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Acácio da Conceição Guebuza Rangeiro


Achimo Salimo Bacar
Calmirano António Jone
Francisco José Matano
Ibraimo Almeida Salimo
Zito Eusébio Manuel Aleixo
Renata Sibila Bernardo

História de Cálculo Aproximado


(Erro; Erros absoluto, relativo e percentual; Erro de Arredondamento e truncamento;
Arredondamento pelo teorema de Newton)
Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática com Habilidades em Ensino de Física.

Universidade Pedagógica

Montepuez

2018
1

Acácio da Conceição Guebuza Rangeiro


Achimo Salimo Bacar
Calmirano António Jone
Francisco José Matano
Ibraimo Almeida Salimo
Zito Eusébio Manuel Aleixo
Renata Sibila Bernardo

História de Cálculo Aproximado


(Erro; Erros absoluto, relativo e percentual; Erro de Arredondamento e truncamento;
Arredondamento pelo teorema de Newton)

Trabalho de Carácter Avaliativo, a ser Apresentado no


Departamento de Ciências Naturais e Matemática na
Cadeira de Matemática na História Leccionada no
Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática - IVᵒ
ano, Iᵒ Semestre, orientado pelo docente:

dr. António Carlitos Assane

Universidade Pedagógica

Montepuez

2018
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Índice
Introdução.........................................................................................................................................3

Aproximados: erros..........................................................................................................................4

Número Aproximado........................................................................................................................4

Erros Absolutos e Relativos.............................................................................................................5

Erro absoluto....................................................................................................................................5

Erros relativos...................................................................................................................................6

Erro percentual.................................................................................................................................7

Erros de arredondamento..................................................................................................................7

Erros de Truncamento......................................................................................................................8

Arredondamento pelo teorema de Newton.......................................................................................8

Conclusão.......................................................................................................................................12

Bibliografia.....................................................................................................................................13

Exercícios Propostos………………………………………………………...……………………14
3

Introdução

O presente trabalho apresenta como tema Cálculo Aproximado, dentro deste falaremos de erros,
erro absoluto, erro relativo, erro percentual, erro de arredondamento, erro de truncamento e
finalmente falaremos de arredondamento pelo teorema de Newton.

O trabalho ora projectado apresenta os seguintes objectivos ։

Objetivo geral

 Analisar a coerência de um dado erro.

Objetivos específicos ։

 Descrever o que caracteriza um erro;


 Mencionar a relação entre os erros e as desvantagens dos mesmos e vantagens de
arredondamento pelo teorema de Newton.

Para consecução do mesmo baseou – se nas pesquisas bibliográficas para tornar uma realidade o
pressente trabalho.

Erros

Nenhum resultado obtido através de cálculos electrónicos ou métodos numéricos tem valor se não
tivermos conhecimento e controle sobre os possíveis erros envolvidos no processo.

A análise dos resultados obtidos através de um método numérico representa uma etapa
fundamental no processo das soluções numéricas.

Número Aproximado
Um número~
xé dita uma aproximação para o número exactoxse existe uma pequena diferença
entre eles. Geralmente, nos cálculos os números exactos não são conhecidos e deste modo são
substituídos por suas aproximações.
Dizemos que~ xé um número aproximado por falta do valor exacto x se ~
x < x . Se ~
x> xTemos uma
aproximação por excesso.
4

Exemplo:
Como 1,41< √ 2<1 , 42temos que 1,41uma aproxima çã o de√ 2, Por falta e 1,42uma aproximaçã o
de √ 2 Por excesso.

1.1. Erros Absolutos e Relativos


1.1.1. Erro absoluto

Valor verdadeiro = aproximação + erro absoluto.

Definição: A Diferença entre o valor exato de um número x e seu valor aproximado x


obtido a partir de um procedimento numérico :
O erro numérico é igual à discrepância entre o valor verdadeiro e a aproximação, que é chamado
erro absoluto. Então tem-se a seguinte fórmula ։
Eax =x− x́
Onde ։ x é o valor verdadeiro e x́ é o valor aproximado. A que ressaltar também que o problema
deste erro não leva em conta a ordem de grandeza.

E por outra chamamos erro absoluto de um resultado medido ou calculado à diferença entre esse
resultado e o valor verdadeiro da grandeza. Se designarmos por x o o referido resultado e por x o
valor verdadeiro da grandeza, o erro absoluto será: ε x = ε o−x .

Como é evidente, ε x não é conhecido, uma vez que não há maneira de conhecer o verdadeiro
valor, x. Porém, como se verá, há casos em que é possível estimar um valor máximo para ε x .

Exemplo:
Sabendo-se que π = (3,14; 3,15) tomaremos para π um valor dentro deste intervalo e
teremos,então,|E ax|=|π− π́|<0.01 Temos que os valores para os respectivos erros absolutos nas
letras b e c foram idênticos. Podemos afirmar que os valores de x e y foram representados com a
mesma precisão? O erro absoluto não é suficiente para descrever a precisão de um cálculo. Daí a
maior utilização do conceito de erro relativo.
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Cota para o Erro


Na prática, o valor exacto é quase sempre não conhecido. Como o erro ´e definido por

e x =x −~x Consequentemente também será não conhecido.

Uma solução para este problema é ao invés de determinar o erro determinar uma cota para o erro.
Isso permitirá que, mesmo não conhecendo o erro, saber que ele está entre dois valores
conhecidos.
Dizemos que o número ϵ > 0 é a cota para o erro e x se |e x|< ϵ
 |e x|< ϵ ⟺|x−~x|<ϵ ⟺ ~x−ϵ < x< ~x + ϵ
Assim mesmo não conhecendo o valor exacto, podemos afirmar que ele esta entre ~
x−ϵ e ~
x +ϵ
que são valores conhecidos .
É evidente que uma cota ϵ só tem um valor prático se ϵ ≈ 0.

1.1.2. Erros relativos

x−x́
O erro relativo é a razão entre o erro absoluto e o valor verdadeiro: Erx = e chamamos erro

relativo ao valor do quociente entre o erro absoluto e o valor (medido, calculado ou verdadeiro)

x o−x ε x ε x e
da grandeza e pode ser dada por ։ = ≈ ou simplesmente por E x = ~x Erro absoluto
x x́ xo x
dividido pelo valor aproximado.

As varias formas de exprimir um erro distinguem – se ainda pela natureza das informações que
fornecem.

Exemplo: Um erro de 5kg/cm2 na leitura de uma pressão de 2500kg/cm2 representa um erro


absoluto de 5kg/cm2; se a pressão medida for 20kg/cm2 e o erro cometido na leitura tiver sido o
mesmo, o erro absoluto será novamente de 5kg/cm2. Pelo contrário, os erros relativos cometidos
em cada um dos casos serão, respectivamente

5 5
Resolução ։ =0.002 e =0.25
2500 20
6

Ou seja, enquanto o erro absoluto é independente do maior ou menor valor da grandeza a medir,
o erro relativo é largamente dependente desse valor, revelando a precisão da medida feita: um
erro de 2 cm na medida de uma distância de 200 m representa uma boa precisão, enquanto que o
mesmo erro de 2 cm na medida de uma distância de 10 cm revela uma fraca precisão.

1.1.3. Erro percentual

É o erro relativo em termos percentuais, ou seja:

E px =E rx x 100 %.

x−x́
O erro relativo percentual é também dado por: ε t = .100 % .

Exemplo: Seja x representado por x = 2112,9 de forma que |E ax|<0,1 podemos dizer que
x∈(2112,8;2113,0) .

|E ax| 0,1
|E rx|= < ≅ 4,7 x 10−5
x́ 2112,9

E px =4,7 x 10−5 x 100 %=0,0047 %

Para valores próximos de 1, os erros absoluto e relativo, têm valores muito próximos. Entretanto,
para valores afastados de 1, podem ocorrer grandes diferenças, e se deve escolher um critério
adequado para podermos avaliar se o erro que está sendo cometido é grande ou pequeno.

2. Erros de arredondamento

As discrepâncias introduzidas pela representação finita dos números reais são denominadas erros
de arredondamento.

Por definição: São os erros originados pela representação dos números reais utilizando – se
apenas um número finito de casas decimais.

Eles ocorrem quando números com uma quantidade limitada de algarismos significativos são
usados para representar números exactos.
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Como se sabe, desde a mais simples calculadora até o mais potente computador, utiliza apenas
um número finito de casas decimais para representar um número real. (número real é denominado
número de ponto flutuante nas linguagens de programação)

2.1. Erros de Truncamento

Os erros de Truncamento resultam de aproximações para representar procedimentos matemáticos


exactos. Está associado ao método de aproximação empregado, como vimos quando fazemos
aproximações usando polinómios de Taylor.

Como acabamos de mostrar todo número real (de ponto flutuante) não nulo
pode ser colocado na seguinte forma x=f × 10e + g × 10e−tcom f e g satisfazendo

Vamos considerar x́=f × 10e como uma aproximação para x.


O erro cometido ao aproximarmos x por x́édenominado erro de
arredondamento truncado sendo definido pore x :=x − x́=g ×10e−t .

Note que aproximar x por x́é equivalente a considerar apenas t casas decimais de x e desprezar as
restantes.

Exemplo:

Seja x=234.726 . Determine uma aproximação de para x usando arredondamento truncado e 4


digitos (4 casas decimais).

Observe que x = 234.72621 não está na forma normalizada, assim devemos colocá-lo nesta
forma. x=0.23472621 x 103=(0.2347+ 0.00002621) x 103.

Temos então como aproximação para x o valor x́=0.2347 × 103. O erro cometido
neste caso será dado por

e x = 0.23472621 × 103 - 0.2347 × 103 = 0.00002621 × 103 = 0.02621

3. Arredondamento pelo teorema de Newton.


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Arredondamento do teorema de Newton é também conhecido por arredondamento de Joseph


Raphson ou método de Newton – Raphson.

É o teorema que facilita encontrar raízes de funções e avaliar se está certa, portanto é uma
aproximação tão boa quanto a desejada então será o processo interactivo no qual nos vamos
fazendo varias etapas, enquanto avançarmos mais próximos estaremos da raiz que nos é desejada.

Seja f (x) uma função contínua no intervalo [a, b] e seja x uma raiz desta função, sendo ξ ∈ (a, b),
tal que f (ξ) = 0 e f ' (x) ¹ 0.

' f ( x0 ) f (x )
Tomemos x 0=b . Então temos: tgα=f ( x 0 ) = ∴ x 1=x 0− ' 0
x 0− x1 f ( x 0)

Se|x 1−x 0|≤erro, então x 1é a raiz desejada, senão deve – se calcular x 2, que é obtido com base no

f ( x1 )
mesmo raciocínio anterior: x 2=x 1− .
f ' ( x1 )

Se|x 2−x 1|≤erro, então x 2é a raiz desejada, senão deve-se calcular x 3 ,… , x n, ate que

f ( x n−1 )
|x n−x n−1|≤ erro. Então, por indução, temos: x n=x n−1− f ' para n = 1,2,3,….
( x n−1)
Critério de parada: |x n−x n−1|≤erro
Restrição: É necessário conhecer um intervalo que contenha o valor desejado ξ .
9

Melhor extremo:
Para decidir qual o melhor extremo do intervalo (a, b) a iniciar o método, basta verificar qual dos
extremos possui função e segunda derivada com mesmo sinal: f (xi) . f ' ' (xi )>0 Parai=¿
{extremos do intervalo}
Exemplo: Calcular a raiz positiva da equação f (x)=2 x−sen(x )−4=0 , comerro≤ 10−3, usando o
método de NR.
f ( x n−1 )
a) Algoritmo: x n=x n−1− '
f ( x n−1)
f ( x )=2 x−sen ( x )−4
f ' ( x ) 2−cos ¿
f ' ' ( x ) =sen (x)
b) Escolha do intervalo:
f ( 2 ) =−0.9093 f (3)=1.8589
f (2). f ( 3)< 0→ ξ ∈[2 ,3 ]
c) Melhor extremo (valor inicial):
f (2)=−0.9093 f (3)=1.8589
f ' ' ( 2 )=0.9093 f ' ' (3)=0.1411
∴ x 0=3
a) Valor do erro: erro £ 10−3
b) Iterações:
f (3) 1.8589
x 1=3− '
=3− =2.3783
f (3 ) 2.9900

|x 1−x 0|=|2.3783−3|=0.6217> erro


f (2.3783) 0.0653
x 2=2.3783− '
=2.3783− =2.3543
f ( 2.3783 ) 2.7226

|x 2−x 1|=|2.3543−2.3783|=0.0240>erro
f (2.3543) 0.0002
x 3=2.3543− '
=2.3543− =2.3542
f ( 2.3543 ) 2.7058

|x 3−x 2|=|2.3542−2.3543|=0.0001<erro
Resposta: A raiz desejada éξ = 2.3542.
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Exemplo2: f ( x )=x−cos ⁡( x)
f (x)
x n+1=x n −
f ' ( xn )
x n−cos ( x n)
x n+1=x n −
1+ sem ( x n )
x 0=1
1−cos (1)
x 1=1− =0,7503639
1+sem ( 1 )
0,7503639−cos ⁡(0,7503639)
x 2=0,7503639− =0,7391129
1+sen (0,7503639)
0,7391129−cos ⁡( 0,7391129)
x 3=0,7391129− =0,7390851
1+ sen(0,7391129)
0,7390851−cos ⁡(0,7390851)
x 4 =0,7390851− =0,7390851
1+ sen(0,7390851)

O x 3 e x 4 são iguais, isso significa que o nosso método convergiu com essa precisão aqui quando
nós estamos fazendo as interaccoes e repete as casas decimais quer dizer que essas casas decimais
estão correctas a raiz exacta de x−cos ⁡(x ) é um numero que começa com 0,7390851 entao em
todas essas casas decimais que aparecem no x 3 e x 4como elas repitiram nessas interacoes elas
estão correcta então essa é a nossa aproximação da raiz com todas essas casas certas.

Exercícios resolvidos pelo grupo:

1.a) Sabendo-se 10 é valor exacto e 9 o valor aproximado, calcula o erro absoluto

Resolucao: Ea =|∆ x|| = |x− x́|=10−9=1


x

b)Seja x representado por x́ =2112,9 de forma que |E a |<¿0,1 Podemos dizer que x∈(2112,8;2113,0) .
x

2. Sabendo – se que 10 é valor exacto e 9 o valor aproximado, calcula o erro relativo e calcule o
erro percentual.

Resolução para erro relativo ։


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Er =
|Ea |=|x −x́|=|10−9|= |1|=0.1
x

x
x x 10 ´
10

Resolução para erro percentual ։

|Ea | |x− x́| |10−9| |1|


= =0.1 ×100 %=10 %
x
¿ = =
x́ x́ 10 ´
10

Ou Er ×100 = 0.1 ×100 %=10 %.


x

Exercícios Propostos
1. Suponha que a e b sejam números positivos exactos. Mostre que o limite superior do erro
relativo cometido no cálculo de u=3(ab) é menor que o cometido em v=( a+a+ a) b.
2. Suponha que a seja exacto e positivo e que 1 possa ser correctamente representado. Considere
as expressões u=(1+a)2 e v=1+(2 a+ a2).Mostre que quando a torna-se muito grande os
limites de erro relativo para u e v aproximam-se da igualdade mas quando a torna-se muito
pequeno o limite para o erro relativo em u se aproxima de três vezes o limite do erro relativo
em v.
3. Seja S=√ 1+√ 2+ ·· ·+√ 100. Supondo que as aproximações para as raízes foram calculadas
com 2 casas decimais exactas teremos S=671.38
Quantas casas decimais exactas têm esse resultado?

1000
i
4. Deseja-se determinar o valor de S= ∑ e . Supondo que desejamos obter o valor de S com 3
i=1

casas decimais exactas com que precisão deveremos calcular os valores de e i ?


−π π
5. Pretende-se calcular a função sin(x ) no intervalo [ ; ] recorrendo a um polinómio de
4 4
Taylor.
12

Qual deverá ser o polinómio de modo a que o erro relativo, devido à truncatura da série de
Taylor, seja inferior a 5 ×10−8 ?

Conclusão
Chegando ao fim desde trabalho o grupo concluiu que O objectivo deste trabalho foi
apenas introduzir alguns aspectos sobre erros numéricos. os resultados finais
podem sempre ser influenciados por erros como os de arredondamento e
restrições do armazenamento de números. Como leitura adicional
recomendasse realizar uma busca na Internet por falhas e acidentes
causados por erros numéricos.
Para aplicar esta expressão é então necessário começar por medir cada uma das arestas. Ora, a
medição de cada uma das arestas esta associado um erro (erro de medida). Ou seja, o processo de
medição fornecera valores aproximados dos comprimentos das arestas, sendo eventualmente
possível obter alguma caracterização dos erros de medida.
Ao efectuar, em seguida, o produto das medidas dos três comprimentos ir-se obter um valor que
apenas poderá ser considerado uma aproximação do volume do paralelepípedo. Obviamente que
este valor aproximado terá associado um erro que dependera dos erros cometidos nos processos
de medida.
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Bibliografia
W. Cheney, D. Kincaid, “Numerical Mathematics and Computing”, Thomson Learning,
2004.
S. C. Chapra and R. P Canale. Métodos Numéricos para Engenharia. Pearson, 2008.
N. B. Franco. Cálculo Numérico. Pearson, 2006.
M. A. G . Ruggiero and V. L. R. Lopes. Cálculo Numérico - Aspectos Teóricos e
Computacionais. Pearson, 2006.
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