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ALE-GO

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS

REALIDADE ÉTICA, SOCIAL, HIST., GEOG., CULT.,


POLÍTICA E ECON. DE GO
ASPECTOS HISTÓRICOS, POLÍTICOS E POPULACIONAIS DE GOIÁS
DIOGO SURDI

Diogo Surdi é formado em Administração Pública


e é professor de Direito Administrativo em
concursos públicos, tendo sido aprovado para
vários cargos, dentre os quais se destacam:
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil
(2014), Analista Judiciário do TRT-SC (2013),
Analista Tributário da Receita Federal do Brasil
(2012) e Técnico Judiciário dos seguintes
órgãos: TRT-SC, TRT-RS, TRE-SC, TRE-RS, TRT-
MS e MPU.

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REALIDADE ÉTICA, SOCIAL, HIST., GEOG., CULT., POLÍTICA E ECON. DE GO

Aspectos Históricos, Políticos e Populacionais de Goiás

Prof. Diogo Surdi

SUMÁRIO
1. Aspectos da História Política de Goiás.........................................................6
1.1. Chegada dos Portugueses ao Brasil..........................................................7
1.2. O Tratado de Tordesilhas........................................................................8
1.3. Enfraquecimento da Coroa Portuguesa.....................................................9
1.4. Goiás antes da Independência do Brasil................................................. 14
1.5. A Independência................................................................................. 19
1.6. O coronelismo da República Velha......................................................... 26
1.7. A Revolução de 1930 e a Era Vargas...................................................... 28
1.7.1. Governo Provisório – de 1930 a 1934.................................................. 29
1.7.2. Governo Constitucional – de 1934 a 1937............................................ 30
1.7.3. Estado Novo – de 1937 a 1945.......................................................... 31
1.7.4. Fim da Era Vargas............................................................................ 33
1.7.5. A Redemocratização......................................................................... 36
2. Aspectos da História Social de Goiás......................................................... 39
2.1. Aspectos Populacionais de Goiás........................................................... 39
2.2. A Escravidão e Cultura Negra................................................................ 43
2.2. A Criação de Goiânia........................................................................... 44
Resumo.................................................................................................... 47
Questões de Concurso................................................................................ 51
Gabarito................................................................................................... 63
Gabarito Comentado.................................................................................. 64

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ASPECTOS DA HISTÓRIA POLÍTICA DE GOIÁS

Olá, tudo bem? Espero que sim!

Recentemente, tivemos a publicação do edital do concurso da Assembleia Le-

gislativa de Goiás – ALE-GO, órgão que apresenta ótimas oportunidades e um

excelente remuneração para os futuros servidores.

Em concursos como este, a concorrência é muito alta, sendo que inúmeros

candidatos, inclusive, estudam com bastante antecedência para as provas destes

órgãos.

No entanto, disciplinas como a nossa nem sempre são exigidas, fazendo com

que, nos concursos em que tal matéria se faz presente, o acerto nas possíveis

questões de prova melhore significativamente a classificação e colocação

dos candidatos.

Desta forma, é essencial, para uma preparação completa, que você conheça

todas as disposições relacionadas com a realidade ética, social, histórica, geo-

gráfica, cultural, política e econômica do Estado de Goiás.

Bom, feitas as apresentações iniciais, passemos à proposta do nosso curso.

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Cronograma das aulas

Aula Conteúdo
01 2 Aspectos da história política de Goiás. 2.1 A independência em Goiás. 2.2 O Coronelismo
na República Velha. 2.3 As oligarquias. 2.4 A Revolução de 1930. 2.5 A administração
política, de 1930 até os dias atuais. 3 Aspectos históricos e urbanísticos de Goiânia
5 A população goiana. 5.1 Povoamento. 5.2 Movimentos migratórios. 5.3 Densidade
e distribuição demográfica. 5.4 População economicamente ativa. 6 Os aspectos
físicos do território goiano. 6.1 Hidrografia. 6.2 Clima. 6.3 Relevo. 6.4 Vegetação.
02 1 Formação econômica de Goiás. 1.1 A mineração no século XVIII. 1.2 A
agropecuária nos séculos XIX e XX. 1.3 A estrada de ferro e a modernização
da economia goiana. 1.4 As transformações econômicas com a construção
de Goiânia e de Brasília: industrialização, infraestrutura e planejamento.
03 4 Aspectos da Cultura Goiana. 4.1 A culinária regional. 4.2 As festas religiosas.
4.3 O folclore goiano. 4.4 O patrimônio histórico-cultural e o turismo.

Iniciamos, na aula de hoje, o estudo dos diversos aspectos (realidade éti-

ca, social, histórica, geográfica, cultural, política e econômica) relacionados

com o estado de Goiás.

Sendo assim, veremos, nesta aula, os aspectos histórico, político e popula-

cional do mencionado ente federativo.

Grande abraço e boa aula!

Diogo.

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1. Aspectos da História Política de Goiás

Goiás é uma das 27 unidades federativas do território brasileiro. Considerando

que o nosso território é dividido, sob o ponto de vista geográfico, em 5 diferentes

regiões, Goiás está localizado na Região Centro-Oeste.

Além de Goiás, fazem parte da mencionada região os estados de Mato Grosso

do Sul e Mato Grosso.

Sendo assim, temos que conhecer os Estados com quem Goiás faz divisa, sendo eles:

a) ao Norte, com o Estado de Tocantins;

b) ao Nordeste, com a Bahia;

c) a Leste e Sudeste, com Minas Gerais;

d) ao Sudoeste, com Mato Grosso do Sul;

e) ao Noroeste, com Mato Grosso.

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Para compreendermos os aspectos históricos de Goiás, temos que recorrer a

diversos acontecimentos da própria história do nosso país. Sendo assim, iremos

“passear” por diversos acontecimentos que, ao longo dos tempos, influenciaram a

formação do estado goiano.

Ainda que boa parte do conteúdo possa parecer, em um primeiro momento, sem

uma “ordem cronológica” específica, a dica é que você se preocupe, neste momen-

to, apenas com a leitura e compreensão dos diversos fatos ocorridos ao

longo da história.

Ao término da aula, faremos uma síntese com base em tudo o que estudamos.

Lá, com certeza, todas as informações ficarão mais “claras”.

Está pronto(a)? Vamos nessa...

1.1. Chegada dos Portugueses ao Brasil

No século XV, mais precisamente no ano de 1500, o militar português Pe-

dro Alvares Cabral decidiu refazer a rota de Vasco da Gama, percorrendo os

caminhos da Índia.

No entanto, a embarcação tomou outros rumos e acabou chegando em ter-

ritório brasileiro. Existem historiadores que afirmam que a chegada de Cabral

ao Brasil foi proposital, haja vista que, antes dele, outros europeus já tinham

chegado em nosso território.

Inicialmente, a embarcação acreditava que o território se tratava, apenas, de

uma ilha, motivo pelo qual ela recebeu o nome de Ilha de Vera Cruz.

Posteriormente, o território foi intitulado de Terra de Santa Cruz, sendo, hoje,

a cidade de Porto Seguro, na Bahia. O nome Brasil apenas surgiu em momento

mais tarde, sendo oriundo do amplo fluxo de exportação da madeira pau-brasil.

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Conforme se espalhava a notícia do “novo mundo”, o território descoberto ia


ficando cada vez mais povoado.
No início, a mão de obra era feita pelos nativos que aqui habitavam, que, ainda
que enfrentassem uma forte resistência, acabavam trabalhando em troca do rece-
bimento de objetos.

1.2. O Tratado de Tordesilhas

Disputas e guerras. Este era o cenário que se encontrava no Brasil em meados


do século XVI, ou seja, em um constante embate entre a monarquia espanhola e
a monarquia portuguesa.
A notícia do “novo mundo” proliferava por todos os cantos. As maravilhas e
riquezas naturais que havia em abundância, dessa forma, despertaram a curiosida-
de de diversas outras nações, que não aceitavam que Portugal e Espanha ficassem
com todos esses bens e recursos.
Além disso, deve ser salientado que Portugal e Espanha disputavam, interna-
mente, para ver quem ficava com a maior parte território.
Nesse cenário, ambas as nações, por meio de seus comandantes, assina-
ram, em 7 de julho de 1494, na cidade de Tordesilhas, na Espanha, o
Tratado de Tordesilhas.
A assinatura do tratado em questão teve uma importante participação do Papa
Alexandre VI, que, após ser procurado por ambos os países, se envolveu na ques-
tão e demarcou as terras que ficariam com cada uma das nações.
Seria um tratado que traria uma trégua para os conflitos entre os dois
países, certo?
De forma alguma! Portugal, por ter “descoberto” o território, se sentiu no di-
reito de ficar com, pelo menos, uma maior parte da extensão territorial.

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Além disso, nações como a Inglaterra, a França e os Países Baixos não acei-

taram o acordo. Nem o próprio D. João II, Rei de Portugal, ficou satisfeito com a

decisão do Papa.

Após a demarcação do Papa, os governadores de Portugal e Espanha se reuni-

ram novamente e mudaram o resultado do tratado. Espanha ficou com a parte

Oeste do Cabo Verde e Portugal, com a parte Leste (ficando com a maior par-

te do Centro-Oeste localizado em Goiás).

Nesse meio tempo, e considerando que, conforme informado, a notícia das ma-

ravilhas naturais se espalhava pelo mundo, chegaram ao Brasil imigrantes de

toda parte com a intenção de colonizar e sobreviver nas terras brasileiras.

1.3. Enfraquecimento da Coroa Portuguesa

No período de 1580 a 1640, a Coroa Portuguesa, por diversos motivos

(principalmente econômicos), enfraqueceu, passando a se submeter ao do-

mínio dos espanhóis.

Esse período ficou conhecido como União Ibérica (unidade política entre mo-

narquia e dinastia). No âmbito da União Ibérica, algumas normas e leis foram esta-

belecidas, incluindo a que resultava nas divisões das colônias brasileiras.

Entre 1590 a 1593, as tropas de Domingos Luís Grau e Antônio Macedo er-

gueram suas bandeiras em Goiás.

Posteriormente, os portugueses trouxeram os padres Jesuítas, que teriam a

missão de catequizar os índios brasileiros e “domesticá-los” para o trabalho escra-

vo. A missão coordenada pelo padre Cristóvão de Lisboa, em 1625, se concen-

trou numa aldeia na Amazônia.

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Por volta dessa época, o Brasil já tinha passado por dois importantes ciclos eco-

nômicos, sendo eles o ciclo do pau-brasil e o ciclo da cana-de-açúcar. Ambos

os ciclos, ressalta-se, ocorreram em regiões litorâneas do nosso país.

No entanto, à medida que a Coroa Portuguesa enfraquecia, era necessário que

as expedições (tanto oficiais quanto particulares) encontrassem, em nosso país,

novas fontes de riqueza.

Nesse cenário, deve ser destacado que estávamos em uma época em que

as principais nações europeias tinham suas forças reconhecidas com base na

riqueza que possuíam.

Com Portugal, que dominava as terras brasileiras, não era diferente. Assim, com

o enfraquecimento na arrecadação, tornava-se necessária, como já mencionado, a

localização de novas fontes de recursos.

Nesse cenário, teve início, em território brasileiro, o ciclo da mineração, em que

nosso território presenciou uma verdadeira “caçada ao ouro”.

O ciclo da mineração teve início quando, em linhas gerais, as primeiras expedi-

ções localizaram ouro na atual Região Centro-Oeste.

Parte dos historiadores atribui a Antônio Rodrigues Arzão, em 1693, a primeira des-

coberta de ouro na região. No entanto, a corrida do ouro teve início, efetivamente,

com a descoberta, por Antônio Dias de Oliveira, em 1698, das minas de

Ouro Preto.

Dessa época, três importantes formas de expedição merecem destaque, sendo

elas: entradas, bandeiradas e descidas.

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Entradas: expedições oficiais, feitas pelo governo, para controlar as exporta-

ções e importações de escravos, minérios e produtos extraídos do Brasil. Respeita-

vam, na maioria das vezes, o Tratado de Tordesilhas.

Bandeiradas: movimentos particulares que impunham a escravidão dos índios

nativos para a extração de metais preciosos. Tais movimentos não respeitavam o

Tratado de Tordesilhas.

Descidas: expedições feitas pelos Jesuítas com o objetivo de recrutar os índios

do interior para o serviço escravo. As principais bandeiradas estavam concentradas

nas regiões Norte e Sul do País.

Não demorou muito para que a notícia da descoberta do ouro se empalhasse

por todas as regiões brasileiras. Como consequência, o território goiano presenciou

uma verdadeira “marcha” de pessoas, oriundas de todos os cantos do País, e até

mesmo da Europa, com o objetivo de explorar as riquezas da nova região.

Quando a corte portuguesa soube da descoberta, verificou ali uma possibilidade

de recuperar a hegemonia econômica, que, como ressaltado, estava em crise devi-

do ao enfraquecimento das arrecadações.

E como Portugal queria ficar com praticamente todas as riquezas descobertas,

um conflito com os responsáveis pelo descobrimento do ouro (as expedições minei-

ras e paulistas) era praticamente inevitável.

Nesse contexto, como uma das primeiras medidas, Portugal proibiu que os es-

tados de Minas Gerais e da Bahia realizassem qualquer tipo de comércio, com ex-

ceção, apenas, às negociações de gado. Queria a corte, com a medida, controlar

todo o fluxo do ouro.

No entanto, como as negociações continuavam (por meio do comércio camufla-

do), tivemos início à Guerra dos Emboabas.

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Devido às constantes expedições, e tendo como objetivo extrair o abundante

ouro localizado no território de Goiás, Portugal, cada vez mais, não respeitava as

demarcações do Tratado de Tordesilhas.

Após uma série de conflitos, fez-se necessário que um novo tratado fosse assinado.

Foi assim que, em 1750, o Rei de Portugal (D. João V) e o Rei da Espanha

(Fernando VI), assinaram o Tratado de Madri.

Com o tratado, novas regras e divisões foram estabelecidas, sendo uma

das características do acordo a existência de uma administração e supervi-

são mais rigorosas.

A principal medida do tratado foi a decretação de que cada uma das nações

ficaria com que já possuísse (conceito denominado de uti possidetis).

Além disso, todo o território goiano e a maior parte do Centro-Oeste dei-

xariam de ser da Espanha e passariam a ser oficialmente do Brasil.

Deve ser salientado que, com a demarcação, ficou mais fácil a localização ge-

ográfica. No entanto, as demarcações foram, em partes, meramente simbólicas,

haja vista que as guerras e disputas pelos tesouros naturais (principalmente o

ouro) continuaram.

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Vamos sintetizar essas informações?

1º) Inicialmente, o Brasil passou por dois diferentes ciclos, sendo eles o

do pau-brasil e da cana-de-açúcar. Ambos os ciclos agregaram riqueza

para o território brasileiro, sendo desenvolvidos em regiões litorâneas do

País. Com a queda nos recursos, tornou-se necessária a descoberta de

novas fontes de riqueza.

2º) Na época, a capital do Brasil era a cidade de Salvador. Como forma de explo-

rar e descobrir novas riquezas, eram organizadas expedições de caráter oficial

(que saíam da Bahia) ou de caráter particular.

3º) Como resultado de uma das expedições, tivemos a descoberta de ouro na

região Centro-Oeste. Com a descoberta, teve início, em nosso país, o “ciclo

da mineração”.

4º) Na época, as nações europeias tinham sua potência reconhecida

com base na riqueza demonstrada. Por volta dessa época, a Coroa Por-

tuguesa, em nosso país, enfrentava uma forte crise na arrecadação. A

descoberta do ouro, dessa forma, foi encarada como a melhor maneira de

recuperar o prestígio.

5º) Considerando que o ciclo da mineração fez com que uma grande aglomeração

de pessoas viesse para a região, esse ciclo foi determinante no povoamento

do estado de Goiás.

O povoamento do estado goiano, no entanto, é assunto que será melhor deta-

lhado em momento oportuno. Por hora, temos que conhecer os aspectos políti-

cos que, ao longo da História, influenciaram nosso país e, mais diretamen-

te, o estado de Goiás.

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1.4. Goiás antes da Independência do Brasil

Movidos pela possibilidade de encontrar ouro e de enriquecer rapidamente, um

grande contingente populacional do resto do País se deslocou para a região locali-

zada no estado de Goiás.

O período de 1730 a 1740 ficou conhecido como a época em que foram desco-

bertas as primeiras regiões auríferas do estado. Posteriormente, tivemos a criação

do primeiro “arraial do ouro”, ou seja, um lugar provisório onde a população per-

manecia pelo tempo necessário à realização das explorações.

O período áureo da região, impulsionado pelas explorações às minas, não durou

muito tempo. À medida que o ouro era encontrado, os interesses das autorida-

des em “controlar” tais descobertas era cada vez maior.

Dessa forma, se inicialmente a atividade de exploração às minas era livre, pos-

sibilitando que todos os indivíduos que eventualmente encontrassem ri-

queza pudessem sair do território, com o tempo, as autoridades passam a

exercer um controle severo sobre o ouro encontrado.

Como exemplo de medidas adotadas naquela época, podemos citar a determinação

do Governo Português para que novas estradas direcionadas às minas não pudes-

sem ser abertas, o trancamento dos rios e a limitação à própria atividade.

Pouco tempo depois, a intitulada “economia do ouro” começou a entrar em

declínio. Se, no início do período, o ouro era considerado uma atividade de futuro

para a região (tendo, inclusive, alcançado o seu ápice nos anos 1750), por volta de

1800, em sentido diverso, a maior parte da arrecadação vinha dos impostos e das

taxas cobrados para o exercício da atividade.

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A queda da receita da atividade ocorreu entre 1779 e 1822, sendo gerada, prin-

cipalmente, pelo fato de não terem sido descobertas novas minas de ouro.

Com a crise, tivemos uma evasão de pessoas da região. A maioria voltava para

os estados de onde anteriormente tinham vindo.

No entanto, a queda da atividade representou muito mais para a economia do

que a saída de pessoas. Como não havia mais ouro, não havia como o governo co-

brar impostos. E se o valor da arrecadação com os impostos diminuía, os recursos

se tornavam limitados, gerando, em pouco tempo, um cenário de devasta-

ção e de grande pobreza.

Em meados do século XIX, já com a mineração estando praticamente extinta, a

atividade preponderante da região passou a ser a criação de gado e o de-

senvolvimento de atividades agrícolas.

Um importante acontecimento desse período ocorreu em 1809, quando, com

o objetivo de incentivar o povoamento da região e de criar uma melhor

logística para a comercialização das atividades desenvolvidas, a então Ca-

pitania de Goiás foi dividida em duas diferentes regiões ou comarcas, sendo elas:

a) Comarca do Sul e

b) Comarca do Norte.

Mas o que levou a tal fato?

Os últimos capitães generais da capitania de Goiás já pleiteavam a divisão em

função da vasta área geográfica do território. Isso tudo para facilitar a admi-

nistração, a fiscalização e o controle da economia da região.

Sendo assim, em 1809, D. João IV criou a Comarca do Sul, que tinha Goi-

ás Velho, também conhecida por Vila Boa, como sede administrativa e inte-

grava as vilas de Meia Ponte (atual Pirenópolis), Santa Cruz, Santa Luzia, Pilar,

Crixás e Desemboque.

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Já a Comarca do Norte integrava as seguintes vilas: São João da Palma (sede),


Natividade, Conceição, Porto Imperial, São Feliz, Cavalcante e Trahiras.
Nesse contexto, deve ser ressaltado que havia muitas incertezas em relação ao
futuro da metrópole.
Qual seria o regime político implantado no País?
As opiniões se dividiam e o processo que levou à independência não foi
nada pacífico.
A economia goiana, inicialmente, era baseada na mineração do ouro. Mas as
jazidas localizadas em território goiano tiveram uma vida útil curta.
Com a decadência da atividade de mineração, surgem outras atividades,
como a agricultura de subsistência e a criação de gado. É importante mencionar
que, nesse período, Goiás não possuía um produto principal que pudesse
sustentar a sua economia.
Nesse cenário, que antecede a independência política do Brasil, ocorrem dois
importantes movimentos no território de Goiás. Um deles ocorre na capital, Vila
Boa, e o outro, no norte da capitania. Ambas as rebeliões têm como objetivo a
divisão do território.
Em Vila Boa, no ano de 1821, o movimento de secessão tinha o envolvimento
direto de setores das camadas dominantes da população, como pessoas ligadas ao
alto clero e, também, a alguns setores militares que tentaram destituir do poder o
capitão general de Goiás.
O movimento era sustentado por um sentimento de antilusitanismo, ou seja,
uma aversão aos portugueses.
Setores das camadas médias e populares culpavam os portugueses pela exces-
siva carga tributária, pela exploração e pela opressão metropolitana. O objetivo
principal desse movimento era a derrubada do capitão Manuel Ignácio de
Sampaio, que governou a capitania de Goiás entre 1820 e 1822.

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Destacaram-se como líderes o padre Luís Bartolomeu Marques, José Rodrigues

Jardim e o Capitão Felipe Antônio Cardoso. No entanto, os revoltosos não obtive-

ram êxito, sendo os líderes presos e expulsos da capital goiana.

Nas vésperas da proclamação da independência, setores da elite de Goiás

tentaram derrubar o governador português. Em um golpe efetuado pelas elites

goianas, o general capitão Manuel Ignácio de Sampaio é derrubado em 08

de abril de 1822.

Formou-se, assim, uma junta governativa, composta por José Rodrigues Jar-

dim, Padre Luiz Gonzaga Camargo Fleury e pelo Capitão Felipe Antônio.

Em relação ao movimento ocorrido na Comarca do Norte, podemos afirmar que

a insurgência tinha a intenção de promover a separação definitiva dessa parte

do território em relação ao restante do território goiano.

O movimento ocorre na então capitania e posterior província de Goiás, entre

1821 e 1823. As principais vilas envolvidas no confronto foram a vila de Nativida-

de, Arraias e Cavalcante.

Em 1821, o procurador Teotônio Segurado proclama a independência da Comar-

ca do Norte. No entanto, o movimento possuía fortes divisões internas, lideradas

por Pio Pinto Cerqueira.

Em 1823, um ofício enviado por José Bonifácio, por solicitação de D. Pedro I,

determina o fim do movimento divisionista.

Deve ser salientado que a extensão territorial da Comarca do Norte corres-

ponde, atualmente, ao território do Estado de Tocantins.

A realidade da época era mais ou menos a seguinte...

O norte de Goiás era um território que tinha, nos anos anteriores, sido ocupado

por inúmeros povos. Todos esses povos tinham um objetivo em comum, que era

encontrar ouro naquela região.

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Os que vieram de São Paulo (bandeirantes) eram chamados de sulistas. Já

os que chegaram ao território oriundos do Norte e do Nordeste eram intitulados

de nordestinos.

Devido à baixa infraestrutura e à falta de logística na região, as relações comer-

cias dessas duas categorias de pessoas eram travadas, preponderantemente, com

os respectivos estados vizinhos.

Assim, os bandeirantes (ou sulistas) negociavam com estados localizados no

lado sul do País (São Paulo e Minas Gerais), ao passo que os nordestinos tinham

relações comerciais com os estados do lado norte do País (Pará e Maranhão).

Essa falta de integração, bem como a necessidade de ter que percorrer todo o

estado de Goiás para a realização de transações, fez que as ideias separatistas

ganhassem, cada vez mais, força entre os interessados.

Nesse sentido, a criação do novo ente trata-se de uma ideia que vinha sendo

debatida desde o Brasil Colônia e que somente foi efetivada com a promulgação

da Constituição de 1988.

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No século XVIII, as minas goianas estavam circunscritas à capitania de São Paulo.

Goiás passou a ter governo próprio a partir de 1749.

Com a Independência do Brasil, as capitanias brasileiras passaram a ser denomina-

das províncias e, após a República, tornaram-se estados brasileiros.

1.5. A Independência

Com a independência do Brasil, em 1822, percebemos, na província de Goiás, a

manutenção da estrutura socioeconômica do período colonial.

Continuam estabelecidas as grandes propriedades (latifúndios) dedicadas à

monocultura de exportação e o uso do trabalho escravo. Em linhas gerais, as con-

dições de vida não melhoraram para a população em geral.

Porém, um dos aspectos que podemos ressaltar durante o período do Primeiro

Império (de 1822 a 1831) é a convocação da Assembleia Nacional Consti-

tuinte para redigir a primeira carta constitucional brasileira. Surgiu, então, o pro-

jeto chamado de Constituição da Mandioca, que visava limitar os poderes de D.

Pedro I e que não obteve êxito.

Em 25 de março de 1824, D. Pedro I promulgou a primeira Constituição

brasileira, que vigorou durante todo o período imperial do país.

E o que dizia a Constituição de 1824?

a) Determinou a monarquia constitucional hereditária no Brasil.

b) A centralização do poder político na monarquia (o fato de centralizar o poder ge-

rou uma série de revoltas nas províncias brasileiras durante o período regencial).

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c) Determinou a existência de quatro Poderes: o Executivo, o Legislativo, o Ju-

diciário e o Poder Moderador (exercido pelo Imperador).

d) Estabeleceu o voto censitário, que dava direitos de participação política ape-

nas àqueles que tivessem renda de cem mil réis anuais.

e) A Igreja Católica foi subordinada ao Estado.

Nesse período, ocorre um embate entre os interesses das elites brasi-

leiras e o Imperador, fato este que o levou a abdicar do poder. Contribuíram

para isso a aproximação do imperador com portugueses residentes no Brasil,

a crise econômica do País, a perda da guerra da Cisplatina e a intervenção na

sucessão do trono português.

Em 07 de abril de 1831, ocorre a abdicação do trono pelo Imperador D.

Pedro I e temos início, com isso, ao Período Regencial.

E quais as características do território de Goiás nesse período?

A província de Goiás possuía um vasto território na época imperial. Posterior-

mente, foram desmembrados a região do Araguaia, que pertence hoje ao estado do

Mato Grosso, e o atual triângulo mineiro, do estado de Minas Gerais.

Deve ser ressaltado que a província de Goiás era considerada um território

periférico em relação ao restante do Brasil, pois não possuía uma economia forte.

Como mencionado, a principal fonte de renda era a agricultura e a pecuária

de subsistência. Esse, inclusive, é um dos principais motivos que dificultaram o

desenvolvimento econômico ao longo do século XIX.

1.5.1. Goiás no Governo Regencial

No Período Regencial, por conta da instabilidade política e econômica no País,

temos um cenário de incertezas, também, na província de Goiás, acarretando, por-

tanto, o movimento de 1831.

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O referido movimento era contrário à excessiva centralização política. O

presidente da província de Goiás, Miguel Lino de Moraes (português), havia

montado uma fábrica de tecidos em 1828, e posteriormente foi derrubado por

um movimento liderado pelo padre Luiz Bartolomeu Marques.

Dessa forma, quem assumiu o governo de Goiás foi uma junta governativa,

composta por Luiz Gonzaga Camargo Fleury, José Rodrigues Jardim e José

de Assis Mascarenhas.

Precisamos destacar também que em 1831, durante a regência trina perma-

nente (que governou o Brasil até a maioridade de D. Pedro II), houve a criação

da Guarda Nacional, que era uma milícia de elite, criada pelo Ministro da Justi-

ça, Diogo Antônio Feijó.

A Guarda Nacional foi muito importante para o fortalecimento do coronelismo,

uma vez que os chefes da Guarda Nacional eram os latifundiários e os grandes co-

merciantes brasileiros.

Durante o Período Regencial, ocorreu o ato adicional de 1834, que atribuía uma

maior autonomia às províncias, criando as Assembleias Legislativas. O Presi-

dente da província era nomeado pelo Poder Central, e os Deputados da Assembleia

Legislativa Provincial eram escolhidos pelos eleitores das províncias.

Durante o Segundo Reinado, houve o retorno do centralismo político, a par-

tir de 1847, quando o Imperador, D. Pedro II, instaura uma espécie de regime par-

lamentar, criando, assim, o cargo de presidente do Conselho de Ministros, também

conhecido como parlamentarismo às avessas.

Como era o imperador quem escolhia o presidente do Conselho de Ministros, ele

também poderia destituí-lo do cargo a qualquer momento.

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1.5.2. Aspectos Culturais de Goiás durante o Império

O Jornal Matutina Meia Pontense, que circulou de 1830 a 1834, foi o primei-
ro jornal da região Centro-Oeste do País, fundado na atual cidade de Pirenó-
polis. O periódico foi muito importante para a vida cultural de Goiás, durante o seu
período de existência.
Outro ponto de destaque são as esculturas barrocas. José Joaquim da Veiga
Vale, apesar de ser um artista autodidata, foi considerado um expoente do bar-
roco goiano, que viveu de 1806 a 1874.
Em 1846, foi fundado o Liceu de Goiás, apontado como uma referência
em educação na província, no entanto era restrito às camadas mais abasta-
das da população.
Quando falamos em abolicionismo na província goiana, devemos citar um dos
principais personagens que lutou pela abolição da escravatura, que foi Félix de
Bulhões. Ele atuou no jornal “O Libertador” e realizou inúmeras tentativas para
acabar com a escravidão. O jornalista promoveu eventos para angariar fundos e
comprar cartas de alforria para os escravizados.
Vale dizer que, em 13 de maio de 1888, por ocasião da assinatura da Lei Áu-
rea, pela Princesa Isabel, foi abolida a escravidão no Brasil. Goiás possuía pouco
mais de 3.000 mil escravizados africanos.
Entre 1870 e 1889, aumenta o ideal republicano no Brasil e se constitui na cha-
mada crise do império.
Mas quais são os fatores que levaram a essa crise?
Podemos citar a questão abolicionista, a questão religiosa e a questão militar.
Em 1870, o Brasil havia acabado de sair vitorioso da Guerra do Paraguai,
cujo embate foi travado entre os países da tríplice aliança: Brasil, Argentina e
Uruguai contra o Paraguai.

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Mas o resultado da guerra deixou reflexos para o Brasil, que foram:

a) dívidas, principalmente com a Inglaterra;

b) muitas perdas humanas;

c) insatisfação por parte de alguns setores do exército.

O exército passa a pleitear uma maior participação na política, bem como a de-

fender o abolicionismo e o republicanismo. Isso se deve ao fato de que, durante a

Guerra do Paraguai, boa parte do contingente do exército brasileiro era for-

mado por negros.

Também durante a guerra, os soldados brasileiros entraram em contato com

soldados de outros países, que eram governados por repúblicas. Portanto, temos a

questão militar como um dos fatores que acirrou a crise do império, pois os mili-

tares se afastaram das relações com o Imperador D. Pedro II.

Temos ainda a questão religiosa, que se constitui no afastamento da Igre-

ja Católica em relação ao império, por conta da chamada Bula Syllabus, que

pretendia expulsar as pessoas que integravam a maçonaria dos quadros da Igreja

Católica. Essa regra não foi acatada por D. Pedro II, que era maçom.

Podemos citar, por último, a questão abolicionista. Foi aprovada uma série de

leis abolicionistas pelo parlamento brasileiro, dentre as quais podemos citar a Lei

do Ventre Livre, a Lei dos Sexagenários e, finalmente, a Lei Áurea em (1988), que

aboliu a escravidão legalizada no país.

Com a aprovação da Lei Áurea, os fazendeiros escravagistas, que eram um dos

esteios do império, passaram a defender a república e ficaram conhecidos como os

republicanos de 13 de maio.

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1.5.3. A Proclamação da República

A Proclamação da República ocorreu na madrugada de 15 de novembro de 1889

e contou com a participação de setores das elites brasileiras, mas não hou-

ve nenhuma participação das camadas populares.

Destacam-se os grandes cafeicultores do oeste paulista, além de setores das

camadas médias urbanas e setores do exército.

Na província de Goiás, Joaquim Xavier Guimarães Natal foi um ferrenho

republicano no período que antecedeu a proclamação. Ele usava a imprensa para

disseminar os ideais republicanos. O Bocayuva era considerado o principal jornal

republicano da época em Goiás.

Goiás era governado por Eduardo Augusto Montandon quando foi proclama-

da a República. Logo, ele foi deposto e foi instituída a junta governativa, que

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era composta por Guimarães Natal, José Joaquim de Souza e o Major Eu-

gênio Augusto de Melo.

Após a proclamação da República, formou-se um governo provisório para gover-

nar o País, cujo líder era o Marechal Deodoro da Fonseca. Ele governou de maneira

provisória até a elaboração de uma nova Constituição.

A primeira Constituição republicana do Brasil foi promulgada em 24 de fevereiro

de 1891, quando o País se chamava Estados Unidos do Brasil.

A Assembleia Constituinte reunida para a elaboração da primeira Constituição

republicana brasileira era formada por deputados e senadores representantes de

todas as províncias do País, que, após a instauração da República, passaram a ser

denominados Estados.

Na Assembleia Constituinte, estiveram presentes os senadores goianos José Jo-

aquim de Sousa e Antônio Canedo. Além disso, se fizeram presentes os deputados

goianos Leopoldo de Bulhões (que apoiava a eleição de Prudente de Morais para

Presidente e Floriano Peixoto para Vice), Joaquim Xavier Guimarães Natal e Sebas-

tião Fleury Curado (que apoiava a eleição de Deodoro da Fonseca para Presidente

e Almirante Wandenkolk para Vice).

A Primeira República foi o período compreendido entre 1889 e 1930, período

esse que ficou conhecido, popularmente, como República Velha.

No território goiano, podemos mencionar uma grande briga política, durante

todo o período da República Velha. Era o embate de interesses entre as diversas

oligarquias, que brigavam pelo controle político em Goiás.

Como exemplo, pode ser citado o caso da elaboração da primeira constituição

do estado goiano, que gerou uma instabilidade muito grande.

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1.6. O coronelismo da República Velha

O coronelismo foi uma manifestação política que caracterizou o período da Re-

pública Velha, uma vez que grandes proprietários de terra e grandes comerciantes

utilizavam a sua influência econômica para atingir vantagens políticas. Sendo as-

sim, os eleitores eram obrigados a votar nos candidatos indicados pelos políticos

em troca de pequenos benefícios.

A constituinte goiana é dissolvida pelo 20º Batalhão e uma nova constituinte é

promulgada em 1º de dezembro de 1891.

O início do período republicano foi bastante conturbado, não apenas na esfe-

ra federal (com intensas disputas pelo poder político), mas também no estado de

Goiás, onde vemos disputas entre oligarquias inimigas que pretendiam manter o

controle político da região.

Após a renúncia do Presidente Deodoro da Fonseca, a Constituição dos Bulhões

foi oficializada no estado goiano e o interventor Braz Abrantes assume o comando.

Quais são as principais características do coronelismo?

a) Voto de cabresto: prática bastante disseminada na região, que obriga o elei-

tor a votar no candidato indicado em troca de algum favor político ou eco-

nômico. O voto de cabresto era precedido de violência, pois os coronéis pos-

suíam grupos de jagunços muito bem armados, cuja função era defender os

interesses políticos dos patrões.

b) Hegemonia do poder local, que era exercido por grandes chefes políticos e

que, na sua maioria, eram latifundiários ou comerciantes bem-sucedidos.

c) Clientelismo, que consistia no número de eleitores que cada coronel conse-

guiria agrupar. Quanto mais eleitores arrebanhados, mais significativa seria

a importância política do chefe político.

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d) Fraudes, que eram muito marcantes para a manutenção da vontade dos coronéis.

A constituição de 1891, que determinou o regime republicano no Brasil, insti-

tuiu o voto universal. Com isso, o sistema do voto censitário, baseado na renda,

não valia mais.

No entanto, o eleitor, para poder votar, devia ser alfabetizado, o que significava

que a maioria da população do Brasil permaneceu esquecida. O voto apenas era

permitido para os homens, e, ainda assim, quando maiores de 21 anos.

As mulheres e os analfabetos, em sentido oposto, prosseguiam sem par-

ticipar da política brasileira, e, diga-se de passagem, eles eram a grande

maioria da população.

O voto era aberto, o que facilitava as adulterações das atas de resultados das

eleições. Esse fato resultou na expressão “voto de bico de pena”, utilizada para

se referir às fraudes eleitorais em todo o território brasileiro.

No estado de Goiás, tínhamos duas oligarquias importantes: a família dos Bu-

lhões e a família dos Caiados.

A família Bulhões governou o estado durante os anos de 1878 a 1901 e de

1909 a 1912, cujo líder principal foi Leopoldo de Bulhões.

Essa família era detentora dos jornais “A Tribuna Livre” e “O Goyaz”, sendo que

a imprensa foi um importante meio de propagação dos ideais político-partidários

na República Velha.

Xavier de Almeida, que era ligado à família Bulhões, foi governador de Goiás

entre os anos de 1901 e 1909.

Em 24 de fevereiro de 1903, ocorreu a inauguração da Faculdade de Direito, que

já havia sido criada pela lei n. 186, de 1898. Este era um sonho antigo das camadas

dominantes da população goiana, cujos filhos que pretendiam cursar Direito, até

esta data, precisavam se deslocar para o estado de São Paulo.

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Em 1909 ocorre uma disputa política pelo poder, também chamada de re-

volução de 1909. Nessa ocasião, os Bulhões destituem do poder o governo de

Miguel da Rocha Lima.

A família Caiado, por sua vez, governou o estado de Goiás entre os anos de

1912 a 1930 e era proprietária do jornal “A Imprensa”, utilizando o meio de comu-

nicação para divulgar as suas ideias políticas.

O principal líder era Antônio de Ramos Caiado, conhecido como Totó Caiado.

Durante seu governo, no aspecto econômico, uma das grandes conquistas foi a ins-

talação da ferrovia em Goiás, denominada por alguns historiadores como “o des-

pertar dos dormentes”, pois foi responsável por impulsionar o desenvolvimento

populacional e econômico da região e diminuir o isolamento do estado goiano.

A sua implantação foi essencial para uma maior integração do estado de Goiás

com os demais estados brasileiros, principalmente Minas Gerais e São Paulo.

A instalação da ferrovia proporciona um aumento na produção agrícola,

principalmente de cereais como milho, arroz e feijão. Podemos destacar tam-

bém as charqueadas, nas cidades de Ipameri, Catalão e Pires do Rio.

1.7. A Revolução de 1930 e a Era Vargas

Até então, a república brasileira havia sido governada pelas oligarquias

cafeeiras de São Paulo e Minas Gerais. As oligarquias se mantinham no po-

der de forma alternada, negociando seus interesses, muitas vezes, por meio

de eleições fraudulentas.

Essa conformação política ficou conhecida como a política do café com leite e

estava gerando insatisfação de setores militares.

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Nas eleições de 1930, São Paulo e Minas Gerais entraram em conflito político,

pois estava na vez de Minas Gerais indicar seu candidato à presidência. No entanto,

os paulistas apresentaram Júlio Prestes como candidato.

Com o descontentamento de muitos políticos mineiros, estes apoiaram o can-

didato da oposição, que era da Aliança Liberal e governador do Rio Grande do Sul,

Getúlio Dorneles Vargas.

Quem venceu as eleições, com diversos índices de fraude, foi o candidato apoia-

do pela elite paulistana, Júlio Prestes. Getúlio Vargas e outros políticos gaúchos,

além dos políticos de Minas Gerais e da Paraíba, ficaram muito insatisfeitos com a

vitória do oposicionista.

Na sequência dos fatos, o candidato à vice-presidente de Getúlio Vargas, o pa-

raibano João Pessoa, foi assassinado em julho do mesmo ano. O fato causou revol-

ta popular em diversas regiões do Brasil.

O clima de insatisfação popular aumentou, ainda, após a crise econômica que atin-

giu o Brasil e o mundo com a quebra da Bolsa de Valores de Nova Iorque. No Brasil,

a crise causou desemprego e muitas dificuldades para a população do País.

O ambiente conflitivo, somado à insatisfação popular em diversas regiões bra-

sileiras, deixou os militares em polvorosa, que observaram a possibilidade de uma

guerra civil no País.

Assim sendo, os chefes da Marinha e do Exército depuseram o Presidente e

instalaram uma junta militar, que transferiu o poder para Getúlio Vargas.

1.7.1. Governo Provisório – de 1930 a 1934

Getúlio Vargas ocupou o poder, em 1930, após a intitulada Revolução de 1930,

que se constituiu, como afirmado, em um movimento político militar que tirou do po-

der a oligarquia cafeeira, não permitindo a posse do Presidente eleito Júlio Prestes.

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O governo de Getúlio Vargas, nesse período, é caracterizado pela centralização

política. O presidente assume o controle da política nacional e nomeia interventores

federais para administrar os estados brasileiros.

Os interventores, em sua maioria, eram militares que apoiaram a Revolução de

1930, e, por isso, há um choque com os políticos regionais, os antigos coronéis.

Vargas fechou a Câmara dos Deputados e o Senado Federal. Outro fato impor-

tante é o controle da economia brasileira. O Governo Federal compra os estoques

excedentes de café, estimula a diversificação agrícola e incentiva a política de subs-

tituição das importações.

Como exemplos de ações governamentais, podemos citar:

a) criação do Conselho Nacional do Café;

b) criação do Ministério do Trabalho e o Ministério da Educação;

c) implantação das primeiras leis trabalhistas.

Ainda durante o governo provisório, Getúlio Vargas nomeou o interventor, Pedro

Ludovico Teixeira. Foi graças ao empenho do governo de Pedro Ludovico que, inclu-

sive, foi criada a nova capital do estado, Goiânia.

Esse fato ocorreu, também, devido à necessidade de descentralização

do poder local em Goiás, que estava centrado nas mãos das famílias

Caiado e Bulhões.

1.7.2. Governo Constitucional – de 1934 a 1937

Em 1934, a Assembleia Constituinte elege Getúlio Vargas para a Presidência

da República para um período de 4 anos.

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Nessa época, a política mundial era marcada pela polarização ideológica. De

um lado, tínhamos o nazi-fascismo italiano e o nazismo alemão e, de outro, o

comunismo na União Soviética.

Essas ideias acabam influenciando o cenário brasileiro, com a criação da Ação

Integralista Brasileira, que era de extrema direita, e a Aliança Libertadora

Nacional, de extrema esquerda.

1.7.3. Estado Novo – de 1937 a 1945

Em 10 de novembro de 1937, temendo uma ameaça de dominação comunista,

Getúlio Vargas instaura a ditadura no Brasil. O que legalizou a ditadura foi a

Constituição de 1937, que substitui a Constituição de 1934.

A Constituição de 1937 foi escrita por Francisco Campos, inspirada na constitui-

ção polonesa, e foi outorgada pelo Presidente Getúlio Vargas. O documento ficou

conhecido como “polaca”.

As regras da constituição estabeleciam, em linhas gerais:

a) a centralização política;

b) o fechamento do Congresso;

c) a repressão contra os inimigos políticos, chefiada por Filinto Muller, que era

chefe da polícia política do Estado Novo;

d) a censura aos meios de comunicação;

e) autoritarismo;

f) decretação da pena de morte para os crimes políticos.

Durante a ditadura Vargas, foram criados órgãos como o Departamento

de Administração do Serviço Público – DASP, prevendo mais eficácia nos

trâmites administrativos.

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O Departamento de Imprensa e Propaganda – DIP tinha inspiração no

Ministério da Propaganda nazista. Esse departamento fazia propaganda gover-

nista para propagar uma imagem positiva do governo Varguista. Era uma es-

pécie de culto à imagem do Presidente Getúlio Vargas, que posiciona o governo

mais próximo ao povo e configura uma liderança paternalista. Surgiu, assim, o

mito “Pai dos Pobres”.

O mesmo departamento praticava censura aos meios de comunicação. Os jor-

nais, as revistas e o rádio, que era o principal meio de comunicação da época, fun-

cionam como forma de controle das massas populares.

Nessa época, é criado o programa A Hora do Brasil, que conhecemos hoje como

“Voz do Brasil”.

Outra característica marcante da Era Vargas é o populismo, que visa ao con-

trole das massas urbanas. O governo populista também exercia o controle dos sin-

dicatos, impedindo a sua ação independente.

Esse cerceamento ficou conhecido como sindicatos pelegos. O governo

intermedia as relações entre patrões e empregados e, com isso, afasta a possi-

bilidade da luta de classes, no intuito de afastar a classe operária de qualquer

influência do comunismo.

É criado o salário mínimo no Brasil e são regulamentadas as leis trabalhistas,

sintetizadas na CLT, que foi promulgada em 1º de maio de 1943, no Rio de Janeiro.

A CLT é uma síntese das leis trabalhistas implementadas ao longo da Era Var-

gas, inspirada na Carta Del Lavoro da Itália.

Portanto, o Governo Vargas, que vigorou até 31 de janeiro de 1946, foi marcado

por centralização do poder, nacionalismo, anticomunismo e autoritarismo.

As principais características desse governo foram:

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a) o centralismo político, simbolizando que todo o poder emana do presidente;


b) a suspensão das liberdades individuais;
c) o intervencionismo estatal na política e na economia;
d) a hipertrofia do Executivo, ou seja, o Presidente da República possuía plenos poderes;
e) o combate ao comunismo, com a prisão das principais lideranças comunistas.
Durante a era Vargas, devemos citar a Marcha para o Oeste. Durante a
década de 1940, a principal característica do Estado Novo é a busca pelo pro-
gresso, visando à modernização, focada no crescimento econômico e social
das regiões brasileiras.
Enquanto a região Sudeste atravessa um processo de industrialização, a
região Centro-Oeste, em especial Goiás, é vista como a nova fronteira
agrícola, pois era do interesse do ditador Getúlio Vargas converter o
Brasil no celeiro do mundo.
Portanto, a Era Vargas tem grande ressonância no estado goiano, sendo a prin-
cipal delas a fundação de Goiânia. Nessa ocasião, o governador de Goiás era
Pedro Ludovico.
A Marcha para o Oeste, propriamente dita, estimulou a criação de colônias agrí-
colas nacionais goianas.

1.7.4. Fim da Era Vargas

No dia 24 de agosto de 1954, Getúlio Vargas se suicida. A morte é resul-


tado de uma grave crise política, na qual o principal opositor do Presidente era o
jornalista Carlos Lacerda.
A principal acusação que Vargas recebia de seus opositores era a da implanta-
ção de uma república sindicalista, inspirada no modelo argentino do Governo Pe-
rón, cujo articulador seria João Goulart, Ministro do Trabalho.

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Após o suicídio, quem assume a Presidência da República é o Vice-Presidente,


Café Filho.
Nas eleições de 1955, o presidente eleito foi Juscelino Kubitschek, tendo João
Goulart (Jango) como Vice-Presidente.
Logo no início de seu governo, Juscelino Kubistchek apresentou o seu Plano de
Metas ao povo brasileiro, cujo lema era “cinquenta anos em cinco”.
O Presidente almejava desenvolver o País cinquenta anos em apenas cinco de
governo. O plano pretendia direcionar os investimentos do governo em áreas prio-
ritárias para o desenvolvimento econômico, como infraestrutura (rodovias, hidrelé-
tricas, aeroportos) e indústria.
A indústria foi a área que teve maior êxito. Com a abertura da economia
para o capital internacional, foi possível atrair o investimento de grandes em-
presas estrangeiras.
Foi no governo Juscelino Kubistchek que chegaram no Brasil grandes monta-
doras de automóveis. Essas indústrias instalaram suas filiais na região Sudeste,
nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e ABC (Santo André, São Caetano e
São Bernardo).
As oportunidades de empregos aumentaram bastante nessa região, fato que
atraiu trabalhadores de todo o País. Tais medidas acabaram gerando o êxodo rural
(saída do homem do campo para as cidades) e a migração de nordestinos e nortis-
tas de suas regiões para as grandes cidades do Sudeste do Brasil.
A região Centro-Oeste também cresceu e trouxe um grande número de
migrantes nordestinos. A maior obra de Juscelino Kubistchek foi a construção de
Brasília, a nova capital do país.
Com a transferência da capital do Rio de Janeiro para Brasília, a intenção era
desenvolver a região central do país e deslocar o centro das decisões políticas de
uma região densamente povoada.

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A política econômica desenvolvimentista de Juscelino trouxe pontos positivos e

negativos para o Brasil. A entrada de empresas estrangeiras gerou empregos, mas

deixou o País mais dependente do capital externo.

A zona rural foi esquecida e isso acabou prejudicando o trabalhador do campo e

a produção agrícola. A dívida externa, contraída para a realização da obra de Bra-

sília, aumentou significativamente. A migração e o êxodo rural fizeram aumentar a

pobreza, a miséria e a violência nas grandes capitais do Sudeste.

Assume o governo o Presidente Jânio Quadros, da União Democrática Nacio-

nal – UDN. Ele foi o mais polêmico político brasileiro, tendo sido o último Presidente

eleito no Brasil antes da instauração da Ditadura Militar.

Após sete meses de governo, Jânio renunciou. Nessa ocasião, deveria assumir

o seu Vice-Presidente, João Goulart, porém este se encontrava em viagem à China.

Assume, então, o Presidente da Câmara dos Deputados, Ranieri Mazzili. A ex-

pectativa era pelo retorno de João Goulart para assumir a Presidência do Brasil.

Porém, os ministros militares não queriam o retorno de Goulart, pois ele era visto

como comunista.

Diante desse cenário, o governador gaúcho, Leonel Brizola, criou a Rede da

Legalidade em favor da presidência de João Goulart.

Durante o governo de João Goulart, nasceram as chamadas Reformas de Base.

A proposta era a reestruturação de uma série de setores econômicos e sociais, sen-

do a principal delas a reforma agrária.

As reformas pretendidas pelo Governo Goulart correspondiam com os anseios

da classe média brasileira, dos trabalhadores e empresários nacionalistas. Grande

parcela da população brasileira se juntou ao movimento, mas a influência do pen-

samento de esquerda fez com que militares e políticos conservadores afastas-

sem o então Presidente, culminando com o Golpe Militar de 1964.

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1.7.5. A Redemocratização

A eleição de Tancredo Neves foi feita de forma indireta pelo Congresso Na-

cional. Bastante doente, não chegou a assumir o poder, sendo sucedido pelo seu

Vice-Presidente, José Sarney.

Durante o governo de José Sarney, foi aprovada a Constituição de 1988, que

previa eleições diretas para Presidente, Governadores e Prefeitos, a independên-

cia dos três Poderes e a implantação do regime presidencialista. A Constituição

também restringia a atuação das forças armadas e garantiu o direito à greve dos

trabalhadores.

O controle da inflação foi outro desafio do Governo de José Sarney. Foram efe-

tivados sucessivos programas econômicos que não solucionaram o problema, pelo

contrário, agravaram ainda mais a crise inflacionária do Brasil.

O Plano Cruzado foi proposto pelo Ministro da Fazenda Dílson Funaro. A nova

moeda congelou os salários e preços e incentivou a produção. Mesmo com os re-

sultados positivos no início, as taxas de inflação anuais chegaram ao índice de mais

de 367%, entre 1986 e 1987.

O consumidor devia controlar os preços, fazendo denúncias dos estabelecimen-

tos que não cumpriam com os preços indicados nos produtos. No entanto, os pro-

dutos começaram a desaparecer dos mercados enquanto a inflação só aumentava.

Em 1989, foi criado o Plano Verão, que também se mostrou inútil, pois a inflação

anual chegou a mais de 1764%. O governo Sarney se encerrou em 15 de março de

1990 e foi sucedido por Fernando Collor de Melo.

Na campanha para a eleição de 1989, Collor sobressaiu com o discurso contra

a corrupção. Dizia que iria combater os “marajás”. Referia-se ele aos funcionários

públicos que acumulavam empregos e salários sem trabalhar.

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Porém, herdou o alto índice inflacionário do Governo Sarney. Para melhorar a


situação, foi elaborado um pacote econômico que propunha:
a) congelar os preços e o aumento das taxas de juros;
b) cortar despesas públicas e impedir a elevação de impostos;
c) privatizar empresas estatais;
d) facilitar a entrada de mercadorias estrangeiras, reduzindo impostos sobre
mercadorias importadas.
No entanto, uma das medidas mais polêmicas, que afetou, especialmente, a
classe média, foi o bloqueio de depósitos bancários superiores ao valor de
50 mil Cruzados Novos.
A diminuição das taxas sobre importação incentivou a redução dos preços das
mercadorias nacionais, provocando o encolhimento do comércio, fechando indús-
trias e aumentando o número de desempregados.
Então, foi lançado o Plano Collor II, que propunha a redução das despesas esta-
tais em 10%, o aperfeiçoamento do combate à sonegação de impostos, a amplia-
ção de impostos sobre operações financeiras e a criação do Fundo de Desenvolvi-
mento Social (FDS).
À frente de escândalos de recebimento de dinheiro ilícito, o povo foi para as ruas
reivindicar o impeachment do Presidente Collor. Em setembro de 1992, a maioria
da Câmara dos Deputados votou de forma favorável ao pedido de impeachment.
Contudo, Collor renunciou ao cargo antes da consumação do impeachment. O
político perdeu o direito de concorrer a novas eleições por 8 anos.
Quem sucedeu o mandato foi o Vice-Presidente Itamar Franco, empossado
em janeiro de 1993.
O País continuava com a alta taxa de inflação. Com a finalidade de resolver o
problema, assumiu o cargo de Ministro da Fazenda o sociólogo Fernando Henri-

que Cardoso, responsável pela criação do Plano Real.

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O plano econômico passou a vigorar em julho de 1994, adotando o real como

moeda oficial em nosso país. Fernando Henrique Cardoso propôs a redução de gas-

tos públicos e a privatização de grandes empresas públicas como a Açominas, a

Companhia Siderúrgica Nacional e a Companhia Siderúrgica Paulista.

O Plano Real foi eficaz na contenção do aumento da inflação e estimulou o

crescimento do consumo. A popularidade de Fernando Henrique Cardoso o tornou

candidato à Presidência da República.

Também conhecido como FHC, foi eleito no primeiro turno das eleições de 1994,

com mais de 54% dos votos.

A proposta de Fernando Henrique Cardoso era alinhar o Brasil ao neolibera-

lismo. O seu mandato foi marcado por privatizações e pela entrada de capital

estrangeiro no País. Dentre as empresas vendidas no período estiveram a Vale do

Rio Doce, a Empresa Brasileira de Telecomunicações (Embratel) e a Companhia

Siderúrgica Nacional.

Com o fim do segundo mandato, em 2002, Fernando Henrique Cardoso foi su-

cedido por Luís Inácio Lula da Silva, na Presidência da República.

A prioridade do primeiro governo de Lula foi o combate à fome, por meio do pro-

grama “Fome Zero”. A ajuda oferece um valor às famílias em situação de pobreza

ou extrema pobreza.

O Governo Lula foi sucedido por Dilma Rousseff, eleita no pleito de 2010.

Dilma foi Ministra de Minas e Energia, de 2003 a 2005, e depois Ministra da

Casa Civil, de 2005 a 2010. O seu governo continuou com a política do Lula. Os

programas de assistência social, como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida,

foram mantidos.

Em maio de 2016, o Senado votou pela abertura de processo de impeachment

de Dilma, alegando crime de responsabilidade fiscal. Em agosto do mesmo ano,

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os Senadores votaram pelo impeachment da Presidenta, que foi sucedida pelo seu

Vice-Presidente Michel Temer.

2. Aspectos da História Social de Goiás

2.1. Aspectos Populacionais de Goiás

O povoamento de Goiás se inicia com a chegada dos bandeirantes, que percor-

rem o estado goiano já no primeiro século de colonização do Brasil. Essas expedi-

ções partiam da Vila de São Paulo em busca de riquezas diversas.

O início do povoamento do estado goiano pela população branca ocorre com a

descoberta do ouro.

A partir desse momento, formam-se os primeiros núcleos populacionais, como

a fundação do Arraial de Sant’ana, próximo ao Goiás Velho, e o aparecimento de

diversos garimpos às margens dos rios.

No século XIX, a mineração é a principal motivação do povoamento bran-

co em território goiano, formando uma série de garimpos às margens dos rios,

e, nesse percurso, vão se instalando as sedes dos novos povoados.

Essas povoações têm por característica o fato de serem itinerantes. Conforme

irão ocorrer novos pontos de descoberta do ouro, a população se desloca para no-

vos locais de descoberta aurífera.

Com a descoberta do ouro pelos bandeirantes, tem início o deslocamento da po-

pulação para o planalto central do Brasil, o que os historiadores costumam chamar

de corrida do ouro.

Nessa época, as minas de ouro goiano pertenciam à capitania de São Paulo. Isso

ocorre até meados do século XVIII, quando a capitania de Goiás é fundada.

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Portanto, podemos citar como principais características do povoamento branco

do estado de Goiás:

a) devido ao boom do ouro, ocorre o povoamento imediato e sem muito pla-

nejamento para a construção dos arraiais, que mais tarde se transformaram

nas primeiras vilas goianas;

b) surgimento de vários povoamentos às margens dos rios;

c) o povoamento minerador é irregular e inconstante. Em razão do ouro encon-

trado e pela falta de técnicas aprimoradas na sondagem da presença do ouro,

ocorre a rápida exaustão das jazidas. Por esse motivo, os exploradores se

deslocavam para outros locais à procura de novas jazidas auríferas;

d) um grande deslocamento populacional ao longo das primeiras décadas

do século XVIII.

A sociedade mineradora era caracterizada, principalmente, pelas camadas domi-

nantes compostas por grandes mineradores (aqueles que extraíam uma maior quan-

tidade de ouro) e autoridades da metrópole que se estabeleceram em Goiás.

Assim que foi comunicada a descoberta do ouro no estado goiano, a Coroa Por-

tuguesa tratou de implantar um aparato de fiscalização com o objetivo de dificultar

o descaminho do ouro, aplicando, com isso, pesados impostos sobre a mercadoria.

Portanto, muitos burocratas lusitanos se instalaram em Goiás para que a Coroa

Portuguesa pudesse manter o controle da região. Em 1749, chega o primeiro ca-

pitão general de Goiás, Dom Marcos de Noronha, que estabelece a primeira

capital, que é Vila Boa de Goiás.

Dentre as camadas intermediárias da população goiana, tínhamos di-

versos elementos: tropeiros (dedicados ao comércio itinerante), oficiais,

clérigos, soldados, profissionais liberais, pequenos mineradores e

trabalhadores livres pobres.

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Na base da população, Goiás contava com escravos africanos e indígenas.

Eram eles que serviam de mão de obra para a exploração do ouro.

O apogeu da mineração goiana foi passageiro, durando cerca de 50 anos. Por volta

de 1778, já percebemos um declínio considerável da mineração. Assim, a população

se viu obrigada a exercer atividades complementares, num processo de transição

de uma economia baseada na mineração para uma economia agropastoril,

fato que ocorreu por volta do final do século XVIII e início do século XIX.

As principais atividades desenvolvidas após a mineração foram:

a) o comércio interno, praticado, em sua maioria, pelos tropeiros;

b) a agricultura de subsistência e a pecuária extensiva.

Dessa forma, ocorre um processo de ruralização da sociedade goiana, ou seja,

a população abandona as vilas à procura de alternativas econômicas para

a sua sobrevivência na zona rural.

Ao longo do século XIX, ocorre um aumento populacional e a mestiça-

gem, principalmente, nos centros urbanos. Isso resulta numa população

heterogênea, com a mescla do elemento povoador (branco) com a popula-

ção nativa, como os indígenas.

Aos poucos, a crise da mineração, que havia paralisado a economia e até cau-

sado certo isolamento cultural, é ultrapassada ao longo do século XIX.

Portanto, a partir de 1804, ocorre o desenvolvimento da economia agropastoril.

A pecuária extensiva ocupa os imensos campos nativos e as pastagens naturais,

resultando em um grande desenvolvimento do estado.

A sociedade agropastoril é composta, basicamente, por:

a) grandes proprietários de terras (latifundiários), pecuaristas e autoridades reais;

b) tropeiros, oficiais, comerciantes, clérigos, soldados, profissionais liberais, pe-

quenos agricultores e trabalhadores livres pobres;

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c) escravizados africanos e indígenas.

Nesse contexto, pode ser afirmado que a dinâmica populacional de Goiás, no

século XX, é fruto de diversos fatores, como:

a) a chegada da ferrovia coopera para o fim do isolamento do estado, à medida

que traz novas levas de imigrantes;

b) a construção de Goiânia, inaugurada em 1942, pode ser considerada um

divisor de águas, pois contribui enormemente com o desenvolvimento eco-

nômico e o crescimento populacional do estado. A cidade representa a mo-

dernidade, tendo sido planejada e representando, assim, um novo tempo de

abundância e riqueza para Goiás;

c) a construção de Brasília, inaugurada no dia 21 de abril de 1960, no gover-

no do Presidente Juscelino Kubitschek. A inauguração da capital federal no

Centro-Oeste do País colaborou para o processo de interiorização do desen-

volvimento no Brasil, sendo indispensável para o crescimento dos estados

de Mato Grosso e Goiás.

d) os investimentos em infraestrutura realizados, tal como a criação de mais

rodovias, o aperfeiçoamento das ferrovias já existentes, a criação do porto

seco de Anápolis e a geração de energia;

e) o desenvolvimento do agronegócio, cujo principal produto é a soja, que se

torna de extrema importância para a exportação. Dessa forma, temos o apa-

recimento de diversos distritos industriais no estado. Os governos dessa épo-

ca, inclusive, são responsáveis pela criação de políticas fiscais e incentivos

para o desenvolvimento da atividade industrial.

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2.2. A Escravidão e Cultura Negra

Ao longo dos séculos XVIII e XIX, temos o que podemos chamar de domes-

ticação do sertão goiano. Tanto a atividade mineradora quanto a agropastoril

contribuem para tal afirmação.

Já nos séculos XIX e XX, ocorrem inúmeros processos migratórios. A popula-

ção migrante é advinda, principalmente, dos estados de Minas Gerais, Bahia, Mato

Grosso e Pará.

Esse fator auxilia no processo de hibridização da população, ou seja, a predo-

minância de pessoas mestiças. O cruzamento de etnias entre o homem branco, o

nativo, ou indígena, e os povos africanos é responsável pelo tipo social mais

comum em todo o Brasil e também em Goiás, que é o sertanejo.

No século XX, novas levas de imigrantes povoam o estado de Goiás. São os su-

listas e, também, os estrangeiros. Com a abertura da navegação na bacia platina,

percebemos a chegada de estrangeiros ao Centro-Oeste brasileiro.

Isso ocorre tanto no estado do Mato Grosso quanto em Goiás. O estado goiano

recebe imigrantes sírio-libaneses e italianos. Estes são em tal número capa-

zes de fundar a cidade de Nova Veneza.

O povo goiano formou-se por meio do contato dos colonizadores com a popula-

ção nativa e os escravizados africanos. Portanto, a população goiana é mestiça.

Denominamos, assim, a mestiçagem entre o branco e o indígena de mameluco

ou caboclo. A miscigenação entre o branco e o negro denominamos de mulato, e

entre o indígena e o africano, denominamos de cafuzo.

Citamos, ainda, a mistura do próprio povo brasileiro que migrou para o

estado de Goiás e acabou se mesclando à população local.

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Toda essa mistura de raças contribuiu para um vasto legado cultural. Pode-

mos observar essa herança, por exemplo, em cidades históricas como Corum-

bá, Pirenópolis e Goiás Velho (Vila Boa).

2.2. A Criação de Goiânia

Como vimos em aula, o território de Goiás não tinha nenhum tipo de au-

tonomia até o ano de 1748/1749, quando a província pertencia à Capitania de

São Paulo. Com a separação, tivemos o surgimento da Capitania de Goiás, que,

em momento posterior, foi alçada à condição de Estado da Federação.

Ainda que a ideia de transferir a capital de Goiás (que até então era a Cidade

de Goiás) para uma nova cidade já tivesse passado pelos planos de diversos go-

vernantes, foi Getúlio Vargas, com a Revolução de 1930, que pôs a ideia em

prática.

Na época, o governo de Getúlio estava pautado nos ideais de progresso e de

desenvolvimento. Com isso, o objetivo do governante era impulsionar o desen-

volvimento da Região Centro-Oeste, que, após o período de mineração, caiu em

isolamento econômico em relação ao restante do território nacional.

Além disso, parte dos historiadores atribui a transferência da capital aos ideais

de interiorização (desenvolvimento em cidades localizadas longe dos grandes cen-

tros urbanos).

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Em 20 de dezembro de 1932, Pedro Ludovico Teixeira, que ocupava o cargo de

Interventor Federal, instituiu uma comissão destinada a escolher a localização onde

a nova capital seria construída.

Em 06 de julho de 1933, o interventor editou um decreto encarregando o urba-

nista Atílio Correia Lima da elaboração do projeto da nova capital. Posteriormen-

te, o projeto seria reformulado pelo urbanista Armando de Godói, que, em 1935,

assina, finalmente, o Plano Diretor de Goiânia.

É importante salientar que Goiânia, assim como futuramente ocorreria com

Brasília, foi uma cidade totalmente projetada. De acordo com dados oficiais,

inclusive, o planejamento inicial da cidade era para 50 mil habitantes, sendo

dividida em 4 setores.

Em 24 de outubro de 1933, Pedro Ludovico lança a pedra fundamental da cida-

de de Goiânia. Em 02 de agosto de 1935, a cidade foi finalmente inaugurada.

A transferência definitiva da capital, da Cidade de Goiás para Goiânia, se deu no

dia 23 de março de 1937, por meio do Decreto 1816.

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No entanto, foi em 5 de julho de 1942 que ocorreu, efetivamente, o ba-

tismo cultural da cidade de Goiânia. O batismo cultural pode ser entendido

como uma espécie de “inauguração oficial”, oportunidade em que diversos

festejos são realizados.

Vamos sedimentar essas importantes datas?

1933 É lançada a pedra fundamental da cidade.


1935 Inauguração de Goiânia.
1937 Transferência da capital de Goiás para Goiânia.
1942 Batismo cultural da cidade.

De acordo com historiadores, a origem mais provável do nome Goyanna

(atualmente Goiana), é que Guyanna signifique, em Tupi-Guarani, “terra

de muitas águas”.

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RESUMO

As provas de concurso que exigem o conhecimento dos aspectos históricos apre-


sentam, muitas vezes, questões que exigem do(a) candidato(a) o conhecimento de
diversas datas importantes.
Assim sendo, ainda que a aula de hoje possa parecer, em um primeiro momen-
to, repleta de fatos e dados sem um “sentido lógico”, o objetivo deste capítulo é
estruturar, de uma melhor forma, tudo aquilo que foi estudado.
Consultando as questões anteriores sobre o assunto, conforme veremos adian-
te, observa-se que praticamente todas elas tomam como base o compilado de
informações presentes no site <http://enquantoissoemgoias.com/goias/historia/>
(acesso em 04/08/2018).
Dessa forma, irei elencar, por meio de tópicos, aquelas que considero as princi-
pais informações para uma possível questão de prova.

Aqui, o importante é que você, com base em tudo aquilo que foi estudado, tente
compreender a sequência lógica de fatos, bem como o período em que cada um
desses acontecimentos ocorreu.

1. O território goiano recebeu bandeiras diversas, sendo que a de Francisco Bue-


no foi a primeira a achar ouro na região (1682), mas em pequena quantidade.
2. Nessa época, as principais regiões ocupadas no período aurífero foram o Cen-
tro-Sul (próximo ao caminho para São Paulo), o Alto Tocantins e o Norte da
capitania, até próximo à cidade de Porto Nacional (hoje estado do Tocan-
tins). Grandes áreas como o Sul, o Sudoeste, o Vale do Araguaia e as terras ao

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Norte de Porto Nacional só foram ocupadas mais intensamente no século XIX e XX,

com a ampliação da pecuária e da agricultura.

3. O ouro goiano era principalmente de aluvião (retirado na superfície dos

rios, pela peneiragem do cascalho) e se tornou escasso depois de 1770. Com o

enfraquecimento da extração, a região passou a viver principalmente da pequena

agricultura de subsistência e de alguma pecuária.

4. Durante parte do período colonial, o território que hoje é o Estado de Goiás foi

administrado pela Capitania de São Paulo. Como uma forma de controlar me-

lhor a produção de ouro, evitando o contrabando, responder mais rapidamente aos

ataques de índios da região e controlar revoltas entre os mineradores, foi criada,

por meio de alvará régio, a Capitania de Goiás, desmembrada de São Paulo

em 1744, com a divisão efetivada em 1748/1749, pela chegada do primeiro

governador a Vila Boa de Goyaz, Dom Marcos de Noronha.

5. A partir de 1780, com o esgotamento das jazidas auríferas, a Capitania

de Goiás iniciou um processo de ruralização e regressão a uma econo-

mia de subsistência, gerando graves problemas financeiros, pela ausência de

um produto básico rentável.

6. Com a Independência do Brasil, em 1822, a Capitania de Goiás foi ele-

vada à categoria de província. Porém, essa mudança não alterou a realidade

socioeconômica de Goiás, que continuava vivendo um quadro de pobreza

e isolamento. As pequenas mudanças que ocorreram foram apenas de ordem

política e administrativa.

7. Os presidentes de província e outros cargos de importância política eram de livre

escolha do poder central e continuavam sendo de nacionalidade portuguesa,

o que descontentava os grupos locais. Com a abdicação de D. Pedro I, ocorreu

em Goiás um movimento nacionalista liderado pelo bispo Dom Fernando

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Ferreira, pelo padre Luiz Bartolomeu Marquez e pelo coronel Felipe Antô-

nio, que recebeu o apoio das tropas e conseguiu depor todos os portugueses que

ocupavam cargos públicos em Goiás, inclusive o presidente da província.

8. Nas últimas décadas do século XIX, os grupos locais insatisfeitos fundaram par-

tidos políticos: o Liberal, em 1878, e o Conservador, em 1882.

9. A proclamação da República (15/11/1889) não alterou os problemas

socioeconômicos enfrentados pela população goiana, em especial pelo iso-

lamento proveniente da carência dos meios de comunicação, com a ausência de

centros urbanos e de um mercado interno e com uma economia de subsistência.

10. A primeira fase da República em Goiás, até 1930, foi marcada pela

disputa das elites oligárquicas goianas pelo poder político: os Bulhões, os

Fleury e os Jardim Caiado. Até o ano de 1912, prevaleceu na política goiana a

elite oligárquica dos Bulhões, liderada por José Leopoldo de Bulhões, e, a partir

dessa data até 1930, a elite oligárquica dominante passa a ser dos Jardim

Caiado, liderada por Antônio Ramos Caiado.

11. Com a Revolução de 30, que colocou Getúlio Vargas na Presidência da

República do Brasil, foram registradas mudanças no campo político. Desti-

tuídos os governantes, Getúlio Vargas colocou em cada estado um governo provi-

sório composto por três membros. Em Goiás, um deles foi o Dr. Pedro Ludovico

Teixeira, que, dias depois, foi nomeado interventor.

12. A mudança da capital de Goiás já havia sido pensada em governos anteriores,

mas foi viabilizada somente a partir da Revolução de 30 e seus ideais de

“progresso” e “desenvolvimento”.

13. No dia 24 de outubro de 1933, foi lançada a pedra fundamental. Dois anos

depois, em 07 de novembro de 1935, foi iniciada a mudança provisória da nova

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capital. O nome “Goiânia”, sugerido pelo professor Alfredo de Castro, foi

escolhido em um concurso promovido pelo semanário “O Social”.

14. A transferência definitiva da nova capital, da Cidade de Goiás para Goi-

ânia, se deu no dia 23 de março de 1937, por meio do Decreto n. 1.816. Em

05 de julho de 1942, quando foi realizado o “batismo cultural”, Goiânia já contava

com mais de 15 mil habitantes.

15. A construção de Goiânia devolveu aos goianos a confiança em si mesmos,

após um período de decadência da mineração, de isolamento e esqueci-

mento nacional. Em vez de pensarem na grandeza do passado, começaram a

pensar, a partir de então, na grandeza do futuro.

16. A partir de 1940, Goiás passa a crescer em ritmo acelerado, também em virtu-

de do desbravamento do Mato Grosso Goiano, da campanha nacional de “Marcha

para o Oeste” e da construção de Brasília.

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QUESTÕES DE CONCURSO

1. (CS UFG/ADMINISTRADOR/SANEAGO/2018) Leia o fragmento.


Na década de 1930, dentro do contexto da “revolução” promovida por Getúlio Var-
gas e seu grupo, a implantação de uma capital moderna em pleno sertão do Brasil
central poderia soar como uma loucura, mas para o governo federal constituído o
significado era estratégico.
VIEIRA, Patrick Di Almeida. Attilio Corrêa Lima e o planejamento de Goiânia– Um
marco moderno na conquista do sertão brasileiro. Urbana, v. 4, n. 4, 2011, CIEC/
UNICAMP, p. 56. Disponível em: <https://periodicos.sbu. unicamp.br/ojs/index.
php/urbana/article/download/.../2963>. Acesso em: 2 jan. 2018. (Adaptado).
No sentido do fragmento, a construção de Goiânia foi uma resposta em âmbito es-
tadual às demandas por um processo de
a) descentralização da política nacional.
b) modernização das relações produtivas.
c) interiorização do centro administrativo do país.
d) sustentação da estrutura oligárquica da sociedade.

2. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a história eco-


nômica goiana e a formação do atual estado de Goiás são marcadas pela interde-
pendência entre a atividade mineradora, a pecuária extensiva e a agricultura de
subsistência, é correto afirmar que o despovoamento do território goiano constituiu
obstáculo para a realização das obras da rodovia Belém-Brasília, cuja concepção
impulsionou o povoamento dos municípios desse território.

3. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a história eco-


nômica goiana e a formação do atual estado de Goiás são marcadas pela inter-

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dependência entre a atividade mineradora, a pecuária extensiva e a agricultura


de subsistência, é correto afirmar que o investimento estatal em infraestrutura
para a construção de Goiânia e Brasília impulsionou a economia da região Cen-
tro-Oeste, marcadamente o agronegócio, fato que se refletiu no baixo índice de
urbanização, inferior à média nacional.

4. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a história eco-

nômica goiana e a formação do atual estado de Goiás são marcadas pela interde-

pendência entre a atividade mineradora, a pecuária extensiva e a agricultura de

subsistência, é correto afirmar que o ouro de aluvião se exauriu dos rios goianos

ainda no século XVIII; o reaquecimento da atividade mineradora se deu no período

imperial, com o uso de novas técnicas de mineração.

5. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a história eco-

nômica goiana e a formação do atual estado de Goiás são marcadas pela interde-

pendência entre a atividade mineradora, a pecuária extensiva e a agricultura de

subsistência, é correto afirmar que, no século XIX, a economia de Goiás esteve

integrada à nacional por meio dos rios da região Norte e das estradas que conec-

tavam o estado ao Triângulo Mineiro, o que estimulou a produção de grandes ex-

cedentes de grãos.

6. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a história eco-

nômica goiana e a formação do atual estado de Goiás são marcadas pela interde-

pendência entre a atividade mineradora, a pecuária extensiva e a agricultura de

subsistência, é correto afirmar que a ocupação planejada e estratégica do território

goiano foi uma das prioridades da política de integração nacional (Marcha para

Oeste) promovida nas décadas de 30 e 40 do século XX pelo governo Vargas, du-

rante o qual Goiânia foi construída.

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7. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a independência

do Brasil, proclamada em 1822, foi um ato político fundamentalmente conduzido

pelas elites do Vale do Paraíba (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e que,

pelo país afora, a partir de então, mudanças ocorreram na esfera político-adminis-

trativa e, ainda que pouco profundas, na esfera socioeconômica, é correto afirmar,

no que concerne a aspectos significativos da história política de Goiás, que um

movimento nacionalista explodiu em Goiás quando da abdicação de D. Pedro I, em

1831: liderado por um bispo, um padre e um coronel, esse movimento conseguiu

depor os governantes portugueses da região.

8. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a independência

do Brasil, proclamada em 1822, foi um ato político fundamentalmente conduzido

pelas elites do Vale do Paraíba (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e que,

pelo país afora, a partir de então, mudanças ocorreram na esfera político-adminis-

trativa e, ainda que pouco profundas, na esfera socioeconômica, é correto afirmar,

no que concerne a aspectos significativos da história política de Goiás, que não fo-

ram formados em Goiás partidos políticos nos moldes do Liberal e do Conservador,

que se revezavam no controle do poder nacional, fato que demonstra o isolamento

desse estado em relação ao núcleo de poder imperial.

9. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a independência

do Brasil, proclamada em 1822, foi um ato político fundamentalmente conduzido

pelas elites do Vale do Paraíba (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e que,

pelo país afora, a partir de então, mudanças ocorreram na esfera político-adminis-

trativa e, ainda que pouco profundas, na esfera socioeconômica, é correto afirmar,

no que concerne a aspectos significativos da história política de Goiás, que, à época

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da independência do Brasil, o fato de a pecuária ainda não ter sido introduzida em


Goiás, somado às lutas regionais separatistas, justifica a inexistência de correntes
migratórias oriundas de outras partes do território brasileiro, o que inibiu o aumen-
to da população goiana.

10. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a indepen-


dência do Brasil, proclamada em 1822, foi um ato político fundamentalmente
conduzido pelas elites do Vale do Paraíba (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas
Gerais) e que, pelo país afora, a partir de então, mudanças ocorreram na esfera
político-administrativa e, ainda que pouco profundas, na esfera socioeconômi-
ca, é correto afirmar, no que concerne a aspectos significativos da história po-
lítica de Goiás, que, com a independência do Brasil, Goiás foi uma das poucas
capitanias que não se transformaram em províncias, tendo ficado subordinada
administrativamente à província de São Paulo.

11. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a independên-


cia do Brasil, proclamada em 1822, foi um ato político fundamentalmente conduzi-
do pelas elites do Vale do Paraíba (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e que,
pelo país afora, a partir de então, mudanças ocorreram na esfera político-adminis-
trativa e, ainda que pouco profundas, na esfera socioeconômica, é correto afirmar,
no que concerne a aspectos significativos da história política de Goiás, que, a partir
da independência, a economia de subsistência goiana foi impulsionada devido à
redução da tributação devida ao Estado imperial, o que gerou um período de cres-
cente prosperidade em Goiás.

12. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Muito do que o Brasil e Goiás são,


na atualidade, resulta de um longo, complexo e, não raro, tortuoso processo his-

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tórico que decorre, em larga medida, das transformações trazidas pela Revolução
de 1930. Em relação a esse processo, impulsionado pelo ideal de modernização,
é correto afirmar que Bulhões e Jardim Caiado são sobrenomes importantes da
história goiana, identificados com a tentativa frustrada de estabelecer um domínio
oligárquico no estado na Primeira República (até 1930).

13. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Muito do que o Brasil e Goiás são,

na atualidade, resulta de um longo, complexo e, não raro, tortuoso processo his-

tórico que decorre, em larga medida, das transformações trazidas pela Revolução

de 1930. Em relação a esse processo, impulsionado pelo ideal de modernização,

é correto afirmar que Pedro Ludovico Teixeira inscreveu seu nome na história de

Goiás ao ser alçado ao poder estadual após a Revolução de 1930. Aliado do ditador

Vargas, ele fortaleceu o grupo político que liderava e impulsionou, posteriormente,

personalidades centrais da política goiana, como Mauro Borges.

14. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Muito do que o Brasil e Goiás são,

na atualidade, resulta de um longo, complexo e, não raro, tortuoso processo his-

tórico que decorre, em larga medida, das transformações trazidas pela Revolução

de 1930. Em relação a esse processo, impulsionado pelo ideal de modernização,

é correto afirmar que, a partir da década de 40 do século XX, Goiás cresceu e se

urbanizou; todavia, a ênfase dada à industrialização prejudicou seriamente o agro-

negócio goiano, que passou a desempenhar papel secundário no conjunto da eco-

nomia estadual, como se constata na atualidade.

15. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Muito do que o Brasil e Goiás são,

na atualidade, resulta de um longo, complexo e, não raro, tortuoso processo his-

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tórico que decorre, em larga medida, das transformações trazidas pela Revolução

de 1930. Em relação a esse processo, impulsionado pelo ideal de modernização, é

correto afirmar que a divisão territorial que criou o estado do Tocantins, aprovada

pela Assembleia Constituinte que elaborou a Constituição ora vigente, gerou forte

reação entre os políticos goianos, tendo recebido a oposição de intelectuais, da so-

ciedade em geral e, por fim, do próprio governo de Goiás.

16. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Muito do que o Brasil e Goiás são, na

atualidade, resulta de um longo, complexo e, não raro, tortuoso processo histórico que

decorre, em larga medida, das transformações trazidas pela Revolução de 1930. Em

relação a esse processo, impulsionado pelo ideal de modernização, é correto afirmar

que, embora sua pedra fundamental tenha sido lançada em 1933, a cidade de Goiânia

foi alçada à condição de capital provisória do estado após a instituição do Estado Novo,

e, de maneira definitiva, no segundo governo de Getúlio Vargas.

17. (FUNRIO/SOLD/PM GO/2017/ADAPTADA) A mineração na Capitania de Goiás

entrou em crise nas últimas décadas do século XVIII. A economia da região era

baseada na extração do ouro e pouco diversificada. A crise da mineração forçou

a transformação da economia e do povoamento da região de Goiás. Com isso, os

arraiais e demais aglomerações urbanas formadas pela riqueza da mineração per-

maneceram populosos e fortes economicamente devido ao ouro acumulado.

18. (FUNRIO/SOLD/PM GO/2017/ADAPTADA) A mineração na Capitania de Goiás

entrou em crise nas últimas décadas do século XVIII. A economia da região era

baseada na extração do ouro e pouco diversificada. A crise da mineração forçou a

transformação da economia e do povoamento da região de Goiás. Com isso, a au-

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sência de atividade econômica alternativa, concomitante à extração mineral, cau-

sou crise econômica, quando o ouro se tornou escasso.

19. (FUNRIO/SOLD/PM GO/2017/ADAPTADA) A mineração na Capitania de Goiás

entrou em crise nas últimas décadas do século XVIII. A economia da região era

baseada na extração do ouro e pouco diversificada. A crise da mineração forçou a

transformação da economia e do povoamento da região de Goiás. Com isso, a po-

pulação migrou majoritariamente para zonas rurais durante o século XIX, ocupou

terras até então inabitadas e iniciou a agricultura em grande escala.

20. (FUNRIO/SOLD/PM GO/2017/ADAPTADA) A mineração na Capitania de Goiás

entrou em crise nas últimas décadas do século XVIII. A economia da região era

baseada na extração do ouro e pouco diversificada. A crise da mineração forçou a

transformação da economia e do povoamento da região de Goiás. Com isso, a pe-

cuária tornou-se a única atividade econômica a partir do século XIX, favorecendo o

protagonismo do Goiás nesse ramo no século seguinte.

21. (FUNRIO/SOLD/PM GO/2017/ADAPTADA) A mineração na Capitania de Goiás

entrou em crise nas últimas décadas do século XVIII. A economia da região era

baseada na extração do ouro e pouco diversificada. A crise da mineração forçou

a transformação da economia e do povoamento da região de Goiás. Com isso, os

arraiais coloniais que permaneceram ativos na segunda metade do século XIX con-

seguiram criar economias independentes da produção no campo.

22. (CESPE/AG POL/PC GO/2016/ADAPTADA) Durante a Idade Moderna, prevale-

ceram na Europa as práticas econômicas mercantilistas, voltadas para o fortale-

cimento dos Estados nacionais e o enriquecimento de seus empreendedores. Em

larga medida, o entesouramento de metais preciosos era o objetivo mais evidente,

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o que explica o grande interesse na descoberta e na exploração desses metais nas


colônias do Novo Mundo. Nesse contexto se processou a ocupação das áreas inte-
rioranas da América portuguesa, que, no caso específico de Goiás, deu-se, sobre-
tudo, a partir do século XVII.

A respeito do desbravamento do território goiano e de aspectos relacionados

a esse desbravamento, é correto afirmar que a Guerra dos Emboabas, ocorri-

da nas Minas Gerais, interrompeu a marcha dos desbravadores paulistas em

direção ao Centro-Oeste, retardando em muito a ocupação e a exploração

econômica das terras goianas.

23. (CESPE/AG POL/PC GO/2016/ADAPTADA) Durante a Idade Moderna, prevale-

ceram na Europa as práticas econômicas mercantilistas, voltadas para o fortale-

cimento dos Estados nacionais e o enriquecimento de seus empreendedores. Em

larga medida, o entesouramento de metais preciosos era o objetivo mais evidente,

o que explica o grande interesse na descoberta e na exploração desses metais nas

colônias do Novo Mundo. Nesse contexto se processou a ocupação das áreas inte-

rioranas da América portuguesa, que, no caso específico de Goiás, deu-se, sobre-

tudo, a partir do século XVII.

A respeito do desbravamento do território goiano e de aspectos relacionados a esse

desbravamento, é correto afirmar que o declínio da extração aurífera em Goiás

ocorreu na primeira metade do século passado, quando a multiplicação de indús-

trias alterou radicalmente o panorama econômico de toda a região central do país.

24. (CESPE/AG POL/PC GO/2016/ADAPTADA) Durante a Idade Moderna, prevale-

ceram na Europa as práticas econômicas mercantilistas, voltadas para o fortale-

cimento dos Estados nacionais e o enriquecimento de seus empreendedores. Em

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larga medida, o entesouramento de metais preciosos era o objetivo mais evidente,

o que explica o grande interesse na descoberta e na exploração desses metais nas

colônias do Novo Mundo. Nesse contexto se processou a ocupação das áreas inte-

rioranas da América portuguesa, que, no caso específico de Goiás, deu-se, sobre-

tudo, a partir do século XVII.

A respeito do desbravamento do território goiano e de aspectos relacionados

a esse desbravamento, é correto afirmar que o desbravamento de Goiás de-

veu-se à ação dos bandeirantes que, a partir de São Paulo, embrenharam-se

pelos denominados sertões em busca de, além de ouro e pedras preciosas,

índios para serem escravizados.

25. (CESPE/AG POL/PC GO/2016/ADAPTADA) Durante a Idade Moderna, prevale-

ceram na Europa as práticas econômicas mercantilistas, voltadas para o fortale-

cimento dos Estados nacionais e o enriquecimento de seus empreendedores. Em

larga medida, o entesouramento de metais preciosos era o objetivo mais evidente,

o que explica o grande interesse na descoberta e na exploração desses metais nas

colônias do Novo Mundo. Nesse contexto se processou a ocupação das áreas inte-

rioranas da América portuguesa, que, no caso específico de Goiás, deu-se, sobre-

tudo, a partir do século XVII.

A respeito do desbravamento do território goiano e de aspectos relacionados a

esse desbravamento, é correto afirmar que a ação dos desbravadores foi severa-

mente punida pela metrópole portuguesa, receosa de que as riquezas eventual-

mente encontradas no interior da colônia fossem contrabandeadas e escapassem

ao fisco lusitano.

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26. (FUNRIO/CAD/CBM GO/2016)

Da divisão regional nacional apresentada nesse mapa, até a década de 1990,

a região Centro-Oeste passou por transformações do ponto de vista político,

territorial e econômico.

Nesse período, o território da região Centro-Oeste foi alterado com a

a) divisão de Goiás, proporcionando a diminuição do território atual da região

Centro-Oeste.

b) construção de Brasília, que favoreceu o esvaziamento populacional do estado Goiás.

c) divisão do Mato Grosso, elevando os índices de subdesenvolvimento do

Centro-Oeste.

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d) criação do estado de Tocantins, propiciando o aumento da arrecadação tributá-

ria do Centro-Oeste.

e) criação do Distrito Federal, prejudicando o desenvolvimento urbano-industrial

da região.

27. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ GO/APOIO JUDICIÁRIO E ADMINISTRATI-

VO/2014/ADAPTADA) “(...) territórios de mineração deveriam dedicar-se quase ex-

clusivamente à produção de ouro, não desviando esforços na produção de outros

bens que poderiam ser importados das demais capitanias.” (CHAIM, M. M. Socieda-

de Colonial. Goiás – 1749-1822. Goiânia: Secretaria de Cultura, 1987.)

O fragmento do texto acima retrata a realidade da sociedade mineradora de Goiás

durante o século XVIII. Em relação às consequências geradas pela produção au-

rífera em Goiás durante o período colonial, podemos destacar o desenvolvimento

interno de Goiás, que acabou gerando a modernização da região, através da cria-

ção de manufaturas visando o abastecimento das outras regiões do Brasil colonial.

28. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ GO/APOIO JUDICIÁRIO E ADMINISTRATI-

VO/2014/ADAPTADA) “(...) territórios de mineração deveriam dedicar-se quase ex-

clusivamente à produção de ouro, não desviando esforços na produção de outros

bens que poderiam ser importados das demais capitanias.” (CHAIM, M. M. Socieda-

de Colonial. Goiás – 1749-1822. Goiânia: Secretaria de Cultura, 1987)

O fragmento do texto acima retrata a realidade da sociedade mineradora de Goiás

durante o século XVIII. Em relação às consequências geradas pela produção aurífe-

ra em Goiás durante o período colonial, podemos destacar o aumento da população

da região, principalmente após a decadência da atividade mineradora, a partir da

segunda metade do século XVIII.

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29. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ GO/APOIO JUDICIÁRIO E ADMINISTRATI-

VO/2014/ADAPTADA) “(...) territórios de mineração deveriam dedicar-se quase ex-

clusivamente à produção de ouro, não desviando esforços na produção de outros

bens que poderiam ser importados das demais capitanias.” (CHAIM, M. M. Socieda-

de Colonial. Goiás – 1749-1822. Goiânia: Secretaria de Cultura, 1987)

O fragmento do texto acima retrata a realidade da sociedade mineradora de Goiás

durante o século XVIII. Em relação às consequências geradas pela produção aurífe-

ra em Goiás durante o período colonial, podemos destacar a dificuldade no desen-

volvimento da economia da região, em razão de o ouro extraído ter sido exportado

para a Europa, sem promover o crescimento interno de Goiás.

30. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ GO/APOIO JUDICIÁRIO E ADMINISTRATI-

VO/2014/ADAPTADA) “(...) territórios de mineração deveriam dedicar-se quase ex-

clusivamente à produção de ouro, não desviando esforços na produção de outros

bens que poderiam ser importados das demais capitanias.” (CHAIM, M. M. Socieda-

de Colonial. Goiás – 1749-1822. Goiânia: Secretaria de Cultura, 1987)

O fragmento do texto acima retrata a realidade da sociedade mineradora de

Goiás durante o século XVIII. Em relação às consequências geradas pela pro-

dução aurífera em Goiás durante o período colonial, podemos destacar o de-

senvolvimento de novas atividades, complementares à mineradora, em Goiás,

como a produção de cana-de-açúcar em pequenas e médias propriedades, ba-

seadas no trabalho escravo.

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GABARITO

1. b 25. E

2. E 26. a

3. E 27. E

4. E 28. E

5. E 29. C

6. C 30. E

7. C

8. E

9. E

10. E

11. E

12. E

13. C

14. E

15. E

16. E

17. E

18. C

19. E

20. E

21. E

22. E

23. E

24. C

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GABARITO COMENTADO

1. (CS UFG/ADMINISTRADOR/SANEAGO/2018) Leia o fragmento.

Na década de 1930, dentro do contexto da “revolução” promovida por Getúlio Var-

gas e seu grupo, a implantação de uma capital moderna em pleno sertão do Brasil

central poderia soar como uma loucura, mas para o governo federal constituído o

significado era estratégico.

VIEIRA, Patrick Di Almeida. Attilio Corrêa Lima e o planejamento de Goiânia– Um

marco moderno na conquista do sertão brasileiro. Urbana, v. 4, n. 4, 2011, CIEC/

UNICAMP, p. 56. Disponível em: <https://periodicos.sbu. unicamp.br/ojs/index.

php/urbana/article/download/.../2963>. Acesso em: 2 jan. 2018. (Adaptado).

No sentido do fragmento, a construção de Goiânia foi uma resposta em âmbito es-

tadual às demandas por um processo de

a) descentralização da política nacional.

b) modernização das relações produtivas.

c) interiorização do centro administrativo do país.

d) sustentação da estrutura oligárquica da sociedade.

Letra b.

Dois foram os fundamentos que impulsionaram e motivaram a criação de Goiânia:

a modernização (na medida em que seria uma cidade planejada) e a interiorização

(haja vista que, até então, o território goiano era pouco habitado e praticamente

isolado do resto do País).

Dentre as alternativas, eliminados, dessa forma, as letras a e d. Na Letra c, o erro

está em afirmar que a ideia era a interiorização do centro administrativo do País

(algo que apenas aconteceu, em momento posterior, com Brasília).

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2. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a história eco-

nômica goiana e a formação do atual estado de Goiás são marcadas pela interde-

pendência entre a atividade mineradora, a pecuária extensiva e a agricultura de

subsistência, é correto afirmar que o despovoamento do território goiano constituiu

obstáculo para a realização das obras da rodovia Belém-Brasília, cuja concepção

impulsionou o povoamento dos municípios desse território.

Errado.

O despovoamento jamais pode ser alegado como um entrave para a realização de

obras rodoviárias. Caso, em sentido oposto, estivéssemos diante de um grande

aglomerado de pessoas, aí sim, a construção de uma rodovia (como a Belém-Bra-

sília, mencionada no enunciado) encontraria maiores dificuldades.

3. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a história eco-

nômica goiana e a formação do atual estado de Goiás são marcadas pela interde-

pendência entre a atividade mineradora, a pecuária extensiva e a agricultura de

subsistência, é correto afirmar que o investimento estatal em infraestrutura para a

construção de Goiânia e Brasília impulsionou a economia da região Centro-Oeste,

marcadamente o agronegócio, fato que se refletiu no baixo índice de urbanização,

inferior à média nacional.

Errado.

As construções de Brasília e Goiânia geraram, ao contrário do que afirma a questão,

um alto índice de urbanização, índice este bastante superior à média nacional.

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4. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a história eco-

nômica goiana e a formação do atual estado de Goiás são marcadas pela interde-

pendência entre a atividade mineradora, a pecuária extensiva e a agricultura de

subsistência, é correto afirmar que o ouro de aluvião se exauriu dos rios goianos

ainda no século XVIII; o reaquecimento da atividade mineradora se deu no período

imperial, com o uso de novas técnicas de mineração.

Errado.

Após o exaurimento do ouro em território goiano, a população, que até então se

dedicava a tal atividade, passou a se locomover para outras localidades em busca

de atividades lucrativas. Não houve, em sentido contrário do que afirmado, o rea-

quecimento da atividade mineradora.

5. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a história eco-

nômica goiana e a formação do atual estado de Goiás são marcadas pela interde-

pendência entre a atividade mineradora, a pecuária extensiva e a agricultura de

subsistência, é correto afirmar que, no século XIX, a economia de Goiás esteve

integrada à nacional por meio dos rios da região Norte e das estradas que conec-

tavam o estado ao Triângulo Mineiro, o que estimulou a produção de grandes ex-

cedentes de grãos.

Errado.

No século XIX, Goiás ainda não contava com estradas que pudessem ligar o terri-

tório ao restante do País. Com isso, o território ficava bastante isolado, sendo esse

um dos motivos, inclusive, que levou à construção de Goiânia.

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6. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a história eco-


nômica goiana e a formação do atual estado de Goiás são marcadas pela interde-
pendência entre a atividade mineradora, a pecuária extensiva e a agricultura de
subsistência, é correto afirmar que a ocupação planejada e estratégica do território
goiano foi uma das prioridades da política de integração nacional (Marcha para
Oeste) promovida nas décadas de 30 e 40 do século XX pelo governo Vargas, du-
rante o qual Goiânia foi construída.

Certo.
A intitulada “Marcha para o Oeste” foi uma das principais bandeiras defendidas
pelo governo de Getúlio Vargas. O objetivo era a interiorização das atividades ad-
ministrativas, a urbanização de uma região até então pouco habitada e, com isso,
o desenvolvimento econômico e a integração nacional.
Foi com base nessa importante política econômica, por exemplo, que Goiânia foi criada.

7. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a independência


do Brasil, proclamada em 1822, foi um ato político fundamentalmente conduzido
pelas elites do Vale do Paraíba (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e que,
pelo país afora, a partir de então, mudanças ocorreram na esfera político-adminis-
trativa e, ainda que pouco profundas, na esfera socioeconômica, é correto afirmar,
no que concerne a aspectos significativos da história política de Goiás, que um
movimento nacionalista explodiu em Goiás quando da abdicação de D. Pedro I, em
1831: liderado por um bispo, um padre e um coronel, esse movimento conseguiu
depor os governantes portugueses da região.

Certo.
O bispo Dom Fernando Ferreira, o padre Luiz Bartolomeu Marquez e o coronel Feli-
pe Antônio foram os principais responsáveis pelo movimento nacionalista ocorrido

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em Goiás após a abdicação de D. Pedro I. O objetivo, com o movimento, era depor

todos os portugueses que ocupavam, até então, cargos e funções públicas.

8. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a independência

do Brasil, proclamada em 1822, foi um ato político fundamentalmente conduzido

pelas elites do Vale do Paraíba (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e que,

pelo país afora, a partir de então, mudanças ocorreram na esfera político-adminis-

trativa e, ainda que pouco profundas, na esfera socioeconômica, é correto afirmar,

no que concerne a aspectos significativos da história política de Goiás, que não fo-

ram formados em Goiás partidos políticos nos moldes do Liberal e do Conservador,

que se revezavam no controle do poder nacional, fato que demonstra o isolamento

desse estado em relação ao núcleo de poder imperial.

Errado.

No final do século XIX, os grupos locais insatisfeitos fundaram dois partidos políti-

cos: o Liberal, em 1878, e o Conservador, em 1882.

9. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a independência

do Brasil, proclamada em 1822, foi um ato político fundamentalmente conduzido

pelas elites do Vale do Paraíba (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e que,

pelo país afora, a partir de então, mudanças ocorreram na esfera político-adminis-

trativa e, ainda que pouco profundas, na esfera socioeconômica, é correto afirmar,

no que concerne a aspectos significativos da história política de Goiás, que, à época

da independência do Brasil, o fato de a pecuária ainda não ter sido introduzida em

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Goiás, somado às lutas regionais separatistas, justifica a inexistência de correntes

migratórias oriundas de outras partes do território brasileiro, o que inibiu o aumen-

to da população goiana.

Errado.

Com a notícia da existência de ouro na região goiana, o território presenciou uma

forte onda migratória oriunda de outras partes do território brasileiro. Além disso,

a pecuária já era uma atividade realizada na região.

10. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a independên-

cia do Brasil, proclamada em 1822, foi um ato político fundamentalmente conduzi-

do pelas elites do Vale do Paraíba (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e que,

pelo país afora, a partir de então, mudanças ocorreram na esfera político-adminis-

trativa e, ainda que pouco profundas, na esfera socioeconômica, é correto afirmar,

no que concerne a aspectos significativos da história política de Goiás, que, com a

independência do Brasil, Goiás foi uma das poucas capitanias que não se transfor-

maram em províncias, tendo ficado subordinada administrativamente à província

de São Paulo.

Errado.

Goiás, que era uma capitânia vinculada a São Paulo, tornou-se uma província inde-

pendente em 1749.

11. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Tendo em vista que a independên-

cia do Brasil, proclamada em 1822, foi um ato político fundamentalmente conduzi-

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do pelas elites do Vale do Paraíba (Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais) e que,

pelo país afora, a partir de então, mudanças ocorreram na esfera político-adminis-

trativa e, ainda que pouco profundas, na esfera socioeconômica, é correto afirmar,

no que concerne a aspectos significativos da história política de Goiás, que, a partir

da independência, a economia de subsistência goiana foi impulsionada devido à

redução da tributação devida ao Estado imperial, o que gerou um período de cres-

cente prosperidade em Goiás.

Errado.

A mencionada redução da tributação devida ao Estado Imperial não ocorreu. O

desenvolvimento da economia goiana, em sentido diverso, é fruto das inúmeras

atividades desenvolvidas, bem como, em momento futuro, das políticas de interio-

rização e modernização.

12. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Muito do que o Brasil e Goiás são,

na atualidade, resulta de um longo, complexo e, não raro, tortuoso processo his-

tórico que decorre, em larga medida, das transformações trazidas pela Revolução

de 1930. Em relação a esse processo, impulsionado pelo ideal de modernização,

é correto afirmar que Bulhões e Jardim Caiado são sobrenomes importantes da

história goiana, identificados com a tentativa frustrada de estabelecer um domínio

oligárquico no estado na Primeira República (até 1930).

Errado.

No estado de Goiás, tínhamos duas oligarquias importantes: a família dos Bulhões

e a família dos Caiado.

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A família Bulhões governou o estado durante os anos de 1878 e 1901 e de 1909 a

1912, cujo líder principal foi Leopoldo de Bulhões.

A família Caiado, por sua vez, governou o estado de Goiás entre os anos de 1912 e

1930 e era proprietária do jornal “A Imprensa”, utilizando o meio de comunicação

para divulgar as suas ideias políticas.

Assim, houve, após a independência do Brasil, um domínio oligárquico por parte,

principalmente, dessas duas famílias.

13. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Muito do que o Brasil e Goiás são,

na atualidade, resulta de um longo, complexo e, não raro, tortuoso processo his-

tórico que decorre, em larga medida, das transformações trazidas pela Revolução

de 1930. Em relação a esse processo, impulsionado pelo ideal de modernização,

é correto afirmar que Pedro Ludovico Teixeira inscreveu seu nome na história de

Goiás ao ser alçado ao poder estadual após a Revolução de 1930. Aliado do ditador

Vargas, ele fortaleceu o grupo político que liderava e impulsionou, posteriormente,

personalidades centrais da política goiana, como Mauro Borges.

Certo.

Durante o governo provisório, Getúlio Vargas nomeou o interventor, Pedro Ludovico

Teixeira. Foi graças ao empenho do governo de Pedro Ludovico que, inclusive, foi

criada a nova capital do estado, Goiânia.

Além disso, o governador foi responsável por impulsionar personalidades centrais

da política goiana, como, por exemplo, Mauro Borges.

14. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Muito do que o Brasil e Goiás são,

na atualidade, resulta de um longo, complexo e, não raro, tortuoso processo his-

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tórico que decorre, em larga medida, das transformações trazidas pela Revolução
de 1930. Em relação a esse processo, impulsionado pelo ideal de modernização,
é correto afirmar que, a partir da década de 40 do século XX, Goiás cresceu e se
urbanizou; todavia, a ênfase dada à industrialização prejudicou seriamente o agro-
negócio goiano, que passou a desempenhar papel secundário no conjunto da eco-
nomia estadual, como se constata na atualidade.

Errado.
Baseado nos ideais de interiorização e modernização, o território goiano foi alvo de
inúmeros incentivos governamentais. A ideia do poder público era a urbanização da
região Centro-Oeste do País. Com isso, ao contrário do que a questão afirma, a in-
dustrialização não prejudicou o agronegócio goiano. Prova disso é que, atualmente,
Goiás ainda é reconhecido pelo forte agronegócio desempenhado.

15. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Muito do que o Brasil e Goiás são,


na atualidade, resulta de um longo, complexo e, não raro, tortuoso processo his-
tórico que decorre, em larga medida, das transformações trazidas pela Revolução
de 1930. Em relação a esse processo, impulsionado pelo ideal de modernização, é
correto afirmar que a divisão territorial que criou o estado do Tocantins, aprovada
pela Assembleia Constituinte que elaborou a Constituição ora vigente, gerou forte
reação entre os políticos goianos, tendo recebido a oposição de intelectuais, da so-
ciedade em geral e, por fim, do próprio governo de Goiás.

Errado.
O norte de Goiás era um território que tinha, nos anos anteriores, sido ocupado
por inúmeros povos. Todos esses povos tinham um objetivo em comum, que era
encontrar ouro naquela região.

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Os que vieram de São Paulo (bandeirantes) eram chamados de sulistas. Já


os que chegaram ao território oriundos do Norte e do Nordeste eram intitu-
lados de nordestinos.
Devido à baixa infraestrutura e à falta de logística na região, as relações comercias
dessas duas categorias de pessoas eram travadas, preponderantemente, com os
respectivos estados vizinhos.
Essa falta de integração, bem como a necessidade de ter que percorrer todo o es-
tado de Goiás para a realização de transações, fez com que as ideias separatistas
ganhassem, cada vez mais, força entre os interessados.
Nesse sentido, a criação do novo ente trata-se de uma ideia que vinha sendo de-
batida desde o Brasil Colônia e que somente foi efetivada com a promulgação da
Constituição de 1988.

16. (CESPE/DEL POL/PC GO/2017/ADAPTADA) Muito do que o Brasil e Goiás são, na


atualidade, resulta de um longo, complexo e, não raro, tortuoso processo histórico
que decorre, em larga medida, das transformações trazidas pela Revolução de 1930.
Em relação a esse processo, impulsionado pelo ideal de modernização, é correto
afirmar que, embora sua pedra fundamental tenha sido lançada em 1933, a cidade
de Goiânia foi alçada à condição de capital provisória do estado após a instituição do
Estado Novo, e, de maneira definitiva, no segundo governo de Getúlio Vargas.

Errado.
A transferência definitiva da capital, da até então Cidade de Goiás para Goiânia,
ocorreu em 23 de março de 1937. O Estado Novo de Getúlio Vargas apenas teve
início em novembro de 1937. Assim, quando teve início o segundo governo de Var-

gas, Goiânia já era a capital definitiva de Goiás.

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17. (FUNRIO/SOLD/PM GO/2017/ADAPTADA) A mineração na Capitania de Goiás

entrou em crise nas últimas décadas do século XVIII. A economia da região era

baseada na extração do ouro e pouco diversificada. A crise da mineração forçou

a transformação da economia e do povoamento da região de Goiás. Com isso, os

arraiais e demais aglomerações urbanas formadas pela riqueza da mineração per-

maneceram populosos e fortes economicamente devido ao ouro acumulado.

Errado.

Com a crise da mineração, ocorreu, em território goiano, a saída de grande parte

da população. Tais pessoas deixaram a localidade em busca de novas atividades.

Sendo assim, não houve a manutenção econômica na região.

18. (FUNRIO/SOLD/PM GO/2017/ADAPTADA) A mineração na Capitania de Goiás

entrou em crise nas últimas décadas do século XVIII. A economia da região era

baseada na extração do ouro e pouco diversificada. A crise da mineração forçou a

transformação da economia e do povoamento da região de Goiás. Com isso, a au-

sência de atividade econômica alternativa, concomitante à extração mineral, cau-

sou crise econômica, quando o ouro se tornou escasso.

Certo.

Quando o ouro se tornou escasso, um grande contingente populacional ficou sem

nenhuma atividade econômica. E como a mineração era, até então, praticamente a

única atividade desempenhada, tivemos uma crise econômica na região.

19. (FUNRIO/SOLD/PM GO/2017/ADAPTADA) A mineração na Capitania de Goiás

entrou em crise nas últimas décadas do século XVIII. A economia da região era

baseada na extração do ouro e pouco diversificada. A crise da mineração forçou a

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transformação da economia e do povoamento da região de Goiás. Com isso, a po-

pulação migrou majoritariamente para zonas rurais durante o século XIX, ocupou

terras até então inabitadas e iniciou a agricultura em grande escala.

Errado.

A atividades agrícolas não foram realizadas em grande escala, predominando, na

época, a agricultura e a pecuária de subsistência.

20. (FUNRIO/SOLD/PM GO/2017/ADAPTADA) A mineração na Capitania de Goiás

entrou em crise nas últimas décadas do século XVIII. A economia da região era

baseada na extração do ouro e pouco diversificada. A crise da mineração forçou a

transformação da economia e do povoamento da região de Goiás. Com isso, a pe-

cuária tornou-se a única atividade econômica a partir do século XIX, favorecendo o

protagonismo do Goiás nesse ramo no século seguinte.

Errado.

Tanto a agricultura quanto a pecuária foram importantes atividades econômicas

realizadas após a crise da mineração.

21. (FUNRIO/SOLD/PM GO/2017/ADAPTADA) A mineração na Capitania de Goiás

entrou em crise nas últimas décadas do século XVIII. A economia da região era

baseada na extração do ouro e pouco diversificada. A crise da mineração forçou

a transformação da economia e do povoamento da região de Goiás. Com isso, os

arraiais coloniais que permaneceram ativos na segunda metade do século XIX con-

seguiram criar economias independentes da produção no campo.

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Errado.

Os arraiais não conseguiram criar economias independentes. Em sentido oposto, ti-

vemos, com a crise do ouro, uma verdadeira devastação das atividades econômicas

até então realizadas, sendo que as atividades posteriores se limitaram à agricultura

e à pecuária de subsistência.

22. (CESPE/AG POL/PC GO/2016/ADAPTADA) Durante a Idade Moderna, prevale-

ceram na Europa as práticas econômicas mercantilistas, voltadas para o fortale-

cimento dos Estados nacionais e o enriquecimento de seus empreendedores. Em

larga medida, o entesouramento de metais preciosos era o objetivo mais evidente,

o que explica o grande interesse na descoberta e na exploração desses metais nas

colônias do Novo Mundo. Nesse contexto se processou a ocupação das áreas inte-

rioranas da América portuguesa, que, no caso específico de Goiás, deu-se, sobre-

tudo, a partir do século XVII.

A respeito do desbravamento do território goiano e de aspectos relacionados a esse

desbravamento, é correto afirmar que a Guerra dos Emboabas, ocorrida nas Minas

Gerais, interrompeu a marcha dos desbravadores paulistas em direção ao Centro-O-

este, retardando em muito a ocupação e a exploração econômica das terras goianas.

Errado.

A Guerra dos Emboabas teve o resultado inverso do que mencionado pela questão.

Considerando que os bandeirantes foram derrotados pelos portugueses, foram eles

expulsos de Minas Gerais e partiram, após o conflito, para a região Centro-Oeste.

Com isso, podemos afirmar que a Guerra dos Emboabas teve o efeito indireto de

impulsionar as explorações em território goiano.

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23. (CESPE/AG POL/PC GO/2016/ADAPTADA) Durante a Idade Moderna, prevale-

ceram na Europa as práticas econômicas mercantilistas, voltadas para o fortale-

cimento dos Estados nacionais e o enriquecimento de seus empreendedores. Em

larga medida, o entesouramento de metais preciosos era o objetivo mais evidente,

o que explica o grande interesse na descoberta e na exploração desses metais nas

colônias do Novo Mundo. Nesse contexto se processou a ocupação das áreas inte-

rioranas da América portuguesa, que, no caso específico de Goiás, deu-se, sobre-

tudo, a partir do século XVII.

A respeito do desbravamento do território goiano e de aspectos relacionados a esse

desbravamento, é correto afirmar que o declínio da extração aurífera em Goiás

ocorreu na primeira metade do século passado, quando a multiplicação de indús-

trias alterou radicalmente o panorama econômico de toda a região central do país.

Errado.

O declínio da exploração do ouro ocorreu no século XVIII, sendo consequência,

principalmente, da escassez de metais e da forma incorreta como a exploração

era realizada.

24. (CESPE/AG POL/PC GO/2016/ADAPTADA) Durante a Idade Moderna, prevale-

ceram na Europa as práticas econômicas mercantilistas, voltadas para o fortale-

cimento dos Estados nacionais e o enriquecimento de seus empreendedores. Em

larga medida, o entesouramento de metais preciosos era o objetivo mais evidente,

o que explica o grande interesse na descoberta e na exploração desses metais nas

colônias do Novo Mundo. Nesse contexto se processou a ocupação das áreas inte-

rioranas da América portuguesa, que, no caso específico de Goiás, deu-se, sobre-

tudo, a partir do século XVII.

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A respeito do desbravamento do território goiano e de aspectos relacionados a esse


desbravamento, é correto afirmar que o desbravamento de Goiás deveu-se à ação dos
bandeirantes que, a partir de São Paulo, embrenharam-se pelos denominados sertões
em busca de, além de ouro e pedras preciosas, índios para serem escravizados.

Certo.
Os principais responsáveis pelo desbravamento de Goiás foram os bandeirantes,
que, por meio de expedições, tinham por objetivo encontrar fontes de riqueza (ouro
e pedras preciosas) e índios para serem escravizados.

25. (CESPE/AG POL/PC GO/2016/ADAPTADA) Durante a Idade Moderna, prevale-


ceram na Europa as práticas econômicas mercantilistas, voltadas para o fortale-
cimento dos Estados nacionais e o enriquecimento de seus empreendedores. Em
larga medida, o entesouramento de metais preciosos era o objetivo mais evidente,
o que explica o grande interesse na descoberta e na exploração desses metais nas
colônias do Novo Mundo. Nesse contexto se processou a ocupação das áreas inte-
rioranas da América portuguesa, que, no caso específico de Goiás, deu-se, sobre-
tudo, a partir do século XVII.
A respeito do desbravamento do território goiano e de aspectos relacionados a esse
desbravamento, é correto afirmar que a ação dos desbravadores foi severamente puni-
da pela metrópole portuguesa, receosa de que as riquezas eventualmente encontradas
no interior da colônia fossem contrabandeadas e escapassem ao fisco lusitano.

Errado.
Ao contrário do que afirmado, as ações dos desbravadores não foram punidas pela
metrópole portuguesa, haja vista que o desbravamento, bem como a localização de

novas riquezas, era justamente um dos objetivos da corte.

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26. (FUNRIO/CAD/CBM GO/2016)

Da divisão regional nacional apresentada nesse mapa, até a década de 1990,

a região Centro-Oeste passou por transformações do ponto de vista político,

territorial e econômico.

Nesse período, o território da região Centro-Oeste foi alterado com a

a) divisão de Goiás, proporcionando a diminuição do território atual da região

Centro-Oeste.

b) construção de Brasília, que favoreceu o esvaziamento populacional do estado Goiás.

c) divisão do Mato Grosso, elevando os índices de subdesenvolvimento do

Centro-Oeste.

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d) criação do estado de Tocantins, propiciando o aumento da arrecadação tributá-


ria do Centro-Oeste.
e) criação do Distrito Federal, prejudicando o desenvolvimento urbano-industrial
da região.

Letra a.
A principal alteração ocorrida no território goiano foi, sem dúvida, a separação do
norte do estado, que, com a entrada em vigor da Constituição Federal de 1988,
passou a constituir o estado de Tocantins.
Com isso, tivemos uma diminuição no território total que faz parte, atualmente, da
Região Centro-Oeste.

27. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ GO/APOIO JUDICIÁRIO E ADMINISTRATI-


VO/2014/ADAPTADA) “(...) territórios de mineração deveriam dedicar-se quase ex-
clusivamente à produção de ouro, não desviando esforços na produção de outros
bens que poderiam ser importados das demais capitanias.” (CHAIM, M. M. Socieda-
de Colonial. Goiás – 1749-1822. Goiânia: Secretaria de Cultura, 1987.)
O fragmento do texto acima retrata a realidade da sociedade mineradora de Goiás
durante o século XVIII. Em relação às consequências geradas pela produção au-
rífera em Goiás durante o período colonial, podemos destacar o desenvolvimento
interno de Goiás, que acabou gerando a modernização da região, através da cria-
ção de manufaturas visando o abastecimento das outras regiões do Brasil colonial.

Errado.
O ciclo do ouro não provocou o desenvolvimento e a modernização da região. O que
houve, na verdade, foi um grande aumento do contingente populacional, e, ainda
assim, apenas no início do período.

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Posteriormente, com a declínio da mineração, Goiás presenciou um período de


estagnação econômica, época em que as poucas atividades desenvolvidas eram,
basicamente, a agricultura e a pecuária.

28. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ GO/APOIO JUDICIÁRIO E ADMINISTRATIVO/2014/

ADAPTADA) “(...) territórios de mineração deveriam dedicar-se quase exclusivamente

à produção de ouro, não desviando esforços na produção de outros bens que poderiam

ser importados das demais capitanias.” (CHAIM, M. M. Sociedade Colonial. Goiás –

1749-1822. Goiânia: Secretaria de Cultura, 1987)

O fragmento do texto acima retrata a realidade da sociedade mineradora de Goiás

durante o século XVIII. Em relação às consequências geradas pela produção aurífe-

ra em Goiás durante o período colonial, podemos destacar o aumento da população

da região, principalmente após a decadência da atividade mineradora, a partir da

segunda metade do século XVIII.

Errado.

O aumento da população de Goiás ocorreu com o início das explorações auríferas.

Posteriormente, com o declínio das atividades, tivemos uma diminuição drástica no

número de habitantes da região.

Sendo assim, pode ser afirmado que, com a decadência da atividade mineradora,

Goiás apresentou uma diminuição em sua população.

29. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ GO/APOIO JUDICIÁRIO E ADMINISTRATI-

VO/2014/ADAPTADA) “(...) territórios de mineração deveriam dedicar-se quase

exclusivamente à produção de ouro, não desviando esforços na produção de ou-

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tros bens que poderiam ser importados das demais capitanias.” (CHAIM, M. M.

Sociedade Colonial. Goiás – 1749-1822. Goiânia: Secretaria de Cultura, 1987)

O fragmento do texto acima retrata a realidade da sociedade mineradora de Goiás

durante o século XVIII. Em relação às consequências geradas pela produção aurífe-

ra em Goiás durante o período colonial, podemos destacar a dificuldade no desen-

volvimento da economia da região, em razão de o ouro extraído ter sido exportado

para a Europa, sem promover o crescimento interno de Goiás.

Certo.

Ainda que o território goiano tenha sido uma das principais fontes de ouro, a explo-

ração (quase sempre realizada de forma rudimentar e sem nenhum tipo de cuida-

do) fez com que as reservas se esgotassem em um curto espaço de tempo.

Além disso, deve ser mencionado que o ouro extraído era exportado para a Euro-

pa, não sendo utilizado, em sentido oposto, no desenvolvimento interno de Goiás.

Prova disso, inclusive, ocorreu quando do término das explorações: sem nenhum

tipo de atividade complementar, apenas a agricultura e a pecuária, basicamente,

passaram a ser exercidas na região.

30. (FGV/ANALISTA JUDICIÁRIO/TJ GO/APOIO JUDICIÁRIO E ADMINISTRATI-

VO/2014/ADAPTADA) “(...) territórios de mineração deveriam dedicar-se quase

exclusivamente à produção de ouro, não desviando esforços na produção de ou-

tros bens que poderiam ser importados das demais capitanias.” (CHAIM, M. M.

Sociedade Colonial. Goiás – 1749-1822. Goiânia: Secretaria de Cultura, 1987)

O fragmento do texto acima retrata a realidade da sociedade mineradora de Goiás

durante o século XVIII. Em relação às consequências geradas pela produção aurífera

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em Goiás durante o período colonial, podemos destacar o desenvolvimento de novas

atividades, complementares à mineradora, em Goiás, como a produção de cana-de-

-açúcar em pequenas e médias propriedades, baseadas no trabalho escravo.

Errado.

Não houve, ao contrário do que informado pela questão, o desenvolvimento de no-

vas atividades como decorrência da produção aurífera. Com o fim das atividades, o

território passou por uma estagnação econômica, haja vista que apenas a agricul-

tura e a pecuária eram timidamente exercidas.

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