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A leitura no estudo

PLANO DO CAPÍTULO

 Introdução
 A selecção do que ler
 Treinamento e ambiente
 Rendimento e rapidez
 A vez do vocabulário

INTRODUÇÃO

Até agora esta parte prática discorreu sobre pontos básicos, tomando o estudo como um todo.
Agora devemos aprofundar a metodologia do estudo a um dos itens mais significativos: a
leitura.

Em qualquer meio intelectual a leitura constitui um dos factores decisivos do estudo. É


principalmente através dela que as pessoas ampliam e aprofundam seu campo cultural, porque
os textos formam uma fonte praticamente inesgotável de ideias e conhecimentos. Portanto, é
preciso ler, sempre e muito.

Não basta, porém, ser alfabetizado para realmente saber ler. Há leitores, por exemplo, que
deixam os olhos passarem pelas palavras enquanto sua mente voa por esferas distantes. Esses
lêem apenas com os olhos. Só percebem que não leram quando chegam ao fim de uma página,
um capítulo ou um livro. Então, devem recomeçar tudo de novo porque de facto não
aprenderam a ler.

Sim, é preciso ler, mas também é preciso saber ler. De nada adianta devorar um livro de
duzentas páginas em algumas dezenas de minutos, horas ou dias se, ao terminar a leitura, não se
pode dizer nada sobre o que se acabou de ler. O tempo gasto em leituras assim é inteiramente
desperdiçado. A quantidade de leitura é sempre significativa, mas somente quando assimilada
de maneira adequada, ou seja, quando aproveitada. Caso contrário, é como se ir a um concerto
sinfônico e dormir. Há gente que faz exactamente isso e depois discute o desempenho do
maestro. Aqueles que só lêem com os olhos e não com a mente enganam-se a si próprios.

Cabe, porém, distinguir duas espécies de leitura: uma que se pratica para cultura geral, de
entretenimento desinteressado, outra que requer atenção especial, profunda concentração
mental e que é realizada por necessidade de saber.

Na primeira pode-se classificar a leitura diária dos jornais e revistas de actualidades.


Evidentemente não se lêem jornais apenas como entretenimento. As notícias e artigos sobre
acontecimentos locais, nacionais e internacionais são informações importantes que nos situam
em nossa época, fazem parte de nossa vida e levam-nos ao conhecimento do mundo em que
vivemos. Delas muitas vezes depende nossa acção cotidiana, nossa conduta ante as questões
sociais, económicas e políticas. Portanto, a leitura de jornais e revistas de actualidades não deve
ser menosprezada por qualquer intelectual, inclusive os estudantes. Mas não há dúvida que a
atenção dedicada a leitua de colunas de notícias difere da requerida para o estudo do texto.

A segunda espécie de leitura é a que se faz para aprender alguma coisa ou para aprofundar o
conhecimento que se tem de alguma coisa. Essa geralmente é efectuada em livros e revistas

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especializadas e é nela que vamos nos deter agora, poi quase sempre os estudantes encontram
em tal espécie de leitura um obstáculo difícil de vencer no estudo.

A leitura proveitosa ao estudo requer sempre dedicada atenção do leitor. Pode-se mesmo dizer
que atenção e concentração mental constituem o primeiro requisito indispensável para uma
leitura eficiente. Não é o único, mas sem ele de nada adianta tentar melhorar o rendimento do
que se lê buscando desenvolver outros itens. Sem dedicar atenção ao texto que está diante de
nossos olhos e sem nele concentrar nossa actividade mental, em verdade não se lê.

Por outro lado, sobretudo para o estudante que tem de ssimilar grande quantidade de livros
indicados nas bibliografias das diferentes disciplinas, a leitura veloz é também uma imposição
de nossa época. Se já nos parece que o tempo disponível não dá para a realização de tudo o que
se tem de fazer nas vinte e quatro horas do dia, como nos permitir ao luxo de leituras lentas, que
se arrastam por dias, semanas e meses?

E, por acaso, é possível conciliar leitua atenta e proveitosa com leitura necessariamente veloz?

Sim, não só é possível como menos complicado do que se costuma imaginar.

Também aqui a apliacação de um método é indispensável. E isso envolve algumas normas,


técnicas e atitudes correctas. No transcurso deste capítulo examinaremos com mais detalhe a
orientação prática para a aplicação do método de leitura eficiente. Por ora, mencionemos apenas
as regras mais elementares.

1. Jamais realizar uma leitura de estudo sem um propósito definido. A definição do


propósito da leitura evita a dispersão do espírito e ajuda a concentração mental.
2. Reconhcer sempre que cada assunto, cada género literário, requer uma velocidade
própria de leitura. Uma história em quadradinhos, uma notícia, um conto, um romance,
um livro técnico e um poema não podem se lidos com a mesma velocidade visual e
mental. Geralmente a literatura de ficção pode ser absorvida mais velozmente do que
uma obra teórica especializada, porque exige menos reflexão por parte do leitor.
3. Entender o que se lê. O entendimento do que se lê implica a necessidade de se dissipar
qualquer dúvida vocabular. Quando não se consegue captar o sentido de uma palavra no
contexto em que está inserida, só há uma saída: consultar um dicionário geral da língua
ou um dicionário especializado da matéria em estudo. Às vezez a má compreensão do
sentido de um termo invalida toda uma leitura, porque pode dar ao leitor uma ideia falsa
ou distorcida do pensamento do autor.
4. Avaliar o que se lê. Mesmo quando se efectua a leitura é importante a avaliação
permanente do que se está lendo. Questiona-se a validade do texto tentando encontrar
resposta para questões do tipo:
a. Para que serve esta leitura?
b. Como o autor está demonstrando o tema?
c. Qual é a ideia principal deste texto?
d. Posso aceitar a argumentação do autor?
e. O que estou aprendendo com este texto?
f. Vale a apena continuar a leitura?
5. Discutir o que lê. Ainda que a avaliação do texto seja positiva, às vezez a opinião de
outras pessoas permite a descoberta de pontos importantes do texto que nos passaram
despercebidos durante a leitura, ou, ao contrário, que encontremos o real valor de

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aspectos que subestimamos. Discutir é também uma forma de melhor analisar e avaliar
o que se lê.
6. Aplicar o que se lê. Embora mais difícil do que a discussão, a aplicação do se aprende
na leitura não é menos importante. Obviamente deve-se aplicar apenas aquilo que é
possível de aplicação. Por exemplo, se você acaba de ler que a força de gravidade tem
poder de curvar os raios luminosos, provavelmente não terá oportunidade de aplicar
esse conhecimento em um trabalho de História – a menos que tenha um motivo muito
sólido para isso. Mas esse seu novo conhecimento possivelmente terá apliacação em um
próximo trabalho de Física. A aplicação ajuda a consolidar a absorção dos novos
conhecimentos.

Finalmente, a permanente vontade de saber mais, a curiosidade e a inquietação intelectual


devem levar o estudante a frequentar periodicamente bibliotecas e livrarias. Esse hábito
pode ser facilmente desenvolvido por qualquer pessoa atenta e tem a vantagem de permitir
que, além da consulta e de aquisição de livros, possa-se estar a par dos novos lançamentos.
Às vezes, o simples deter-se ante uma banca de jornais faz com que se descubra uma
publicação que vem bem a propósito para desenvolver um tema em estudo ou para
solucionar uma dúvida. Um intelectual não lê apenas para estudar, mas porque tem sede de
conhecer.

O estudante que deseja melhorar o desempenho no estudo deve, portanto, estar atento para
ler de tudo, livros, folhetos, revistas etc., desde que a leitura lhe forneça alguma fonte de
prazer cultural. Por isso, é indispensável que visite livrarias especializadas e saiba localizar
o material que deseja. Mas isso não significa que deva tornar a leitura uma actividade
exclusiva da sua área específica de estudos. É bom e proveitoso ler e conhecer outros
assuntos. Isso tornar-se-á mais fácil quando conseguir desenvolver a velocidade e a
capacidade de absorção da leitura.

RESUMO ESQUEMÁTICO

Recordando, as regras elementares da leitura proveitosa para o estudo são:

1. Realizar a leitura de estudo com um propósito definido.


2. Reconhecer que cada assunto requer uma velocidade própria de leitura.
3. Entender o que se lê.
4. Avaliar ( de modo crítico ) o que se lê.
5. Discutir o que se lê.
6. Aplicar o que se lê.

A SELECÇÃO DO QUE LER

Observamos que todo intelectual tem necessidade imperiosa de ler constantemente e sente
prazer nisso. Mas, como ler com proveito real se a cada dia surgem mais livros sobre os
mais diversos assuntos? A única maneira conhecida de se solucionar o problema é
desenvolvendo a habilidade de seleccionar a leitura.

Mencionamos antes que a leitura proveitosa deve ter sempre um propósito claro. Realmente,
quem estuda um texto tem por objectivo aprender algo, rever detalhes ou buscar resposta
para certas indagações. Então, a leitura é feita para cumprir uma obrigação, mesmo que esse
compromisso seja apenas para com a própria honestidade intelectual. Ora, sendo assim, é

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evidente que nem todos os textos servem ao objectivo de um determinado estudo. A maioria
não serve. E dos que sobram da primeira seleccção geral é preciso ainda distinguir aqueles
nos quais se pode confiar daqueles que, por qualquer razão, não são de muita confiança. O
problema está em saber como seleccioná-los previamente.

Seria tarefa insana – se não mpossível – ter de ler tudo que existe sobre o assunto do estudo
para, só depois dessa actividade extenuante e nada prática, estar-se em condições de
seleccionar o que serve e deixar de lado o que não serve. Obviamente as pessoas que têm
grande intimidade com o hábito de estudar e lêem constantemente encontram maior
facilidade para efectuar uma seleccção prévia de sua leitura. O simples facto de
frequentarem bibliotecas e livrarias já lhes dá grande vantagem nesse sentido. Esses leitores
são capazes de identificar com rapidez uma obra que lhes interessa, porque geralmente já
possuem informações sobre o autor ou sobre a obra em questão. Mas, e os estudantes que
estão se iniciando na vida intelectual não dispoem ainda de bagagem cultural suficiente?
Como poderão seleccionar previamente seu material de leitura para tornar seu estudo mais
proveitoso?

Tratando-se de estudantes normalmente matriculados em curso um curso, o problema não é


de solução dificil: basta consultar o professor. Ao fazê-lo, porém, deve-se usar de franqueza
e clareza, explicando o motivo da consulta e o objectivo específico da leitura. Caso
contrário corre-se o risco de o professor indicar novamente toda a bibliografia recomendada
para o curso. De facto, as obras recomendadas na lista bibliográfica do curso são
importantes, mas haverá algumas que são básicas e outras que são complementares. Cada
uma delas está destinada a cumprir determinadas funções. Como o estudo é necessariamente
dividido em etapas, importa consultar o professor sobre qual das obras atenderá melhor ao
propósito da etapa em que se encontra o estudante. Assim ele compreenderá a razão da
consulta e tudo ficará mais simples.

A medida que ganhar familiaridade com as obras lidas e o mundo intelectual em geral, o
estudante poderá dispensar as consultas ao mestre, pois desenvolverá de forma progressiva
sua própria habilidade de seleccionar previamente sua leitura.

O desenvolvimento dessa habilidade, no entanto, poderá ser mais rápido se for bem
orientado. É essa orientação que apresentamos a seguir.

Toda a vez que um livro lhe despertar interesse, tome-o nas mãos e examine-o – ainda que
sumariamente – para verificar do que se trata. Passe os olhos pelo título ( e subtítulos, se
houver), “orelhas” da capa e nome do autor. Verifique se há alguma apresentação do autor,
se ele possui títulos profissionais e é autoridade no assunto. Depois vá ao índice; muitas
vezes você consegue descobrir o plano do livro através do índice e, assim, ter uma ideia de
como se desenvolve a explanação. Em seguida, faça uma rápida leitura do prefácio. Em
geral, quando escrito pelo próprio autor, o prefácio equivale a uma introdução da obra e
expõe seu objectivo. Quando escrito por outra pessoa que não o autor, quase sempre o
prefácio traz uma apresentação deste, ressalta suas principais qualidades e enfoca a obra de
maneira mais abrangente, relacionando-a com a literatura existente na área. De um modo ou
de outro, não despreze o prefácio – ele sempre fornece informações preciosas para a
selecção prévia.

Lido o prefácio, consulte a lista bibliográfica indicada pelo autor. Frequentemente ela se
encontra nas páginas finais do livro e permite que você tenha uma noção mais precisa sobre

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as bases em que o autor apoiou o texto. Finalmente, observe o nome da editora, o número da
edição e a data da publicação. É difícil que uma editora de prestígio lance uma obra sem
qualidade, na qual você não possa confiar. Mas, atenção, editoras de renome também
lançam livros inexpressivos e, às vezes, livros realmente significativos são publicados por
pequenas editoras. Por outro lado, o número da edição poderá informar-lhe se você tem em
mão um livro já consagrado por sucessivas reedições ou se é obra que ainda não mereceu
maior atenção dos estudiosos. Evidentemente, tratando-se de uma primeira edição, a dta de
publicação é fundamental para esse julgamento, pois pode ser que o livro tenha sido lançado
recentemente.

Feito isso, você já disporá de um bom número de informações para decidir se o livro vale a
pena ser lido agora, se sua leitura deverá ser postergada para outra ocasião, ou se não
merece maior atenção. Caso restem dúvidas, tenha paciência e procure obter mais dados
conclusivos. Tratando-se de livro recente, comece por informar-se sobre a obra e o autor
através da leitura das secões especializadas de jornais e revistas. Se a obra é clássica,
consulte uma enciclopédia, a opinião do professor e de alguns colegas. Tudo isso é de
grande valia na opção entre este ou outro livro.

E aqui vai uma última recomendação nesse sentido: habilitue-se a formar seu próprio
arquivo de fontes de leitura e dê início à formação de sua biblioteca pessoal. Ao descobrir
uma obra importante para a sua área de estudo, trate de adquiri-la. Os livros são
instrumentos de trabalho e uma biblioteca seleccionada poderá prestar serviços
inestimáveis à sua vida académica e profissional.

Uma biblioteca pessoal não precisa ser grande, basta que seja bem seleccionada. Você pode
iniciá-la com livros indicados na lista bibliográfica de seu curso, adquirindo sobretudo as
obras citadas como fundamentais. Deixe para segundo plano as complementares. Mas
desde o início nã dispense a posse de um bom dicionário geral da língua e de um dicionário
especializado na área de seu estudo.

RESUMO ESQUEMÁTICO

A orientação prática para a selecção prévia da leitura adequada ao estudo pode resumir-se nos
seguintes passos principais:

1. Examinar o livro que desperta o interesse. Verificar título, autor, informações nas capas, sumário
ou índice, prefácio ou introdução, bibliografia, editora, número da edição e data da publicação.
2. Tratando-se de livro recente e havendo dúvida quanto à sua validade, consultar seccções de
resenhas de livros em revistas especializadas e jornais. Tratando-se de obra clássica, consultar
enciclopédias ou a opinião de um especialista no assunto.
3. Formar arquivo e biblioteca pessoal de fontes de consulta.

TREINAMENTO E AMBINTE

Quem estuda um texto não pode alienar-se dele. Como indica Paulo Freire “ Estudar
seriamente um texto é estudar o estudo de quem, estudando, o escreveu. (...) É buscar as
relações entre o conteúdo em estudo e outras dimensões afins do conhecimento. Estudar é
uma forma de reinventar, de recriar, de reescrever – tarefa de sujeito e não de objecto “
(21:p.11). O estudo de um texto, portanto, exige concentração e reflexão.
Consequentemente, a leitura de estudo proveitosa depende também de treinamento,

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sobretudo para pessoas que têm pouco hábito de concentrar-se e reflectir. O leitor treinado
no estudo de textos vence qualquer barreira psicológica momentânea que possa impedir sua
interacção com o que lê, sempre encontra estímulo interior suficiente para prosseguir no
estudo e é capaz de superar a ausência de condições ambientais ideais para efectuar seu
estudo.

Tal treinamento, porém, não se faz de um dia para outro. Ao contrário, na grande maioria
das vezes requer tempo, paciência e persistência por parte de quem treina. Embora o
resultado final dependa sempre do indivíduo, qualquer pessoa decidida melhora o
rendimento de sua leitura se, realmente dedicar-se a esse objectivo. Vejamos como isso é
possível.

A primeira providência para iniciar o treinamento do estudo pela leitura consiste em dispor
de condições ambientais que permitam ao leitor sentir-se fisicamente confortável para
dedicar toda a sua atenção ao que lê. Ruídos estridentes, má iluminação, agitação próxima e
posição defeituosa do corpo constituem elementos que perturbam a concentração mental e
conduzem à dispersão do pensamento. É difícil compreender o que alguém tenta nos dizer
quando estamos em ambientes saturados de ruídos perturbadores. Do mesmo modo, é
difícil captar o sentido do que se lê quando as condições ambientais não são propícias para a
leitura.

Mais tarde, quando o hábito de estudar estiver solidamente estabelecido no leitor, as


condições ambientais deixarão de exercer influência tão significativa. É possível estudar em
qualquer ambiente, seja ele o interior de um ônibus lotado, um banco de praça ruidosa ou
uma cadeira de dentista – há inúmeros exemplos de pessoas que jamais dispuseram de
condições ambientais ideais e conseguiram tornar-se estudantes eficientes. No entanto, pelo
menos no início do treinamento, o interessado em melhorar seu rendimento deve buscar que
o ambiente possua as condições ideais: tranquilidade, iluminação adequada e silêncio.

Há estudantes que estão habituados a realizar suas tarefas enquanto ouvem música. O
hábito, em si, nada tem de negativo. A música (...) pode exercer uma influência
estimulante. Contudo, para os que não estão habituados a dominar sua capacidade de
concentração, a música, mesmo suave, pode significar mais um elemento de dispersão
mental e deve ser evitada. Depois, quando o estudante sentir que o treinamento surtiu efeito
e que sua concentração já obedece à vontade consciente, seu estudo poderá ser embalado
pelo som que lhe aprouver.

Quanto à iluminação, é claro que mesmo a de uma vela pode bastar. No entanto, iluminação
ideal é aquela que sendo forte, ilumina o texto sem causar desnecessária fadiga aos olhos. A
leitura realiza-se através do sentido da visão, cujos instrumentos delicados são os olhos.
Portanto, nunca é demais preservá-los em bom estado de saúde e eficiência, pois olhos
cansados ou doentes não podem desempenhar correctamente sua função.

De facto, para o estudante que começa o treinamento, ambiente e luminosidade devem ser
cuidadosamente escolhidos, de modo a que facilitem a compreensão e a assimilação do
texto. Mas a posição adoptada pelo leitor não é menos importante. Embora cada pessoa
tenha uma posição preferida para sentir-se à vontade, é sempre aconselhável ler sentado
para estudar. Todos os diferentes métodos e técnicas de leitura produtiva indicam que a
posição adoptada pelo leitor deve permitir-lhe enxergar e respirar normalmente e que sua
posição corporal não deve provocar-lhe sono ou cansaço em pouco tempo. Não há

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nenhuma obrigatoriedade quanto à posição sentada, mas, como já mencionámos, o estudo
pela leitura requer apontamentos e anotações, o que habitualmente se faz em uma mesa e,
de preferência, sentado.

A escrivaninha ou mesa de trabalho também é motivo de atenção. Aconselha-se que seja


despojada de adornos ou decorações. Embora esses detalhes pareçam de pouca importância,
exercem certa influência na concentração do leitor que inicia o treinamento. A experiência
demonstra que uma simples mesa voltada para a parede – e não para uma rua movimentada
– contribui de maneira considerável para tornar a leitura do iniciante mais compensadora.

Antes de dar início à leitura é recomendável um prévio preparo do local de trabalho. Essa
preparação consiste em deixar à mão o caderno ou as fichas de apontamentos, um lápis para
sublinhar os trechos importantes do texto, uma caneta para fazer as anotações, um
dicionário da língua e demais obras de consulta requerida pelo estudo.

Por último, o preparo psicológico constitui a derradeira condição que, embora não sendo
ambiental, aparece aqui por ser facilitada pelo sossego do ambiente e postura do leitor.
Antes de começar a leitura é necessário livrar a mente de todos os problemas não
directamente relacionados ao estudo do que se vai ler. Pessoas habituadas à leitura
proveitosa são capazes de atingir esse grau de abstração a qualquer momento e sem
esforço. Mas o mesmo não ocorre com iniciantes no treinamento. Em geral eles não
conseguem fixar a atenção no texto porque sua mente está ocupada - e até superlotada –
com pensamentos que os alienam inteiramente da leitura. Quando isso acontece, os olhos
passam mecanicamente pelas palavras sem nada comunicar à mente, porque esta está
perdida em seu “ ruído interior “.

Cada indivíduo pode desenvolver seu processo pessoal de chegar ao “ silêncio interior “. No
entanto, uma das técnicas que têm produzido resultados significativos com numerosos
estudantes é a da preparação mental por alguns minutos, buscando a concentração de olhos
fechados. Trata-se de uma atitude, uma postura ante a tarefa, semelhante à do atleta que vai
saltar de um trampolim – um momento de total concentração no objectivo que deseja
alcançar. Obtido o estado mental desejado, resta apenas partir para a acção.-

RESUMO ESQUEMÁTICO

O treinamento para concentração total no texto em estudo pode ser resumido nas seguintes
providências:

1. Sentir-se fisicamente confortável no momento de ler.


2. Dispor de ambiente com condições de tranquilidade, iluminação adequada e silêncio.
3. Preparar-se psicologicamente para o estudo, buscando concentrar-se por alguns minutos, de
olhos fechados, a fim de alcançar o “ silêncio interior “.

RENDIMENTO E RAPIDEZ

Há criaturas que, embora tentando concentrar-se no texto, são incapazes de absorver o conteúdo
do que lêem. Em geral essa dificuldade se manifesta devido à ausência de velocidade e ritmo
adequados à leitura. Normalmente não é possível absorver-se um conteúdo filosófico, estudado
e meditado pelo autor de uma doutrina, com a mesma facilidade com que se assiste, e absorve, a
um espectáculo circense ou a um programa de variedades na televisão. Mas também não se

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pode fazer a leitura de um texto filosófico, teórico, com tanta lentidão que ao chegar ao final de
um parágrafo já não nos lembremos do seu início. É preciso que nossos olhos leiam com ritmo
e a velocidade da mente.

Quase sempre essa velocidade é a mesma com que falamos, narramos alguma coisa, explicamos
um facto a alguém. Por esse motivo, durante o treinamento deve-se adoptar, sempre que
possível, a prática da leitura oral. Ler em voz alta é também um exercício de ritmo de leitura.
Ele permite maior emprego da mente, pois esta quase sempre tem de perceber de forma mais
consciente o que é lido para comandar a acção dos órgãos da expressão oral. E aos poucos vai-
se adquirindo a capacidade de ler em voz alta sem tropeços, com expressão e até com certa
riqueza de interpretação – o que torna a leitura mais agradável e proveitosa. Em verdade essa
interpretação é significativa porque, ao fazer as pontuações e as modulações da voz com
naturalidade ( como quem expressa o que pensa ), o leitor tem de entender o que está lendo.

Por outro lado, numerosos cursos de leitura silenciosa desenvolveram técnicas dinâmicas para
acelerar a velocidade do acto de ler sem prejuízo da compreensão do texto. Uma dessas técnicas
relaciona-se com o emprego dos olhos e condena o hábito de ler sílaba por sílaba ou mesmo
palavra por palavra. O leitor “ eficiente “ deve abarcar no seu campo de visão todo um grupo de
palavras ou unidades de pensamento expressas no texto.

Numerosas experiências comprovam que, ao ler, o olho não percorre em movimento contínuo as
linhas impressas, mas o faz aos saltos, numa sequência constante de deslocamento – fixação –
deslocamento – fixação e assim por diante. Enquanto se desloca, não há leitura absorvível.
Somente quando se fixa sobre uma palavra ou grupo de palavras é que o leitor comum absorve,
assimila, capta o que está lendo.

Essa afirmação pode ser comprovada mediante um exemplo clássico, utilizado pelos
especialistas, que consiste no seguinte. Percorra com os olhos continuamente, sem fazer pausa,
as linhas abaixo.

João retornou decididamente à Medicina no momento em que sofria muito seu pequeno amigo
Joel acidentado na casa vizinha cuja escada tinha degraus mais altos que a sua casa.

Se seus olhos moveram-se continuamente, sem parar um só instante, com certeza você não
captou o sentido do que acabou de ler. Agora, leia o mesmo texto com o ritmo e a velocidade
habituais de sua leitura.

João retornou decididamente à Medicina no momento em que sofria muito seu pequeno amigo
Joel acidentado na casa vizinha cuja escada tinha degraus mais altos que a sua casa.

Nesta segunda leitura seus olhos fizeram paradas, detendo-se em grupos de palavras ou em
palavras isoladas. E foram essas pausas ( paradas ou momentos de fixação ) que lhe permitiram
compreender o sentido do que leu. Faça novamente uma leitura das linhas. Desta vez, porém,
marque com um lápis os locais em que seus olhos fizeram pausas. É provável que sua leitura
normal tenha se processado assim:

João retornou decididamente à Medicina / pausa / no momento em que sofria muito seu
pequeno amigo Joel / pausa / acidentado na casa vizinha / pausa / cuja escada tinha degraus
mais altos que a sua casa.

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Dissemos se “ provável “ que suas pausas tenham tido a localização do exemplo acima porque
cada leitor tem sua forma pessoal, própria, de reagir à leitura. Essa reacção não é automática
nem mecânica, mas processa-se de acordo com a percepção de cada um diante da situação.
Esse é o motivo pelo qual as pausas podem ocorrer em locais diferentes e abrangendo grupos
com diferentes números de palavras. Se a reacção fosse mecânica, os olhos encontrariam o
momento da pausa depois de percorrerem um número igual de sílabas ou de palavras, ou uma
extensão determinada da linha impressa.

O ritmo da leitura, portanto, é distinto do musical. Neste a “extensão” do compasso é


sucesivamente repetida, formando uma cadência matemática. A cadência do intelecto, porém,
não obedece a uma expressão matemática, mas a todo um complexo de reacções de interacção
com a situação. Disso conclui-se que não se trata de um ritmo passivo, comum a qualquer
pessoa, mas activo, distinto de indivíduo para indivíduo.

Por essa razão, no exemplo dado acima foi abolida a pontuação: deveria haver vírgula após as
palavras “Medicina” e “Joel”. Mas como a pontuação tem por finalidade: 1) assinalar as pausas
e a entoação na leitura; 2) separar palavras, expressões e orações que devem ser destacadas; 3)
esclarecer o sentido da frase, afastando qualquer ambiquidade – seu emprego prejudicaria a
compreensão do que se desejava demonstrar, pois induziria a localização das pausas de fixação
dos olhos do leitor.

Retornando à questão da velocidade na leitura proveitosa, cremos ter deixado claro que campo
de visão, quanto à leitura, é o número de palavras que os olhos são capazes de absorver numa
única parada. Quando encontram seu momento de fixação eles enfocam uma palavra, mas são
capazes de captar outras tantas à esquerda e à direita da enfocada. Ora, quanto maior for o
número de palavras captadas entre uma pausa e outra, maior será o campo de visão do leitor. E
quanto mais amplo for seu campo de visão, melhor será a leitura, pois em cada parada poderá
absorver maior quantidade de texto, ou seja, abranger maior “extensão” do conteúdo expresso
pelas palavras. Em oposição, o campo de visão estreito limita-se à palavra isolada, levando o
leitor a retroceder na leitura porque sua percepção ( demasiadamente interrompida pelas pausas
e carente do ritmo apropriado ) acaba ligando palavras sem sentido.

Finalmente, a leitura é melhor quanto mais curta é a pausa de fixação dos olhos. A duração da
pausa é também um problema importante porque está directamente relacionada com a
sustentação da atenção do leitor no texto: quanto mais lenta é a leitura, mais facilmente a
atenção se dispersa. O uso da imaginação, o emprego da criatividade mental, a atitude crítica e a
reflexão são elementos imprescindíveis ao estudo. Mas isso nada tem a ver com a distracção na
leitura, que apenas provoca os famigerados “vôos” da mente para situações alheias ao texto e
causa cansaço sem nada produzir.

O melhor rendimento no estudo, portanto, pede leitura mais veloz. Àqueles que pretendem ser
“campeões de velocidade” costuma-se recomendar que frequentem cursos especiais de leitura.
Esses cursos desenvolveram técnicas altamente especializadas de leitura diagonal. Em síntese,
essas técnicas demonstram que a leitura proveitosa também se faz através de um traçado
diagonal invisível, que liga a primeira à última palavra de um parágrafo ou de uma página. Ou
seja, não apenas quando se lê linha por linha.

Não cabe aqui detalhar normas e regras aplicadas pelos cursos de leitura diagonal, pois o que se
pretende é apenas instrumentar o estudante para o estudo mais eficiente. Contudo, como a

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velocidade de leitura é um dos requisitos para implementar a eficiência, recomenda-se que
durante o treinamento seja praticado o seguinte exercício:

Ao terminar a leitura de uma linha, passe rapidamente da última palavra dessa linha para a
primeira palavra da linha de baixo, mas fixe-se mais nas palavras que se encontram no centro
das linhas.

Persistindo nesse exercício, em pouco tempo sua leitura terá alcançado velocidade satisfatória
sem prejuízo da compreensão do texto.

RESUMO ESQUEMÁTICO

O treinamento para adquirir-se ritmo e velocidade na leitura proveitosa consiste, resumidamente, nas
seguintes orientações:

1. Praticar a leitura oral sempre que possível e, aos poucos, procurar dar-lhe a expressão natural das
narrativas orais.
2. Durante a leitura, abarcar com os olhos todo um conjunto de palavras ou unidades de
pensamento expressas no texto.
3. Ao terminar a leitura de uma linha, passar para a primeira palavra da linha seguinte, mas
fixando-se mais nas palavras que se encontram no centro das linhas.

A VEZ DO VOCABULÁRIO

Talvez você julgue que domina um vasto vocabulário. Se tem hábito de ler frequentemente e se
sua leitura é ampla e abrange vários assuntos distintos, então deve realmente dominar um
vocabulário significativo. Contudo, faça uma experiência e responda depressa qual é o
significado das seguintes palavras:

Atelépode

Atelectasia

Atramentário

Azeite

Se você não consultou um dicionário, provavelmente só foi capaz de dizer qual é o significado
de azeite, óleo extraído da oliva ou azeitona. Em verdade, dos quatro vocábulos apresentados no
teste acima, “azeite” é o único de uso frequente e difundido na linguagem geral. Os demais são
termos empregados apenas em áreas específicas de actividade. Assim:

Atelépode é um adjectivo usado em Zoologia para designar os seres aos quais “ falta qualquer
dedo”.

Atelectasia, um substantivo, é termo de Medicina e indica “falta de dilatação”.

Atramentário é um adjectivo pertencente à Botânica, cujo significado é “que apresenta


coloração ou aspecto de tinta preta”.

Em qualquer língua há sempre uma quantidade de vocábulos de uso comum, popular e geral, e
de vocábulos especializados, de uso restrito a determinadas áreas. O acervo vocabular da língua

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portuguesa não é uma excepção e somente os eruditos são capazes de dominar com segurança
sua maior parte.

Por outro lado, ao contrário dos eruditos, as pessoas de pouca instrução dominam apenas um
pequeno número de palavras, confundem o sentido de outras tantas e desconhecem praticamente
a totalidade das empregadas em áreas especializadas, pelo menos das áreas de actividades que
nada têm a ver com a sua. Esse vocabulário reduzido constitui uma barreira à leitura proveitosa.
Muitas pessoas alegam que lêem pouco precisamente porque seu vocabulário insuficiente não
lhes possibilita a compreensão do que lêem. Mas, ao adoptar essa atitude de inércia, jamais
aprendem outras palavras e, consequentemente, vivem um ciclo vicioso: não lêem porque não
têm vocabulário; não têm vocabulário porque não lêem. Com isso estão condenadas a
permanecer na ignorância.

É impossível efectuar qualquer estudo mais profundo e proveitoso sem o domínio de um


vocabulário regular. Não se trata de ampliar o conhecimento para um maior número de palavras
mediante a memorização de intermináveis páginas de dicionários. É possível que essa técnica
apresente resultados positivos para certos indivíduoas que dispõem de muito tempo ocioso.
Mas, sem dúvida, é extremamente pouco útil para quem já dispõe de tempo exíguo para estudar
e vive debatendo-se para vencer todos os seus afazeres diários.

A maneira mais prática de se adquirir bom vocabulário é conviver com as palavras, estar em
contacto com elas e observá-las em acção. Assim, aprende-se não apenas o seu significado, mas
também o seu uso. E isso se faz através de leitura constante.

Mas, como ler, e entender o que se lê, quando se desconhece o significado de certas palavras?

Simplesmente tratando de descobrir qual é esse significado. Para isso é que existem dicionáros:
esclarecer o sentido dos vocábulos.

Quanto à táctica a ser empregada, alguns autores são favoráveis à interrupção da leitura no
momento em que surge a palavra desconhecida, a fim de que seu sentido seja imediatamente
esclarecido. Outros, igualmente respeitáveis, são partidários da postergação do esclarecimento,
dando-lhe a possibilidade de ocorrer no prosseguimento da leitura. Ou seja, o leitor deve tentar
descobrir o sentido do vocábulo desconhecido através do contexto em que está inserido. Esses
autores sugerem que se anote a palavra e se, ao final do capítulo ou do texto, seu sentido não
ficar bem estabelecido, então deve-se recorrer ao dicionário.

Em verdade, não há porque optar por uma ou por outra orientação táctica sem antes
experimentar ambas. É o leitor que deve decidir qual das duas tácticas serve melhor à sua
necessidade, de acordo com as circunstâncias da situação real.

O que realmente importa na aquisição de maior domínio vocabular é, em primeiro lugar, que se
leia muito e frequentemente; em segundo, que se esclareça o sentido de todas as palavras
desconhecidas, porque só assim pode-se ter certeza de que o texto foi correctamente
compreendido.

Se você não dispõe de fontes de consultsa adequadas, ou não encontra determinado vocábulo
em seu dicionário, não se deixe vencer pela inércia – trate de agir. Faça uma visita à biblioteca
mais próxima, levando a lista das palavras desconhecidas; consulte o professor ou um
especialista da área de estudo; vá à casa de um amigo que disponha da fonte de consulta
requerida. Faça o que lhe for mais prático e conveniente, mas esclareça as dúvidas.

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Às vezes uma palavra mal compreendida ou mal interpretada pode desfigurar ou mudar todo o
sentido do texto. Corre-se esse risco principalmente quando isso acontece com uma palavra-
chave. Portanto, o tempo gasto em pesquisar no dicinário ou em esclarecer as dúvidas com
outras fontes jamais é desperdiçado – dele pode depender o resultado do estudo. Quem come
gato por lebre confunde alho com bugalho e certamente está sujeito a sofrer indigestão. Daí a
significativa importância do domínio vocabular no estudo, outro item do treinamento que visa a
aumentar o rendimento da leitura proveitosa.

RESUMO ESQUEMÁTICO

Em síntese, a atitude a adoptar quanto à ampliação do vocabulário pessoal consiste nas seguintes
providências gerais:

1. Esclarecer o significado da palavra desconhecida no momemto em que ela surge no texto;


ou
anotar a palavra desconhecida e só recorrer aos dicionários para esclarecer seu significado se
este não ficar esclarecido pelo contexto em que a palavra desconhecida está inserida.
2. Ler muito e frequentemente para conviver com as palavras e observá-las em acção.

QUESTÕES PARA AUTO-AVALIAÇÃO

Se você compreendeu o que foi dito neste capítulo, tente responder às questões apresentadas
abaixo. Para melhor aproveitamento, seleccione algumas como tema de um trabalho ou de
discussão com alguém.

1. Todo tipo de leitura informa alguma coisa ao nosso conhecimento?


2. Por que é recomendável ler com propósito definido o texto que se vai estudar? Não
podemos encontrar esse propósito durante a leitura?
3. Deve-se ler tudo o que cai diante dos nossos olhos com a mesma velocidade de leitura.
Essa afirmação está certa ou errada? Por quê?
4. Como é possível questionar-se a validade do que se lê?
5. É vantajoso pôr em discussão o que se leu? A discussão é uma das maneiras de aplicar-
se um conhecimento obtido na leitura?
6. Que benefício pode ter a leitura diversificada ( livros, manuais, folhetos, revistas,
jornais etc.) para o desenvolvimento cultural?
7. Por que a maioria das pessoas lê pouco e, quando o faz, lê mal?
8. Há alguma possibilidade de seleccionar previamente o que se deve ler? Se há, como
efectivá-la na prática?
9. Pode-se treinar para obter maior capacidade de concentração e reflexão no estudo de um
texto, ou quem é bom estudante já nasce assim?
10. O ambiente sempre influi na qualidade de nossa capacidade de estudar? O que é mais
importante no estudo: o ambiente ou o preparo psicológico do estudante?
11. Um colega afirmou que quanto mais lenta é a leitura mais se pode reflectir sobre ela.
Isso é verdadeiro ou falso? Por quê?
12. Existe alguma maneira prática de se desenvolver a leitura em ritmo adequado à
apreensão do conteúdo do texto? Se existe, qual é?
13. Podemos incrementar a velocidade de nossa leitura geral. Como?
14. O ritmo da leitura pode ser comparado ao musical? No que ambos se assemelham ou se
diferenciam?
15. É vantajoso ou não, praticar-se a leitura oral?

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16. Quais são os meios de que dispomos para ampliar o nosso domínio vocabular? Há algo
que contra- indique a memorização de dicionários?

In” Galliano, A. G. (1979) O Método Científico: Teoria e Prática. S. Paulo: Editora


Mosaico, pp.70-83”

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