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FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

GAMALIEL FATEFIG.

THAYLEYD DOS SANTOS MENDES

CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS E METEDOLÓGICAS DE BOAS PARA


A ANTROPOLOGIA.

TUCURUÍ
2016

THAYLEYD DOS SANTOS MENDES


1° Semestre de direito
Turma: 17

RESUMO: CONTRIBUIÇÕES TEÓRICAS E METEDOLÓGICAS DE


BOAS PARA A ANTROPOLOGIA.

Trabalho apresentado ao Curso de


Graduação em Bacharel em Direito da
Faculdade de Teologia, Filosofia e
Ciências Humanas Gamaliel – FATEFIG
Trabalho dO profº oberdan.

Tucuruí
2016
LAPLANTINE, François. Aprender antropologia. 15°impressão. 2013

VIEIRA, Thiago. Estudos antropológicos. Disponível em:


http://antropologiaestudos.blogspot.com.br/2012/06/principaisconceitos-na-obra-de-
franz.html acesso em: 06/03/2016

Boas foi um dos primeiros a nos mostrar não apenas a importância, mas
também a necessidade, para o etnólogo, do acesso à língua da cultura na qual
trabalha.
Para Boas, a história da civilização humana não poderia ser entendida
exclusivamente através de uma necessidade psicológica que levaria a uma
evolução única da mente humana. Era necessário entender primeiramente a
história cultural de cada grupo, perceber suas influências internas e externas
pela qual passaram para então entendê-los. Seria impossível entender a
história de um povo somente se baseando em um único sistema evolucionário.

Franz Boas discordava da tradição evolucionista e da metodologia


caracterizada pelo Método Comparativo. Ele representou um marco de ruptura
com o princípio do evolucionismo cultural, tanto nos aspectos teóricos quanto
nos práticos. Acreditava e afirmava que era muito mais provável que as
culturas (também usava a palavra cultura no plural, expondo sua tese da
diversidade) tivessem se desenvolvido e se desenvolvam de forma
independente; até sobre própria ideia do difusionismo, de acordo com ele, não
explicava totalmente as culturas. Ele considerava improvável a possibilidade de
uma regra geral para o comportamento humano.

De acordo com Boas o método comparativo, que era defendido arduamente


por Taylor, era ineficaz e não valia como prova do “evolucionismo cultural”.
Enquanto Tylor dizia que a comparação de relatos sobre um mesmo objeto,
fazendo teste de recorrência de elementos culturais, era suficiente para
averiguar uma regra cultural, Boas discordava e afirmava o oposto.

Cultura: Para Boas a cultura era o elemento explicativo da diversidade


humana. No sentido norte americano, cultura se torna um conceito mais
abrangente do que o conceito de sociedade. A cultura no caso seria tudo que
os seres humanos criaram inclusive a sociedade. É importante frisarmos que
Boas usa o termo culturas devido a sua teoria do relativismo cultural, pois
segundo ele cada povo possuiria uma singularidade cultural. Diferentemente
vemos o termo cultura (aqui no singular), usado pelos evolucionistas, pois
segundos estes teóricos, a cultura humana seria única devido ao seu
desenvolvimento unilinear. De maneira resumida, Boas entendia a cultura
como a lente pela qual cada um de nós enxerga a sociedade e pela qual
estaríamos presos à ela através dos grilhões da tradição.
Raça: Para Boas, o conceito de raça na verdade seria uma classificação não
científica dos traços físicos superficiais que possuímos. Vemos em seus textos
que Boas não faz uso do termo raça, mas do termo formas corporais. A ideia
de raça na verdade era uma construção de tipos ideais locais baseados em
características físicas semelhantes, sendo estes retirados de localidades
comuns. Porém Boas ressalta que por mais fisicamente semelhantes um grupo
de pessoas seja, haverá inúmeros indivíduos na qual esta descrição não
poderia caber.

Pode parecer surpreendente, levando em conta o que foi dito, que Boas entre
os profissionais da antropologia, seja praticamente desconhecido.
Isso se deve principalmente a duas razoes:

1) multiplicando as comunicações e os artigos, ele nunca escreveu nenhum


livro destinado ao publico erudito, e os textos que nos deixou são de uma
concisão e de um rigor ascético. Nada que anuncie, por exemplo, a emoção
que se pode sentir ou que lembre o charme ultrapassado da prosa enfeitada de
um Frazer;

2) nunca formulou uma verdadeira teoria, tão estranho era-lhe o espírito de


sistema; e a generalização apressada parecia-lhe o que ha de mais distante do
espírito cientifico. _As ambições dos primeiros tempos {quero falar dos
afrescos gigantescos do século XIX, que retratam os primórdios da
humanidade, mas expressam simultaneamente os primórdios da antropologia,
isto e uma antropologia principalmente { sucedem, com ele, a modéstia e a
sobriedade da maturidade. De qualquer modo, a influência de Boas foi
considerável. Foi um dos primeiros etnógrafos. A sua preocupação de precisão
na descrição dos fatos observados, acrescentava-se a de conservação
metódica do patrimônio recolhido (foi conservador do museu de Nova Iorque).
Finalmente, foi enquanto professor, o grande pedagogo que formou a primeira
geração de antropólogos americanos (Kroeber, Lowie, Sapir, Herskovitz,
Linton.

Em suma, Boas defende uma antropologia que enxergue a cultura como um


conjunto de diversos fatores, como uma totalidade. Como algo impossível de
ser resumido em leis, tais como ocorre muitas vezes nas ciências biológicas. 

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