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Manual de revisão básica da Cartola Editora

Revisão via software


Todo documento deve ser passado pelo corretor ortográfico do Word e do LibreOffice. Em
caso de não haver o Word disponível, o LibreOffice é gratuito e ao menos ele deve ser
utilizado, até porque ele corrige erros que o Word não corrige, como gerúndios e outras
expressões bobas que costumamos utilizar.

Por exemplo:

 Vou estar fazendo = Farei / Estarei entrando em contato = Entrarei em contato.


 Elo de ligação - Todo elo é de ligação, se não ligasse era argola.
 Cardume de peixes - Não existe cardume de outra coisa, então só pode ser de peixe.
 Calar a boca - A única parte do corpo que se cala é a boca. Calar é suficiente.
 Totalmente nua – Ou a pessoa está vestida ou despida. Se está nua, obviamente é
totalmente.

Você poderá efetuar o download do LibreOffice através do seguinte endereço:

https://www.libreoffice.org/download/download/

Por padrão, a Cartola Editora trabalha com a família de fonte Minion Pro, tamanho 11. Por
isso, o ideal é enviar os textos já com essa formatação. Esse processo facilita a edição do livro
no InDesign, ferramenta da Adobe que utilizamos para diagramar os livros.

Caso não tenha a família de fonte em seu computador, é só efetuar o download das fontes
através do seguinte endereço:

https://www.cufonfonts.com/font/minion-pro
Revisão manual
Ainda que existam softwares que nos auxiliam nas revisões, eles não vão sanar todos os
problemas, e é aí que entra, de fato, o trabalho do revisor.

Algumas dicas:

 Verifique SEMPRE a nova ortografia, não existem mais tremas, muitas palavras que
eram acentuadas não são mais e muitas palavras com hífen mudaram. Todos nós
temos dúvidas, muitas vezes não sabemos a forma correta, por isso, pesquise;
 Não existe ser humano que não seja passível de erro, a revisão existe para mitigar
esses erros, faça com atenção, e procure não alterar a ideia original do autor;
 Fique atento ao regionalismo, se uma obra será divulgada no Mundo inteiro, temos
que ter cuidado com expressões que só existem onde moramos;
 O corretor ortográfico nem sempre tem a melhor solução para o que precisamos, se
estiver em dúvida, pesquise, não aceite todas as mudanças oferecidas;
 Evite o uso de reticências todo o tempo, utilize somente como uma pausa necessária;
se após as mesmas, a frase continuar a ideia da frase anterior, esta deve começar com
letra minúscula. Caso a nova frase seja independente, inicie com letra maiúscula;
 Evite o uso de parênteses, prefira o uso de vírgula para separar parte da frase;
 Pensamentos devem ser colocados entre aspas duplas, jamais utilize aspas simples,
muitos softwares conhecem aspas simples como um código de programação;
 Após o uso de dois pontos, deve-se iniciar a frase com letra minúscula;
 Palavras escritas em outros idiomas, os tradicionais estrangeirismos, devemos utilizar
a palavra em itálico.

Diálogos
Existem diversas formas de escrever diálogos, alguns não seguem qualquer padrão, outros
colocam os diálogos entre aspas, e alguns utilizam diferentes formas conforme os textos que
escrevem. Nós adotamos o modelo tradicional em nossas publicações, então, todos os
diálogos devem estar escritor conforme as orientações a seguir:

Travessão, hífen e meia risca, parecem iguais, mas são diferentes

A meia risca (também chamada de traço de ligação, meio-traço ou traço médio) é um sinal de
pontuação que serve para unir os valores extremos de uma série, como números (1–10), letras
(A–Z) ou outras, indicando ausência de intervalos na enumeração. Ela também é utilizada para
unir palavras que tenham um nexo lógico, por exemplo: a viagem Rio–São Paulo.

O hífen é um sinal de pontuação usado para ligar elementos de palavras compostas, por
exemplo: couve‐flor; ex‐presidente, e para unir pronomes átonos a verbos, por exemplo:
ofereceram‐me; vê‐lo‐ei. O hífen também tem como função a translineação de palavras, isto é,
no fim de uma linha, separar uma palavra em duas partes (ca‐/sa; compa‐/nheiro).

O travessão é um sinal de pontuação utilizado para indicar o início de frases ou interlocuções.


Ainda que ele possa ser utilizado para substituir outros sinais, como parênteses, vírgulas e dois
pontos, a Cartola Editora o utiliza apenas para diálogos.

Atalhos do teclado em um PC usando Windows:


- Hífen: tecla normal do hífen

– Meia risca: Alt + 0150

— Travessão: Alt + 0151

Atalhos do teclado em um Macintosh:

- Hífen: tecla normal do hífen

– Meia risca: Alt + hífen

— Travessão: Alt + Shift + hífen

Após essa pequena explicação, ficou claro que diálogos são escritos com o uso de travessão.
Por exemplo:

— Olá, como está?

Explicação do narrador ao final da fala

Um segundo travessão é utilizado para separar a fala do personagem da inserção do narrador.


Essa explicação deve ser usada com moderação, afinal, para quê explicar que alguém
“perguntou” se o diálogo termina com um sinal de interrogação? Ou ainda um “falou” após
uma fala, não é óbvio?

Quando temos diálogos envolvendo mais de duas pessoas, é interessante informar quem
disse, mas um diálogo entre duas pessoas, informe poucas vezes, apenas para situar o leitor.
Não use diálogos para explicar tudo que acontece em uma cena, a leitura fica cansativa.

Caso a inserção do narrador possua uma relação explicativa com a fala do personagem, não é
necessário o ponto antes do travessão e a palavra seguinte é escrita em minúsculo.

Por exemplo:

— Você está revisando um texto para a Cartola Editora?

— Sim, eu estou — respondeu baixinho.

Repare que utilizamos o travessão nas duas pontas.

Caso a frase explicativa não inicie com um verbo responsável pela ligação com a frase dita,
deve-se usar ponto final e iniciar a frase em letra maiúscula. Por exemplo:

— Acho que está esfriando. — Ela disse, enquanto vestia uma blusa para se proteger.

Ainda que se inicie a frase com letra maiúscula após a pontuação, a exceção ocorre quando a
frase anterior termina com o ponto de interrogação ou exclamação. E a frase subsequente tem
um verbo ligando-a à primeira.

Por exemplo:

— Que sorte! — exclamei, em alívio.

— Por quê? — indagou curioso.


Explicação do narrador no meio da fala

A inserção explicativa do narrador é escrita entre dois travessões. O ponto que encerra a
primeira frase é colocado após a inserção do narrador e a frase seguinte, após o travessão,
começa com letra maiúscula:

— Eu quero que você vá embora — disse irritada. — Fora!

Caso inserção ocorra no meio de uma única frase, não se usa ponto:

— Essa é a Janaina, nossa editora — apontou Rodrigo — e eu sou o outro responsável pela
edição.

Em caso de necessidade de uso da vírgula, ela é colocada após o segundo travessão:

— Meu nome é Bond — disse com uma expressão de galã —, James Bond.

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