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Palavras-chave:
2. Estado de Necessidade
a) Conceito: em uma situação de perigo onde há dois bens jurídicos tutelados, é permitido
sacrificar um dos bens para salvar o outro. Deve haver ponderação de valores entre os bens.
b) Natureza jurídica: duas correntes.
I. É uma faculdade. Não é direito de quem age, pois não há um dever de quem tem o
bem jurídico sacrificado. O direito pressupõe um dever. Posição de César R. Bitencourt.
II. É um direito em face do Estado, que tem o dever de reconhecer o estado de
necessidade. É a posição defendida por Damásio, sendo a majoritária.
c) Ponderação de valores: Teorias do Estado de necessidade.
I. Teoria unitária: se o bem sacrificado for de menor ou igual valor ao bem protegido,
teremos estado de necessidade justificante. Exclui a ilicitude. Prevê apenas umas consequência.
II. Teoria diferenciadora: se o bem sacrificado for de menor valor, haverá estado de
necessidade justificante. Entretanto, sendo o bem sacrificado de valor igual ou maior ao bem
salvo, haverá estado de necessidade exculpante, excluindo a culpabilidade. Prevê duas
consequências diversas.
No Brasil adota-se as duas teorias:
Direito sendo exercido regularmente. Versa sobre qualquer direito, seja ele patrimonial,
público, privado, penal, extrapenal etc.
Prática de atos estritamente necessários. O excesso decorre do exercício irregular.
Ex. Intervenção cirúrgica (direito do médico), práticas desportivas (boxe).
Elemento subjetivo deve estar presente: a consciência de que está no exercício regular de
um direito.
COLISÃO DE DEVERES