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// EDIÇÃO 2018/2019

Com Resoluções e Explicação das Atfp instituto


Respostas aos Itens de Escolha Múltipla I r ?E AVALIAÇÃO
ÍNDICE

Pág.
Apresentação .....................
.......................................................................................................... 5
Capítulo 1 - Educação Literária
...................................... ...................... ........ ........... ................. 9
1.1 - Interpretação de textos
................................................... .......................... ............ ........... 11
Luís de Camões ............

Propostas de trabalho ......................................................................
Rimas ..............................
Os Lusíadas ........................................
Resoluções ....... .............................. ......................... 20
Rimas ..................................................................................................
Os Lusíadas ..................................................................................................................... 21
Padre António Vieira, Sermão de Santo António (aos Peixes) ............................................. 27
Propostas de trabalho ........................................................................................................... 28
Resoluções ................................................................................
Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa ..................................................................................... 37
Propostas de trabalho ........................................................................................................... 38
Resoluções .............................................................................................................................. 44
Cesário Verde, Cânticos do Realismo (0 Livro de Cesário Verde) ........................................ 51
Propostas de trabalho ............................................................
Resoluções .............................. .................................. .......................................................... 53
Fernando Pessoa ............................ ...........................................................................—-...... —• 55
Propostas de trabalho .........................................................................................................
Poesia do ortónimo ............................................................................................ ........ 56
CO
Poemas de Mensagem ...............................................................................................
Alberto Caeiro ................................................................................................ .............- 60
62
Álvaro de Campos ................................................................... ....................................
Ricardo Reis ....................................... .......... 1................................................ ...............
„ , _ .................................................. 66

Poesia do ortónimo .....................................................................................................


........... ....... . 69
Poemas de Mensagem ............................................................................
Alberto Caeiro .............................................................. ................................................ ??
Álvaro de Campos ........................ ........................................................................
Ricardo Reis ...................................................................................................
............................................................ 83
Contos ............. •••*..... ........ ...... ..
Propostas de trabalho .......................................................................................................... gg
Resol u ções •• ...... * .....................

I
Poetas contemporâneos ..............................
Propostas de trabalho g2
Resoluções *............................................. g3
josé Saramago, Memorial do Convento %
Propostas de trabalho ............................................... 96
Resoluções .......................................... *................ *................ *.............. 100
1.2 - Produçio de textos expositivos 105
Propostas de trabalho 107
108

Capitulo 2 - Leitora • Gramática 113


propovtis de traba^o 115
Resoluções 152

177

Propostas de trabalho 178


182
Apresentação

Caros alunos,

Caros encarregados de educação,

Caros professores,

ensino secundário»,"represe^ designação «exames nacionais do


aue na avaliarão pvfr P * culminar de vários anos de aprendizagem. Gostamos de pensar
em cXorX™ « 'r’"SPareCe ,od° ° "edicação e entusrasmo com qUe os alunos,
caminho Dara o ronh ' 6SS°reS e as famíl,as-foram trilhando o seu percurso académico, num
caminho para o conhecimento, para a educação e para a formação.

°JAVE' ®nquant0 instituto Público que tem por missão a elaboração das provas de avaliação
ex erna o sistema educativo português, não pode deixar de contribuir para que aos alunos, de
uma orma equilibrada, sejam fornecidos todos os recursos necessários para percorrer com êxito
a fase final deste caminho, fundamental para os seus projetos de vida, bem como para os seus
percursos académicos e profissionais.

O IAVE vem, por conseguinte, apresentar a 22 edição da publicação «Questões de exames


nacionais», a qual permitirá aos alunos organizar o seu trabalho ao longo do ano letivo. Baseada
nos itens dos exames nacionais aplicados nos últimos anos, esta publicação está estruturada de
acordo com os domínios dos documentos curriculares em vigor. Para cada um dos itens, fornece-se
a chave ou a proposta de resolução, acompanhada da explicitação ou dos fundamentos dessa
resolução, possibilitando o trabalho autónomo e a apropriação dos conhecimentos e das
competências que são objeto de avaliação.

Esperamos que o trabalho que esta publicação proporciona ajude os alunos a alcançar os objetivos
estabelecidos e a concluir o seu percurso no ensino secundário com o maior sucesso.

Luís Pereira dos Santos

Presidente do Conselho Diretivo


IAVE, I.P.

Março 2019
CAPITULO 1
EDUCAÇÃO LITERÁRIA
1.1 - Interpretação de textos
Luís de Camões
QUESTÕES de exames nacionais

Rimas
Proposta A
Leia o soneto.

Oh! como se me alonga, de ano em ano,


a peregrinação cansada minha!
Como se encurta, e como ao fim caminha
este meu breve e vão discurso humano!

5 Vai-se gastando a idade e cresce o dano;


perde-se-me um remédio, que inda tinha;
se por experiência se adivinha,
qualquer grande esperança é grande engano.

Corro após este bem que não se alcança;


10 no meio do caminho me falece,
mil vezes caio, e perco a confiança.

Quando ele foge, eu tardo; e, na tardança,


se os olhos ergo a ver se inda parece,
da vista se me perde e da esperança.

Luís de Camões, Rimos, edição de Álvaro J. da Costa Pimpão, Coimbra, Almedina, 2005, p. 129.

1. Nas duas quadras, o sujeito poético reflete sobre os efeitos da passagem do tempo na sua vida.

Refira quatro dos aspetos que integram essa reflexão.

2. Relacione o sentido do verso «qualquer grande esperança é grande engano» (v. 8) com o conteúdo

dos dois tercetos.


capítulo ljuj^------- -------

Os Lusíadas
« a 31 do Canto VII de Os Lusíadas. Se necessíno.
estâncias 78a»i
prop°sta A onstltuldo pelas
Leia o texto segumte, e

consulte as notas. Um ramo na mão tinha... Mas, Ó cego,


Eu que cometo, insano e temerário,
Sem vós, Ninfas do Tejo e do Mondego.
Por caminho tão árduo, longo e vario.
Vosso favor invoco, que navego
5 Por alto mar, com vento tão contrario
Que se não me ajudais, hei grande medo
Que o meu fraco batel se alague cedo.

Olhai que há tanto tempo que, cantando


10 O vosso Tejo e os vossos Lusitanos,
A Fortuna me traz peregrinando,
Novos trabalhos vendo e novos danos:
Agora o mar, agora experimentando
Os perigos Mavórcios inumanos,
Qual Cánace, que à morte se condena,
15 Nüa mão sempre a espada e noutra a pena;

Agora, com pobreza avorrecida,


Por hospícios alheios degradado;
Agora, da esperança já adquirida,
De novo mais que nunca derribado;
20
Agora às costas escapando a vida,
Que dum fio pendia tão delgado
Que não menos milagre foi salvar-se
Que pera o Rei Judaico acrecentar-se.

25 E ainda, Ninfas minhas, não bastava


Que tamanhas misérias me cercassem,
Senão que aqueles que eu cantando andava
a prémio de meus versos me tornassem:
A troco dos descansos que esperava,
30 -rraSLCf?elas de louro Que me honrassem,
rrabalhos nunca usados me inventaram,
om que em tão duro estado me deitaram.
oes. Os Lusíadas, edição de A. J. da Costa Pimpão, Lisboa, MNE/IC, 2003, pp. 194-195.

NOTAS
Agora... agora (versos 13,17,19 e 21) - ora ... ora. pnauânt0
Cánace (verso 15) - filha de Éolo. Prestes a suicidar-se, Cánace escreveu uma carta com a mão direita,
segurava uma espada com a mão esquerda.
capelas de louro (verso 30) - coroas de folhas de louro.

r hospícios (verso 18) - abrigos; refúgios.


Mavórcios (verso 14) - de Marte; bélicos.
Rei Judaico (verso 24) - Ezequias, rei de Judá. Ao saber que ia morrer, rogou a Deus que lhe concedesse mais qum<
anos de vida.

16
questões de exames nacionais

Justifique o pedido dirigido pelo Poeta às Ninfas do Tejo e do Mondego, baseando-se no conteúdo da
primeira estância.

«Nua mão sempre a espada e noutra a pena» (v. 16).

Explique o sentido deste verso, tendo em conta os aspetos autobiográficos evocados pelo Poeta na
segunda e na terceira estâncias.

Explicite a crítica presente na última estância do excerto.


Proposta B
UU o «o condido P.US esündas 96,99 do Canto VIU de Os Lus^s. bem comQ ,
eontertuatoçto apresentada Se necessário, consulte as noras.

ConteMtualiwçào
Apói a chegada a Calecute. os portugueses são recebidos pelo Catual; entretanto, Baco aparecç
em senhos » um sacerdote, convencendo o de que o objetivo dos portugueses era subjugar Os
indianos 0 Catual prende Vasco da Gama e só o liberta a troco de mercadorias trazidas das naus
Finalmmte. Vasco da Gama regressa a bordo, onde «estar se deixa, vagaroso».

Nas naus estar se deixa, vagaroso,


Ate ver o que o tempo lhe descobre;
Que não se fia já do cobiçoso
Regedor, corrompido e pouco nobre.
5 Veja agora o juízo curioso
Quanto no rico, assi como no pobre,
Pode o vil interesse e sede imiga
Do dinheiro, que a tudo nos obriga.

A Polidoro mata o Rei Treício,


•" Só por ficar senhor do grão tesouro;
Entra, pelo fortíssimo edifício,
Com a filha de Acriso a chuva d' ouro;
Pode tanto em Tarpeia avaro vicio
Que, a troco do metal luzente e louro,
1s Entrega aos inimigos a alta torre,
Do qual quási afogada em pago morre.

Este rende munidas fortalezas;


Paz trédoros e falsos os amigos;
Este a mais nobres faz fazer vilezas
20 E entrega Capitães aos inimigos;
Este corrompe virginais purezas,
uem temer de honra ou fama alguns perigos-
Bte deprava as vezes as ciências, 8 '
Os juízos cegando e as consciências.

25 OwJ.n.,'rpr‘‘U r"3is •» cimente


?' Iw"m; es" e desfa, lefs;
ste causa os perjúrios entre a gente
E mil vezes tiranos torna os Reif
Se7nqUe SÓ 3 Deus ornnlPotente
30 e dedicam, mil vezes ouvireis
Que corrompe este encantador e ilude-
não sem cor, contudo, de ^' deF'

tus de Camões, Oslu$tadas


da Costa Pimpáo, 5.» ed., Lisboa, MNE/IC, 2003. p. 221.
questões de exames nacionais

NOTAS
Acriso (verso 12) - Rei de Argos que
prendeu a filha numa torre. Júpiter "nperi'r 0 cumprimento da profecia de que seria morto por um neto,
mãe de Perseu, que veio a assassinar ?rem' sod a ^orma de chuva de ouro, introduziu-se na torre e tornou-a
«A Polidoro mata o Rei Treicio» (verso 9/- n $° a
o soberano mandou o filho Pnlia„ Uanc ° 3 c,dade de TfOla estava prestes a cair em poder dos Gregos,
protegesse; toto,a. este apogero^e ** ’

cor (verso 32) - aparência exterior.


munidas (verso 17) - bem fortificadas.
perjúrios (verso 27) - mentiras; juramentos falsos
Regedor (verso 4) - Catual.
Tarpeia (verso 13) jovem romana que, na esperança de obter anéis de ouro dos Sabinos, que sitiavam Roma, lhes
abriu as portas da cidade Os Inimigos, porém, não a pouparam.
trédoros (verso 18) - traidores.

1. Relacione o conteúdo da estância 97 com a opinião formulada na estância anterior.

2. Releia os versos 17 a 28.


Explicite três dos valores postos em causa pelo poder do «metal luzente e louro» (verso 14). Apresente,

para cada um desses valores, uma transcrição pertinente.

3. Interprete o sentido dos versos 29 a 32, enquanto crítica dirigida ao clero.

19
„P,TUIO 1' IPUCWWU™""*_____________________________ _

Rimas

Proposta A

1 Tópicos de resposta
N1 resposta devem ser abordados quatro dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevante

- entendimento da vida como uma experiência longa e cada vez mais penosa;
- consciência da aproximação do termo da sua vida;
- balanço negativo da existência com base na experiência passada;
-consciência de que a vida vai perdendo qualidade;
- perceção de toda a esperança como mera ilusão.

Exemplo de resposta

Nas duas quadras, o sujeito poético reflete sobre os efeitos da passagem do tempo na sua vida.

Na primeira estrofe, revela que, apesar de entender a sua vida como uma experiência longa e cada
vez mais penosa - «Oh! como se me alonga, de ano em ano, / a peregrinação cansada minha!»
(vv. 1-2) - toma consciência da aproximação do fim - «Como se encurta, e como ao fim
caminha / este meu breve e vão discurso humano!» (vv. 3-4).

Na segunda estrofe, evidencia a tomada de consciência de que a vida vai perdendo


qualidade - «Vai-se gastando a idade e cresce o dano» (v.5) — e encara toda a esperança como mera
ilusão - «perde-se-me um remédio, que inda tinha; / se por experiência se adivinha, / qualquer
grande esperança é grande engano.» (w. 6-8).

2. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

- sentido do verso S - perceção de que toda a esperança é Ilusória;


suieito oem d°IS terCetOS' concret|tação da ideia de que o «bem» (v.9) é um objetivo que o
I persegue, mas que nunca alcança, o que acaba por conduzir à perda da esperança.

Exemplo de resposta

a esperança acaba ZTrXelJr íluso^"^ ^h0” qUG' ° SUje‘tO P°étÍC°'

Esta ideia concretiza-se nos dois tercetos O he d


persegue, num caminho em que o s • m esejado é representado como um objetivo que se
de vista e o desânimo vence cai e se levanta, até que o próprio bem desejado se perde

20
HUoiuções

Os Lusíadas
Proposta A

1. Tópicos de resposta

Na resposta, devem se. abordados os tópicos seguintes, ou outros iguaimente mievan.es;

- consciência, por parte do Poeta, das dificuldades que tem de enfrentar para escrever o seu poema
epico;
não conseguir concretizar a sua missão sem a ajuda das Ninfas do Tejo e do Mondego.

Exemplo de resposta

0 Poeta solicita o auxilio das Ninfas do Tejo e do Mondego, na medida em que está consciente das
dificuldades que tem de enfrentar para escrever o seu poema épico - «Por caminho tão árduo, longo
e vário!» (v.4); «Por alto mar, com vento tão contrário» (v.6). Além disso, o Poeta teme não conseguir
levar a bom porto a sua missão sem a ajuda dessas divindades - «Que, se não me ajudais, hei grande
medo / Que o meu fraco batel se alague cedo.» (vv.7-8).

2. Tópicos de resposta
Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes.
- sentido do verso 16 - conjugação da bravura com o amor à poesia, entendido enquanto modelo de

virtude e de dedicação heroica (ideal renascentista);


- referência a aspetos autobiográficos evocados pelo Poeta - experiência de guerra, que considera
perigosa e Inumana; referência à escrita como uma constante na sua «ida.

Exemplo de resposta
No verso «Nua máo sempre a espada e noutra a pena. (v. 16), o Poeta autocaracterita-se. destacando

as suas facetas de guerreiro e de poeta.


, do o Poeta evoca a sua experiência da guerra, que considera pengosa e inumana.
Assim, por um lado, o Po ab3„donado a escrita.
por outro lado, salienta o a * q
CAPÍTULO 1 - EDUCAÇÃO LITERARIA
I
3. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

-referência à ingratidão dos seus contemporâneos, que não o recompensam por ter
Cantad0 oj
feitos dos antepassados;
- responsabilização dos seus contemporâneos pelo aumento do seu infortúnio.

Exemplo de resposta

Na reflexão apresentada na última estância do excerto, o Poeta considera-se vítima da ingratidão q


seus contemporâneos, criticando aqueles que, em vez de o recompensarem por ter cantado os fe t°S

dos antepassados, são, pelo contrário, os responsáveis pelo aumento do seu infortúnio.

22
Proposta B

1. Tópicos de resposta

-m ser abordados os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

p tação da opinião do Poeta (estância 96) - a avidez de dinheiro e de ouro pode levar o ser
humano a adotar atitudes condenáveis;
e erência ao conteúdo da estância 97 - apresentação de situações/exemplos que comprovam a
tese/opinião do Poeta.

Exemplo de resposta

Na estância 97, o Poeta refere três situações protagonizadas por figuras da Antiguidade que
comprovam a tese por si defendida na estância anterior, na medida em que evidenciam o modo
como a avidez de dinheiro e de ouro pode levar o ser humano - rico ou pobre - a adotar atitudes
condenáveis, como a traição ou a deslealdade.

2. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados três dos aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

- a lealdade (aos amigos)/a amizade, na medida em que transforma amigos em traidores - «Faz

trédoros e falsos os amigos» (v. 18);


- a fidelidade (à pátria), na medida em que são traídos os interesses da pátria - «Este rende munidas
fortalezas» (v. 17)/«E entrega Capitães aos inimigos» (v. 20);
- a bondade/a dignidade, na medida em que transforma pessoas nobres em vis- «Este a mais nobres

faz fazer vilezas» (v. 19);


- a honra/a virtude/a castidade, na medida em que corrompe a própria pureza - «Este corrompe

- aXctedeUnamedídaern que corrompe as consclênciaseoriglnaenganoselritrigas-«Este deprava

L v«es as ciências. / Os Mzos cegando e as consciências. («. 23 e 24)/.Es.e causa os pequnos

. e. - . sao r
/ Os textos; este faz e desfaz leis» (vv. 25 e 26),
- “X-X em que a ganância P— a .dania -.Em» vezes drenos .orna os Reis»

(v. 28).

23
capitulo 1-tu^v

Exemplo de resposta
„s 17 e 28 o Poeta mostra que o «metal luzente e louro, (v. 14) exerce tal pMer
eZnX Quanto no rico, assl como no pobre» - v 6) que o leoa a agir de forma md.g„a .

desconformidade com os princípios que, à partrda, defenderia.

Por um lado, podemos apontar a fidelidade á pátria como um dos valores nâo respeitad0!
na medida em que sâo traídos os Interesses superiores da naçao, o que se constata no
«E entrega Capitães aos inimigos» (v. 20). Por outro lado, também a dignidade do ser humano é
corrompida, pois a ganância tem a capacidade de transformar pessoas nobres de carácter em
pessoas vis, como comprova o verso «Este a mais nobres faz fazer vilezas» (v. 19). Pmalmente.
observa-se que a mesma ganância promove a tirania, pondo em causa a justiça social, o que é
evidenciado em «E mil vezes tiranos torna os Reis» (v. 28).

Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

- critica ao clero, classe que, devendo estar imune ao poder do dinheiro, também se deixa corromper
- constatação de que o clero esconde a sua ganância sob uma aparência de virtude.

Exemplo de resposta

Nos versos referidos, o poeta estende a sua crítica ao clero, classe social que. em princípio, estaria

fr«'«rtl vezK outrX'™ J 3m_ 6

dem como o leva a agir com hipocrisia, escondendo ' '°Uro” °


a ganância sob uma aparência de virtude (v. 32).
Padre António Vieira
Sermão de Santo António (aos Peixes)
Proposta A

Leiaoteato, que advlrta|s muito outras tanlas


Nestas palavras, pelo que “ ™ Deus qUe comem os homens nao só o se„
cousa quantas são * ^"'^ òlebe' POrqUe 7 *
”OTo. senão declaradamente a sua pl^? den> p Que menos avultam na Republica, estes

São os mais pequenos, o^os comem de qualquer modo senão que os engolem e os
5 São os comidos. E nao so, dH q ndes que têm o mando das Cidades e das Provmdas,
devoram: auidevoran . Porque os S nos um por um, ou poucos a poucos, senão
não se contenta a sua fome de Qui devOrant plebem meam. E de que modo
que devoram e enSol"7 0S P s. não COmo os outros comeres, senão como pão. A
OS devoram e comenu Utab para a carne. há dias de
10 diferença que ha entre p diferentes meses no ano; porém o pão é
' para d°ePtodos os dias que sempre e continuadamente se come; e isto é o que padecem
o°Zueno° São o pãó quotidiano dos grandes; e assim como o pão se come com tudo,

assiHucom tudo e em tudo são comidos os miseráveis pequenos, nao tendo, nem fazendo
15 ofício em que os não carreguem, em que os nao multem, em que os nao defraudem, em
que os não comam, traguem e devorem: Qui devorant plebem meam, ut cibum panis.
Parece-vos bem isto, peixes? Representa-se-me que com o movimento das cabeças estais
todos dizendo que não, e com olhardes uns para os outros, vos estais admirando e pasmando
de que entre os homens haja tal injustiça e maldade! Pois isto mesmo é o que vós fazeis. Os
maiores comeis os pequenos; e os muito grandes não só os comem um por um, senão os
cardumes inteiros, e isto continuadamente sem diferença de tempos, não só de dia, senão
também de noite, às claras e às escuras, como também fazem os homens.

Padre António Vieira, Sermão de Santo Antonio (aos Peixes) e Sermão da Sexagésima,
edição de Margarida Vieira Mendes, Lisboa, Seara Nova, 1978, pp. 88-90

E«p«que o sentido da metáfora «são o pão quotidiano dos grandes» (linha 13), tendo em tonta o
conteúdo do excerto,

Relacione o recurso à interrogação retórica presente na linha 17 com a intenção crítica do pregador
presente nas linhas que se lhe seguem.
—----- ------EstÕEj de exames NACIONAIS

Proposta B
Leia o texto. Se necessário, consulte as notas.

Já que assim o experimentais


sejais mais Repúblicos e zelosos do h tant0 dan° vosso' imPorta 9^ daqui por diante
particular de cada um, para aue não eque este PrevaleCa contra o apetite
tão diminuídos, vos venhais a consnnv t jUe' a?sirn como hoíe vemos a muitos de vós
5 tantos perseguidores tão astutos p nr-rís 6 tOd°' Na° vos_bastam tantos inimigos de fora e
nem de noite deixam de vos oôr omquantos sao os pescadores, que nem de dia
contra vós se emalham e entralham as redV^ P°r tant0S modos? Não vedes que
torcem as linhas, contra vós se dobram e faroám t6C6m '* "T35' C°ntra VÓS 56
Não vedes qup contra vóc ->+ • m e 'arPam os anzóis, contra vos as fisgas e os arpões?
basta oois oup tenhL ta J 35 C~3naS S§° lanças e as cortiÇas armas ^nsivas? Não vos
10 vossas Dortas adentro n h° °S a*30 armados inimigos de fora, senão que também vós de
oi ia civil o ch a 37615 de Ser ma's cru®ls' perseguindo-vos com uma guerra mais
que civil e comendo-vos uns aos outros? Cesse, cesse já, irmãos peixes, e tenha fim algum
dia es a tao perniciosa discórdia; e pois vos chamei e sois irmãos, lembrai-vos das obrigações
deste nome. Não estáveis vós muito quietos, muito pacíficos e muito amigos todos, grandes
15 e pequenos, quando vos pregava S. António? Pois continuai assim, e sereis felizes.

Padre António Vieira, Sermão de Santo António (aos peixes} e Sermão da Sexagésima,
edição de Margarida Vieira Mendes, Lisboa, Seara Nova, 1978, pp. 91-92.

NOTAS
entralham (linha 7) - prendem em malha de rede; enredam.
nassas (linha 7) - sacos de rede em que se recolhe o peixe.
Repúblicos (linha 2) - dedicados à causa pública.

1. Explique o conselho do orador expresso no primeiro período do texto (tinhas 1 a 4) e relacione-o com
o sentido das interrogações retóricas presentes nas linhas 4 a 12.

da lenda de Santo António, no contexto em que ocorre (linhas 14 e 15).


2. Justifique a evocação
capitulo 1-educação literaria

Proposta C notas

Lea o texto. Se necessano, desedlfíca, quanto me lastima em muitos d,

TaZuetaíãoTXll e dom^r^man^,' ata-lhe um pedaço d “pa*

em o vendo □ peixe, arremete cego ar ele< P hMer maior ignorância e mais rematada
5 no ar/oulançado no convés, aca badejnpanQ. perd vida? Dir-me-eis que p

ceeueira que esta? Enganados por um bata,ha contra outro


mesmo fazem os homens. Nao vo-to 8 ■ rfps phuços e das espadas, e porquê? Porque
metem-se os homens pelas pon® d° dois reta|hos de pano. A vaidade entre os vícios
10 houve quem os engodou e lhes fez epgana ps homens. E que faz a vardade?
é o pescador mais astuto e que ma e dessa5 espadas dois retalhos de pano,
Põe por isca nas pontas desses P'Dues. se chama de Avis, ou vermelho, que
ou branco, que se chama Hábrto de Mata ou «rde, g
chama de Cristo e de Santiago, e os P, $ djss0 pup sucede? 0 mesmo que a
15 O qu7^oZo"ZX8u noutra ocasião ficou morto; e os mesmos retalhos de

pano tornaram outra vez ao anzol para pescar outros.

Padre António Vieira, Sermão de Santo António (aos peixes) e Sermão da Sexagésima,
edição de Margarida Vieira Mendes, Lisboa, Seara Nova, 1978, pp. 93-94.

NOTAS
chuços (linha 9) - paus armados com uma ponta de ferro.
desedifica (linha 1) - escandaliza; desmoraliza; desagrada.
engodou (linha 10) - enganou.
Hábito (linha 13)-traje usado por membros de ordens religiosas.
Malta, Avis, Cristo, Santiago (linhas 13 e 14) - ordens religiosas e militares.
piques (linha 9) - lanças terminadas em ponta aguçada.

1. Relacione o comportamento dos peixes, descrito entre as linhas 3 e 6, com as interrogações retóricas
presentes nas linhas 6 e 7.

2. Explique a crítica que é feita anc k


Pmens, mclumdo os membros do clero, a partir da linha 7.
3. Transcreva:

a) a metáfora que, entre as linhas 3 e 6, exprime a ideia de falta de lucidez;

b) uma estrutura anafórica que, entre as linhas 12 e 15, imprime ritmo ao discurso.

30
CAPÍTULO 1-educação literária

Proposta A

l. Tópicos de resposta
J u .«eMnicos seguintes, ou outros Igualmente relevantes:
Na resposta, devem ser abordados os toprcos seg
- ,„™ o pão que acompanha sempre os outros alimentos, e os socia|m
'dZZdos/o POVO/.OS pequenos», que são aümento frequente/constante para %

poderosos/«grandes»; .
-contraste entre a fragilidade do povo, explorado contmuamente, e a ganancia dos poderosos.

Exemplo de resposta
A metáfora «São o pão quotidiano dos grandes» (linha 13) associa os «pequenos», os socialmente
frágeis, ao pão. Assim, tal como o pão acompanha sempre os outros alimentos, também o povoé

aumento constante para os poderosos.

Através da metáfora, o orador sublinha, por um lado, a insaciável ganância dos poderosos e, por
outro, a vulnerabilidade dos pequenos, submetidos a uma exploração sem tréguas.

2. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

- intenção de que o auditório se consciencialize de que a exploração dos «pequenos» é condenável;


acusaçdO de que também o auditório adota um comportamento semelhante àquele que é criticado.

Exemplo de resposta

Com o recurso a interrogação retórica, o orador conduz o auditório à tomada de consciência dequea
exploração dos pequenos» por parte dos poderosos é um comportamento condenável.

comDorta condenaÇão por parte do auditório, Vieira acusa-o de ter, também ele, um
eomportamento em tudo semelhante M an,eriomente
Proposta B

1. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os aspetos

-explicação do conselho dado ao


particular, o que garantirá a união e a forca' ° "" preMlacer “hre ° Interesse
- relação entre o conselho do orador e o sentido d
quantidade/diversidade de ameaças exter c • 35 'nterrogações retóricas - pôr em evidência a
que o auditório está sujeito cacn n? • 6 'nternas (discórdia, exploração dos mais fracos) a
J u' caso nao siga o conselho.

Exemplo de resposta

No primeiro período do excerto, o orador adverte o seu auditório para a necessidade de colocar
o bem comum acima do interesse particular, de modo a melhor enfrentar as ameaças com que se
depara.

At és das interrogações retóricas, os ouvintes são alertados para a quantidade de inimigos que,
astuciosa e persistentemente, os perseguem e para os vários perigos a que se expõem (os pescadores
sempre prontos a pescá-los, as variadas artes de pesca...).

O orador sublinha, deste modo, a imprescindibilidade de, perante «tantos e tão armados inimigos de
fora» (linha 10), o auditório se unir, pondo fim às discórdias, às lutas internas e à exploração dos mais
fracos - «uma guerra mais que civil e comendo-vos uns aos outros» (linhas 11 e 12).

2. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

- demonstraçao/exemplificação da ideia do orador segundo a qual os peixes são capazes de viver em

união, em amizade e em paz;


- conclusão de que os peixes poderão novamente encontrar a felicidade, se segu.rem os conselhos

do orador.

Exemplo de resposta
A evocação da ienda de Santo Antánio comprova a Ideia — ~ »

de que es peixes podem, se ^"^J^voção, «multo quietos, multo paclhcos e mu,to

com a lenda, os peixes, ouvindo Sant de adotar um comportamOTto pacifico


amigos todos» (linha 14), tinham já demons ra „ e 15) poderâo „ovamente

e fraterno. Comprova-se, assim, que fe|i;es,, unha 15). se seguirem os conselhos


encontrar a felicidade («Pois continuai assim,

do orador.

33
CAPÍTULO 1 - EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Proposta C

1 Tópicos de resposta eo<njintes, ou outros igualmente relevantes;


. z40S os tópicos segu
Na resposta, devem ser aboroa deixam-se facilmente enganar pelo «ho^
_osPeixes(atraldosPor«umpedaçodepano»(

do mar» (linha 3), perdendo a vi , 3O compOrtamento dos peixes, na medida em

- “ceguei» eue os eoMu, * morte,


que acentuam a ideia oe m

Exemplo de resposta g pQjs deixam.se enganar pelo

O orador descreve o comportamento irnp^ pedaço de pan0» (|inha 3). Neste contexto, as
do mar», que os seduzem com nin an g fjrme a0 compOrtamento condenável dos peixes,
-C-::-^eUeo.onden3àmorte.

2. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

- os homens (à semelhança dos peixes) são criticados por se deixarem seduzir pelo vício da
vaidade / por se deixarem atrair por «dois retalhos de pano» (linha 10), o que os conduz à
morte / perdição;
-os membros das ordens religiosas e militares (de Malta, de Avis, de Cristo e de Santiago) não ficam
imunes à vaidade de ostentarem o hábito da respetiva ordem, o que acaba por os conduzir à morte.

Exemplo de resposta

. partir da linha 7, amplia a crítica, para atingir os homens, cujo comportamento é


PC“eS' DMe m°dO' “ hOmere sã° «***» ror ^ém eles não resistirem
•O pescador mL ' r"°" delxando_se liudir Pela vaidade, vício que Vieira considera
conduzi-los a X ' ** maíS MnW"te en6a™ “ e W ecada por

Intensificando a sua crítica o o d


Avis, de Cristo e de Santiago)'os mem^r0S das ordens religiosas e militares (de Malta,
não materiais, não resistem à vaidade d " ap°Sar de deverem ser movidos por valores espirituais e
conduzir, igualmente, à morte ex'birem o hábito da respetiva ordem, o que acaba poros

3. Chave de resposta

a) «arremete cego» OU «cego» OU «arremete cego a ele» (linha 5);


b) «desses piques, desses chuços e dessas espadas» (linha 12) OU «ou branco, que se chama *
de Malta, ou verde, que se chama de Avis, ou vermelho, que chama de Cristo e de SanW»’
13-14).
34
Almeida Garrett
Frei Luís de Sousa
CAPÍTULO 1- EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Proposta A
Leia o texto.

MARIA
[...] Mas então, vamos, tu não me dizes do retrato? Olha (designand
D. Sebastião) aquele do meio, bem sabes se o conhecerei; é o do meu querido °
D. Sebastião. Que majestade! que testa aquela tão austera, mesmo dum rei m 6 arnad°f«.
ainda, leal, verdadeiro, que tomou a sério o cargo de reinar, e jurou que há de Ç° & Sif1cero
5
cobrir de glória o seu reino! Ele ali está... E pensar que havia de morrer às mãosêl"anciecere
no meio de um deserto, que numa hora se havia de apagar toda a ousadia refl hh6 m°Ur°s
naqueles olhos rasgados, no apertar daquela bocal... Não pode ser, não Dodp6 3 queestá
podia consentir em tal. ' ser Deu$ nà0

10 TELMO
Que Deus te ouvisse, anjo do céu!

MARIA
Pois não há profecias que o dizem? Há, e eu creio nelas. E também creio naqueloutro que
ali está (Indica o retrato de Camões.); aquele teu amigo com quem tu andaste lá pela índia,
15 nessa terra de prodígios e bizarrias, por onde ele ia... como é? ah, sim...

Numa mão sempre a espada e noutra a pena...

Garrett, Frei Luls de Sousa, Lisboa, Comunicação, 1982, pp. 140141.

L Explicite três dos traços que caracterizam a


elementos do texto. Personagem feminina, justificando a resposta com

2. ExpliqueoqL)esi b | n-.-,.. .
-.»3raM3tla,asfÍ8UrasdettSebastj3oede[a^
questões de exames nacionais

Proposta B
Leia o texto.

CENA VI
ROMEIRO, TELMO; e MADALENA de fora, à porta do fundo

Madalena
Esposo, esposo! abri-me, por quem sois. Bem sei que aqui estais: abri.

5 Romeiro
É ela que me chama. Santo Deus! Madalena que chama por mim...

TELMO

Por vós!

Romeiro

10 Pois por quem?... não lhe ouves gritar:— «esposo, esposo»?

Madalena
Marido da minha alma, pelo nosso amor te peço, pelos doces nomes que me deste, pelas
memórias da nossa felicidade antiga, pelas saudades de tanto amor e tanta ventura, oh! não

me negues este último favor.

romeiro

Que encanto, que sedução! Como lhe hei de resistir!

MADALENA

Meu marido, meu amor, meu Manuel!

Romeiro
Ahl... E eu tão cego que já tomava para miml... Céu e Inferno! abra-se esta porta...
(Investe para o porta com ímpeto; mas para de repente.) Não: o que é dito, é dito. (Vai
20
precipitadamente à corda da sineta, toca com violência; aparece o mesmo irmão converso,
e a um sinal do romeiro ambos desaparecem pela porta da esquerda.)
Mmeida Garrett, Frei Luís de Sousa, Lisboa, Comunicação, 1982, pp 214-216.

. tado de espirito do Romeiro ao longo desta «na.


Analise a evolução do esto
1.

Explique esta exclamação proferida por Teimo, tendo em conta o seu conhecimento da obra
«Por vós!» (linha 8).
2.

39
CAPÍTULO 1- EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Proposta C
Leia o texto. Se necessário, consulte a nota.

MADALENA
Mas para onde iremos nós, de repente, a estas horas?

MANUEL
Para a única parte para onde podemos ir: a casa não é minha mas á
e tua, Mada|ena
5 MADALENA
Qual?,., a que foi?... a que pega com S. Paulo?... Jesus me valha!

JORGE
E fazem muito bem: a casa é larga e está em bom reparo, tem ainda quase
e paramentos necessários: pouco tereis que levar convosco. — E então para m° etrastes
10 nossos padres todos, que alegria! Ficamos quase debaixo dos mesmos telhadoiT-^ °S
que tendes ali tribuna para a capela da Senhora da Piedade, que é a mais devota e ■ S
de toda a igreja... Ficamos como vivendo juntos. bela

MARIA
Tomara-me eu já lá! (Levanta-se pulando.)

15 MANUEL
E são horas, vamos a isto (levantando-se).

MADALENA
(vindo para ele)
Ouve, escuta, que tenho que te dizer; por quem és, ouve: não haverá algum outro modo?

20
MANUEL
Qual, senhora, e que lhe hei de eu fazer? Lembrai vós, vede se achais.

madalena
id r«Ue*K4CaSa 'eU n^° ten^° ânimo... Olhai: eu preciso falar a sós convosco. — Frei Jorge,
■de com Mana aí para dentro; tenho que dizer a vosso irmão.

25
MARIA
oanÁk n,??3 r u 76r SG me acom°dam os meus livrinhos; (confidencialmente) e os meus
segredo! em tenho papéis: deixai que lá na outra casa vos hei de mostrar... Mas

JORGE
30 Tontinha!

Almeida Garrett, Frei Luts de Sousa, edição de Maria João Brilhante, Lisboa, Comunicação, 1982, pp. IH'123,

NOTA

**•».»- mobí„as, objetos teor3e,os.


---------------------------------------------- quest5es de exames nacionais

1. Madalena e Maria reagem dp maneira ,


8 oe maneira diferente à decisão anunciada por Manuel.
Compare as reações das duas personagens femininas e explique o modo como essas reações se
manifestam, tanto nas suas falas como no seu comportamento.

2. Jorge desempenha diferentes funções em Frei Luís de Sousa.

Explicite duas funções assumidas por esta personagem no excerto transcrito.


proposta D

Leia o texto.
madalena
(falando ao bastidor)

tempo muda tão depressa...

JORGE

Não, hoje não tem perigo.

MADALENA

10 Hoje... hoje! Pois hoje é o dia da minha vida que mais tenho receado... que ainda
temo que não acabe sem muito grande desgraça... É um dia fatal para mim: faz hoje anos
que... que casei a primeira vez; faz anos que se perdeu el-rei D. Sebastião; faz anos também
que... vi pela primeira vez a Manuel de Sousa.

JORGE

Pois contais essa entre as infelicidades de vossa vida?

MADALENA

20

25

melda Garrett, Frei Luís de Sousa, edição de Maria João Brilhante.

Lisboa, Comunicação, 1982, pp. 168-169.


1.

2.

42
Proposta A

1. Tópicos de resposta
Na resposta, devem ser abordados três dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes;

- culta - conhece personagens da política e da cultura nacionais,


- curiosa/persistente - insiste com Teimo para que este lhe revele a identidade de uma das figUras

retratadas;
-Idealista - a pâtnâ é concebida a partir das figuras de D. Sebastião e de Camões;
- mistKTM sebastianista - acredita no regresso de D. Sebastião;

-crente - evoca Deus no seu discurso;


- supersticiosa - acredita em agouros e profecias.

Exemplo de resposta

De acordo com o excerto apresentado, Maria pode ser caracterizada como uma jovem culta na
rnemda *m que conhece figuras relevantes da política e da cultura nacionais, como é o caso de
? Sebasti?■? e de Camões. Um outro traço caracterizador de Maria é a curiosidade, pois ela insiste em
co- hecer a dentidade de uma das figuras retratadas. A jovem Maria é também mística, pois acredita
no ^epesso de D. Sebastião.

2. Taptcos de resposta

rw rtsootts, devem terabordados os tóplcos pu |gua|mente

■ 2x:^xmbo,“do 8rand,os° d° passad°-

’ e5Pera"’3 de *** se erguer de novo e voltar à

- C-te o «tea, re„aKepUjta de poeta e guerreiro.

Exemplo de re$poit>

Pan Maria. D. Sebastião • Camões simbolizam


a recusa de um presente submissão EfetT n 8rSndeZa do passado de Portugal e, por conseguinte,
PO^t» MM querido e ar H , ,J() c varnente. aos olhos de Maria, D. Sebastião simboliza a
Por seu lado. Cambes representa 0 tdwô| ' °resreS!i0 havef ia de conduzir Portugal à glória perdida,
e guerreiro: «Numa mSo „ eip0(/tJ herÔ1 aventureiro, simultaneamente poeta

a 16).

44
Resoluções

proposta B

í. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tóní™


-num primeiromomento, .iiusãp,a°U—

dirige/o Romeiro considera-se ainda o esposo de Machie^0316"3’ ° R°meiro julga ela se


- num segundo momento, a revolta/a raiva/a fúria/a a 3
as palavras de Madalena são dirigidas a Manuel; margUra ’ ° Rorneiro toma consciência de que

-fioalmente, a dignldade/a compostura - o Romeiro mantém a sua decisão inicial.

Exemplo de resposta

Quando ouve Madalena, do lado de fora, proferir paiavras ternas, o Romeiro vive, por aiguns instantes,
uma ilusão que enche o seu coração de esperança. A ilusão e a esperança do Romeiro devem-se ao
facto de este julgar que as palavras de Madalena lhe são dirigidas.

No momento em que Madalena diz «meu Manuel!» (linha 18), a ilusão acaba e surge, no Romeiro, a
revolta que o leva a quase avançar para um confronto que esclareça, de vez, a situação.

Finalmente, o Romeiro recua, mantendo a sua decisão anterior - «Não: o que é dito, é dito.» (linha
21).

2. Tópicos de resposta
Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes;

-o facto de Teimo perceber que o Romeiro (movido pelo amor que tem pela esposa) entrou num
devaneio/numa ilusão/não entendeu que Madalena não se lhe dirige;
-o facto de Teimo saber que as palavras proferidas por Madalena, carregadas de sentimento, tem

como único destinatário D. Manuel de Sousa Coutinho.

Exemplo de resposta
espanto face ao equívoco em que cai o
A exclamação de Teimo - «Por vósl» (linha 8) - reflete o seu

ROmeírO' Romeiro cego pelo amor que continua a nutrir por


Na verdade. Teimo compreende aquilo que o pa|avras de Madalena nunca poderiam ter
Madalena, ainda não tinha compreendido, Manuel de Sousa Coutinho.
como destinatário D. loão de Portugal, mas apenas Menu

4S
CAPÍTULO 1 - EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Proposta C

1. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os aspetos seguintes, ou outros igualmente relevantes.

-Comparação do modo como as duas personagens femininas reagem: Madalena mostras


relutante/assustada; Maria adere à decisão de Manuel/revela entusiasmo.
- Referência a, pelo menos, uma das manifestações da reação de Madalena (tanto no que diz respeito
à linguagem como ao comportamento da personagem):
• recurso a frases interrogativas - «Qual?... a que foi?... a que pega com S. Paulo?...» (linha 6)-
• hesitações/repetição de palavras - «... a que foi?... a que pega com S. Paulo?...» (linha 6)-
• uso de uma frase exclamativa - «Jesus me valha!» (linha 6);
• recurso a verbos no modo imperativo - «Ouve, escuta», «ouve» (linha 19);
• deslocação em palco, aproximando-se de Manuel e criando um ambiente propício a uma
manifestação eficaz da sua relutância.
- Referência a, pelo menos, uma das manifestações da reação de Maria (tanto no que diz respeito à
linguagem como ao comportamento da personagem):
• uso de uma frase exclamativa - «Tomara-me eu já lá!» (linha 14);
• recurso a uma expressão que enfatiza o desejo de viver uma experiência nova - «Tomara-me eu
já lá!» (linha 14);
• ato de se levantar pulando, exteriorizando a sua euforia.

Exemplo de resposta

Madalena e Maria reagem de modo diferente à


decisão de se instalarem na casa «que pega com
S. Paulo» (linha 6)

à decisão* anurtàada 6 ° 6 3 ansiedade' manifesta a sua relutância em relação


habitara com oXirnrnda Casa onde'

interrogativas - «Qual? a " f ? J°a° 06 P°rtUgal' terror esse Aue é visível no recurso a frases
exclamativa-«jeSus me valhlL pinha 6^ P^ ^Ul°?",>> (linha 6) “ e n0 uso de umafr3Se

Pelo contrário, Maria ao levantar


entusiasmo pueril e o seu espírito de avent^ 6 deSe'*ar C|Ue ta* mLJdança aconteça, mostra o seu
Resoluções

2. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os aspetos segui„tes ou

- apazigua os receios de Madalena/tenta concil °U,r°S ‘eualrne"te "^«"tes:


- é confidente de Maria, manifestando ter« 'L” MSiÇfe de Ma™le de Madalena-
ma relaçao afetuosa com a sobrinha.
Exemplo de resposta

Neste excerto, perante o clima de tensão provocado peia decisão ,, M ,


os terrores de Madalena, mostrando-se feliz com a w . . de lorge tenta apatiguar
fica paredes meias com o convento e destacando as Xm ”” ““

Jorge revela também ser confidente da sobrinha, quando esta, pedindo-lhe segrede, ,h. conta
que tem escritos pessoa.s que lhe há de mostrar «lá na outra casa, (linha 27). Ao asa, a expressão
«Tontinha!» (linha 30), Jorge exprime a relação de afeto e de cumplicidade que os une.

47
CAPITULO 1 - EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Proposta D

1. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevante-

- a preocupação de Madalena relativamente à instabilidade do tempo (alterações at


poderão dificultar o regresso da família a casa, apesar de, até ao momento o hí ' Cast,Ue
indicia, simbolicamente, o receio de que também a sua vida (até então feliz) possa muda scrpn ° i
* u aia estar
- a afirmação revela a intuição de uma desgraça iminente (possibilidade de n ins
regressar) que viria pôr fim à harmonia familiar. Joao de Portupai
'

Exemplo de resposta

A afirmação proferida por Madalena refere-se à instabilidade do tempo que pode mudar muito
depressa, apesar de estar um dia bonito e sem vento, evidenciando a sua preocupação em relação ã
alteração das condições atmosféricas que poderão dificultar o regresso da sua família a casa.

Desse modo, a afirmação pode ser entendida, simbolicamente, como um indício trágico, representativo
da instabilidade da própria vida (até ao momento, serena e feliz) e de uma desgraça iminente que
a personagem intui e teme - a possibilidade de D. João de Portugal regressar - e que viria pôr fim a
felicidade e à harmonia familiares, tal como, num dia solarengo, o aparecimento de uma tempestade
no mar.

2' Tópicos de resposta

**seeuin,es- °u •*“ ~

estava vivo (tendo, por isso, pecado em d° ManUel assim Que o viu, ainda o primeiro marido
a atormenta desde o início da peça P Samento*' dern como ansiedade perante a dúvida que
Seu «pecado»); ' c’ue & João esteja vivo (e que Deus a castigue pelo
- a repetição da pa|avra «hoje>)
fatídico aquele dia/reforça o pressentimento^ °bSeSS'V° de Madalena, que atribui um carácter
uma desgraça iminente (por ação do destino).
Exemplo de resposta

Na sua última feia, nofnofnento


madd Um Sentíment0 de cu,Pa por se ter a^^A 9 J°rg<? ° Seu “crime>> <linha 18)' Madalena

ansi dad Por Pecado em ManUel assim 0 ainda o primeiro


Xe~ ’ 8 nJd ”:"5amen,a 4 ta.den, a sva

CaS '8Ue pel°seu «Pecado» 6 ° ln'cl° da peí'>. ou seja, que 0. João esteja vivo
a repetição d0 adv,rbjo
3 o™ Zr™ ’***» * m 1- atntui
8 “«"Pínente por ação do destino.

48
Cesário Verde
Cânticos do Realismo (O Livro de Cesário Verde)
CAPÍTULO 1 - EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Proposta A
Leia as cinco estrofes iniciais do poema «O Sentimento dum Ocidental», de Cesário Verd

Nas nossas ruas, ao anoitecer,


Há tal soturnidade, há tal melancolia,
Que as sombras, o bulício, o Tejo, a maresia
Despertam-me um desejo absurdo de sofrer.

5 0 céu parece baixo e de neblina,


O gás extravasado enjoa-me, perturba;
E os edifícios, com as chaminés, e a turba
Toldam-se duma cor monótona e londrina.

Batem os carros de aluguer, ao fundo,


10 Levando à via-férrea os que se vão. Felizes!
Ocorrem-me em revista exposições, países:
Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo, o mundo!

Semelham-se a gaiolas, com viveiros,


As edificações somente emadeiradas:
15 Como morcegos, ao cair das badaladas,
Saltam de viga em viga os mestres carpinteiros.

Voltam os calafates, aos magotes,


De jaquetão ao ombro, enfarruscados, secos;
Embrenho-me, a cismar, por boqueirões, por becos,
20 Ou erro pelos cais a que se atracam botes.

Cesário Verde, Obra Completa de Cesário Verde, edição de Joel Serrão, Lisboa, Uvros Horizonte. 1988. p 151

Caracterize o estado de espírito do sujeito poético e relacione-o com os efeitos que a cidade nele
provoca.

entifique duas características temáticas da poesia de Cesário Verde, fundamentando a sua resposta
com elementos textuais pertinentes.
Resoluções

Proposta A

1. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tópicos se •


- o desconforto sentido pelo sujeito oé g °Utr°S ,êUalrnente relevantes‘
a cidade; POet'“' ““"'uado pela tristea / melancolia qlre caracterizam

- os efeitos que a cidade provoca n0 su)eit0 poétko


• o comprazimento na própria dor - «i.™ h ■ L
p pnaaor «um desejo absurdo de sofrer» (v 4V
. a sensaçao de tontura. «o gás extravasado enjoaML

. o desep de evasao - «Batem os carros de aluguer. ao fundo. / levando i via-férrea os que se vâo.
Felizes!» (vv. 9-10);
• a tendência para a deambulação solitária e para a reflexão - «Embrenho-me, a cismar, por
boqueirões, por becos, / Ou erro pelos cais a que se atracam botes.» (vv. 19-20).

Exemplo de resposta

A cidade tem um efeito negativo sobre o sujeito poético, pois o contacto direto com esse espaço, que
é por si observado, conduz à manifestação de comprazimento na própria dor - «um desejo absurdo
de sofrer» (v. 4) - e ao desagrado perante o cheiro de «gás extravasado» (v. 6) que lhe provoca uma
espécie de tontura. Além disso, é evidente o desejo de evasão, dado que a observação dos que partem
«Felizes» (v 10) o leva a pensar em outras cidades do mundo: «Madrid, Paris, Berlim, S. Petersburgo,
o m ndo » (v 12). Finalmente, a solidão e a reflexão surgem associadas ao ato de deambular
Uno - «EmPrenho-me. a dsmar, por Po^es. P»- / - - pe,o «.

(w. 19-20) - que, no seu íntimo, rejeita.

2. Tópicos de resposta iDlialmente relevantes:


Na resposta. “^“dm3 de uTcÕX“social, quando se refere aos operdnos

- a atenção aos trabalhadores,


(carpinteiros e calafates); QUOtwiano; e d05
-a observação Impress»das edificações em
-a transfiguração do real, pre
carpinteiros com morcegos.

„ . Cesàrio Verde, nomeadamente a


Exemplo de resposta „racterlsticas da poesia d manifesta simpatia,

reveladora de uma Q as e os carpi„teiros com


edificações de madeira com 8a!

poesia de Cesário.
Fernando Pessoa
Proposta A
Leia o poema,

Às vezes, em sonho triste.


Nos meus desejos existe
Longinquamente um país
Onde ser feliz consiste
5 Apenas em ser feliz.

Vive-se como se nasce


Sem o querer nem saber.
Nessa ilusão de viver
0 tempo morre e renasce
10 Sem que o sintamos correr.

O sentir e o desejar
São banidos dessa terra.
O amor não é amor
Nesse país por onde erra
15 Meu longínquo divagar.

Nem se sonha nem se vive:


É uma infância sem fim.
Parece que se revive

k
Tão suave é viver assim
20 Nesse impossível jardim.

Fernando Pessoa, Novas Poesias Inéditas.


6-- ed., Lisboa, Editorial Nova Ática, 2006, pp. 15-16.

No poema, o sujeito poético far referência a um.


erenc a 3 um lugar imaginado.
Fundamente esta afirmação, ilustrando a resposta ro ,
P sta com elementos textuais pertinentes.
Explicite o modo como é vivida a n=

3. «el-neo verso «É uma i„Sncia!emfini


ll7> como sentido global do poema.
Proposta B
Leia o poema.

Vizinha, se não morreu,


Que aquele piano seu
10 Volte de novo a maçar!
Sem ele penso e sou eu,
Com ele esqueço a sonhar...

Má música? Sim, mas há


Até na música má
15 Um sentimento de alguém.
Não sei quem o sente ou dá,
Não sei quem o dá ou tem.

Não deixe de me maçar


Com o contínuo tocar
20 Do seu piano frequente.
Ah, torne-me a arreliar
E mace-me eternamente!

A quem é só, tudo é mais


Que o que está naquilo que é.

25 Notas falsas, desiguais —


Não se importe: a minha fé,
Meu sonho, vão a reboque

Do piano, do não sei quê...


Toque mal; mas toque, toque!
30

1.

2.

3.
Poemas de Mensagem
Proposta A

Leia o poema.

AS ILHAS AFORTUNADAS

Que voz vem no som das ondas


Que não é a voz do mar?
É a voz de alguém que nos fala,
Mas que, se escutamos, cala,
5 Por ter havido escutar.

E só se, meio dormindo,


Sem saber de ouvir ouvimos,
Que ela nos diz a esperança
A que, como uma criança
10 Dormente, a dormir sorrimos.

São ilhas afortunadas,


São terras sem ter lugar,
Onde 0 Rei mora esperando.
Mas, se vamos despertando,
15 Cala a voz, e há só o mar.

Fernando Pessoa. Mensagem. Lisboa, Assírio & Alvi m, 1997, p 75

Refim a condição necessária á manifestação da vot e transcreva elementos do texto que jusuf^eo

a sua resposta.

Explique 0 sentido dos dois últimos versos do poema.

Explique de que modo o conteúdo da última estrofe convoca o mito sebastianista.


^estOesDEExamesnac|onais

Proposta B

Leia o poema.

Screvo meu livro à beira-mágoa.

Tenho°raÇaO tem que ter


lótuAquentes de água.
°tu' Penhor, me dás viver.

5 Só te sentir e te pensar
Meus dias vácuos enche e doura.
Mas quando quererás voltar?
Quando é o Rei? Quando é a Hora?

Quando virás a ser o Cristo


10 De a quem morreu o falso Deus,
E a despertar do mal que existo
A Nova Terra e os Novos Céus?

Quando virás, ó Encoberto,


Sonho das eras português,
15 Tornar-me mais que o sopro incerto
De um grande anseio que Deus fez?

Ah, quando quererás, voltando,


Fazer minha esperança amor?
K. Da névoa e da saudade quando?
Quando, meu Sonho e meu Senhor?
20

em Fernando Pessoa, Mensagem, edição de Fernando Cabral Martins,


Lisboa, Assírio & Alvim, 1997, pp 81-82.

Caracterize o estado de alma do suieito poético, expresso nos seis primeiros versos,
1.

2.

3.
um profeta.
. discurso lírico de Mensopem presentes no poema e transcreva um
4. Identifique duas características do
exemplo significativo para cada uma dei

59
Proposta A
Leia o poema XXXVI de «O Guardador de Rebanhos». Se necessáno. consulte a nota

E há poetas que são artistas


E trabalham nos seus versos
Como um carpinteiro nas tábuas!...

Que triste não saber florir!


5 Ter que pôr verso sobre verso, como quem construi um muro
E ver se está bem, e tirar se não está!...

Quando a única casa artística é a Terra toda


Que varia e está sempre boa e é sempre a mesma.

Penso nisto, não como quem pensa, mas como quem não pensa
10 E olho para as flores e sorrio...
Não sei se elas me compreendem
Nem se eu as compreendo a elas,
Mas sei que a verdade está nelas e em mim
E na nossa comum divindade
15 De nos deixarmos ir e viver pela Terra
E levar ao colo pelas Estações contentes
E deixar que o vento cante para adormecermos,
E não termos sonhos no nosso sono.

Alberto Caeiro, Poesia, edição de Fernando Cabral Martins e Richard Z-r. r


3.» ed., Usboa. Assírio & Alvim, 2009. p 72
NOTA
construi (verso 5) - o mesmo que constrói.

1. Nas três primeiras estrofes, são abordados dois processos de criação poética.

xzp~nos versoi 3

2. Interprete o verso «Penso nisto, não como


à especificidade da poesia de Alberto Caeiro C°m° qU6m nâ° penS3>> <V'9> atendenú°

3. Explique o modo como as sensações e a comunh'


do poema. Fundamente a sua resnn^ . ■ COfn 3 natureza são valorizadas na quarta estrofe
esposta com elementos textuais pertinentes.

60
Nacionais
Proposta B
Leia o poema XLVl||de<<0G
Guardad°rdeRebanhos>>

Com um lenço?'3 minha casa

Aos meus versosT^ d'8° adeus


rsosPuepartemparaahumanjdade

E não estou alegre nem triste


5 ^se e o destino dos versos

Porm?1’0- 6 deV° mOStrá*los a todos


Com na° POSSO fazer o contrário
Como a flor não pode esconder a cor,
Nem o rio esconder que corre,
10 Nem a árvore esconder que dá fruto.

Ei-los que vão já longe como que na diligência


t eu sem querer sinto pena
Como uma dor no corpo.

Quem sabe quem os lerá?


15 Quem sabe a que mãos irão?

Flor, colheu-me o meu destino para os olhos.


Árvore, arrancaram-me os frutos para as bocas.

Rio, o destino da minha água era não ficar em mim.


Submeto-me e sinto-me quase alegre,
20 Quase alegre como quem se cansa de estar triste.

Ide, ide de mim!


Passa a árvore e fica dispersa pela Natureza.
Murcha a flor e o seu pó dura sempre.
Corre o rio e entra no mar e a sua água é sempre a que foi sua.

Passo e fico, como o Universo.


25
Alberto Caeiro, Poesia. edição de Fernando Cabral Martins e Richard Zenith.
3.í ed., Lisboa, Assino & Alvím, 2.009, pp. 85-86.

, - d„ estado de espirito do sujeito poético, tendo em conta o sentido dos versos 4,


Explicite a evolução do estado de e p
1.
12-13 e 19-20.
- . , elementos da natureza na segunda estrofe cem a conceção de poesia

Relacione a referencia
2.
presente neste poema.
dída o último verso sintética o conteúdo da penúltima estrofe.

Expiioue em que me
3.

Refira duas características form- d texWats.

4. Exemplifique essas caracter.st.cas co


61
CAPÍTULO 1 - EOUCAÇÃO LITERÁRIA

Álvaro de Campos
Proposta A

Leia o poema seguinte.

TRAPO

O dia deu em chuvoso.


A manhã, contudo, esteve bastante azul.
O dia deu em chuvoso.
Desde manhã eu estava um pouco triste.
5 Antecipação? tristeza? coisa nenhuma?
Não sei: já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso.

Bem sei: a penumbra da chuva é elegante.


Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.
10 Bem sei: ser suscetível às mudanças de luz não é elegante.
Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?
Deem-me o céu azul e o sol visível.
Névoa, chuvas, escuros - isso tenho eu em mim.
Hoje quero só sossego.
15 Até amaria o lar, desde que o não tivesse.
Chego a ter sono de vontade de ter sossego.
Não exageremos!
Tenho efetivamente sono, sem explicação.
O dia deu em chuvoso.

20 Carinhos? afetos? São memórias...


É preciso ser-se criança para os ter...

Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!


O dia deu em chuvoso.

Boca bonita da filha do caseiro,


25 Polpa de fruta de um coração por comer...
Quando foi isso? Não sei...
No azul da manhã...
O dia deu em chuvoso.

Álvaro de Campos, Poesia, edição de Teresa Rita Lopes, Lisboa, Assino i Alvim. 2002
—----------- ------------ QUESTCKs DE exames NACIONAIS

1. Relacione o estado de
sujeito poético com as condições meteorológicas referidas na
primeira estrofe.

2. Interprete o sentido dos versos 8 a 13.

3. Explique a importância da referência às memórias da infância nos versos 20 a 27.

4. Indique quatro dos processos que contribuem para marcar o ritmo do poema, fundamentando a
resposta com elementos do texto.
CAPÍTULO 1-EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Ricardo Reis
Proposta A
Leia o poema. Se necessário, consulte as notas.

Só o ter flores pela vista fora


Nas áleas largas dos jardins exatos
Basta para podermos
Achar a vida leve.

5 De todo o esforço seguremos quedas


As mãos, brincando, pra que nos não tome
Do pulso, e nos arraste.
E vivamos assim,

Buscando o mínimo de dor ou gozo,


10 Bebendo a goles os instantes frescos,
Translúcidos como água
Em taças detalhadas,

Da vida pálida levando apenas


As rosas breves, os sorrisos vagos,
15 E as rápidas carícias
Dos instantes volúveis.

Pouco tão pouco pesará nos braços


Com que, exilados das supernas luzes,
Scolhermos do que fomos
0 O melhor pra lembrar

Quando, acabados pelas Parcas, formos,


Vultos solenes de repente antigos,
E cada vez mais sombras,
Ao encontro fatal

25 Do barco escuro no soturno rio,


E os nove abraços do horror estígio,
E o regaço insaciável
Da pátria de Plutão.

Assírio . Alvim, 2000. w «7


NOTAS
áleas (verso 2) - caminhos ladeados de árvores ou arbustos
estígio (verso 26) - relativo ao Estige, rio dos Infernos na •
Parcas (verso 21) - três divindades da mitologia romana aue r
outra ao casamento e a terceira à morte presentam 0 destino: ™a preside ao nascimento,
Plutão (verso 28) - deus dos Infernos, na mitologia romana*
quedas (verso 5) - quietas; imóveis.
Scolhermos (verso 19) - escolhermos.
supernas (verso 18)- supremas; superiores.

64
------ *MI > NACIONAIS

1. txphc >te Vtraços da filosofia de vida exposta nas quatro primeiras estrofes. Funda

com transcrições pertinentes.

2. = inteira pessoa doplura,


30 '°ngo do poema.
3. De acordo com o conteúdo das três
perspetiva a morte. U Urnas estrof«, exp«qüe o modo conw Q sujeho poético

Proposta B
Leia o poema.

Prefiro rosas, meu amor, à pátria,


E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.

Logo que a vida me não canse, deixo


5 Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo.

Que importa àquele a quem já nada importa


Que um perca e outro vença,
Se a aurora raia sempre,

10 Se cada ano com a primavera


Aparecem as folhas
E com o outono cessam?

E o resto, as outras coisas que os humanos


Acrescentam à vida,
Que me aumentam na alma?

Nada, salvo o desejo de indifrença


E a confiança mole
Na hora fugitiva.
Ricardo Reis, Poesia, edição de Manuela Parreira da Silva,
Lisboa, Assírio & Alvím, 2000 p. 64.

Compare a atitude do sujeito poético com a dos outros «humanos» (verso 13), tendo em conta a
oposição simbólica entre«rosas»e«magnólias»,porumlado,e«pátria»,*glória»e«virtude»,poroutro

1.

lado (versos 1 a 3). . nctmfp à luz da filosofia de vida de Ricardo Reis.

Interprete o sentido da segunda estrofe, a M O modo como o


. . Jnc versos 7 a 18, d°'s 3SPetos que evidenc'em
2.
Explicite, com base no conteit o 65
3. sujeito poético perceciona a pa □ g
Poesia do ortónimo

Proposta A

1. Tópicos de resposta

Exemplo de resposta
O poema refere um «país» imaginado - «em sonho triste» (v. 1); «Nos meus desejos existe» (y. 2) ~
vago e impreciso, dado que só existe em sonhos — «longinquamente» (v. 3), «Nesse país por onde

erra / Meu longínquo divagar.» (w. 14-15).

A imagem final que é dada desse país — um «impossível jardim» (v. 20) — acentua o seu carácter irreal.

2. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tóp

- tempo experienciado de forma espontânea ou inconsciente - «Vive-se como se nasce / Sem o


querer nem saber» (vv. 6-7);
- tempo marcado pela renovação cíclica da vida - «O tempo morre e renasce / Sem que o sintamos
correr.» (vv. 9-10).

Exemplo de resposta

De acordo com a segunda estrofe, a experiência da passagem do tempo é marcada pela espontaneidade
ou inconsciência — «Vive-se como se nasce / Sem o querer nem saber» (vv. 6-7) - e pela renovação
cíclica da vida - «O tempo morre e renasce / Sem que o sintamos correr.» (w. 9-10).

Deste modo, tratando-se de um tempo circular, não-linear, não há consciência da sua passagem.
resoluções

Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tóplcos s


- referência ao sentido do verso 17 C°S Se8U'nteS' °U outros i§ualmente relevantes:
no «sonho»; rSO 17 enc1u^to representação metafórica da feiicidade experienciada

- estabelecimento de relação com


• a anulação do «sentir» ív 11^ e’ementos que- ao 'ongo do poema, caracterizam o «ser feliz»
• a ausência de sofrimento' À “7"

• a não consciência da passarem dT '


n rarArtn- - • , B tempo - «Sem que o sintamos correr.» (v. 10);
. o caracter onírico dessa felicidade.

Exemplo de resposta

O verso «É uma infância sem fim.» (v. 17) constitui uma representação metafórica da felicidade

experienciada pelo sujeito poético no «sonho».

O verso relaciona-se, assim, com os diversos elementos que, ao longo do poema, caracterizam o «ser
feliz» (v. 5), nomeadamente a anulação do «sentir» (v. 11), do «desejar» (v. 11) e do «amor» (v. 13),
a ausência de sofrimento - «Tão suave é viver assim» (v. 19) - e a não consciência da passagem do

tempo - «Sem que 0 sintamos correr.» (v. 10).


Desse modo, a imagem de uma infância que se perpetua não só sintetiza o que é «ser feliz» como
acentua 0 carácter onírico e inalcançável dessa felicidade que só é possível nesse «país» por onde 0

pensamento do sujeito poético divaga em «sonho triste».

Sem o

Proposta B
itamos

1. Tópicos de resposta .eEuintes. ou outras Igualmente relevantes.


reshO5í3'deV6m Ser^°^a^°Sd°eSdgsag,ado/incórnodoface ao som^contmuo^do^pianor^egunda

a^odedesaBra^^^aaco^sunte™rreto«*7l'era'amW<IO'5ÍM'dePreSenÇa

n- ente contraditório, visto


Exemplo de resposta 0 d0 pia„o é. mar eontinuamente no

andar 7 do de ouvir o dad° „mP3nbia.


por ter deixado conseguinte. uma
presença humana e. por c
CAPÍTULO 1-EDUCAÇÃO LITERÁRIA

2 Tópicos de resposta
Na resposta, devem ser abordados os aspetos seguintes, ou outros iguaimente relevantes:

- verso 11 - a ausência do som do p.ano conduz o sujeito poético ao pensamento e á consciência,haç3o

- verso' uTpresença do som do p.ano conduz ao esquecimento de si, ao devaneio/sonho.

Exemplo de resposta
Com □ verso «Sem ele penso e sou eu» (v. Hl, o sujeito poético revela a dolorosa tomada de
consciência de sl mesmo, acentuada pela ausência do som do piano, o que agudos o seu sofrimento

e a sua solidão.
Por seu lado, o verso «Com ele esqueço a sonhar» (v. 12) traduz o desejo de o sujeito poético
ouvir o som do piano, que o conduz ao devaneio, ao «esquecimento de si» e, por conseguinte, ao

apaziguamento da dor.
Deste modo, os versos 11 e 12 evidenciam a oposição pensar/sentir (ou a oposição pensar/sonhar),

característica temática da poesia de Pessoa ortónimo.

Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordadas três das marcas linguísticas seguintes, ou outras igualmente
relevantes, cada uma delas devidamente fundamentada com uma transcrição pertinente:

-o vocativo (usado para interpelar a interlocutora) - «Vizinha» (v. 8);

-os determinantes e pronomes pessoais (em expressões que remetem para uma relação

«eu-você») - por exemplo, «aquele piano seu» (v. 9); «Não deixe de me maçar» (v. 18);

-o presente do conjuntivo com valor de imperativo (nos pedidos dirigidos à interlocutora) - por

exemplo, «Volte de novo a maçar!» (v. 10);

- a interrogação (que configura uma réplica a uma fala que se subentende) - «Má música?» (v. 13);

-o advérbio de afirmação (como resposta ã interrogação) - «Sim» (v. 13).

Exemplo de resposta

A partir da terceira estrofe, o sujeito poético parece dialogar com a vizinha. Esse diálogo é sugerido

pelo uso do vocativo - «Vizinha» (v. 8) - e do presente do conjuntivo com valor de imperativo para

exprimir um pedido: «Não deixe de me maçar» (v. 18). Também a frase interrogativa «Má música’»

(V. 13) dá a entender que o sujeito poético estará a responder a uma observação da vizinha sobre a

qualidade da música ouvida.


RESOLUÇÕES

Poemas de Mensagem
proposta A

I 1# Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tónimc .


opicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:
- a necessidade de um estado de semiconsciência por parte de quem ouve:

o facto de a escuta ter de acontecer de forma involuntária.

Exemplo de resposta

Para que a voz se manifeste, é necessário que quem ouve se encontre semiacordado, ou num estado
de semiconsciência, sem procurar escutar essa voz - «Mas que, se escutamos, cala, / Por ter havido

Tópicos de
escutar» (vv.resposta
4-5); «E só se, meio dormindo, / Sem saber de ouvir ouvimos,» (vv. 6-7); «Mas, se vamos
2.
Na resposta, devem
despertando, / Cala aser
voz, e há só o mar.»
abordados (w. 14-15).
os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes.

- no estado de semiconsciência, a voz do mar transporta «ca reduzido à sua


- no estado de consciência («despertando.), a esperança e destrmda e ma

realidade objetiva.

Exemplo de resposta poema. 5esundo a qual é


CAPÍTULO 1 -EDUCAÇAO literária

Álvaro de Campos
Proposta A
Leia o poema seguinte.

TRAPO

0 dia deu em chuvoso.


A manhã, contudo, esteve bastante azul.
O dia deu em chuvoso.
Desde manhã eu estava um pouco triste.
5 Antecipação? tristeza? coisa nenhuma?
Não sei: já ao acordar estava triste.
O dia deu em chuvoso.

Bem sei: a penumbra da chuva é elegante.


Bem sei: o sol oprime, por ser tão ordinário, um elegante.
10 Bem sei: ser suscetível às mudanças de luz não é elegante.
Mas quem disse ao sol ou aos outros que eu quero ser elegante?
Deem-me o céu azul e o sol visível.
Névoa, chuvas, escuros - isso tenho eu em mim.
Hoje quero só sossego.
15 Até amaria o lar, desde que o não tivesse.
Chego a ter sono de vontade de ter sossego.
Não exageremos!
Tenho efetivamente sono, sem explicação.
O dia deu em chuvoso.

20 Carinhos? afetos? São memórias...


E preciso ser-se criança para os ter...
Minha madrugada perdida, meu céu azul verdadeiro!
O dia deu em chuvoso.

Boca bonita da filha do caseiro,


25 Polpa de fruta de um coração por comer
Quando foi isso? Não sei...
No azul da manhã...

O dia deu em chuvoso.

Álvaro de Campos, Poesia, edição de Teresa Rita Lopes, Lisboa Assírio & Alvim -
Topícos de resposta
, téoicos seguintes, ou outros iguairr^me
Na resposta, devem ser abordados
rfn Re; D Sebastião, o qual resgatara a gtór.a de Ptxtuga
a esperança no regres, ftte/,maten5i onde o Re« se encontra, a q.e :e a -
-a existência de um espaço rr. tef ,
sonho/da crença - «Sao ilhas afortunadas >au
r»rto Dara agúr - «Onde o *et mora espe^an^c ,
- o facto de o Rei aguardar o momento

Exemplo de resposta
Na última estrofe do poema, o mito sebastianista ê convocado de forma recorrer-«
presente, nomeadamente, na esperança de que o Rei D. Sebastião regresse e, consec .
possibilidade de ele resgatar a gloria de Portugai

O sebastianismo está ainda associado á existência de um espaço mítico e. por consegu me -


onde o Rei se encontra - «São ilhas afortunadas, / São terras sem ter iugar. - (vv 11-12) - a;..
o momento certo de agir— «Onde o Rei mora esperando.» (v. 13L
KESOLUçOes

proposta B

1. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tóm.


Hnr/máena/trist / SeeU'ntes’ ou outros 'gualmente relevantes:
- a desilusão/frustração sentida re7ati«e à^d^Íe^-

- a esperança na vinda do «Senhor» a oi


°r ' a qual preenche o seu vazio interior.

Exemplo de resposta

Nos seis primeiros versos do poema, o sujeito poético exprime um estado de tristeza e de dor - «à
beira-magoa» (v. 1); «Tenho meus olhos quentes de água.» (v. 3) - por se sentir desiludido com

a pátria no momento em que escreve a sua obra, ideia sugerida pelo verso «Screvo meu livro à
beira-mágoa» (v. 1). A palavra «beira-mágoa» remete para o país situado à beira-mar, que alcançou
outrora grandes feitos, mas cujo passado épico contrasta com o presente causador de mágoa e de

desalento.

Desse modo, a esperança na vinda do «Senhor», D. Sebastião, que o sujeito poético pressente e em
quem pensa, é o seu único alento («Só tu. Senhor, me dás viver.» - v. 4), preenchendo («enche e
doura» - v. 6) o vazio que sente no seu interior («Meu coração não tem que ter.» - v. 2).

2. Tópicos de resposta
Na resposta, devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualmente jantes:

....”■ • ■

Novos Céus» - w. 11 e 12).

Exemplo de resposta interrogativas, introduzidas pelo


A partir do sétimo verso do poema, "ue P-a —e^

adverblo..QUando»,—

bretudo

momento em que tal regresso ocorrera.

n
CAPÍTULO 1 HMJCAçAO 1111 PÁRIA

3. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualment*
relevaote^-
anuncia a vinda do «Encoberto# (D. Sebastião)/a construção do Quinto Império
deseja a realização do «Sonho das eras porlugués» (v. 14);
espera cumprir o «grande anseio que Deus fez» (v. 16);
é o porta voz de um desejo/sonho coletivo.

Exemplo de resposta

Neste poema, o sujeito poético assume-se como um profeta, alguém predestinado


Para cumprir 0
«grande anseio que Deus fez» (v. 16), isto é, alguém que se sente escolhido por Deus
para anunciar Q
regresso do «Encoberto», que libertará a pátria da «névoa e da saudade» (v. 19)

O sujeito poético pode também ser considerado um profeta, na medida em que, ao mamfp -
esperança na construção do Quinto Império (w. 17-18), possível através da vinda danuoio
, «uueie qup p, ■
«Sonho das eras português» (v. 14), conjuga o seu desejo pessoal com um sonho coletivo o d/-
de toda uma nação. J v Sllno

. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes.

- recurso à primeira pessoa do singular em formas verbais, como «Screvo» (v. 1) ou «Tenho» (v 3i'
em determinantes possessivos, como «meu» (vv. 1 e 2)/em pronomes pessoais, como «me» (v4)-
expressão da subjetividade/do mundo interior/dos sentimentos do sujeito poético, patente, por
exemplo, no verso «Meu coração não tem que ter.» (v. 2);
-visão subjetiva do destino nacional, evidenciada, por exemplo, nos versos «Quando virás o
Encoberto, / Sonho das eras português, / Tornar-me mais que o sopro incerto / De um grande
anseio que Deus fez?» (vv. 13-16);
- recurso à interjeição para expressar ansiedade ou desejo em «Ah, quando quererás, voltando. /
Fazer minha esperança amor?» (vv. 17-18),

Exemplo de resposta

O poema apresenta diversas características do discurso lírico de Mensagem, nomeadamente o


recurso à primeira pessoa do singular, patente no uso de formas verbais como «Tenho» (v. 2) e de
determinantes e pronomes possessivos como «meu» (v. 1) e «me» (v. 4). Verifica-se, também, a
expressão da subjetividade do «eu», na medida em que o sujeito poético revela os seus sentimentos
como, por exemplo, no verso «Srevo meu livro à beira-mágoa» (v. 1).
Proposta A

1. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os


aspetos seeuíntnc
- Processo de criação poética dos ' “ °“'™ *“*"•«•
o
. trabalho minucioso/rlgoroso/artesa-n^ a,"s,i,s-1’:
o
. poesia pensada/consciente; melhança do trabalho do carpinteiro e do pedreiro;

- Processo de criação poética dos poeta,


. ato involuntárlo/espontâneo; * <<florir>> (v'4):
a
• em harmonia com a própria natnrc • .
natureta, «un.ca casa °
)
Exemplo de resposta

No poema, são apresentados dois processos distinta ~


P ucessos distintos de criaçao poética. De acordo com □ orimeiro
processo - o dos «poetas que são artistas» ív n , v com o primeira
( I , a poesia corresponde a um trabalho minucioso,
ngoroso e artesanal. Neste contexto, as comparações com o carpinteiro (v. 3) e com o pedreiro-

«como quem construi um muro» (v. 5) - enfatizam o trabalho formal e, por conseguinte, consciente
do poeta. O segundo processo - defendido pelo sujeito poético - é o que se deduz do verso 4, em
que o «eu» manifesta a sua tristeza e estranheza por haver poetas que não são capazes de «florir»,
ou seja, de fazer da criação poética um ato involuntário, espontâneo e tão natural quanto o ato de

«florir».

Deste modo, o primeiro processo, o de uma poesia pensada, opõe-se à ideia de uma poesia espontânea
e simples, dado que está em contradição com a própria natureza que, na sua diversidade e harmonia,

constitui o modelo da verdadeira arte.

2. Tópicos de resposta
Na resposta, devem ser abordados os aspetos seguintes, ou outros Igualmente relevantes:

- existência de uma contradição entre aqulio que o sujeito poético .«rma («não como quem pensa,

mas como quem não pensa») e o que ele faz («Penso n.sto.1,

- recusa do pensamento puro e valorização das sensações.

Exemplo de resposta (v 9)> 0 sujeito poético


No verso «Penso nisto, não como quem pen«. recusando. por 1B„,„pensamento
exprime a Ideia de que o pensamento e algo - p^ que combate, ,

puro, na medida em que se afasta das sensações

intelectualização. 0 que o «eu» poético afirma (pe


Assim, verifica-se a existência de uma contradiga

se não pensasse) e o que faz (pensa


73
3. Tópicos de resposta
abordados os aspetos seguintes, ou outros igualmente re|evantes
Na resposta, devem ser rtr.rn<- tpxtuais.
devidamente fundamentados com e em

-Valorização das sen“Ç*“. Ios sentidos (w. 10 e 17);


. privilégio da realidade captada pe
. negação/recusa do pensamento (vv. 11 UI,
-Valorização da comunhão com a natureza:
. 0 Ju» é um elemento da natureza tal como as flores, partilhando com elas uma «cornum

divindade» (v. 14);


. a «Terra» éa mãe natureza, acolhedora e protetora (vv. 15 17).

Exemplo de resposta
Na quarta estrofe do poema, a valorização das sensações é evidenciada pelo facto de o sujeito poético
privilegiar a realidade captada pelos sentidos, concretamente a visão e a audição, como se comprova
nos versos «E olho para as flores e sorrio...» (v. 10) e «E deixar que o vento cante para adormecermos»
(v. 17). Nega-se, assim, a necessidade de compreender algo mais além daquilo a que se acede através
das sensações, atitude evidenciada nos versos «Não sei se elas me compreendem / Nem se eu as

compreendo a elas» (vv. 11-12).

A comunhão com a natureza decorre, por um lado, do facto de o «eu» considerar que é um elemento
da natureza tal como as flores, partilhando com elas uma «comum divindade» (v. 14) que permite
aceder à «verdade» (v. 13) e, por outro lado, do facto de «a Terra» ser caracterizada como a mãe
natureza, acolhedora e protetora. Por esta razão, o homem entrega-se à natureza, numa atitude de
desprendimento e de aceitação, sem qualquer mediação reflexiva (vv. 15-17).

74
1, Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abobados os

- (primeiro.) aceltação com nat - ov.co,,8ua,


pots esse é o «destino, da sua poes,, *8™ .triste», p.,
- (de seguida,) sofrimento Involuntárk ’V'4‘5|: ' EíMóos““«ersos.
deixarão de ser apenas seus, partlndl'T"1 ‘werer»>» comclência

-(finaimente.) resignação perante a IneviXZ^~~

. . ,V(Jlgação dos seus versos (vv. 19-20).


Exemplo de resposta

0 estado de espírito do sujeito poético sofre


Efetivamente, num primeiro momento, ele eV°IUÇâo evidente nos ^rsos assinalados,
esse e o «destino» da sua poesia. Desta 3 divulgaçáo dos seus versos, dado que
sente nem «alegre», nem «triste» JUSt'fica que 0 suieit0 poético afirme que não se

Num segundo momento, quando toma -a


. . . ma consc|encia de que, ao serem divulgados, os seus
versos deixarao de ser apenas seus «u
P as seus, ele sente uma magoa, um sofrimento involuntário
(«sem querer» - v. 12) e interroga-se até sobre os potenciais leitores («quem os lerá?» - v. 14).

Por fim, o sujeito poético resigna-se face à inevitabilidade da divulgação da sua poesia, aceitando essa

evidência («Submeto-me» - v. 19), razão pela qual se sente «Quase alegre como quem se cansa de
estar triste.» (v. 20).

2. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

- tal como a flor, o rio e a árvore não escondem, respetivamente, a cor, o curso da água e o fruto,

também o poeta não pode esconder os seus versos, que constituem a sua essência;
evidencia o carácter espontâneo e natural do ato de escre e .
- a referência a elementos da natureza

Exemplo de resposta ,„„irtoia


eooiinda estrofe do poema, visa comprovar, por analogia,
A referência a elementos da natureza, nas conhecidos pela humanidade, ou seja, tal
que os versos que o sujeito poético escreveu t acor 0 curso e o fruto, também o sujeito
como a flor, o rio e a árvore não escondem, respe« ■ . Deste modo, fica evidenciado
poético não pode esconder a sua poesia. ,ue comUtui

o carácter espontâneo e natural do ato e

75

i_educação literária
CAPÍTULO

3. Tópicos de resposta
Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

-o sujeito poético constata que os elementos da natureza (árvore, flor, água) 5e renc.y^

transformam, mas não desaparecem nunca,


-o sujeito poético sente-se parte da natureza, pois também ele, depois de morrer, permane^.

através da sua poesia.

Exemplo de resposta

0 último verso pode ser considerado uma síntese do poema, na medida em que exprime jt- ~

fulcral do texto: o sujeito poético e a natureza compartilham da mesma essência, pois o


poético sente que é tão natural como uma árvore, uma flor ou a água, e tal como elas se renc .-~
não desaparecem também o sujeito poético permanecerá através da sua poesia - «Passo e fico ccr-
o Universo» (v. 25). Ele afirma «Passo», porque sabe que é finito, mas refere também «fico», Dorc
a sua poesia é eterna.

4. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados dois dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevante^

- irregularidade estrófica, pois o poema é constituído por sete estrofes com um número variáve
versos (um monóstico, um dístico, dois tercetos, uma quadra, uma quintilha e uma sétima);
- irregularidade métrica, dado que os versos apresentam um número variável de sílabas métrica
(por exemplo, o primeiro verso tem Íleo décimo quarto tem 7 sílabas métricas);
- ausência de rima ao longo do poema, na medida em que todos os versos são brancos.

Exemplo de resposta

A arte poética de Caeiro possui características muito próprias, mas que, de um modo geral, podemos
afirmar que estão de acordo com a poética da espontaneidade defendida pelo poeta. Assim no
poema apresentado, encontramos irregularidade estrófica, dado que a composição é constitua
por sete estrofes com um número variável de versos (um monóstico, um dístico, dois tercetos, uma
quadra, uma quintilha e uma sétima). Além disso, verificamos a ausência de rima, existindo apenas a
repetição casual do adjetivo «triste», em posição de rima, nos versos 4 e 20.

76
Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados t' •


ck
°s topicQS seguia
- durante a manhã, a tristeza do sujeito p0 t igualmente relevantes-,
- ao longo do d,a, o tempo torna-se chuvoso^ “"coTc’*•- **

'“"‘'“"'•««eta do sujeito poético.


Exemplo de resposta
‘ito
Na primeira estrofe do poema, a relação entre o estad
ne
meteorológicas evolui de uma relação do / 3 ° 6 eSP'rit° do su'eit0 poético e « condições
contraste para uma relação de 5emelhança
üe Na verdade, no inicio do dia, o estado de esníritn rin e. • - -
azul indicia alegria. Posteriormente à medida oue í' ° P°et'C° 6 de alguma tristeza- mas 0 céu
meteorológicas («O dia deu em chuvoso» - vv ! 3 ) ÍnZ’ T
. . ,x 3 e /'< tomando-se mais parecidas com 0 estado de
tristeza do sujeito poético.

2. Tópicos de resposta

ie Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

- os outros associam o tempo chuvoso à ideia de elegância e o sol à ideia de opressão;


as - o sujeito poético é indiferente à conceção de elegância dos outros, preferindo o céu azul e o sol,
enquanto elementos que contrastam com a sua tristeza interior.

Exemplo de resposta
Nos versos 8 a 13, o sujeito poético assume uma opinião que diverge da opinião dos outros

relativamente ao conceito de eiegânda associado ao estado do tempo.


outros consideram que o tempo ^u™“nec'leSra“;d,0X^Xosoleocéuatui.jáque
o
poético é indiferente a essa ideia de g
a
para tempo chuvoso basta o do seu mundo inte
a
a

77
CARirutoi ioikAt»Aoiiuharia

3- Topicos de resposta
Na resposta devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros Igualmente relevantes
contraste entre um passado feliz e um presente infeliz,
•consciência da impossibilidade de recuperar a felicidade da infância

Exemplo de resposta

A referência às memórias da infância permite realçar a contraste entre um passado feliz e urn ,
P^sente
infeliz.

A impossibilidade de recuperar o bem perdido da infância, metaforizada em «madruead^


“ “ Perdida „
e *céu azul verdadeiro» (v. 22). acentua a infelicidade sentida no momento presente De I
afetos, que fazem parte das memórias da infância do sujeito poético, contrastam dolorosamentv
um presente opaco e triste, que se associa metaforicamente ao dia chuvoso.

Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados quatro dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes

-a repetição do verso «O dia deu em chuvoso» (vv. 1, 3, 7,19, 23 e 28), que funciona como um refrão
- a anáfora (vv. 8-10):
-a enumeração (w. 5. 13 e 20);
-as repetições lexicais em final de verso (vv. 4 e 6; 8-11; 14 e 16);
-a irregularidade métrica;
- a alternância entre frases longas e frases curtas;
- as pausas no interior dos versos.

Exemplo de resposta

O ritmo do poema é assegurado através de diversos processos, nomeadamente a repetição de um


verso que funciona como um refrão («O dia deu em chuvoso»), o recurso à anáfora nos versos 8 a
10 («Bem sei»), a irregularidade métrica patente, por exemplo, nos versos 11 e 17 e as repetições de
palavras no final dos versos (por exemplo, a palavra «triste» nos versos 4 e 6).
Resoluções

Ricardo Reis
proposta A

s í. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados trés dos tópicos seguintK. ou

■% - gosto pela fruição estética d. natureza - «Só o tK fl0,e5 pela faa , Nas áfeas ,a o
s exatos / Basta para podermos / Achar a vida leve.» (vv. 1-4);

es - escolha da serenidade / de uma atitude contemplativa - «De todo o esforço seguremos quedas/ As
mãos, brincando, pra que nos não tome / Do pulso, e nos arraste.» (vv. 5-7);
- valorização do prazer moderado / adoção de uma atitude eplcurista - «Buscando o mínimo de dor
ou gozo, / Bebendo a goles os instantes frescos,» (vv. 9-10);
- consciência da brevidade da vida / desejo de fruição do momento presente (carpe diem) - «As rosas
breves, os sorrisos vagos, / E as rápidas carícias» (vv. 14-15).
tes:
Exemplo de resposta
ífrào;
Nas quatro primeiras estrofes, é exposta uma filosofia de vida caracterizada pelo gosto pela fruição
estética da natureza - «Só o ter flores pela vista fora / Nas áleas largas dos jardins exatos / Basta para
podermos / Achar a vida leve.» (w. 1-4) pela escolha da serenidade, o que conduz a uma atitude
contemplativa - «De todo o esforço seguremos quedas / As mãos, brincando, pra que noo nao tome
/ Do pulso e nos arraste.» (vv. 5-7) -, bem como pela adoção de uma atitude eplcurista, que valonza
p prazer moderado - «Buscando o mínimo de dor ou gozo. / Bebendo a goies os instantes bascos»

(vv. 9-10).

2.
e um
s8a
- referência a um conjunto de normas de vida que todos
;s de
X^dumraX^énX”i por pa« do sujeito peét^rização d, dimensão

inwrsubjetlva de uma regra moral.

Exemplo de resposta a normas que devem ser seguidas por todas as pessoas de
o sujeito poético expõe um ^"X^ada peie tacto de a vida ser etémera.

modo a facilitar a vida humana fornias «podermos» 31.


Neste sentido, a P^"^—19). •<»-. Iv. 19t. —

«seguremos» M. „0,matte („u exortaova)


capitulo i - éducaçAo litirária

3. Tópicos de resposta
Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente releva

-consciência de que a vida humana é comandada pelo Destino/pelas Parcas, qUe COf
almas aos lnfernos/à «pátria de Plutão» (vv. 21-28); "

— aceitação da inevitabilidade da morte;


- valorização de uma atitude estoica/do desapego das coisas terrenas, para chegar a morte
apenas o que foi agradável (vv. 17-20).

Exemplo de resposta

O sujeito poético perspetiva a morte de acordo com a conceção própria da antiguidade clá <
se constata na ideia de que a vida humana é comandada pelo Destino, ou pelas Parr^
ciicds, e ijp
as almas atravessam o rio Estige para chegarem aos Infernos, à «pátria de Plutão» (vv. 21 ?p,
conceção clássica está igualmente presente na atitude estoica evidenciada pela aceitação da
momento a que se deve chegar sem apego a nada e apenas recordando o que foi agradável, par
o sofrimento não seja tão penoso (w. 17-20).

Proposta B

1. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

-o sujeito poético opta pela adoção de uma atitude contemplatíva/pela fruição do belo/naUra
efémero («rosas» e «magnólias»), recusando os valores da «pátria», da «glória» e da «virtude
- os outros «humanos» preferem a «pátria», a «glória» e a «virtude», que representam o esfo
sofrimento/a entrega a causas (pessoais e sociais)/a constante busca de superação.

Exemplo de resposta

A atitude do sujeito poético contrasta com a dos outros «humanos». O primeiro adota uma a* ■ -
contemplativa, entregando-se à fruição do belo e do natural que, no poema está simbolicam**’’
representado pelas rosas e pelas magnólias. Os segundos são movidos por causas - repre'.er* ■
pela pátria, pela glória e pela virtude - que implicam esforço, abnegação e entrega sem rec*
sofrimento.
Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados „ . “


®IS CÍQç
recusa das emoções fortes/busCa d °s Segui™es ou
- Indiferença perante a p,ssaKm , """ '“-«e
- passlvldade/etltude -tempia,^^ . -b

Exemplo de resposta <L°E0 eu flque Q 4


eu fique o mesmo.»

A segunda estrofe do poema evidencia


poético revela a sua indiferença perante 7 Ricardo Reis
passe»-w.4-5)e,deacordocomestaatitudp i dotempo («deixo / Qu ' Assim, o sujeito
' '
o liberte «e emeçaes tartts, porc,ue
nao canse» - v. 4). d„ deal„0 a <jdj

Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados deis dos tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

-passagem trreversivel do tempo/tempo perspetivado como dotação, patente na reterá™ ã


repetição cíclica das estações do ano;
circularidade do tempo cósmico, o que é testemunhado na natureza («Se a aurora raia
sempre» - v. 9; «Se cada ano com a primavera / Aparecem as folhas / E com o outono
cessam?» - w. 10-12);
- preferência pelo momento presente (carpe diem), através da valorização da «hora fugitiva» (v. 18);
- consciência da fugacidade da vida («E a confiança mole / Na hora fugitiva» - vv. 17-18).

Exemplo de resposta
De acordo com o conteúdo dos versos mencionados, o tempo é percecionado pelo sujeito poético
como algo que flui irreversivelmente, embora de forma cíclica, e que é

sujeito poético, põe em evidência o princípio do carpe d<em.


Contos
proposta A
Leiaotexto. obrigam à camisola, é o céu que não ajuda
ajuda.
- ctá frio É o vento, são as tardes q metem-se dentro das árvOres ç
0 verão esta ° queer3m, diz-se. Os P _ . uma água que nao serve
Os verões ja na de onde nao P âne3/ sem que ninguém a vá buscar,
"5° TXÍÍAdentro da terra e de precisar dessa água? Os campos
para regas, nem m X °"de lr Es“ndem'Se dOS
5 esJo ao deus-dará; os btchos nao sab^P^^ e esperam que {açam deles 0
param, no meio da estrai a, mun<jo serve.
quiserem, que nem para fechos o m co|sas acOntecem. Lembro-me da
No entanto, o verão e sempre ^bjr das pedras e do alcatrão, clientes banais, o
esplanada em que me sentei, com o A mu|her sentada na mesa ao lado destoava
10

“Zdesdee esperava pue eia o bebesse. mas eu


Íb" ote iá não ihe iria tocar. Olhava para as outras mesas com um ar d.stra.do, com um
15 sX oué podia ser de ironia ou de desprezo, como se nao esperasse nada do mundo que

a rodeava. .. . .
O verão é o tempo de estar nas esplanadas, olhando para parte nenhuma, ou mais
habitualmente olhando para quem passa, e procurando encontrar nesses destinos uma
20 hipótese de partilha de acasos, que se poderão tornar vocações. Mas a mulher que estava
sentada na mesa ao lado não parecia interessada em quem subia e descia o passeio; e
também não se sabia o que poderia despertar a sua atenção, que os óculos escuros remetiam
para um fundo secreto. Apercebi-me, então, de que a fixava há demasiado tempo para que
o meu olhar pudesse passar despercebido; e dei-me conta, também, de que ela percebera
25 que eu a olhava, e que em vez de se aborrecer ou de ficar perturbada com isso se estava a
divertir com o meu interesse por ela, o que invertia a situação em que a superioridade está
do lado de quem olha, e a incomodidade aumenta em quem é vigiado.

Nuno Judite. «Verão». A Ideia do Amor e Outros Contos, Lisboa. Publicações Dom Quixote, 2002, pp. 43-44.

1. Sintetize os aspetos em que 0 verâo . ,


diferente do esperado. ' e caracterizado no primeiro parágrafo, se revela

2. Ao longo do segundo e do terceiro pará raf


——
val-se modificando. £ °S' ° °**1ar do narrador sobre a personagem feminina

Explicite essa modificação.


.^^ExAME5(ucionw
Proposta B
Leia o texto. Se necessária
Sar,O'cOn^lteasnotas.

O passageiro tinha subido já n •


“*> ”nVéS' “b ’~ —
. iam viajado outros, durante dia< P " Iente P^ra um homem se deitar, como num esquife
invernia do Norte - os cordames eram estendiaisrii P°rSÍnal aPanhadoP^ dura
5 do Brasil, ficara tolhido para o resto dos seus ri- í,-6 ° " C°m 35 rouPinhas leve* em que vinha
levado o cafe amargoso e a bucha de oão n t Na° C°m'a desde que' manha cedo'lhe tinham
fno húmido da noite inteiriçou-o Ali h r°'a’°' 6 dep0ÍS do calor ^afante das caldeiras, o
que desciam a prancha, os ecos de ferro d '* °' °UV1U vozes de comando, risos, passos de homens
pôr em liberdade. Mas o tempo corria ° na^'° despejado- Esperou que, tudo sossegado, o viessem
10 esperavam eles para o tirar da tnra?' naque 3 lmobll|dade, e a impaciência dele cresceu; Que raio
urna, a morrer de fome e frio? Haveri!^^^6'10' deixá’10 a bordo sozinho' metido naquela
avançava com um vagar ex oeran u 9° SÊU des^ue?... A noite
onde encerrava os pa^ 6 Ap&rtava 30 para * o saco

Drêdios orlaránSt° n°'te'. 30 chegar a,i> °s Perfis dos barracões do porto, mais longe fábricas,
15 ri ri +■ mor |Ç°dacidade. Estava na América, a dois passos do trabalho e do pão, a um salto
o seu destino. E o coração batia-lhe de anseio. Jã tinha regularizado contas com os marujos que o
tinham posto a bordo, escondido e alimentado. Se havia mais alguém por trás deles, isso não era da
sua conta. Restava-lhe algumas dolas no fundo de um bolso das calças. Junto delas, retinha na palma
da mão suada um papel puído, com um endereço, esse ponto perdido na imensidade da América
20 desconhecida: Patchogue ou coisa assim, para lá de Nova York, em Long Isiand, a quantas léguas
seria aquilo de Baltimore, e quanto teria ele de palmilhar às cegas, para alcançar o seu destino?! (Se
lá chegasse...) E uma data de números, de portas e ruas, isso ele não entendia, não entendia nada,
não sabia patavina de inglês, só sabia que estava ali à espera que dispusessem dele, para começar
vida nova, ou então,.. Sozinho, diante do desconhecido. Não conhecia ninguém, nesta terra envolta
25 em noite e humidade. Inquietava-o pensar em tudo isso, ali imóvel, impotente, com o coração do
tamanho dum feijão a zumbir-lhe no peito apertado.

José Rodrigues Miguéis, «O Viajante Clandestino», Gente da Terceira Classe,


43 ed., Lisboa, Editorial Estampa, 1984, pp. 42-43.

carvoeira (linha 1) - lugar, num navio, destinado a guardar o carvão necessário ao aquecimento das caldeiras.
cordames (linha 4) - todos os cabos que pertencem ao aparelho de um navio.
dolas (linha 18) - dólares (numa pronúncia incorreta).
esquife (linha 2) - caixão.
porcos (linha 13) - poucos.
puído (linha 19) - gasto pelo uso ou atrito.
tolhido (linha 5) - paralisado.

. - ri. da viaeem protagonizada pelo «passageiro», tendo em


1. &pliCitetrdsaspetósquee=
conta o primeiro paragrafo do texi
i tendo em conta o conteúdo das linhas 9 a 26.
Justifique a ansiedade manifestada peia personagem,
2.

85
proposta A

1. Tópicos de resposta
abordados os tópicos seguintes, ou outros Igualmente relevantes:
Na resposta, devem ser
iatípicas, obrigando ao uso de agasalhos;
-as condições climatéricas
a alteração das rotinas dos animais.
-a

Exemplo de resposta
„ tal como é caracterizado no primeiro parágrafo, è diferente do esperado, po, um |Mo.
*"ai condições climatéricas não são as que habltualmente se fazem sentir naquela estação
ri, Zttivamente, é referido que faz frio, que há vento e que a chuva é excessiva, não lhe sendo
dado qualquer uso. Tais condições levam a que seja necessário recorrer a agasalhos de tarde, Pq,
outro lado, também os animais alteram as suas rotinas, o que se constata pelo lacto de os pássaros
se recolherem nas árvores e de outros animais mostrarem desorientação.

R
Ê
2. Tópicos de resposta S
Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes: c
L
- inicialmente, adoção do papel de observador, revelando curiosidade pelo facto de a mulher não se
I
enquadrar naquele ambiente e agir de forma enigmática;
(
- depois, consciência de que está também a ser observado pela mulher, o que provoca um sentimento i
de desconforto.

Exemplo de resposta

m eia I mente, o narrador, que estava sentado a uma mesa de esplanada, observava com atenção e
curiosidade uma mulher que se encontrava sentada na mesa ao lado da sua. De facto, essa mulher não
se enquadrava no ambiente típico de esplanada, pois, apesar do calor, usava um vestido de cerimónia
e melas. Além disso, ela agia de forma enigmática: os óculos escuros que trazia não permitiam saber
o que prendia o seu olhar, parecendo não estar Interessada no que acontecia à sua volta, e ostentava
um sorriso distante.

Depois, o narrador percebeu que o seu olhar fixo p Inint^r.u


não dando mostras de Incómodo, ante, se divertia com a , s 3 mU'her
desprotegido, dado que tomou consciénc a ^eZ mT'i" " ° "
que passara de observador a observado.

86
proposta B

anteS: t Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados três dos tópicos seguinte „


, ou outros igualmente relevantes'
- o modo esquivo como o passageiro sobe ao convés-«n
das entranhas da carvoeira» (I. i); "ssage,ro tinha subido, já noite fechada,

-a forma como viaja, num esconderijo sem condirõpc


em conaiçoes, onde permanece imobilizado num esuaco
exíguo - «para se esconder numa clarabóia do convés snh =, „ i u Ç
°- por “m ia4l , .. 0 conves’ sob a doai havia espaço suficiente para um
homem se deitar, como num esquife» (II. 1-3);
naquela «uMo
- a fome insuportável que sente - «Não comia desde que...» (II. 5-6); «a fome roia-o» (I. 6);
’a' nao lhe sendo -a exposição ao frio e ao calor - «depois do calor abafante das caldeiras, o frio húmido da noite
los de tarde. pOr inteiriçou-o» (I. 7), «Apertava ao corpo, para se aquecer, o saco onde encerrava os parcos haveres.»
° de os Pássaros (II. 13-14);
- a falta de contacto com os outros passageiros e tripulantes do navio/o isolamentoforçado-« Ali encaixado,
ouviu vozes de comando, risos, passos de homens» (II. 7-8).

Exemplo de resposta
No primeiro parágrafo do texto, são apresentados diversos aspetos que evidenciam a dureza
rantes:
da viagem protagonizada pelo «passageiro» do navio e que decorrem da forma como este viaja,
* a mulher não se clandestinamente.
Assim, escondido num espaço exíguo e sem condições, onde permanece imobilizado, como se
:a um sentimento comprova através da expressão «para se esconder numa clarabóia do convés, sob a qual hav.a
espaço suficiente para um homem se deitar, como num esquife» (II. 1-2), este «passageiro»■ v^a
em condições adverses Por um lado, está exposto ao calor e a. frio - .depms do calor aõaf.nt.^

caldeiras, o frio húmido da noite lnte«içou-o. (1.7); por outro lado, sente-se corro.

ra com atenção - insuportável - «a fome roia-o» (II. 6-7).


i, essa mulher não
tidodecerim»"0
, permitiam vabe
võl.a.eo»®^

. rtanwiw'»“e'

)arr3d°r -
ado­

87
apnu^-'°^T^—

2. Tópicos de resposta cpeujntes ou outras igualmente relevantes


Na resposta, devem ser abordados os toproos ^ntes.
. enuprido oelos marinheiros, ou por imprevistos no deser.^,
\TX"r de torne e de too (ratão pe(a poat the parece ,u. o tempo eve„w

_“o des—. dado que , América sonhada representa a prosperidade, mas

simultaneamente, uma terra cheia de obstáculos (a língua, o espaço nsico, a nexistencia de pe5S0.

conhecidas a quem recorrer...);


-a impotência que sente face à situação em que se encontra, pois, tendo já entrevisto o seu de •
físico (a América), teme não conseguir concretizar o seu sonho.

Exemplo de resposta

Enquanto aguarda que o venham «pôr em liberdade», a impaciência e a ansiedade do «passagem


aumentam.

Por um lado, não compreendendo a demora no desembarque, teme ter sido esquecido pelo
marinheiros e ficar retido no barco, podendo vir a morrer de fome e de frio, razão pela qual lhe parece
que o tempo avança «com um vagar exasperante» (1.12).

Por outro lado, receia aquela «América desconhecida» (II. 19-20) que, representando a prosperidade
^uloi-bducaCAoliterAría

Proposta A
Leia o poema.
bach segóvia guitarra

A música do ser
Povoa este deserto
Com sua guitarra
Ou com harpas de areia

5 Palavras silabadas
Vêm uma a uma
Na voz da guitarra

A música do ser
Interior ao silêncio
10 Cria seu próprio tempo
Que me dá morada

Palavras silabadas
Unidas uma a uma
Às paredes da casa

15 Por companheira tenho


A voz da guitarra

E no silêncio ouvinte
O canto me reúne
De muito longe venho
20 Pelo canto chamada

E agora de mim
Não me separa nada
Quando oiço cantar
A música do ser
25 Nostalgia ordenada
Num silêncio de areia
Que não foi pisada

s°Bhia * * otm, M carlos ae

Alfragide, Caminho, 2010, p. 467

1. Refira dois dos traços que contribuem para a h


poema, apresentando transcrições que comproZ"’^0 mÜSi“ "a! Cin“ d°
provem a sua resposta.
2. Explicite a importância da música na
das duas últimas estrofes, construça° da identidade do «eu» ri
eu», de acordo com o conteúdo

92
Proposta A

1. Tópicos de resposta

rKP0SB- abordados doi, t&>. -


- a associação da s.íulme, M 1

- facto d. a música e a ,dentidMe do 1 ™ “° humano - «Povoa este deserto, (v 2).


ao s,iene,o / Cria seu próprio tempo / —**“**-« música do ser / imerior
- a presença, na música, de uma vo. nue arn ”
a uma / Ma vo. da guitarra. („. 5-7); «Po, XanV ’ "^"•“"adadas/Vém um.
, , , Oi-companheimtenhc/Avo.dasull„a.
Exemplo de resposta

No poema, a humanização da música decorre de várí


possuir uma voz que é comoanheira aspetos‘ nomeadamente dü facto de
"tpanheira do «eu. se „„prava
silabadas / Vêm uma a uma / Na
ror da guitarra» (vv. 5-7) e «Por companheira tenho / A vo. da
R guitarra» (vv. 15-16).
f
•A múXa do TerAln Um eh'men,<> lndlssl*>*®l da identidade do «eu», como se evidencia nos versos
•A musica do ser / interior ao Silencio / Cria seu próprio tempo / Que me dá morada, (vv. 8-11).

2. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente relevantes:

- a música confere unidade ao «eu» poético - «O canto me reúne» (v. 18), «E agora de mim / Não me
separa nada» (w. 21-22);
- a música potência o reencontro com um tempo primordial e puro - «De muito longe venho / Pelo
canto chamada» (vv. 19-20); «Num silêncio de areia / Que não foi pisada» (w. 26-27).

Exemplo de resposta

A música é fundamental na construção da identidade do «eu», na medida em que não só tem o poder
de conferir unidade ao «eu» poético, fazendo-o sentir-se um ser uno na sua identidade própria - «0
canto me reúne» (v. 18) e «E agora de mim / Não me separa nada» (w. 21-22) como lhe possibilita
o reencontro com um tempo primordial e puro, ideias sugeridas nos versos «De muito longe venho /
Pelo canto chamada» (vv. 19-20) e «Num silêncio de areia / Que não foi pisada» (vv. 26-27).

93
José Saramago
Memorial do Convento
capítulo i- educação uterària

Proposta A
Leia o texto seguinte.
Frias hão de ter parecido, a quem perto estivesse, as palavras ditas por Blimunda, A||
vai minha mãe, nenhum suspiro, lágrima nenhuma, nem sequei o rosto compadecido, qu.
ainda assim não faltam estes no meio do povo apesar de tanto odio, de tanto insulto 2
escárnio, e esta que é filha, e amada como se viu pelo modo como a olhava a mãe, ns-
5 teve mais dizer senão, All vai, e depois voltou-se para um homem a quem nunca vira
perguntou, Que nome é o seu, como se contasse mais sabê-lo que o tormento dos açoite-
depois do tormento do cárcere e dos tratos, e que a certa certeza de ir Sebastiana Mar
de Jesus, nem o nome a salvou, degredada para Angola e lá ficar, quem sabe se consolada
espiritual e corporalmente pelo padre António Teixeira de Sousa, que muita prática le,a
10 de ca, e ainda bem, para não ser tão infeliz o mundo, mesmo quando já tem garantida °
condenação. Porém, agora, em sua casa, choram os olhos de Blimunda como duas fon2.2"
de agua, se tornar a ver sua mãe será no embarque, mas de longe, mais fácil é largar
capitão inglês mulheres de má vida que beijar uma filha sua mãe condenada, encosta-
uma face outra face, a pele macia, a pele frouxa, tão perto, tão distante, onde estamos*
15 quem somos, e o padre Bartolomeu Lourenço diz, Não somos nada perante os desígnio*
do Senhor, se ele sabe quem somos, conforma-te Blimunda, deixemos a Deus n J

ed, Lisboa, Editorial Caminho, 1998, pp 54-56.

96
QUESTflESÜEFl(4x
^!s^qoNAls

Em casa, a reação de Blimunda face ao d


1.
público. lno «a m3e é niu(to

Explique esse contraste. t,uel» que m05trara

interprete as palavras do padre BartO|orne...


2.

-J,eo homem (linhas


Refira a, «Ud=S ,u. rompro,am , ao,oximaçJo
3.
BlimuMaeBalusar,
t AI'IIUKl I I lllll Af.All IIII KAtlIA

Proposto I*
I ria o
A o ™"ZÜ." wriv
,,rJ hlniulço, 1(
•• (nuho •■'«« d.i '■■•'«. -1-....
multo «.uor O. . .•.

d... *'• .'..d..,s. •«■I...MI.1.. a., '-d'-........ ..................


.............................. ocminho, oulr.. »|ud. Ih« ..-V. q„.
v,lo Baltt.M P""1 ' distribuir o P»«>. combina. .«.
s; transporte .»«
triiuporie nllo «■ '•» ”'m "" ' oWocordr. d'> !>•''< P»« "'"'•« ■'
plrlmld. d.> O.nço d.. Bi.». «P „ J ,Qml, ou[roli. culda coda qu..l qu« ,1., •,,,
. ............. . |,L ..................... ............ ........... .................................... ............... "

10
o eXo. também duvidoso - assustado do t»o extrema fragllldbd* Nessa m.-sma t.«d,

velo Domenlco Scarlattl, all s.« sentou a afinar o cravo, enquanto Baltasar entrançava virni*-.
i? Bllmunda cosia velas, trabalhos calados que n3o perturbavam a obra do musico. I tendo
15 concluído a afinação, ajustado os saltarelos que o transporte havia desacertado, verificado
as penas de pato uma por uma, Scarlattl pôs se a tocar, primeiro deixando correr os dedo-,
sobro .is teclas, como se soltasse as notas das suas prisões, depois organizando os sons err
pequenos segmentos, como se escolhesse entre o certo e o errado, entre a forma repetida
e a forma perturbada, entre a frase e o seu corte, enfim articulando em discurso novo o que
20 parecera antes fragmentário e contraditório. De música sabiam pouco Baltasar e Blimunda,
a salmodla dos frades, raramente o estridor operático do Te Deum, toadas populares
campestres e urbanas, cada qual suas, porém nada que se parecesse com estes sons que
o Italiano tirava do cravo, que tanto pareciam brinquedo Infantil como colérica objurgação,
tanto parecia divertirem-se anjos como zangar-se Deus.
25 Ao fim de uma hora levantou-se Scarlattl do cravo, cobriu o com um pano de vela, e
depois disse para Baltasar e Bllmunda, que tinham Interrompido o trabalho, Se a passarola
do padre Bartolomeu de Gusmão chegar a voar um dia, gostaria de ir nela e tocar no
hmhrln8 m,,naa respondeu’ Voando a máquina, todo o céu será música, e Baltasar,
escrever e conturf11^3, S° ?3° for Inf(,rno todo 0 céu- Não sabem, estes dois, ler nem
10
tem a sua exollcacão nrn™ C° S<JS a”*™’ imposs(veis em tal tempo e em tal lugar, se tudo
vezes voltou Scarlattl à quinta do duque de AvVrí enCOntrarmos' outro dia será‘ MultaS
ocasiões pedia que n3o se interrompessem os SV*™ SGmpre t0CaVa' maS em Cert3S
retumbando na bigorna, a água fervendo na tina i°5 rU,dosos< a foria rug'ndo< 0 malho
35 clamor da abegoarla, e no entanto o musico enr á mú Se °UVÍa ° cravo no meio do grande
o rodeasse o grande silêncio do esoacn , ava ^renamente a sua música, como se
espaço onde desejara tocar um dia.

J°“ S,r,m’«0' M^lal d0 Convento 27 .


* • «d., Lisboa, Editorial Caminho, 1998, pp. 178 180
QUESTÕES DE EXAMES NACIONAIS

explicite 0 contraste existente no modo como o cravo é tran


„ e depois, ate à abegoaria. sportad°, primeiro até ao
quinta e, u ate ao portão da

Explique
trabalhosade
forma como,
Baltasar ao longo
e de do excerto
Blimunda am
na abegcj^ 06 Scarla* se vai articulando
Hão
'a*Ua
.Não lugar» estes
em talsabem, dois,
(linhas 29 eler nem escrever, e conh.a
30). tUdo dl^ coisas assim, imPoss(ve
e este -'s em tal tempo e
*0 na
5sada,
^sào justifique este
Baltasar que comentário do narrador, tendo em’ <{Q
o motivam. °nta o sentido das pa|avras de B)|
nada
•tasar
ue as
ftava
tarde
'irnes
endo
cado
edos
s em
ítida
que
nda,
ares
que

■ola
cafíwlo i - íducaçAo utem"»a

Proposta A

1. Tópicos de resposta
Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros igualmente refevantes

-em público, Blimunda revela-se discreta/fria, de modo a não chamar a atenção da Inquis^,.,
-em casa, Blimunda manifesta a sua dor/tnsteza, dado estar consciente de que não v •
com a mãe.

Exemplo de resposta

Em público, quando vê a mãe entre os condenados, Blimunda mostra uma discrição que p
entendida como frieza, aparentando até sentir menos pena do que aquela que e possível ler
de alguns populares. Esta reação, que poderá parecer estranha, é justificada pelo facto de Bhm
ter de manter-se anónima entre o povo, pois poderia ela mesma ser alvo da Inquisição.

Em ca„ B»mu„da chora conuulstamente. exteriorirando. ,„tto. toda a sua dor, por sabe. que „„„
o d“ "° * ^‘"ana Pa

2. Tópicos de resposta

Na resposta, de.em se. abordados os Wieos serres. ou outros ,gua,mente relra„tB.

- P»r um lado. a existência de do,s campos distintos. o d. Deus . o d r.


— por outro lado. o facto de os homens terem uma capacidade 'L
modo, da condição divina. Cr,arfora <^e os aproxima, de algum

Exemplo de resposta

Num primeiro momento, o padre Bartolomeu Lourenco def h

Oeus e o dos homens, pondo até a hipótese de Oeus não sab.", £ *« “"Ws dt,tintos. o de
Ho.n.ante.seBundoopadre.eetasuaeaparidadedeehar.ohomemo.X?"

X:: :ir °homem é —«• - - aaa/;a^°—

e«atuto de criador

100
REsoluçôes

tfpjco* de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tópicos


seguintes,
uo^osigualnientereievant
ga|tasar segue Blimunda até casa;
_ Blimunda deixa a porta aberta, o que constitui
, Baltasar entra e senta-se, sempre em silêncio;
o;
.Blimunda serve uma tigela de sopa ao padre Bartolomeu i
que este termine a refeição para só depois cpme, M,a .
0 que simboliza a umao entre ambos. ‘ a colher de que Ba|tasar se

Exemplo de resposta
3de ser São diversas as atitudes que comprovam a progressiva aprox.mação entre amba5
° rosto Consciente de qtie Baitasa. a segqlra até cata depois de tefra,„Mo o duffi
^unda abena. dando-ihe a entender, com este 8esto. qpe é i-.cm-.mpp a Süi ™‘
senta-se, sem tmr os olhos de BI,munda. Embora se mantenham sempre em silêncio, ele p™lriece

J nunca em casa de Blimunda, ai jantando, o que evidencia a proximidade entre ambos. A união é reforçada
peio *acto Blimunda esperar que Baltasar termine de comer, para usar a colher de que ele
us Para
servira.
caHtuiO t-«Ouc*CW

Proposta B

experientes, de forma cuidadosa e adequada;

devido a sua inexperiência e ao receto de danificar O crave

Exemplo de resposta
Da Rua Nova dos Mercadores até ao portío da quinta, o cravo é carregado por dois homen,
experientes, que usam os processos adequados para, com o • ru saber • com os cuidados ncc- sâ- os

levarem a carga até São Sebastião da Pedreira

Já do portão até à abegoaria. o transporte è feito por r por Blimunda, que, por Ihi fditjr
experiência neste tipo de trabalho e por receio de danificar tio frágil instrumento, tiveram muita
dificuldade em fazer chegar o cravo ao seu destino

2. Tópicos de resposta

Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes, ou outros iguaimente relevantes

-no dia da chegada do cravo a abegoaria, Scarlatti começa a tocar, enquanto Baltasar e Blimunda
realizam tarefas pouco ruidosas, que não perturbam o músico,

-nas visitas posteriores à quinta, apesar de Baltasar e Blimunda se dedicarem a trabalhos ruidosos
Scarlatti toca harmoniosamente

Exemplo de resposta

102
resoluções

3 TÓP'C°5 de resPosta

Na resposta, devem ser abordados os tópicos seguintes «

justificação do comentário do narrador - surpresa provo relevant«;


Blimunda, apesar de Iletrados, se exprimirem de formXXrad?13 C3PaCÍdade de Ealtasar e de

- sentido das palavras de Blimunda e de Baltasar - associacã H


da harmonia e de ce.ed^o, po, parte de Bllmu„da;
Baltasar.

Exemplo de resposta

o comentário do narrador justifica-se pela surpresa que as palavras de Blimunda e de Baltasar lhe
provocam, dado que, sendo eles iletrados, são capazes de verbalizar pensamentos tão complexos e
elaborados.

Efetiva mente, face à possibilidade de a passarola voar, Blimunda admite que a música se possa
integrar no voo como expressão de harmonia e de celebração.

Já Baltasar, levado pelas recordações negativas da guerra, antevê desastres e sofrimento.


Produção de textos expositivos
QUíSTÔIs 01 I XAMfS MC ONA.S

Proposta A
A figura do herói «tá presente em muitas obras estudadas ao longo do
ensino secundado, embora a sua
construção possa depender de diversos fatores.

Escreva uma breve exposição na qual distinga o herói em Os Lusíadas, de Lu.s Vaz de Camões, do herói em
Mensagem, de Fernando Pessoa

A sua exposição deve incluir:

• uma Introdução ao tema;

• um desenvolvimento no qual explicite, para cada uma das obras, uma característica que permita
distinguir o herói em Os Lusíadas do herói em Mensagem, fundamentando as características
apresentadas em, pelo menos, um exemplo significativo de cada uma das obras;

• uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema

Proposta B
Cesário Verde adota um olhar subjetivo e critico sobre a cidade.

Escreva uma breve exposição sobre a representação da cidade na poesia de Cesário Verde

A sua exposição deve incluir:

• uma introdução ao tema;


. um desen.olu.memo no qual refira um. característica d. cidade enquanto espaço físico e uma
característica da cidade enquanto espaço humano, fundamentando as Ideias apresentadas em,

menos, um exemplo significativo de cada uma das características;

. uma conclusão adequada ao desenvolvimento do tema.

Proposta C

A sua exposição deve Incluir:

• uma introdução ao tema; modo como a natureza é


• “ al'^ro6X’~"n°d.men.ando cada um desses

XZ e^ pelo menos, um exemplo pertinente;

. uma conclusão adequada ao d.s.n.oMmento do tema.


Proposta A

Tópicos de resposta os 1USW» do herói em Menagem. deve ser abordado um tópico rela„,0
Para distinguir o herói em '^^eguir apresentados constituem apenas exemplos, podendo Ser
a cada uma das obras. Os tópicos a
abordados outros igualmente relevantes.

Em Os Lusíadas:
- „ neróis de apresentados na sua dimensão humana e histórica, o que e patente, por exemplo, „os
protagonistas da viagem marítima até i índia, nomeadamente Vasco da Gama e os marinheiros, cujos

feitos permitiram o desvendamento dos mares desconhecidos;


-os heróis sãoos portugueses que, vencendo os seus medos e todos os perigos, foram capazes de superar

a própria condição humana e de ascender ao plano dos deuses, como se comprova, por exemplo, quando
são recompensados na Ilha dos Amores.

Em Mensagem :
-os heróis não se inscrevem num tempo nem num espaço determinados, assumindo uma dimensão
mitica/simbólica. É o caso de D. Sebastião, enquanto símbolo da ambição que poderá fazer renascer a
glória da pátria;
os heróis situam-se na esfera da espiritualidade, como é o caso de D. Fernando,
que age como instrumento
da vontade divína/de uma vontade superior.

Exemplo de resposta

A figura do herói está presente tanto em Os Lusiadac rk i • j


Fernando Pessoa, embora possua características distintivas. Lu« de Camões, como em Mensepem. de

Em Os Lusíadas, os heróis são apresentada na e _i-


evidencia não só nas diversas personalidades da H^óri"1^0 hUm3na 6 WStÓrÍCa' característica que se

ao longo da obra como nos Protagonistas da viagematé' T?®’' re“rdadas e enaltecidas pelo Poeta
■hannheims, cujas taçannaspossiUiitaram o desvendam'„t d ' n°meadama"“ Vasco da Gama e os

Em contrapartida, em Mensogem os heróis na ' ,mares "unca dG a"tes navegados»,


pois assumem uma dimensão mltica, simbólica0 rõm 'emp° "em espaço determinados

Conclui-se assim que, apesar de a figura do he ''

’ SUa C°"S,rU’3° dXTem cad^uma' da' TT ’ d™e"S3°

uma das obras, dependendo da


Rf*OlUÇ0u

proposta B

Tópicos de resposta

N» resposta, deve ser referida uma caracteristica


da cidade enquanto espaço humano. Os tópicos a se enqUant° e5paço f,siw c caracteristia
podendo ser abordados outros igualmente relevantes. 3PreSentados con«ituem apenas exemplos,

Representação da cidade enquanto espaço físico:

Representação da cidade enquanto espaço humano:


-é palco de contrastes sociais, através da representação de tipos citadinos com características que se
opõem, por exemplo, as burguesinhas do Catolicismo e as elegantes vs. as costureiras, as floristas, as
varinas ou o velho professor de latim (em «O Sentimento dum Ocidental»)/os rudes calceteiros vs.
a furtiva «atrizita» (em «Cristalizações»),
-é um espaço de decadência moral e social, patente, por exemplo, na referência ao ratonelro/aos
bêbedos/às «imorais» (em «0 Sentimento dum Ocidental»).

Exemplo de resposta

a nroDÓsito da cidade.

Deste modo, podemos afirmar que a r p poesiade Cesário Verde que.

humana, constitui um dos aspetos marca cjtaciino.


transforma num observador acidentai o es -
LITERAL'*

Proposta C

Tópicos de resposta de tóptcos de resposta relativos a apenas - ,


Dada a natureza deste item, apresentam s

autores do programa. esentada na poesia lírica de Camões, deve ser abc ■ ■


Para evidenciar o modo como a natg re|evante:
um dos tópicos seguintes, ou outro <gua apresentando.se, pOr exemplo •
-a natureza é descrita segundo o concei
um cenário aprazível/sereno/luminoso/v ■ poetjco por ex
natureza é perspettada como um reflexo do
aoagudlzarador/saudade que senfe nu uuseuci fjm de superlativizar as qualidade

a neve/a cor verde dos seus olhos é responsável pelo verde dos campos.

Exemplo de resposta
A natureza tem uma presença recorrente tanto na poesia de Luls de Camões como na de Alberto Cae.ro

Na poesia lírica de Camões, a natureza è descrita segundo o conceito clássico de focos omoenus
apresentando-se como um cenário aprazível, sereno, luminoso e verdejante, caracterizado, nomeadamenté
por elementos como a água cristalina das fontes e dos ribeiros ou a sombra dos verdes castanheiros. Pc
vezes, esse ambiente bucólico agudiza a dor provocada pela saudade da amada.

Caeiro é também um poeta bucólico e os seus poemas estão repletos de referências a elemento :
natureza que apreende através dos sentidos, principalmente através da visão, enquanto deambula pe
campos. O poeta estabelece com a natureza uma relação íntima, de comunhão sensorial. A sua felicidade
decorre do facto de se sentir tão real como um rio ou uma planta, aceitando com serenidade o ritm r
universo.

Podemos assim concluir que, ainda que ambos os poetas representem na sua poesia um ambiente
bucolico, em Camões a natureza reflete o estado de alma do poeta, enquanto em Caeiro ela representa .
diversidade do real que os seus sentidos captam.

110
CAPÍTULO 2
LEITURA E GRAMÁTICA
UumO*'i ui iXUrfi NAC ItJUAJl

Proposta A
Leia o texto. Se necessário, consulte as notas

«O olfato é uma vista estranha Evoca paisagens '.ent)ment4»s por um <ki*nhM


do subconsciente. Tenho sentido isto multas vezeu», confessava (ernando bw, im> |AW*
do Desassossego. Urn odor é, de facto, suficiente para desfolhar es pAgin*». uma hi«0rt* 1
intima. Ele mobiliza a nossa subjetividade ea nossa memória fomumaionguíi* <•-«••• ■♦.■•u
5 Por vezes, tocados pela sugestão de un ’ a olbot ilMgpm w num ou
alagam-se numa brusca emoção. Os odores permitem nos viajar no »vmpo • oniro tfo .
São um instrumento interno de rememoração. E a nossa memória éum* t.. ■ '
A dificuldade de narrar um odor (é impossível fwé-tocom pr*M*.
a metáforas e comparações (á cbegamosj está bem «pressa no P*<’ ’*
das Investigações Filosóficas, quando W.ttgenstem pergunta .fmturest. t« devmw «

aroma do café sem conseguir??»


Num ensaio sobre a antropoíog.a do
ocidentais deixaram de valoriza, os odores. E dl(wrnto»
na língua aiemã mais de cento e ■ mqu •■> .
Dessas, apenas trinta e duas hoje ™bsi>. ' muçulmano que mantém ma» w ■> •
ito localizadas. Pelo contrâno, no mundo ir^ „ ࣠M
r bedoria dos odores, há cerca de duzentos e'->.>'■ ... ,,di,ffMW,
ornecem metáforas para todos os »
sofisticadas. Para la, claro, de encherem habrtuaknente as cas»«««o™»

sociedades. Eduque o ofeto^ euimpo^^^ * r.dw)duaiidade. emor» que M


próximo dos estádios pr.rn.bvos, expoe exc
uma corporeidade que não ^assf
Passou-se a viver numa insegurança r» necessidade de <>-r™ *
publicitária «uai» «sa '"«'““'X ^^r.*.-oc . C-

perfumes. Esforçamonos w '**>


operações de recomposição d<»s P3'^ s yàr;a. d„«õe-. oa case ’
comércio ligado ao olfato ambien
automóvel, líquidos que .mrtamj>odo P< q
estilos de vida nos distanciam “d3 ^^.as também ma.s art^
diretivas do comércio torna-se mau contrc.ao
Í^a». ‘*S'5W'
jcsé Tõre^no MewXW» •

s:sxr~ "—’ *•-*-

^rtgenstein-fi'«0fo|n 1889-f 1951


A ataçlo do t/vro do Desassas
1.
(A) conflitualidade entre dois ^moraçào

singularidade do sentido do

(C) fugacidade das sensações resu

(O) rartdaded»ssensK««sP,W0'00'“daít’~

□ „„ de pa^e- nas W* > • » i""O<“'Çj°


2.

(A) conclusão

(B) transcrição.

(C) explicação

(D) enumeração.

3. Os exemplos apresentados no terceiro paragufo

(A) estabelecem um contraste entre dois universos cultura

(B) justificam a importância dada aos odores no mundo oode-t >

(C) enfatizam o papel dos odores na evocação do passado

(D) comprovam a impossibilidade de diferenciar os odores

4. Na expressão «desde as imagens mais triviais às mais sofisticadas* (linhas 18 e !•<


significam, respetivamente,

(A) comuns e sensuais.

(B) conhecidas e misteriosas.

(C) banais e requintadas.

(0) sugestivas e luxuosas

5. oe accrd, „ „ dpis Mragrafcs ao tMo „

(A)

(B) ° n3,,,,a' “* • <« O W h„™no w ,,

(C) o odo. artificial t caRKte,1Mo

(0) ■>Morfva|„„„d0„ ° a'"*«dual.dadn

116
^ESTÔESot

'P3*53^ olfativas» llinha ;S!

A, uma meton.rnia

pj eufemismo

( 0 um paradoxo

,p) uma sinestesia

, xo contexto em que ocorre, a palavra «rv>.


‘ -a,.Oe,lâs„(l,nhal5|<;o|it^

;A> temporal.

(gj referencial.

(0 frtstca

(0) irrterfrasica.

& identifique o antecedente do pronome


onquenra termos a ela relativos» (linha 17). ° eXpressâo cera auzentos

1 totifioue a função sintática desempenhada peia oração subordmad, ,E ao,„„


. ’3to perdeu importância em favor da visão» (linha 22).

Hl Classifique a oração iniciada por «mesmo se» (linha 30).

adjetivos

V
Proposta B
Leia 0 texto.
assistido duw vezes a Os Malas de João Botelho Em maio „
Tenho a sorte de já ter a I ue agora escolhi a versão curta. Hesite, nesta escoih
versão longa, na Cinemateca, IP , de regressar _ COmo tantas vezes ja regreSSP|''
pensei que seria como ler 0^ E quem quer ,er um resumo quando
d0grosso volumL’Xn perfeitas narrativas da literatura portuguesa?
‘ pendõd. Sr escolhido ambas. A montagem do filme permite que nâo falte.
J Za outra, qualquer episódio ou fala essenc.al para o completo entendime„to
dX Em ambas as versões as palavras Inldais são uma surpresa: «A casa que os Maiis
vieram habitar em Lisboa no outono de 1875...». A fidelidade do realizador ao texto começa
i nessas palavras, ditas por um narrador que, falando pela voz de Eça, não pretende ser 0
10
escritor, nem imitá-lo, mas apenas contar a história por ele, assim continuando em todo o
filme, introduzindo lugares, personagens, episódios. O rigor sequencial manifesta-se pela
primeira vez na analepse, característica dos escritos do século XIX e essencial nos romances
de Eça de Queirós, filmada a preto e branco para indicar um passado remoto, contrastando
15 com as cenas do presente da história narrada, em cores vivas e brilhantes. Tudo é cor neste
filme, os trajes (num figurino rigoroso), os cenários, as próprias vozes dos atores tra nsbordam
de tons ora suaves ora lúgubres, frementes de paixão, graves de dramatismo, estridentes de
caricatura.
Em Os Maias, mesmo os heróis têm defeitos e talvez a imagem, a voz o filme consigam
20 apresenta-los menos subtilmente do que as palavras escrita rail / u consigam
ouvirmos João da Ega e Tomas de Alencar pOr exemolo aÍnaim ?
caricaturas debuxadas por Eça: quem sabe que ooseso h 6 ma'°r defíniçã° das
tonalidades sonoras emitiam os dois amigos rivais de "b*?' t'C|UeS ocultavam' due
escritor? 6°s' r,vais de «cola literária, na imaginação do
25 Em Os Maias de João Botelho ao contrário
parte as cenas de interior, filmadas em ambientada í°ntece com as Personagens, e à
suas características - a Casa Veva de Lima, o Grémio ií ainda hoJe man^m as
Xdo^T 3 USbOa dC hOje nã° Permitiria- Os ^nários Din°t~; encontra™s cenários
aiem dos atores, se movem cavalos, tipoias até o™ P ntados em telas gigantes nnrie
30 qu.- Eça bem conhecia, mal que dcstrwi| dt. ™ reproduzem essa cidade
aris e conferem pela pintura, pelas suas características P d<? ,n8|aterra e mais tarrlp
em relação ao espaço externo que prende o esn ♦ í 'mpress'°nistas um d d
Todos os a„os regresso a Os «Z enTnZZ d,5ts"™™"to

ep.sod.os Como eu, muitos leitores tarem o mesmo e *'’’ Pe'° m™s Para rei
35 lo o Botelho, todas as veres que me apetecer relembre"grGSS3nel' sem dúvida a T.3 guns
obras de Eça de Queirós. brar uma das melhoro f' ° ft,me de
S adaptações das

Irene Fialho, Fxpre55Oi


"Atual». 6d
ete"br0^^4.(adaptado)
QUestôk oe exames nacionais

A interro8aUo das linhas 4 e S apresenta a

(A) ncia da autora d0 texto pela versão curta do filme Os Maias.

(B) ideia de que ninguém quererá optar por um resumo se puder apreciar a obra,

(c) hesitação da autora entre a versão curta e a versão longa do filme,

(D) constatação de que a versão curta do filme constitui um resumo do romance.

fidelidade com que o realizador segue o texto queirosiano é observada, por exemplo.

(A) nas palavras iniciais do filme e na ordenação das sequências narrativas.

(B) na participação do autor como narrador e nas palavras iniciais do filme.

(C) na participação do autor como narrador e na estridência das caricaturas.

(D) na ordenação das sequências narrativas e na estridência das caricaturas.

Na expressão «Tudo é cor neste filme» (linhas 15 e 16), a palavra «cor» está associada à ideia de

(A) originalidade.

(B) atualidade.

(C) rigor.

(D) exuberância.

Relativamente ao conteúdo do terceiro parágrafo, o quarto parágrafo

(A) confirma o ponto de vista anterior.

(B) responde à questão colocada.

(C) introduz um novo tópico de análise.

(D) apresenta um contra-argumento.

A utilização de dois pontos na linha 2 e na linha 8 serve para introduzir, respetivamente.

(A) uma explicação e uma enumeração.

(B) uma explicação e uma citação.

(C) uma enumeração e uma explicação.

(D) uma enumeração e uma citação.


Ã

CAPÍTULO 2-LEITURA E GRAMÁTICA

expressão «grosso volume do romance de Eça de Queirós» (|inh


6. no contexto em que ocorre,
constitui um exemplo de

(A) penfrase.

(B) hípálage.

(C) eufemismo.

(0) paradoxo

7. Ao recorrer à expressão «sem dúvida» (linha 34), veicula-se uma ideia de

(A) permissão.

(B) ceneza

IC) possibilidade

(D) oorigaçào.

inscreva a palavra que constitui uma catáfora da expressão «os trajes (num figurino rigoroso), os
cenários, as próprias vozes dos atores» (linha 16).

Identifique o valor da oração subordinada adjetiva relativa introduzida por «que» (linha 10).

Refira a função sintática desempenhada por «que» (linha 26).


QUESTÕES DE EXAMES NACIONAIS

proposta C

Leia o texto.

Só faço a mala à última hora No. «•

burocracias acumuiada^^^»»

que^ durante esse tempo, pareciam crescer emT aborreddos andava a adiar e
Nessa vertigem, não tenho consciênd dL.T ' e em ^cimento.
A mente, ocupada com a obsessão de elíminrLi 6Spera à distância de ^as.
a viagem que começará em breve Me Z problemas ande°s. não se liberta a conceber
enorme transformação que está nrpctoc a azer a mala, ainda não estou consciente da
teórica e prática daquilo que Dlanpin n ,aCOnt^ce'-Mantenhoumanoçã°simultaneamente
Assim, escolho roupa ob)«o e alo Z'° * eSpedte'
Ac nartírio e • u aJetos> entalo meias nos espaços livres.
halrSn rln rh □ ír a'° ° taX' 6 tUd° se^ue uma r°tina: ver no placard eletrónico qual o
ec in certo, caminhar a um ritmo certo, pedir para me arranjarem um lugar
que nao seja no meio, e guardo sempre o bilhete e os documentos no mesmo sítio, e sigo
sempre a mesma ordem na máquina dos metais. Tenho sempre um livro para ler. Com ele,
espero junto ao portão de embarque. Quando a voz do altifalante avisa que vai começar o
embarque, não tenho pressa.
Sei que chegaremos todos ao mesmo tempo. Entro no avião com o pé direito,
sento-me e, só nesse momento, começo a fantasiar sobre o destino para o qual me dirijo.
Faço-o durante toda a viagem.
Miami, Pequim, Moscovo. Antes de levantar voo, mas já com o cinto apertado, tinha
ideias sobre cada uma dessas cidades. Nesse tempo agora irrepetível, acreditava nessas
ideias com firmeza, eram uma realidade que tinha como base leituras, filmes, conversas e
uma enorme quantidade de suspeitas que, em última análise, refletiam a minha visão do
mundo. Só concebia aquilo que era capaz de conceber. A minha experiência passada era
muito importante para traçar essas fronteiras, mas aquilo que eu imaginava tinha noção
da necessidade de transcender essa experiência. Não sou capaz de garantir que fosse
capaz de fazê-lo. Com base nesse conhecimento, a escolha destes três destinos teve como
ixo a vontade de testemunhar três ângulos essenciais da contemporaneidade política e
rivilizacional; três polos de influência mundial que contribuíssem com pistas para o retrato
Hanuilo oue é o mundo hoje e, ao mesmo tempo, permitissem intuir um pouco do mundo
que aí vem. Tentando erguer o tripé de um álbum de impressões, memórias, imagens,

deNo que dí" respeito oo olhar, impôs-se aquele que está lá e que privilegia a experiência
.imoles dos sentidos. No fundo, para quem foi, o mais fundamental desse tempo, aquHo
□ue Xtivamente lhe acrescentou mundo, foi ter ido, ter estado lá realmente, ter dhado
ta. Há muito que se pode aprender em enciclopédias, documentários ou na internet,

mbém há o resto: aquilo que se pode sentir.

José Luís Peixoto. Volta ao Mundo, n.® 209, março de 2012


(A) rnaç**’ •Mp*»^t***' u>tf* 1 * '***"

(«) »ngu»tm provocada peto desconheço

(C| acumulação Ot tarefas antes da *’*«*"’

(D) idealização d* destinos desconhecidos

2. «A» partidas» (Imha 12) caracterizam se pela

(A) pftviilMkMe

|B| confusão

(C) novidade

(D) impaciência

3. Apôs a viagem. • perspetiva do autor sobre as ckJade*. por ek» referidas fo< enriquecida peiu

(A) experiência dos sentidos

(B) visualização de documentários

(C) leitura de textos enciclopédicos.

(D) pesquisa de informação na internet.

4. No terceiro paragrafo. o presente do indicativo é utilizado para

(A) indicar situações permanentes.

(B) enunciar um facto atual

(C) expressar uma situação habitual

(D) dar vivacidade a um facto passado

5. A anteposição do pronome <lhe» (linha 36) justifica-se pela

(A) presença de uma expressão adverbial enfática.

(B) presença de um advérbio de negação.

(C) sua integração numa frase em discurso indireto livre

(0) sua integração numa oração subordinada relativa . J '

122
^'«tôesbeíxames nacionais

b «Ai» (linha 32) e «lã» (linha 34) são

(A) um deítico espacial e um deítico temporal, respetivamente.

(B) um deítico temporal e um deítico espacial, respetivamente.

(C) deíticos temporais em ambos os casos.

(D) deíticos espaciais em ambos os casos.

7 A oração «que vai começar o embarque» (linhas 16 e 17) é uma oração subordinada

(A) substantiva relativa.

(B) substantiva completiva.

(C) adjetiva relativa.

(D) adverbial consecutiva.

8. Identifique o valo- da oração subordinada adjed» ""

a obsessão de eliminar problemas antigos, nao

breve.» (linhas 7 e 8).

9. !■

chegaremos durarte toda a «agem..


rsro<.pnte na frase «W3 u
antecedente do pronome .o. P-esen
10. Identifique o
(linha 20).
a,ML0i iiihirai A

Proposta D
l OM O texto. Se necessário. consulte as notas.

iVaIc aolicacões nas nossas vidas que a associação mais


A ciência tem hoje‘ hoj(? /dêncla nãO pode deixar de ser a tecnologia j ssa
Imediata que ocidadão com l(adência_que éac)ma de tudoa dest nl)(,rI (
associação, embora nao d g se| tldequada. A tecnologia precedeu a ciência ,.to
do mundo pelo hom , modernidade, toda a tecnologia passou a derivar da
5 é, o fazer antecipou o saber - mas. na nioutj
ciência □ saber passou a ser a única fonte do fazer.
As aplicações da ciência n3o se fazem sem riscos. Aliás, nada na vida humana se faz sem
risco Não existe risco zero: é Inevitável que vivamos permanentemente sob ameaças. Ha que
distinguir, na análise dos riscos, entre aquilo que são azares, eventos naturais desfavoráveis
10 (que, nas antigas apólices de seguro, se chamavam «atos de Deus»), e erros, que resultam
de falhas humanas (errore hurnanuni est), que podem ir desde o insuficiente cuidado no
planeamento até uma ação dolosa, passando por um acidente involuntário. Se os azares
não podem ser evitados, os erros podem e devem, tanto quanto possível, ser prevenidos
É decerto virtuosa a aprendizagem que podemos fazer a partir deles. A ocorrência de
um certo erro deve despoletar medidas para evitar situações do mesmo tipo. Podemos
continuar a errar, mas os novos erros serão menores e, sobretudo, diferentes. A ciência,
através do seu moderno braço armado que é a tecnologia, protege-nos dos riscos inerentes
à natureza e minimiza os riscos originados por ações humanas. Se é certo que os avanços
da ciência, ao possibilitarem novas intervenções do homem no mundo, geram riscos, não
20 e menos verdade que a ciência, a aplicação correta do método científico, ainda é o melhor
instrumento de que dispomos para errar cada vez menos.
u°?.?JmJed'r 0 rfSC0? A ciência c>uantifica normalmente o risco usando a noção de
probabd.dade Contudo, a noção de probabilidade não é de fácil apreensão pelo comum das
pessoas Muitos passageiros, mesmo sabendo do baixo risco de fatalidade (0 0000185 oor
25 cento), tem medo quando entram num avião. O nosso cérebro tem dificuldaíe emX

O risco, correta ou incorretamente percecionado está


vidas, sendo várias as interrogações que se podem colocar empor todo o lado nas nossas
face dele A ’
constantemente novos riscos, assim como maneiras de os minimizar tr32*nos
30 Qual e então o valor da ciência? E quais são os perigos da ciência? n» r
como processo intelectual de descoberta do mundo é inofensiva É mi k 3 dênCÍa
nao saber. Mas a atividade que o homem exerce ou pode exercer'no múnd' d° QUe
posse do conhecimento cientifico, é sempre arriscada. ° mundo' ürna vez em

Carlos Rolhais. «Aprendendo com os erros., XX/, Ter OpMo, Fundação Franctsc<J

n ’5,jul..der 2015. (adaptadoj


NOTAS
dolosa (linha 12) - fraudulenta; que causa prejuízo conscientemente
errare humanum est (linha 11) - expressão latina que significa errar é humano.
I

(0) divergir da ciência.

(C) resultar da ciência.

(D) legitimar a ciência.

2. Segundo o autor do texto, ao contrário dos erros, os azares

(A) são incontornáveis.

(B) podem ser prevenidos.

(C) resultam da ação humana.

(D) diminuem com o avanço cientifico.

3. 0 exemplo apresentado no terceiro parágrafo evidencia a ideia de que

(A) é impossível fazer o cálculo do risco de cada situação.

(B) a perceção do risco tem uma vertente psicológica inquestlonámrl.

(C| é imprescindível calcular a probabilidade de risco de cada situação.


leitura e gramática
capitulo 2

h 28)e «os» (Bnha 29) contribui Para coesão

dele» (linha 28) e


6í o uso das palavras <«

(A) lexical.

(B) aspeto-temporal.

(C) frásica.

(D) referencial.

O último paris* *> «° ‘ predomina®*®

(A) narrativo.

(B) expositivo.

(C) descritivo.

(D) argumentativo.

8. Classifique a oração iniciada por «que» (linha 1).

9. Identifique o valor da oração subordinada adjetiva relativa presente nas linhas 3 e 4.

10. Refira a função sintática desempenhada pela oração subordinada presente em «é inevitável que
vivamos permanentemente sob ameaças» (linha 8).

126
______________________ EXAMES NACt0NAlS

----------------- ——- __

prop°staE
Leia o texto.

Se alguém me perguntar o que é o tempo, declaro logo a minha ignorância: não sei.
Agora mesmo ouço o bater do relógio de pêndula, e a resposta parece estar ali Mas não é
verdade. Quando a corda se lhe acabar, o maquinismo fica no tempo e não o mede- sofre-o.
E se o espelho me mostra que não sou já quem era há um ano, nem isso me dirá o que o
5 tempo é. Só o que o tempo faz.
Que me sejam perdoadas estas falsas profundezas. Nada em mim se dispunha a coxear
atrás do Einstein se não fosse aquela noticia de França: no rio Saõne toda a fauna se
extinguiu por ação de produtos tóxicos acidentalmente derramados nele, e cinco anos serão
necessários para que essa fauna se reconstitua. O mesmo tempo que envelhece, gasta,
destrói e mata (boas noites, espelho), vai purificar as águas, povoa-las pouco a pouco de
10 cSuras, até que cinco anos passados o rio ressuscitadafossaçomum dosn»mom».
glótia e triunfo da vida ‘Xl a quai é iaqui o

Não iria longe esta crónica se nao to p corrente envenenada, e e


confesso) a associação de ideias, Vai ievan o o noS^ uma e

neste momento que uma gota de agua se da tant0 a cair( e não cai enquanto a olho
15
pérola suspensa, que devagar vai engrossan Estou n0 jnterior d0 mundo.

fascinado. Rodeia-me um

A gota de agua re tembra um b0#J0 „eBe a mfimtesimal petata


sobre uma forma «^f^egar na superfc.e ® óí paràmos, pinar a gata de
de seis centímetros, g próxjma queda. E p d dras estarao juntas,»
calcária que tornara mais a duzentos anos ■ P ; do duas pedras

escrevo, pe' sobre os |agos sem p peqUena coluna.


daS águas s a. a fabricar pedra, a con h(j monotono
30 vagarosa da pr Duzentos an Duzentos anos g fazern

...........

verdadeira ém sUOr. Porque _ ntos anOs, se


n,-UlTURA<G*AMÀtirA

.imagem refletida no espelho (hnhas la 5)

As referências ao relógio parado®


1.
aludem a formas de medição do tempo.
(A)
exemplificam efeitos da passagem do te P
(B)
esclarecem as dúvidas do autor sobre o temp
(O
revelam o significado intrínseco do tempo.
(D)

I „ „rnwpar» na expressão «coxear atrás do Einstem» (linhas 6 e ?


2. Através do recurso a palavra «coxear na p

alude à

(A) necessidade imperiosa de aproximação à ciência.

(b) dificuldade em estudar o efeito do tempo no Saóne.

(C) distância que separa o seu pensamento do de Einstem.

(D) intenção inequívoca de seguir os passos de Einstem.

3. A associação de ideias estabelecida, a partir da linha 13, entre a água do rio Saóne e a gota de agua
da gruta evidencia

(A) o ciclo natural da água existente no planeta.

(B) o ritmo do tempo ao transformar o mundo.

(C) a beleza das formas que a água proporciona.

(D) a efemeridade da vida humana no planeta.

4- No último parágrafo do texto, o autor acentua

(A) a lentidão que caracteriza a evolução da humanidad,


le.
(B) a beleza dos processos naturais de cri, ‘
criação das rochas.
(C) .inil!«M„dadohomemfaceàimensMâodaM-^

(D) = ™raSW.de„.form3çâodenovaspedrascaicirtas

5- Nas linhas 13 e 15, a palavra «se» é

(A) uma conjunção em ambos os casos.

(B) um pronome em ambos os casos.


autSTÔES OE EXAMES NACIONAIS

Oeomptexo wW «está aproximando» (linha .


ha26)temurnva(oraspetw|

(A) genenco

(B| pontual.

(C) iterativo.

(D) durativo.

No Último parágrafo, são utilizados vários recursos estilísticos, entre os quais

(A) a sinestesia e a anáfora.

(B) a ironia e a sinestesia.

(C) a anáfora e a hipérbole.

(D) a hipérbole e a ironia.

Identifique a função sintática desempenhada pela expressão «o rio Saône» (linha 14).
8.

lndique c valor da 0^0 subordinada adje.1» re,a«» prasenra na Unha 16.


9.

dassIMue a oraçào Inuoduilda por« 6». «loba «>■


fAPlTUÍ.0 2 - LEITURA E GRAM4TICA

Proposta F
Leia o texto.

Esta paixão pela língua portuguesa, que aqui confesso, cega não será, superlativa
muito menos. Entendo-a rica, porque vem das boas famílias dos antigos e o que recebeu
multiplicou. Mas nunca afirmarei que é a mais rica ou a mais bela do mundo. Cada povo verá
no seu idioma mais virtudes que em idiomas alheios. Que a disputa, se a houver, seja festiva
5 pois que os idiomas não ocupam espaço e não geram rivais mas poliglotas. Anterior à festa
está, porém, aquilo que dizem História. E a História é bruta e territorial.
Para abordar o assunto do domínio da língua portuguesa sobre os povos são necessários
delicadeza e conhecimento, inteligência e desassombro em dose máxima. Dou-me por
incapaz e renuncio a uma tentativa de discurso. Sei, sim, que houve opressão e apagamento.
0 Mas talvez não nos caiba desculparmo-nos pelos conceitos e ações de antepassados, visto
que não nos assumimos legatários e o continuum moral iá foi cortado. Í...1

Hélia Correia, «Ditosa língua», Público, 8 de julho 2015.


UUftSTOtsoí
'XAMfSNACiÜNAls

segundo a autora, o amor à língua materna

(A) justifica disputas históricas entre os povos

(B) condiciona o convívio com outras línguas

(C) anula a brutalidade dos factos históricos.

(D) admite a valorização das outras línguas

No terceiro parágrafo, a autora enfatiza o fact0 dp


a língua portuguesa

(A) se Impor a outros povos pelo recurso à força.

(B) evoluir pelo contacto com outras culturas.

(C) continuar a ser vista como a língua do colonizador.

(D) ser incapaz de se desligar dos erros da História.

No último parágrafo, a ideia de união dos falantes de língua portuguesa é representada através da
associação com

(A) nevoeiro e teia.

(B) teia e sangue.

(C) sangue e terra.

(D) terra e coração.

(linha 31) remete para a ideia de


O adjetivo «altiva»

(A) arrogância.

(B) intolerância.

(C) nobreza.

(D) rigidez.
„bal..erS. Illnh3 3le.pl”»"™
a forma

(A) suposíÇã0'

(B) certeza-

(C) ordent-
(P) obrig3^0'
*

CAPITULO 2- LEITURA E GRAMÁTICA

/linha 15) e «se desnuda» (linha 16). as palavras subllnhad ,.


Nas expressões «Se chega» (linha 15) e < se

(A) conjunção e pronome, respetivament

(B) pronome e conjunção, respetivamente.

(C) conjunções, em ambos os casos.

(D) pronomes, em ambos os casos.

7. Relativamente à expressão «a língua portuguesa» (linha 29). o recurso ao pronome demonstrativo

presente na linha 31 constitui uma

(A) substituição por hiperonímia.

(B) substituição por sinonímia.

(C) anáfora.

(D) catáfora.

8. Indique o valor da oração relativa «que aqui confesso» (linha 1).

9. Indique a função sintática desempenhada pela oração «que houve opressão e apagamento» (linha 9).

10. Identifique o antecedente do possessivo «sua» (linha 27)


propos« G
Leia o texto.

o conceito de cultura cientifica é o mais vasto


consiste apenas na capacidade de ler o mundo .X**? '*"***
nele, nem consiste apenas na aquisição de conheci 6 saberrnos "^ntar-nos
Public Understanding ofScience. conh^mentos aentífm, como prende *

A cultura cientifica é um capital qUe nos -


5 mundo, não apenas conhecer, mas manipular as Ideias ômdZ“ 'T T d0
a! potencialidades . os riscos e as iimitaUs da SS

ciência com outros saberes e culturas e integrá-los numa «u roera„,e e


mundo, e encarar a ciência sem a mínima atitude de servidão ou sequer de reverência, mas
apenas com curiosidade, emoção e sentido de responsabilidade.
10
A promoção da cultura científica visa dar à ciência o mesmo estatuto que possuem
saberes como a literatura ou a música: garantir a todos a capacidade para o seu usufruto, as
condições para a sua apropriação e as ferramentas para o seu controlo.
A cultura científica exige conhecimentos sobre a ciência, mas não conhecimentos
disciplinares. Trata-se de conhecimentos sobre a forma como a ciência progride, nunca
15

excentricidade; sobre o valor da diferençai et a


importância do debate vivo e aberto, sobr* 6 inevitáveis enviesamentos e as humanas
ia 9).
20

25
receio de questionar e

30

1
CAPÍTULO2-LEIWRAEGRAMATICA

. baratos o que permite distinguir a cultura científica das

1.
mais comuns de ciência eo facto de a

(A) permitir que o homem conheça o mundo.

(B) se centrar na aquisição do saber científico.

(C) ultrapassar a dimensão puramente objetiva.

(D) ajudar o ser humano a orientar-se no mundo.

De acordo com a perspetiva expressa pelos autores no terceiro parágrafo do texto, a aproximação à
2.
literatura e à música realça a ideia de que a ciência deve

(A) propiciar uma visão subjetiva do mundo.

(B) evoluir linearmente, sem desvios.

(C) possuir um carácter disciplinar.

(D) estar ao alcance do cidadão comum.

3. No quarto parágrafo do texto, a construção anafórica está ao serviço da

(A) enumeração de propriedades que definem a cultura científica.

(B) enumeração de diversas características do método científico.

(C) demonstração do valor intemporal das conclusões científicas.

(D) demonstração da objetividade própria dos saberes científicos.

4. Nos dois parágrafos finais, os autores defendem sobretudo a w • u


m, sobretudo, a ideia de que a cultura científica
(A) deriva exclusivamente do ensino da ciência.

(B) controla os efeitos da aplicação da ciência.

(C) contribui para o desenvolvimento da ciência.

(D) fomenta a curiosidade e o gosto pela ciência.

5. Nas expressões «sabermos orientar-nos» (linha 2) e


pessoais desempenham as funções sintáticas de n°S Permitew (linha 5), os pronomes

(A) complemento direto e de cemp,emente l„dir,10, reSpeti,amente

(B) complemento indireto . de Cdmp.emento direte, respettamente.

(C) complemento indireto, em ambos os casos.

(D) complemento direto, em ambos os casos.

134
0UBT6ES« EXAMES NAOONA.S

conte*10 em que ocorrem, as palavras «literatura, e «músta. (Ii„ha 12|


f. No

(A) pertencem ao mesmo campo semântico.

(0) pertencem ao mesmo campo lexical.

(C) estabelecem uma relação de holonimia/meronímia.

(D) estabelecem uma relação de hiperonímia/hiponlmia.

No contexto em que ocorre, a conjunção «mas» está associada a uma ideia de adição
7.

(A) na linha 5.

(B) na linha 9.

(C) na linha 14.

(D) na linha 16.

Indique o «PO de delxis asseado pe.o d— P— —........... *

8.

:ão iniciada por «que» na linha 25.


9. Classifique a oraçao
me presente em «embo.A.3m0émosei..(«"-.31l

10. Identifique o antecedente do pronome Pr


capítulo 2 -leitura e gramática

6&
Proposta H
leia. texto. Se necessário, consube as notas.

onra se chama Melaka, pela História do meu país. No secu|0


Venho a Malaca, que agora Jo Orjente) 0 imperador chinês oferecia a filha erTl
XV, o sultanato c°n„tr0‘ava ° “ navios |ançavam âncora no porto, 84 idiomas regateavam
i-
casamento ao sultão, v nre g mãQ pa garganta de Veneza», escrevia
Tomé piresirantemporãneo de Afonso de Albuquerque, aludindo à importância de Malau
5
portuga?eoVXu^cidadêem 1511, perdeu-a em 1641 para a Holanda. Não tenbo

liusôes sobre os vestígios da presença portuguesa: ja passou demasiado tempo 0 que


os Holandeses e os Ingleses não destruiram, deixámos nos que se d.luisse nos séculos de
ausência e de desleixo. Antecipo Melaka como um cruzamento da humanidade, uma poção
10
única, uma receita irrepetível. Mas não é assim. Encontro uma anónima e descoordenada
cidade oriental, que podia ser qualquer outra cidade do Sudeste Asiático, um quarteirão 2

periférico de Sydney, de São Francisco. Um rio lamacento e abandonado atravessa o centro,


fachadas sujas e desmazeladas derretem-se sobre as margens. Do lado de cá, os Chineses;
15 e do outro lado, os Indianos. Os Malaios estão mais além. Não há confusões. Cada um trata
de si, todos se atarefam em conquistar uma vida melhor: um novo eletrodoméstico, um fim
de semana em Singapura, a universidade dos filhos, a peregrinação a Meca.
Sob a aparente indolência tropical, as tensões étnicas vão cozendo em fogo lento. De
tantos em tantos anos, explodem. Nada é inconsequente em Malaca: a língua, a fé, a cor
20 da pele, a forma de vestir ou a aptidão profissional atribuem um lugar preciso no tabuleiro
social. As pessoas carregam a afiliação étnica não apenas como uma identidade, também
como um vínculo.
Ponho-me à procura das relíquias da passagem portuguesa. Encontro a porta decrépita
de um forte demolido o esqueleto de uma igreja, uma estátua mutilada de São Francisco
25 Xavier. Faz tudo parte do roteiro turístico de Malaca, juntamente com o passeio de riquexó
a visita ao shopping, a quinta dos crocodilos A réolica ria rqr^i P ae r^uexo,
d. da cidade não é. afinal una bonenag m a0 ext“Xád„°?Uf “ d ’ T"
navegadores lusitanos - o de conquistar, com duas dezenas de nXTe !soO b armaS
poderoso sultanato de 100 000 habitantes. Depois de sete í 15°° homens' um
30 Lisboa. P 5 de sete meses de navegação desde

O museu serve para glorificaras bases religiosas da nacão Dent™ ,


de que os sucessivos Invasores europeus não teriam conquIstadÒS?!' > C°nC'Us3°
Continuo a procurar Portugal em Malaca - na igreia o k hoje f
mentalidade do meu povo, é um legado da presença portuguesa^0' í 9rtér'a Vltal da
35 sete mares. Entro, é a hora da missa. A igreja imita o gótico francês n n 5° empório dos
eis sao asiáticos, a missa decorre em inglês, as canções transmitem um^ * Ch'nêS' °S
n^entrado de
alegria, ritmo e nonchalance que seria impensável em Portugal Não é um l
Mas uma coismha pequena começa a agitar-se na alma: o sentimento de iri^tí evidente-
a realidade que me rodeia. Um momento familiar. Uma saudade. dent,ficação com

Gonçalo Cadilhe, Planisfério Pessoal, Lisboa, Clube do Autor. 2016 pp 2


QUISTO» Dt fXAMfS MACto^

mnM W) - «*pressAo em francês aue ',.gn,hta .


,• t _ veiculo de duas rodas para uma ou duas pessoa ,
, 1 ltn * frequente em cidades do Onente.

Através da afirmação de Tome Pires, citada no texto (linha 4), pretende-se

jgjtacar a supremacia comercial de Veneza

m) provar a relevância económica de Malaca

(C) realçar a diversidade linguística em Malaca.

(t» confirmar a violência exercida sobre Veneia.

2 No segundo parágrafo, o autor


' (A) evidencia . aliança entre —

WrealçaasmguUndadednen<aldaodad.d.Mabca

(« sublinha o contraste entre o real e o eiqwctam


^ot.aa.c^-nonlns.^deWa-

nativo oór em desraq^


(linhal3)têmcomoob.et.vopo

3, Asrefer*neiasaSVdn«e ’' “ ra

(A) o cosmopolitismo de Malata

(W adescamcte,^^-^

„raicK«""dl"
(C) acomposc acióade.
nHp-se que a ocupa'
(O) o estado de neg- agrafos, depreende-
' ao e do terceiro pa'
ao conteúdo d ulaCionais
Atendendo grupo> P
4. distinta*’"**" hednienloi„te^i.

(A) desen««ia«tas.

!•>

^erediv^P
(D) süge
5.

(A) a metáfora, em ambos os casos.

(B) o eufemismo, em ambos os casos.

(C) o eufemismo e a metáfora, respetivamente.

(D) a metáfora e o eufemismo, respetivamente.

7. Os complexos verbais «vão cozendo» (linha 18) e «Continuo a procurar» (linha 33) têm um valor

aspetual

(A) durativo.

(B) genérico.

(C) habitual.

(D) pontual.

8. Identifique o valor da oração iniciada por «que» na linha 1.

9. Classifique a oração sublinhada na frase «Quem for senhor de Malaca tem a mão na garganta de
Veneza» (linha 4).

10. Indique a função sintática desempenhada pela oração «para glorificar as bases religiosas da nação»
(linha 31).

138
proposta í
e tewto

C6 voltar a çssa arts* tã^ k j>


o .-.aparecem -remec tv- mente contamina 3 que é a lentldâo-Os W® estík®

nào fia tempo 3 p^er.


nr^-=c-r^c -- ^nçar as metas o mats rapidamente que formos
' -- es -> p .ntssc-s desgastam-nos, as perguntas atrasam-nos, os sentimentos são um
5 c--ro oespe-wK-.o: dizem-nos que temos de valorizar resultados, apenas resultados. À conta
2 sso os ’ tmas de ar . aaoe tomam-se mnoiedosamente inaturais.
Caca ?"-et*> que nos propõem e sempre mais absorvente e tem a ambição de sobrepor-se
a tudo. Os horános avançam mpondo um recuo da esfera privada. E mesmo estando al
e necessâno pemnanecer contactavel e disponível a qualquer momento. Passatnos a viver
spooe sem paredes nem margens, sem dias diferentes dos outros, sem rituais
num comnuo obsidiante, controlado ao minuto. [...] Deveriamos, contudo,
sobre o que perdemos, sobre o que vai ficando para trás, submerso ou em surdina,
5OD-e o Q-e de va-os de saber ouando permitimos que a aceleração nos condicione.deste
Con- razãc -um magnifico texto intitulado «A lentidão», Milan Kundera escre .
S ^.üa’^J '35 cersasacontecem depressa demais, mnguem fwd^tercerie^^®

—-

nfonwffc com ,ue v>vemos ™P«^“’* Aterra»». P"


■’*" T^‘-esíW > n0iSa r’'3Ça°,^Lamento mtemo. Preclsameffle
-"■A n3o acontece sem um■ »"£• lentMâ0 ,„e nos p-<M«

S “=ssgSS

~ O rnâ — _ -ArcaqsAtolas
28 S-5S

139
, .c.turae gramática
CAPÍTUL0 2

■ Mriêr3fo. 3 valonzaçã» dos resultados


d0 primeiro paraer
De acordo tomo conteúdo
1. natural do ser humano.
compromete o ritmo
(A) ,, da arte da lentidão.
decorre, de forma indireta.
(B) ,sobre o ser humano,
aligeira a pressão exereida sobre
(C)
resulta da ioevltável lentidão dos processos.
(D)

à citação de Milan Kundera para


2.
0 cronista recorre

ilustrar a tese com um caso concreto,


(A)
apresentar um novo ponto de vista,
(B)

introduzir um contra-argumento,
(O
reforçar o ponto de vista defendido.
(D)

3. No terceiro parágrafo, o autor enfatiza

(A) o empenho humano na concretização das tarefas que executa.

(B) a superficialidade das vivências humanas na atualidade.

(C) a diversidade de projetos que cada um leva a cabo.

(D) o domínio incontestável do homem sobre o tempo.

4. Com base na leitura do texto, é possível afirmar que a lentidão

(A) combate a mecanização da vida humana.

(B) torna mais difícil a consciência de si mesmo.

(C) propicia uma sensação de omnipotência.

(D) valoriza tudo o que é funcional e utilitário.

5. As orações introduzidas por «que» nas linhas 5 e 7 são

(A) subordinada substantiva completiva ™ •


segundo caso. * e,r° caso' e subordinada adjetiva relativa, no

'“I SUb°"i"’ada adl",''a "0 primeiro caso , subnr„. „


segundo caso. ' suDordinada substantiva completiva, no

(C) subordinadas adjetivas relativas, em ambos os casos.

IDI subordinadas substantivas completlvas, em ambos j

140
QUESTÕES de Examcc
--------------- exames naci0NA)s

A forma verbal «Deveriamos» (linha m eynr


6. ' exPnme uma
(A) probabilidade.

(B) dúvida.

(C) permissão.

(D) necessidade.

7. A conjunção «enquanto» (linha 17) introduz uma ideia de

(A) tempo.

(B) adição.

(C) condição.

(D) contraste.

8. Identifique a palavra que retoma a expressão «esfera privada» (linha 8)

indique a função sintática desempenhada peia expressão .» espuecimento. («nh. X»

10. Classifique a oração iniciada por «que» 1'inha 3S>.


2 - leitura egramAtica
capítulo

Proposta J
Leíaotexto.Se necessário, consulte»*»

, □ „ termo é normal. Acontece çonstantemente. Cada língua divide a


A intradutlbilidade de um ee|as não se a|ustam inteiramente ao recorte
seo modo a real,da? noutras línguas. Temos mofõ e pero, enquanto em inglês há
To<tendo-americanos não se preocupavam com a distmçao, para portugueses mais
so opp/e Os anglo a basta.„os 0 VCrbo «esperar», enquanto os ingleses
5 o subdividem em /tope, «pect e umít. Mas ninguém em Portugal espera menos só por nãa
ter acesso a essas distinções vocabulares, como ninguém confunde esperor o outocorro com
esperar um bebé, ou esperar uma vida melhor para os filhos. I...]
A grande diferença é cultural. Se calhar os portugueses, por razoes históricas diversas,
tiveram inúmeras oportunidades para sofrer de saudades, a começar com as ausências
10
prolongadas dos navegadores a partir de Quatrocentos. Mas não podemos afirmar isso ao de
leve, sem estabelecer comparações: os espanhóis, por exemplo, dispersaram-se igualmente
pelo Globo e não criaram um termo equivalente com tanto peso. Os ingleses, um século e
tanto depois, espalharam-se também pelos mares e continentes, aliás como os holandeses,
15 e nenhum desses povos cunhou uma palavra única para expressar os sentimentos dos
ausentes da pátria quando dos seus se lembravam, ou destes quando sentiam a falta dos
embarcadiços. Quer dizer: são as culturas que criam os termos, os mantêm e desenvolvem,
vá lá alguém saber exatamente porquê. Todavia, não é a língua portuguesa que é mais
saudosa que as outras, mas os portugueses que, por qualquer razão, insistem mais nesse
20 sentimento. [...]
Assim, o termo ganhou uma extensão invulgar que as metáforas ainda alargaram mais.
Ora, em semântica, é regra fundamental que o significado é o uso. Dito de outro modo:
para se saber o que significa uma palavra ou uma expressão, analisa-se o contexto em que
é usada. E, santo Deus!, quão vastos são os contextos de «saudade» na nossa cultura Usa-a
25 o fado em letras sobre amores destroçados que recordam momentos de idílio em comum;
usa-a um filho que chora a morte da mãe; como a usa um emigrante em carta para a família,
ou um adulto revivendo os doces momentos da infância. [...]
adnúirp rá n6SSa p°!'5Sem'a desbragada do termo em tão variadas circunstâncias que ele
u„™ ZLZm/ Ve! maiS ,ntraduIi"eis. p^que em nenhuma outra língua
30 staX “ f01 ,a° '^ntemente utilizado para cobrir tão diverso número de

Nada disto envolve qualquer maeia- pcd-á cn


linguística de resumir tanta dlverslc^de u^^
palavra noutra línsua Fm r. ' 6 US0S e encontrar um equivalente em uma só
(saudosos) do que outros povos (eéZsível)°mPi°rtlJhUeSr|S P°derã° m3ÍS sentimentais
35
largas à criatividade no uso do termo sJ' ^'obretudoPorcluetradicionalmente deram

com as palavras, lhe alargaram exponencialmente o senado' P°et3S'

Onésimo Teotónio Almeida, A Obsessão da Portugaiidf.-1


Lisboa, Quetzal Editores, 2017, PP ft

142
p* MB* ° primeiro PM^nfo do t»n
I '^^^bdidadede 1
*’'*no*«n.áaha#4t
! í -r ■'trl flm mwk

» "* **“ or8a"'"''

PJ cada povo velonzar aspeto, discrepantes da ,ealldade

& NPMgundO parágrafo, o autor estabelece uma comparacào


uwnparaçac entre povos, com 3 .ntençfcde

(A) distinguir expenênc.as smulares que foram vrvtdas por populações de pa.ses eumpe»

(B| comprovar que a rate da palavra «saudade. tem ongem nas ausências aos navegador»

(C) exemplificar as diversas situações qur cruram j necessidade do termo «saudade*.

(D) demonstrar que 3S palavras sâo determinadas pela especificidade cultural de cada povo

Ao utilizar a expressão «polis sem,a desbragada, (linha 28), o autor pretende evidenciar
3.
(A) a amplitude do campo semântico da palavra «wudade».

(B) a longa tradrçâo poética sobre a temática da «saudade».

(C) o sentimentalismo excessivo do povo português.

(D) o saudosismo característico da língua portuguesa

Introduzem, respetivamente. sequências textuais em que o autor ~ * **


<• As expressões .Quer dizer» (linha 17) e «Oito de outro modo» (linha

(A) apresenta um argumento novo e reforça as .deias antenormente apresentadas.

(B) sintetiza o conteúdo do parágrafo e explica a Ideia anteriormente expressa

(C) fundamenta o seu ponto de vista e introduz novos argumentos


(D) problematiza a ideia apresentada anteriormente e exemplifica o seu ponto de vista.

5. As formas verbais presentes em «A intraduzibilidade de um termo e normal.» (linha 1| e em «As«m.


o termo ganhou uma extensão invulgar» (linha 21) têm, respetivamente, um valor aspetual

(A) genérico e perfetivo.

(B) iterativo e perfetivo.

(C) genérico e imperfetivo.

(D) iterativo e imperfetivo.


CAPÍTULO 2 - LEITURA E GRAMÁTICA

-? 1

144
QUESTÕES DE EXAMES NACIONAIS

$ta K
se necessário, consulte as notas.
Leia otex'

no passado, os homens tinham certezas religiosas e morais Thria □ h ■ u


social estava organizada em redor dessas crenças sagradas. Os seus slmb^TpXos

monumentos religiosos, sobreviveram aos milénios, tal como as estátuas dos deuses <í ôs
livros de inspiração divina. A grande mudança teve lugar com a Revolução Industrial, Então,
a pouco e pouco, a banca, a bolsa, o arranha-céus de escritórios substituíram a catedral
paralelamente à crise do sacro, difunde-se a recusa do conceito de pecadoe, eventualmente,
do conceito de culpa. Já não existem tábuas da lei absolutas e imutáveis, e muitos pensam,
depois de Nietzsche, que os conceitos de bem e de mal se estão a desvanecer, tal como a
ideia de demónio e de tentação.
Muitos pensadores laicos constatam que o pensamento progressista triunfa hoje, mas
como que despojado de valores. Ensina a não ser fanático, a ser tolerante, racional, mas, ao
h,â. io aceita um pouco de tudo, o consumismo, a superficialidade da moda, o vazio da
tolpvisão Não consegue, sobretudo, fazer despontar nos indivíduos uma chama que vá

além do mero bem-estar, um ideal que supere o


rendimentos. Não cria metas, nao suscita cra"’a' . iã à mmenlêncla pessoais,
mal. do justo e do injusto. Desta kcs continuam . dl» do

mundo modeX a sua moralidade espedhca^ * sociedade tem

re^^

as suas formas. A nossa soaedad g rq stahos wdoentes,


duelo, as vinganças privadas^ HoJ - tais. Defendei^ ^0SÇraciaÍ5, as discriminações
Combateu a doença e art doresjm« c,e romOa.l^orn,

protegendo-os com u ainda existem, .imal„„s ci de' „


étnicas. É certo que Tanlbém „ o ^d^em»sque é ““»Xíeé nosso

X^am-^

futuras. Nao de que o 9^«*.1


mas damo-n°s Nova. Bertra„d. .
'"dwidua

fran““° ““

NOTAS
2. Na opinião de muitos pensadores, o p«n
(A) falha por não discriminar entre o certo e o errado.

(B) incute ideias que ultrapassam a noção de bem-estar.

(C) insurge-se contra a criação de metas e de crenças.

(D) adquire relevo ao não dissociar fanatismo de intolerância.

3. No terceiro parágrafo do texto, os autores recorrem a um conjunto de exemplos para mostrar que

(A) os valores de natureza ético-moral desapareceram da sociedade atual.

(B) a sociedade atual conseguiu eliminar os graves problemas do passado.

(C) a sociedade atual se rege por valores que dignificam a pessoa humana.

(D) os homens da sociedade atual têm plena consciência da sua hipocrisia.

4. No excerto compreendido entre «Considera negativamente» (linha 22) e «de abuso» (linha 23), as
formas verbais têm, respetivamente. um valor aspetual

(A) genérico e iterativo.

(B) perfetivo e iterativo.

(C) imperfetivo e genérico.

(D) genérico e perfetivo.

146
QUESTÕES OE EXAMES NACIONAIS

dentre as funções sintáticas desempenhadas pelas expressões:

a) «dos rendimentos» (linhas 14 e 15);

b) «que estas coisas ainda existem» (linha 27).

I pique o processo de coesão textual assegurado pelas expressões «No passado» (linha 1). «a pouco

7. pouco» (Unha 5). «Já» (linha 7), «Hoje, a pouco e pouco» (linha 24) e «ainda» (linha27).

147
$

proposta L soo consuiwas"0”5'


Leaote«to.se"c“ssr ' .r(ssln,o na língua portuBuesa . Longe do repenti5 I

..inBrancoéarncasosingulari asquese evidenciou ao saber .,lW8rani|5


CamiT? de estamos perante um e exlgência de profissional, que se equiDa rarn
oudafacMade, jdadedeevocaç3° u Balzac... Alexandre Cabra) faia, „
■ ,alen:°":XeXres de sempre, mácula, nesse estrito aspeto. que '

a0S do «exemplo de um profiss'onal. a proc|ução camiliana em cerca de


foi ainda ultrapassado». Fialho * Al™ emq5 que esse cálculo é feito nitidamente Mr '
5
,80 volumes e 54 mil Pâ8'"a\H,í |nBua nunca se deixou deslumbrar pelos arrebiquK
defeito. [...11 no tocante ao uso da 8 de vocabular, para ser fiel as particular,dadese

escusados, antes pq “0 é ,'nigualável. E não é preciso entrar em comparações com

10 ÕÍSs nossos ";e'hores ' daTfeitiotíntesvezes agreste, Camilo tem, na sua longa obra,

De personalidade marcaaae SUSCetibilidades. Houve, por isso, razões para


severas apreciações cr,tica^ue lermo.)o fjca-nos a grande riqueza da matéria-prima
ódiosesuspeiçoes, mas, a dista , m.rcada oor dualismos e diferenças profundos,
que sTpeodderia'm slrXtado/eCompreendldos por quem tivesse oportunidade crítica e
15

”7m 0 TempoeXZo°A^lZTpor ^o.Xganizador'da obra Viale Moutinho,

com grande mestria, ieva-nos. a partir da vida do autor de Amor de Perdrçoo, através do
acontecimentos do país e do mundo. E sentimos como há um enredo romanesco donde
20
tudo parte, na existência atribulada, e nem sempre evidente, de Camilo. Desde muito cedo,
há tendência para se embrenhar em polémicas, para formular juízos severos, para criar
anticorpos... Em Ribeira de Pena, em 1843, escreve e afixa na porta da matriz versos ofensivos
a uma família importante da vila. Para salvar a pele foge para Vilarinho de Samardã.. Em
1846, devido a uma série de artigos publicados no Porto em que criticava o governador civil
25
de Vila Real, é barbaramente agredido... Foge com Patrícia Emília para a cidade invicta, mas
é acusado por um tio de roubo, sendo ambos presos. Com traços romanescos, porém, o tio
confessará depois que era falsa a acusação, feita apenas para travar a fuga... Em 1850, sai a
lume o primeiro romance do novel autor - Anátema...
30 Estes breves exemplos ilustram uma vida sentimental intensa, que culminará no caso
de Ana Plácido, e uma vida familiar dramática. Este é, no entanto, o pano de fundo de uma
persistência admirável enquanto profissional da escrita. Ele confessa: «Eu inclinava o peito
crivado de dores sobre uma banca para ganhar, escrevendo e tressudando sangue, o pão
de uma família. A luz dos olhos bruxuleava já nas vascas da cegueira. E eu escrevia, escrevia
35 sempre».

Guilherme d Oliveira Martins, «Saber ler os segredos de Camilo», Jornal de Letras Artes e Ideias.

26 de outubro a 8 de novembro de 2016, p. 28.


NOTAS
arrebiques (linha 8) - adornos exagerados, geralmente consideraria j
bruxu/eovo (linha 34) - brilhava de forma trémula C°nS,derados de 6°*°

novel (linha 29) - novo; principiante.


tressudando sangue (linha 33) - suando sangue; com grande sofrimento
vascas (linha 34) - agonias.

— onvi
uniAIS

autor, no que diz respeito ao uso da língua, Camilo é um escritor

do profissionalismo demonstrado ao longo da sua carreira.

arte de esbater as particularidades culturais.


l3 na an

: fento par3 adequar a linguagem às diversas personagens.


^extraordinária capacidade para escrever centenas de livros.

uma das principais características da obra de Camilo Castelo


l
Branco, mencionada no segundo
parágrafo, consiste na presença de

(A) aspetos marcantes da sua personalidade peculiar.

(B) um olhar crítico sobre a sociedade do seu tempo.

(C) um retrato fugaz de uma sociedade de contrastes.

(D) reações às duríssimas críticas que lhe são dirigidas.

3. Nos dois últimos parágrafos do texto, pretende-se

(A) demonstrar que a obra camiliana espelha a vida e a dedicação do autor à escrita.

(B) evidenciar o facto de Camilo ter percorrido diversos locais do país, ao longo da vida,

demonstrar que o escritor foi alvo de diversas perseguições, todas elas «fundadas,
(C)
evidenciar o facto de a vida demasiado atribulada do autor o re. conduzido á
(D)
da matriz. <l«ha 231 e .por um no. 27) desempenham as W»

4. As expressões «na porta

sintáticas de complemento do adjetivo, respetivamente.

de modificador e oblíquo e de complemento agente da passiva, respetivamente.


(A)
de complemento oblíquo e de complemento do adjetivo, respetivamente
(B)
e de complemento agente da passiva, respetívamente.
de complemento
(C)
de modificador formas verbais
transcrito nas linhas 32 a 35, as
(D)
discurso de Camilo.
excerto correspondente ao

5. No •rimem
1 os valores aspetuais

expi
perfetivo e genérico,
(A)
perfetivo e iterativo,
(0) imperfetivo e genérico.

(C) i imperfetivo e iterativo.

(O)
.
6. claMiflque a oraçíomtroduzida por

mrreram na evolução do étimo latino «maçuja» para,


1 2
7. Refira os dois P«Xes$0* numera^ respe.lv,.
jdentlficando-os de acordo corr
palavra «mágoa»
CAPITULO 2 -IEITURAE6MMAT.CA

Proposta A

1. Resposta: (B)
A citação do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa, põe em evidência o facto de o olfato ser urrj

sentido com características muito particulares, que permite recordar sensações experienciadas pelo

ser humano.

Resposta: (C)

A informação apresentada entre parênteses explica a ideia referida anteriormente, ou seja, por que

razão é difícil «narrar um odor».

Resposta: (A)

No terceiro parágrafo, refere-se, por um lado, a diminuição do número de palavras utilizadas na língua
alemã para designar cheiros diferentes e, por outro lado, a existência de mais de duzentos e cinquenta
termos relativos à sabedoria dos odores no mundo árabe-muçulmano. Através desta comparação,
estabelece-se um contraste entre dois universos culturais.

Resposta: (C)

Na expressão citada, «triviais» surge como sinónimo de «comuns» ou «banais» e «sofisticadas»


como sinónimo de «requintadas» ou «elaboradas». A alínea (C) é a única que apresenta sinónimos
adequados ao sentido de ambos os termos no contexto em que ocorrem.

Resposta: (B)

Nos dois últimos parágrafos, afirma-se que o odor «expõe excessivamente a individualidade» e são
apresentados diversos exemplos para comprovar que o ser humano utiliza odores artificiais para
esconder os odores naturais.

Resposta. (D)

O termo «paisagens» convoca o sentido da visão e o termo «olfativas» convoca o sentido do olfato.
A utilização de uma única expressão para evocar, em simultâneo, sensações de natureza distinta
constitui uma sinestesia.

Resposta: (B)

A palavra «Dessas» refere-se a «cento e cinquenta e oito palavras para designar cheiros diferentes»
Ambas as unidades linguísticas remetem para o mesmo referente, contribuindo par^^^são
referencial.

Resposta: «a sabedoria dos odores»

O pronome pessoal «ela» refere-se a «a sabedoria dos odores»


^SOuiÇOfs

Resposta: Complemento direto


9.

A oração «que o oifa.o pcrdeu


«o. ou «isso.: «E di-los; .£ J*" -
«o é. que selecione um comp, £ ««.. M............... ......... £
ampletoa

10. Resposta: Oraçào subordinada adverbial conteMiv.

A locução subordrnat.va concessiva -mesmo se. « ,qutMltnw p„, . ,


que., .se bem que. .nnodc.nu.,
desta construção, o autor iranwnrte a .dca de que 0 »r hum^ nu <M» «a
natureza, o que contrasta com o pressuposto expresso na oraçlo íubordir ir.i* < * a
$e tem desenvolvido o comercio ligado aos odores ambiemafc
Proposta B

X. Resposta (B)
a autora parte da Ideia de que a versão curta do filme Os Maias. de . .
“,X'pX’«( «*• *• * "**°da °bra * E'a 7Quepara ***•’• ”■*

“ m ,Xrç»" •» «sempre aq m,eE'3'*««. ’

2. Resposta (A)
No ‘-cg.. W' rv^re-seque a fidelidade do realizador ao texto começa nas palavras inicia ç
aue eiKre riçoi sequencial na ordenação dos acontecimentos. Refere se, explicitamente, que a y0<
-ar à-jc• nâc se. onfunde com a do escritor. É feita uma referência ao facto de, no filme, as vozer
«r:st estridentes de caricatura», mas sem se estabelecer qualquer paralelismo com a - ■ ■
- f«,< -r ujêi-os Assim, a alínea (A) é a única que apresenta dois aspetos que permitem comr-
.. t - .v-.;.- segue o texto queirosiano com fidelidade.

t Resposta (0)

bmntanx.nn.bwd.n,., .(.ementes de palxSo», «graves de dramatismo» e «estridentesde


oncMiir» acentuam a ideia de exuberância.

4. Resposta (C)

—-=«. <x»‘ o r°5'defendendo * id™de ** “

erpretaçoes, o filme apresenta uma determinada


r'eTí -età-ão. induzia por aquilo que se vê r -
e ouve. No quarto parágrafo, é feita uma apreciação dos
X* * w™. ™,m.«,.mente íos w foram
" pintados em telas gigantes. O quarto parágrafo
u- ^‘- u^ novo topico de análise.

5- fte-ipoua (B)

Na pnmwra ocorrência os
•evou a hesitar na sua escolha PO"t0S 'ntr°düZem
uni enunciado em que a autora explica o que a
** ' «tunda M

6. Resposta (A)


— •<- I
de uma palavra ou eMOre.ça„
exPressão e'rÓS” refere'se a «Os Maias». A substituição
d„eZ~<;
p,o cnnrtn/r'aiS *Onea' analítica e indireta, com objetivos
-O'const'tuiumaperffrase.
7. Resposta (B)

No contexto em que ocorre a


ocorre,
que voltará a ver o filme o<2 a e*PreSSão #s«m dúvida» hl-
S Ma,Q5- João Boteis 3 ° faCt0 de a autora ter a certeza de 4H

154
«esoiuções

8. Resposta: «Tudo»

O pronome «udo» remete par3«ostra _

«ores». O seu sentido depende de uma .


vozes dos
deP°'S' “ “rre,er™al "■ «™«ade surge

9. Resposta: (Valor) restritivo

A oração «que [...] não pretendp «r n


restringe a informação dada sobre o antec^te^56"*9 7 T' W
, nte (o «narrador»). Refere-se Informação relevante
sobre um narrador específico e não sobre o narrador em geral. É de salientar que a oração iniciada

por «que» nao surge demarcada por uma virgula; existe, efetivamente, uma expressão entre virgulas,
mas no interior da oração.

10. Resposta: Sujeito

O pronome relativo «que» retoma um termo já expresso na oração anterior, de forma a evitar
repetições. Neste caso, «que» retoma o antecedente «ambientes da época» e desempenha a função
sintática de sujeito da oração (os ambientes da epoca mantêm as suas características).
LEITURA E GRAMÁTICA
CAPÍTUIO1 -LE"

Proposta C

1, Resposta: (C) forma sintétiCa, 0 conjunto das tarefas realiwdas nQj


A palavra «vertigem» é utilizada para meradas ao longo do primeiro paragrafo.
dias anteriores ao dia da viagem, as qua.ssao

2. Resposta: (A)
par,idas. *.. um. consta P-r gestos que se repetem de cadq ve, qüe „
Xaia. «esse sentido, é pesstve! prever o medo como tudo acontecera.

3. Resposta: (A)
Nos dois últimos parágrafos, refere-se que o autor tinha já criado representações acerca das cidades
que visitou, nomeadamente a partir de informação recolhida em fontes diversas, mas que essas
perspetivas foram enriquecidas pela perceção sensorial da realidade.

4. Resposta: (C)

No terceiro parágrafo, o autor refere-se a uma rotina, a gestos que se repetem em todas as partidas
Neste sentido, o presente do indicativo é utilizado para referir situações habituais.

5. Resposta: (D)

A anteposição do pronome «lhe» é determinada npin far+r» rirt «r* • . _•


e ueierminaaa pelo tacto de estar integrado numa oraçao
subordinada relativa.

6. Resposta: (B)

o adverbio «aí», na expressão «mundo que aí vem» refere « =>


mas que chee.,á „0 futur0. re,atlvamen,e x a «> ™"‘'° ainda chegou,
que está para chegar. Neste sentido „,r u 3 enunc,aÇao< remete para um tempo futuro,
na expressão ter estado «lá», refere-se a euSemPenha a função de deítico temporal. O advérbio «la»,
enunciação. Neste sentido, «lá» dewmn k Spaço em Aue se esteve e que difere do «aqui» da
«empenha a função de deítico espacial.
7. Resposta: (B)

A oração «que vai começar o embarque» comnlet


ocorre, o verbo «avisar» é um verbo transitivo di^V6rb° <<avisar»’ No contexto em pue
CaS0'é Uma or3^° subordinada substantivaT' .° é' Se'eCÍ°na Um c^plemento direto que.
a completiva.
8. Resposta: (Valor) restritivo

A oração «que começará em breve» an


informação dada sobre o antnr a P Senta um valor restriti.
viagem específica e não sobre a vir6 VÍa86m>>)- Ref«e-se inf^ *
gemem geral. formação relevante sobre uma

156
RESOLUÇÕES

resposta Complemento direto

A oraçio «que chegaremos todos ao mesmo tempo» pode ser substituída pelos pronomes taJ

dsso»: «Sei-o»; «Se» isso». Neste contexto, o verbo «saber» é um verbo transitivo direto, istoé,

seleciona um complemento direto que, neste caso, é uma oração subordinada substantiva completiva.

10. Resposta: «fantasiar sobre o destino para o qual me dirijo»

O pronome «o» refere-se a «fantasiar sobre o destino para o qual me dirijo».


CAPÍTULO2 LEITURA rbHAMAIK A

Proposta D

1. Resposta: (C)
que a tecnologia precedeu a ciência, mas que atualmente
No primeiro parágrafo, refere-se i
, deriva da ciência, ou seja, a tecnologia resulta da ciência.
modernidade») é a tecnologia que

2. Resposta: (A)
Segundo o autor, os azares constituem «eventos naturais desfavoráveis» que não podem serev.tados.

Neste sentido, os azares são incontornáveis.

3. Resposta: (B)
No terceiro parágrafo, o autor refere que o facto de muitos passageiros saberem que existe um baixo
risco de acidente nas viagens aéreas não os impede de terem medo de andar de avião. Comprova-se
assim, que a perceção do risco depende de fatores psicológicos e não do conhecimento científico.

4. Resposta: (C)

De acordo com o conteúdo do ultimo parágrafo, a ciência enquanto processo intelectual de descoberta
do mundo é inofensivo. O risco decorre da forma como o homem utiliza o conhecimento científico.

5. Resposta: (B)

No contexto em que ocorre, o verbo «proteger» é um verbo transitivo direto e indireto, isto é,
seleciona um complemento direto (proteger alguém - «nos») e um complemento obliquo (de alguma
coisa - «dos riscos»). Através da reescrita da expressão com o pronome pessoal na terceira pessoa do
Plural, obter-se-ia a expressão «protege-os dos riscos». No contexto em que ocorre, o verbo «trazer»
e um verbo trans.tivo direto e indireto, isto é, seleciona um complemento direto (alguma coisa -
com o°SDrriSCOS 6 " COmP'enientO indireto <a - «nos»). Através da reescrita da expressão
com o pronome pessoa! na terceira pessoa do píural, obter-se-ia a expressão «traz-lhes novos riscos»

6. Resposta: (D)

7. Resposta: (D)

No ultimo parágrafo, o autor clarifica o seu ponto ■


expressando juízos de valor através do re d° Val°r 6 d°S per'e°s da ciência'
«arriscada». Nesse sentido, é parágrafo é predomi3 e*PreSSÕes C0ni0 <<é me,hor»- «inofensiva» e

158

Re^pasta (Valor) explicativo

A oração «que e acima de tudo a descoberta do muxta peto iwww» tw i VÍUJr


na medida em que apresenta uma informação amstonal r tMuHatva *cw« de
oència»), encontrando-se dei-mitada por travessões

10. Resposta Sujeito

A oração « que ws amos permanentemente sob a ■ M


uerbal, desempenhando a função «ntâtca de sw

pode ser substituído peto pronome *>sw e swk<"

ou «ê verdade»
CAWTUIO1 ~ t G*AMÁrt< A

Proposta E

1. Resposta (B)
De acordo com o conteúdo do primeiro paragrafo, o relogio parado e a imagem refletida nC.
não sao evocados para definir o tempo, mas antes para ilustrar as suas conseouèncias quando aca^
a corda, o relógio para; quando alguém se olha ao espelho, dá-se conta dos efeitos provoca^
passagem do tempo. Esta ideia é reforçada peia frase «Só o que o tempo faz».

2. Resposta (C)

A palavra «coxear» acentua a ideia de que o autor não conhece aprofundadamente as teonas de
Emstein e de que a apropriação dessas teonas exige um esforço significativo. O recurso ã expressão
«falsas profundezas» para autocaracterizar o seu pensamento reforça esta perspetiva.

3. Resposta: (B)

Ambos os exemplos, tanto o da progressiva purificação das aguas do Rio Saõne como o da gota
de água da gruta, comprovam que as transformações acontecem pouco a pouco, num ritmo lento
(«devagar vai engrossando e tarda tanto a cair»).

4. Resposta: (A)

No último parágrafo, estabelece-se uma analogia entre a formação de


novas estruturas na gruta e a
transformação da humanidade, também ela marcada pela lentidão.

5. Resposta; (D)

•—-—-—
caso, de uma conjunção subordinativa condiciona1
«ata nãoe„;,s™”Pro"°me

a expressão seria «uma gota de água desenha-se-


me na memória».

6. Resposta: (D)

8 Meia * -«
associada uma certa duração. Nestes casos" o^mrt '"SUnB™a™n,e- seja, a que e
p exo verbal tem um valor aspetual durativo.
7. Resposta: (C)

A repetição da expressão «Porque são eles»


é sangue e é também suor» e «esforço sem limrtes^ZZéd^ ’EOt3 de JgUa q**

zz:~r,to"s cxrx
Re$OLUÇÕES

g Resposta: Sujeito

A expressão «o rio Saône» é o constituint •


(unçSo sintática de sujeito (om ***•
pelo pronome «ele» («o rio Saône»). ^^^«^deserwbstitufda

9. Resposta: (Valor) explicativo

A oração «que devagar vai engrossando e tarda tanto a cair. m ,ato, eiplMv0

que apresenta unta informação adicional e faculta»., aMrca do ,nteMe„,e


suspensa»), encontrando-se delimitada por vírgulas.

10. Resposta: Oração subordinada adjetiva relativa restritiva

A oração «em que ninguém reparará depois» é uma oração subordinada adjetiva relativa restritiva,
pois tem a função de restringir a informação dada sobre o antecedente («um mísero toco») É de
salientar que a presença da preposição «em» é exigida pelo verbo «reparam: ninguém reparará no

(em + o) mísero toco.


. í r MURA I GRAMÁTICA
CApniHOÍ IfllURAi

propost.1 F

i. Rpsprr.la (O)
lado que todos os povos consideram a sua língua como a ma.s rica Ou 3
A autora retertb por um
. nunca defendera que a língua portuguesa é superior às restantes Nsste
bela v, pnr outro lado, que A o'*
wntldo, admite ■> valorlwç®» da» outras línguas.
.$e'-c
cí^P
2. RtlpOutd (B)
No ttrroiro parágrafo, reconhece-se que poderá existir quem associe o português a erros do passado
mas ‘.ubllnha %w. acima de tudo, o facto de o contacto com outras culturas implicar sempre uma
tr.irisformaçáo da língua 0P°

3. Rf»%posl.i: (B)

Paru simbolizar .i ligação entre os falantes das diferentes variantes do Português, a autora recorre a
duas Imagens distintas: a de uma tela formada por leves fios resistentes e a do sangue que ocupa o
coraçlo.

4. Resposta (C)

Hom..,toamque«erre,. pa|,,„a „a|,iv„aprese„,a uma„notaçao posit„a lea,ça„d0„d(


. língua pu.tu,ue>. , rapMdaõe d„ s, a„rmr „o mundi) gra(as „ suas qua|idades . No|m!a
surge, assim, associada à ideia de valor, de imponência.

5. Resposta: (A)

Ao recorrer a uma forma verbal no futuro simoles rio


possibilidade, SupÒe tratar-se de uma situirã 0 ,ncl,cat'vo’ a autora exPrlme uma
expressa a sua Ideia enquanto certeza Isto é admT Se?er'fiCa "* generalidade dos casos mas não
’ ° e’ adnilte nao ««ar absolutamente certa
6. Resposta: (A)

Na expressão «se chega», a palavra «


Trata-se, neste caso, de uma conjunção l' h "7°raÇã° subord'nada adverbial cond.ciona-
p.il.ivr.i «se» e um pronome pessoal Casoap«r LOndlcional- Na expressão «se desnuda :
8 expressão seria «desnuda-se», SÍntática exigisse a anteposição do pronome,

7. Resposta: (c)

O pronome demonstrativo «Esta» refei


que mantémwm mLeX73OãlinBUlStiCa CUja ‘XXXT””’ "ESt3>>
texto. P SS3° (° antecedente) 0 depende da relação de correferênc 3
figura anteriormente na linearidade de

c
RESOLUÇÕES

* aposta (Valor) explicativo

A oração «que aqui confesso» tem um valor explicativo na medida


adicional e facultativa acerca do antecedente («Esta paixão neü iimqu>'<lpresent‘,u^ informar,j0

que esta
esta oração delimitada oor
surge delimitada
oração surge por vi^ ....
vírgulas
* <^.nt.r

9 Resposta: Complemento direto

A oração «que houve opressão e apagamento» pode ser substituída pelos pronomes «o» ou

«Seí-O»; «Sei ÍSS0». Neste contexto, o verbo «saber» é um verbo transitivo direto, isto ó, seleciona um

complemento direto que, neste caso, é uma oração subordinada substantiva completiva.

10. Resposta: «Mia Couto»

O possessivo «sua», na expressão «sua escrita», refere-se a «Mia Couto».

161
Proposta G

1. Resposta (C)
De acordo com os dois primeiros parágrafos, as conceções mais comuns de ciência assoc.am « Clêncía,
à aquisição do conhecimento científico, à capacidade de conhecer o mundo, ao facto de ajudar 0 5er

humano a orientar-se no mundo. A «cultura cientifica» acrescenta a estes aspetos um conjunto de


outras características: a possibilidade de usufruir do mundo, de manipular as ideias produzidas Pe|a
ciência, de relacionar o conhecimento cientifico com outros saberes e culturas, de encarar a ciência
com emoção. Estas características da «cultura científica» ultrapassam uma dimensão puramente

racional, objetiva.

2. Resposta: (D)

Segundo os autores, o que permite aproximar a ciência da literatura ou da música é o facto de todos
terem acesso a esse conhecimento, tal como todos podem usufruir da literatura ou da música.

3. Resposta: (A)

A construção anafórica presente no quarto parágrafo consiste na sucessiva repetição de palavras e


expressões como «sobre» e «mas (também)». Estas palavras e expressões são utlizadas para introduzir
aspetos que definem a cultura cientifica (naquilo que a distingue das conceções mais comuns de

4. Resposta: (D)

O diálogo», «pens^mZ^crít^o^Zanil 6"3SPet°SC°m° «estimular

a própria ciência». Neste sentido defende eSC° <<quest,onar não só 0 mundo- mas
fomentando a curiosidade e o gosto pela clênciT " d°S CÍdadãos à ciência se alcan5a

5. Resposta: (A)

No contexto em que ocorre, o verbo « '


seleciona um complemento direto (orientar altar>> Verb° transitivo direto e indireto, isto é,
lugar - «nele»). Através da reescrita da eu®m «nos») e um complemento oblíquo (em algum
plural, obter-se-ia a expressão «orientá-los» n”30 ° Pr°nome pessoal na terceira pessoa do
verbo transitivo direto e indireto, isto é sei ° C°nteXt° em que ocorre- o verbo «permitir» é um
apenas ler, mas usufruir do mundo») e um complernento direto (alguma coisa - «não
ree“ri,a da expressão com o pronome _es “mP"Cceto (. alpuém . Atraíés
• lhes permite.. "a «ccelra pessoa do obter-se-ia a expressão

164
Ufiposu (B)
1 *
l » «musica. s5o unidades lexicais ,emetem

Í
pari uma mesma *» «a 'eabdade. neste caM. o dom™ pa. „.. K™‘“««M

campo lexical. «na d, m

g Resposta (A)

I Em «A Cultura Científica é um capital que nos permite não apenas ler. mK usulni„ „„ mundo. ,
expressão iniciada por «mas» introduz uma nova característica da cultura cientifica, que se adiciona
A característica enunciada anteriormente («não apenas ler»). Neste caso, a conjunção «mas» é

equivalente a «mas também».

I B. Resposta: (Deixis) pessoal

O determinante possessivo «nossa» aponta para o sujeito da enunciação, neste caso, um «eu»
(integrado num «nós») que implica os outros na perspetiva por ele defendida

9. Resposta: Oração subordinada adjetiva relativa restritiva

A oração «que constituem a "verdade wbt8 0 antecedente


apresenta um valor restritivo, na medrda em q

(«os consensos»).

10. Resposta, .ensina. cüncla. , „„sMr d«a..

O pronome «o», na expressão

Í6S
2. LIITURA r GRAMATICA
CAPÍTULO

Proposta H

1. Resposta: (B)
A afimaç5o .Quen, to senhor de Meto. <em a - ^nta de Venera, sublinha a importjnc
de Mato, em termos eomerdals. nomeadam.nte através do eontroio do eomérco das Bpe«arii

vindas do Oriente para a Europa.

Resposta (C)
No segundo paragrafo, entre outras ideias, o autor estabelece um contraste («Mas não é assim.»)
entre a imagem que antecipara de Melaka (um cruzamento único da humanidade) e a realidade
que encontra (uma cidade anónima e descoordenada, semelhante a tantas outras, marcada pela
separação dos diferentes grupos populacionais).

Resposta: (B)

O estabelecimento de um paralelismo entre características de Malaca e características de cidades


como Sydney ou São Francisco reforça a ideia de que se trata de um espaço semelhante a outros, sem
características específicas.

Resposta: (D)

segundo oarae,afo. !a|ienta.se 0 fett0 de os

«o.» to<o’7a"'"“LN° “r“lro pa,á8ra'°'pofém’ referese que as ,ensões


X™ o, Z° m “astoralmm"’ -lm, COO, embora „s co„mos „ã0 !e|am
Z.Z, ‘ eWS "S° Sl ' “ -plodem de «.an.os

Resposta: (D)

Portuguesa por Malaca. Muitos dos legaV^ refer'nd° diversos testemunhos da passagem
pouco para recordar a oassao»™ °$ fC5tam encontram-se degradados ou contribuem
d passagem dos português
emoção mais significativa no autnr á * • - ste contexto' 0 legado que provoca uma
™ntalidade, do ma oortU|wês *** d° «*«.
entendido como «a artéria vital da

Resposta (A)

Em ambas as expressões existe uma


aplicando-as a uma outra realidade atravAs Sentido ,iteral (denotativo) das palavras,
implícita. No primeiro caso, salienta-se o facto h r<?laÇâO d<? semelha"ça ou de uma analogia
tece com os alimentos quando são cozinh a tens^es ev°luírem de forma gradual, tal como
»aaléas„c„daat,,ga„ia8çaodeob.eioi lentamente. No segundo cas„. a organlz^o
Peças num jogo de tabuleiro.
f

•***“ *"“* J
eu sera. as CM» e associa uma cena te«j, ‘ ' ” “ * •« «ten»
tem jm vator aspetual duratw ‘ v *«« c«w, w comp(txw

Resposta (Valor) explicativo

joraçãc .que agora» chama Melaka. tem um valo, «p|!allroM


ínfomação Mfidonal e facultativa acerca do antecedente (.Malar,.), «rcontrmd^XZ™

VtfgUl3S.

g. Resposta Oração subordinada substantiva relativa

A oração «Quem for senhor de Maiac3» introduzida pelo pronome relativo «Quem» é usada

sem antecedente. Trata-se, pois de uma oração subordinada substantiva relativa que. neste caso,

desempenha a função sintatica de sujeito.

Resposta. Complemento obliquo


10.
i -« r ac relieiosas da nação» constitui um complemento selecionado pelo
A oração «para glorificar as bases g a nreposição «para». A sua omissão dana

este complemento não pode ser substltdd» por «Ma.


lflTUMlG"AWATIfA

Proposta I

Resposta. (A)
1.
.r..... o. . I excessiva valorlMçlO dus resultados é associada j urna |)ft
No primeiro parágrafo, a
nAo domina e que torna os ritmos de itlvidade Inaf urar. Neste sentido i
resultados pôe em causa o ritmo de vida natural do ser humano. ’' ’ °COfT]
humano i
os I______

2. Resposta (0)

Ao longo do segundo parágrafo, o autor defende .1 Ideia de que a igitaçlo do quotidiano, vivido <l.

forma demasiado acelerada, condiciona negatlvamente o ser humano A cltüçáo de Milan Kund< ftl
sublinhando também as consequências negativas de um ritmo acelerado, reforça o ponto de vra.i

defendido pelo autor.

3. Resposta: (0)

A ideia de que a velocidade impede o sei humano de viver, presente nos vários exemplos apresmt.ido’.
no terceiro parágrafo, põe em evidência a superficialidade d.i vida na atualidade

4. Resposta (A)

Ao longo de todo o texto, procura se enfatizai a importância da lentidão corno forma de combater <i
desumanliaçêo da vida na atualidade. Esta ideia é reforçada no último parágrafo, nomeadamentr na
referência à lentldlo como «antídoto contra a rasura normalizadora»

5. Resposta: (A)

Neste contexto o ‘ “q‘"‘ de valorizar resultados» completa o sentido do verbo «dizei»

~«CuXTXTrT,ra”'i'r',’J“0‘'“l'ctoi....... ..... .
nospropAm.""
~ „md0. d, uma o ~ .... ..............

6. Resposta (D)

Através da forma verbal «Deveriamos» o i


o ritmo de vida na atualidade n<- de que e fundamental rcflt-tir sobtf
• -Nesse sentido, exprime uma necessidade

7. Resposta; (D)

No contexto em que ocorre, a conJunçAo «e


pois, uma ideia de contraste entre os dm ^Uanto» tem o sentido de «ao passo que». Introduz.
S *nunctoclo$ apresentados.

8. Resposta: «aí»

..Ar.pA.d.. d™,.™*, „elo ,Mrb|0 Ambaj oi , .,............ .


p." »™.mo .a™.., «m* „„. íMiiurM> 1BK41 * ......... .....

168
R^otuçôts

L Resposta: Complemento oblíquo

Nocontextoemqueocorre,overbo«condenar»é
um complemento direto (alguém ■ «nos„.'e um l!toé
11
t
A omissão do complemento obliquo daria °’*"'« (a quê.

10. Resposta: Oração subordinada adverbial consecutiva

A oração «que pode ter luz» exprime uma consequência relatixamente ao ferro apontado

oraçao subordinante. É de salientar que essa consequência decorre da correlação estabelecida entre

«tão» e o conteúdo da oração subordinada introduzida por «que».


l0, iinURAfoRAMAncA

Proposta J

Resposta. (C)
O. vanos «wmplo< apresentados no primeiro paragr.rfo demonstram que rada língua nOmeia
malldade de forma difere». o que resulta na intraduribllldade de determinados termos.

Resposta. (D)
No segundo parágrafo. refere-se que diferentes povos viveram experiências semelhantes, mas que

essa situação nào implicou a criação de termos equivalentes nas respetivas línguas. Conclui-se que

a língua e influenciada sobretudo por especificidades culturais e não tanto pela vivência de uma

determinada situação.

Resposta (A)

A expressão «políssemia desbragada» enfatiza o facto de o termo «saudade» possuir um vasto


conjunto de significados. O conjunto de significados que uma palavra pode apresentar nos diferentes
contextos em que ocorre constitui o campo semântico dessa palavra.

Resposta: (B)

No primeiro caso, os dois pontos introduzem c~


um enunciado que sintetiza a ideia desenvolvida
ao longo de todo o parágrafo. Esse enunciado constitui
—' a conclusão a que se pode chegar depois
de analisados os diferentes aspetos do exemplo c
apresentado. No segundo caso, os dois pontos
introduzem um enunciado em que o conteúdo do
J enunciado anterior é apresentado por outras
palavras, acrescentando informação que torna esse mnr •
a esse conteúdo mais claro para os leitores.

Resposta: (A)

Em «A intraduzibilidade de um termo é normal» n


perspetivar o conteúdo do enunciado com ■ recurso ao presente do indicativo permite
refere-se a situações que são entendidas com S'tUaçâo que é sefnpre verdadeira. O aspeto generico
carácter atemporal. Em «Assim, o termo eani dadeiras em qualquer momento, apresentando um
perfeito do indicativo permite perspetivar o f/T eXtensao lnvu|gar», a forma verbal no pretérito
-cr aspetual p^, ° como concluído. Trata-se, assim, de um exemplo de

170
resoluções

Resposta, a) Complemento direto

b) Sujeito

Na alínea a), o pronome «que» retoma a expressão «extensão invulgar». CaS0 se repetisse essa
expressão, a oração corresponderia a «as metáforas alargaram mais a extensão invulgar do termo».

Neste caso, a expressão em causa podería ser substituída pelo pronome «a» («as metáforas alargaram-

na»).

Na alínea b), o pronome «que» retoma a expressão «amores destroçados». Caso se repetisse essa
expressão, a oração corresponderia a «os amores destroçados recordam momentos de idílio». Neste
caso a expressão em causa poderia ser substituída pelo pronome «eles» («eles recordam momentos
de idílio»), É de salientar que este é o constituinte que controla a concordância verbal.

Resposta: Oração subordinada substantiva completiva


A oração «que o significado é o uso. é o constituinte que controla a concordanc.a verbal,

sempenhando a funçSo sintática de sujeito (em posição pós-eerba

171

X ■
CAPITULO 1 - 1 cm AM ATICA

Proposta K

1. Resposta. (C)
No primeiro parágrafo, os autores estabelecem uma comparação entre □ passado, ma”..;.
fundamental das crenças religiosas, e a atualidade, caracterizada pela valorização d<? ■ ■.
(«a banca, a bolsa, o arranha-céus de escritórios substituiram a catedral»). Defendem que
religiosos «se estão a desvanecer», o que significa que ainda nào desapareceram com;' . ...

. Resposta: (A)

De acordo com os pensadores laicos, o pensamento progressista caractenza-se pela ausênc d


vaiares. Embora se defendam ideais importantes, valoriza-se sobretudo o bem-estar pessoí 7 •
contexto enfatiza-se a ausência de crenças e de critérios que permitam distinguir o bem do 7i
f“Nao Mbe fornecer critérios do bem e do mal, do justo e do injusto »).

Resposta: (C)

autores — -—«~ nâ0


Ponto de vista, apresentam, no terceiro parágrafo" “ es,e
como se procura dignificar o ser humano " eXemp,OS ** o modo

Resposta: (D)

0 reCurso ao presente do indicativo na m

se> as5im, de um
«ésposta: (0| d' perteti».

“««•aedo ,„e ai, Ao advérbío


do adVer ‘’'° «talvez» o auto,
• *-» om „rt0 g,au de ««• não estar abso,u.ame„,e dll

Pnme um valor de probabilidade.


RESOLUÇÕES

Resposta: a) Complemento do nome

b) Sujeito

Na alínea a), a expressão «dos rendimentos» é exigida DPin


seu sentido. Se a eliminarmos (ou se não for possível recuperdfa\ pX"^’8”’' “”"*"nito °

wplWta). a frase perde o seu sentido. É de saiientar pue .dístr^o. mst ~mX

„„me derivado de um verbo transitivo direto (distribuir alguma coisa). Este tipo de nomes exige em

complemento do nome para completar o seu sentido.

Na alínea b), a oração «que estas coisas ainda existem» é o constituinte que controla a concordância

verbal, desempenhando a função sintática de sujeito (em posição pós-verbal). Este tipo de oração

pode ser substituído pelo pronome «isso» e surge após expressões como «é inevitável», «é possível»

ou «é verdade».

7. Resposta: Coesão gramatical temporal


expressões permitem localizar temporalmente as situações ou os factos referidos ao longo do
Todas as
) valor temporal permitem também ordenar cronologicamente as
texto. Muitas destas expressões com
conjunto, configuram um processo de se,uencia«ta!3o nue assegura
situações enunciadas. No seu < elementos apresentados ao longo do texto, contnbumdo par,
assim, a ligação temporal entre os

coesão textual.
CAPÍTULO 2 - LEITURA E GRAMATICA

Proposta L

1. Resposta: (C)
Ao longo do primeiro parágrafo, são apresentadas diversas características que comprovam a

singularidade de Camilo Castelo Branco. Especiflcamente no que ao uso da Imgua dir respeita,
valorira-sea sua capacidade de adequar a linguagem às especificidades culturais. Um dos aspetos em

que essa capacidade se verifica é, naturalmente, na adequação da linguagem às personagens.

2. Resposta: (B)
No segundo parágrafo, enfatiza-se a ideia de que a obra de Camilo Castelo Branco apresenta uma

visão crítica da sociedade do seu tempo, uma sociedade marcada por contrastes que o autor analisa
de forma consistente, independentemente das suscetibilidades que provoca.

3. Resposta: (A)

Os exemplos evocados nos dois últimos parágrafos dão conta de um percurso marcado por polémicas
e perseguições, por vezes desencadeadas em resposta a atitudes do escritor. Em todo o caso, esses
exemplos servem sobretudo o propósito de demonstrar que a obra de Camilo espelha a sua vida e a
sua extraordinária dedicação à escrita.

4. Resposta: (B)

No caso da primeira expressão, o verbo «afixar» é um verbo transitivo direto e indireto, isto é,
seleciona um complemento direto (alguma coisa - «versos ofensivos a uma família importante da
vila») e um complemento oblíquo (num determinado local - «na porta da matriz»). A omissão do
complemento oblíquo daria origem a uma frase de sentido incompleto («afixar» é «afixar alguma
coisa num determinado local»), É de salientar que este complemento não pode ser substituído por
«lhe». No que díz respeito à segunda expressão, trata-se de um grupo preposicional iniciado pela
preposição «por», que se segue a uma forma verbal na passiva («é acusado»). As expressões deste
tipo desempenham a função sintática de complemento agente da passiva.

5. Resposta: (D)

do indir rrnas verbal 5 «Inclinava», «bruxuleava» e «escrevia», conjugadas no pretérito imperfeito


Í n?o Íô: ;,'trT7 aíÕe> S"'"í5e! qüe ie P'olone’"’ «™P° ' 1“ ■P-enfAdas
como não estando ainda concluídas .
formas verbais «escrevendo» e «tressudando ' ,7 aSPGtUal 'mpWfet,V0< N° C3S°
algo que se repete com regularidade marcandoo' É 3preSentad3 C°m°
repetição da forma verbal «escrevia» apresenta em Z T ^a' 3
valor aspetual iterativo. ' Sirnultâneo- um aspetual imperfetivo e um
RESOLUÇÕES

aposta Oração subordinada adjetiva relativa explicativa

A oraçâo «que não foi ainda ultrapassado» apresenta uma informação adicional e facultativa acaraa

00antecedente a que d.t respe.to («um profissionalismo sem mácula»),constituindo, portanto ™

oração subordinada adjetiva relativa explicativa.

? Resposta: 1) Sonorização

2) Síncope

A transformação da consoante surda -c- na consoante sonora -g- constitui um exemplo de

sonorização- A supressão de um som no meio da palavra, neste caso, do som representado pelo

grafema -I-, constitui uma síncope.

175
CAPÍTULO
escrita
cApítvlo ?

somos pe’n'a nentemente a estímulos


sujeitos Se. sensoriais
proposta A
tMÇopúb^‘’uern°demolo. •"*'*
publicitárias.
^trt,|ado. ser perspetivadadeforma negativa.
por um lado, essa
/
Quer no espaç P J. pOr ene por u u
^uais. ^^^^.deradaennq^^ máximo de trezentas pa.avras, defenda
experta pode se dc duientas,e
, qhi um m*n ps^ntad®
Num »«<« «•"*'' jumentos e nu«" «»’ «« com,

um ponm _,^,do. 00

Proposta B
A0^«.1^.en,n{aem^is|re^.po«.1eos.»uou.roSltema»Um.doumpapelin,ponante

para o ser humane.


Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, defenda

um ponto de vsta pessoal sobre a importância dos ideais para os jovens, na atualidade

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com,

peio menos, um exemplo significativo.

Proposta C

A rotina oa vida quotidiana conduz-nos, muitas vezes, ao desejo de evasão.

Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, defenda

uma perspet va pessoal sobre a importância da evasão da rotina nos dias de hoje.

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com,

pelo menos, um exemplo significativo.

Proposta D

«Ante os múltiplos desafios do futuro


- — ...M.npiwa uesanos ao futuro, a educação surge como um trunfo indispensável à
humanidade na sua construção dos ideais da paz, da liberdade e da justiça social.»

Relotono paro a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, 1998, p. 11.

Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas p um mávir^ t i


um ponto de vista pessoal sobre a ideia exposta nouuzemas e um máximo de trezentas palavras, defenda
excerto transcrito.

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo nnmínim« u .


pelo menos, um exemplo significativo. 3 °'S argumentos e lustre cada um deles com,

178
..--------------- ----- QUÇSTÔts DE EXaiu
——- M_lSNACtON^s

prop°sta E ■ -

* do tempo d por cada Mr humano w

Num texto bem estruturado, com um mínimo de du *" * ’nComri-


- ponto de vista pessoal sobre o modo como o ser humXXtX * — s

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo ' atualWad'’


pelo menos, um exemplo significativo. ’ 3 °'s ^'mentos e ilustre cada um deles .om

proposta F

A Unrão Europeia preconiza a aprendizagem de, pelo menos, duas línguas


estrangeiras, considerando-a
crucial para a construção de pontes entre povos e culturas.

Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, defenda

uma perspetiva pessoal sobre a necessidade de aprender línguas estrangeiras, na atualidade.

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles com

pelo menos, um exemplo significativo.

Proposta G

«A memória age como a lente de uma câmara escura; reduz todas as coisas e, dessa forma,

produz uma imagem bem mais bela do que o original.»

Traduzido a partir de Arthur Schopenhauer, Porerga and Porolipomeno, Vol. I,


Oxford, Clarendon Press, 1974, p. 447. |adaptado)

Será que a memória permite sempre construir uma imagem idealizada do passado.

Num texto bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas palavras, defenda

uma perspetiva pessoal sobre o modo como o passado é percecionado através

Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no mínimo, a dois argumentos e ilustre cada um deles c

pelo menos, um exemplo significativo.


capítulo 3 -JSCRIT*

o „ara outros, a luta pelo bem comum


Proposta H ° prjncípal
^»a. - objetivo, para I

5erá que estas duas perspet.vas * ^ximo de trezentas palavras, defr;nda

Num texto bem estrirturado. com um rnWm ^n^da


um pOnto de vista pessoal sobre a quest argumentos e Ilustre cada um deles com,
Fundamente o seu ponto de vista recorrendo, no njíni171 ' J

pelo menos, um exemplo significativo.

Proposta I
Desde sempre, a música tem feito parte da vida do ser humano.

, o um máximo de trezentas palavras, defenda

. □ ri™ arnumentos e ilustre cada um deles com,


Fundamente o » poeto de vista recorrendo, „o mm.mo, a do,s argume

pelo menos, um exemplo significativo.

Proposta J
«Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.»

Alexandre 0'Neill, Poesias Completas, l.* ed, Lisboa,


Assirio & Alvim, 2005, p. 64

«São como um cristal,


as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.»

Eugênio de Andrade, Antologia Breve, 6.» ed., Porto,


Fundação Eugênio de Andrade, 1994. p 35

Num texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e

cinquenta palavras, defenda


a perspetiva pessoal sobre o poder das palavras nas relações humanas.

No seu texto:

explicite, de forma clara e DertinpntP n

cada um deles Ilustrado com um exemp "" ^mentos

- utilize um discurso valoratívo (juízo de valor explícito


ou implícito).

180
proposta K

i.exto de opinião bem estruturado


*nÜqUenta palavras, defenda uma perspetiva e

de vida do ser humano, no futuro. mpacto do progresso técnko na

No seu texto:

expHdte, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista fund


cada um deles ilustrado com um exemplo significativo; arne"tando-o em dois argumentos,
proposta L
utili« um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito)
Ka quem defenda que o convívio com aqueles que são diferentes de nós contribui para o nosso

enriquecimento cultural.

que os fluxos migratórios, tão frequentes no mundo atual, permitem sempre um enriquecimento

Itural. tanto das populações migrantes como das comunidades de acolhimento?

•, texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de duzentas e um máximo de trezentas e

nq< enta palavras, defenda uma perspetiva pessoal sobre a questão apresentada

No seu texto:

- explicite, de forma clara e pertinente, o seu ponto de vista, fundamentando-o em dois argumentos,

cada um deles ilustrado com um exemplo significativo;

- utilize um discurso valorativo (juízo de valor explícito ou implícito).


CAPÍTULO 3 -ESCRITA

HaBÓgl
. se O carácter Peda co que
® .®nsa> Considerou-se ublICàçàn . 6nha
que esta Papresem'
se pretendepertinente
Assumindo de resposta - exempios, sob a forma de tóp1C05 r SlJã‘.
natureza ou argumentos
pontos de veta, de s sugestões constrtuen, apenas
" o objetivo de ^Suiram-se trêa planos d.st.ntos, cada um defe ad- "*
ÍXu» "« íX X"" -bre o mesmd tenta
adequ
deompon®06 ju um exemplo de resposta, evidenciando

sssss-
Proposta A

Hipótese 1 ___ ____________


de vista ~~

mulos sensoriais podem constituir experiências enriquecedoras.

f umento

nento
estímulos sensoriais que
enriquecimento dos conhecimentos culturais e
científicos.
permitem
Exemplo(s)
i sensações visuais, auditivas e olfativas que j Há sensações que proporcionam mom
>oder de tranquilizar, acalmar, apaziguar o prazer e de descontração: contemnh
H • nomeadamente o mar. os campoT

as serras; ouvir os sons da natureza com^

| perfume das flores.


Exemplo(s)
o | O visionamento de documentários de elevado

ntos de

dasjves °U ° canto das aEaaa correntes; se„ “

interesse transmitidos em canais televisivos como


I 0 «Canal História» ou o «National Geographic»

constituem fontes de conhecimento, confrontando


o indivíduo com acontecimentos que desconhecia
-—- ___ | e com realidades culturais distintas.
âtese 2 tssensoriais constituem^muitas vezes, experiênclas O1(f
rr———5J!®no5rnarca
r-xemplo(s) '—- - ne8at|vament<.
LLalldade, muitos espaços públicos estão I O intensn >
3L de sons estridentes e de cheiros a acumulaJ*? rodov‘árlo e aér
findos que perturbam o bem-erta,

*** a

^Argumento Exemp|o($)
’ er humano é manipulado pela constante | Existem camn
posição a estímulos sensoriais que influenciam seduzem o c^d^^ a^vas qüfe

as suas decisões. | de se identiflcar o'arT,b^ando ^e o desejo


| d*/ida e a Popularida^^X °

publicidade a perfumes a ' °tKo fla


2!ê&e Infalíveis de ema6,«imX ‘

Hipótese 3

Ponto de vista ~~ ------


Os estímulos sensoriais tanto podem constituir experiências enriquecedoras para o homem corro
experiências negativas.

l.« Argumento Exemplo(s)


Existem sensações visuais, auditivas e olfativas que | Há sensações que proporcionam momentos de
têm o poder de tranquilizar, acalmar, apaziguar o prazer e de descontração: contemplar paisagens,
ser humano. nomeadamente o mar, os campos verdejantes ou
as serras; ouvir os sons da natureza como o chilrear
I das aves ou o canto das águas correntes; sentir o

, perfume das flores. ____________ __________


____________________________ ______________________________f------------------- -
2.2 Argumento Exemplo(s)
O ser humano é manipulado pela constante I Existem camp3nhs'’u^^ujoPne|e<i<lew

exposição a estímulos sensoriais que influenciam com03mbie„,e abeto o

35 SUaS dedSÕe5' , de vida e a popuiandada

183
.ÜÍW9"9 a nortear a sua vida por idear, ^***'

«,»•««’< ^<’'1?£0,',ln"Í’rT ' Ex«mplo(»)

Ho)<-.^”°" «orno | Inúm.-ro', jove.r, p.„tl, lp.jr„


i.Arí‘"1,en‘° m d acrerf'»*r em voluntariado (em associações qu<. ^e» dl
L |ovens ^'^.ternidad-’ | abandonadas, doente-, <• ldo, '£>'*»» r.fi

.<* reco,ha de a"™-"tos (do


I I contra a Fome, por exemplo) 0 ’’'fJ A|lrT'^r
/ de bens aos sem abnR0, 0 ’' " '^nhu^
/ I preocupam com os mais neces^a u
f _ ____________ .Injustiças sociais. '‘ °'- « com aj

Exemplo(s) —-
2.» Argumento entem que são cidadãos I Muitos jovens participam em
|Na atualidade, °^SS preparados para aceitar o , escolares ou em projetos como o Era^T^
do mundo, estando m Mestrados ou Doutoramentos nn "reahzam
outro nas suas diferenças. o no estran^
facilidade com que estes X»"*'

I culturas, valorizando diferentes maneiras d


.de estar. e5ere
h,v,'uçok

'«o ------------ -r-


P«U .v.«0 d. ■ ""*«**«». que PM. £
Ponto de vista
^volvliwnto Se é verdade que , PORQUÊ?
q quoUdMHO, «o e .nenVXX." * «•"*»

*’ Argumento

equilíbrio e tal pode passir J?’ i M' reconciliar corn o


diariamente algumas págin v j u S t3° simples torn° ler
usufruindo do contacto " ' “ “m «WnfMdas.
Exemplos

lhe pesa e o desgasta. ' daqui,° que

A__rQtlna PQde CQndurIr à meç^pizacão, aos gestos


aMtOmâlliadflS - até aqueles que poderiam ser manifestações 2« Argumento
de afetividade que deixam de fazer sentido, Indiciando

tefllQ d dgiurnanitdí3gJLAlJ£IiaíãQ_ como uma espécie de


cnfraQuedmento do Intelecto- ora, a rutura com o quotidiano
ood.ft Sgr Q anudoto de.flue q homem necessita Uma viagem,
por exemplo, proporciona o contacto com realidades
diferentes daquelas a que o indivíduo está habituado, Exemplos
constituindo uma oportunidade para o enriquecimento
pessoal e para a reconfiguração e restruturação de opções
de vida. Poderemos ficar indiferentes, quando, ao viajar pelo
norte da Europa, nos apercebemos do valor que aí é dado
às atividades culturais ao ar livre ou tão-somente ao uso
da bicicleta como meio de transporte, ao contrário de nós,
que nos enervamos, até à ira, por não encontrar lugar para

estacionar?
Como tem vindo a ser defendido, o ser humano precisa
Conclusão de equilíbrio físico e mental, o que, muitas vezes, implica a
fuga ao quotidiano ritualizado, razão pela qual a evasão é
não só importante, mas fundamental para o seu bem-estar.
cAPHIHO’ escrita

proposta D _ _ _ — —-------------- - —_
‘"""'"mn.pnràneu, a educação continua a ser um fafr determhant/^^J
L mundo «>nternpu,"^iUStas
................................. •-------------------------------------- ns M
---------------------------

r-anrumenrn educação Informal | - Ao loneo da h .


U. escolar), o ser humano ------ ---------------- l*Wrt
encontramos divArJ'Jluria da .
Xre conhecimentos e desenvolve capacidades !
que as revoluções são ( ?empl°s
OU pessoas mais es± p0?* "<J
aue lhe permitem questionar o mundo, fazer
Ç-mdhl, Martln Luther K'h‘iaS'“m<>éo^i
escolhas mais responsáveis e aperceber-se, mais ■
raptda e eficaimente. de situações que podem pôr , do movimento de ioven 8 °u Ne|sonaso<fe
em causa os valores democráticos e a liberdade. OU das manltes Xs

I
~ Em disciplinas “™^<órlae ]
alunos ficam a conhecer <J
n^cciri^ se
passado, _ .lutou ne|a'-J
cr si
SltuaÇões e* es- os
1 totalitários; têm também^' X”

z. Argumento Xmplo(s)CU

4 educação, ao privilegiar uma Dersnetiua I m« —-


humanista, desenvolve nos adolescentes e jovens InclusXa*6”0 ■"* “ma escola que se d

as capacidades de aceitação da diferença, de | com os 'roí Sâ° “'Pulados a X*


respeito por si mesmo e pelo outro iíp™™ - s coleSas e a entrpah.H a c°°perar
etteen^uda.va.ores^^^- j- t^aihos de

naemaísjusta.

1 físicos, socioeconómicos ) gí

---------------------------------------------------------------------------- ------------- . sociedade g:X?'°reS 1


^SOLUÇÕES

píüpOStS

l^tõde vista ' -


0 tempo constituiu desde sempre uma noc3„ --------------- ----------------------

conceções mais pragmáticas, mais científicas^en'8rnáti«. podendo ser


L^agem do tempo que são partilhadas pela geSl fi'°SÓficas- Ainda 2?'° de com
a perceção da passagem do tempo se foi alterínd 6 das pes^s Por persPe^« sobre a
vivência do tempo é sempre subjetiva ' ao lon8° dos séculos T . °’ conhece-se que
Argumento ’ P°r ou*> *ado, sabe-se que a

Exemplo(s)
Lualniente, o ser humano vive a um ritmo Frequentemente, os pais não têm tempo para
___
alucinante, entre uma
dividido ontra uma imanei«45r>
imensidão se dedicar - filhos; podem até dar-lhes todas
---- ---aos
-- ---------- --- * I ---- QlC uariitcd iuu<n
j solicitações de vária ordem, não prestando a | as comodidades que o dinheiro pode pagar, mas
devda atenção a aspetos fundamentais da vida. não sabem, não podem ou não querem passar
diariamente uns minutos a brincar, a falar e a rir
com as crianças e os adolescentes, o que seria
essencial para cimentar os laços afetivos no seio
I familiar e estimular o diálogo.____________________

2.9 Argumento Exemplo(s)


Hoje como no passado, a conjugação das I Duas horas de espera num consultório médico ou
circunstâncias, do prazer ou desprazer, determinam , num hospital, momentos em que a ansiedade se
ue psicologicamente, o tempo nos pareça mais apodera de nós, podem parecer uma eternidade,
veloz ou mais lento, embora, objetivamente, não | As mesmas duas horas, quando estamos com
alguém de quem gostamos ou quando estamos
0 ' la assistir ao concerto da nossa banda favorita,

parece que duram meros instantes.


CAPÍTULO 3 I SC Rl TA

Proposta F

Ponto de vista
No mundo global em que vivemos, a aprendizagem de líneua<
importância.
1.® Argumento Exemplo(s) •
Atualmente, as pessoas não estão confinadas às As pessoas
fronteiras do seu país, nomeadamente no espaço e facilidade c,panT com a
europeu, e a mobilidade proporcionada pelos projetos como^p 'ntercárTlt‘Os
a FEsrlmus-
estudos e pelos desafios profissionais exige que ( ou especiaiiz- l
os indivíduos saibam comunicar em outras línguas as siia< °es rno
lçoes ‘° ^tranpifcU=
a/ém da iingua materna. ptuHssoes noutra R r°- e,
enfermeiros, engenheiro»^ (j|H
domínio de línguas * ° que
Z« Argumento Exemplo(sf ~ esJr?28eiras
Como vivemos num mundo global, em que hâ I - Somos um
livre circulação de bens e de pessoas entre muitos riqueza O P3'S qUe tern n
países, a aprendizagem de outras línguas favorece r tonht-*<’'mento
o conhecimento de culturas diferentes e, nesse Vl " nWntal
sentido, o acolhimento e a aceitação do outro 1 *
Nas -'uno» de Outrx
“Por Penodas de
'omumcaçào.,,. l( . rJ4lr-ul<SJ
i -;re^
ocorre"* o- primei , 1 "^rsah
-1300,^1
•^nJSit^alamesdo

Proposta G

I Ponto de vista
A memória perspetivada

Sendo seletiva, a memória pode Exemplo(s) ~~ —


dolorosas vividas no passado. apaga, situações A memôna m esfu
provocada pOr s.tuacôe, «
x mp o. a morte de um ente querido ou o ta»
"Argumento —----------- .úe 1-r sido vitima de um crime
momentos vividos mm * .. Exemplo(s)
^áo da memona que os va, tornar m^be^os Pr°V0GKÍa r«ortaçlc d» J

L rememOraÇá0' ao transportar-nos até esse ***> no


conduz frequentemente a atuações de1
.....................
00, “*«“*> * •
essào - úe Pessoa continuar sozinha.
-^uuçoES

proposta H

Ponto de vista
0 desejo de alçada, umj v
!•'ArSume'lto " ~ bem
-171 comum
Ao pugnar pelo bem comum, o indivíd Exempl0(sy
está a lutar pela melhoria das dU° ta"*ém | Com a
v|da. -as co„diçaes de em ,utw labows qu com a
fleuma colsa w“^*S"”*hta.

____________________ _ 1 mas também a contribuir ° |etivos pessoais'


TeÃrgumento " ~-------- -------jt0rne ma^s justa. qUG a sociedade se

O investimento numa sólida formação académica I Exemplo(s)


oZd"
permite nao apenas obter melhores empregos X "7 ““"J" conclui
1 alguém um — «■perto,, pOr
v“"clu' ™"
mas também a)uda a melhorar a vida dos outros ' I 7 areas tecnol'Wcas de poma, pode
owros. I por um lado, usufruir de um salàno ma.s elevado
I e, por outro lado, contribuir para descobertas
ou inovações que simplificam ou tornam menos
penoso o quotidiano das outras pessoas.

Proposta I

Ponto de vista
A música foi sempre importante para o bem-estar do ser humano. No passado, a música constituía um
fator que propiciava a união entre as pessoas, sobretudo em espaços de convívio social; hoje, com o
advento das novas tecnologias, ela chega a todos e a toda a hora, assumindo papel de destaque na vida

---------------------------------------------- -------------------------- Exemplo(s)


1.9 Argumento
Muitos jovens estudam ao som das suas músicas 1
Ouvir música permite não só a concentração, mas
favoritas e os fones parecem até um prolongamento
também a descontração.
do seu próprio corpo.
Exemplo(s)
2.9 Argumento
Muitos jovens convivem, porque ouvem o mesmo
A música constitui um meio de integração social,
tipo de música, nomeadamente os ritmos a
sendo que a pertença a um grupo é algo importante «moda» como o Reggaeton^oRmk.------------------- J
para os jovens.
3.9 Argumento
jovens aprendem a tocar um | Mudes „ püb„c0,
Cada vez mais
lheS dé prazer, porpue s.tuaço .
instrumento musical, porque
alivia o stress e porque eleva a sua autoestima.

'empenhadosna realizaçãodeoutras»s
se desenvolve erninle1.J<„io<.O(„0So
Ohomem é um ser relacional esocial, que se constrói e se desei
, cr.dou.-.u^.i • ■ ,ll)portâ
' numan n* I
/que a comunicação através da linguagem verbal, seja ela
/sua vida. A palavraé^jisslm, um instrumento poderoso e
l.rArgumento _ a manipulação
|È*empl o(s} psicológica exercida por Um . H
/Ponto oe •-
elementos rio casal, através de insultos n H ■
/Por um lado, as palavras podem ser agressivas linguagem depreciativa ou agressjva ‘ df? I ■
como um
destruir a harmonia e, ta!
«punha!»entre ascomo um «incêndio»' /
pessoas. também, com alguma frequência, uma f tU,|! |
de violência no namoro e entre c' rjrnría| |
/ originando ruturas na comunicação e dniU8es’|’ I

efeitos na saúde psíquica e emocional ■


(diminuição da autoestima, depressão ) Vltlnial ■
/ - Palavras que exprimem acu . j ■
desconfianças, inveja ou ciúme podem e^ÇOes* 1
IR C.
origem de conflitos
mesma família (algunsque levam
deles até muito prox°5 da I II
element
/
como pais e filhos, irmãos ou primos) a°X‘mos’ |
/ se e a viver afastados durante uma grandeSí' ‘

i da sua vida, como acontece, por exemplo


momentos de partilha de heranças. ’ m
i
Exemplo(s)
Palavras carinhosas, ou ditas com doçura
IPor outro lado, palavras delicadas como um I -
Íí.* Argumento
serenidade, podem, em alguns momentos em
«cristal» e doces como um beijo podem, em
que o indivíduo está mais fragilizado, ter um
algumas situações, curar feridas, atenuar o I
impacto emocional e psíquico muito positivo-
sofrimento e até evitar ou resolver conflitos.
é o caso de um médico que, anunciando a um
paciente que tem uma doença grave, lhe dá I
força e ânimo para lutar; de um professor ou de
um pai que, repreendendo o seu educando por
uma ação incorreta, lhe explica como deveria ter
agido; de um voluntário que presta apoio num
hospital ou num lar de idosos e cuja conversa
anima o quotidiano de quem está sozinho.
- Palavras que revelam a capacidade de reconhecer
um erro, de pedir desculpa ou de aceitar um
ponto de vista contrário, em momentos de1
discussão ou de grande tensão, quer entre
colegas de trabalho, quer entre familiares,
podem resolver as diferenças, impedindo que
rnnflitos graves.
estas se transformem em
RESOLUÇÕES

proposta K

de vista
P ra vista* os benefícios do desenvolvimento científico e tecnológico superam os aspetos negativos,
Ãpfirnef não esquecer que, tal como as duas faces da mesma moeda, também a utilização
COnV^uada dos avanços e das descobertas da ciência e da tecnologia poderá tornar-se prejudicial ao

^humano---------------------------------------------------- ------------ ---------------------------- --------------------------


jumento Exemplo(s)
SSO técnico-científico poderá proporcionar 1 - No futuro, a construção de casas
CprOêu ^ano não só mais saúde e mais qualidade autossustentáveis favorecerá a preservação do
3°Sef tal como também mais disponibilidade de I meio ambiente, pois serão dotadas de sistemas
3f7lb,e ara investir nos seus interesses pessoais. próprios de tratamento de águas, de produção
tefnp0 ' de energia e de reciclagem de lixo orgânico.
i - O desenvolvimento da robótica e da inteligência
artificial tornará possível o uso de robôs na
| realização de tarefas domésticas, dando às
famílias mais tempo de lazer para conviverem
| e se dedicarem aos seus passatempos; os robôs
poderão igualmente ser utilizados para substituir
! médicos, bombeiros, militares ou paramédicos
na realização de operações delicadas ou em
situações arriscadas de salvamento de vidas
humanas.
2S Argumento Exemplo(s)
Em contrapartida, o uso indevido da tecnologia | - Na ânsia de vencer a fragilidade humana e
poderá gerar a desumanização e até a destruição de lutar contra a sua condição mortal, os
de uma grande parte da humanidade. cientistas experimentam novas técnicas como a
manipulação genética e a criogenia, o que não
só coloca diversas questões a nível ético como
poderá originar, no futuro, a perda de elementos
I
fundamentais da essência humana.
i - O investimento atual no campo das armas
de destruição maciça (químicas, nucleares e
. radiológicas), por parte de alguns países, poderá,
em caso de guerra ou de conflito internacional,
originar perdas humanas demasiado elevadas.
.himento é um processo complexo e m
proP^ iedtdes de migrantes e as comunidades qüe os acQ'
nas

de um

wress* de|-Em Portu8al' ° enri<^eciment0 Cu|t


à entrada de
evidente, por exemplo, nas diversas *
,s âo pelo que nflu«hciac
da cultura africana que facilmente reconhL» —

m^^.^osmigraotrs os cUlturais que, na língua (em palavras como «bué


«cota», de origem angolana), em dan/^1**'
UK
o Kuduro ou o Kizomba ou até nn< COnX>
per ** ** * tranças africanas). " nteadoj|g
mutuo I - Muitos migrantes, sobretudo oc m -
apropnam-se de hábitos e tradjri^
| comunidade de acolhimento ■vjfz*.
frequentar novos espaços de lazer ouT/'" 3
um estilo de vestuário diferente danup^^0
estavam habituados. -3Que
Exemplo(s) —!
2 - Argumento À .
sociedades menos recetivas ao conv.vio com - Muitos países da Europa temem a entr^
^cuituras veem frequentemente o Outro de migrantes provenientes da Síria, pefo 2
COmoumaameaçaaoseumododevida,oqueacaba estes permanecem isolados em campos
por impedir a interação e, consequentemente, o refugiados, o que não propicia a interação entre
enriquecimento cultural mútuo. as populações.
- Algumas comunidades migrantes optam por não
se integrar nas comunidades de acolhimento,
funcionando isoladamente como um grupo
fechado, de forma a manter as suas tradições
culturais e religiosas. Esta atitude acaba, mutss
L vezes, por acentuar desconfianças mútuas.

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