Instituto Benjamin Constant - Rio de Janeiro - 2016
Apresentação
As etapas que antecedem o processo de alfabetização propriamente dito,
precisam ser entendidas como alicerce sólido onde apoiar-se-á uma estrutura complexa e multifacetada. O desenvolvimento global de uma criança cega não admite qualquer atitude de negligência, fato que ocorrendo, causará à criança graves prejuízos, impondo-lhe danosos entraves no decurso de sua aprendizagem. A criança cega tem de vivenciar abundantemente todo tipo de experiência. O conhecimento chega até ela através de situações concretas, vivências que introjetam em sua mente uma série de saberes que vão-se consolidando em competências pertencentes a diferentes áreas e níveis em relação às fases evolutivas de sua trajetória de aquisições cognitivas. Desde o início dessa caminhada, o alfabetizando deve ser instigado a descobrir, a desvendar o mistério do mundo das coisas que o cerca. Tal procedimento cria na criança cega, em especial, uma curiosidade saudável que irá auxiliá-la em incursões cada vez mais amplas e direcionadas ao foco de suas necessidades e peculiaridades educativas. É de suma importância abrir-se para essa criança um universo de possibilidades que hão de trazer-lhe os mecanismos capazes de transmitir-lhe as informações necessárias para que possa, por meio de uma construção paulatina e consciente, instalar e desenvolver os conceitos básicos que servirão de pilares de sustentação do seu conhecimento. O princípio da concretização impõe-se sob qualquer ponto de vista, quando se trata do desenvolvimento global da criança cega. Torna-se imprescindível, portanto, lançar-se mão dele em todas as situações de aprendizagem. Este procedimento didático deve ocupar prioritariamente as práticas pedagógicas, principalmente, na fase inicial de sua escolarização. O professor precisa evitar que se instale ou se enraíze o mero verbalismo, mecanismo danoso que não traz ao aluno nenhuma contribuição positiva ou vantagem de alguma espécie. Os objetos, o vestuário, o mobiliário, os utensílios domésticos, os brinquedos, os elementos da natureza, tudo enfim, transforma-se em material didático que propicia a construção sólida do conhecimento. Dessa construção, assim, desenvolve-se o intelecto e aprofunda-se a cognição. O desenvolvimento da cognição se efetiva por inúmeras vias. Os sentidos da visão, audição, tato, olfato e paladar entram como fatores de captação das informações que são levadas ao cérebro e nele são processadas efetivamente. Para a criança cega é de relevância capital, trabalhar-se com extremo critério e competência os chamados sentidos remanescentes (audição, tato, olfato, paladar) sempre observando-se, também, a importância dos aspectos que dizem respeito aos movimentos (aspectos cinestésicos). Esses sentidos devem ser trabalhados com esmero e perfeita adequação frente ao objeto e ao momento da aprendizagem em que se encontra a criança. Tais cuidados ao reforçarem-se esses sentidos, servem como veículos condutores dos dados que constituirão os saberes específicos concernentes a cada sentido. O trabalho ora apresentado aborda, particularmente, o tato. É ele a via pela qual a leitura dos cegos se realiza. Logo, faz-se imperativo o cuidado que os professores, em especial os que atuam na pré-escola, necessitam ter em relação a esse assunto tão importante. A leitura feita através do Sistema Braille é tátil-cinestésica; assim, refinamento tátil e precisão de movimentos são duas práticas pedagógicas que têm de ser levadas a sério para que a criança atinja competências capazes de garantir-lhe resultados desejáveis. Após os usuais exercícios executados com diferentes tipos de objetos, é interessante que ofereçamos ao aluno, materiais didáticos de outras procedências. É de grande valia e pertinência, trabalharmos essa questão, utilizando o próprio Sistema Braille. É bom ressaltar que o Braille é um excepcional filão do qual pode-se extrair muitos exercícios e diversificadas combinações. Há uma riqueza de possibilidades que não pode ser descartada nem vista como um recurso pedagógico de menor valor. “Aprendendo pelo Tato” pretende constituir- se em mais um instrumento para capacitar V a criança cega a fim de que ela possa enfrentar sem maiores falhas e atrasos o período delicado da aquisição de habilidades e capacidades exigidas pela leitura. Este livreto dá à criança noções básicas de como se compõe a organização da página escrita, tipos de linhas, ideia de parágrafo, noções de classificação (comprimento, altura, tamanho, distância, quantidade, largura etc.), localização espacial, introdução à configuração da “cela braille”, entre outras abordagens. “Aprendendo pelo Tato” está dividido em duas partes: — Parte I Construção de Conceitos Apresentação de Exemplos — Parte II Caderno de Atividades Exercícios Este trabalho é de fácil manuseio, porque todos os exemplos mostrados na 1ª parte são legendados. As explicações ca- VI minham ao lado das noções exemplificadas, não havendo qualquer necessidade de terse outro instrumento de orientação pedagógica. É fundamental que compreendamos que o tato precisa ter um lugar nobre nas salas das séries iniciais, em particular, na pré-escola. As sensações e percepções táteis necessitam ser despertadas, entendidas e buriladas. O trabalho de sensibilização tátil é imprescindível. Desde muito cedo, é importante que a criança passe por variadas experiências táteis. Igualmente é necessário saber-se que o tato encontra-se em todo o corpo, mas há uma capacidade discriminatória mais aguda nas mãos. Outro fato a ser considerado é que, como na lateralidade, existe uma predominância — esquerda ou direita, também o tato revela uma predominância — mão esquerda ou mão direita. É importan- VII te ficar claro que o professor tem de estar permanentemente atento a essas questões. O desempenho e por consequência, a eficiência tátil da criança, devem merecer por parte do professor uma ação sempre criativa, diversificada e prazerosa. A detecção da mão predominante irá ajudar o aluno a desenvolver-se mais rápido e obter êxito real durante o processo de apropriação da leitura. Não somos nós, os professores, menos ainda os teóricos, que determinarão a “mão ideal” para a leitura em Braille. Quem fixa tal capacidade ou competência é o próprio indivíduo, com suas características orgânicas e funções cerebrais. Ressalte-se que é fundamental que a criança seja trabalhada, passando pelas etapas básicas do desenvolvimento tátil: — Conhecer — A criança é levada a explorar minuciosamente o objeto de sua observação, levantando as características e IIX os aspectos formadores daquilo que é observado por ela. — Reconhecer ou Identificar — Uma vez conhecido, o objeto pode ser misturado a outros objetos. Através da análise tátil, a criança terá condições de reconhecer ou identificar o objeto anteriormente conhecido. — Discriminar — É a etapa mais importante e delicada dessa fase. A discriminação pressupõe um profundo refinamento interpretativo. Em se tratando do tato, as características muito semelhantes precisam ser analisadas e aguçadas. Para que se crie tal competência, é necessário que a criança tenha várias experiências táteis. Se esses cuidados forem observados, o êxito da criança cega, no período da alfabetização, far-se-á mais completo, eficiente e prazeroso, longe dos tropeços e múltiplos entraves penosos que muitas vezes IX ocorrem, provocando atrasos e baixo rendimento no processo educativo da criança cega, anulando sua autoestima, habituando- a ao fracasso, colocando-lhe rótulos destrutivos de incompetência trazidos pela cegueira. O professor precisa estar constantemente atento e reavaliando sua postura e práticas pedagógicas. A autora X 13 Tipos de Linhas Três linhas pontilhadas e afastadas entre si, com espaços em branco entre os pontos. Três linhas pontilhadas contínuas e afastadas entre si. 14 Três linhas tracejadas e afastadas entre si, com espaços em branco entre os traços. Três linhas tracejadas contínuas e afastadas entre si. 15 Quatro linhas iguais, tracejadas, longas e afastadas entre si. Três linhas pontilhadas com intervalos entre os grupos formados por 3 pontos na primeira linha, 4 pontos na segunda linha e 5 pontos na terceira linha. 16 Quatro linhas tracejadas com intervalos entre os grupos formados por 2 traços na primeira linha, 3 traços na segunda linha, 4 traços na terceira linha e 5 traços na quarta linha. 17 Noção de Comprimento Curto — Médio — Longo Duas linhas longas e outra curta entre elas. Três linhas: A primeira curta, a segunda média e a terceira longa. 18 Sete linhas tracejadas, afastadas entre si. A primeira e a quarta começam no terceiro espaço. Faça a criança observar que a primeira e a quarta linha estão fora da margem. Portanto, mais para dentro da linha. 19 Doze linhas tracejadas e pr 闛 imas. A primeira, a quinta e a nona, come 蓷 m a partir do terceiro espa 蔞. Introduz-se a ideia de par 墔 rafo. 20 Tr 瘰 linhas de semic 甏 culos abertos para a direita. Tr 瘰 linhas de semic 甏 culos abertos para a esquerda. 21 Duas linhas de bolinhas com espa 蔞 s em branco entre elas. Duas linhas de bolinhas sem intervalos entre elas. Uma linha de bolinhas unidas, duas a duas, por um tra 蔞 em cima, deixando um espa 蔞 vazio entre elas. 22 Uma linha de bolinhas unidas, agora, por um tra 蔞 no meio. Uma linha de bolinhas unidas por um tra 蔞 embaixo. Uma linha de semic 甏 culos, voltados para dentro e ligados por um tra 蔞 em cima. 23 Uma linha de semic 甏 culos, ligados por um tra 蔞 no meio. Uma linha de semic 甏 culos, ligados por um tra 蔞 embaixo. Uma linha de semic 甏 culos, virados para fora e unidos por um tracinho em cima. 24 Uma linha de semic 甏 culos, unidos por um tracinho no meio. Uma linha de semic 甏 culos, unidos por um tracinho embaixo. 25 Uma linha com pequenos ret 滱 gulos. Ret 滱 gulos colocados acima da linha. Ret 滱 gulos colocados abaixo da linha. 26 No 誽 o de Verticalidade Tr 瘰 colunas em pé No 誽 o de Horizontalidade Duas linhas de bolinhas deitadas 27 No 誽 o de Paralelismo Duas linhas que se colocam uma ao lado da outra. 28 No 誽 o de Conteo Cheio — Vazio Quadrinho Cheio Dezoito sinais 29 Quadrinho Vazio No 誽 o de Quantidade Muito — Pouco Vinte e sete sinais 30 Seis sinais 31 No 誽 o de Posi 誽 o Dentro — Fora Cinco bolinhas dentro do quadrinho. Oito bolinhas fora do quadrinho. 32 No 誽 o de Dist 滱 cia Perto — Longe As bolinhas est 緌 perto do ret 滱 gulo. As bolinhas est 緌 longe do ret 滱 gulo. 33 No 誽 o de Altura Alto — Baixo 34 No 誽 o de Tamanho Grande — Pequeno Ret 滱 gulo Grande Ret 滱 gulo Pequeno 35 No 誽 o de Largura Estreito — Largo 36 No 誽 o de Posicionamento no Espa 蔞 Escadinha Que Sobe Embaixo — No meio — Em cima Escadinha Que Desce Em cima — No meio — Embaixo 37 No 誽 o de Lateralidade Esquerda — Direita Escadinha ?Esquerda da Linha Escadinha ?Direita da Linha 38 No 誽 o de Espessura Fino — Grosso No 誽 o de Equival 瘽 cia (igualdade) Leve a crian 蓷 a compreender os dois quadros apresentados quanto ao tamanho e ao formato. 39 Os quadrinhos foram confeccionados com 8 bolinhas nos 4 lados. 40 No 誽 o de Diferen 蓷 (desigualdade) Observe os quadros que se seguem: 41 O primeiro quadro ?formado por 10 ret 滱 gulos nas linhas horizontais e 8 ret 滱 gulos nas linhas verticais. O segundo quadro tem nas partes superior e inferior, 15 tra 蔞 s e nas laterais, 15 sinais formados por 3 pontos na posi 誽 o vertical. 42 Os dois quadros diferem na configura 誽 o dos sinais empregados, como tamb 幦, no tamanho. Fica assim caracterizada a diferen 蓷 entre ambos. No 誽 o de Semelhan 蓷 (similitude: algo que se parece, que guarda, entre algumas coisas, aspectos pr 闛 imos) 43 Os dois quadros se assemelham porque foram confeccionados com linhas tracejadas na parte superior do ret 滱 gulo. Nas linhas laterais, foram usados sinais de 3 pontos verticais. Empregaram-se tamb 幦 bolinhas nas linhas horizontais, isto ? em cima e embaixo. O que os diferencia, portanto, ? que o primeiro tem 6 bolinhas nas linhas de cima e de baixo. O segundo quadro tem 3 bolinhas: duas nas extremidades e outra no centro das linhas horizontais. 44 H?ainda uma pequena diferen 蓷 de tamanho. O primeiro quadro tem 22 caracteres nas linhas horizontais e 7 caracteres nas linhas verticais. O segundo quadro tem 26 caracteres nas linhas horizontais e 8 caracteres nas linhas verticais. Partindo-se desses exemplos, podemos trabalhar os conceitos de semelhança e diferença. No 誽 o de Textura Liso — 臃 pero 45 No 誽 o de Pareamento J?vimos o conceito de equivalência (igualdade). Aproveitando tal no 誽 o, daremos agora, a ideia de pareamento, conceito empregado em ineros exerc 獳 ios de diferentes disciplinas e conteos. Preste bem aten 誽 o. Os exemplos que se seguem, mostrar 緌 que os quadrinhos que contiverem figuras iguais, estar 緌 ligados, diferentemente dos que n 緌 formarem par. 46 47 Contagem Vamos contar os quadradinhos que est 緌 nas colunas abaixo? A crian 蓷 deve ser orientada a pesquisar, primeiramente, a coluna da esquerda e depois passar para a coluna da direita. Este procedimento seguir?a sequ 瘽 cia num 廨 ica. Assim, o aluno n 緌 perder?a linha do racioc 璯 io matem 嫢 ico, pois que dever?associar o numeral ?quantidade nele expresso. Nessa etapa ainda n 緌 h?a representa 誽 o do numeral. O que existe ?a concretiza 誽 o do numeral relacionado ? quantidade. 48 Vejamos os exemplos: 49 50 No 誽 o de Princ 甑 io, Meio e Fim, relacionados 跴 linhas Usaremos o recurso da bolinha para indicar à crian 蓷 esses 3 posicionamentos espaciais. Empregamos uma pequena linha que serve de guia ?crian 蓷 para que n 緌 se perca no espa 蔞. — No 誽 o de Princ 甑 io ou Come 蔞 da Linha — No 誽 o de Fim ou T 廨 mino da Linha 51 — No 誽 o de Meio ou Centro da Linha No 誽 o de Anterioridade e de Posterioridade (antes e depois) A escadinha que sobe est? antes do ret 滱 gulo de bolinhas. 52 A escadinha que desce est? depois do ret 滱 gulo de bolinhas. Observe o desenho da cruz que se encontra abaixo: Leve a crian 蓷 a entender que esta figura é formada por uma linha vertical longa e outra 53 linha horizontal mais curta que parte das laterais da linha vertical. A linha que est?acima da horizontal ?vertical e bastante curta. Assim, o aluno dever? compreender que esta pequena linha vertical ?o come 蔞 da linha vertical longa. Localiza 誽 o Espacial Esquerda — Direita O professor dever?levar a crian 蓷 a explorar cuidadosamente o ret 滱 gulo. 54 Sua aten 誽 o precisa ser total para que ela perceba que, da parte superior, do meio e da parte inferior do ret 滱 gulo, ? esquerda e ?direita, saem 3 linhas. Com o dedo da leitura, que j? dever?ter sido definido, o aluno percorrer? em primeiro lugar, o lado esquerdo, contando: uma linha em cima, uma no meio e outra embaixo. O mesmo procedimento deve ser repetido à direita. A crian 蓷 , sem que se aperceba, j?vai introjetando a configura 誽 o da “cela braille”. Para que se torne um leitor eficiente e 墔 il, é necess 嫫 io que a crian 蓷 cega domine satisfatoriamente o espa 蔞 , principalmente, a localiza 誽 o futura dos pontos 1, 2, 3 e 4, 5, 6, que formam a “cela braille” verdadeira. 55 Fa 蓷 a crian 蓷 observar minuciosamente a figura que se apresenta abaixo: O professor precisa conduzir o aluno a pesquisar e a analisar a figura como um todo. A explora 誽 o deve come 蓷 r pelo contorno do ret 滱 gulo. Depois, leve a crian 蓷 examinar o interior da figura. Mostre-lhe as duas colunas verticais, formadas por 3 bolinhas, chamando-lhe a aten 誽 o para a lateralidade. 3 bolinhas ?esquerda e 3 bolinhas ?direita. Agora, percorra a parte externa do ret 滱 gulo, sempre privilegiando as laterais. ?esquerda teremos os numerais: 1, 2 e 3; à direita, os numerais: 4, 5 e 6. 56 Os numerais est 緌 posicionados na dire 誽 o das bolinhas. Esta ?uma representa 誽 o da “cela braille” que, posteriormente, ser?estudada pelo alfabetizando. Tal representa 誽 o concreta ajuda o aluno a compreender, mais facilmente, os 6 pontos que constituem a “cela braille” real. Nessa fase a crian 蓷 ainda n 緌 l?efetivamente, mas ?imprescind 癉 el que seja trabalhado um conjunto de conhecimentos que favorecerá sua aprendizagem no momento da aquisi 誽 o da leitura e da escrita. 57 Atividades 1. Marque com uma etiqueta apenas o grupo de linhas pontilhadas: 2. Vamos marcar somente as linhas cont 璯 uas e tracejadas: 58 3. Agora, marque s?as linhas interrompidas e pontilhadas: 4. Cole uma etiqueta dentro dos quadrinhos a seguir: 5. Vamos agora, colar uma etiqueta fora e embaixo dos quadrinhos: 59 6. Ponha uma etiqueta em todas as escadinhas que sobem: 7. Cole uma etiqueta no alto das escadinhas que descem: 8. Marque o in 獳 io da linha onde est 緌 figuras que t 瘱 abertura para cima: 9. Coloque uma etiqueta na abertura da figura do ret 滱 gulo que est?virado para baixo: 60 10. Vamos marcar o conjunto de linhas verticais, em p? 11. Observe as linhas horizontais, deitadas, a seguir. Depois, cole uma etiqueta em cada extremidade da linha mais longa: 61 12. Ponha uma etiqueta ? direita do quadro das bolinhas: 62 13. Ponha uma etiqueta ? esquerda do quadro onde est 緌 misturados quadradinhos e ret 滱 gulos: 63 14. Vamos colar uma etiqueta acima da faixinha mais estreita: 15. Vamos colocar uma etiqueta no final da linha onde h?um quadradinho antes dela come 蓷 r: 16. Marque somente os semic 甏 culos ligados por um tra 蔞 no meio: 64 17. Marque com uma etiqueta, o come 蔞 da linha onde os ret 滱 gulos est 緌 abaixo dela: 18. Marque os ret 滱 gulos que s 緌 do mesmo tamanho: Voc?deve colocar a etiqueta dentro dos ret 滱 gulos. 65 19. Marque o final da ica linha onde todos os sinais que aparecem s 緌 iguais: 20. Examine as linhas que se seguem e ponha uma etiqueta embaixo da linha mais alta: 66 21. Marque a sequ 瘽 cia de linhas por altura, come 蓷 ndo da mais baixa at? chegar a mais alta (ordem crescente): 67 22. Assinale com uma etiqueta, as linhas paralelas verticais: 23. Vamos contar as linhas? Observe que existem duas colunas: a da esquerda e a da direita. Comece pela esquerda. 68 Agora, observe com aten 誽 o as outras duas colunas que se seguem: Quantas linhas h?na 1?e 2? coluna? E na 3?e 4?coluna? 69 24. Preste aten 誽 o no conjunto das linhas a seguir. Algumas dessas linhas, come 蓷 m mais para dentro, isto ? um pouco afastadas da margem da folha do papel. Cole uma etiqueta no in 獳 io dessas linhas: 25. Marque a bolinha que est? perto da escadinha que sobe: 70 26. Coloque uma etiqueta ? esquerda do quadrinho vazio: 27. Ponha uma etiqueta ? direita do quadrinho que tiver mais quadradinhos: 71 28. Explore o quadro a seguir. Ele est?vazio. Agora, observe as bolinhas que est 緌 de cada lado do quadro. Depois de contar, cole o mesmo nero de etiquetas dentro do quadro. 72 29. Vamos colar uma etiqueta embaixo dos quadros equivalentes ou iguais: 73 30. Vamos colar agora, uma etiqueta acima dos quadros que forem semelhantes ou parecidos: 74 31. Vamos marcar os quadros que forem diferentes: 75 32. Coloque uma etiqueta embaixo do quadrinho que tem a textura 嫳 pera: 76 33. Marque, ?direita, apenas o quadro que tiver duas escadinhas: uma que sobe e outra que desce. A crian 蓷 precisa ser alertada para obedecer a ordem do enunciado: primeiro, ideia de subir; segundo, ideia de descer. 77 34. Observe o tamanho dos ret 滱 gulos. Ap 鏀 ter feito isso, marque aquele que for menor: 78 35. Fa 蓷 a crian 蓷 pesquisar atentamente a figura que vem a seguir: Oriente-a, agora, para colocar uma etiqueta sobre cada bolinha. Ela dever? come 蓷 r pelo lado esquerdo. A crian 蓷 dever? entender que há uma bolinha em cima, uma no meio e outra embaixo. Repetir-se-?o mesmo procedimento ?direita. Este exerc 獳 io introduzir?a ideia dos 6 pontos que formam a "cela braille". Trabalhando tamb 幦 a localiza 誽 o espacial e a habilidade t 嫢 il-cinest 廥 ica. 79 36. Prosseguindo na mesma linha de a 誽 o, analise com a crian 蓷 a figura que se segue: Nesta representa 誽 o, vemos um pequeno ret 滱 gulo com 6 bolinhas em seu interior. 3 à esquerda e 3 ?direita. Ap 鏀 a explora 誽 o meticulosa do desenho, pe 蓷 ?crian 蓷 que cubra, com uma etiqueta, todas as bolinhas, por 幦 , obedecendo a sequ 瘽 cia num 廨 ica: Lado esquerdo: 1-2-3; Lado direito: 4-5-6. Mais uma vez, a no 誽 o de espa 蔞, t 緌 importante para a apreens 緌 da leitura em Braille, ?privilegiada. Ressalte- se, ainda, que agora o espa 蔞 ?delimitado. A crian 蓷 estar? 80 com isso, refinando a discrimina 誽 o t 嫢 il, bem como, sua mobilidade motora fina. 37. Veja a figura a seguir: O ret 滱 gulo encontra-se vazio. Percorra, com o dedo da crian 蓷, a parte interna do ret 滱 gulo. Fa 蓷 -a compreender a futura localiza 誽 o dos 6 pontos. Ent 緌 , pe 蓷 -lhe para colar 3 etiquetas ?esquerda e 3 etiquetas ?direita. Oriente o aluno quanto ?confec 誽 o do ret 滱 gulo. Ele ?formado por uma linha horizontal em cima e embaixo com 9 tra 蔞 s e duas linhas ver81 ticais, ?esquerda e ?direita. Essas linhas s 緌 formadas por 7 sinais com 3 pontos: 1-2-3 à esquerda e 4-5-6 ?direita. A crian 蓷 dever?colar as etiquetas em rela 誽 o aos sinais: 2, 4 e 6 em ambos os lados. Assim, a crian 蓷 ter?maior mobilidade dentro do ret 滱 gulo e compreender? melhor a configura 誽 o da "cela braille". Os exerc 獳 ios propostos neste caderno, servem como sugest 髊 s de trabalho. O professor deve criar sempre novos mecanismos did 嫢 icos e propor variadas situa 踥 es de aprendizagem. A criatividade e o conhecimento da realidade e das condi 踥 es cognitivas do aluno ?que dever 緌 reger a proposi 誽 o e feitura do material pedag 鏬 ico a ser desenvolvido e aplicado em sala de aula. 82 O que importa ?o enriquecimento gradativo e criterioso do processo educativo de uma crian 蓷 cega. Ela precisa estar sendo, permanentemente, instigada a aprender e a produzir. Esta postura jamais dever?ser negligenciada por parte do professor. Os exerc 獳 ios devem obedecer o grau ou n 癉 el intelectual do aluno. Precisam ser variados quanto ao conteo e tamb 幦 quanto ao formato. Tomando-se tal cuidado por princ 甑 io, n 緌 se pode estabelecer modelos predeterminados, que s 緌 utilizados de maneira mec 滱 ica e sem dar ?crian 蓷, oportunidade de buscar novas interpreta 踥 es e outras possibilidades de decodifica 誽 o mais elaborada na constru 誽 o de um intelecto verdadeiramente consciente. N 緌 devemos treinar as crian 蓷 s, mas sim, dar-lhes instrumentos de evolu 誽 o, conceitos bem firmados, preceitos e pr 嫢 icas de autonomia. Os exerc 獳 ios t 瘱 de acompanhar o pensamento infantil, suas fabula 踥 es, portanto, sua capacidade de compreens 緌 . Precisam ser dosados e avan 蓷 r conforme o pr 鏕 rio avan 蔞 da crian 蓷. 83 A apresenta 誽 o dos exerc 獳 ios deve ser clara e objetiva. No come 蔞 , o professor ler?os enunciados, mas a execu 誽 o do exerc 獳 io tem de ser feita pela crian 蓷 , ainda que com o aux 璱 io cuidadoso do professor. ?importante assinalar que os exerc 獳 ios utilizando as etiquetas autocolantes s 緌 bastante interessantes. H?um desenvolvimento psicomotor, h?melhoria no uso concomitante das m 緌 s, h?aprimoramento na efici 瘽 cia quanto ?dire 誽 o, isto ? quando preparamos esses exerc 獳 ios, geralmente, colocamos linhas guia (recurso para que a crian 蓷 n 緌 se perca no espa 蔞 da folha de exerc 獳 ios, passando para outra tarefa). 84 Podemos usar linhas de tra 蔞 s ou pontilhados. ?interessante que se ponha a linha guia em diferentes posi 踥 es: ?direita, ? esquerda, em cima, embaixo, etc. A crian 蓷 necessita trabalhar suas habilidades manipulat 鏎 ias. Ela tem de aprender a tocar, mexer com as m 緌 s, explorar, localizar-se no espa 蔞 do papel, entender a ordem dada, ter consci 瘽 cia do que est? realizando. Os exerc 獳 ios, nessa fase inicial de escolariza 誽 o, d 緌 ao processo de aquisi 誽 o dos fundamentos da leitura, um acervo de conhecimento inestim 嫛 el. M 緌 s, cogni 誽 o, trabalho, trin 獽 io que se faz competência na trilha educacional de uma criança cega. Fim da Obra__