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04/02/2014

Programa de Pós-Graduação em Teologia

Tema: Graus Verbais do Hebraico Bíblico

Prof. Pr. José Ribeiro Neto


Mestrando em Língua Hebraica,
Literatura e Cultura Judaica, USP
emunahinformatica@gmail.com www.emunaheditora.com.br

INTRODUÇÃO GERAL

O verbo hebraico apresenta certas


modalidades que não se encontram nas
línguas ocidentais e que enriquecem muito a
sua significação. A essas modalidades ou
condições dá-se o nome de graus. (KERR,
1979, p. 135)

Os graus verbais têm também o nome


técnico de diátese verbal, que são as formas
de relacionamento do sujeito com o verbo,
embora o hebraico possua muito mais
nuanças que não estão relacionadas à voz.

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Os antigos gramáticos do hebraico chamaram esses


modelos verbais de ‫ בּנינים‬binyanim ‘formativos’
(literalmente: ‘contruções’), e nas gramáticas mais
antigas que traziam o hebraico e o latim en face, o
termo latino conjugatio aparece defronte ao termo
binyan hebraico. O termo “conjugação” para esses
modelos ainda é usado. Contudo, há muito tempo que
um certo receio vem sendo expresso a respeito desse
termo, porque ele significa algo diferente de
“formativo” nas gramáticas influenciadas pelo latim.
Alguns eruditos modernos protestam contra esse uso
por outro motivo, porque querem reservar
“conjugação” para as formas verbais sufixadas e
prefixadas. (WALTKE E O’CONNOR, 2006, p. 352)

Diversas gramáticas comparativas/históricas


agrupam outros graus, exceto o Qal, como
“graus derivados” (cf. o termo básico Kabed
‘pesado’); o termo pode ser enganoso se for
empregado para encobrir a relação do Qal com
o sistema como um todo. Outros eruditos
chamam binyanim de “paradigmas verbais”,
“modificações”, “temas” ou “estirpes” (do
latim, stirps ‘talo, cepo’). Atualmente usamos o
termo comum “graus verbais”, muito embora
ele também corra o risco de ser enganoso.
(WALTKE E O’CONNOR, 2006, p. 352)

Chamamos de derivações ou graus as várias nuanças


semânticas do verbo hebraico que são formadas a partir de
uma raiz básica, a qual são acrescentados afixos (prefixos e
infixos), para atribuir sentidos de passividade, intensidade,
causatividade, reciprocidade, reflexividade, dentre outras
diversas nuaças semânticas.

Essas derivações têm o termo técnico em hebraico de ‫ִבּנְיָן‬


(binyân) ou, na escrita plena ‫(בניין‬binyyân), que significa
edifício, construção, remetendo às derivações do verbo
hebraico, contruídas a partir de uma raíz comum.

Para sistematização do sistema de derivações dos verbos do


hebraico, antigos gramáticos medievais utilizaram-se do
verbo pā‘al (‫)פָּעַ ל‬, raiz que significa fazer, operar, realizar.

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Os gramáticos medievais emprestaram o termo


do árabe ‫( ﻓﻌل‬fa‘ala) fazer, funcionar, agir, no
siríaco temos (pā‘alā), trabalhador

A palavra também aparece na Bíblia Hebraica


com o significado de fazer, conforme lemos em:

ָ֜ ‫֤כּ ֹל פָּ ַ ֣על ֭י ְהוָה ַל ֽמַּ עֲ נֵ ֑הוּ וְג‬


‫ַם־רשָׁ֗ ע לְ י֣וֹם ָר ָע ֽה׃‬

Tudo fez YHWH para os propósitos dele e


também o ímpio para o dia da maldade (Pv 16.4)

São sete os ‫( ִבּנְיָנִים‬binyânîm), formações, construções ou derivações do


verbo hebraico:

‫)קל(פָּ עַ ל‬ ַ - pā‘al ou qal – em geral, ativo simples, o sujeito executa a ação


simples do verbo.
‫נִפְ עַ ל‬- nif‘al – em geral, passivo simples, o sujeito sofre a ação simples do
verbo.
‫פִּ עֵ ל‬- pi‘êl – em geral, ativo intensivo, o sujeito executa a ação do verbo de
forma intensiva.
‫פֻּ עַ ל‬- pu‘al – em geral, passivo intensivo, o sujeito sofre a ação do verbo de
forma intensiva.
‫הִ תְ פַּ עֵ ל‬- hitpa‘êl – em geral, reflexivo ou recíproco, o sujeito executa e sofre
a ação do verbo ao mesmo tempo.
‫הִ פְ עִ יל‬- hif‘îl – em geral, ativo causativo, o sujeito causa a ação do verbo.
‫הֻ פְ עַ ל‬- huf‘al – em geral, passivo causativo, o sujeito sofre a causa da ação
do verbo.

Têm também o nome de aumentos (MURAOKA, 2005), graus


verbais (WALTKE; O’CONNOR, 2006; KERR, 1979) ou diátese verbal (EDZARD,
2012 in: The Semitic Languages: an international handbook, p. 499).

Como verbo paradigma das derivações é usado o


aramaico qātal (‫)קטַ ל‬, ָ esse verbo é usado como
modelo de conjungação nas gramáticas clássicas do
hebraico bíblico. ‫( ָקטַ ל‬ele matou) é o verbo modelo
no grau Qal, ‫(נִקְ טַ ל‬ele foi morto) é o mesmo verbo
no grau Nifal, ‫( ִקטֵּ ל‬ele matou intensamente) é o
grau Piel, ‫ ֻקטַּ ל‬no Pual (ele foi morto intensamente),
‫( הִ תְ ַקטֵּ ל‬ele matou-se), no Hitpael, ‫( הִ קְ טִ יל‬ele fez
matar) no Hifil e ‫(הָ קְ טַ ל‬ele sofreu a morte causada)
no Hofal.
O babilônico tem qatālum, matar um sacrifício
animal, o árabe tem َ‫ َﻗ َﺗل‬qatala, matar, o Ge‘ez tem
ቀተለ: qatala , no siríaco temos qṭal

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Ativo Passivo/Reflexiva
Tipo de Linguística Linguística
Hebraico Aramaico Hebraico Aramaico
Ação Semítica Semítica

G passivo
‫ָפּעַ ל‬
‫ְפּעַ ל‬ ‫ְפּעִ ל‬ N
Ação Simples ou G ‫נִ ְפעַ ל‬
Pe‘al Pe‘il (em aramaico não
‫קַ ל‬
há Nifal)
‫ַפּעֵ ל‬ ‫ֻפּעַ ל‬
Ação Intensiva ‫ִפּעֵ ל‬ D ‫ֻפּעַ ל‬ D passivo
Pa‘‘el Pu‘‘al
‫הַ ְפעֵ ל‬ ‫הָ ְפעַ ל‬
Ação Causativa ‫הִ ְפעִ יל‬ H ‫הָ ְפעַ ל‬ H passivo
Haf‘el Hof‘al
‫הִ תְ ְפּעֵ ל‬
Gt
Hitpe‘el
‫הִ תְ ְפּעַ ל‬
Dt
Hitpa‘‘el
Ação Reflexiva ‫הִ תְ ַפּעֵ ל‬
‫הִ תַ ְפּעֵ ל‬
Hitaf‘el
Ht
(não há em

Essas definições são os sentidos


elementares de cada derivação,
contudo, devido a outros fatores
envolvidos nos elementos discursivos
das línguas semíticas, um
determinado modo de ação da
derivação pode mudar de acordo com
o sentido do verbo em questão.

SENTIDOS E USOS DO QAL

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ַ ágil, leve, rápido, da raiz


A palavra hebraica qal (‫)קל‬
qll (‫ )קלל‬que significa ser leve, é utilizada para se
referir ao aspecto do verbo hebraico em que não há
nenhum significado adicional, ou seja, o verbo em
seu aspecto básico. Como também foi visto na
Tabela 1 acima, é chamado de grau G
(Grundstamm).

O Qal se assemelha ao modo indicativo do


português, uma ação simples ativa, sem nenhuma
nuança especial de causatividade ou intensidade. É
a forma mais utilizada na Bíblia Hebraica,
correspondendo a 68,8% do uso verbal, 48.180
vezes (WALTKE; O’CONNOR, 2006, p. 361).

No aramaico temos a mesma forma e no acadiano


temos qalālu , um exemplo do uso do termo qal na
Bíblia Hebraica está em Is 30.16:

֣ ַ ַ‫נוּסוּן וְע‬
‫ל־קל נ ְִר ָ֔כּב‬ ֵ ַ‫ל־סוּס נָנ֖ וּס ע‬
֑ ְ‫ל־כּ֣ן תּ‬ ֥ ַ‫א־כ֛י ע‬ ִ ‫ו ַ֙תּ ֹאמְ ֥רוּ‬
‫ל־כּ֖ן י ַ ִ֥קּלּוּ ר ְֹדפֵ ֶיכ ֽם׃‬
ֵ ַ‫ע‬

E vós direis: não, pois sobre um cavalo cavalgaremos,


por isso vós escapareis, sobre a leveza montaremos, por
isso serão ligeiros os vossos perseguidores.

As gramáticas do hebraico bíblico preferem o termo qal,


enquanto que as gramáticas do hebraico moderno
preferem o termo pā‘al, para se adequar às outras
formas, utilizaremos o termo pā‘al ao invés de qal.

O problema em definir o Qal como uma forma


ativa do verbo hebraico pode causar
interferência semântica estranha ao sistema
verbal semítico, já que o termo ativo diz
respeito ao sistema de entendimento verbal
das línguas indo-européias relacionado à voz
verbal, o que não corresponde exatamente à
forma de pensamento das línguas semíticas.
Uma vez que o Qal pode ter outros sentidos
que não se assemelham à voz passiva do
português a melhor maneira de entendê-lo é
verificar os usos desse grau na Bíblia Hebraica.

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Há dois principais variações do uso do Qal na Bíblia Hebraica,


o primeiro, diz respeito ao uso do Qal com verbos ativos ou
fientivos e o uso com verbos estativos. Para evitar a confusão
do termo ativo com o sentido de voz, Waltke e O’Connor
(2006, p. 363) diz preferir usar o termo fientivo, esse é o termo
que adotaremos aqui também.

Fientivo = Verbo que descreve um movimento ou mudança de


estado (WALTKE; O’CONNOR, 2006, p. 691a)

Outras terminologias são usadas tais como: voluntários


(freiwilling) e involuntários (unfreiwilling), ativos (aktiv) e
neutros (neutrisch). No português existe o termo diátese
verbal , um termo relacionado à a relação do sujeito como
“agente, paciente ou apenas envolvido no processo”

VERBOS FIENTIVOS (ATIVOS) NO QAL

De acordo com Jüon e Muraoka (2006, p. 115-116):


Os verbos ativos da forma qatal são *qatal> ‫ ָקטַ ל‬, ‫טל‬ ֑ ָ ‫ ָק‬,
por exemplo ‫ נָתַ ן‬dar , ‫ י ָשַׁ ב‬assentar-se, ‫ אָכַל‬comer. No futuro a
segunda vogal é geralmente *u > ׂ◌ em verbos fortes. A vogal *i > ֵ◌
é encontrada em ‫ §( י ִתֵּ ן‬72 i) , no tipo ‫§( י ֶשֶׁ ב‬75 c), no tipo ‫ֺאכ֑ל‬
ֵ ‫י‬
(aqui por dissimilação, cf. § 73 c), cf. Como a primeira vogal (a vogal
do performativo), cf. §e.

Verbos ativos expressam uma ação transitiva ou


intransitiva. Alguns verbos podem também expressar uma ação
reflexiva, por exemplo ‫ ָרחַ ץ‬lavar e lavar-se, tomar um banho (da
mesma forma o latim tem lavare), ‫ סוּ‬derramar, ungir e ungir-se,
‫מָ שַ ח‬ungir e ungir-se (Am 6.6); ‫ טָ בַל‬mergular e mergulhar-se. Em
certos casos o sentido reflexivo parece derivar de elipse, por
exemplo ַ‫ חָ פ‬transformar e transformar-se (Jz 20.39, etc.), ‫סָ עַ ד‬
sutentar e sustentar-se (I Re 13.7†, ou seja, para manter o coração
‫)לֵ ב‬.

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O aspecto, nas línguas semíticas, não


é somente uma questão de interpretação
dos sentidos verbais, ele está presente nas
mudanças morfológicas das próprias raízes
verbais, de modo que são perceptíveis por
meio da análise dessas modificações, quer
sejam consonantais, quer sejam vocálicas.
Também é possível perceber tais
alterações no estudo comparativo com
outras línguas semíticas.

VERBOS ESTATIVOS NO QAL

Os verbos estativos, ao invés de denotarem uma ação


de um sujeito, denotam o estado do sujeito, são mais
apropriadamente traduzidos utilizando-se perífrases
com adjetivos, seguem, geralmente, uma construção
vocálica, no completo, em: ā – ē ou ā – ō, outros em ā –
ǎ que de acordo com Lambdin (2003, p. 127):

“... pertencem a esta categoria por causa de seu


significado e que, a julgar por outras formas que exibem
na flexão, originalmente pertenceram também à
categoria dos verbos estativos; todavia, com o passar do
tempo foram assimilados ao tipo dominante em a- no
perfeito porque seu significado mudou de um verbo
puramente estativo para um que descreve ação...”

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Atributivos (verbos relacionados com adjetivos)

‫ טוֹב‬ser bom
‫ ַרע‬ser mau
‫ גּ ַָדל‬ser grande
‫ ָקטֺן‬ser pequeno
‫ ָגבַהּ‬ser elevado, ser alto
‫ שָׁ פֵ ל‬ser humilde, tornar-se baixo
‫ חָ זַק‬ser forte
‫ ַדּל‬ser fraco (raiz ‫)דלל‬
‫ ָכּבֵד‬ser pesado
‫( ַקל‬raiz ‫)קלל‬
‫ ָרחַ ק‬estar longe
‫ ָק ֵרב‬estar perto
‫ ָנגֵש‬aproximar-se
‫ ָדּבַק‬agarrar-se, colar em, juntar-se
‫ טָ הֵ ר‬ser limpo, ser puro
‫ טָ מֵ א‬ser impuro
‫ מָ לֵ א‬ser cheio
Esta divisão de sentidos dos verbos estativos e a lista de verbos é dada por Jüon e Muraoka (2006, p.
118-120), a adaptação foi feita por mim.

Estados Mentais

‫ אָהֵ ב‬amar
‫ חָ פֵ ץ‬amar, desejar
‫ש ֹנֵא‬ ָ odiar
‫ י ֵָרא‬temer
‫ י ָג ֹר‬recear
‫ חָ ַרד‬tremer
‫ פָ חַ ד‬temer, tremer
‫ שָׁ כַח‬esquecer

Estados Físicos
‫ לָ ָבש‬estar vestido
‫ש ֹבַע‬ ָ estar saciado
‫ ָרעֵ ב‬estar com fome
‫ צָמֵ א‬estar com sede
‫ י ָשֵ ן‬dormir
‫ שָ כַב‬estar deitado
‫ שָ כֺל‬estar privado
de seus filhos

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Sentidos Diversos
‫ יָכֺל‬ser capaz de
‫ לָ מֵ ד‬se acostumar, aprender
‫ מֵ ת‬morrer
‫ שָ אַל‬chamar
‫ שָ כַן‬habitar
‫ שָ מַ ע‬entender, escutar

QAL PASSIVO

Uma antiga forma de Qal passivo


é atestado nas línguas semíticas e é
inferida no texto da Bíblia Hebraica
por meio da análise da ocorrência de
alguns desses verbos. Essas formas
foram consideradas pelos massoretas
como formas do Pual e do Hofal, mas
que segundo Lambdin (2003, p. 302)
“devem ser vistas como sobreviventes
de um antigo passivo do Qal.”

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PERFEITO IMPERFEITO
‫לֻ קַּ ח‬ ‫י ֻקַּ ח‬ ser tomado
‫י ֻלַּ ד‬ ---- ser gerado
----- ‫י ֻתַּ ן‬ ser dado
Tabela extraída de Lambdin (2006, p. 302)

De acordo com Lambdin (2006, p. 302):


Também se encontram formas participiais isoladas:
‫( אֻ כַּל‬comido, consumido), ‫( יִלּוֹד‬nascido).
Estes verbos não são verdadeiros tipos Pual ou Hofal
pelas razões seguintes: (1) ausência de um verbo ativo em
Piel ou em Hifil correspondente com significado
apropriado, (2) ausência do -‫ מ‬preformativo nas poucas
formas principais que restam, (3) assimilação irregular
do ‫ ל‬em ‫ קח‬, característica especial que somente se
encontra no Qal, e (4) assimetria de um perfeito Pual e um
imperfeito Hofal.
É muito provável que vários outros verbos Pual e
Hofal possam incluir-se aqui, mas seria precário classifica-
los somente com base no significado.

MÉTODO COMPARATIVO
PELO SISTEMA DE OPOSIÇÃO
PARA A ANÁLISE DOS GRAUS
VERBAIS DO HEBRAICO BÍBLICO

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De acordo com Edzard (in: WENINGER. Semitic


languages: an international handbook, 2012, p.
500-501):

As sete principais diáteses podem ser


explicadas em um sistema de oposição (cf. D.
Edzard 1965 para a metodologia envolvida).
Neste contexto, uma nomenclatura Semiticista é
prática, i.e. ‘G’ para på̅‘al, ‘N’ para nip̄ ‘al , ‘D’
para pi‘‘ēl, Dpass para pu‘‘al, ‘Dt’ para hiṯpa‘‘ēl ,
‘H’ para hip̄ ‘ īl e ‘Hpass’ para håp̄‘al.

Os exemplos aqui são de Edzard (in: WENINGER. Semitic languages: an


international handbook, 2012, p. 500-501, adaptados por mim)

N usualmente denota uma relação reflexiva ou


passiva de G, por exemplo:
G (Qal) N (Nifal)

‫נִבְקְ עוּ כָּל־מַ עְ י ְנ ֹת תְּ ה ֹום ַרבָּה וַיִּבְקַ ע אֱ הִ ים אֶ ת־הַ מַּ כְתֵּ שׁ‬

E fendeu (G) Deus a cavidade Foram arrebentadas (N) todas


Jz 15.19 as fontes do grande abismo
Gn 7.11

Os exemplos aqui são de Waltke (2006, p. 401) adaptados por


mim:

G (Qal) D (Piel)

‫חָ לִיתִ י הַ יּ ֹום שְׁ שָׁ ה׃‬ ‫אֲ שֶׁ ר־חִ לָּה י ְהו ָה בָּהּ׃‬


Eu adoeci (Qal) há (a doença) com que
afligirá (Piel) YHWH a
três dias. (I Sm terá afligido (a terra) Dt
30.13 29.21 (22 no Hebraico)

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Os exemplos aqui são de Edzard (in: WENINGER. Semitic languages: an international


handbook, 2012, p. 500-501, adaptados por mim)

D (Piel) Dpass (Pual)

‫גַּם־אַ תָּ ה‬
‫אֲ שֶׁ ר־חִ לָּה י ְהו ָה בָּהּ׃‬
‫חֻ לֵּיתָ כָמֹונוּ‬
(a doença) com que
afligirá (Piel) YHWH a Também tu tens sido
terá afligido (a terra) feito doente como nós
Dt 29.21 (22 no Is 14.10
Hebraico)

Os exemplos aqui são de Edzard (in: WENINGER. Semitic languages: an international


handbook, 2012, p. 500-501, adaptados por mim)

D (Piel) Dt (Hitpael)

‫וְנִקַּ מְ תִּ י דְּ מֵ י עֲ בָדַ י הַ נְּבִיאִ ים‬ ‫א תִ תְ נַקֵּ ם נַפְ שִׁ י׃‬


Eu me vingarei do
Acaso não deveria se
sangue dos meus
vingar a minha alma
servos, os profetas
Jr 5.9
II Re 9.7

Os exemplos aqui são de Edzard (in: WENINGER. Semitic languages: an international


handbook, 2012, p. 500-501, adaptados por mim)

G (Qal) H (Hifil)

‫אָרכוּ־ ו שָׁ ם הַ יָּמִ ים‬


ְ ִ ‫הַ אֲ ִריכִי מֵ יתָ ַרי‬

prolongaram-se para ele Prolonge os teus


ali os dias cordões
Gn 26.8 Is 54.2

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Os exemplos aqui são de Edzard (in: WENINGER. Semitic languages: an international


handbook, 2012, p. 500-501, adaptados por mim)

D (Piel) H (Hifil)

‫ו ַתְּ אַ בֵּד אֶ ת־כָּל־ז ֶַרע‬ ‫ו ְהַ אֲ בַדְ תִּ י אֶ ת־הַ נֶּפֶ שׁ‬


‫הַ מַּ מְ ָלכָה‬ ‫הַ הִ וא‬
e destruiu toda a E eu causarei a
semente real destruição daquela alma
II Cr 22.10 Lv 23.30

Os exemplos aqui são de Edzard (in: WENINGER. Semitic languages: an international


handbook, 2012, p. 500-501, adaptados por mim)

H (Hifil) Hpass (Hofal)

‫וַי ְהִ י בַּיּ ֹום הַ שְּׁ לִישִׁ י‬


‫ו ַיּ ֹולֶד ָבּנִים וּבָנֹות׃‬
‫י ֹומ* הֻ לֶּדֶ ת אֶ ת־פַּ ְרע ֹה‬
E este era o dia terceiro,
E ele gerou (causou o o dia do nascimento de
ser nascido) filhos e Faraó (no dia em que
filhas Gn 5.4 Faraó tinha sido causado
o nascer) Gn 40.20

BIBLIOGRAFIA UTILIZADA

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2005
BAUMGARTNER, W. (ed.). Hollenberg – Budde Gramática elementar da língua
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COMRIE, Bernard. Aspect. Cambridge: Cambridge University Press, 1998
COWAN, David. Gramática do árabe moderno. Tradução e adaptação Safa A. A. C.
Jubran. São Paulo: Editora Globo, 2007
DAVIDSON, Benjamin. The analytical hebrew and chaldee lexicon. Michigan:
Zondervan, 1993
GESENIUS, Wilhelm. Gesenius’ Hebrew Grammar. Edited and enlarged by E. Kautzsch.
Tradução A. E. Cowley. Mineola, NY: Dover Publications, INC, 2006
GREIMAS, A. J.; COURTÉS, J. Dicionário de semiótica. São Paulo: Editora Contexto,
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JOÜON, Paul. Grammaire de l’hébreu biblique. Rome: Institut Biblique Pontifical, 1947
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KADDARI, Menḥaem. Studies in biblical hebrew syntax. Ramat-Gan: Bar-Ilan
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LAMBDIN, Thomas O. Gramática do hebraico bíblico. São Paulo: Paulus, 2003
MACAMBIRA, José Rebouças. Dìatese verbal. Revista de Letras, Fortaleza, v.1, n. 1,
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SILVA, Thaïs Cristófaro. Dicionário de fonética e fonologia. São Paulo: Editora
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TRASK, R. L. Dicionário de linguagem e linguística. São Paulo: Editora Contexto, 2011
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annotated text. Michigan: Zondervan, 2011
VANGEMEREN, Willem A. A guide to Old Testament Theology and Exegesis. Michigan:
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WALTKE, Bruce K.; O’CONNOR, M. Introdução à sintaxe do hebraico bíblico. São


Paulo: Cultura Cristã, 2006
WENINGER, Stefan. Semitic languages: an international handbook. in collaboration
with Geoffrey Khan, Michael P. Streck, Janet C. E.Watson. Berlin/Boston: Walter
de Gruyter GmbH & Co. KG, 2012

Perguntas

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Tarefas para tarde:

Encontrar e traduzir 2 versículos de cada grau verbal


do hebraico bíblico

Tarefa para ser entregue até o próximo modulo:


Monografia utilizando o método de análise pelo sistema de
oposição entre os graus verbais, 5 versículos para cada
comparação entre os graus, com tradução e explicação,
mínimo de 10 bibliografias citadas .

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