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JOÃO PESSOA
2016
PAULLINI MARIELE DA SILVA ROCHA
JOÃO PESSOA
2016
Catalogação da Publicação na Fonte.
Universidade Federal da Paraíba.
Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA).
53 f.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________________
Profa. Me. Andréa Karinne Albuquerque Maia
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
__________________________________________
Prof. Me. Gustavo David Araújo Freire
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
__________________________________________
Profa. Me. Joelma da Silva Oliveira
Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
AGRADECIMENTOS
Por mais essa etapa concluída tenho imensa gratidão a Deus, a minha família, aos meus
amigos, a todos os colegas da turma RP 2011.1 e a todos os mestres que me acompanharam até
aqui.
A Deus os agradecimentos são constantes, e no meu caso isso é inevitável, por acreditar
que tudo aconteceu por permissão d’Ele, cada pessoa, cada situação e experiência em minha
vida, seu amor me fez passar por todas as provações e aproveitar todas as alegrias.
Gratidão à família por todo o apoio e palavras de conforto. Aos meus pais pela vida, aos
meus dois irmãos pelo companheirismo e tolerância, ao meu marido querido que está sempre
perto, ajuda-me nos mínimos detalhes e participa para que tudo saia bem. Um agradecimento
especial à minha tia amada que sempre torceu para que esse momento chegasse. E na família o
agradecimento mais cheio de ternura e dedicação vai para meu querido filho, amor da minha
vida, que me acompanhou na barriga desde o primeiro ano de curso e todos os outros fora dela,
com seu sorriso reconfortante e carinho indispensável.
Muito obrigada a todos os meus amigos, depois do amor materno, para mim, o
sentimento que mais me emociona é a amizade, e eu recebi os melhores amigos, que são
ajudadores, apoiadores, parceiros e que entenderam a minha ausência por muitas vezes,
principalmente na reta final.
Obrigada a todos os colegas da turma 2011.1, todos de várias formas fizeram parte da
minha vida acadêmica, uns mais outros menos, mas todos foram importantes, todos tiveram e
têm o que me ensinar. Gratidão especial a Brenda Costa, Daniella Alves, Diego França, Fábio
Asevedo, Irley David, Josilene Felix, Nélio Oliveira, Rafael Coelho, Rebecca Freitas, Rosilane
Pereira e Viviane Kauffmann. Os dois últimos nomes, mais conhecidas como Rosi e Vivi,
fizeram parte dos primeiros anos de curso, acolhemo-nos em um grupo de trabalho e
aprendemos umas com as outras, obrigada, meninas.
Fez parte da minha caminhada acadêmica a experiência do estágio e fui muito feliz em
fazê-lo. A casa que me recebeu muito bem foi a assessoria de comunicação do Sesc Paraíba. Lá
tive a oportunidade de saber mais sobre o dia a dia de trabalho de um setor estratégico para as
empresas, aprender muito e conhecer pessoas incríveis. Já que ficaria inviável citar todos, não
poderia deixar de mencionar os nomes das pessoas com as quais trabalhei diretamente na
assessoria, muito obrigada por tudo: Anderson Lima, Dayana Valéria, Dennise Vasconcelos,
Diego Caiaffo, Luís Henrique Ribeiro e Poliana Lemos.
Obrigada aos professores que tive durante o curso, pelas aulas, pelas palavras e pelos
ensinamentos de como ser, ou de como, talvez, não ser, e que com muito respeito procurei
absorver os conhecimentos transmitidos. Agradeço especialmente a doce, competente e
compreensiva professora Andrea Karinne, por aceitar me orientar, como também ao querido
professor Gustavo Freire, pois para mim foi uma grata surpresa conhecê-lo, ter como professor
durante a caminhada e como “consultor” para dúvidas acadêmicas constantemente, e a banca
que analisa esse trabalho.
Todos contribuíram para minha transformação pessoal e para elaboração deste trabalho.
Deixo aqui minha admiração e meus sinceros agradecimentos.
RESUMO
O objeto de estudo desta monografia refere-se à atuação dos profissionais de Relações Públicas
na gestão da comunicação nas mídias digitais. O problema de pesquisa se deteve em responder
a seguinte questão: Quais são as estratégias utilizadas pelos profissionais de Relações Públicas
para trabalhar a comunicação com seus públicos de interesse através das mídias digitais? O
objetivo principal é identificar quais são as estratégias utilizadas pelos profissionais da área de
comunicação dentro do ciberespaço, e para alcançar tal objetivo foi realizada uma pesquisa
bibliográfica, em livros, e-books, monografias, dissertações, além de uma pesquisa de campo
de caráter quanti-qualitativo junto a vários profissionais de Relações Públicas atuantes na área,
na cidade de João Pessoa e nas demais regiões do país. A escolha pelo tema surgiu a partir da
constatação de que com o advento das mídias digitais, a comunicação dos públicos com as
marcas vem sendo incorporada cada dia mais através da internet. Em decorrência disto, a forma
de relacionamento com os públicos de interesse por parte dos profissionais de comunicação
vem sofrendo gradativamente, mudanças e aperfeiçoamentos para promover uma interação
cada vez mais eficaz. Os resultados da pesquisa apresentaram as atuais estratégias de
relacionamento voltadas à manutenção do diálogo com os usuários da rede em interação com
as marcas, o perfil do profissional atuante nesse meio, a forma de interação com os públicos e,
por fim, quais novas ideias estão em planejamento e serão utilizadas num futuro próximo. O
mercado em questão é promissor e o profissional de Relações Públicas é capaz de atuar e
contribuir para o sucesso da comunicação tanto usando meios de comunicação analógicos como
digitais.
The objective of this research paper refers to the action of public relations professionals in the
management of communication in digital media. The research problem was detained to answer
the follow question: what are the strategies used by public relations professionals to work
communication with their target public through digital media? The purpose is to identify the
strategies used by professionals in the communication area in cyberspace. To achieve this goal
a biographical research was carried out in books, e-books, monographs, dissertations and a
quanti-qualitative field research together several public relations professionals acting in the
field of the João Pessoa city and in other regions of the country. The choice of the theme
emerging from the finding of the advent of digital media and the communication between public
and brands has been constantly incorporated each day via the internet. Therefore, the
relationship between target public and the public relations professionals has been undergoing
important changes and improvements to promote an interaction with increasing effectiveness.
The research results showed the current relationship strategies aimed at maintaining dialogue
with network users interacting with brands, professional profile who working in this area, the
form of interaction with the public and which new ideas are planning and will be used in the
near future. In this promising market the public relations professional is able to act and
contribute to the success of communication analog and digital.
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................. 09
2 RELAÇÕES PÚBLICAS EM TEMPOS DE TECNOLOGIA DIGITAL.............. 12
2.1 RELAÇÕES PÚBLICAS DIGITAIS.......................................................................... 12
2.2 AVANÇO DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO........................................................ 15
2.3 CIBERCULTURA E CIBERESPAÇO....................................................................... 16
3 IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO PARA AS ORGANIZAÇÕES............... 18
3.1 ORGANIZAÇÕES...................................................................................................... 18
3.2 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL.................................................................. 19
3.2.1 Comunicação integrada.......................................................................................... 20
3.2.2 Comunicação bilateral............................................................................................ 21
3.3 COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL EM REDE................................................ 22
4 ESTRATÉGIAS DA COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL EM REDE.......... 24
4.1 O PAPEL DOS PÚBLICOS NA GESTÃO DE RELACIONAMENTOS................. 24
4.2 PLANEJAMENTO DA COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA EM REDE................. 27
4.3 ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL DE RELAÇÕES PÚBLICAS NAS
ORGANIZAÇÕES CONTEMPORÂNEAS..................................................................... 28
5 PROFISSIONAIS DE RELAÇÕES PÚBLICAS NO AMBIENTE DIGITAL...... 30
5.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS................................................................ 30
5.2 APLICAÇÃO DA PESQUISA.................................................................................... 31
5.3 COLETA DE DADOS................................................................................................. 32
5.4 ANÁLISE DOS DADOS............................................................................................. 32
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 46
REFERÊNCIAS............................................................................................................... 49
APÊNDICE A – Questionário da pesquisa........................................................................ 51
9
1 INTRODUÇÃO
Como grande plataforma de interação a internet permite que o usuário, que também é
receptor e emissor de mensagens, adquira maior importância, pois o mesmo detém a capacidade
de obter, gerar conteúdos/informações e influenciar pessoas, tendo cada vez mais relevância no
contexto da comunicação de mão dupla/bilateral. O hipertexto é mais um componente da web
e permite a leitura de mensagens não lineares. O internauta tem a possibilidade de fazer vários
caminhos durante acessos à internet, multiplicando-os, diferente de quando faz leituras em
impressos, pois, esses predeterminam uma leitura de cima para baixo e do canto superior
esquerdo para o direito. Além do que, a web utiliza várias mídias, como imagens, vídeos, áudios
e o próprio texto.
O ponto primordial que deve ser observado pelas organizações é a urgência em iniciar
os trabalhos de comunicação com a delimitação de seus públicos, pois a partir de então, será
possível fazer pesquisas mais direcionadas, planejar, criar e executar estratégias de atuação de
forma eficiente, tendo assim mais chance de sucesso. Pinho (2003, p. 14) diz “que certos
públicos são comuns a todas as empresas, como: a mídia, os empregados, os consumidores, os
investidores e acionistas, a comunidade, os fornecedores e distribuidores, o governo e os
legisladores”. Porém, cada organização também tem públicos mais específicos que devem ser
identificados, formando uma lista de públicos-alvo para cada ação, possibilitando, assim, a
gestão da comunicação de forma direcionada.
O tema públicos é de extrema importância para as Relações Públicas, assim como, para
este trabalho, é por ele e para ele que as ações são elaboradas, as estratégias são criadas, as
pesquisas e as avaliações são feitas. A necessidade de manter relacionamentos produtivos com
10
esses atores sociais, que consomem e produzem conteúdo em grande velocidade por meio da
internet, é um dos alvos dos setores de comunicação das empresas. E são, exatamente, as
estratégias utilizadas por esses profissionais que atuam na área da comunicação organizacional
que decidimos pesquisar, porém o meio em que queremos identificar tais estratégias é o digital,
para entendermos e nos atualizarmos sobre o que tem sido feito por eles, visando dialogar com
os nossos personagens principais: Os Públicos.
Fronteiras, esse termo geográfico reutilizado pelas organizações, atualmente já não tem
o mesmo significado, pois as empresas não controlam os espaços, a presença na rede, o tempo,
nem o conteúdo do que se comunica sobre ela mesma. A web fez com que essas fronteiras
fossem redefinidas, e essa tecnologia intensificou a relevância das Relações Públicas, a tal
ponto que se faz necessário um profissional da área para administrar os relacionamentos entre
as organizações e seus públicos, também no ambiente digital.
A comunicação por meio da internet, assim como, em qualquer outro meio de
comunicação exige especialização profissional, ou seja, conhecimento de seus detalhes,
funções, adaptando essas características aos públicos que se pretende atingir. Os profissionais
de comunicação inseridos no mercado de trabalho necessitam se capacitar para atuar também
nessa área crescente e em constante evolução. E os novos? Os novos, acredita-se que já vêm
forjados dentro da perspectiva da comunicação organizacional em rede; caso contrário, devem
seguir a onda de capacitação do mercado.
Quanto à estrutura do presente trabalho, o primeiro capítulo aborda conceitos de
cibercultura, ciberespaço, novas tecnologias, relações públicas digitais, e a importância desses
temas para iniciar os estudos das ferramentas de comunicação mais atuais, não descartando,
porém, que o interesse é sempre criar ações em conjunto com as formas mais tradicionais de
fazer comunicação pelas organizações.
Os conceitos e as informações que envolvem organização, comunicação organizacional
em rede, comunicação bilateral e integrada são assuntos abordados no segundo capítulo. A
existência e a importância das organizações para a sociedade se dão desde o início da
humanidade, essas existem para suprir as necessidades dos cidadãos nos mais diversos
segmentos, e cada dia que passa esse número de organizações só aumenta (ETZIONI apud
KUNSCH, 2003).
A internet pode ser usada como canal para desenvolver várias atividades de Relações
Públicas, para entender os seus públicos, pesquisá-los, descobrir o que eles pensam da sua
organização e coletar dados que a imprensa divulgou sobre a organização (clipping on-line).
Além disso, o site institucional pode divulgar dados, fotos, textos para a imprensa e demais
públicos (releases). A internet trata-se de um excelente ambiente de trabalho, de divulgação e
de uso relativamente simples.
Mais uma característica do ambiente digital é o fato de ser uma mídia com significativo
alcance de público. É pertinente para esse trabalho ressaltar dados de pesquisas feitas sobre o
uso da internet no Brasil atualmente.
Segundo o relatório divulgado pela ONU1 em setembro de 2015, 58% dos brasileiros
têm acesso à internet. Isso ainda não é um número excelente, pois, por volta de 42% da
população ainda não se conectam à rede, mas a cada ano que passa, esses números vêm
1
Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/brasil/86778-falta-42-brasileiros-nao-tem-acesso-internet.htm>.
Acesso em 13 de março de 2016.
13
mudando, os brasileiros com acesso crescem a cada dia. Outro fator que contribui para esse
aumento é o uso da internet por meio dos celulares, além dos dispositivos móveis conectados.
Segundo pesquisa realizada pela Tic Domicílios2, divulgada em agosto de 2015, o
número de acessos à internet pelo celular triplicou nos últimos três anos. As compras no
ambiente virtual também são assunto de pesquisa: 2015 foi o ano em que mais de 70% dos
consumidores fizeram compras pela internet; a pesquisa foi feita pela CVA Solutions3 sobre o
varejo eletrônico no Brasil. Os clientes, muitas vezes, pesquisam nas lojas físicas e depois
compram na web por preços mais baixos.
Esses números querem dizer muitas coisas, e uma delas é que cada vez mais, cresce o
consumo de produtos, serviços e informações através da internet; aí estão mais motivos para a
relevância dessa pesquisa e do estudo do trabalho dos comunicadores nesse meio. Faz-se
necessário investigar quais as melhores estratégias para dialogar e por que não deixar o cliente
mais satisfeito, usando o canal que se apresenta disponível na contemporaneidade e que o
próprio público escolheu para manter contato com as empresas. Por esses motivos, a audiência
na internet merece atenção dos RPs, como profissionais que se preocupam com a formação da
opinião pública.
Entre os vários benefícios que o uso da internet pode promover para as Relações
Públicas, além de ser uma mídia de grande alcance, pode ser um meio de comunicação com a
imprensa, de localização de públicos de interesse, presença da organização 24 horas por dia e
em tempo real, a inexistência de barreiras geográficas, facilidade de acesso ao maior número
de informações e a ação mais rápida em momentos de crise.
Falando em crise, o profissional mais indicado para gerenciar essas situações é o
profissional de Relações Públicas, e o mais prudente é inicialmente criar uma equipe
multidisciplinar dentro da empresa para determinar quais ações devem ser tomadas para
resolver os problemas provocados por ela. Além da diretoria e gestores, essa equipe
multidisciplinar é formada basicamente por colaboradores que detêm conhecimentos
estratégicos sobre a organização, dependendo da crise que se instale. Mesmo não existindo
regras muito fechadas quanto à administração desses tipos de conflito, uma das ações
primordiais é a comunicação transparente com os públicos, essencial para construir
discernimento nas pessoas sobre os fatos (PINHO, 2003). Outra opção interessante são as
2
Disponível em: <http://cetic.br/tics/usuarios/2014/total-brasil/J5/>. Acesso em 14 de março de 2016.
3
Disponível em: <http://convergecom.com.br/teletime/11/01/2016/mais-de-70-compraram-produtos-na-internet-
em-2015/?notici ario=TI>. Acesso em 14 de março de 2016.
14
ficou mais fácil, justificando inclusive o significativo aumento do acesso à rede por
meio dos dispositivos móveis.
f) A internet requer alimentação contínua. Depois que a organização está na rede o
trabalho não acaba, ao contrário, continua. A empresa que possui e-mail, site, blog e/ou
página na mídia social deve alimentá-los regularmente, além de responder os
questionamentos em tempo hábil. Isso também faz parte do trabalho eficaz dos setores
de comunicação.
g) A rede mundial de computadores tem problemas de segurança. Existem riscos de
segurança na rede mundial, as informações das pessoas e das empresas ficam expostas
e algumas medidas devem ser tomadas; um dos recursos pode ser a criptografia (código
utilizado para cifrar a mensagem), ou utilizar páginas com browsers (sistemas de
segurança que impossibilita a visualização das informações transferidas).
h) As vozes na internet têm o mesmo poder. Isso quer dizer que todos podem ser ouvidos
no ciberespaço. Não se trata de um fato ruim inicialmente, porém a mensagem negativa
tem o mesmo peso de qualquer outra mensagem e pode ser tão visualizada quanto as
mensagens de fontes fidedignas e com credibilidade. A característica não moderadora
da internet facilita a disseminação de boatos e informações infundadas; as organizações
devem ter atenção redobrada e sempre apresentar sua versão dos fatos.
i) A internet é um recurso limitado. A velocidade de alguns pacotes oferecidos por
provedores de internet é baixa, ocasionando comprometimento ou lentidão na recepção
de determinados arquivos, porém, comparado com o uso da internet nos anos 90 essa
realidade já mudou muito, as empresas responsáveis pela comercialização desses
serviços estão cada vez mais oferecendo velocidades maiores e qualidade relativamente
melhor.
3.1 ORGANIZAÇÕES
E cada organização vive em meio a várias peculiaridades que compõem sua cultura
organizacional. Pode-se dizer que a cultura de uma organização são suas condutas informais,
aquelas que não estão escritas, mas que são difundidas dentro e fora da empresa e pretende-se
que seja de conhecimento de seus públicos, formando assim, uma identidade para a
organização. Melhor explicando, cultura é um conjunto de hábitos, crenças, atitudes
compartilhadas, e é isso que diferencia uma determinada empresa das demais. Inclusive, esse
modo de pensar e agir determina também como serão feitos os negócios, a maneira como trata
seus clientes e funcionários e o grau de autonomia, liberdade de tomada de decisão e poder de
interferência que existe entre empresa e colaborador.
A cultura organizacional gera os princípios ou propósitos organizacionais: missão,
visão, valores e objetivos, estes, definidos de maneira formal e escritos para que sejam
visualizados e internalizados por todos. Por isso, é mais coerente definir as estratégias
comunicacionais a partir do conhecimento da cultura e dos princípios organizacionais já
predefinidos. Tendo o conhecimento sobre quais são as ideias e pretensões da empresa fica mais
viável criar ações mais coerentes com seus propósitos.
O indivíduo pode até se comunicar com ele mesmo, mas nas empresas a comunicação
não deveria ser feita de forma isolada no que se refere às áreas da comunicação. Por isso,
falamos sobre comunicação integrada, para dizer que as estratégias, ações e todo trabalho
comunicacional pode e deve ser feito em conjunto com várias ideias e essas ideias representam
profissionais de diferentes ramos da comunicação atuando juntos, formando o mix da
comunicação, que comunga das variedades de informações que podem e devem contribuir para
proporcionar a ligação saudável das empresas com seus interagentes.
por relações públicas, jornalistas, web designers, social medias, publicitários, profissionais de
marketing, de assessoria de imprensa, entre outros da área de comunicação. Cada ramo de
atividade representa também as áreas da comunicação mencionadas por Kunsch (2003):
Comunicação administrativa, interna, mercadológica e institucional.
A comunicação administrativa é aquela realizada dentro das empresas. Dentro das
organizações existe um processo contínuo de fluxo de informações que precisa ser coordenado
para que a organização sobreviva, cresça e se mantenha ativa no mercado. Já a comunicação
interna, além de ser área estratégica, é toda comunicação voltada a manter o relacionamento
entre a empresa e seus colaboradores, utilizando para isso várias ferramentas da comunicação
institucional que promovam o diálogo, a participação de todos e o acesso à informação entre as
partes envolvidas no processo. É importante esclarecer que a comunicação interna difere do
endomarketing, “que são ações de marketing voltadas para o público interno da empresa, com
o fim de promover entre seus funcionários e departamentos valores destinados a servir o cliente”
(BEKIN apud KUNSCH, 2003, p. 154).
A comunicação mercadológica é encarregada de toda divulgação publicitária voltada à
promoção de produtos, serviços ou ideias de uma empresa, e tem por responsável a área de
marketing. Através de muitos meios e técnicas, a comunicação mercadológica tem a
possibilidade de criar métodos para conquistar o consumidor. A comunicação institucional, por
sua vez, fica responsável, por intermédio da gestão das Relações Públicas, pela manutenção da
imagem e identidade corporativa. Esse tipo de comunicação também está diretamente ligado à
forma como os públicos e a sociedade identificam a organização, inclusive a influência social
que pode exercer na comunidade em que está inserida, incluindo a responsabilidade social que
pode estabelecer com a população (KUNSCH, 2003).
entre as partes; colaborando com isso, a comunicação de mão dupla gera comprometimento,
pois necessita do envolvimento e a ação das partes no relacionamento comunicacional.
A comunicação bilateral digital não faz uso de intermediários ou, pelo menos, diminui
seus contatos, pois tem intenção de ser direta e instantânea e chegar direto ao destino. A
característica da instantaneidade pode ser observada em uma rede social on-line, em um
comunicador instantâneo (exemplo: Whatsapp), no atendimento on-line, em blogs etc. Traduz-
se na comunicação acontecendo em tempo real.
mensuração dos números; a avaliação através da identificação dos resultados é mais facilmente
feita pelos recursos oferecidos pelos sites, blogs e redes sociais on-line, que disponibilizam
números de acessos, comentários e visitantes (TERRA, 2006).
24
[...] o termo público pode ser assim definido: grupos organizados de setores
públicos, econômicos ou sociais que podem, em determinadas condições,
prestar efetiva colaboração às organizações, autorizando a sua constituição ou
25
Definindo o que são públicos, podemos então determinar quais os públicos estratégicos
da organização e a partir daí traçar planos de ação específicos e funcionais para viabilizar uma
comunicação sistemática e eficaz. Além de França (2012), autores como Cândido Teobaldo de
Andrade também relacionam públicos em categorias. Andrade (2001 apud MARQUÊZ, 2010)
os organiza em:
a) Público interno: é o tipo de público que apresenta nítidas relações socioeconômicas e
jurídicas com a organização onde trabalha, participando das rotinas diárias,
comunicando-se e trabalhando dentro do espaço físico da empresa.
b) Público externo: o público externo é aquele que não apresenta as relações
socioeconômicas e jurídicas que o interno menciona, mas que interessam à instituição,
por objetivos políticos, mercadológicos e sociológicos.
c) Público misto: é o tipo de público que apresenta perceptíveis ligações socioeconômicas
e jurídicas com a empresa, mas não vive as rotinas da empresa e, normalmente, não
ocupa o espaço físico da instituição.
França (2012), por considerar essa sistematização insuficiente, propõe uma
conceituação lógica de públicos, classificando-os em:
a) Públicos essenciais: que se subdividem em constitutivos e não constitutivos, e se
encontram ligados juridicamente à organização e são necessários à sua constituição,
sobrevivência, estruturação e execução de atividades-fim. Como por exemplo:
colaboradores, fornecedores, investidores, acionistas, sócios, clientes, entre outros.
b) Públicos não essenciais: esse tipo de público não está ligado às condições produtivas da
organização, mas sim, às de prestação de serviços, com possibilidade de atuar
externamente na promoção institucional e mercadológica da organização ou na
intermediação de relacionamentos políticos ou sociais, como: nas agências de
publicidade e propaganda, relações públicas, conselhos profissionais, sindicatos,
associações, partidos políticos, escolas, universidades, entre outros. E se dividem em:
públicos de consultoria, setores associativos, setoriais sindicais e setoriais da
comunidade.
c) Redes de interferência: são os públicos divididos em concorrentes e de comunicação de
massa (mídia impressa e mídia eletrônica). São representados por públicos específicos
do cenário externo das organizações e podem exercer poderosas influências (negativas
26
Percebemos, mesmo que inicialmente, que a classificação proposta por França (2012)
permite que as organizações construam relacionamentos estratégicos e entendam a razão de ser
da relação e o que se pretende alcançar com ela. O foco fica centrado no tipo da relação e o seu
objetivo.
Por isso, saber delimitar os públicos é um dos principais desafios para as organizações,
o que torna fundamental a presença do profissional de Relações Públicas como gestor de
relacionamentos, e algo necessário para o planejamento estratégico da comunicação nas
empresas. Assim, poderão determinar com êxito as formas de contato com seus clientes e o uso
das mídias que com mais chance de acerto atendam às suas expectativas, garantindo uma forma
mais eficaz de trabalhar a comunicação.
27
identificam, sentem-se respeitados quando são respondidos ou quando têm suas solicitações
atendidas.
Para que os objetivos sejam cumpridos e o processo flua de forma ordenada, é preciso
elaborar um plano de ação para que o gestor ou a equipe de comunicação participe das
conversas, saiba quais mídias escolher de acordo com a necessidade da empresa. Determinar
quem atualiza, responde e interage e junto a isso desenvolver políticas de conduta nas mídias
digitais, como, qual a linguagem a ser utilizada, quais as informações que poderão ser
repassadas, qual o prazo máximo para resolução dos questionamentos/ problemas/ reclamações,
entre outras possíveis definições de condutas, sempre de acordo com os valores e a política da
organização. E, como faz parte de todo trabalho de Relações Públicas, avaliar quais os
resultados das ações aplicadas, se os objetivos estão sendo atingidos e para isso uma das formas
de avaliação nas mídias digitais é o uso de métricas.
Para medir as ações aplicadas pelas marcas várias formas podem ser utilizadas, como as
interações/postagens nas mídias. Então uma forma é dividir a quantidade de ocorrências
positivas pelo total de ocorrências, o resultado é um número percentual que pode ser
acompanhado para verificar se a marca está ou não evoluindo. Outra forma é comparar uma
marca nas redes com as suas concorrentes, dividindo o total de ocorrências da marca em questão
pelo total geral de ocorrências, ou seja, dividir pelo somatório da marca pesquisada e das suas
concorrentes. Outra forma ainda, seria analisar o impacto financeiro de uma ação realizada nas
mídias digitais; admite-se que essa forma é um tanto polêmica, mas podemos caracterizar esse
tipo de métrica apresentando um exemplo: a verificação do volume de vendas antes e depois da
ação nas redes, e cruzar esses dados também com o número de postagens feitas pelos públicos
(TERRA, 2011a).
Essas são algumas maneiras entre outras que aparecem na literatura; apresentamos aqui
alguns exemplos para o mínimo entendimento do tema e de como ele pode ser tratado pelos
setores de comunicação das organizações.
A gestão estratégica das relações com os públicos de uma organização pela internet deve
ter base na pesquisa e no planejamento. Devem-se buscar estratégias comunicacionais eficazes
para prever e enfrentar as reações dos públicos e da opinião pública nessa rede tão dinâmica e
veloz que é a internet. Uma estratégia de conteúdo on-line eficaz executada com capacidade
29
Até recentemente era necessário que as informações institucionais fossem expostas nas
mídias lineares (televisão, rádio e mídia impressa) para alcançarem a visibilidade pública.
Contudo, é importante dizer que essas mídias continuam a ter importância, mas têm as
estruturas reorganizadas pelas tecnologias, fato que repercute, por exemplo, na apresentação de
seus layouts, na disponibilização e atualização de informações em portais e na reestruturação
dos modos de produção das notícias. O grande volume de acessos às informações amplia
espaços de interação e traz novas configurações às práticas comunicacionais das organizações.
Desde o início, a intenção com a escolha do tema e com a aplicação da pesquisa foi
identificar, investigar e mesmo entender como está sendo feita a gestão da comunicação por
profissionais de Relações Públicas através das mídias digitais. Quais as técnicas, ideias,
investimentos que estão sendo aplicados, se a gestão está sendo feita de forma intuitiva ou
seguindo um plano de ação previamente elaborado? E mais, o que ainda pode ser feito? O que
pode ser melhorado? As estratégias escolhidas são eficazes? Esses foram alguns
questionamentos feitos ao longo da construção e aplicação dos questionários.
E ainda, saber como os profissionais estão enxergando o futuro em termos estratégicos,
empresariais e tecnológicos, bem como quais são as novidades para o meio digital para, de
forma inicial, perceber como esse universo está atingindo a gestão corporativa no meio digital
e contribuir com considerações atuais, que possam influenciar estudos posteriores.
Anteriormente a produção de conteúdo era realizada em sua maior parte pelos grandes
veículos de comunicação. Com o advento da internet e das mídias digitais, qualquer pessoa com
acesso à rede pode divulgar conteúdos, ideias, opiniões, fazer-se entender e influenciar pessoas.
Essa situação torna as organizações vulneráveis diante dos usuários da internet, mas, também,
faz com que comecem a enxergar as ferramentas digitais como alternativas de comunicação.
O trabalho em questão contou com uma pesquisa bibliográfica, que segundo Gil (2002,
p. 44) “é uma pesquisa desenvolvida com base em material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos, de caráter exploratório”; como também com uma
pesquisa quanti-qualitativa, de abordagem exploratória acerca das estratégias dos profissionais
de Relações Públicas sobre a interação com seus públicos através das mídias digitais.
Aplicamos um instrumento de coleta de dados de cunho quanti-qualitativo; a escolha
foi por um questionário on-line, por conta da abrangência do universo de pesquisa, que teve o
intuito de atingir profissionais formados em Relações Públicas da cidade de João Pessoa, como
também profissionais da mesma área nas cinco regiões do país com mais viabilidade e
agilidade. O questionário contém questões abertas e fechadas que têm o intuito de investigar
quais as estratégias utilizadas pelos pesquisados para promover o relacionamento com os
públicos, o perfil destes, além de suscitar questionamentos sobre a opinião dos mesmos com
relação ao futuro da interação pelos meios digitais. Os resultados da pesquisa dão subsídios
31
para a análise das opiniões, das percepções dos profissionais de comunicação sobre suas
estratégias comunicacionais, além de colaborar para um estudo inicial sobre o assunto.
O universo da pesquisa abrangeu profissionais de Relações Públicas que atuam como
gestores de mídias sociais nas regiões brasileiras, como também os profissionais atuantes na
cidade de João Pessoa. O principal critério utilizado para definição do universo foi comparar
nossa realidade local com as demais regiões. Nesse contexto a amostra não probabilística por
julgamento determinou quinze dias para o preenchimento dos questionários.
A escolha do tema se deve ao fato de acreditar que a comunicação corporativa digital é
uma realidade da atuação do profissional de Relações Públicas na rede. A internet e suas
ferramentas se concretizam como uma forma eficiente de relacionamento entre as organizações
e seus públicos. A rapidez na disseminação dessas ferramentas, a competitividade entre as
organizações e a necessidade de constante atualização das estratégias comunicacionais
produzem instrumentos de comunicação para promover interação.
Antes da aplicação da pesquisa foi feito um pré-teste, quando foram escolhidos três
profissionais da área, que atendiam aos critérios da pesquisa, mas com atividades distintas,
porém apenas dois responderam. Apesar do número pequeno de respondentes para o pré-teste,
foi possível realizar os devidos ajustes antes da aplicação final.
Assim como, na etapa do pré-teste, uma dificuldade da pesquisa foi conseguir um
número maior de questionários respondidos, pois os participantes deveriam ser
obrigatoriamente profissionais da área de Relações Públicas, graduados e que trabalhassem na
gestão de mídias digitais. Aplicamos o questionário por meio da web, pois de outra forma seria
inviável, por causa da localização dos profissionais espalhados pelas regiões brasileiras e
porque os custos, nessas condições, seriam muito altos.
O site de rede social Facebook dispõe de grupos abertos ou fechados para tratar de
assuntos específicos, e entre eles existem grupos de Relações Públicas, com abrangência local
e nacional. Como a intenção era pesquisar profissionais da cidade de João Pessoa/Paraíba e das
demais regiões brasileiras, esses grupos se traduziram numa estratégia viável. Além dessa, outra
estratégia foi enviar o link do questionário de forma individual por e-mail, Whatsapp e no
Facebook por mensagem privada.
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4
https://www.google.com/docs/about/.
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Fonte: Criação própria, 2016. Adaptado de gráfico gerado pelo Google Docs.
de Relações Públicas que atuam com mídias digitais, nesta pesquisa, estão representados por
jovens de 20 a 29 anos, com apenas graduação na área.
A quinta questão se refere à primeira sentença aberta do questionário, que quis saber o
local de atuação dos profissionais: 8 respondentes atuam na cidade de João Pessoa, 7 na região
Sudeste, 3 na região Nordeste, 3 na região Sul, 2 na região Centro-Oeste e 1 respondente na
região Norte.
A sexta questão perguntou sobre o tempo de atuação desses mesmos profissionais na
área de comunicação, e 29,2%, que representam 7 respondentes, atuam nessa área de 1 a 3 anos;
seguido por 20,8%, 5 respondentes que atuam de 3 a 5 anos; e o mesmo índice de 20,8%, repete-
se para os que trabalham há menos de 1 ano na área. O quarto índice foi para os que trabalham
de 5 a 10 anos com comunicação que representou 16,7%, 4 pessoas; 2 pessoas trabalham de 15
a 20 anos, 8,3%; e apenas 1, com o indicador de 4,2%, é atuante há mais de 20 anos na área.
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estratégicas da mídia social na Campus Party 2016, em 27 de janeiro5. Então, essa mídia tem
grande razão de ser alvo das marcas/empresas/comunicadores, pois detém um número de acesso
gigantesco e se traduz numa grande oportunidade de manutenção de relacionamento, pois o que
esses números dizem é que as pessoas estão do Facebook e a pergunta é: Como devemos atingi-
las?
Qual é a linguagem utilizada para manter contato com os públicos, na maior parte do
tempo? Esse foi o enunciado da oitava questão, e as opções de resposta foram: linguagem
formal, linguagem informal ou as duas formas, e 56,5% escolheram a opção: as duas formas,
13 profissionais, o restante dos 10 respondentes se dividiram igualmente entre linguagem
formal e linguagem informal, com 21,7% cada. Podemos observar que os setores de
comunicação se adaptam aos tipos de públicos, de propostas comunicacionais e às situações,
escolhendo a melhor forma de interagir em cada uma delas. Nessa questão um dos 24
respondentes se absteve, portanto a questão contou com as respostas de 23 profissionais.
Além da qualidade do relacionamento das marcas com seus públicos dentro e fora da
rede, deve-se considerar a questão da quantidade de interações. Por essa razão, a nona questão
abordou o assunto e perguntou qual o número médio de postagens semanais lançadas por parte
dos setores de comunicação nas mídias digitais. A maior parte dos profissionais, 37,5%,
assinalou a opção que indica que são feitas de 3 a 5 postagens semanais; seguido de 29,2%, que
informaram que o número de postagens que são realizadas vai de 5 a 10; já 20,8% do universo
5
Disponível em <http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2016/01/facebook-revela-dados-do-brasil-na-
cpbr9-e-whatsapp-vira-zapzap.html>. Acesso em: 13 de maio de 2016.
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Além do número, perguntamos sobre os tipos de postagens que são feitas na rede.
Fizemos uma lista com as seguintes opções: divulgação de produtos ou serviços, datas
comemorativas, informações técnicas sobre produtos, divulgação de eventos (patrocinados ou
não), atualidades (memes, virais, assuntos cotidianos) e outros. Foi solicitado que os
respondentes escolhessem os 3 principais tipos de postagens e 79,2% dos profissionais
assinalaram a opção: divulgação de produtos ou serviços (19 respondentes), seguidos por 66,7%
(16 respondentes) que assinalaram: datas comemorativas, divulgação de eventos (patrocinados
ou não), receberam marcação de 50% dos participantes (12 respondentes). O resultado
demonstra a grande atenção das marcas em fazer a promoção de seus produtos, serviços ou
ideias e a possibilidade de verificar qual conteúdo atende às necessidades dos públicos.
“Empresas inteligentes agem e pensam como publishers, de forma a criar e fornecer conteúdo
direcionado diretamente a seu público-alvo” (SCOTT, 2008, p. 29).
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Divulgação de Atualidades
Divulgação de Informações
Datas eventos (memes, virais,
produtos ou técnicas sobre Outros
comemorativas (patrocinados ou assuntos
serviços produtos
não) cotidianos)
% 79,20% 66,70% 37,50% 50% 41,70% 12,50%
Fonte: Criação própria, 2016.
às postagens nas redes sociais e as mensagens inbox do Facebook, além da grande importância
de fornecer retorno rápido aos questionamentos, dúvidas, comentários ou reclamações,
prestando sempre esclarecimentos e sem deixar o outro lado sem resposta a qualquer tipo de
contato. Os profissionais acreditam que assim irão manter o público satisfeito, informado e
consequentemente fidelizado, o que gera relacionamento salutar e promissor.
Observamos, portanto, uma correlação dessas informações com os dados da categoria 3
(Fidelização), que contemplou 22,7% das respostas, conforme o Quadro 1, com relação a
estratégias. Pelo apanhado de opiniões percebemos que a intenção com o relacionamento
contínuo e transparente é a fidelização dos públicos. A categoria 2 (Gestão de Conteúdo)
recebeu 18,2% das respostas dos profissionais, seguidas pelas categorias 4 e 5, (Proatividade e
Não apresentou estratégias, respectivamente), que obtiveram cada uma 4,5% de respostas, uma
resposta para cada categoria. É importante observar que o total de questionários válidos de toda
a pesquisa é 24, mas como dois profissionais não responderam as perguntas abertas 11 e 17,
nestas questões, especificamente, foram contabilizadas 22 respostas válidas.
Quadro 1 - Questão 11: Estratégias
CATEGORIAS RESPOSTAS Nº %
TOTAL 22 100%
Fonte: Criação própria, 2016.
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O tempo médio de retorno dado às manifestações feitas pelos públicos na rede foi o
mote para a questão 13. A maioria dos profissionais dá retorno a seus públicos em tempo hábil
para a realidade das atividades na internet, ambiente no qual o público espera retorno de forma
rápida e objetiva. Na ocasião 37,5% (que representou 9 participantes) apontaram que dão
retorno em minutos, 33,3% (que representou 8 participantes) em horas, 25% (que representou
6 participantes) em até um dia e 4,2% (que representou 1 participante) em uma semana.
Na questão 14 o assunto foi os meios de contato mais utilizados pelos públicos para
manter contato com as marcas. Nesse caso quisemos saber os 5 mais frequentes, e 95,8% dos
respondentes, ou seja, 23 profissionais informaram que o Facebook é o meio de maior contato
dos públicos com suas marcas; na sequência vem o e-mail com o índice de 70,8%, 17
profissionais; o meio de contato telefone obteve 66,7% das marcações, 16 profissionais; já o
Whatsapp apareceu com 54,2%, o que representou a escolha de 13 profissionais e o quinto meio
mais mencionado foi o presencial com 37,5%, 9 respondentes. Fazendo um comparativo da
questão 14 com a questão 7 deste questionário, percebemos mais uma vez a força da mídia
social Facebook, que pela segunda vez aparece em primeiro lugar nas indicações deste trabalho.
Outra mídia em ascensão é o Whatsapp, que foi sinalizada nas duas questões e pelas suas
caraterísticas de rápido contato vem ganhando mais espaço e adeptos, por marcas e público.
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Gráfico 8 – Questão 14: Meios mais utilizados pelos públicos para manter contato
Na questão 15 o interesse foi por saber qual o número médio de interações diárias feitas
pelo público, através das mídias digitais. Já sabemos o volume de postagens por parte dos
profissionais, agora os participantes respondem quanto ao número médio de contatos feitos por
seus públicos todos os dias.
O resultado foi que 41,7% informaram que recebem menos de 10 manifestações diárias;
33,3% de 11 a 20 contatos; 12,5% mais de 50; 8,3% de 31 a 40; 4,2% entre 21 e 30 contatos e
nenhum dos respondentes assinalou a opção: entre 41 e 50 interações diárias. Verifica-se que a
maioria tem uma quantidade tímida de relacionamentos diários, mas que existem e devemos
considerar que muitas empresas brasileiras recebem grande tráfego de contatos diários por parte
dos públicos.
Observamos também que esses números podem estar ligados ao fato de que 37,5% dos
profissionais, nesta pesquisa, segundo a questão 9 sinalizou que realiza de 3 a 5 postagens
semanais, significando que as postagens estão intimamente ligadas ao interesse de manifestação
pelos públicos. Fazendo agora correlação do índice 12,5% (mais de 50 contatos diários) desta
questão com o índice 20,8% (mais de 20 postagens semanais) da nona questão, percebemos a
segunda correlação, que nos sinaliza que quanto mais postagens a marca realiza, mais
interações/relacionamentos obterá. Isso nos remete a um ponto anterior da análise da pesquisa,
na questão 11, que teve uma considerável manifestação dos participantes (50%) ao afirmar que
o relacionamento estratégico é a grande estratégia de seus negócios.
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E quais os motivos dos contatos desses públicos? A décima sexta pergunta questionou
quais os três motivos mais recorrentes e ofereceu as seguintes opções de respostas: 1)
Reclamação, 2) Sugestão, 3) Elogio, 4) Solicitação de descontos e benefícios, 5) Sanar dúvidas,
6) Relacionamento e 7) Outros. E 75% afirmaram que seus públicos de interesse entram em
contato para sanar dúvidas, 54,2% para fazer elogios e 50% para manter relacionamento.
Apresenta-se aqui uma grande oportunidade para as marcas, a oportunidade de manutenção de
relacionamento, pois os números demonstram que a grande maioria deseja manter relação
saudável com as empresas que interagem por meio das mídias digitais.
A questão 17 encerra nosso questionário com uma questão aberta que investigou quais
as futuras estratégias de interação que as empresas pretendem utilizar. Seguindo o modelo de
análise da questão 11, fizemos o Quadro 2, organizada em categorias, respostas, número de
respostas e percentual.
Assim como a questão 11, a questão 17 também é aberta e o Quadro 2 explica as
respostas dos profissionais com relação às futuras estratégias de comunicação na rede que suas
marcas pretendem aplicar. Diante da análise das respostas criamos as seguintes categorias:
1) Atuar em novas mídias: 7 profissionais demonstraram interesse em expandir para novas
mídias digitais, suas atividades na rede.
2) Em fase de planejamento: 3 profissionais afirmaram que ainda estão em planejamento
para definir as estratégias futuras.
3) Marca referência no mercado: 2 respondentes relataram que a intenção das empresas
que representam é ser referência do segmento em que atuam.
4) Estratégias de relacionamento: 5 respondentes informaram que as próximas atividades
nas mídias digitais são para intensificar o relacionamento com os públicos.
5) Não apresentaram estratégias: 5 profissionais foram firmes em dizer que suas marcas
não apresentam nenhuma estratégia futura para gestão com os públicos nas mídias
digitais.
Observamos que várias respostas não são consideradas estratégias, como as que estão
listadas nas categorias 2, 3 e 5. As respostas da categoria 2 pelo fato das marcas estarem em
processo de planejamento, sem nada definido; as da categoria 3, por acreditarmos que ser
referência no mercado em que atua pode ser considerado uma visão empresarial e não estratégia
e a categoria 5, pela inexistência de futuras estratégias, informadas pelos próprios profissionais
de comunicação.
Analisaremos então as categorias 1 e 4. A categoria 1 obteve 31,8% das respostas, e
seus respondentes transpareceram interesse em ampliar o número de mídias; o que é possível
com esse tipo de estratégia é aumentar o público, o número de interações e oferecer mais opções
de contato, como as mídias mencionadas: Youtube, Snapchat, site, mala direta eletrônica, sites
de redes sociais ainda não utilizadas, portal, Qrcode, mensagem de texto e vídeos on-line.
A categoria 4 apresentou 22,7% de respostas e os profissionais que as apresentaram
demonstraram interesse em intensificar os relacionamentos por meio de estratégias que
pretendem atingir seus públicos com a criação de eventos, pesquisas de opinião,
compartilhamento de conteúdo e campanhas nas mídias.
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TOTAL 22 100%
Fonte: Criação própria, 2016.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
FALTA muito: 42% dos brasileiros não tem acesso à internet. Tecmundo, 21 setembro 2015.
Disponível em: <http://www.tecmundo.com.br/brasil/86778-falta-42-brasileiros-nao-tem-
acesso-internet.htm>. Acesso em 13 mar. 2016.
FRANÇA, Fábio. Públicos: como identificá-los em uma nova visão estratégica: business
relationship. 3. ed. São Caetano do Sul, SP: Yendis Editora, 2012.
GIL, António Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
LEMOS, André. Cibercultura. Alguns pontos para compreender nossa época. 2002.
Disponível em: < http://www.facom.ufba.br/ciberpesquisa/andrelemos/cibercultura.pdf>.
Acesso em: 15 mar. 2016.
_______. Comunicação Corporativa Digital: o futuro das relações públicas na rede. 2006.
Dissertação (Mestrado em Relações Públicas) - Escola de Comunicação e Artes, Universidade
de São Paulo, 2006. Disponível em: <www.teses.usp.br/teses/disponiveis /27/27154/tde.../
CarolinaTerra.pdf>. Acesso em: 07 abr. 2016.
_______. Mídias Sociais... e agora? O que você precisa saber para implementar um projeto
de mídias sociais. São Caetano do Sul, SP: Difusão Editora; Rio de Janeiro: Editora Senac
Rio, 2011a.
_______. Relações públicas digitais na era dos megafones digitais. In: FARIAS, Luiz Alberto
de (Org.). Relações públicas estratégicas: técnicas, conceitos e instrumentos. São Paulo:
Summus, 2011b.
VALIDAÇÃO
2) Gênero
( ) Feminino ( ) Masculino
3) Faixa etária
( ) 20 a 24 anos ( ) 25 a 29 anos ( ) 30 a 34 anos ( ) 35 a 40 anos
( ) 41 a 50 anos ( ) 51 a 60 anos ( ) Mais de 61 anos
4) Formação:
( ) Graduação ( ) Especialização/MBA ( ) Mestrado
( ) Doutorado ( ) Pós-Doutorado
5) Local de atuação? Cidade e Estado
__________________________________________________________________________
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8) Qual a linguagem utilizada para manter contato com os públicos, na maior parte do tempo?
( ) Linguagem formal ( ) Linguagem informal ( ) As duas formas
10) Que tipos de postagens a empresa realiza? Marcar os 3 principais tipos de postagens.
( ) Divulgação de produtos ou serviços ( ) Datas comemorativas
( ) Informações técnicas sobre produtos ( ) Divulgação de eventos (patrocinados ou não)
( ) Atualidades (memes, virais, assuntos cotidianos)
( ) Outro. Qual? _____________________________________________________________
11) De acordo com a empresa em que você atua, quais são as estratégias de relacionamento
efetivamente utilizadas na interação com os públicos através das mídias digitais?
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___________________________________________________________________________
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___________________________________________________________________________
12) Quais as 5 funções/atividades de Relações Públicas que você mais realiza no dia a dia de
seu trabalho?
( ) Função mediadora ( ) Função estratégica ( ) Função administrativa
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13) Qual o tempo MÉDIO de retorno dado aos questionamentos feitos pelos públicos através
das mídias digitais?
( ) Minutos ( ) Horas ( ) 1 Dia ( ) 2 Dias ( ) 3 Dias ( ) 4 Dias
( ) 5 Dias ( ) 6 Dias ( ) 1 Semana ( ) Não dá retorno aos clientes
14) Quais os 5 meios de contato mais utilizados por parte dos públicos?
( ) Facebook ( ) Twitter ( ) Whatsapp ( ) Site ( ) Blog ( ) Youtube
( ) E-mail ( ) Telefone ( ) Presencial ( ) Impresso
15) Qual o número médio de interações DIÁRIAS feitas pelo público, através das mídias
digitais?
( ) Menos de 10 ( ) Entre 11 e 20 ( ) Entre 21 e 30
( ) Entre 31 e 40 ( ) Entre 41 e 50 ( ) Mais de 50
16) Quais os 3 motivos mais recorrentes de contato do cliente com a empresa em que você atua?
( ) Reclamação ( ) Sugestão ( ) Elogio
( ) Solicitação de descontos e benefícios ( ) Sanar dúvidas ( ) Relacionamento
( ) Outro. Qual? _____________________________________________________________
17) Quais as FUTURAS estratégias de interação com os públicos que você e a empresa em que
atua pretendem utilizar?
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___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
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