JUV½OJB, &TMPWÄOJB, $IJQSF e .BMUB. Em 2007 entraram a
3PNÄOJB e a #VMH¼SJB e, em 2013, aderiu a $SP¼DJB. No final de 2013, a UE era, assim, consti-
tuída por 28 países 6&ȤȪ
.
FINLÂNDIA*
5,4 194,7
SUÉCIA ESTÓNIA*
9,5 411,0 1,3 16,9
REINO UNIDO LETÓNIA*
IRLANDA* DINAMARCA
63,1 1918,5 2,0 21,9
4,5 162,3 5,6 243,9
LITUÂNIA
PAÍSES BAIXOS* 3,0 32,4
ALEMANHA
16,8 609,1 ORIENTAL
BÉLGICA* HA*
ALEMANHA
AN
NHA POLÓNIA
38,4 381,6
11,1 377,1 81,9 2645,9
LUXEMBURGO* REP. CHECA
A
0,5 43,6 10,5 152,9 ESLOVÁQUIA*
ÁUSTRIA* 5,5 72,9
FRANÇA*
65,5 2033,7 8,5 309,3 HUNGRIA
ESLOVÉNIA* 99,7 ROMÉNIA
9,9
2,1 CROÁCIA
35,7 C 21,3 136,1
ESPANHA* 4,4 44,5
PORTUGAL* BULGÁRIA
46,1 1050,2
10,7 166,3 ITÁLIA* 7,4 39,2
61,0 1565,8
GRÉCIA*
11,3 195,0
0 400 km
MALTA CHIPRE*
0,4 6,7 0,9 17,8
Historial de adesões
1957 - Seis membros fundadores 1995 - Áustria, Finlândia, Suécia (União a 15)
1973 - Irlanda, Reino Unido, Dinamarca 2004 - Malta, Chipre, Eslovénia, Letónia,
Estónia, Lituânia, Polónia, República Checa,
1981 - Grécia Eslováquia, Hungria (União a 25)
1986 - Espanha, Portugal (CEE a 12) 2007 - Roménia e Bulgária (União a 27)
As instituições europeias
Num processo de integração tão profundo como o da UE, verifica-se a transferência de
parte da soberania dos Estados nacionais para entidades supranacionais (através de trata-
dos), que traçam as orientações, fixam os objetivos e tomam as decisões relativamente às
políticas da União. Verifica-se, assim, a DPFYJTUÅODJBEPTQPEFSFTTPCFSBOPTEFDBEB&TUB-
EP OBDJPOBM DPN PT QPEFSFT USBOTGFSJEPT QFMB WPOUBEF EPT &TUBEPT QBSB JOTUJUVJÂÐFT
TVQSBOBDJPOBJT — a chamada TPCFSBOJBDPNVN.
A composição e competências das instituições europeias foram sendo atribuídas pelos
vários tratados, estando atualmente em vigor o Tratado de Lisboa de 2007, que reflete as
alterações entendidas como necessárias a uma maior eficácia na tomada de decisões, aten-
dendo ao elevado número de Estados-Membros da União.
Escolhe
e
Define políticas
Conselho Europeu e reúne quatro Tribunal Europeu
vezes por ano de Justiça
Comissão Europeia
Negócios Estrangeiros
Es
e Política de Segurança
Conselho
de Ministros da UE
Órgãos consultivos
Iniciativa
legislativa
Colegislação[1]
[1]
Comité
e orçamento das Regiões
18 Comissários
[1]
Colegislação — Legislação aprovada conjuntamente pelo Conselho de Ministros e Parlamento Europeu.
57
DESAFIOS DA UNIÃO EUROPEIA NA ATUALIDADE
O orçamento da União Europeia
O orçamento constitui o principal instrumento financeiro da UE, onde estão previstas as des-
pesas e as receitas para um ano. A proposta de orçamento é elaborada pela Comissão, apro-
vada conjuntamente pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho de Ministros da União, sendo
posto em prática pela Comissão e controlada a sua execução pelo Tribunal de Contas. O orça-
mento anual da UE insere-se na programação financeira plurianual (quadro financeiro), que fixa
as grandes orientações orçamentais para um dado período de tempo (normalmente 7 anos).
A maior parte das SFDFJUBTQSPWÄNEFSFDVSTPTQSÎQSJPT, onde se destacam os recursos
provenientes da contribuição de cada Estado (uma percentagem do seu RNB e do IVA). As
EFTQFTBTT¾PSFQBSUJEBTQFMBTW¼SJBTBÂÐFTEB6&, assumindo particular relevo as despe-
sas com o financiamento das políticas da União (política agrícola comum, política regional,
etc.). Entre as receitas e as despesas verifica-se o princípio do FRVJMÈCSJPPSÂBNFOUBM: EFT-
QFTBTJHVBJT»TSFDFJUBT.
A entrada de novos países na UE e a necessidade de dar resposta aos desafios decor-
rentes da recente crise económica, no contexto mais geral da globalização, pode exigir a
necessidade de rever a contribuição dos Estados para o orçamento e a distribuição dos meios
financeiros de apoio às políticas da União.
'VOEP4PDJBM&VSPQFV '4&
— favorecer a inserção profissional dos desempregados e
melhorar a qualificação através do financiamento de ações de formação.
'VOEP&VSPQFVEF%FTFOWPMWJNFOUP3FHJPOBM '&%&3
— financiar projetos de desen-
volvimento local e regional, apoiar o investimento nas regiões deprimidas, etc.
58
UNIDADE 12 / A ECONOMIA PORTUGUESA NO CONTEXTO DA UNIÃO EUROPEIA
Fundo de coesão
Este fundo pretende financiar projetos em infraestruturas de transportes e na área do
ambiente nos QBÈTFTNFOPTQSÎTQFSPTEB6& (países da coesão, em que o RNB por habitante é
inferior a 90% da média europeia): Portugal, Grécia, Eslováquia, Lituânia, Polónia, Roménia, etc.
A existência e a aplicação dos fundos europeus refletem o QSJODÈQJPEBTPMJEBSJFEBEFGJOBO-
DFJSB EB 6& USBOTGFSÅODJB QBSB BT SFHJÐFT NFOPT EFTFOWPMWJEBT EF NFJPT GJOBODFJSPT RVF
T¾PDPOUSJCVUPEFUPEPTPT&TUBEPT.FNCSPT
FNQBSUJDVMBSEBRVFMFTRVFNBJPS3/#UÅN.
Os alargamentos da UE a países com menores níveis de desenvolvimento vão exigir maior
esforço de solidariedade, o que poderá significar um reforço do orçamento da UE. Se esse refor-
ço não for considerado, há o risco de desvio de parte dos fundos para estes novos países, o
que pode comprometer a política de coesão nos Estados, que até agora dela têm benefi-
ciado (casos de Portugal e Grécia).
Políticas europeias
"QPMÈUJDBSFHJPOBM
Reconhecendo a existência de desigualdades entre os países da UE e entre as suas
regiões, a União assumiu, no Tratado da União Europeia (1992), o PCKFUJWPEBDPFT¾PFDPOÎ
NJDBFTPDJBM, criando o já referido 'VOEPEF$PFT¾P. Para além deste fundo específico, aQPMÈ-
UJDBSFHJPOBMUBNCÄNÄBQPJBEBQFMPTSFTUBOUFTGVOEPTFVSPQFVT (em particular, o FEDER),
de forma a modernizar as estruturas económicas e sociais dos países menos desenvolvidos.
"1PMÈUJDB"HSÈDPMB$PNVN 1"$
"QPMÈUJDBTPDJBMFEFFNQSFHP
A globalização e a crise económica, que têm afetado a Europa, colocaram à UE a neces-
sidade de relançar o crescimento, em particular nos países sujeitos a programas de ajus-
tamento, dados os níveis de desemprego, de degradação das condições de trabalho e de
menor proteção social. Para o efeito, a Comissão Europeia lançou a Estratégia Europa 2020,
cujos objetivos (melhoria da educação, aumento do emprego e combate à pobreza e às desi-
gualdades sociais) se inscrevem nas ações a desenvolver pela QPMÈUJDB TPDJBM. A NFMIPSJB
EBTRVBMJGJDBÂÐFT, a BRVJTJ¾PEFOPWBTDPNQFUÅODJBT, a QSPUF¾PEPTEFTFNQSFHBEPT e
a QSPNP¾PEBJODMVT¾PTPDJBM, requisitos à coesão económica e social, são objetivos desta
política, apoiada financeiramente pelo 'VOEP4PDJBM&VSPQFV '4&
.
0VUSBTQPMÈUJDBTFVSPQFJBT
A UE desenvolve outras políticas que contribuem não só para a competitividade da econo-
mia europeia nos mercados mundiais, mas, também, para uma maior convergência económica
e social, como é o caso da QPMÈUJDBEFJOPWB¾P, da QPMÈUJDBBNCJFOUBM e da QPMÈUJDBEFFOFSHJB.
2 1,7 2,8 1,1 bidos e pelo mercado único abriram novas oportuni-
0 dades ao crescimento da economia portuguesa.
-0,6
-2 -3,0 -2,7
-4 -4,6
1996 1998 2000 2002 2004 2006 2008 2010 2012 A crise financeira e económica,
iniciada em 2008, repercutiu-se
UE Portugal
Fonte: Pordata, 2013 nos valores apresentados.
60
UNIDADE 12 / A ECONOMIA PORTUGUESA NO CONTEXTO DA UNIÃO EUROPEIA
50
40
30 24,3
A evolução da taxa de mortalidade infantil
20
10,9 permite avaliar as condições sanitárias e de
10 5,5 assistência na saúde, sendo um dos indicadores
2,5 3,4
0 mais utilizados na avaliação do nível de desen-
1960 1980 1990 2000 2010 2012 volvimento económico-social dos países.
Fonte: Pordata, 2013
50
40
30 O número significativo de portugueses sem
23
qualquer nível de ensino nos anos mais recentes
20
11 encontra-se maioritariamente na faixa etária
9
10 superior aos 65 anos. A taxa de escolarização dos
3
0 mais jovens, nos vários níveis de ensino (à exce-
1960 1980 1985 2000 2010 ção do superior), ronda atualmente os 100%.
Fonte: INE (valores ajustados)
2,5
2 milhões
Em milhões
2,0
1,5 A consagração da proteção social para todos
1 milhão
1,0 (na doença, velhice, viuvez, invalidez e desem-
0,5 187 mil
prego) está relacionada com a institucionali-
56 mil zação da democracia no nosso país e constitui
0
1960 1970 1976 1987 2010 um fator de coesão social.
Fonte: «Portugal: os Números», Maria João Valente Rosa e Paulo Chitas,
Fundação Francisco Manuel dos Santos
61
O crescimento e os desequilíbrios económicos
O BVNFOUPEBQSPDVSBJOUFSOB (consumo e investimento) constituiu um fator impulsio-
nador do crescimento da economia, mas, O¾PTFOEPBDPNQBOIBEPEPOFDFTT¼SJPBVNFOUP
EBQSPEVUJWJEBEF, apesar dos esforços realizados a nível da qualificação da mão de obra e
da inovação (para os quais os fundos europeus foram um importante instrumento financeiro),
deu origem a um conjunto de EFTFRVJMÈCSJPT (inflação, défice externo e endividamento), pois
a economia não gerou os recursos necessários ao financiamento do seu nível de despesa.
9
8
7
Em percentagem
6
5
4
3
2
1
0
-1
Itália
Luxemb.
Malta
Bélgica
Espanha
França
Alemanha
Dinamarca
P. Baixos
Chipre
Áustria
Portugal
R. Unido
Finlândia
Grécia
Suécia
Irlanda
Eslovénia
Hungria
R. Checa
Polónia
Bulgária
Eslováquia
Letónia
Esltónia
Lituânia
Roménia
A convergência à média europeia
(até à adesão ao euro) reflete o
esforço de inovação e qualificação Média UE-27 (1995-1999) = 1,8% Média UE-27 (2000-2010) = 1,0%
realizado, para o qual os fundos
europeus foram essenciais. 1995-1999 2000-2010 Fonte: Augusto Mateus, ob. cit.
10
8
6
4
Em percentagem
2
0
-2
-4
-6
-8
-10
-12
-14
O desequilíbrio das tro-
Chipre
Grécia
Portugal
Polónia
Espanha
Malta
Roménia
Itália
Eslováquia
R. Unido
R. Checa
França
Bulgária
Eslovénia
Irlanda
Hungria
Bélgica
Lituânia
Finlândia
Áustria
Letónia
Dinamarca
Alemanha
Suécia
P. Baixos
Luxemb.
Estónia
120
110
98
100
Em percentagem
80
60
44
40
20
9
0
2010
1999
1998
2009
2002
2005
2000
2003
2006
2008
2011
2004
2007
1997
1996
1995
2001
Zona Euro –2,4 –6,9 –6,5 –4,4 Zona Euro 70,2 80,0 85,4 87,8
Irlanda –7,4 –13,9 –30,9 –13,4 Irlanda 44,5 64,9 92,2 106,4
Grécia –9,8 –15,6 –10,7 –9,4 Grécia 112,9 129,7 148,3 170,6
Portugal –3,6 –10,2 –9,8 –4,4 Portugal 71,7 83,2 93,5 108,1
Fonte: Eurostat, consultado em outubro de 2013 Fonte: Eurostat, consultado em outubro de 2013
A crise económica foi acompanhada pelo aumento do défice orçamental e da dívida pública, em particular nos
países da Zona Euro com estruturas económicas mais frágeis.
63
A acumulação da dívida externa, num contexto de crise internacional, levantou dúvidas
aos investidores internacionais quanto à capacidade de os Estados mais endividados cumpri-
rem as suas obrigações financeiras. Esse risco colocou SFTUSJÂÐFT»DPODFTT¾PEFDSÄEJUP e
à TVCJEBEBTUBYBTEFKVSP a cobrar pelos empréstimos concedidos.
Face ao agravamento das condições de financiamento, e não podendo proceder à des-
valorização interna da moeda, pela via da inflação (dada a prioridade da estabilidade dos
preços na UEM), esses Estados, para evitar a bancarrota, tiveram de solicitar BTTJTUÅODJB
GJOBODFJSBJOUFSOBDJPOBM — os chamados resgastes financeiros (primeiro a Grécia, depois a
Irlanda e, em 2011, Portugal).
0 2009 9,5
-1
2010 10,8
-1,4
-2
2011 12,7
-3
-3,0 -3,0
2009 2010 2011 2012 2012 15,7
Fonte: Pordata, consultado em outubro de 2013
Fonte: INE, 2013
A recessão económica traduziu-se na queda do PIB per capita. A queda acentuada da atividade económica,
acompanhada pelo fecho de empresas, ori-
ginou desemprego crescente.
64
UNIDADE 12 / A ECONOMIA PORTUGUESA NO CONTEXTO DA UNIÃO EUROPEIA
8000 0
6000 -2000
Portugal Grécia
A queda da atividade económica,
2011 –1,6 –7,1 em resultado das políticas contra-
cionistas, traduziu-se no decrésci-
2012 –3,2 –6,4 mo do PIB.
200
171 177
Em percentagem
150
119 125*
108
100
50
n.d.
0
2011 2012 2013 A queda do PIB origina que o peso
da dívida pública tenha vindo a
Portugal Grécia aumentar.
* Valor provisório Fonte: AMECO e Banco de Portugal
65
FICHA FORMATIVA 12
2. A ideia de uma Europa unida surgiu no fim da II Guerra Mundial, com a criação da Comu-
nidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA), que, uns anos mais tarde, deu origem à
$&&, RVF
QPSTVBWF[
SFQSFTFOUPV
BPMPOHPEPUFNQPEBTVBWJHÅODJB
VNBQSP-
GVOEBNFOUPEBJOUFHSB¾PFDPOÎNJDBFVSPQFJB.
2.1 Indica as finalidades do projeto de uma Europa unida.
2.2 Explicita o objetivo da CECA.
2.3 Justifica a afirmação destacada.
/PUB Para a resolução desta ficha consulta também as páginas 236 a 293 do manual.
66
UNIDADE 12 / A ECONOMIA PORTUGUESA NO CONTEXTO DA UNIÃO EUROPEIA
¼Fehjk]Wb"i[dZekcZeifWi[iZWYe[ie"fZ[X[d[\_Y_WhZ[jhWdi\[h
dY_WiZWKd_e;khe-
f[_WWjhWliZei\kdZei[khef[ki"cWieiWbWh]Wc[djeiZWKd_eWeifWi[iZeY[djhe[b[ij[
[khef[k_d\bk[dY_WhWcecel_c[djeZ[iiWijhWdi\[h
dY_WifWhWedeiiefWi$½
4
Em percentagem
1
1996
1992
1995
1999
1998
1993
1994
1997
2010
2007
2000
2002
2005
2004
2006
2008
2009
2003
2001
Fonte: 25 anos de Portugal Europeu, Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2013
6. A crise económica que atravessa a economia europeia teve repercussões a nível do mer-
cado de trabalho. Considera o gráfico.
200 000
100 000
-100 000
-200 000
1.0 T 2.0 T 3.0 T 4.0 T 1.0 T 2.0 T 3.0 T 4.0 T 1.0 T 2.0 T 3.0 T 4.0 T 1.0 T 2.0 T 3.0 T 4.0 T 1.0 T 2.0 T
2008 2009 2010 2011 2012
Fonte: European Foundation for the Improvement of Living and Working Conditions, 2013
67
7. A convergência de Portugal com a média europeia pode ser observada pela evolução
do consumo per capita e do produto per capita, medidos em paridades de poder de
compra.
A evolução pode ser observada no gráfico seguinte.
2000
2002
2005
2006
2008
2009
2003
2004
2007
1986
1988
1989
1990
1992
1995
1996
1998
1999
2001
2010
1993
1987
1994
1997
1991
7.1 A convergência da economia portuguesa à média europeia foi mais intensa no consu-
mo do que na produção, no período considerado.
Justifica a afirmação com valores a partir do gráfico.
7.2 Compara, apresentando os valores adequados, o nível de convergência da nossa eco-
nomia no período inicial da adesão à UE e em 2010.
68
TESTE DE AVALIAÇÃO 12
GRUPO I
As questões que se seguem são de escolha múltipla. Das quatro respostas (A a D), apenas uma
está correta. Assinala-a com X.
1. Num processo de integração económica entre dois ou mais países, a implementação da livre
circulação de mercadorias, de serviços, de capitais e de pessoas traduz-se na criação de
(A) uma zona de comércio livre.
(B) um mercado comum.
(C) uma união aduaneira.
(D) um sistema de preferências aduaneiras.
Exame Nacional de 2013 – 2.a fase
3. A Comissão Europeia é a instituição da União Europeia que tem, entre outras, a função de
(A) assegurar a estabilidade dos preços na Área do Euro.
(B) garantir a aplicação dos tratados da União Europeia.
(C) definir as taxas de juro na Área do Euro.
(D) gerir a política monetária da União Europeia.
Exame Nacional de 2013 – 1.a fase
/PUB Para a resolução deste teste consulta também as páginas 236 a 293 do manual.
69
GRUPO II
1. Lê o seguinte texto e analisa os gráficos anexos.
¼;cXehWi[j[d^Wch[]_ijWZeW`kijWc[djeiYecWb]kci_]d_\_YWZedW[ijhkjkhWfheZkj_lWfeh-
jk]k[iWWebed]eZeibj_ceiWdei"eh_jceZ[ii[cel_c[dje\e_h[bWj_lWc[dj[b[dje[WckZWdW
Z[fWZheZ[[if[Y_Wb_pWede\e_je_dj[diWgkWdjeed[Y[ii|h_e"}bkpZWiYedZ_[iZ[Yed-
Yehh
dY_WZW[Yedec_WdWY_edWb}[iYWbW]beXWb[ZWKd_e;khef[_WWbWh]WZW$½
7ii[cXb[_WZWH[fXb_YW"GkWZheZ[H[\[h
dY_W;ijhWj]_YeDWY_edWb"Ĥģģĩ#Ĥģĕĥ"
inmmm$fWhbWc[dje$fjWZWfjWZeYedikbjWZe[cekjkXheZ[ĤģĕĤ
Quadro 1 Quadro 2
Quadro 3
Portugal UE-27
Rubricas
2000 2010 2000 2010
Explicita, com base nos documentos apresentados, as alterações verificadas nas exportações
portuguesas em 2010, face a 2000, considerando:
o comportamento das exportações de bens e serviços e o comportamento das exportações
de produtos por grau de intensidade tecnológica;
três aspetos que possam explicar esses comportamentos em Portugal, comparando o
desempenho desses aspetos em Portugal e na UE a 27 Estados-Membros.
Exame Nacional de 2013 – 1.a fase (adaptado)
70
UNIDADE 12 / A ECONOMIA PORTUGUESA NO CONTEXTO DA UNIÃO EUROPEIA
C_d_ijh_eZe7cX_[dj["Febj_YW[9e[iedeFi#(&')":eYkc[djed$±)%(&&/"
inmmm$Zff$fjWZWfjWZeYedikbjWZe[cZ[p[cXheZ[(&''
O 2VBESPȦ refere-se ao PIB por habitante em alguns países da União Europeia, em 2010.
Quadro 4
PIB por habitante (UE-27 = 100)
Alemanha 118
Holanda 133
Hungria 65
Bulgária 44
Fonte: Eurostat, Newsrelease, 13 de dezembro de 2011,
in http://epp.eurostat.ec.europa.eu (adaptado)
(consultado em dezembro de 2011)
Explica, com base nos documentos, a importância do princípio da coesão económica e social.
Exame Nacional de 2012 – 2.a fase (adaptado)
Quadro 5
Comparação das diferentes etapas de alargamento, em %
Evolução do PIB
Etapas de alargamento Aumento da população
por habitante
De 6 para 9 Estados-Membros 32 –3
De 9 para 12 Estados-Membros 22 –6
De 12 para 15 Estados-Membros 11 –3
[a]
De 15 para 27 Estados-Membros 29 –16
[a]
Alargamento ocorrido em 2004 e completado em 2007 com a entrada da Roménia e da Bulgária.
Explica, a partir do Quadro 5, duas das consequências para a União Europeia decorrentes do último
alargamento, por comparação com os alargamentos anteriores.
Exame Nacional de 2012 – 1.a fase (adaptado)
71
SOLUÇÕES
FICHA FORMATIVA 8 (pág. 7) É da parte restante — a poupança — que se poderá retirar o capital
para investimento em novos bens e tecnologias e, assim, aumentar
1. Atividade económica é o conjunto das atividades desempenha- o potencial das economias. Sem a reposição do que foi gasto e sem
das pelos agentes económicos. Assim, produzir, repartir o resul- novos investimentos não haverá crescimento das economias.
tado do rendimento criado no ato produtivo, consumir, poupar,
6. A função económica das Famílias consiste em consumir os bens
investir ou trocar bens com o Resto do Mundo são exemplos de
atividades que no seu conjunto formam a atividade económica e os serviços de que carecem para a satisfação das suas necessi-
de um país. dades. Esta é a sua função principal. Todavia, através da aplicação
das suas poupanças, as Famílias poderão também participar na
2. As operações económicas fundamentais são: atividade económica.
nBTPQFSB˨̯FTTPCSFCFOTFTFSWJ˨PT QSPEV˨˗P
EJTUSJCVJ˨˗PF 7. As Empresas Não Financeiras produzem bens e prestam serviços não
consumo de bens e serviços); financeiros e as Instituições Financeiras prestam serviços financeiros.
nBTPQFSB˨̯FTEFSFQBSUJ˨˗PEPWBMPSDSJBEP QBHBNFOUPSFDFCJ-
8. 03FTUPEP.VOEP˭VNBHFOUFFDPO̬NJDPEBNBJPSJNQPSU˕ODJB
mento de salários, impostos e subsídios);
para as economias pois, através das trocas de bens, serviços e
nBTPQFSB˨̯FTGJOBODFJSBT EFQ̬TJUPTCBOD˔SJPT
FNQS˭TUJNPT
capitais, a economia nacional pode obter níveis de bem-estar e
aplicações financeiras e investimento). rendimento superiores aos que teria com uma economia fechada.
Entre estes três tipos de operações existem interações que se 9. 0&TUBEPUFNGVO˨̯FTFDPO̬NJDBTFTPDJBJTRVFFYFDVUBBUSBW˭T
podem verificar no seguinte exemplo: uma empresa produz bens da redistribuição do rendimento, como o recebimento de impostos
alimentares, distribui-os pelos supermercados e outros locais de e o pagamento de subsídios. Estas funções são importantes por
venda, onde os agentes económicos os adquirem para consumo. questões de equidade.
Desse ato produtivo resultam rendimentos que são repartidos
pelos agentes intervenientes na produção — trabalhadores e 10. Entre as Famílias e os outros agentes económicos verificam-se as
capitalistas: os primeiros auferem salários e os outros auferem seguintes interações:
lucros e outros rendimentos do capital. Aos rendimentos recebi- Ordenados + Depósitos + Seguros +
Rendas + Lucros Amortizações + Juros
dos poder-se-ão juntar alguns subsídios distribuídos pelo Estado.
Sobre o valor dos rendimentos pagar-se-ão impostos. Mas, para
EMPRESAS NÃO INSTITUIÇÕES
completar este circuito, é necessário que a empresa retenha uma FAMÍLIAS
FINANCEIRAS
FAMÍLIAS
FINANCEIRAS
parte do rendimento e que as famílias poupem, para que desse
montante poupado e depositado, a empresa, através de emprésti- Despesas Indemnizações + Juros +
mos pedidos aos bancos e de outros meios, consiga o investimento de consumo + Ordenados +
Investimento Empréstimos
necessário para reiniciar a sua produção.
Vencimentos +
3. Vejamos um exemplo. Para as nossas necessidades de cultura, Apoios sociais
adquirimos livros, vemos filmes, vamos a museus e concertos, por
FYFNQMP DPOTVNPPQFSB˨˗PTPCSFCFOTFTFSWJ˨PT
1BSBUBM˭ FAMÍLIAS ESTADO
89 000 89 000
TESTE DE AVALIAÇÃO 8 (págs. 8 a 10) Empresas
GRUPO I Empregos Recursos
1. %
2. %
3. "
4. $
5. $
Salários = 70 000 $PNQSBT &TUBEP
= 3 000
Impostos = 5 000 $PNQSBT 'BN̆MJBT
= 73 500
Cont. Seg. Social = 1 500
76 500
GRUPO II 76 500
1. Estado
Agentes Empregos Recursos
Funções Operações
económicos
Vencimentos = 15 000 $POU4FH4PDJBM 'BN̆MJBT
= 500
Sobre bens e Subsídios = 4 000 $POU4FH4PDJBM &NQSFTBT
= 1 500
Famílias Consumir
serviços Compras = 3 000 *NQPTUPT 'BN̆MJBT
= 15 000
Empresas Produzir bens e prestar Sobre bens e *NQPTUPT &NQSFTBT
= 5 000
Não Financeiras serviços não financeiros serviços 22 000
22 000
Instituições Prestar serviços
Financeiras
Financeiras financeiros
3.3 4˗PFYFNQMPTEFPQFSB˨̯FTEFSFQBSUJ˨˗PQBHBNFOUPSFDFCJNFO-
Administrações Redistribuir
De repartição UPEFTBM˔SJPTFWFODJNFOUPTQBHBNFOUPSFDFCJNFOUPEFJNQPT-
Públicas o rendimento
tos, subsídios e contribuições para a Segurança Social.
Sobre bens
Trocar bens,
Resto do Mundo e serviços
serviços e capitais
e financeiras FICHA FORMATIVA 9 (págs. 19 a 21)
2. 1.1 A Contabilidade Nacional apresenta de forma quantificada o fun-
Trabalho e capital
cionamento global de uma economia. É, portanto, um instrumento
fundamental de medida da atividade económica de um país.
Despesas de consumo 1.2 É com base no conhecimento do funcionamento da economia que
FAMÍLIAS EMPRESAS os decisores podem tomar medidas para a sua eventual correção,
Salários, lucros e rendas ajustamento e dinamização. Toda a intervenção dos governos deve-
rá ser feita com base na eficiência, pelo que se torna imprescindível
Bens o conhecimento da realidade económica do país.
todos os Países-Membros.
0
Su
Co
0
nc
50
00
00
bs
n
im
t. S
=1
Im
=3
ídi
50
eg
ial
os
tos
ras
s=
sto
.S
c
=4
sto
=1
oc
s
00
g.
=1
50
po
ial
Co
UFSSJU̬SJPFDPO̬NJDP0UFSSJU̬SJPHFPHS˔GJDPGB[QBSUFEPUFSSJU̬SJP
Se
0
50
Im
00
=5
nt.
00
Co
73
SOLUÇÕES
um ano. Pode ser uma empresa portuguesa a produzir em território contabilizássemos o valor final de todos os produtos cometería-
nacional ou uma empresa estrangeira que funcione em território mos o erro da múltipla contagem porque muitos bens incorporam
nacional há mais de um ano. outros, já contabilizados.
3.3 Unidade institucional é uma unidade de produção que goza de auto- 9.
nomia no exercício das suas funções e setor institucional é o conjunto
das unidades institucionais que executam as mesmas funções. Produção Consumos
Empresas VA
final intermédios
3.4 Unidade de produção homogénea é toda a unidade produtiva que
A 2 000 300 1 700
produz bens semelhantes.
3.5 Ramo de produção é um conjunto das unidades de produção B 30 000 6 000 24 000
homogéneas. C 8 500 1 200 7 300
4. 4˗PWFSEBEFJSBTBTBGJSNB˨̯FT "
$
&
'
F (
5. Setores institucionais são agrupamentos de unidades institucio- Produto = ¦ VA = 1700 + 24 000 + 7300 = 33 000 u.m.
nais, isto é, são agrupamentos de agentes económicos que têm
10.1 1SPEVUPJOUFSOP˭PQSPEVUPSFBMJ[BEPQFMPTSFTJEFOUFT OBDJPOBJT
funções específicas.
e estrangeiros) num determinado território económico. Produto
Ver o quadro «Caracterização simplificada dos setores institucio- nacional é o produto realizado pelos fatores produtivos nacionais,
nais», que se encontra na página 13. quer estejam em território económico nacional ou não.
6. Interessa à Contabilidade Nacional o comportamento do setor ins- 10.2 Produto líquido é o valor do produto bruto descontado o consumo
titucional e não de uma unidade institucional particular porque a de capital fixo.
Economia estuda o comportamento dos grandes agregados, visto
ser uma ciência social. 10.3 Produto a preços correntes é o produto contabilizado de acordo
com o nível dos preços do ano em causa. Produto a preços cons-
7. As três óticas pelas quais é possível calcular o valor do produto tantes é o produto a preços correntes deflacionado em relação a
são as seguintes: um ano base.
Ótica da produção — Somando-se o valor acrescentado de todas
11. 0QSPEVUPOBDJPOBM˭NBJTFMVDJEBUJWPEBSJRVF[BEFVNQB̆TEP
BTVOJEBEFTQSPEVUJWBT BHSVQBEBTFNSBNPTEFBUJWJEBEFFDPO̬-
que o produto interno na medida em que considera a produção
mica), ficamos a conhecer a estrutura setorial do produto, isto é, a
dos fatores produtivos nacionais.
origem e natureza dos bens produzidos e, naturalmente, o nível de
desenvolvimento do país. Através desta ótica ficamos a perceber, 12. 0QSPEVUPM̆RVJEPK˔DPOTJEFSBPDPOTVNPEFDBQJUBMGJYP
PVTFKB
por exemplo, se o valor do produto depende mais da agricultura, considera o desgaste que o equipamento produtivo sofreu, o que
EBJOE͔TUSJBPVEPTTFSWJ˨PT
PVBJOEB
BJNQPSU˕ODJBSFMBUJWBEF torna mais realista o valor do produto.
cada ramo de atividade. 13. Se apenas calcularmos o valor do produto a preços correntes, não
Ótica do rendimento — Corresponde ao somatório de todos os se poderá perceber a evolução da atividade económica de um país
rendimentos recebidos pelos fatores de produção. Através desta porque os valores encontram-se inflacionados de acordo com o
ótica ficamos com a informação sobre o modo como foi repartido o aumento do nível de preços ocorrido nesse ano na economia.
rendimento, isto é, a riqueza criada durante o processo de produção.
14. PILíquido= PIB – Consumo de capital fixo = 140 000 milhões de euros
Pela ótica do rendimento sabemos como o rendimento criado na
QSPEV˨˗P˭SFQBSUJEPQFMPTGBUPSFTQSPEVUJWPT USBCBMIPFDBQJUBM
PNBruto = PIB + Saldo dos rendimentos com o Exterior
Ótica da despesa — Resulta do somatório de todas as despesas = 159 000 milhões de euros
de consumo realizadas por todos os agentes económicos. Por esta
PIB nominal
ótica ficamos a conhecer, portanto, o destino dado à produção 15. PIB real = u 100 = 165 049 milhões de euros
efetuada. Podemos responder, por exemplo, à seguinte questão: Deflator
0TCFOTFTFSWJ˨PTQSPEV[JEPTEFTUJOBSBNTFBPDPOTVNPEBT 16.1 Rendimento disponível representa o rendimento de que os parti-
famílias, ao consumo público, ao investimento das empresas ou culares podem dispor para consumo e poupança. É o rendimento
foram exportados?» de que os particulares podem dispor depois de subtrair aos ren-
8.1 Método dos produtos finais e método dos valores acrescentados. EJNFOUPT EP USBCBMIP SFNVOFSB˨̯FT EP USBCBMIP
EP DBQJUBM
Ao contabilizarmos o valor dos bens produzidos, ou consideramos SFOEJNFOUPTEFFNQSFTBTFQSPQSJFEBEF
FEBTUSBOTGFSˮODJBT
o valor desses outputs, bens que não vão sofrer mais transforma- DPSSFOUFT JOUFSOBTFFYUFSOBT
PWBMPSEPTJNQPTUPTEJSFUPTFEBT
ções — método dos produtos finais —, ou temos em conta o valor contribuições sociais.
que foi sendo sucessivamente acrescentado em todas as etapas do 16.2Rendimento disponível = 93 000 milhões de euros
processo de fabrico de bens — método dos valores acrescentados.
16.3 Poupança = 93 000 – 85 000 = 8000 milhões de euros
8.2 0N˭UPEPEPTWBMPSFTBDSFTDFOUBEPTQFSNJUFDPOIFDFSPDPOUSJ-
16.4 5BYBEFQPVQBO˨B FNEPSFOEJNFOUPEJTQPŎWFM
Ķ
Ĵ
buto efetivo de cada unidade produtiva para o produto. Para tal,
teremos de subtrair os consumos intermédios ao valor da produção 17. Procura interna = 265 000 milhões de euros
final de cada unidade produtiva. Procura externa = 50 000 milhões de euros
8.3 0FSSPEBN͔MUJQMBDPOUBHFNDPOTJTUFFNDPOUBCJMJ[BSQPSNBJTEF
Procura externa líquida = –15 000 milhões de euros
uma vez alguns produtos. Pelo método dos produtos finais, o que Procura global = 315 000 milhões de euros
JOUFSFTTBQFSDFCFS˭PWBMPSGJOBMEBQSPEV˨˗P0CWJBNFOUF
TF 18.1 Importações em t = 50 u.m.
74
18.2 Procura externa líquida em t = 100 u.m. GRUPO III
18.3 Despesa interna em t = 500 u.m. 1. &NİĮĮĵ
P1*#QPSUVHVˮTSFHJTUPVVNBVNFOUPEFį
ķ1BSBFTTF
500 – 450 aumento contribuíram positivamente as seguintes componentes
18.4 Taxa de crescimento nominal do PIB em t = uįĮĮįį
į
450 da procura global: consumo privado, investimento e exportações,
19.1 A economia paralela é constituída por atividades em que não é DPNUBYBTEFDSFTDJNFOUP
SFTQFUJWBNFOUF
EFį
ij
ı
ĶFĵ
ĵ
possível registar com rigor, porque envolvem situações, como, por por outro lado, contribuíram negativamente o consumo público,
exemplo, as ilegais. A economia ilegal é uma variante da economia DPNVNBUBYBEFDSFTDJNFOUPOFHBUJWBEFoĮ
į
TVCUFSS˕OFBFJODMVJBUJWJEBEFTJMFHBJTPVEFTFNQFOIBEBTEFGPSNB No entanto, esse aumento do PIB, quando comparado com os paí-
ilegal. Encontram-se neste grupo, por exemplo, o tráfico de droga ses da Área do Euro, é inferior, desde 2002, situação diferente da
e a prática ilegal de atos médicos. observada entre 1996 e 1999. Pode-se, então, verificar que a con-
19.2 &DPOPNJBTVCUFSS˕OFBOFTUFDBTP
BTBUJWJEBEFTT˗PFYFSDJEBT vergência com os países da Área do Euro foi evidente entre 1996 e
com a intenção deliberada de fraude, podendo ser atividades legais 2000, e acompanhou o andamento com os referidos países entre
ou não. É exemplo o emprego de trabalhadores não legalizados, a 2000 e 2002, passando a divergir a partir de 2002.
quem se paga menos e não se desconta para a Segurança Social. Assim, o crescimento do PIB, em 2007, de que o aumento significativo
Economia informal: é um vasto setor da atividade económica que do investimento se destaca, não permitiu acompanhar o crescimento
envolve as atividades para autoconsumo, serviços de costura, ati- das economias da Área do Euro. Como refere o texto, «Portugal [em
vidades domésticas, tomar conta de crianças, etc. São atividades 2007] terá voltado a registar um dos crescimentos mais baixos entre
que não têm na base uma vontade deliberada de fugir ao fisco, os países da Área do Euro e os países da União Europeia.»
sendo apenas exercidas e não declaradas para efeitos de conta-
bilização e impostos.
FICHA FORMATIVA 10 (págs. 33 a 35)
20. As externalidades são outras situações que, ao não serem contabi-
lizadas em termos económicos, não revelam o verdadeiro valor do 1. 0TQB̆TFTUSPDBNFOUSFTJCFOTEFRVFOFDFTTJUBNQPSO˗PPTUFSFN
produto. As externalidades são efeitos decorrentes de atos econó- ou por os produzirem em quantidades insuficientes, por não os con-
micos que têm consequências positivas ou negativas sobre a vida seguirem produzir ou por os produzirem com custos mais elevados. É
das populações. No primeiro caso designam-se por externalidades por isso que os EUA exportam computadores e os japoneses máqui-
QPTJUJWBT DPNP
QPSFYFNQMP
PTFGFJUPTEFN˭EJPPVMPOHPQSB[PEF nas fotográficas. Deste modo, cada país irá especializar-se nos bens
um investimento na educação) e, no segundo caso, externalidades FNRVFUˮNNBJTWBOUBHFOT
FYQPSUBOEPUSPDBOEPQPSPVUSPTFN
OFHBUJWBT DPNPPTFGFJUPTOFGBTUPTOBTB͔EFQ͔CMJDBEFVNBJOE͔T- que as suas vantagens são menores ou inexistentes.
tria poluente). 2. A globalização pode constituir uma oportunidade de crescimento
para as economias. Quando os mercados para onde os países
podem exportar atinge a dimensão global, as possibilidades de
produzir maiores quantidades aumentam, permitindo a especiali-
TESTE DE AVALIAÇÃO 9 (págs. 22 a 25) zação e economias de escala. Esta situação estimulante, pela com-
petitividade que exerce entre as economias, é uma oportunidade
GRUPO I de crescimento para os países.
1. $
2. $
3. $
4. $
5. $
3. 4˗PWFSEBEFJSBTBTBGJSNB˨̯FT "
$
%
F &
GRUPO II 45 526
4.1 Taxa de cobertura = u 100 |ĶIJ
1. Pela análise do quadro, verifica-se que: 54 109
nPTWBMPSFTEPQSPEVUP
FNİĮįĮ
DBMDVMBEPTBQSF˨PTDPSSFOUFT 4.2 0WBMPSPCUJEPJOGPSNBRVF
DPNPWBMPSEBTTVBTFYQPSUB˨̯FT
e a preços constantes, são coincidentes, o que permite concluir 1PSUVHBMDPOTFHVFQBHBSDFSDBEFĶIJEBTJNQPSUB˨̯FTRVFGB[
RVFPBOPCBTF BOPEFSFGFSˮODJBQBSBPD˔MDVMPEPQSPEVUPB
preços constantes) é 2010; 4.3 "VNBUBYBEFDPCFSUVSBJOGFSJPSBįĮĮDPSSFTQPOEFVNTBMEP
nFNİĮįį
PWBMPSEPQSPEVUPDBMDVMBEPBQSF˨PTDPSSFOUFT˭TVQFSJPS negativo da Balança de Bens porque o país não consegue cobrir
ao de 2010, o que leva a concluir que o produto poderá ter subido; totalmente o valor dos bens que importa.
nOPFOUBOUP
RVBOEPTFSFDPSSFBPQSPEVUPBQSF˨PTDPOTUBOUFT
P 5. ɈWFSEBEFJSBBBGJSNB˨˗P "
que permite fazer comparações em termos reais, verifica-se que 6.1 ɈWFSEBEFJSBBBGJSNB˨˗P "
FTUFO˗PT̬˭JOGFSJPSBPQSPEVUPBQSF˨PTDPSSFOUFT įĮIJDPOUSBįijĮ
DPNP˭UBNC˭NJOGFSJPSBPWBMPSEFİĮįĮ įĮIJDPOUSBįİĮ
— então 6.2 0TBMEPPCUJEP˭TVQFSBWJU˔SJPPVQPTJUJWP
o produto terá sofrido uma redução; 6.3 Dois dos países para onde Portugal mais exporta são a Espanha e
nTFPQSPEVUPTPGSFVVNBSFEV˨˗PFPTFVWBMPSBQSF˨PTDPS- a Alemanha.
rentes é superior a 120, então é porque o nível geral dos preços 7.1 ɈWFSEBEFJSBBBGJSNB˨˗P "
aumentou.
7.2 Turismo.
2. PIB 2011 = Despesa Interna = Procura interna + Procura Externa
FYQPSUB˨̯FT
o*NQPSUB˨̯FT 8. ɈWFSEBEFJSBBBGJSNB˨˗P $
PIB 2011 = 175 900 + 60 500 – 67 000 = 169 400 milhões de euros 9. ɈWFSEBEFJSBBBGJSNB˨˗P $
1*#İĮįİįĴķIJĮĮo įĴķIJĮĮu 0,1) = 152 460 milhões de euros 10. ɈWFSEBEFJSBBBGJSNB˨˗P %
75
SOLUÇÕES
11. ɈWFSEBEFJSBBBGJSNB˨˗P $
n com a redução das importações, a política adotada permitirá
12.1 Balança Corrente — Balança de Rendimentos.
melhorar o saldo da Balança de Bens desse país, mantendo-se
tudo o resto constante.
12.2 Balança de Capital.
12.3 Balança de Capital.
GRUPO III
12.4 Balança Financeira. 1. De facto, o processo de globalização não foi estranho a Portugal,
que intensificou as suas trocas financeiras com o Resto de Mundo.
12.5 Balança de Capital. Esta situação é possível de ser observada nos documentos 1 e 2.
13.1 0JOWFTUJNFOUPEJSFUPFTUSBOHFJSP *%&
FOUSFįķķĮFİĮĮİ
BQSF-
sentou uma evolução positiva, tanto em termos de IDE em Portugal
Estrutura Saldos (em milhões de euros) EFĶįķIJNJMI̯FTEFFVSPTQBSBİijĶįķNJMI̯FTEFFVSPT
DPNPEF
ȫ
ȫ
1PSUVHBMOPFYUFSJPS įĶİĮQBSBİĶĵĴĶNJMI̯FTEFFVSPT
QBTTBOEP
de um total de –6374 milhões de euros para +2949 milhões de euros.
Bens –8583
No entanto, a evolução referida sofreu uma alteração em relação
ȫ
ȫ
ao posicionamento de Portugal nos fluxos do IDE — entre 1998 e
Balança Financeira –1787 İĮĮį
1PSUVHBMQBTTPVBJOWFTUJEPSM̆RVJEPOPFYUFSJPS P*%&EF1PS-
UVHBMOPFYUFSJPS
RVFSFQSFTFOUBWBĮ
ijEP1*#
QBTTPVBı
Ķ
ȫ
ȫ
6.1 Enquanto as políticas conjunturais ou de estabilização têm como aumento do desemprego e a menor competitividade no setor do
PCKFUJWPTBDPSSF˨˗PEPTEFTFRVJM̆CSJPTBDVSUPQSB[P BU˭VNBOP
turismo.
e não alteram as estruturas da economia, as políticas estruturais
1.4 0TFGFJUPTEFVNBFMFWBEBUBYBN˭EJBEF*7"QBSBBTGBN̆MJBT
visam a alteração do funcionamento da economia e os seus resul-
residentes em Portugal implica que as famílias com maior rendi-
tados sentem-se a médio e longo prazo.
mento pagam proporcionalmente menos relativamente às famí-
6.2 A política ambiental tem como finalidade a promoção da susten- lias com menor rendimento, que pagam proporcionalmente mais
tabilidade, assentando no princípio de que o crescimento eco- BTEFTQFTBTDPNPQBHBNFOUPEP*7"UˮNVNNBJPSQFTPOP
nómico, a coesão social e a proteção do ambiente se encontram seu rendimento, que é menor). Deste modo, o IVA é um imposto
interligados. regressivo.
6.3 "TUBYBTBNCJFOUBJTOPTQB̆TFTEB;POB&VSP
FNEP1*#
FOUSF
1995 e 2005 sofreram oscilações, tendo-se verificado uma desci-
da muito acentuada entre 2005 e 2007-2008. A partir desta data
GRUPO III
aumentaram, tendo estabilizado entre 2009 e 2011. Poderá con- 1.1 0TKVSPTEBĔWJEBQ͔CMJDBDPOTUJUVFNVNBEFTQFTBDPSSFOUF
cluir-se que as taxas ambientais não terão uma grande eficácia na
1.2 As taxas de juro a 10 anos dos títulos da dívida pública, em Portugal,
QSPUF˨˗PEPBNCJFOUF
BUFOEFOEP˓FWPMV˨˗PWFSJGJDBEB0GBDUP
FOUSFİĮĮĵFİĮĮķNBOUJWFSBNTFQSBUJDBNFOUFFTU˔WFJT FOUSFIJ
de estas taxas serem reduzidas faz com que não sejam dissuasoras
Fij
BQBSUJSEPGJOBMEFİĮĮķDPNF˨BSBNBTVCJS
BUJOHJOEPVN
da poluição que muitas empresas causam.
QJDPEFNBJTEFįIJOPGJOBMEFİĮįį
DPOUJOVBOEPBCBJYBSBQBSUJS
6.4 Duas medidas da política ambiental europeia, para além da referida EFTTBBMUVSB&NİĮįı
BUJOHJSBNĴ
Ĵ
UBYBTBNCJFOUBJT
QPEFS˗PTFSSFHVMBNFOUPTNVJUPFYJHFOUFTOP
que respeita a empresas industriais e centrais termoelétricas e o 1.3 0E˭GJDFPS˨BNFOUBMUFS˔UFOEˮODJBQBSBBVNFOUBS
VNBWF[RVFP
apoio através de subsídios e isenções fiscais aos investimentos em pagamento dos juros da dívida pública constitui uma despesa cor-
energias, como, por exemplo, a eólica, a solar, a das marés e das rente e, de acordo com os valores do gráfico, podemos constatar
ondas. que Portugal tem sofrido taxas de juro muito elevadas, desde o
final de 2009, se as compararmos com os outros países referidos
6.5 0VUSBTSFDFJUBTQ͔CMJDBTDPBUJWBT
QBSBBM˭NEBTUBYBT
T˗PDPOT- OPHS˔GJDP
T̬TFOEPTVQFSBEPQFMB(S˭DJB
DPNUBYBTEFKVSPNVJUP
tituídas, por exemplo, pelos impostos e pelas contribuições para elevadas, e pela Irlanda até meados de 2011. A Itália, Espanha, Fran-
a Segurança Social. ça e Alemanha pagam taxas de juro mais baixas do que Portugal,
6.6 0TJNQPTUPTEJSFUPTSFDBFNTPCSFPTSFOEJNFOUPTFTPCSFPQBUSJ- desde 2008.
N̬OJPEPTDPOUSJCVJOUFT
DPNP
QPSFYFNQMP
P*34 *NQPTUPTPCSF
1.4 Na Zona Euro são necessárias, por um lado, uma política bancá-
P3FOEJNFOUPEF1FTTPBT4JOHVMBSFT
P*3$ *NQPTUPTPCSFP3FO-
ria e uma política monetária que sejam eficazes para aumentar o
EJNFOUPEF1FTTPBT$PMFUJWBT
FP*.* *NQPTUP.VOJDJQBMTPCSF
investimento das empresas e criar emprego e, por outro, apoiar
Imóveis), enquanto os impostos indiretos incidem sobre o consumo
os países com elevadas dívidas públicas através de taxas de juro
ou despesa, sendo a matéria coletável indiretamente determinada,
NBJTCBJYBTEPRVFBRVFMBTRVF1PSUVHBM
(S˭DJBF*SMBOEBUˮN
DPNP
QPSFYFNQMP
T˗PPTDBTPTEP*7" *NQPTUPTTPCSFP7BMPS
vindo a pagar, como podemos constatar no gráfico. Como refere o
"DSFTDFOUBEP
EP*41 *NQPTUPTPCSFPT1SPEVUPT1FUSPM̆GFSPT
F
texto, «a ação do BCE encontra-se complicada pela falta de coor-
EP*47 *NQPTUPTPCSF7F̆DVMPT
EFOB˨˗PEBTQPM̆UJDBTNPOFU˔SJBTOP˕NCJUPEB;POB&VSP"M˭N
disso, a criação de emprego pelas empresas tem sido limitada e
tem conduzido muitas delas à falência pois, como o texto salienta,
«Apesar de uma nova descida das taxas diretoras do Banco Central
TESTE DE AVALIAÇÃO 11 (págs. 50 a 52) &VSPQFV #$&
BTUBYBTEFFNQS˭TUJNPTCBOD˔SJPT˓TFNQSFTBT
O˗PEJNJOV̆SBNOBEBFN1PSUVHBMFOB(S˭DJB
DPNPUBNC˭NFN
GRUPO I Espanha ou em Itália.»
1. $
2. #
3. %
4. "
5. $
2. Na resposta é explicitada a intervenção do Estado na atividade
económica no sentido de contribuir para a correção da «falha de
GRUPO II mercado» a que o texto se refere, devendo ser contemplados, de
forma correta, os seguintes aspetos, ou outros considerados equi-
1.1 0*7"˭VNJNQPTUPJOEJSFUPQPSRVFJODJEFTPCSFBVUJMJ[B˨˗PEP
valentes:
SFOEJNFOUPOPDPOTVNPPVEFTQFTB SFDBJTPCSFPQSF˨PEFWFOEB
dos bens e serviços). n a existência de um mercado de monopólio, como o da água do
poço, e a consequente ausência de concorrência no mercado
1.2 A taxa média de IVA na União Europeia a 27, entre 2000 e 2013,
podem contribuir para a fixação de preços elevados, limitadores
NBOU˭NTFVNQPVDPBDJNBEFįķ"QBSUJSEFİĮĮĶTPCF
UFOEP
do acesso à água;
BUJOHJEPİį
ı
FNİĮįı0TQSF˨PTEPTCFOTFTFSWJ˨PTOB6OJ˗P
&VSPQFJBBİĵ
FNİĮįı
JODPSQPSBNİį
ıEF*7" n o Estado poderá intervir limitando o preço de venda da água ou
GBWPSFDFOEPPBQBSFDJNFOUPEFPVUSPTWFOEFEPSFT PV
FNBMUFS-
1.3 A taxa média de IVA na União Europeia a 27, em 2013, era inferior
nativa, limitando os lucros do monopolista);
˓EF1PSUVHBM
RVFBUJOHJBİı1PEFNPTDPODMVJSRVFPTCFOT
e serviços em Portugal incorporaram uma maior taxa de IVA, o n a intervenção do Estado far-se-á no sentido de corrigir a imper-
que torna em geral os bens mais caros em Portugal, limitando a feição na concorrência, promovendo desta forma a eficiência do
procura, originando o encerramento de empresas e o crescente mercado.
78
Considera-se que os aspetos em causa são referidos de forma cor- 4.2 A coesão económica e social, objetivo das políticas europeias, sig-
reta quando: nifica a redução das assimetrias existentes na UE com a aproxima-
nO˗PTFMJNJUBN˓NFSBUSBOTDSJ˨˗PEPUFYUPPVEFGSBTFTEPUFYUP ção dos níveis de rendimento médio e dos padrões e qualidade de
vida das populações.
nDBEBBTQFUP
– está completo em termos de conteúdo relevante para o item; 4.3 A política regional, através dos fundos estruturais e do Fundo de
Coesão, apoia o desenvolvimento das regiões com maiores atra-
– é apresentado de forma articulada e coerente;
sos de desenvolvimento e em reconversão económica e social,
– evidencia uma utilização adequada da terminologia económica. assim como os grupos sociais mais frágeis, como, por exemplo,
Critérios de Classificação do Exame Nacional de 2012 – 2.a fase os desempregados. Desta forma, a política regional, promove o
desenvolvimento mais harmonioso da UE, reduzindo as desigual-
dades no espaço da União.
5. Até ao ano 2000, as transferências da União para Portugal situa-
FICHA FORMATIVA 12 (págs. 66 a 68) SBNTFBDJNBPVEFOUSPEBN˭EJBEPTQB̆TFTEBDPFT˗P 1PSUVHBM
&TQBOIB
(S˭DJBF*SMBOEB
FNįķķı
BTUSBOTGFSˮODJBTQBSBPOPTTP
1.1 3FVOJ˗PEFW˔SJBTFDPOPNJBTNFSDBEPTFNFTQB˨PTNBJTWBTUPT
QB̆TSFQSFTFOUBWBNDFSDBEFıEP1*#
FORVBOUPBN˭EJBEPT
em que se vão eliminado progressivamente as barreiras à livre cir- QB̆TFTEBDPFT˗PTFTJUVBWB˓WPMUBEPTİEP1*#.BT
BQBSUJS
culação. do início de 2000, a situação inverteu-se, particularmente com a
1.2 A eliminação das barreiras à livre circulação constitui um incen- BEFT˗PEPTQB̆TFTEPDFOUSPFMFTUFFVSPQFV˓6& FNİĮĮIJ
BT
tivo às trocas e favorece a circulação dos investimentos entre os USBOTGFSˮODJBTQBSB1PSUVHBMSFQSFTFOUBSBNDFSDBEFİEP1*#
Países-Membros da organização, contribuindo para o crescimento FORVBOUPBN˭EJBEFUSBOTGFSˮODJBTTFTJUVPVQS̬YJNBEPTIJ
das respetivas economias. Havendo objetivos comuns, as relações mantendo-se, até 2010, esta divergência.
CBTFBEBTOBDPODPSSˮODJBDPNQFUJ˨˗PT˗PTVCTUJUV̆EBTQPSSFMB-
6.1 A crise económica iniciada em 2007-2008 e prolongada nos anos
ções de cooperação, com vista a alcançar objetivos comuns.
seguintes teve repercussões negativas no mercado de trabalho
1.3 c.–e.–f.–a.–d.–b. europeu, em resultado da queda da atividade económica, da qual
2.1 A paz e o progresso económico. resultou o fecho de muitas empresas, despedimentos e falências.
&TUBTJUVB˨˗PSFGMFUJVTFOBQFSEBEFFNQSFHPT OPIJUSJNFTUSF
2.2 Livre circulação do carvão e do aço entre os Países-Membros da
de 2008, o valor situou-se próximo dos 250 000), não compensada
organização. QFMBDSJB˨˗PEFFNQSFHPTBEJGFSFO˨BGPJTFNQSFOFHBUJWB PWBMPS
2.3 A CEE criou uma união aduaneira em que todos os bens circulam EP TBMEP OP IJ USJNFTUSF EF İĮĮĶ GPJ EF oįijĮ ĮĮĮ FNQSFHPT
MJWSFNFOUF FO˗PBQFOBTPDBSW˗PFPB˨P
IBWFOEPVNBQBVUB embora se tenha registado, após 2008, uma tendência de melhoria
BEVBOFJSBDPNVNOPDPN˭SDJPDPNQB̆TFTUFSDFJSPT PRVFSFQSF- NBJTDPOTJTUFOUFBQBSUJSEPIJUSJNFTUSFEFİĮįį
WFSJGJDBOEPTF
senta um grau superior de integração comparativamente à forma OPİUSJNFTUSFEFİĮįİ
VNBEJGFSFO˨BFOUSFPO͔NFSPEFFNQSF-
de integração em que cada país fixa a sua pauta), avançando, pos- HPTQFSEJEPTFDSJBEPTEFBQSPYJNBEBNFOUFoıĮĮĮĮ0TWBMPSFT
teriormente, para um grau superior de integração com a criação do apresentados mostram que o desemprego constitui um dos gran-
mercado único, em que a livre circulação de bens se alargou aos des problemas atuais da economia europeia.
capitais, às pessoas e aos serviços.
6.2 A criação de empregos constitui um dos objetivos da política social,
3.1 Mercado único é o mercado sem barreiras à livre circulação: bens, para o qual a formação, a aquisição de habilitações e de novas
pessoas, capitais e serviços circulam livremente entre os Estados-- competências são os meios indispensáveis. A utilização do Fundo
-Membros da organização. Social Europeu é o instrumento financeiro privilegiado na área da
3.2 Havendo uma moeda única, as quatro liberdades de circulação são formação, financiando, juntamente com outros fundos, projetos de
GBDJMJUBEBTQPJT
O˗PTFOEPOFDFTT˔SJPSFBMJ[BSD˕NCJPT
EJNJOVFN desenvolvimento geradores de empregos. A proteção social é outra
os custos de transação, o que incentiva as trocas, a circulação vertente da política social, nomeadamente no apoio aos desempre-
de pessoas e a movimentação de capitais, objetivos do mercado gados, de forma a diminuir o risco de pobreza e de exclusão social.
único. 7.1 Ao longo de todo o período em análise, o consumo per capita em
3.3 Sendo a estabilidade dos preços o principal objetivo da política Portugal aproximou-se mais da média europeia do que o PIB per
monetária comum, as políticas orçamentais dos países da Área capitaFNįķĶĴ
PQSJNFJSPSFQSFTFOUBWBDFSDBEFĵĮEBN˭EJB
do Euro ficam condicionadas ao cumprimento de limites impostos FVSPQFJB
FORVBOUPPTFHVOEPO˗PVMUSBQBTTPVPTĴijEBN˭EJB
QBSBPTE˭GJDFTPS˨BNFOUBJT ıEP1*#
FQBSBBĔWJEBQ͔CMJDB FNİĮįĮ
PTWBMPSFTGPSBNBQSPYJNBEBNFOUFķĮFĶĮEBN˭EJB
ĴĮEP1*#
GJYBEPTOP1&$ europeia, respetivamente, verificando-se, no final do período em
4.1 0TGVOEPTFVSPQFVTT˗PJOTUSVNFOUPTGJOBODFJSPTEB6&
GJOBODJB-
análise, um maior afastamento entre os dois indicadores.
dos pelo orçamento da União, para o qual os Estados-Membros 7.2 Em 2010, o nível de convergência da nossa economia face à média
DPOUSJCVFNDPNVNBQFSDFOUBHFNEPTFV3/# į
FRVFTF europeia foi superior ao verificado em 1986: em 1986, a diferença
destinam a apoiar projetos de modernização, de inovação e de FOUSF1PSUVHBMFBN˭EJBFVSPQFJBGPJEFoıĮQBSBPDPOTVNP
GPSNB˨˗POPT&TUBEPT.FNCSPT
OP˕NCJUPEBTQPM̆UJDBTFVSP- per capitaFEFoıijQBSBP1*#per capita; em 2010, as diferenças
peias, particularmente nos países e regiões menos desenvolvidas. TJUVBSBNTFFNoįĮQBSBPDPOTVNPper capitaFoİĮQBSBP1*#
Desta forma, os países mais ricos, ao contribuírem mais para o per capita. Pode, assim, concluir-se que o nível de convergência foi
orçamento, apoiam o desenvolvimento dos países mais pobres. mais acentuado em 2010, particularmente no consumo per capita.
79
SOLUÇÕES
80