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Ler x Estudar

Texto original publicado em 10 de Agosto de 2009 por NERI P. CARNEIRO


https://www.webartigos.com/artigos/ler-x-estudar/22764/

Texto adaptado por Whilhelm D. Wolf.

No início de um período de estudos como um autodidata, será


apresentado algumas sugestões de como estudar com mais proveito,
melhorando a compreensão do que está nos livros ou cadernos. São
sugestões que podem ser melhor desenvolvidas junto com outros
autodidatas mais experientes que podem acrescentar a estas, suas
próprias técnicas de estudo, com o objetivo de ajudar o aprendiz a
superar o emaranhado de informações e novidades que o processo de
estudar lhe propõe.

O estudante não deve se acanhar em perguntar, pois os autodidatas


experientes gostam de mostrar e partilhar seu saber.

Ler não é a mesma coisa que estudar. Podemos tomar um livro e lê-lo.
Mas isso não significa que estejamos estudando. Podemos dizer que lemos
um romance, uma novela, uma poesia, um conto. Mas só a leitura não
serve para o estudo de um texto científico ou didático.

A leitura é um ato de prazer, de lazer. É um hábito e deve ter um espaço


crescente na vida das pessoas. Mas só a leitura ainda não é estudo.

O ato de estudar exige: interesse, vontade, perspicácia, dedicação,


concentração. Podemos dizer que o ato de estudar exige método e
técnica: é possível aprender a estudar.

É evidente que a leitura é um pré-requisito para o estudo. Mas não está


estudando quem apenas lê. O que se faz necessário é, ao estudar, ir além
da leitura. É necessário ler estudando.

Por esse motivo é que, para estudar, podemos utilizar algumas técnicas e
com elas aprender a estudar. E com isso podermos fazer um estudo mais
rendoso, prazeroso. Mas para isso é necessário não parar na leitura.

Além de saber ler, o estudante precisa saber mais algumas coisas. O


estudante supera o leitor porque sabe utilizar-se de ferramentas objetivas
e subjetivas.
As ferramentas SUBJETIVAS são aquelas que exigem motivação. Trata-se,
nesse caso de um processo interno. Torna-se impossível estudar se não
houver:

DISCIPLINA E DEDICAÇÃO contínuas: não se pode parar no primeiro


obstáculo ou no momento que chega o cansaço. É necessário ir além do
cansaço.

INTERESSE E VONTADE são condições necessárias para superar o cansaço.


Não adianta um bom orientador ou excelentes livros e materiais didáticos.
Sem vontade nada se constrói. A vontade supera a inteligência. Aliás a
pessoa inteligente é aquela que domina e administra sua vontade.

ATENÇÃO E CONCENTRAÇÃO também se constrói a partir da vontade.


Quando se quer busca-se alternativas para superação das distrações.
Existem técnicas para isso. Busque orientação de outros autodidatas para
isto, também. Cada um deve ter uma sugestão a dar.(uma técnica para
evitar distrações é manter ao lado um lápis e um papel. Cada vez que
surgir uma distração anote-a no papel, para voltar a ela depois do
estudo. Anotada a distração, voltar ao estudo, sem a preocupação de
esquecer a ideia paralela, pois ela já está anotada)

Ter OBJETIVOS. Estudante é aquele que por si mesmo ou com a ajuda de


outros estudantes experientes estabelece objetivos. Precisa saber onde
quer chegar com os conhecimentos adquiridos. Quem sabe onde quer
chegar pode melhor escolher os caminhos que o levem ao ponto
desejado.

Não vale a pena perder tempo estudando só por cobrança de terceiros


ou por que alguém cobra notas. É necessário saber onde quer chegar e
começar a trilhar o caminho que o leva a esse destino.

As ferramentas Objetivas são as TÉCNICAS que se pode utilizar para atingir


os objetivos. O estudante que se propõe objetivos precisa desenvolver
técnicas de estudo.

Na realidade estudar é Pesquisar. E a pesquisa pode ser feita de duas


formas: através da bibliografia ou em campo.

Pesquisa de Campo: realiza-se quando o pesquisador-estudante sai da


sua zona de conforto, vai a algum lugar específico para observar,
entrevistar, fotografar, gravar, filmar. Enfim vai coletar dados para o seu
estudo.
Pesquisa Bibliográfica: é realizada a partir da consulta aos livros, revistas,
jornais ou outros documentos escritos. A pesquisa bibliográfica exige uma
técnica específica: a compreensão do que foi lido.

A compreensão do que se lê, também exige técnica. Uma primeira


verdade a respeito da compreensão do que se lê (estuda) é que não se
aprende todo o significado e o sentido de um texto apenas com uma
leitura. São necessárias várias.

A partir da segunda leitura pode-se ir selecionando palavras, frases ou


parágrafos que contenham idéias importantes. Essas podem ser grifadas
ou destacadas de alguma outra forma.

O estudante deve prestar atenção, também à pontuação. Ler


corretamente os sinais de pontuação já é meio caminho em direção á
compreensão do sentido do texto. A pontuação não é colocada apenas
para enfeitar o texto, mas para conferir-lhe sentido.

O estudante precisa, também, prestar atenção às expressões: explicativa,


adversativas, alternativas, conclusivas, enumerativas, entre outras.

Estas são algumas dicas que podem ajudar aos estudantes. Entretanto
para que tenham resultado precisam ser levadas a sério pelo estudante.
Para isso o próprio deve buscar desenvolver em si a disciplina, aplicação
e vontade.

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