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PEIXE – O que é que tens amigo? Passa-se alguma coisa? Estás esquisito.
SAPO – Oh amigo peixe… Não sei o que é que tenho… Sinto-me diferente…
NARRADOR – Toda a semana o Sapo tinha andado como que a sonhar. Que é
que teria ele? Então encontrou o porquinho.
(Entra em cena o porquinho)
PORQUINHO – Olá, Sapo. Não estás com muito bom ar, que é que tens?
SAPO – Não sei. Tenho vontade de rir e de chorar ao mesmo tempo. E aqui
dentro de mim tenho uma coisa que faz tum-tum.
SAPO – Muito agradecido, amigo Porquinho. Vou seguir o teu conselho. Adeus.
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SAPO – Olá, meu sábio amigo Mocho. A porta estava aberta e entrei…
MOCHO – Olá meu caro amigo Sapo. Bem-vindo à minha humilde casa. Em que
posso ser-lhe útil?
MOCHO – Ora, ora, meu caro amigo. Na minha casa há de tudo um pouco.
Aguarda um pouco que vou já buscar o xarope.
(Sai de cena o Mocho e fica sozinho o Sapo)
SAPO (Preocupado) (Vira-se para o público) – Será que o meu amigo porquinho tem
razão? Será que estou constipado?!
(Entra em cena o Mocho com um frasco na mão)
NARRADOR – O nosso amigo Sapo assim o fez. Foi para casa, tomou o Xaropo e
deitou-se na sua cama. Quando acordou continuou no mesmo estado, ora com
vontade de rir ora com vontade de chorar e sentia o seu pequenito coração a
bater muito rápido.
(Entra em cena o Sapo)
SAPO (Preocupado) (Vira-se para o público) – Se não estou constipado, o que é que
tenho? Talvez a minha amiga Lebre me possa ajudar.
(Sapo caminha pelo palco e sai de cena. A seguir entra a Lebre com um regador e um vaso.
Seguidamente entra em cena o Sapo)
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SAPO – Umas vezes fico com calor e outras vezes fico com frio. E aqui dentro de
mim (Aponta com o dedo no coração) uma coisa faz tum-tum.
LEBRE (Pensativa) – Humm… Ah! Já sei. É o teu coração. O meu também faz tum-
tum.
SAPO – Mas o meu às vezes faz tum-tum mais depressa do que de costume. Faz
um-dois, um-dois, um-dois.
LEBRE – Pois, meu amigo Sapo. Lamento mas não te consigo ajudar. Talvez a
nossa amiga Tartaruga o possa fazê-lo.
SAPO – Obrigado na mesma, minha querida amiga Lebre. É mesmo isso que vou
fazer. Vou ter com a Tartaruga e pode ser que me ajude. Adeus.
LEBRE – Adeus.
(O Sapo sai de cena e depois de regar a flor, a Lebre sai de cena. Entra a Tartaruga com um
espanador e limpa o espaço. A seguir entra o Sapo)
TARTARUGA (Surpreendida) – Oh! Olá amigo Sapo. À quanto tempo que não te
via… Vieste para me ajudar a limpar a minha casa? “Ahahaha…” Não me parece.
Mas, estás esquisito, o que é que tens?
SAPO – Pois, não sei o que tenho. Às vezes tenho vontade de rir e outras vezes
tenho vontade de chorar… Umas vezes fico com calor e outras fico com frio. E
aqui dentro de mim (Aponta com o dedo no coração) uma coisa faz tum-tum.
SAPO (Vira-se para o público) – Os livros são nossos amigos?! A minha amiga
Tartaruga está sempre a ler, é impressionante!
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(Entra a Tartaruga com um grande livro)
PÁSSARO (Assustado) – O que se passa amigo Sapo? O que é que tens? Ganhaste
a Lotaria?
PÁSSARO – Bem, isso é uma boa notícia. Por quem é que estás apaixonado?
SAPO (Pensativo) – Eu estou apaixonado por… Já sei! Estou apaixonado pela linda
e adorável Patinha Branca!
PÁSSARO (Incrédulo) – Não pode ser. Um Sapo não pode estar apaixonado por
uma pata. Tu és verde e ela é branca.
SAPO – O que é que isso importa? Estou apaixonado pela Pata Branca e pronto!
(Saem de cena o Sapo e o Pássaro)
NARRADOR – Não sabia escrever, mas sabia fazer bonitas pinturas. Quando
voltou para casa fez uma pintura linda, com vermelho, azul e muito verde, que
era a cor que ele mais gostava. À noite, quando já estava escuro, saiu com a
pintura e enfiou-a por baixo da porta da Pata.
(Entra em cena o Sapo com um envelope e deixa no chão do palco e sai de cena)
NARRADOR - Mas quando chegou à porta não teve coragem para a enfrentar.
Pôs as flores na soleira da porta e fugiu o mais depressa que pôde.
(O Sapo mete as flores no chão e sai a correr de cena)
PATA (Encantada) – Que lindo ramo de flores. Mas quem é que os mandaria?
(Sai de cena a Pata)
SAPO (Vira-se para o público) – Tenho de fazer uma coisa de que mais ninguém
seja capaz. Tenho que bater o recorde do mundo de salto em altura! A Patinha
vai ficar muito surpreendida, e depois ela também vai gostar de mim.
(O Sapo começa a treinar aos saltos pelo palco)
PATA (Preocupada) – Que é que terá o Sapo? Saltar assim é perigoso. Ainda acaba
por se magoar.
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(O Sapo cai e magoa-se)
PATA (Preocupada) – Ó Sapo, podias ter-te matado! Olha que tens de ter cuidado.
Gosto tanto de ti!
FIM
PERSONAGENS:
Narrador:________________
Sapo:________________
Peixe:________________
Porquinho:________________
Mocho:_________________
Lebre:_________________
Tartaruga:________________
Pássaro:_________________
Pata Branca:__________________ 6